Apostila Sobre LOGISTICA
Apostila Sobre LOGISTICA
Apostila Sobre LOGISTICA
Conceitos 2
Evoluc;:ao 3
A tecnologia e a logfstica 4
Logfstica Empresarial 5
Lotes economicos 7
Just in time 8
Esto qu e 10
Tipos de estoque 11
Gestao de estoques 11
A embalagem e a logistica 17
Padronizac;:ao 18
Conceito e classificac;:ao 18
Func;:oes da embalagem 19
Planejamento da embalagem 20
Custos de lote 24
Custos de armazenagem 25
Custos de estoques 25
Custos de transportes 26
Custo de serviyo 27
Conclusao 29
Bibliografia 30
o ambiente empresarial esta submetido a constantes mudan9as, principalmente apos a
crescente globaliza9ao dos mercados. As empresas viram aumentar a sua responsabilidade
perante 0 mercado consumidor e com a plena satisfa9i'io dos clientes, alem de se depararem
com a concorrencia mundial. Para manter-se no mercado, muitas empresas mudaram
completamente seus processos produtivos e de atendimento ao consumidor.
Para se enquadrarem no mesmo patamar de seus concorrentes, as empresas
resgataram urn antigo conceito de administra9ao dos f1uxos de bens, seNi90S e informa90es,
utilizado principalmente no contexto militar, a logistica empresarial.
Segundo Ballou (2001 :21), "a missao da logistica e dispor a mercadoria ou 0 seNi90
certo, no lugar certo, no tempo certo e nas condi90es desejadas, ao mesmo tempo em que
fornece a maior contribui9ao a empresa".
Ainda pode-se acrescentar que a empresa deve, alem de realizar todas as atividades
de acordo com a missao da logistica, satisfazer 0 seu cliente, pois e ele quem proporciona a
sustenta9ao da empresa em urn mercado competitivo. 0 desenvolvimento da logistica
empresarial tern side exponencial nos ultimos anos, por ser fator essencial para a
competitividade das empresas. Existem diversos fatores que aceleraram este desenvolvimento:
a pressao por maior giro e redu9ao de estoques, 0 atendimento a mercados distantes, a
introdu9ao de novas tecnologias, 0 curto cicio de vida dos produtos, entre outros.
Muitos autores ja tentaram conceituar 0 termo logistica, porem, pela concepc;:ao desse
trabalho, buscou-se a definic;:ao do Council of Logistics Management, descrita por FILHO (
2001 :3):
elo de ligac;:ao em um processo que pode comec;:ar com um fornecedor e encerrar com um
cliente em outra ponta da "cadeia".
Atualmente, 0 termo logistica tem side muito utilizado, pois 0 processo de gestao da
cadeia de suprimentos nas empresas pode significar a diferenc;:a entre a empresa lucrativa e a
deficitaria.
A gestao do processo logistico tem side hoje grande diferencial competitivo, pois com 0
passar dos tempos os consumidores tornaram-se tambem mais exigentes com relac;:ao a
qualidade dos produtos, tempo de produc;:ao e cicio de vida dos produtos, prazo de entrega e
mais recentemente, com 0 indice de inovac;:oes tecnol6gicas incorporados aos produtos.
o que no passado eram pequenos incomodos do consumidor, tornaram-se hoje em
rotina de preocupac;:ao para as organizac;:oes.
o fator prec;:o do produto, na maioria das vezes era sequer questionado pelo
consumidor, como bem pode-se lembrar das famosas maquinas de remarcar prec;:os nos
supermercados, pois os altos indices inflacionarios, em grande parte encobriam a
incompetencia administrativa das organizac;:oes e iludiam as consumidores, po is 0 dinheiro
perdia seu valor a todo dia.
Com a implantac;:ao do plano real e 0 controle da inflac;:ao sendo conseguido, mais a
vontade do consumidor em colaborar com a estabilidade da nova maeda, restou as empresas
investirem em novos processos de gestao de custos, pois em nao mais existindo taxas
exorbitantes de aplicac;:oes no mercado financeiro, os excedentes de caixa passaram a ser
aplicados nas empresas, atraves de novos produtos, novas maquinas e novos processos
produtivos. Ap6s isso, a logistica comec;:ou a se desenvolver, auxiliando grandemente no
processo de gestao das empresas.
