Transtornos No Contexto Escolar (1) Agg
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Transtornos No Contexto Escolar (1) Agg
CONTEXTO ESCOLAR
Web Designer
Thiago Azenha
FICHA CATALOGRÁFICA
FACULDADE DE TECNOLOGIA E
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ.
Transtornos no Contexto Escolar
Márcia Gomes E. da Luz
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2018. 44 p.
Prezado Acadêmico(a),
Seja bem-vindo!
Direção
Faculdade Fatecie
AUTOR
Lattes: http://lattes.cnpq.br/9106813768384390
APRESENTAÇÃO
É um grande prazer tê-lo por perto. Espero que juntos possamos conhecer um
pouco mais sobre alguns transtornos comuns em crianças em fase escolar. A
cada dia mais educadores se encontram sem saber como lidar com crianças e
adolescentes que apresentam certos transtornos em sala de aula. Estudos so-
bre este tema tornam-se de grande importância para subsidiar a compreensão
sobre tais transtornos, bem como levantar hipóteses, realizar encaminhamen-
tos e desenvolver estratégias de ensino específicos para favorecer a aprendi-
zagem desses alunos. Dentro os inúmeros transtornos existentes, destacamos
quatro, os quais julgamos estarem entre os que demandam maior atenção en-
tre os educadores. Neste sentido, nossa disciplina foi desenvolvida da seguin-
te forma: Na primeira Unidade apresentamos o transtorno do espectro autista
(TEA), o qual vem crescendo significativamente nas últimas décadas. Na se-
gunda Unidade, falamos sobre outro transtorno que é a esquizofrenia de início
precoce. Na terceira Unidade, apresentamos sobre o transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade (TDAH) e na quarta e última Unidade, discorremos so-
bre os transtornos de ansiedade.
Bem, Caro (a) aluno (a), nossa disciplina é composta por essas temáticas.
CAPÍTULO 1
07 | TEA: Transtorno do espectro autista
CAPÍTULO 2
17 | Esquizofrenia de Início Precoce
CAPÍTULO 3
24 | Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade
CAPÍTULO 4
34 | Transtornos de Ansiedade
1CAPÍTULO
TEA: TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA
1. Características do TEA
O autismo foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico, professor
e pesquisador da Johns Hopkins University, o austríaco Leo Kanner. Outra
pesquisadora importante nessa área foi a médica psiquiátrica inglesa,
Lorna Wing. Em suas pesquisas ela estabeleceu três déficits principais,
os quais ficaram conhecidos por “Tríade de Wing”, localizados nas áreas de
socialização, comunicação e imaginação.
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2014).
Caro (a) Aluno (a), o TEA pode vir acompanhado ou não de comprometimento
intelectual concomitante, então em alguns casos há um déficit cognitivo
e em outros não. Estudos apontam que o déficit ocorre em 70% dos casos,
mas mesmo assim muitas dessas crianças frequentam escolas e apresentam
um desempenho acadêmico considerado regular. Para se compreender
as variações de níveis de comprometimento que a criança autista costuma
apresentar, o DSM V, desenvolvido no ano de 2013, dividiu o TEA em três
níveis de gravidade.
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A maioria dos autistas não desenvolvem a linguagem verbal na fase esperada
de desenvolvimento e cerca de 50% continuam sem adquirir a fala ao longo da
vida. Muitos conseguem dizer frases pequenas e seguir orientações simples.
Costumam inverter os pronomes, referindo-se a si próprio como “ela” ou “ele”.
Uma outra característica constatada em bebês com TEA é que eles podem
desenvolver habilidades sociais normalmente até determinado momento e
repentinamente esse processo é interrompido. A partir de então, a criança
regride o desenvolvimento que havia adquirido. Por exemplo, algumas crianças
apresentam desenvolvimento social normal até os 2 anos de idade e após esta
fase param de falar, de acenar com a mão e brincar com jogos que brincava
até então, entre eles: “pega-pega”, que é uma brincadeira que requer interação
social.
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Seu interesse por determinados brinquedos pode ser particular: costumam
gostar de movimentos circulares de uma roda de carrinho, por exemplo, ou
um barulho específico o qual foi causado por ele. Pode ter fascinação por
luzes, movimentos e sons, como um barulho de um ventilador de teto, de uma
batedeira de bolo, etc. Outros fatores que pode desencadear interesse especial
na criança autista são: cheiros, sabores, texturas, cor ou formas de objetos.
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Autismo na escola:
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2. Tratamento para o TEA
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LEITURA COMPLEMENTAR
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SAIBA MAIS
CÉREBRO DO AUTISTA
Estudos apontam que no cérebro da criança autista parece haver uma falta de
coordenação nas diferentes regiões, o que impede a realização de tarefas mais
complexas. Pesquisas realizadas pós-morte apresentaram uma quantidade
inferior de neurônios na amigdala de cérebros autistas (PAPALIA & FELDMAN,
2013).
