Apostila Sobre LOGISTICA

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Introduc;:ao 1

Origem, conceitos e caracterfsticas da logfstica 1

Conceitos 2

Evoluc;:ao 3

A tecnologia e a logfstica 4

Logfstica Empresarial 5

o conflito entre custos de transporte e de estoque 6

Lotes economicos 7

Just in time 8

Atividade Logfstica de armazenagem 9

A logistica nos estoques 10

Esto qu e 10

Tipos de estoque 11

Gestao de estoques 11

Gestao da Cadeia de Suprimentos 12

Processo de Suprimento Ffsico 15

A embalagem e a logistica 17

Padronizac;:ao 18

Conceito e classificac;:ao 18

Func;:oes da embalagem 19

Planejamento da embalagem 20

Definic;:ao dos custos logfsticos 21

Custos de manutenc;:ao de inventario 23

Custos de lote 24

Custos de armazenagem 25
Custos de estoques 25

Custos de transportes 26

Custos de capital de giro 27

Custo de serviyo 27

Custo de colocayao do pedido 28

Custos de processamento de pedido e informayao 28

Conclusao 29

Bibliografia 30
o ambiente empresarial esta submetido a constantes mudan9as, principalmente apos a
crescente globaliza9ao dos mercados. As empresas viram aumentar a sua responsabilidade
perante 0 mercado consumidor e com a plena satisfa9i'io dos clientes, alem de se depararem
com a concorrencia mundial. Para manter-se no mercado, muitas empresas mudaram
completamente seus processos produtivos e de atendimento ao consumidor.
Para se enquadrarem no mesmo patamar de seus concorrentes, as empresas
resgataram urn antigo conceito de administra9ao dos f1uxos de bens, seNi90S e informa90es,
utilizado principalmente no contexto militar, a logistica empresarial.
Segundo Ballou (2001 :21), "a missao da logistica e dispor a mercadoria ou 0 seNi90
certo, no lugar certo, no tempo certo e nas condi90es desejadas, ao mesmo tempo em que
fornece a maior contribui9ao a empresa".
Ainda pode-se acrescentar que a empresa deve, alem de realizar todas as atividades
de acordo com a missao da logistica, satisfazer 0 seu cliente, pois e ele quem proporciona a
sustenta9ao da empresa em urn mercado competitivo. 0 desenvolvimento da logistica
empresarial tern side exponencial nos ultimos anos, por ser fator essencial para a
competitividade das empresas. Existem diversos fatores que aceleraram este desenvolvimento:
a pressao por maior giro e redu9ao de estoques, 0 atendimento a mercados distantes, a
introdu9ao de novas tecnologias, 0 curto cicio de vida dos produtos, entre outros.

A historia conta que a logistica teve origem militar, designando estrategias de


abastecimento aos exercitos enquanto nos campos de guerras, visando suprir as necessidades
de armamentos, muni90es, medicamentos, alimentos, vestuarios adequados, nas quantidades
certas e no momenta certo, evitando que 0 exercito no campo de batalha fique sem
suprimentos suficientes para manter as estrategias de guerra.
Na seqUencia, ja na decada de cinqUenta, professores da HaNprd Business School
desenvolveram, em conjunto com a Inteligencia Americana (CIA) estrategias para a Segunda
Guerra Mundial, tornando na seqUencia, materia obrigat6ria nas cadeiras de Administra9ao de
Empresas e Engenharia daquela Universidade.
No inicio de 1991, 0 mundo presenciou urn exemplo pratico e dramatico da importancia
da logistica. Como preparativos para a Guerra do Golfo, os Estado~ Unidos e seus aliados
tiveram que deslocar quantidades enormes de materiais a granc,tes distancias, 0 que se
pensava fazer em urn tempo extremamente curto. Meio milhao de pessoas e mais de meio
milhao de materiais e suprimentos tiveram que ser transportados atraves de 12.000
quil6metros por via aerea, e mais de 2,3 milh5es de toneladas de equipamentos transportados
pelo mar, tudo isto feito em questao de meses.
Ao longo da hist6ria do homem, as guerras tem side ganhas ou perdidas atraves do
poder e da capacidade da logistica, ou a falta deles.

Muitos autores ja tentaram conceituar 0 termo logistica, porem, pela concepc;:ao desse
trabalho, buscou-se a definic;:ao do Council of Logistics Management, descrita por FILHO (
2001 :3):

Logistica e a parte do processo da cadeia de suprimento que planeja, implementa e


controla 0 eficiente e efetivo f1uxo e estocagem de bens, servic;:os e informac;:oes relacionadas,
do ponto de origem ao ponto de consumo, visando atender aos requisitos dos consumidores.
Na definic;:ao de FERREIRA (1986), Logistica, do frances Logistique, significa a parte
da arte da guerra que trata .do planejamento e da realizac;:ao de atividades de projeto e
desenvolvimento, obtenc;:ao, armazenamento, transporte, distribuic;:ao, reparac;:ao, manutenc;:ao
e evacuac;:ao de material, tanto para fins operativos como administrativos.
Como se percebe pel a definic;:ao do termo, a func;:ao da logistica e principalmente ser 0

elo de ligac;:ao em um processo que pode comec;:ar com um fornecedor e encerrar com um
cliente em outra ponta da "cadeia".
Atualmente, 0 termo logistica tem side muito utilizado, pois 0 processo de gestao da
cadeia de suprimentos nas empresas pode significar a diferenc;:a entre a empresa lucrativa e a
deficitaria.
A gestao do processo logistico tem side hoje grande diferencial competitivo, pois com 0
passar dos tempos os consumidores tornaram-se tambem mais exigentes com relac;:ao a
qualidade dos produtos, tempo de produc;:ao e cicio de vida dos produtos, prazo de entrega e
mais recentemente, com 0 indice de inovac;:oes tecnol6gicas incorporados aos produtos.
o que no passado eram pequenos incomodos do consumidor, tornaram-se hoje em
rotina de preocupac;:ao para as organizac;:oes.
o fator prec;:o do produto, na maioria das vezes era sequer questionado pelo
consumidor, como bem pode-se lembrar das famosas maquinas de remarcar prec;:os nos
supermercados, pois os altos indices inflacionarios, em grande parte encobriam a
incompetencia administrativa das organizac;:oes e iludiam as consumidores, po is 0 dinheiro
perdia seu valor a todo dia.
Com a implantac;:ao do plano real e 0 controle da inflac;:ao sendo conseguido, mais a
vontade do consumidor em colaborar com a estabilidade da nova maeda, restou as empresas
investirem em novos processos de gestao de custos, pois em nao mais existindo taxas
exorbitantes de aplicac;:oes no mercado financeiro, os excedentes de caixa passaram a ser
aplicados nas empresas, atraves de novos produtos, novas maquinas e novos processos
produtivos. Ap6s isso, a logistica comec;:ou a se desenvolver, auxiliando grandemente no
processo de gestao das empresas.
A evoluc;ao conceitual da Logistica, proposta por Boyson et al (1999), subdivide-se em
quatro estagios evolutivos distintos, no processo de evoluc;ao da cadeia de suprimentos
durante
o seculo passado, a saber:
I. Estagio 1 - Logistica Subdesenvolvida: ate a decada de 70, as atividades de logfstica
focavam a eficiencia da distribuic;ao fisica dentro das atividades de transporte, armazenagem,
controle de inventario, processamento de pedidos e expedic;ao.
II. Estagio 2 - Logistica Incipiente: nos anos 80, 0 foco foi a integrac;ao entre as func;oes de

logistica, a fim de maximizar sua eficiencia. Enfase no transporte e na armazenagem.


III. Estagio 3 - Logistica Interna Integrada: na decada passada, surgiram novos canais de
distribuic;ao e novos conceitos de processo produtivo. Busca da competitividade atraves da
adoyao de metodos quantitativos de controle de qualidade, da oferta de servic;os aos clientes, da
formulac;ao de equipes internas internacionais e na segmentac;ao da base da cadeia.
IV. Estagio 4 - Logistica Externa Integrada: nesta decada tem-se verificado uma maior
preocupac;ao com as interfaces entre os integrantes da cadeia de suprimentos. Foco no
aprimoramento da previsao de demanda e no planejamento colaborativo entre os elos da cadeia
de suprimentos. Investimentos em sistemas de compartilhamento de informac;ao para gerir os
elos da cadeia.