A evoluc;ao conceitual da Logistica, proposta por Boyson et al (1999), subdivide-se em
quatro estagios evolutivos distintos, no processo de evoluc;ao da cadeia de suprimentos
durante
o seculo passado, a saber:
I. Estagio 1 - Logistica Subdesenvolvida: ate a decada de 70, as atividades de logfstica
focavam a eficiencia da distribuic;ao fisica dentro das atividades de transporte, armazenagem,
controle de inventario, processamento de pedidos e expedic;ao.
II. Estagio 2 - Logistica Incipiente: nos anos 80, 0 foco foi a integrac;ao entre as func;oes de
Estfi,!lio 4
•I _u~i~lira Extt'rIW Int('~l'ada
Foco na eficiencia estrategica
I
Ambiente Est<'ilrio 3 I
Interno Lugistic •.•Illtl'rna Int('~rada .
Foco em sel'\'i~ose elientes
EstaQIO 2
Ltl~i"tii:a Illdpil'nte
Foeo no transporte e
Ambiente
Estanio 1 externo
L~il;tka Subd('<;t'nYIIh"ida
tl.. "" Foco no transvorte
"IlJ~
• Tfansporte • Tran,;p011,e
• ~'1allutew;ao de Estoquef> • Manutelll;ao de E'5toques.
• Proce,>samento de Pedidos • Proc>E"<;:;amentode Pediclo,>
• Aqui~is:ao • Progralua~ao de Produto
• Embalagem Protetom • Embalagem Protetom
• Annazenagem • .;\rmazenagem
• ~1anuseio de ~\i1ateriais • I\1anuseio de iVfuteriaif>
• )''1atlUf>eiode Infortllat;oes • Mallmeio de- Infonlla~6es
Aqui, a distribuigao fisica refere-se a parte de um sistema logistico que diz respeito a
movimentagao externa dos produtos, do vendedor ou cliente ou consumidor, ou seja,
transporta e entrega algo "fisico" ao cliente. Nesse processo pode existir atividade de
estocagem para equilibrar a demanda.
Ja 0 suprimento fisico esta focado na disponibilizagao de materias-primas e insumos
para empresa, destacando-se a relagao com fornecedores, 0 planejamento e sistema de
compras, a estocagem e 0 transporte. Assim, 0 suprimento fisico refere-se a parte do sistema
logistico no tocante a movimentac;ao intema de materiais ou produtos, das fontes ao
comprador.
Em Fleury (2000), observa-se que a logistica deve ser vista como um processo
abrangente que integra 0 fluxo de materiais e informagoes, dai a importancia da "Visao
Sistemica da Cadeia Logistica".
Se por um lado e importante esta visao sistemica, por outro e necessario 0 estudo
individual de cada um dos elementos da cadeia logistica, suas caracteristicas, inter-relagoes e
a forma como saD agrupados, que podem ser: Logistica de Suprimentos, de Produgao, de
Armazenagem e Logistica de Distribuigao e Transporte, ou 0 seu conjunto como sendo
Logistica Empresarial.
No Brasil, 0 conceito de logistica empresarial como apresentado a seguir e recente.
Segundo Fleury (2000), 0 processo de difusao desse conceito teve inicio nos primeiros anos da
decada de 90, com 0 processo de abertura comercial, mas se acelerou a partir de 1994, com a
estabilizac;;ao econ6mica propiciada pelo Plano Real.
De acordo com Ballou (1993), "A logistica empresarial trata de todas as atividades de
movimentac;;ao e annazenagem, que facifitam 0 f1uxo de produtos desde 0 ponto de aquisic;;ao
da materia-prima ate 0 ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informac;;ao que
colocam os produtos em movimento, com 0 prop6sito de prover nlveis de servic;;o adequados
aos clientes a um custo razoavel". Isto e conseguido com uma administrac;;ao adequada das
atividades primarias e de suporte. Nesse contexto, a administrac;;ao de materias e distribuic;;ao
ffsica integram-se para formar 0 que se chama hoje de Logistica Empresarial.
Na Figura acima e apresentado um escopo da loglstica empresarial, onde as atividades
enumeradas iraQ mudar em func;;ao dos sistemas produtivos, produtos e materias-primas.