REFLITA
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MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME
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REFERÊNCIAS
GAZZANIGA, et al. Ciência psicológica. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2018.
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2CAPÍTULO
ESQUIZOFRENIA DE
INÍCIO PRECOCE
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Já num quadro de alucinação, há uma percepção distorcida em um ou mais
dos cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar. As mais frequentes
são as percepções visuais e auditivas. A criança escuta ou vê coisas que não
existem.
Esquizofrenia na escola:
• Alucinações.
• Delírios.
• Embotamento afetivo.
• Empobrecimento da fala.
• Desorganização do pensamento.
• Isolamento social.
• Não olha nos olhos.
• Descuido com higiene.
• Dificuldades na aprendizagem.
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Uma hipótese é a de que a pessoa com o transtorno pode ter um desequilíbrio
bioquímico no cérebro ou alguma anormalidade na estrutura. Por exemplo,
há uma hipótese de que a esquizofrenia ocorre quando há uma atividade
cerebral excessiva nas áreas que usam a dopamina como neurotransmissores.
Essa hipótese se sustentou depois da descoberta de que medicamentos
que bloqueiam a ação da dopamina no cérebro reduzem os sintomas da
esquizofrenia. Outros estudos apontam que um outro neurotransmissor
chamado: glutamato, pode contribuir para o transtorno (FELDMAN, 2015).
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3. Tratamentos para a esquizofrenia de início precoce
REFLITA
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
O desafio da esquizofrenia
Autor: Shirakawa, et. al.
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LEITURA COMPLEMENTAR
SAIBA MAIS
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REFERÊNCIAS
GAZZANIGA, et al. Ciência psicológica. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2018.
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3CAPÍTULO
TRANSTORNO DE
DÉFICIT DE ATENÇÃO/
HIPERATIVODADE
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2. Prejuízos acarretados em pessoas com TDAH
A criança com TDAH que não recebe o devido tratamento pode ter sérios
prejuízos ao longo dos anos. No início, ocorre um baixo rendimento na
escola. A criança não consegue acompanhar os demais colegas da sala,
chegando a casos de reprovação. Tristeza, perda da autoestima, prejuízos
nos relacionamentos interpessoais, desmotivação para os estudos, incluindo
episódios graves de depressão. No período da adolescência, os danos sociais
e acadêmicos podem acarretar em evasão escolar e uso de drogas e álcool.
Pessoas com TDAH geralmente tornam-se adultos com poucas habilidades
sociais, inseguros, que trabalham em empregos inferiorizados e com pouca
adesão ao mercado de trabalho (TEIXEIRA, 2014).
TDAH na escola:
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quais se espera que permaneça sentado.
• Corre ou escala em demasia, em situações nas quais fazer isso é
inapropriado ( em adolescentes e adultos pode estar limitado a sensa-
ções subjetivas de inquietação).
• Tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em ativida-
des de lazer.
• Fica “a mil” ou muitas vezes age como se estivesse “a todo vapor”.
• Fala muito.
• Dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completa-
das.
• Tem dificuldade para aguarda a vez.
• Interrompe ou se mete em assuntos dos outros (por exemplo: intromete-
-se em conversar ou brincadeiras).
3. Possíveis causas
Muitas pessoas com TDAH tem membros da família com o mesmo diagnóstico,
geralmente: pais, irmãos, tios e avós. A incidência chega em até dez vezes
mais, quando comparado a média da população. Filhos de pais com TDAH
possuem grande chance de desenvolverem o transtorno, bem como irmãos
de crianças hiperativas apresentam até duas vezes mais se comparados com
irmãos sem o transtorno.
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exames de neuroimagem é possível constatar uma redução do fluxo sanguíneo
e taxas metabólicas nas regiões dos lobos frontais da pessoa com TDAH.
Porém, esses exames ainda se encontram em fase de experimentação e não
apresentam ainda uma validade clínica (TEIXIERA, 2014).
A forma de criação não causa TDAH, mas estudos inferem que crianças
criadas em ambientes domésticos caóticos, vítimas de abandono, negligência
e maus tratos podem apresentar um prejuízo maturacional do SNC, que pode
interferir na organização dos neurônios e na formação do cérebro que se
encontra em desenvolvimento. Sendo assim, tais situações podem levar aos
sintomas do TDAH.
Não existem ainda estudos que vinculem esse transtorno a dietas, com uso
de açucares ou problemas ortomoleculares que comprovem a necessidade
de vitaminas, inserção de nutrientes ou dietas restritivas, desta forma, dietas
especiais não apresentam possibilidades de tratamento para o TDAH.
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O tratamento deve ser intensivo e demorado. A medida que as técnicas de
modificações comportamentais passam a surtir efeito, a medicação deve ser
gradativamente retirada (GAZZANIGA, et al, 2018).
Segue abaixo algumas dicas à professores e alunos com TDAH, para favorecer
o processo de ensino e aprendizagem:
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SAIBA MAIS
• Transtorno de aprendizagem.
