Estudos de Caso - Especies de Verão - 2018

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos

Departamento de Zootecnia

Departamento
ESTUDOS de Zootecnia
DE CASO - GRAMÍNEAS DE VERÃO

1. Um produtor de Pirassununga possui uma área total de 100 ha de pastagem


de Brachiaria brizantha cv. Marandu em estágio inicial de degradação. A área é
composta por 3 piquetes de 33 ha cada. Contudo, o produtor não possui condições
financeiras de renovar a área total. Você foi contratado para propor uma estratégia de
recuperação da área, considerando a intervenção em um piquete a cada ano.
Considere o esquema abaixo e indique quais espécies forrageiras e/ou intervenções
você recomendaria. Explique porquê.

2. Um pequeno criador de caprinos em Tabuleiro do Norte – Ceará pede a sua


recomendação acerca de quais estratégias utilizar em seu sistema de produção.
Segundo ele, a precipitação pluviométrica da região é baixa, de forma que o animal
engorda nas pastagens da estação chuvosa e definha no período de 08 a 10 meses do
ano, sem chuvas. O produtor lhe explica que fará uso de irrigação e que as temperaturas
não são limitantes às espécies forrageiras tropicais. Quais estratégias (espécie
forrageira e finalidade de uso – pastejo direto, produção de feno, ensilagem, diferimento)
poderiam ser utilizadas para minimizar o déficit de forragem?
3. Um produtor possui uma área de integração lavoura-pecuária para terminação
de bovinos. O sistema adotado é constituído de três áreas (ver diagrama abaixo), uma
de milho – produzido nas águas para ser utilizado na forma de silagem na época seca;
uma de soja, utilizada como cultura de grãos; e um módulo de pastos de capim
Tanzânia manejados de forma intensiva (adubado mas sem irrigação), sendo que a
rotação ocorre a cada 5 anos. Contudo, nos meses de março e abril tem havido
diminuição da produção de forragem, de forma que uma estratégia deve ser
empregada para evitar déficit de alimento nesses meses. O produtor não dispõe de
recursos para implantação de irrigação no módulo ocupado pela pastagem. O que
você recomendaria ao produtor nessa situação?

4. Você leu a seguinte reportagem: “Nos últimos anos tem aumentado a


apreensão de pecuaristas e técnicos com respeito a casos de cólica em equídeos
(cavalos e burros) que pastejam determinadas cultivares do gênero Panicum,
particularmente na região Amazônica. Especula-se que as causas da enfermidade e
morte dos equídeos seja a existência de microrganismos endofíticos nos capins, cuja
proliferação é favorecida pela manutenção dessas pastagens em alturas elevadas.
Consequente, essa situação induz a produção de alcalóides tóxicos por esses
microrganismos e o aumento na produção de saponinas ou outros princípios tóxicos
no tecido vegetal, provocadas por mudanças metabólicas dos capins, as quais são
favorecidas pelas características ambientais peculiares da região amazônica, como
clima, solo e fotoperíodo.” Você concorda com essa descrição sobre a causa da
doença? Dada essa situação, qual seria sua recomendação para minimizar os
problemas com os equídeos?

5. A “morte súbita de pastagens” tem preocupado os produtores rurais de vários


Estados brasileiros. De acordo com o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril Bruno
Pedreira, a alternativa para evitar a perda de grandes áreas de pastagens da
propriedade é a substituição do capim Marandu nos locais onde o problema ocorre.
Ciente deste fato, você deve fazer uma recomendação de uma espécie forrageira que
poderia substituir o capim marandu. Qual seria sua recomendação?

6. Os capins do gênero Brachiaria destacam-se por serem os mais utilizados como


fonte forrageira na alimentação do rebanho bovino nacional. Entre os cultivares de
Brachiaria brizantha, são destaques os capins marandu, xaraés e piatã. Um produtor
lhe consulta sobre qual a melhor alternativa, entre essas três cultivares, para maximizar
o desempenho por animal na época das águas e, ainda, utilizar a pastagem na forma
de pasto diferido durante a seca. Explique ao produtor quais as diferenças em termos
de acúmulo de forragem, valor nutritivo, exigências em fertilidade de solo e possibilidade
de uso sob pastejo e para vedação (diferimento) entre essas cultivares?