Observa-se que as atividades, nas duas grandes eta pas do processo logistico, diferem apenas
pelo fato do suprimento ffsico tratar com materias-primas e a distribuic;;ao f1sica de produtos
acabados.
custo de transporte e mlnimo ou aquele para 0 qual os custos de estoque saD rninimos, mas a
urn ponto intennediario entre os mesmos. Isso permite Goncluir, que a administrac;;ao separada
dos servic;;os que compoem as atividades logisticas nao conduzem ao custo minimo. Tendo em
vista os volumes elevados, geralmente transacionados no comercio exterior, os custos de
processamento de pedidos nao foram considerados relevantes embora em termos domesticos
sejam, freqUentemente incluidos.
Os lotes econ6micos saD justamente aqueles que permitem 0 equilibrio dos custos de
manutengao de estoques, aquisigao e faltas, associados a um nivel de servigo adequado, em
fungao do comportamento conflitante dos mesmos. 0 que ocorre saD que os custos de
manutengao dos estoques aumentam a medida que saD estocados lotes maiores, mas isso
resulta em menor numero e pedidos e portanto em menores custos de aquisigao e faltas. 0
somat6rio dos custos tem forma de U. 0 controle do nivel de estoque de forma eficaz,
naturalmente, esta associado a previsao da demanda quanta a epoca em que se realizara,
como tambem em relagao a quantidade. A projegao de vend as passadas, com 0 emprego de
tecnicas matematicas e estatisticas, fazendo as corregoes quanta a evolugao do mercado
internacional, e a tecnica de previsao mais comum nas grandes empresas. No mercado ha
softwares prontos para calcular os niveis de estoque previstos. 0 prazo considerado na
previsao depende fundamentalmente do tempo de ressuprimento. Em princlplo,
transportadores que oferecem um tempo de ressuprimento menor e, principalmente, mais
confiavel devem ter a preferencia de compradores e fornecedores.
Um dos metodos mais comuns para estimar 0 lote econ6mico, quando nao ha
variagoes significativas na demanda ao longo do ana e nao ha descontos por quantidade,
pode ser expresso pel a f6rmula:
Q= DA/EC
Onde:
Q = quantidade a ser reposta
D = demanda anual (unidades)
A = custo de aquisigao por pedido
E = custo de manutengao anual do item (%)
C = custo do item
exemplo da Toyota, pois apenas foi transferido 0 local de armazenagem das imediagoes do
fomecedor no exterior, para junto do consignatario.
As atividades loglsticas absorvem uma parcela relevante dos custos totais das
empresas, representando em media 25% das vend as e 20% do produto nacional bruto (POZO,
2002). Mas, para que se obtenha sucesso no processo loglstico, e muito importante ter um
sistema de informagoes que possa atender e dar suporte a todos os processos que compoem
sua estrutura. A administragao de materiais, 0 planejamento da produgao, 0 suprimento e a
distribuigao flsica devem assim integrar-se para remodelar 0 gerenciamento dos recursos
fundamentais.
A gestao dos estoques tem sido considerada a base para 0 gerenciamento da cadeia
de suprimentos, apesar de pouco explorada na literatura especializada.
Simplesmente manter baixos niveis de estoques nao significa que a empresa tera altos
ganhos, mas outros aspectos devem ser considerados para que 0 processo logistico seja bem
gerenciado e traga resultados positivos.
A adequada gestao dos estoques deve passar pela resposta as seguintes perguntas:
a) quanta pedir ?
b) quando pedir ?
c) quanto manter em estoques de seguranva ?
d) onde localizar?
Para responder cada uma destas perguntas de forma adequada, devem ser
observados fatores como 0 valor agregado do produto, a previsibilidade da demanda e as
principais exigencias dos consumidores finais em termos de prazo de entrega e disponibilidade
de produto. Ao decidir pela continua reduvao dos niveis de estoque na cadeia de suprimentos,
a empresa deve antes analisar seu houve aumento da eficiencia operacional nas areas de
transporte, armazenagem e processamento de pedidos, caso nao seja constatado esse
aumento da eficiencia, a empresa podera ter grandes problemas no atendimento aos clientes.
Alguns dos pontos cruciais que buscam responder 0 quanta pedir esHio diretamente
ligados ao menor nivel de estoques possivel e em condivoes de atender aos consumidores.
Com 0 aumento dos custos de estocagem, as empresas estao buscando definir seus
niveis de estoque com base em tres fatores principais, que saD:
1) 0 aumento do numero de produtos;
2) 0 alto custo de oportunidade no usa de capital, em virtude das elevadas taxas de
juros praticadas no Brasil;
3) Necessidade de gerenciar adequadamente 0 capital circulante Ifquido.