• Transtorno de linguagem
• Epilepsia
• Transtorno opositor desafiante
• Transtorno de conduta
• Transtorno de ansiedade
• Transtorno do humor
• Tiques
• Enureses
• Abuso de substâncias.
REFLITA
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
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LEITURA COMPLEMENTAR
DESATENÇÃO:
HIPERATIVIDADE:
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IMPULSIVIDADE:
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REFERÊNCIAS
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4CAPÍTULO
TRANSTORNOS
DE ANSIEDADE
Caro Aluno (a), todos nós, em algum momento da vida, já vivenciamos uma
situação se ansiedade. Não é mesmo? Ou seja, uma sensação de tensão ou
apreensão diante de situações estressantes. Essas sensações são comuns
nos seres vivos. Elas nos auxiliam na vida cotidiana. Sem a ansiedade a
maioria das pessoas possivelmente não teriam motivação para estudar
bastante, passar longas horas trabalhando, etc. No entanto, algumas pessoas
experimentam a ansiedade em momentos que não apresentam causas
aparentes para a intensidade do sofrimento. O transtorno de ansiedade,
portanto, ocorre quando a ansiedade passa a surgir sem motivos aparentes e
afetam o funcionamento diário da pessoa (FELDMAN, 2015).
Sabemos que cada vez mais pessoas de todas as faixas etárias estão
estressadas. O stress não é necessariamente uma doença, mas quando
intensa e prolongada, pode enfraquecer nosso organismo, levando a um
estado que favorece a queda no funcionamento do sistema imunológico,
de forma que vários sintomas e doenças podem manifestar-se, entre elas:
transtornos de ansiedade, depressão, doenças psicossomáticas, entre outras,
podendo desenvolver inclusive, o câncer.
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doenças, antes ele enfraquece o organismo (o debilita) e os problemas latentes
emergem. Uma vez o sistema imunológico afetado, o organismo fica mais
vulnerável às doenças (LIPP, 2000).
Cada vez as crianças estão adentrando à escola mais cedo; os pais exigindo
que seus filhos participem de um maior número de atividades diárias; os
adultos estão ficando cada vez mais estressados, servindo como fonte que
gera stress às crianças e modelos de como agir aos filhos e alunos.
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Os transtornos ansiosos englobam condições diferentes entre si, mas
geralmente provocam sensações subjetivas de inquietação, ansiedade,
desconforto, além de desencadear alterações fisiológicas, como: boca seca,
sudorese, taquicardia, nervosismo, etc.
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Transtorno de Ansiedade de separação na escola:
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Segue abaixo as principais características que devem ser observadas em
crianças ou adolescentes com TAG no contexto escolar:
• Excessiva preocupação.
• Muita ansiedade e intensa dificuldade para controlá-la.
• Dificuldade no funcionamento social.
• Prejuízos acadêmicos.
• Sentimentos de apreensão e dúvida.
• Medo.
• Cansaço.
• Tensão muscular.
• Dificuldade de concentração.
• Irritabilidade.
• Nervosismo.
• Preocupação frente a eventos futuros.
• Preocupação com múltiplos assuntos.
• Superestima de situações problemáticas.
• Pessimismo.
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motivo, passam a evitar esses locais. Estudos apontam que muitos adultos
com transtorno do pânico, relatam que tiveram suas primeiras crises na
infância e/ou adolescência.
Caro (a) Aluno (a), segue abaixo os principais sintomas apresentados por
crianças e/ou adolescentes com transtorno do pânico no contexto escolar:
3. Tratamento
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SAIBA MAIS
REFLITA
Fique atento!!
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LEITURA COMPLEMENTAR
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atitudes da criança;
• Promover o exercício da democracia: desenvolver regras conjuntas e
decidir com o grupo as consequências dos comportamentos inadequa-
dos;
• Procurar ser justo: na dúvida, não tomar uma decisão que favoreça um
aluno em detrimento de outro;
• Evitar tomar partido em relação aos alunos: trabalhar com a situação
real;
• Comemorar o sucesso de cada criança, de modo que ela possa ser bem
vista pelos colegas;
• Estimular cada criança a melhorar sua aparência pessoal e manter sua
carteira em ordem;
• Associar o trabalho em classe com alguma coisa que as crianças gos-
tem de fazer;
• É importante que a classe seja atrativa: o professor deve organizar sua
sala – uma sala atrativa e bem organizada promove um efeito mental
positivo sobre os alunos;
• Selecionar as crianças para que façam pequenas tarefas em classe;
• Demonstrar sinceridade: o professor dizer à criança como se sente, pois
ela será capaz de compreendê-lo;
• Dar aos alunos funções de responsabilidade (líder de grupo, coordena-
dor de classe, organizador de atividades, etc);
• Iniciar as atividades com tarefas ativas: procurar evitar a acomodação
em sala;
• Quando a classe estiver agitada, promover um breve exercício de rela-
xamento.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME
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REFERÊNCIAS
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