Estfi,!lio 4
•I _u~i~lira Extt'rIW Int('~l'ada
Foco na eficiencia estrategica
I

Ambiente Est<'ilrio 3 I
Interno Lugistic •.•Illtl'rna Int('~rada .
Foco em sel'\'i~ose elientes
EstaQIO 2
Ltl~i"tii:a Illdpil'nte
Foeo no transporte e
Ambiente
Estanio 1 externo
L~il;tka Subd('<;t'nYIIh"ida
tl.. "" Foco no transvorte
"IlJ~

1970 19S0 199f1 lOon T ('HIp.,


Figura 1 - Estagios Organizacionais de Crescimento das Competencias da Gestao da
Cadeia de Suprimentos
Fonte: Adaptado de Boyson et al (1999)
A tecnologia da informac;:ao, os recursos tecnologicos materiais e os servic;:os
oferecidos para 0 processo logistico estao evoluindo constantemente e desta forma as
empresas podem fazer as suas escolhas, diante de diversas opc;:oes, tanto de software como
de equipamentos, indo em busca daquilo que mais se adequa as suas necessidades.
Dentre estes recursos disponiveis no mercado pode-se citar diversos, os quais
abrangerao as necessidades de todos os tipos de usuarios como:
Consultoria e treinamento (Assessoria, projetos, palestras e eventos);
Recursos de movimentac;:ao e armazenagem (Balanc;:as, revestimentos de pisos,
demarcac;:oes, faixas, portas especiais, cortinas, escadas, rampas, produtos de
seguranc;:a, alimentadores, redutores e imoveis);
Estruturas de estocagem (Armazens, galpoes, reservat6rios, tanques, silos
mezaninos, pontes rolantes, transelevadores, armarios modulares, gaveteiros,
carrosseis verticais e horizontais e sistemas de estocagem).
Servic;:os de logistica (Operadores logisticos, armadores, desembarac;:o aduaneiro,
terminais diversos, armazens gerais, motoboys, distribuic;:ao fisica, transportes
maritimos, aereo, ferroviario, rodoviario, terceirizac;:ao de mao-de-obra para
movimentac;:ao, gesUio de embalagens retornaveis, seguros e escoltas de cargas;
Identificac;:ao e automac;:ao industrial e comercial (Codigo de barras (etiquetas
impressoras, coletores, scanners, terminais de radiofrequencia, software),
softwares (WMS, estoque, ERP, MRP, SCM, de simulac;:ao, sistemas logisticos e
otimizac;:ao de cargas, de transporte e frota, rastreadores);
Transportadores continuos (correias, correntes, canecas, elevadores, assess6rios
para transportadores continuos, carregadores, transportadores diversos);
Embalagens, recipientes e utilizadores (Racks, cac;:ambas, paletes e acess6rios,
estrados, caixas engradados, aplicadores diversos, cantoneiras para reforc;:o de
embalagens, estabilizadores de caixas, embalagens (impressoras, maquinas para
fechamento, separadores)
Veiculos e maquinas industriais (Empilhadeiras, carrinhos, carretas, caminhoes,
carros eletricos, escavadeiras, guindastes, pas-carregadeiras, retroescavadeiras,
guinchos, rebocadores, tratores).
A combinac;:ao desses aplicativos conduz para a otimizac;:ao do sistema logistico e
melhora 0 processo de gestao integrada dos diversos componentes, ou seja, estoques,
armazenagem, transporte, processamento de pedidos, compras e manufatura.
Snprimento Fisico

Fontes de Plantas ,..-


Suprimento lRr Ope1'3s:oes lJlr

• Tfansporte • Tran,;p011,e
• ~'1allutew;ao de Estoquef> • Manutelll;ao de E'5toques.
• Proce,>samento de Pedidos • Proc>E"<;:;amentode Pediclo,>
• Aqui~is:ao • Progralua~ao de Produto
• Embalagem Protetom • Embalagem Protetom
• Annazenagem • .;\rmazenagem
• ~1anuseio de ~\i1ateriais • I\1anuseio de iVfuteriaif>
• )''1atlUf>eiode Infortllat;oes • Mallmeio de- Infonlla~6es

Figura 1 - Escopo da Logistica Empresarial e Possiveis atividades em uma cadeia de


suprimentos imediatos da empresa. Fonte: Adaptado de Ballou (2001, p. 23)

Aqui, a distribuigao fisica refere-se a parte de um sistema logistico que diz respeito a
movimentagao externa dos produtos, do vendedor ou cliente ou consumidor, ou seja,
transporta e entrega algo "fisico" ao cliente. Nesse processo pode existir atividade de
estocagem para equilibrar a demanda.
Ja 0 suprimento fisico esta focado na disponibilizagao de materias-primas e insumos
para empresa, destacando-se a relagao com fornecedores, 0 planejamento e sistema de
compras, a estocagem e 0 transporte. Assim, 0 suprimento fisico refere-se a parte do sistema
logistico no tocante a movimentac;ao intema de materiais ou produtos, das fontes ao
comprador.

Em Fleury (2000), observa-se que a logistica deve ser vista como um processo
abrangente que integra 0 fluxo de materiais e informagoes, dai a importancia da "Visao
Sistemica da Cadeia Logistica".
Se por um lado e importante esta visao sistemica, por outro e necessario 0 estudo
individual de cada um dos elementos da cadeia logistica, suas caracteristicas, inter-relagoes e
a forma como saD agrupados, que podem ser: Logistica de Suprimentos, de Produgao, de
Armazenagem e Logistica de Distribuigao e Transporte, ou 0 seu conjunto como sendo
Logistica Empresarial.
No Brasil, 0 conceito de logistica empresarial como apresentado a seguir e recente.
Segundo Fleury (2000), 0 processo de difusao desse conceito teve inicio nos primeiros anos da
decada de 90, com 0 processo de abertura comercial, mas se acelerou a partir de 1994, com a
estabilizac;;ao econ6mica propiciada pelo Plano Real.
De acordo com Ballou (1993), "A logistica empresarial trata de todas as atividades de
movimentac;;ao e annazenagem, que facifitam 0 f1uxo de produtos desde 0 ponto de aquisic;;ao
da materia-prima ate 0 ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informac;;ao que
colocam os produtos em movimento, com 0 prop6sito de prover nlveis de servic;;o adequados
aos clientes a um custo razoavel". Isto e conseguido com uma administrac;;ao adequada das
atividades primarias e de suporte. Nesse contexto, a administrac;;ao de materias e distribuic;;ao
ffsica integram-se para formar 0 que se chama hoje de Logistica Empresarial.
Na Figura acima e apresentado um escopo da loglstica empresarial, onde as atividades
enumeradas iraQ mudar em func;;ao dos sistemas produtivos, produtos e materias-primas.
Observa-se que as atividades, nas duas grandes eta pas do processo logistico, diferem apenas
pelo fato do suprimento ffsico tratar com materias-primas e a distribuic;;ao f1sica de produtos
acabados.

o desafio, diante do qual se encontra 0 administrador logistico, e que os custos das


atividades a ele subordinadas nao caminham todas no mesmo sentido, ou seja, a medida que
os custos correspondentes a uma atividade crescem h8 uma compensac;;ao, de modo que os
custos de outra operac;ao, vinculada a mesma atividade logistica caem. A questao chave
consiste, pois, em encontrar 0 ponto de equilibrio, isto e, 0 nivel para 0 qual 0 conjunto dos
custos apresenta 0 ponto minimo. Um exemplo desse fato e observado quanta aos custos de
transporte e de estoque. A medida que aumenta 0 numero de dep6sitos, os custos de
transporte caem e 0 custo de manutenc;;ao dos estoques aumenta devido ao incremento dos
estoques. Isso acontece porque carregamentos volumosos podem ser realizados para os
armazens a fretes menores, e a partir dai a distancia percorrida pelas entregas de volumes
menores ate 0 cliente, cujo custo via de regra e maior, se reduz, diminuindo assim 0 custo de
transporte total, ou seja, da origem ao destino. Os custos relativos aos estoques aumentam a
medida que aumentam 0 numero de armazens, porque mais estoque e necessario para manter
o mesmo nlvel de disponibilidade do que quando ha menor nurnero de dep6sitos.
o custo total minimo, detenninado pela soma dos custos, sera obtido pela
compensac;;ao dos custos conflitantes, 0 que permitira determinar 0 numero ideal de dep6sitos.
Convem observar que 0 Gusto total mlnimo nao corresponde ao ponto sobre 0 eixo X, onde 0

custo de transporte e mlnimo ou aquele para 0 qual os custos de estoque saD rninimos, mas a
urn ponto intennediario entre os mesmos. Isso permite Goncluir, que a administrac;;ao separada
dos servic;;os que compoem as atividades logisticas nao conduzem ao custo minimo. Tendo em
vista os volumes elevados, geralmente transacionados no comercio exterior, os custos de
processamento de pedidos nao foram considerados relevantes embora em termos domesticos
sejam, freqUentemente incluidos.

Observada a necessidade de se manterem estoques, conhecida a influencia que


exercem sobre os custos e, portanto, a rentabilidade da empresa, resta, portanto, fomecer os
metodos empregados para calcular os volumes que a empresa mantera de cada item. Dividir
os estoques, segundo a natureza da demanda, e a primeira medida que se toma necessaria.

