Gestão de Alimentação e Nutrição
Gestão de Alimentação e Nutrição
Gestão de Alimentação e Nutrição
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3
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10 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS (POP) E ANÁLISE
DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE (APPCC) ................................ 35
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 INTRODUÇÃO À GESTÃO DE UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
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- Planejar e executar a adequação de instalações físicas, equipamentos e utensílios, de
acordo com os avanços tecnológicos;
- Fazer a especificação de alimentos, utensílios e equipamentos;
- Avaliar os fornecedores;
- Planejar, coordenar e supervisionar a seleção, compra e manutenção de veículos para
transporte de alimentos, equipamentos e utensílios;
- Planejar cardápios de acordo com a necessidade de seus clientes;
- Planejar, coordenar e supervisionar as atividades de seleção compra e armazenamento
de alimentos;
- Coordenar e executar os cálculos de valor nutritivo, rendimento e custo das refeições
e/ou preparações culinárias;
- Planejar, implantar, coordenar e supervisionar as atividades de pré-preparo, preparo,
distribuição e transporte de refeições e/ou preparações culinárias;
- Avaliar tecnicamente as preparações culinárias;
- Desenvolver manuais técnicos, rotinas de trabalho e receituários;
- Efetuar controle periódico das sobras e dos restos;
- Planejar, implantar, coordenar e supervisionar as atividades de higienização de
ambientes, veículos de transporte de alimentos, equipamentos e utensílios;
- Estabelecer e implantar formas e métodos de controle de qualidade de alimentos, de
acordo com a legislação vigente;
- Participar do recrutamento e seleção dos recursos humanos;
- Coordenar, supervisionar e executar programas de treinamento e reciclagem de
recursos humanos;
- Integrar a equipe de atenção à saúde ocupacional;
- Participar dos trabalhos da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA);
- Coordenar, supervisionar e executar as atividades referentes às informações
nutricionais e técnicas de atendimento direto aos clientes;
- Promover programas de educação alimentar para clientes;
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- Detectar e encaminhar ao hierárquico superior e autoridade competente relatórios sobre
condições da UAN impeditivas da boa prática profissional e/ou que coloquem em risco a
saúde humana;
- Colaborar com as autoridades de fiscalização profissional e/ou sanitária;
- Desenvolver pesquisas e estudos relacionados à sua área de saúde, orientando
estágios e participando de programas de treinamento;
- Efetuar controle periódico dos trabalhos executados.
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n° 216, de 15 de setembro de 2004 que dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas
Práticas para Serviços de Alimentação está transcrito a seguir (RDC n° 216, 2004).
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- As áreas internas e externas do estabelecimento devem estar livres de objetos em
desuso ou estranhos ao ambiente, não sendo permitida a presença de animais.
- A iluminação da área de preparação deve proporcionar a visualização de forma que as
atividades sejam realizadas sem comprometer a higiene e as características sensoriais
dos alimentos. As luminárias localizadas sobre a área de preparação dos alimentos
devem ser apropriadas e estar protegidas contra explosão e quedas acidentais.
- As instalações elétricas devem estar embutidas ou protegidas em tubulações externas
e íntegras de tal forma a permitir a higienização dos ambientes.
- A ventilação deve garantir a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de
fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, condensação de vapores dentre
outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. O fluxo de
ar não deve incidir diretamente sobre os alimentos.
- Os equipamentos e os filtros para climatização devem estar conservados. A limpeza
dos componentes do sistema de climatização, a troca de filtros e a manutenção
programada e periódica destes equipamentos devem ser registradas e realizadas
conforme legislação específica.
- As instalações sanitárias e os vestiários não devem se comunicar diretamente com a
área de preparação e armazenamento de alimentos ou refeitórios, devendo ser mantidos
organizados e em adequado estado de conservação. As portas externas devem ser
dotadas de fechamento automático.
- As instalações sanitárias devem possuir lavatórios e estar supridas de produtos
destinados à higiene pessoal tais como papel higiênico, sabonete líquido inodoro
antisséptico ou sabonete líquido inodoro e produto antisséptico e toalhas de papel não
reciclado ou outro sistema higiênico e seguro para secagem das mãos. Os coletores dos
resíduos devem ser dotados de tampa e acionados sem contato manual.