7. Nos últimos dez anos, tem-se observado grande expansão na criação de ovinos
em diversas regiões do país, acompanhada de uma intensificação tecnológica que
envolve, entre outros aspectos, o emprego de raças especializadas, exigindo manejo
mais adequado, e o uso de pastagens mais apropriadas aos hábitos desses ruminantes.
Indique duas espécies forrageiras consideradas adequadas para compor um sistema
intensivo para terminação de ovinos em pastagens? Explique o porquê de sua
recomendação.

8. O Sr. Antônio, um produtor de ciclo completo de gado de corte em Peixe- TO,


possui uma área de capim-mombaça em estágio inicial de degradação. Como estratégia
de recuperação, o produtor ouviu falar na possibilidade de implantar o milheto e fazer
silagem junto com o capim Mombaça para suprir a demanda de alimento no período da
seca. O solo dele tem média fertilidade, mas existem áreas na propriedade que precisam
de recuperação. Você acredita que esse consórcio seria uma boa estratégia? Quais
seriam suas recomendações para implantação do consórcio e manejo da ensilagem?

9. O Pesquisador João José Assumpção de Abreu Demarchi comentou em seu


artigo “Sorgo para pastejo - estratégia para enfrentar a estacionalidade de produção
das plantas forrageiras sem conservar forragens”:

...surge como estratégia interessante a adoção do sorgo para pastejo tanto em áreas
de reforma de pastagens quanto em plantio direto sobre as pastagens em período de
safrinha, visando o prolongamento do período de pastejo. Temos notado em algumas
experiências, um ganho de produtividade animal por área, menor período de
estacionalidade de pastagens e menor oscilação da lotação de pastagens. Precisamos
intensificar essas estratégias e aumentar nosso know-how sobre as mesmas, visando
primariamente uma redução da degradação de pastagens, aumento da produtividade
animal e melhoria da rentabilidade dos sistemas de produção, seja carne ou leite.

a) Baseado nessa afirmação, você indicaria a utilização do sorgo silageiro como


cultura acompanhante em um consórcio com Brachiaria decumbens na safrinha?
Como deveria ser realizado o estabelecimento da cultura?

10. Segundo os pesquisadores Rafael Camargo do Amaral e Thiago Fernandes


Bernardes, “a terminação de ovinos em confinamento é uma opção viável quando há
alimentos volumosos disponíveis a baixo custo e/ou durante o período de entressafra.
O confinamento com ovinos também tem sido recomendado por possibilitar menor
mortalidade e menor custo com vermífugos, bem como maior ganho de peso, e
principalmente, maior lucro. Para o desempenho desejável dos animais confinados,
há a necessidade de uma alimentação de boa qualidade.” A silagem de sorgo poderia
ser utilizada como alimento volumoso para terminação de ovinos em confinamento?
Quais as vantagens e desvantagens da silagem de sorgo com relação a silagem de
milho?

11. Um produtor de bovinos de corte, a região de Presidente Prudente- SP possui


uma área de 10 há com Capim Marandu com solo de média fertilidade. Em outra área
de 10 há, ele plantou um sorgo para utilizar para pastejo, pois ouviu falar que é bem
nutritivo e produz bem. No local onde ele comprou a semente, o técnico da loja
recomendou para manejar o sorgo com altura de entrada com 30 cm e saída de 15
cm. Depois de implantado, ele deixou em terminação os bois no capim Marandu e
manteve as vacas prenhes sob pastejo no sorgo. Depois de alguns dias as vacas
começaram a ter problema de abortos na gestação, e eles suspeitam de ser algo na
nutrição, pois a suplementação está correta e as vacinas estão em dia. O produtor te
procurou para pedir ajuda para solucionar o problema e te fez algumas perguntas:
“Será que estou utilizando o sorgo corretamente? Estou achando que o vendedor
vendeu errado pra mim... “ Você tem ideias para resolver esse problema? “ Caso
precise, tenho um dinheiro guardado para investir o necessário para resolver isso.”