Uma c1assificagao adequada da demanda e a seguinte:


A demanda permanente refere-se a produtos com cicio de vida longo e que nao
possuem grandes picos ou vales de consumo ao tango de um ano. 0 ressuprimento dos
estoques e continuo ou peri6dico. A demanda sazonal inclui tanto produtos com cicio de
demanda anual, associados os picos e vales acentuados ao tango desse intervalo, como
produtos de moda com cicio de vida muito reduzido.
A demanda irregular corresponde a produtos com comportamento tao irregular, que a
previsao de vendas e muito dificil. A demanda em declinio e representada por itens cuja
demanda acaba, tendo em vista que saD substituidos por outros.
A demanda derivada e resultante da demanda por outro produto, ao qual 0 produto em questao
esta associado, tais como embalagens e materias primas. A relagao abaixo indica 0 controle a
ser exercido sobre os estoques, conforme 0 tipo de demanda:

PERMANENTE Previsao de demanda por item do inventario;


Quando deve ser realizado 0 ressuprimento;
Definigao do tamanho do lote de ressuprimento.
SAZONAL Previsao acurada do nivel de demanda futuro;
Epoca em que ocorrera 0 pica
IRREGULAR previsao de vendas preciso, (notadamente para produtos com
tempos de ressuprimento muito longos ou pouco f1exiveis)
EM DECLiNIO Quando e quanto deve ser estocado, periodo a periodo, ate 0 final das vendas
derivada Demandado produto ao qual 0 item esta associado ha um conjunto de custos
associados a administragao de estoques, relacionados a seguir. Os custos para manutengao
dos estoques incluem todos aqueles ja avaliados anteriormente, ou seja, 0 custo de
oportunidade do capital , seguros contra incendio e roubo, os custos da armazenagem fisica
propriamente dita e aqueles associados aos riscos de perdas, decorrentes de obsolescencia,
deterioragao, dano e furto. Os custos de aquisigao estao no comercio exterior, associados a
todos os custos relativos a processamento da importayao, ja a partir da correspondencia, dos
contatos e viagens iniciais.
Os custos de falta podem representar tanto vendas perdidas, (porque 0 cliente
cancelou 0 pedido do item que esta em falta, 0 que pode repercutir tanto a curto como a longo
prazo), como atrasos, 0 que geralmente resulta em custos adicionais tanto para fornecedor
como cliente, para reprogramar 0 atendimento das suas necessidades.

Os lotes econ6micos saD justamente aqueles que permitem 0 equilibrio dos custos de
manutengao de estoques, aquisigao e faltas, associados a um nivel de servigo adequado, em
fungao do comportamento conflitante dos mesmos. 0 que ocorre saD que os custos de
manutengao dos estoques aumentam a medida que saD estocados lotes maiores, mas isso
resulta em menor numero e pedidos e portanto em menores custos de aquisigao e faltas. 0
somat6rio dos custos tem forma de U. 0 controle do nivel de estoque de forma eficaz,
naturalmente, esta associado a previsao da demanda quanta a epoca em que se realizara,
como tambem em relagao a quantidade. A projegao de vend as passadas, com 0 emprego de
tecnicas matematicas e estatisticas, fazendo as corregoes quanta a evolugao do mercado
internacional, e a tecnica de previsao mais comum nas grandes empresas. No mercado ha
softwares prontos para calcular os niveis de estoque previstos. 0 prazo considerado na
previsao depende fundamentalmente do tempo de ressuprimento. Em princlplo,
transportadores que oferecem um tempo de ressuprimento menor e, principalmente, mais
confiavel devem ter a preferencia de compradores e fornecedores.
Um dos metodos mais comuns para estimar 0 lote econ6mico, quando nao ha
variagoes significativas na demanda ao longo do ana e nao ha descontos por quantidade,
pode ser expresso pel a f6rmula:
Q= DA/EC
Onde:
Q = quantidade a ser reposta
D = demanda anual (unidades)
A = custo de aquisigao por pedido
E = custo de manutengao anual do item (%)
C = custo do item

A ideia associada ao Just in Time e minimizar a necessidade de armazenagem e


manutengao de estoques ao ajustar 0 suprimento e a demanda no tempo e na quantidade, de
modo que produtos ou materias-primas estejam disponiveis nos montantes requeridos, no
momenta justo.
Esse metoda foi iniciado pela Toyota no Japao na decada de 50. 0 conceito de Just in
Time e praticado juntamente com 0 Kanban, que consiste de tabuletas utilizadas durante 0
processo de produgao e que informa aos postos de trabalho mais proximos, as necessidades
adicionais de partes e componentes.
Mudanyas na demanda podem ser ajustadas rapidamente. a metoda supoe que as
partes sejam fornecidas imediatamente, a medida que sejam utilizadas. As quantidades
produzidas e todo processo de requisigao de materia prima e realizado em pequenas
quantidades para atender a demanda, em fungao da minimizagao das quantidades
armazenadas, os custos de estocagem sac rebaixados, reduzindo consequentemente os
custos de produgao. Nao se pode, no entanto, pensar em prazos de curta durag80, para
reposigao dos estoques na importagao.
A utilizagao de regimes aduaneiros especiais de armazenagem na importagao permite
abreviar sensivelmente 0 perlodo para que 0 dona da carga tenha acesso a mesma, pois
segundo esse regime aduaneiro a carga, embora ja esteja em territ6rio nacional, ainda nao
esta disponlvel, para 0 usuario enquanto nao for nacionalizada, ou seja, Iiberada pela
Alfandega. Este processo, no entanto, nao pode ser considerado Just in Time conforme 0

exemplo da Toyota, pois apenas foi transferido 0 local de armazenagem das imediagoes do
fomecedor no exterior, para junto do consignatario.

As atividades loglsticas absorvem uma parcela relevante dos custos totais das
empresas, representando em media 25% das vend as e 20% do produto nacional bruto (POZO,
2002). Mas, para que se obtenha sucesso no processo loglstico, e muito importante ter um
sistema de informagoes que possa atender e dar suporte a todos os processos que compoem
sua estrutura. A administragao de materiais, 0 planejamento da produgao, 0 suprimento e a
distribuigao flsica devem assim integrar-se para remodelar 0 gerenciamento dos recursos
fundamentais.

A armazenagem e considerada uma das atividades de apoio ao processo loglstico, que


segundo Pozo (2002:23), "sao as que dao suporte ao desempenho das atividades primarias,
para que a empresa possa ter sucesso, que se obtem mantendo e conquistando clientes com
pleno atendimento do mercado e satisfagao total do acionista em receber seu lucro".

Ela abrange a administragao dos espayos necessarios para manter os materiais


estocados na pr6pria fabrica ou em armazens terceirizados. Essa atividade e muito relevante,
pois muitas vezes diminui a distancia entre vendedor e comprador, alem de envolver diversos
processos como: localizagao, dimensionamento, recursos materiais e patrimoniais (arranjo
fisico, equipamentos, etc.), pessoal especializado, recuperagao e controle de estoque,
embalagens, manuseio de materiais, montagem/desmontagem, fracionamento e consolidagao
de cargas e consequentemente a necessidade de recursos financeiros e humanos.
De acordo com Arbache et al. (2004), uma instalayao de armazenagem pode
desempenhar varios papeis dentro da estrutura de distribuiyao adotada por uma empresa:
recepyao e consolidayao de produtos de varios fomecedores, para posterior distribuiyao a
diversas lojas de uma rede; recepyao de produtos de uma fabrica e distribuiyao para diversos
clientes. A armazenagem possui quatro atividades basicas: recebimento, estocagem,
administrayao de pedidos e expediyao.

Conforme ja citado anteriormente, a logistica esta voltada para a gestao do processo


produtivo, ou seja, a cadeia de suprimentos, e nessa cadeia, destaca-se para os objetivos
deste trabalho, os estoques das empresas.
Muito se tem discutido sobre as atribui<;oes dos estudos logisticos, porem quanta mais
se discute, mais necessidade de discussao aparece.
o gerenciamento da rela<;ao entre custo e nivel de servi<;o tem side considerado hoje
como 0 principal desafio da logistica modema.
A redu<;ao do prazo de entrega com maior disponibilidade de produtos sem aumentar a
quantidade exageradamente e os custos, 0 cumprimento do prazo de entrega e maior
facilidade de coloca<;ao de pedidos tem side a busca constante dos estudiosos da logistica.