Estes tres fatores, se mal dimension ados podem causar transtornos irreversiveis a
empresa, pois se 0 ramo de atividade possuir grande variedade de itens e a empresa tiver que
manter grande quantidade de cada item, todo 0 capital de giro podera ser gasto somente em
estoque, desfalcando as demais necessidades a serem atendidas. Isso pode acontecer com
todos os tres fatores citados acima.
Alguns dos aspectos que tem colaborado para 0 aumento da eficiencia dos processos
de movimentayao de estoque saD a gestao do transporte, armazenagem e processamento de
pedidos, que podem ser gerenciados atraves de formayao de parcerias entre empresas na
cadeia de suprimentos, fato iniciado com as montadoras e fornecedores na industria
automobilistica japonesa, que tem permitido reduyao de custos com a eliminayao de atividades
que nao agregam valor ao processo, tais como controle de qualidade no recebimento,
licitayoes e cotayoes de preyos. Outro aspecto e atraves do surgimento de operadores
logisticos, que sao empresas especializadas em transportes de cargas fracionadas, tais como
FedEx, TNT entre outras, e finalmente com a adoyao de novas tecnologias de informayao para
a captura e troca de dados entre empresas, atraves da aplicayao do c6digo de barras, EDI,
Internet e outros tipos de automayao, com a reduyao de processos de retrabalhos, atraves da
eliminayao da interferencia humana na colocayao de pedidos.
o aspecto do quando pedir, a empresa busca determinar se a empresa vai seguir ou
nao a metodologia sugerida de ponto de pedido.
Na localizayao dos estoques na cadeia de suprimentos, 0 que se procura e definir se
•• •• •• •• •• •• •• ••
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M L E P
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p6s-eo!J;!:!l.f1m! e
pes-veoda
Da mesma forma que existe urn canal de distribuiyao para os fluxos de produtos e de
informayoes da distribui9ao ffsica, ha tambem urn canal semelhante no suprimento ffsico e que
visa satisfazer as necessidades de sistemas de operayao. A logfstica de suprimentos e
composta pela retirada de materiais do fornecedor, transporte do material ate 0 local de sua
utiliza9ao e a estocagem do produto liberado na industria para 0 seu consumo.
Para urn melhor entendimento desse processo, sac detalhadas a seguir algumas das
eta pas envolvidas no suprimento ffsico, tais como: aquisi9ao de materia is, sele9ao de
fornecedores, recebimento e armazenagem.
• A aquisiyao faz parte da administrayao de materiais, que e considerado como 0
planejamento, dire9ao, controle e coordenayao de todas aquelas atividades ligadas as
aquisiyoes de materiais e estoques. Esse processo come9a com a determinayao da
qualidade do material e sua quantidade, e termina com a sua entrega a produyao, a
tempo de atender a procura dos clientes no prazo marcado a pre90 mais baixo.
...•.----------------------------
Fluxe da Demanda
I Fomecedor I Consumidor I
Auxe de Informa<;Bes
informagoes.
produto, visando atrair os clientes e aumentar as vendas, do que uma forma de protege-Io.
Urn conceito mais abrangente proposto por Moura e Banzato (2000) faz referencia a
embalagem como: "Conjunto de artes, ci~ncias e tecnicas utilizadas na preparagao das
mercadorias, com 0 objetivo de criar as me/hores condigoes para seu transporte,
armazenagem, distribuigao, venda e consumo, ou a/temativamente, um meio de assegurar a
entrega de um produto numa condigao razoave/ ao menor custo g/obaf' MOURA & BANZA TO
(2000, p.11).
Neste conceito os autores tentam abranger tudo que envolve a concepc;ao da
embalagem: arte (design, cores, formatos); tecnicas (de Produ9ao); e ciencias (novos materiais
e tecnologias). Bern como suas fun90es: a de prote9ao da mercadoria, durante as atividades de
logistica, e a de exposi9ao ao consumidor, como meio de aumentar as vendas. Sem
deixar de considerar os custos envolvidos na produ9ao e no transporte de mercadorias.