12. Um produtor de gado corte de São Pedro-SP, com propriedade de 40 ha, possui
solo arenoso com áreas levemente declivosas. Na sua área há problemas com erosão,
e a forrageira predominante é a Brachiaria decumbens. Na região, o CATI está
distribuindo mudas de eucalipto e pinus para produtores que desejam fazer integração
lavoura-pecuária ou pecuária-floresta. No entanto ele está em dúvida se deve adotar ou
não algum destes sistemas em sua propriedade. Ele possui recursos limitados e, com
isso, precisa melhorar a renda na propriedade. Ele pediu sua recomendação e te fez
algumas perguntas:
“Você acha que devo utilizar essas mudas? Se sim, como deveria fazer a
implementação desse sistema? O que me você indicaria, integração lavoura-pecuária
ou pecuária-floresta?” “Posso utilizar outras forrageiras no sistema?

13. Um produtor possui uma área cujo solo é mal drenado em períodos de chuvas
prolongadas e deseja estabelecer um sistema de terminação de gado de corte. Esse
produtor lhe procurou para saber qual seria a recomendação correta acerca da espécie
forrageira a ser implantada e de como manejar. Descreva e explique suas
recomendações.

14. Os sistemas integrados têm recebido destaque, como alternativa para


diversificação de pastagens e incremento de renda nos últimos anos. Entre estes estão
os sistemas silvipastoris (SSP). Contudo, a presença de árvores pode influenciar negativamente a
produção de forragem e o desempenho animal no sistema. Quais são as características do
componente arbóreo e das espécies forrageiras a serem implantadas que devem ser levadas em
conta por ocasião da adoção deste sistema? Algum manejo adicional (na pastagem ou na espécie
arbórea) deve ser empregado, a fim de garantir sucesso na exploração de ambas as espécies?

15. Bubalinocultores da região de Registro, SP, enfrentam alguns problemas em


seus sistemas de produção de leite. Durante o verão ou época das águas, as espécies
predominantes na região são a B. decumbens nas áreas declivosas de menor
fertilidade, e a B. humidicola nas áreas de baixada e com deficiência de drenagem.
Nessa época, é comum haver sobra de pasto, que não é aproveitado. No inverno a
situação se inverte e, dado o lento crescimento das espécies tropicais, há falta de
alimento. Os produtores desconhecem técnicas de ensilagem de gramíneas tropicais,
e comumente utilizam capineira de cana-de-açúcar para fornecimento no cocho. Você
foi contratado para propor ou identificar estratégias de manejo ou novas técnicas que
minimizem os problemas de déficit de forragem no inverno. Quais seriam suas
recomendações?

16. Um produtor de Pirassununga contrata seus serviços de consultoria. Ele lhe


explica que possui áreas implantadas com B. decumbens, mas que tem havido
grandes prejuízos na produção de forragem em função do ataque de cigarrinha das
pastagens. O produtor lhe questiona sobre a possibilidade de substituir a B.
decumbens por Capim-elefante anão, afim de minimizar os problemas com o inseto.
Já que o produtor tem intenção de substituir a espécie, você recomendaria a
substituição da B. decumbens por capim-elefante? Quais estratégias adicionais de
controle você recomendaria para resolver o problema?
Para todos: Estudar essa questão, pois cairá na prova.....

Uma propriedade localizada em Santa Maria, no RS, trabalha com recria de novilhas
cruzadas da raça Charolesa e Nelore (Canchim). O solo possui fertilidade média-alta
e o produtor já utiliza o pastejo em aveia-preta e azevém anual. No entanto, ele estava
pensando na possibilidade de plantar sorgo no intuito de aumentar o ganho de peso
médio diário (GMD) e melhorar a condição corporal (ECC) e com isso ter um retorno
econômico maior. Qual seria a melhor recomendação: utilização para pastejo para
ensilagem ou ambos? Faça suas recomendações, baseado em uma projeção de
desempenho para terminação das novilhas com 470 kg de peso vivo e descreva o
planejamento forrageiro da propriedade do desmame ao abate. Considere que os
animais são desmamados entre março e abril, aos 7 meses de idade e com peso inicial
de 190 kg.

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