Por estoques, entende-se todo e qualquer deposito de mercadoria ou materia-prima


para produ<;ao ou venda em data futura. Na concep<;ao de CORREA et all (2000:45), "
estoques sac acumulos de recursos materiais entre fases especificas de processos de
transforma<;ao". Logicamente, que a defini<;ao retro esta voltada muito mais para empresas
industriais, onde se concebe a transforma<;ao de uma materia-prima qualquer em um produto,
todavia, existem tambem os estoques de mercadorias para revenda, que tambem podem ter
tratamentos diferenciados.
Algumas das razoes da existencia dos estoques segundo CORREA et all (2000) sac a
impossibilidade ou inviabilidade de coordenar suprimento e demanda, quer por incapacidade,
pelo alto custo de obten<;ao ou por restri<;oes tecnologicas; com fins especulativos, pela
escassez ou pela oportunidade; com a finalidade de gerenciar incertezas de previsoes de
suprimento e/ou demanda, na forma<;ao de estoque de seguran<;a.
AS estoques podem ser classificados em diversos tipos, conforme se observa a seguir.
a) materia-prima: esse tipo de estoque requer alguma forma de processamento para
ser transformada em produto acabado. A utilizavao e diretamente proporcional ao
volume de produvao;
b) Produtos em processo: em um processo de produvao, considera-se produtos em
processo os diversos materiais que estao em diferentes fases do processo
produtivo. Corresponde a todos os materiais que sofreram algum tipo de
transformavao, porem nao atingiram a forma final do produto a ser comercializado;
c) Materiais de embalagem: correspondem as caixas para embalar produtos,
recipientes, rotulos etc.
d) Produto acabado: compreendem os produtos que sofreram um processo de
transformavao e estao prontos para ser vendidos;
e) Suprimentos: neste tipo de estoque, estao inseridos todos os itens nao
regularmente consumidos pelo processo produtivo. Sao os componentes utilizados
para a manutenvao de equipamentos, instalavao predial, dentre outros.

A gestao dos estoques tem sido considerada a base para 0 gerenciamento da cadeia
de suprimentos, apesar de pouco explorada na literatura especializada.
Simplesmente manter baixos niveis de estoques nao significa que a empresa tera altos
ganhos, mas outros aspectos devem ser considerados para que 0 processo logistico seja bem
gerenciado e traga resultados positivos.
A adequada gestao dos estoques deve passar pela resposta as seguintes perguntas:
a) quanta pedir ?
b) quando pedir ?
c) quanto manter em estoques de seguranva ?
d) onde localizar?
Para responder cada uma destas perguntas de forma adequada, devem ser
observados fatores como 0 valor agregado do produto, a previsibilidade da demanda e as
principais exigencias dos consumidores finais em termos de prazo de entrega e disponibilidade
de produto. Ao decidir pela continua reduvao dos niveis de estoque na cadeia de suprimentos,
a empresa deve antes analisar seu houve aumento da eficiencia operacional nas areas de
transporte, armazenagem e processamento de pedidos, caso nao seja constatado esse
aumento da eficiencia, a empresa podera ter grandes problemas no atendimento aos clientes.
Alguns dos pontos cruciais que buscam responder 0 quanta pedir esHio diretamente
ligados ao menor nivel de estoques possivel e em condivoes de atender aos consumidores.
Com 0 aumento dos custos de estocagem, as empresas estao buscando definir seus
niveis de estoque com base em tres fatores principais, que saD:
1) 0 aumento do numero de produtos;
2) 0 alto custo de oportunidade no usa de capital, em virtude das elevadas taxas de
juros praticadas no Brasil;
3) Necessidade de gerenciar adequadamente 0 capital circulante Ifquido.
Estes tres fatores, se mal dimension ados podem causar transtornos irreversiveis a
empresa, pois se 0 ramo de atividade possuir grande variedade de itens e a empresa tiver que
manter grande quantidade de cada item, todo 0 capital de giro podera ser gasto somente em
estoque, desfalcando as demais necessidades a serem atendidas. Isso pode acontecer com
todos os tres fatores citados acima.
Alguns dos aspectos que tem colaborado para 0 aumento da eficiencia dos processos
de movimentayao de estoque saD a gestao do transporte, armazenagem e processamento de
pedidos, que podem ser gerenciados atraves de formayao de parcerias entre empresas na
cadeia de suprimentos, fato iniciado com as montadoras e fornecedores na industria
automobilistica japonesa, que tem permitido reduyao de custos com a eliminayao de atividades
que nao agregam valor ao processo, tais como controle de qualidade no recebimento,
licitayoes e cotayoes de preyos. Outro aspecto e atraves do surgimento de operadores
logisticos, que sao empresas especializadas em transportes de cargas fracionadas, tais como
FedEx, TNT entre outras, e finalmente com a adoyao de novas tecnologias de informayao para
a captura e troca de dados entre empresas, atraves da aplicayao do c6digo de barras, EDI,
Internet e outros tipos de automayao, com a reduyao de processos de retrabalhos, atraves da
eliminayao da interferencia humana na colocayao de pedidos.
o aspecto do quando pedir, a empresa busca determinar se a empresa vai seguir ou
nao a metodologia sugerida de ponto de pedido.
Na localizayao dos estoques na cadeia de suprimentos, 0 que se procura e definir se

centraliza ou nao os estoques, visando 0 melhor atendimento aos clientes.

Materiais saD quaisquer commodities (mercadoria em estado bruto , ou produto primario de


importancia comercial como 0 ferro, graos, etc) usadas direta ou indiretamente na produyao de um
produto ou serviyo, como materias - primas, peyas componentes, e suprimentos. A administrayao de
materiais na maioria das empresas e crucial para seu sucesso porque 0 custo para comprar,
armazenar, movimentar e despachar materiais e responsavel por mais da metade do custo de um
produto. Produtividade basicamente significa impulsionar para baixo 0 custo de fazer neg6cios, e
realizar melhor a tarefa de administrayao de materiais e cada vez mais vista como a chave para uma
produtividade mais elevada em muitas empresas atualmente. Os gerentes de operayoes estao
trabalhando muito para desenvolver melhores maneiras de administrar materiais a fim de que
entregas no tempo certo, qualidade e custos possam ser melhorados para que suas empresas
possam sobreviver num mundo cada vez mais competitivo.
Considere como os materiais poderiam f1uir dos fornecedores de uma empresa, passar pelas
operayoes da empresa, e depois seguir ate seus clientes. Uma perspectiva cada vez mais popular
atualmente ever 0 f1uxo de materiais que sai dos fornecedores e percorre todo 0 caminho ate os
clientes como um sistema a ser administrado. Essa perspectiva comumente e chamada
administra~ao da cadeia de suprimentos.
Em seu sentido mais amplo, uma cadeia de suprimentos refere-se a maneira pela qual os
materiais f1uem atraves de diferentes organizayoes, iniciando com as materias primas e encerrando
com produtos acabados entregues ao consumidor final. Por exemplo, considere 0 ayo usado numa
porta de autom6vel. Uma companhia mineradora escava 0 solo que contem minerio de ferro e depois
extrai somente 0 ferro da terra.O minerio de ferro e enHio vendido a uma usina siderurgica, onde ele
e processado com outros materiais para forrnar grandes Iingotes de ayo. Os lingotes de ayo sac
vendidos a outra empresa siderurgica, onde sac fundidos, laminados em laminas longas e finas
temperados.
Esses rolos de metal sac entao vendidos a um fornecedor do setor automobilistico
especializado em fazer portas.O metal laminado e recortado e estampado, e usado com outros
materiais para compor uma porta de carro completa. A porta e entao vendida ao fabricante de
autom6veis, onde e montada com outros componentes para produzir um autom6vel completo. 0
autom6vel e entao vendido a uma revendedora, que executa algum trabalho de preparayao final,
como por exemplo, acrescentar frisos nas laterais do carro. 0 consumidor final compra entao um
autom6vel do revendedor, 0 elo final na cadeia de suprimentos.
Cadeias de suprimentos podem forrnar redes complexas que envolvem muitas empresas e
materiais. Uma materia prima pode ser usada em muitos produtos acabados diferentes produzidos
por varias empresas, e um produto acabado geralmente e feito de muitas materias primas de
diversos fornecedores. Da perspectiva da administrayaO de operayoes de uma empresa em
particular que esteja no meio de uma cadeia de suprimentos, somente uma parte da cadeia de
suprimentos interessa e deve ser administrada pela empresa. Desse modo, para a maioria das
empresas administra~ao da cadeia de suprimentos refere-se a todas as funyoes administrativas
relacionadas com 0 f1uxo de materiais dos fornecedores diretos da empresa ate seus clientes diretos,
inclusive os departamentos de compras, arrnazenagem, inspeyaO, produyao, manuseio de materiais,
expediyao, e distribuiyao.
Estudar os fluxos de materiais - aquisiyao, armazenagem, movimento e processamento de
materias primas, componentes, e suprimentos- e uma boa maneira de entender a manufatura. Alem
disso, serviyos como, venda a varejo, arrnazenamento, e empresas de transporte pod em ser vistos
como sistemas de f1uxo de material. Nesses sistemas, todas as funyoes organizacionais sac
criticamente afetadas pelo planejamento e controle do sistema de materiais.
A administra~o de materiais e a administra~o logistica sac dois nomes alternativos
usa os para referir-se a administragao da ca a e s primentos. Algumas organizayoes
ce fizaram suas diversas fun96es e a c~ e 'ais sob um departamento dirigido
por urn gerente de materiais ou urn vice presidente de materiais. Esse posta executivo coordena
todas as atividades de administragao da cadeia de suprimentos e assume total responsabilidade pelo
suprimento de baixo custo de materiais e pela qualidade especificada quando e onde os
departamentos operacionais e clientes 0 exigi rem. A responsabilidade do gerente de materiais e
imensa, realidade salientada pelos salarios tipicamente elevados, os quais se classificam entre
aqueles dos mais altos postos da industria.
E importante reconhecer a relac;:ao entre a administrac;:ao de materiais e 0 planejamento e
controle da produgao atraves de vinculos com os programas MPS, MRP,CRP e JIT. Nos sistemas
MRP, 0 documento - chave e 0 relat6rio de programagao de pedidos, 0 qual e urn programa de
quando pedidos de materiais devem ser enviados a fornecedores e quando pedidos de produgao de
pegas e montagens devem ser enviados a departamentos de produgao internos da empresa (in
house) . Os relat6rios constituem urn programa para que:
1. a departamento de compras pega e receba materiais dos fornecedores.
2. a departamento de expediqao despache pedidos para os clientes e receba pedidos dos
fornecedores.
3. a controle de produqao planeje a movimentagao de pedidos entre centros de trabalho na
produgao. Bilhetes de movimentagao autorizam a movimentagao de pedidos de acordo com
os roteiros.
Em sistemas JIT, 0 relat6rio de programagao de pedidos JIT dos fornecedores fornece ao
departamento de compras, ao departamento de expedigao e aos fomecedores uma programagao
aproximada de quando pedidos serao necessarios e a seqUencia de constru!r3o para 0 cliente, que
e a sequencia na qual os pedidos serao necessarios na instalagao do cliente.O momenta das
remessas reais dos pedidos sera determinado pelas comunicac;5es diarias entre 0 cliente e os
fornecedores.
No JIT, urn sistema Kanban controla a produgao e a movimentagao de conh3ineres
entre centros de trabalho. Quatro atividades importantes na administragao de materia is, ou
administragao da cadeia de suprimentos, saD: compra, log[stica, armazenamento, e agilizagao.
Essas atividades formam a estrutura e 0 escopo da administragao de materia is.
p S A T
R U E R R
I; P M E
0 P M M A
C. R
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•• •• •• •• •• •• •• ••
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5 S M S