Quanto a classifica9ao, a mais referenciada e a que classifica de acordo com as
fun<;:oesem primaria, secundaria, terciaria, quartenaria e de quinto nivel.
a) Primaria: e a embalagem que esta em contato com 0 produto, que 0 contem. Exemplo: vidro
de pepino, caixa de leite, lata de leite condensado.
b) Secundaria: e aquele que protege a embalagem primaria. Exemplo: 0 fundo de papelao, com
unidades de caixa de leite envolvidas num plastico. E geralmente a unidade de venda no varejo.
c) Terciaria: Sao as caixas, de madeira, papelao, plastico. d) Quaternaria: Sao embalagens que
facilitam a movimenta«;:ao e a armazenagem, qualquer tipo de contenedor. Exemplo: Conteiner
e) Embalagem de Quinto nivel: e a embalagem conteinerizada, ou embalagens especiais para
envio a longa distancia.
Outra c1assifica9ao proposta por Bowershox e Closs (2001) classifica as embalagens em dois
tipos: embalagem para 0 consumidor, com enfase em marketing, e embalagem industrial, com
enfase na logistica.
Conhecimento
lios materiais
de embnla,gens
Conhecimento
Projeto de do produto
uma nova LeV~1ntarnento
I'" mh~ I:H'rt" in de dados
Conhecimento
das condic(leS
>
logi'sticas
Conhecimento
das \:ondh;6e,
fnnnais
A figura acima apresentada acima demonstra que 0 primeiro e 0 principal passo para
o projeto de uma embalagem, e 0 levantamento dos dados apresentados nos quatro retangulos,
dentre eles 0 conhecimento das condic:;6es logfsticas (movimentac:;ao, armazenagem e
transporte).
Um exemplo de como cada detalhe no desenvolvimento das embalagens se traduz em
grandes impactos nos numeros da empresa e 0 caso da Nestle Brasil. as maiores ganhos da
companhia hoje, segundo reportagem publicada na Revista Exame, nao vem das fabricas, mas
de mudanc:;as no design das embalagens. No ana passado, a empresa economizou 6,3 milhOes
de reais com adaptac:;6es nas embalagens. As novas curvas na lata de leite Moc:;a,por exemplo,
tem alem da inten<;:aode chamar a atenc:;ao do consumidor, a de reduzir custos.
Lugar I NiveJde
Servi~o
CUstos de iPmcessamento
de Pedido e Informa~ao
o modelo desenvolvido por Lambert et al (1998) cria urn elo entre os custos logisticos e uma
das principais metodologias de avaliayao do marketing, 0 metodo dos 4P's, tendo como
resultado direto 0 nivel de serviyo ao cliente.
Seguindo esta linha de pensamento, Wanke, in Fleury et al. (2000), destaca 3 (tres) fatores
importantes que auxiliam para a reduyao dos custos unitarios de movimentayao de materiais:
_ Formayao de parcerias entre empresas na cadeia de suprimentos.
_ Surgimento de operadores logisticos
_ Adoyao de novas tecnologias de informayao para a captura, troca e
confiabilidade dos dados entre as empresas da cadeia. Na proxima seyao serao comentados
os diversos tipos de custos,
respeitando a metodologia defendida por Lambert et at. (1998), e as suas principais
caracterfsticas.
Armazensde
fabrica
Investimento
no Estoque
/
y AmIazensde
pUblicos
Custode Armazens
\
capital de alugados
Armazens
nninrin~
\
~ \
1-
",
\ " Cl:lstosde
\ Riscooo
Invantario
Fixo
_ Aluguel de espac;:o.
Tributos
_ Equipamentos
Semivariaveis
Mao-de-obra
_ Luz, gas, agua.
Variaveis
_ Manutenc;:ao
_ Combustfveis para empilhadeiras.
Um outro tipo de custo incluso neste processo e 0 de ocupac;:ao, que foi definido por
Chopra & Meindl (2003) como sendo a alterac;:ao marginal no espayo ocasionado por variayoes
no estoque ciclico. Este custo teria como consequencia 0 aluguel ou a compra de um espac;:o
para atender a necessidade da companhia.
Fixo
_ Aluguel de espa90.
Tributos
_ Equipamentos
Semivariaveis
Mao-de-obra
_ Luz, gas, agua.
Variaveis
_ Manuten9ao
_ Combustfveis para empilhadeiras.