- Devem existir lavatórios exclusivos para a higiene das mãos na área de manipulação,
em posições estratégicas em relação ao fluxo de preparo dos alimentos e em número
suficiente de modo a atender toda a área de preparação. Os lavatórios devem possuir
sabonete líquido inodoro antisséptico ou sabonete líquido inodoro e produto antisséptico,
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toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro de secagem das
mãos e coletor de papel, acionado sem contato manual.
- Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato com alimentos devem
ser de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos
mesmos, conforme estabelecido em legislação específica. Devem ser mantidos em
adequado estado de conservação e ser resistentes à corrosão e a repetidas operações
de limpeza e desinfecção.
- Devem ser realizadas manutenção programada e periódica dos equipamentos e
utensílios e calibração dos instrumentos ou equipamentos de medição, mantendo
registro da realização dessas operações.
- As superfícies dos equipamentos, móveis e utensílios utilizados na preparação,
embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e exposição à venda dos alimentos
devem ser lisas, impermeáveis, laváveis e estar isentas de rugosidades, frestas e outras
imperfeições que possam comprometer a higienização dos mesmos e serem fontes de
contaminação dos alimentos.
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precauções para impedir a contaminação dos alimentos causada por produtos
saneantes, pela suspensão de partículas e pela formação de aerossóis. Substâncias
odorizantes e ou desodorantes em quaisquer das suas formas não devem ser utilizadas
nas áreas de preparação e armazenamento dos alimentos.
- Os produtos saneantes utilizados devem estar regularizados pelo Ministério da Saúde.
A diluição, o tempo de contato e modo de uso/aplicação dos produtos saneantes devem
obedecer às instruções recomendadas pelo fabricante. Os produtos saneantes devem
ser identificados e guardados em local reservado para essa finalidade.
- Os utensílios e equipamentos utilizados na higienização devem ser próprios para a
atividade e estar conservados, limpos e disponíveis em número suficiente e guardados
em local reservado para essa finalidade. Os utensílios utilizados na higienização de
instalações devem ser distintos daqueles usados para higienização das partes dos
equipamentos e utensílios que entrem em contato com o alimento.
- Os funcionários responsáveis pela atividade de higienização das instalações sanitárias
devem utilizar uniformes apropriados e diferenciados daqueles utilizados na manipulação
de alimentos.
4 LOGÍSTICA E SUPRIMENTOS
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O gerenciamento da cadeia de suprimentos – GCS ou Supply Chain Management –
SCM, na língua inglesa, é a gestão de todo o conjunto de atividades de produção,
fabricação / transformação, distribuição e comercialização pelas quais um consumidor é
abastecido com um produto desejado, segundo Opara et al., (2003).
Agradar aos clientes hoje em dia é tarefa cada vez mais difícil, uma vez que eles
são mais conscientes e inteligentes, além de terem ao seu dispor um leque
enorme de opções de escolha. Neste processo de escolha entre as alternativas
disponíveis no mercado, o cliente determina um “valor” para cada serviço ou
produto. Portanto, é importante que a organização desenvolva métodos de
mensuração que permita obter o valor estabelecido pelo cliente. É preciso que
as organizações conheçam seus clientes atuais e potenciais (KOTLER 2000
Apud FONSECA et al., 2012).
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5 O PAPEL DO NUTRICIONISTA NO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO
TRABALHADOR – PAT
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O responsável técnico (RT) do PAT é o profissional legalmente habilitado em
nutrição, tendo por compromisso a correta execução das atividades nutricionais do
Programa, visando à promoção da alimentação saudável ao trabalhador (CRN, 2020).
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• Empresas Fornecedoras de Alimentação Coletiva: Produção de Refeições
(Autogestão e Concessão):
Para realizar as atribuições de Nutrição, no âmbito do Programa de Alimentação
do Trabalhador, (Empresas Fornecedoras de Alimentação Coletiva: Produção de
Refeições - autogestão e concessão), o nutricionista deverá realizar as atividades
descritas na área de Nutrição em Alimentação Coletiva - Unidade de Alimentação e
Nutrição (UAN) Institucional (pública e privada)/Serviços de Alimentação Coletiva
(autogestão e concessão).
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- Elaborar relatórios técnicos de não conformidades e respectivas ações corretivas,
impeditivas da boa prática profissional e que coloquem em risco a saúde humana,
encaminhando-os ao superior hierárquico e às autoridades competentes, quando
couber.