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ResiduDS de
p6s-eo!J;!:!l.f1m! e
pes-veoda

Da mesma forma que existe urn canal de distribuiyao para os fluxos de produtos e de
informayoes da distribui9ao ffsica, ha tambem urn canal semelhante no suprimento ffsico e que
visa satisfazer as necessidades de sistemas de operayao. A logfstica de suprimentos e
composta pela retirada de materiais do fornecedor, transporte do material ate 0 local de sua
utiliza9ao e a estocagem do produto liberado na industria para 0 seu consumo.
Para urn melhor entendimento desse processo, sac detalhadas a seguir algumas das
eta pas envolvidas no suprimento ffsico, tais como: aquisi9ao de materia is, sele9ao de
fornecedores, recebimento e armazenagem.
• A aquisiyao faz parte da administrayao de materiais, que e considerado como 0
planejamento, dire9ao, controle e coordenayao de todas aquelas atividades ligadas as
aquisiyoes de materiais e estoques. Esse processo come9a com a determinayao da
qualidade do material e sua quantidade, e termina com a sua entrega a produyao, a
tempo de atender a procura dos clientes no prazo marcado a pre90 mais baixo.

• A seleyao de fornecedores e fundamental para 0 sucesso da aquisi9aO. Ballou (2001)


afirma que, "0 papel dos fornecedores dentro da logfstica moderna e 0 de parceiros
operacionais". E completa dizendo que 0 importante e estabelecer urn relacionamento
permanente entre cliente e fornecedor, envolvendo nao apenas compras eventuais ou
programadas, mas 0 proprio desenvolvimento de produtos, um relacionamento do tipo
parceria, onde cliente e fornecedor se ajudam na procura de soluc;6es eficazes e que
possa trazer mais beneffcios aos consumidores finais.

• 0 recebimento e a armazenagem dos materiais saD atividades, dentro da aquisic;ao,


que consiste em armazenar adequadamente os materiais para que seja possivel sua
rapida recuperac;ao e a manutenc;ao dos niveis de qualidade e para que a entrega seja
facilitada.
Conforme visto, 0 papel da logistica e responder por toda a movimentac;ao de
materiais, no ambiente e no externo mais proximo da empresa, desde a chegada da materia-
prima ate que 0 produto final chegue as maos dos clientes. De forma a consolidar 0 que foi
abordado ate 0 momento, e apresentada a seguir, na Figura 2, a logfstica empresarial, com
seus principais f1uxos.

:\"iyel P"l)el RadQllalidade Compal'tilha Interdepil'lld~llci" tl'Cllologica

Consciencia cias oportumdades


A \-alia~ao da capacidade de ab;,or.;io
e redefini~ao. C1ll todos os ni\'eis_ dos
Preser:;ar a processos e do:, pap,iis de cada
COilSClellcia da
ldentidade e a organiza<;iio. a fun de manter 3
1m titucional dependencia de Yalore;.
Iegitimidade identidade e a coen~nei3 das
each empresa
cia; C'mpresa., estl<1to:~gia,da.>organiza.;oes
component,;,s da rC'de
An.alisC' da conecti',idad", resultante
das inon<;oes
Conhecimento dos limite;; da"
e1l1presas
Rebcional Aniculare Apre-ldizagem De"en',oh-imellTo de capacita<;3o para
Sl11C'rgiade
(processos de soluciolar recuologlca e atellder as ino,-a<;6es
mreresse;,
negoClos) contlito" erganizacional Pla11C'jamento colaborari',"o para
melhoria de dese1llpeuho nas.
diferentes fun<;oes (perrinentes)
No~ao do impacto das ulova<;oc<;
C ompatibihzar Coopera~ao na Estrategias de Adequa<;ao a proJetos de processos
Process lal
procedimC'nros busca de opcra~oes Ge<,tao de recursos e ati'."idadcs entre
(esrmrura)
e norma, Sl1lerglJS C:onectlvidade as empreS3S
opC'raClOnalS ope-caClOn:JlS !lO'S proce;;;,os
Redesenho dos cidos de ati',.-idades e
dos pfoces"os
?rodUZlf COl""ergencia Fluxos de
Operacioml Efici~nCla na; interfaces do fluxo de
utilidades de de esfor~os agrega.;ao de
t componenres
'."alef/tempo e ("onectlndade valor 113troca
procbTO;
de gestao)
Iugar entre ati,'itbdes dos re-cursos
Fluxe des Produtos

...•.----------------------------
Fluxe da Demanda

I Fomecedor I Consumidor I
Auxe de Informa<;Bes

A integragao da log[stica concentra-se em alinhar suas atividades primarias e os processos de


suprimentos e distribuigao. Neste contexto, as mercadorias e os produtos seguem das fontes
fornecedoras e vao ate os consumidores. Em movimento contra rio, gerando a demanda da
produgao, tem-se 0 fluxo dos consumidores e em ambos os sentidos tem-se 0 f1uxo de

informagoes.

A embalagem tem interagao com todas as fungoes da log[stica, armazenamento,


manuseio, movimentagao de materiais, e transporte. Desta interagao com as fungoes log [sticas,
pode-se conseguir redugao de custos, de tempo na entrega final do produto, redugao de
perdas, e aumento do nivel de servigo ao cliente.
Na movimentagao de materiais, dentro dos armazens, e na troca de modal de
transporte, e onde a embalagem sofre os maiores impactos, que podem causar danos a
embalagem primaria, e produto, e onde os impactos da falta de planejamento podem ser
percebidos, seja pelo alto numero de perdas, e/ou adaptac;ao dos equipamentos de transporte,
seja pelo aumento do custo decorrente destas perdas, e impossibilidade de padronizagao dos
metodos e equipamentos de movimentagao, que acabam por aumentar a necessidade de mao-
de-obra e reduzir a eficiencia.
Neste sentido Moura & Banzato (2000) citam alguns pontos a serem analisados:
ate que ponto a embalagem para Materia-Prima e para produtos acabados facilita as operac;oes
de recebimento, descarga, inspegao, movimentac,;ao; ate que ponto as unidades de
movimentagao como caixa, paletes e contenedores facilitam a estocagem, e ate que ponto a
embalagem facilita 0 descarte e a reciclagem?
A embalagem proporciona a protec;ao necessaria ao produto durante 0 processo
de armazenagem, assegurando sua integridade, pode proporcionar melhor utilizac;ao do
espac;o nos armazens, e facilitar a identificagao e separagao dos produtos, evitando
retrabalho com correc;oes.
Na definiC;80 do tipo de transporte deve-se verificar 0 ambiente ao qual os produtos
serao submetidos, cada modal tem caracteristicas pr6prias, que exigem cuidados especificos.
Os maiores riscos durante 0 processo de transporte sao: alterac;oes clima, impactos com
aceleraC;80, vibrac;oes, choque, humidade. Alem das condic;oes e necessario conhecer as
limitac;oes de cada modal quanto a peso e dimensoes.