Um outro tipo de custo incluso neste processo e 0 de ocupayao, que foi definido por
Chopra & Meindl (2003) como sendo a altera9ao marginal no espac;:o ocasionado por variac;:6es
no estoque ciclico. Este custo teria como conseqUencia 0 aluguel ou a compra de um espac;:o
para atender a necessidade da companhia.
Se a companhia possuir em sua frota veiculos alugados, 0 seu custo sera fixo, definido
pelo valor estipulado da contratada. Este valor sera de tal maneira que cubra todos os custos
da contratada, mais 0 retorno que se deseja obter.
Tanto Ballou (1993) quanta Slack (1998) citam estes custos como sendo os custos
necessarios para manter certa quantidade de mercadorias por um determinado periodo de
tempo. Assim que e colocado um pedido de reabastecimento, os fornecedores demandam
pagamento por seus bens. Quando e fornecido para os proprios consumidores, e demandado,
tambem, 0 pagamento. Todavia, havera provavelmente um lapso de tempo entre pagar os
fornecedores e receber pagamento dos consumidores. Durante este tempo, e necessario ter
fundos para os custos de manuten9ao de estoques. Isso e chamado de capital de giro, 0 que e
necessario para girar 0 estoque. Os custos associados a ele sac juros pagos aos bancos por
emprestimos, ou os custos de oportunidade, pelo nao investimentos em outros lugares.
Segundo Ballou (1993) 0 custo de capital usado vai desde a taxa de juros do sistema
bancario, ate a taxa esperada de retorno de investimentos. Cita tambem a faixa que vai de 8 a
40% ao ano.
Cada vez que um pedido e colocado para reabastecer 0 estoque, saD necessarias
algumas transa<;oes que ocorrem em custos para empresa. Estas incluem as tarefas de
escrit6rio de preparar 0 pedido e de toda a documenta<;ao associ ad a a ele, 0 arranjo para que
se fa<;a a entrega, 0 arranjo de pagar 0 fornecedor pela entrega e os custos gerais de manter
todas as
informa<;oes.
Ballou (1993) completa esta defini<;ao citando ainda os custos de prepara<;ao da produ<;ao ou
manuseio para atender 0 lote solicitado, os custos de transportes e pre<;o, quando ha
descontos para compra de lotes majores.
_. - ._. - . - -- Com;paohia
olIl
Deposito
Fluxo do pedido
Fluxo do material
o tema logistica estara sempre sob objeto de interesse dos empresarios. A reduyao
dos custos aliados ao aumento de produtividade nesse setor nunca deixara de ser perseguido
pelos gestores. Diante do mercado globalizado em que vivemos e com constantes mudanyas,
qualquer alterayao pode provocar incertezas para 0 planejamento e operayao das atividades
da logfstica. Isto exigira habilidade e constante atualizayao por parte da administrayao das
empresas.
Para se atingir a excelencia logistica, torna-se necessario conseguir ao mesmo tempo
reduc;ao
de custos e melhoria do nfvel de servic;o ao cliente. A busca simultanea desses dois objetivos
quebra um antigo paradigma, segundo 0 qual existe um trade-off quase intransponiveJ entre
custos e qualidade de serviyos. As empresas que conseguem alcanc;ar a excelencia logfstica
quebram esse paradigma.
Para 0 sucesso na implementac;ao de estrategias de operac;oes de logistica deve-se
sempre adotar a administrayao de um sistema de medida e avaliayao de desempenho, alem do
desenvolvimento de uma estrutura organizacional apropriada para se atingir a excelencia nas
operac;oes.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: Planejamento, organizaC;;ao e
logistica empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2001.
BALLOU, R. H. Logistica Empresarial. Sao Paulo: Atlas, 1993.
FLEURY, P. F. Conceito da Logistica Integrada e Supply Chain Management. In: FLEURY, P.
F. et. AI. Logistica Empresarial-a perspectiva brasileira. Sao Paulo: Atlas, 2000. cap. 2.
BOWERSOX Donald J.; CLOSS David J. LOGiSTICA EMPRESARIAL: 0 processo de
Integraqao da Cadeia de Suprimento. Atlas, Sao Paulo, 2001.
MOURA, Reinaldo A.; BANZATO Jose Mauricio. Embalagem Unitizaqao & Conteinerizaqao.
IMAM, Sao Paulo, 2000.
www.imam.com.br
www.guiadelogistica.com.br
www.guiadaembalagem.com.br