A padronizac;ao das embalagens geralmente ocorre nas secundarias e terciarias, que


protegem e acondicionam as embalagens prim arias. Segundo Moura & Banzato (2001) ao se
falar em padronizac;ao de embalagens, na maioria das vezes refere-se a padronizac;ao das
dimensoes, e nao do material. Isto porque sac estas as caracteristicas que influenciam mais a
capacidade do equipamento de movimentac;ao, e nao 0 tipo de material utilizado na fabricac;ao.
A reduc;ao da variabilidade de embalagens facilita 0 armazenamento, manuseio e
movimentac;ao dos materiais, reduzindo 0 tempo de realizac;ao destas tarefas, por proporcionar
uma padronizac;ao destes metodos, dos equipamentos de movimentac;ao, e de armazenamento.
Alem da redugao do tempo, outra vantagem da padronizagao e a redugao de custos.
Um exemplo da reduc;ao de custos pela padronizac;ao dos materiais e 0 caso
apresentado na Revista Tecnologistica, do Grupo Behr Brasil, pertencente do segmento
de autopec;as, produzem radiadores e ar condicionado, enviam seus produtos para varios
paises e tem como principal cliente suas pr6prias fabricas. 0 grupo sentiu a necessidade de
padronizar seus processos logisticos, especificamente a embalagem, devido a alta necessidade
de movimentagao e transporte.
Antes utilizavam embalagens descartaveis, entretanto estas ocasionavam grande
volume de descarte, custos com mao-de-obra, avarias durante 0 transporte e a armazenagem,
ma utilizac;ao do espac;o fisico no estoque e centros de distribuigao. A soluc;ao foi a contratac;ao
de um agente especializado, este agente e proprietario das embalagens e responsavel por toda
a gestao destas, aluguel, recolhimento dos equipamentos nos pontos finais de entrega, Iimpeza,
reparos, e manutenc;ao.
Ap6s a adoc;ao deste sistema, com um modele unico de embalagem, 0 contE~iner
plastico desmontavel, a empresa obteve os seguintes resultados: redugao de 15% maode-
obra, custo embalagem caiu 20% no fluxo Alemanha e Brasil e 5% no fluxo inverso, aumentou
sua capacidade de armazenamento em 15%, permitiu um empilhamento maior e redugao do
abastecimento (kanban).

Dependendo do foco em que esta sendo analisado, 0 conceito de embalagem pode


varia. Para um profissional da area de distribuigao, por exemplo, a embalagem pode ser
classificada como uma forma de proteger 0 produto durante sua movimentagao. Enquanto que
para urn profissional de marketing a embalagem e muito mais uma forma de apresentar 0

produto, visando atrair os clientes e aumentar as vendas, do que uma forma de protege-Io.
Urn conceito mais abrangente proposto por Moura e Banzato (2000) faz referencia a
embalagem como: "Conjunto de artes, ci~ncias e tecnicas utilizadas na preparagao das
mercadorias, com 0 objetivo de criar as me/hores condigoes para seu transporte,
armazenagem, distribuigao, venda e consumo, ou a/temativamente, um meio de assegurar a
entrega de um produto numa condigao razoave/ ao menor custo g/obaf' MOURA & BANZA TO
(2000, p.11).
Neste conceito os autores tentam abranger tudo que envolve a concepc;ao da
embalagem: arte (design, cores, formatos); tecnicas (de Produ9ao); e ciencias (novos materiais
e tecnologias). Bern como suas fun90es: a de prote9ao da mercadoria, durante as atividades de
logistica, e a de exposi9ao ao consumidor, como meio de aumentar as vendas. Sem
deixar de considerar os custos envolvidos na produ9ao e no transporte de mercadorias.
Quanto a classifica9ao, a mais referenciada e a que classifica de acordo com as
fun<;:oesem primaria, secundaria, terciaria, quartenaria e de quinto nivel.
a) Primaria: e a embalagem que esta em contato com 0 produto, que 0 contem. Exemplo: vidro
de pepino, caixa de leite, lata de leite condensado.
b) Secundaria: e aquele que protege a embalagem primaria. Exemplo: 0 fundo de papelao, com
unidades de caixa de leite envolvidas num plastico. E geralmente a unidade de venda no varejo.
c) Terciaria: Sao as caixas, de madeira, papelao, plastico. d) Quaternaria: Sao embalagens que
facilitam a movimenta«;:ao e a armazenagem, qualquer tipo de contenedor. Exemplo: Conteiner
e) Embalagem de Quinto nivel: e a embalagem conteinerizada, ou embalagens especiais para
envio a longa distancia.
Outra c1assifica9ao proposta por Bowershox e Closs (2001) classifica as embalagens em dois
tipos: embalagem para 0 consumidor, com enfase em marketing, e embalagem industrial, com
enfase na logistica.

As principais fun«;:oes da embalagem sac: conte«;:ao, prote9ao e comunica«;:ao. A


conte«;:ao refere-se a fun9ao de conter 0 produto, de servir como receptaculo, por exemplo,
quando ocorre do produto vazar da embalagem, esta fun«;:ao nao foi cumprida. 0 grau de
eficiencia da embalagem nesta fun«;:ao depende das caracteristicas do produto. Uma
mercadoria perigosa, inflamavel, deve sempre ter 100% de eficiencia, realizando 0 investimento
necessario para tal. Enquanto que urn fabricante de urn material de menor valor, como sal, por
exemplo, pode permiti-se utilizar uma embalagem com menor grau de eficiencia nesta fun9ao, 0

mesmo ocorre com rela«;:aoa fun«;:aode protec;ao.


A fun«;:ao de prote«;:ao, possibilita 0 manuseio do produto ate 0 cunsumo final, sem que
ocorra danos na embalagem, e/ou produto. Tambem com rela«;:ao a esta fun«;:ao deve-se
estabelecer 0 grau desejado de prote«;:ao ao produto.
Alguns dos principais riscos aos quais a embalagem esta submetida sao: choques, acelerac;:ao,
temperatura, vibrac;:ao, compressao, oXidac;:ao, perfu rac;:ao, esmagamento, entre outros.

E a func;:ao de comunicac;:ao e a que permite levar a informac;:ao, utilizando diversas


ferramentas, como simbolos, impress6es, cores, RFID1. Nas embalagens primarias, esta
func;:ao ocorre diretamente com os consumidores finais, trazendo informac;:oes sobre a marca e
produto. E nas embalagens ditas industriais, relacionadas a logistica, a comunicac;:ao ocorre na
medida em que impressoes de c6digos de barra nas embalagens, marcac;:oes, cores ou
simbolos permitam a localizac;:ao e identificac;:ao de forma facilitada nos processos logisticos de
armazenagem, estoque, separac;:ao de pedidos, e transporte.

A interac;:ao da embalagem com as operac;:6es logisticas, deve iniciar-se no


planejamento da embalagem, pois nesta etapa sao definidos aspectos fundamentais, que
iraQ influenciar todo 0 processo, como: dimensoes, tipo de material, design, custo e
padronizac;:ao das embalagens.
Estes aspectos sao fundamentais para 0 planejamento e eficiencia no armazenamento
e transporte dos produtos, caso a embalagem nao seja planejada de acordo com os recursos
existentes (maquinas movimentac;:ao, espac;:ofisico, modal transporte), sera necessario adequar
todos os recursos a embalagem. Ha um conflito no planejamento da embalagem, por interferir
em diversas areas da empresa, e ter grande representatividade nos custos. Neste sentido,
Moura e Banzato (2000) estabelecem cinco criterios basicos para desenvolver uma embalagem:
func;:ao, prote c;:a0 , aparencia, custo e disponibilidade.
Tem-se prioridades diferentes de acordo com 0 tipo de produto que sera acondicionado,
e do tipo de embalagem, se para consumo ou industrial (transporte). Entretanto para ambas e
essencial que se verifique, nesta etapa do planejamento, quais serao as condic;:oes de
manuseio, armazenagem e de transporte a que serao submetidas. A falta de planejamento, ou
um planejamento deficiente podem levar a ocorrencia de graves problemas, desde 0 aumento
do custo por um superdimensionamento da embalagem, que toma 0 transporte e armazenagem
mais cara, ate a deteriorac;:ao da embalagem e/ou produto.
A figura a seguir relaciona algumas eta pas para 0 projeto de uma embalagem.
Figura 1 - Desenvolvimento de uma Embalagem

Conhecimento
lios materiais
de embnla,gens

Conhecimento
Projeto de do produto
uma nova LeV~1ntarnento
I'" mh~ I:H'rt" in de dados

Conhecimento
das condic(leS
>

logi'sticas

Conhecimento
das \:ondh;6e,
fnnnais

A figura acima apresentada acima demonstra que 0 primeiro e 0 principal passo para
o projeto de uma embalagem, e 0 levantamento dos dados apresentados nos quatro retangulos,
dentre eles 0 conhecimento das condic:;6es logfsticas (movimentac:;ao, armazenagem e
transporte).
Um exemplo de como cada detalhe no desenvolvimento das embalagens se traduz em
grandes impactos nos numeros da empresa e 0 caso da Nestle Brasil. as maiores ganhos da
companhia hoje, segundo reportagem publicada na Revista Exame, nao vem das fabricas, mas
de mudanc:;as no design das embalagens. No ana passado, a empresa economizou 6,3 milhOes
de reais com adaptac:;6es nas embalagens. As novas curvas na lata de leite Moc:;a,por exemplo,
tem alem da inten<;:aode chamar a atenc:;ao do consumidor, a de reduzir custos.

Lambert et al (1998) comentam em seu Iivro que a integrac:;ao entre as gerencias de


marketing e logfstica saD importantes para manter 0 planejamento estrategico em seu foco.
Alem disso, como proposta para identificar as oportunidades do mercado, deve se estabelecer
auditorias externa e interna, para avaliar 0 potencial do servic:;o e da prestac:;ao do servic:;o.
A Figura abaixo apresenta 0 relacionamento entre 0 Marketing e a Logistica, sendo que
para determinar a fatia de mercado e a sua rentabilidade e necessario
que se aloque os seus recursos aos diversos componentes do mix de marketing, podendo
ssim aumentar a sua eficiencia e eficacia.

Lugar I NiveJde
Servi~o

CUstos de iPmcessamento
de Pedido e Informa~ao

o modelo desenvolvido por Lambert et al (1998) cria urn elo entre os custos logisticos e uma
das principais metodologias de avaliayao do marketing, 0 metodo dos 4P's, tendo como
resultado direto 0 nivel de serviyo ao cliente.

Seguindo esta linha de pensamento, Wanke, in Fleury et al. (2000), destaca 3 (tres) fatores
importantes que auxiliam para a reduyao dos custos unitarios de movimentayao de materiais:
_ Formayao de parcerias entre empresas na cadeia de suprimentos.
_ Surgimento de operadores logisticos
_ Adoyao de novas tecnologias de informayao para a captura, troca e
confiabilidade dos dados entre as empresas da cadeia. Na proxima seyao serao comentados
os diversos tipos de custos,
respeitando a metodologia defendida por Lambert et at. (1998), e as suas principais
caracterfsticas.

o custo de manutenyao de inventario e0 mais diffcil de ser medido pela empresa,


porque nao existe uma concordancia entre os autores sobre este tema, fazendo com que cada
um se posicione de maneira singular. 0 custo de manutenyao de estoque e a associayao de
todos os custos necessarios para manter certa quantidade de produtos disponfveis por um
perfodo. Utilizando a metodologia de Lambert et at. (1998), 0 Custo de Manutenyao de
Estoque2 se divide em 4 (quatro) grandes grupos, conforme a Figura abaixo.

Armazensde
fabrica

Investimento
no Estoque
/
y AmIazensde
pUblicos

Custode Armazens

\
capital de alugados

Armazens
nninrin~

\
~ \

1-
",

\ " Cl:lstosde
\ Riscooo
Invantario

Figura acima: Modelo Normativo da Metodologia do Custo de Manter Estoques Adaptayao de


Lambert et al(1998)
a) Custo de Capital sobre 0 investimento no estoque: este e 0 aspecto mais controverso e
muitas vezes mais importante do custo de manutengao de inventario. a custo de capital e
muitas vezes comparado com um custo de oportunidade do capital para a utilizagao em outros
investimentos.
Sao tres os pontos da discordia deste custo, 0 primeiro e a taxa de retorno que pode
ser utilizada pela empresa. Geralmente, usa-se a taxa basica de juros3, por ser a praticada
pelo mercado financeiro.
a segundo e a divisao do custo por produto, sendo utilizadas algumas formas de
distribuigao, uma delas e 0 custeio por absorgao. a ultimo problema e a decisao de como sera
a formagao do custo por produto ou custo unitario. Esta decisao fica a cargo da empresa, se ira
utilizar 0 prego do produto ou 0 custo da produgao.
b) Custo de Servigo dos Estoques: saD divididos em dois tipos.
_ Seguros: 0 segura nao e proporcional aos niveis de estoques e sim ao valor dos produtos por
um certo periodo de tempo, alem de considerar a sua exposigao ao risco.
_ Impostos: normalmente variam de acordo com os niveis de estoques, sendo diferentes de
estado para estado.
c) Custo de Espago de Estocagem: estao relacionados com os custos de permanencia
incorridos nas instalagoes, como climatizagao, locagao, iluminagao entre outros.
d) Custo de Riscos de Estoque:
_ Obsolescencia: saD os custos de descarte de unidades que perderam a sua utilidade e nao
podem ser mais vendidas pelo prego normal.
Avaria: saD sinistros ocorridos por causa do nivel de estoque ou por algum tipo de
movimentagao interna.
Perdas: saD normalmente roubos de unidades ocorridos dentro do ambiente de trabalho.
_ Realocagao: ocorrem quando os estoques saD movimentados de um armazem para 0 outro,
tendo como objetivo evitar a obsolescencia.

as custos de lotes estao relacionados a transformagao da materia-prima em produto


acabado ou a sua compra laquisigao, relacionados aos mencionados a seguir:
_ Custos de preparagao da produgao: existem na maioria das empresas, sendo importantes
para a informagao no planejamento da produgao.
_ Tempo de setup
_Inspegao
_ Refugo
_ Capacidade perdida na mudanga nas maquinas.
_ Movimentagao, programagao e expedigao de materiais.
Diferente do custo de manter 0 estoque, os custos de armazenagem sac todas as
despesas adquiridas ou eliminadas, devido a inclusao ou retirada de armazEms dentro de uma
cadeia de distribuic;:ao.
E importante frisar que a variac;:ao do n[vel de estoque nao esta relacionada ao custo
de transporte, porem 0 custo possui influencia direta do giro dos produtos, porque a variac;:ao
do giro do estoque modifica, por exemplo, a quantidade de mao-de-obra para executar os
processos de recebimento, armazenagem e expedic;:ao, enquanto a variac;:ao do n[vel de
estoque ira influenciar os custos de manutenyao de estoque, conforme explicado na sub-sec;:ao

Fixo
_ Aluguel de espac;:o.
Tributos
_ Equipamentos
Semivariaveis
Mao-de-obra
_ Luz, gas, agua.
Variaveis
_ Manutenc;:ao
_ Combustfveis para empilhadeiras.

Um outro tipo de custo incluso neste processo e 0 de ocupac;:ao, que foi definido por
Chopra & Meindl (2003) como sendo a alterac;:ao marginal no espayo ocasionado por variayoes
no estoque ciclico. Este custo teria como consequencia 0 aluguel ou a compra de um espac;:o
para atender a necessidade da companhia.

A boa gestao de estoques passa obrigatoriamente pelo conhecimento de todos os


custos que envolvem 0 seu controle. Alguns custos que estao diretamente ligados aos
estoques podem ser assim classificados:
Diferente do custo de manter 0 estoque, os custos de armazenagem sac todas as
despesas adquiridas ou eliminadas, devido a inclusao ou retirada de armazens dentro de uma
cadeia de distribui9ao.
E importante frisar que a varia9ao do nivel de estoque nao esta relacionada ao custo
de transporte, porem 0 custo possui influencia direta do giro dos produtos, porque a varia9ao
do giro do estoque modifica, por exemplo, a quantidade de mao-de-obra para executar os
processos de recebimento, armazenagem e expedi9ao, enquanto a varia9ao do nivel de
estoque ira influenciar os custos de manuten9ao de estoque, conforme explicado na sUb-se9ao

Fixo
_ Aluguel de espa90.
Tributos
_ Equipamentos
Semivariaveis
Mao-de-obra
_ Luz, gas, agua.
Variaveis
_ Manuten9ao
_ Combustfveis para empilhadeiras.

Um outro tipo de custo incluso neste processo e 0 de ocupayao, que foi definido por
Chopra & Meindl (2003) como sendo a altera9ao marginal no espac;:o ocasionado por variac;:6es
no estoque ciclico. Este custo teria como conseqUencia 0 aluguel ou a compra de um espac;:o
para atender a necessidade da companhia.

A boa gestao de estoques passa obrigatoriamente pelo conhecimento de todos os


custos que envolvem 0 seu controle. Alguns custos que estao diretamente ligados aos
estoques podem ser assim classificados:
a) Custo de pedir: este item compreende os custos fixos administrativos relativos ao
pracesso de aquisi<;ao da quantidade requerida para reposi<;ao do estoque. Esses custos sac
medidos em termos monetarios por pedido;
b) Custos de manter estoque: corresponde a todos os custos necessarios para manter
certa quantidade de mercadorias por determinado perfodo de tempo. Sao medidos
monetariamente por unidade e por periodo. Normalmente para manter estoques, estao inclusos
custos de armazenagem, custo de seguro, deteriora<;ao e obsolescencia e 0 custo de
oportunidade, que significa 0 custo de investir em outra investimento que nao a empresa.
c) Custo total: e a soma dos custos de pedir e 0 custo de manter estoques.
Todo contrale de estoques passa invariavelmente pelo estabelecimento do nivel
adequado e a localiza<;ao dos estoques. 0 ideal e balancear 0 custo de pedir com 0 custo de
manter estoques.

Para 0 levantamento dos custos de transporte, sera utilizada a base de custeio


apresentada no Anexo I. estando divididos em dois grupos (Custos Fixos e Variaveis) e sendo
Iistados a seguir:
Custos Fixos:
_ Deprecia<;ao: em uma visao simplista e gerencial, a deprecia<;ao seria 0 capital a ser
guardado para a reposi<;ao de um bem ao final da sua vida util. Este valor seria a diferen<;a
entre 0 valor de aquisi<;ao (incluindo 0 frete do vefculo e a taxa de licenciamento, menos os
impostos) e 0 valor residual do vefculo, dividido pel a sua vida util na empresa.

Remunera<;ao de Capital: e 0 custo imobilizado na compra dos ativos. A remunera<;ao de


capital e definida como a multiplica<;ao do valor do veiculo pela taxa de oportunidade mensa I
da empresa.
_ Pessoal: foram considerados tanto 0 salario quanta os encargos e beneficios; as informa<;oes
detalhadas estao Iistadas no Anexo
II. Vale ressaltar que a equipe dos vefculos serao compostas de um motorista e um ajudante.
_ IPVA, segura obrigat6rio e segura do veiculo: sac despesas anuais e devem ser divididas por
12 meses.
Custos Administrativos: sac os custos indiretos e deve aplicar algum tipo de rateio para
encontrar 0 melhor valor.
Custos Variaveis:
Em sua grande maioria, os custos variaveis possuem rela<;oes com a distancia ou 0 caminho
que 0 vefculo Ira percorrer, sac eles:
_ Combustfvel;
_ Pneu;
_ LUbrifica<;ao e limpeza;
_ Manuten9ao;
_ Pedagio.
Em Fleury et al (2003), 0 artigo de Lima apresenta como principais fatores que influenciam os
custos e os pre90s a serem praticados pelo transporte:
_ Facilidade de manuseio do produto;
_ Facilidade de acomoda9aO;
_ Risco da carga;
_ Sazonalidade;
_ Transito;
_ Carga de retorno;
_ Especifica9aO do veiculo de transporte.

Se a companhia possuir em sua frota veiculos alugados, 0 seu custo sera fixo, definido
pelo valor estipulado da contratada. Este valor sera de tal maneira que cubra todos os custos
da contratada, mais 0 retorno que se deseja obter.

Tanto Ballou (1993) quanta Slack (1998) citam estes custos como sendo os custos
necessarios para manter certa quantidade de mercadorias por um determinado periodo de
tempo. Assim que e colocado um pedido de reabastecimento, os fornecedores demandam
pagamento por seus bens. Quando e fornecido para os proprios consumidores, e demandado,
tambem, 0 pagamento. Todavia, havera provavelmente um lapso de tempo entre pagar os
fornecedores e receber pagamento dos consumidores. Durante este tempo, e necessario ter
fundos para os custos de manuten9ao de estoques. Isso e chamado de capital de giro, 0 que e
necessario para girar 0 estoque. Os custos associados a ele sac juros pagos aos bancos por
emprestimos, ou os custos de oportunidade, pelo nao investimentos em outros lugares.
Segundo Ballou (1993) 0 custo de capital usado vai desde a taxa de juros do sistema
bancario, ate a taxa esperada de retorno de investimentos. Cita tambem a faixa que vai de 8 a
40% ao ano.

E 0 custo do transporte mais taxas de acessorios ou terminais para servi90s adicionais


executados (recolher cargas na origem, entregar no destino, seguro ou prepara9aO para
transporte). 0 custo varia de um modal para outro, sendo que 0 custo do transporte aereo e 0
mais elevado e 0 custo do transporte maritimo 0 mais baixo.
Bowersox (1996) afirma que no planejamento do sistema logistico, um equilibrio entre
custos de transportes e qualidade de servi90s, deve ser mantido. Em alguns casos, baixos
custos e transportes lentos podem ser satisfatorios. Em outros casos, rapidos servi90s 5130
essenciais as metas logisticas. Portanto, encontrar e gerenciar 0 tipo de transporte adequado,
e responsabilidade primaria da Logistica.

Para se formar 0 custo do transportes deve -se considerar:


a) caracteristicas da carga: locafiza<;ao, volume, densidade, quantidade a transportar e
valor unitario da mercadoria, caracteristicas tecnol6gicas para 0 manuseio, distfmcia
media de transporte e condi<;oes de seguran<;a desejaveis.

b) caracteristicas do servi<;o de transportes: disponibilidades e condi<;oes atuais de infra-


estrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos), condi<;oes de opera<;ao, nivel
tecnol6gico do servi<;o oferecido, velocidade, custo relativo do meio de transporte, mao-de-obra
envolvida, as perdas, tempo de viagem, etc. (Dias, 1993).

Cada vez que um pedido e colocado para reabastecer 0 estoque, saD necessarias
algumas transa<;oes que ocorrem em custos para empresa. Estas incluem as tarefas de

escrit6rio de preparar 0 pedido e de toda a documenta<;ao associ ad a a ele, 0 arranjo para que
se fa<;a a entrega, 0 arranjo de pagar 0 fornecedor pela entrega e os custos gerais de manter
todas as
informa<;oes.
Ballou (1993) completa esta defini<;ao citando ainda os custos de prepara<;ao da produ<;ao ou
manuseio para atender 0 lote solicitado, os custos de transportes e pre<;o, quando ha
descontos para compra de lotes majores.

Estes custos estao relacionados com a transmissao, entrada, processamento e movimenta<;ao


dos pedidos, alem dos custos de comunicayao internos e externos.

_. - ._. - . - -- Com;paohia
olIl

Deposito

Fluxo do pedido
Fluxo do material
o tema logistica estara sempre sob objeto de interesse dos empresarios. A reduyao
dos custos aliados ao aumento de produtividade nesse setor nunca deixara de ser perseguido
pelos gestores. Diante do mercado globalizado em que vivemos e com constantes mudanyas,
qualquer alterayao pode provocar incertezas para 0 planejamento e operayao das atividades
da logfstica. Isto exigira habilidade e constante atualizayao por parte da administrayao das
empresas.
Para se atingir a excelencia logistica, torna-se necessario conseguir ao mesmo tempo
reduc;ao
de custos e melhoria do nfvel de servic;o ao cliente. A busca simultanea desses dois objetivos
quebra um antigo paradigma, segundo 0 qual existe um trade-off quase intransponiveJ entre
custos e qualidade de serviyos. As empresas que conseguem alcanc;ar a excelencia logfstica
quebram esse paradigma.
Para 0 sucesso na implementac;ao de estrategias de operac;oes de logistica deve-se
sempre adotar a administrayao de um sistema de medida e avaliayao de desempenho, alem do
desenvolvimento de uma estrutura organizacional apropriada para se atingir a excelencia nas
operac;oes.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: Planejamento, organizaC;;ao e
logistica empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2001.
BALLOU, R. H. Logistica Empresarial. Sao Paulo: Atlas, 1993.
FLEURY, P. F. Conceito da Logistica Integrada e Supply Chain Management. In: FLEURY, P.
F. et. AI. Logistica Empresarial-a perspectiva brasileira. Sao Paulo: Atlas, 2000. cap. 2.
BOWERSOX Donald J.; CLOSS David J. LOGiSTICA EMPRESARIAL: 0 processo de
Integraqao da Cadeia de Suprimento. Atlas, Sao Paulo, 2001.
MOURA, Reinaldo A.; BANZATO Jose Mauricio. Embalagem Unitizaqao & Conteinerizaqao.
IMAM, Sao Paulo, 2000.
www.imam.com.br
www.guiadelogistica.com.br
www.guiadaembalagem.com.br

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