- Realizar visitas técnicas, recomendando, quando necessário, o descredenciamento dos
estabelecimentos que estiverem em condições higiênico-sanitárias inadequadas ou que
descumpram as recomendações nutricionais do Programa de Alimentação do
Trabalhador (PAT).
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encaminhando-os ao superior hierárquico e às autoridades competentes, quando
couber.
- Para realizar as atribuições de Nutrição, no âmbito do Programa de Alimentação do
Trabalhador (Empresas fornecedoras de Alimentação Coletiva – cestas de alimentos),
ficam definidas como atividades complementares do nutricionista:
- Participar das atividades de seleção de fornecedores, quanto à procedência dos
alimentos, para avaliar sua qualidade.
- Realizar análise sensorial dos produtos alimentícios que compõem a cesta.
- Realizar ações junto aos gestores e representantes de instituições da área, referentes
à responsabilidade destes pela saúde da população, bem como a importância do
nutricionista neste processo.
- Participar da definição do perfil, dimensionamento, recrutamento, seleção e avaliação
de desempenho dos colaboradores.
- Realizar e divulgar pesquisas e estudos relacionados à sua área de atuação,
promovendo o intercâmbio técnico-científico.
- Participar do planejamento e supervisão de estágios para estudantes de graduação em
nutrição, desde que sejam preservadas as atribuições privativas do nutricionista.
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6 O PAPEL DO NUTRICIONISTA NO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO
DO ESCOLAR (PNAE)
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Em idade escolar as crianças são as que mais necessitam de uma alimentação
sadia, já que é nesse período que se desenvolvem psicologicamente e a partir
do qual passam a desenvolver personalidade e hábitos alimentares (CARVALHO
2016, apud FERREIRA et al., 2019).
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Um dos principais problemas públicos de saúde em todo o mundo são as doenças
transmitidas por alimentos (DTA). Tais doenças se manifestam tanto em países
desenvolvidos quanto subdesenvolvidos apresentando uma taxa significativa de
morbimortalidade.
As DTA, são originadas pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados. São
mais de 250 tipos de DTA e a maior parte são infecções causadas por bactérias e suas
toxinas, vírus e parasitas. Outras doenças, são envenenamentos causados por toxinas
naturais (PORTAL DA SAÚDE, 2017).
As DTA vêm crescendo de forma significativa mundialmente. Diversos são os
fatores que colaboram para a emergência dessas doenças, entre eles estão: o
progressivo aumento das populações; grupos populacionais vulneráveis ou mais
expostos; o desenvolvimento urbano desordenado e a necessidade de fabricação de
alimentos em grande escala. Outro fator que tem muita influência é a deficiência do
controle por parte dos órgãos públicos e privados sobre a qualidade dos alimentos
oferecidos à população (BRASIL, 2010).
8.1 Etiologia
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DTA causados por vírus (rotavírus e norovírus) e, em menor proporção, por substâncias
químicas.
Dessa forma, os principais causadores das DTA são:
• Salmonella;
• Escherichia coli;
• Staphylococcus aureus;
• Coliformes;
• Bacillus cereus;
• Rotavírus;
• Norovírus.
8.2 Classificação
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botulinum. As intoxicações podem ser classificadas de acordo com a sua natureza
e são normalmente agrupados em três tipos: biológicos, químicos e físicos.
8.3 Prevenção
- Antes da amamentação.
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• Evite se banhar em rios, lagos, mares e piscinas cuja água seja/esteja
contaminada;
• Beba água e/ou gelo apenas de procedência conhecida;
• Quando estiver em dúvida quanto à potabilidade da água de beber, recomenda-
se fervê-la ou tratá-la com solução de hipoclorito de sódio a 2,5%. Coloque 2
gotas em 1 litro de água e aguarde por 30 minutos antes de consumir. Cuidado
para não utilizar soluções comerciais com hipoclorito de sódio a 2,5% que
também tenham alvejantes na composição (atenção à leitura do rótulo).
8.4 Epidemiologia
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Fonte: Sinan/SVS/Ministério da Saúde
Figura 2: Distribuição dos surtos de DTA por local de ocorrência no Brasil entre os
anos de 2009 a 2018.
Estudos nacionais e internacionais relatam que a maioria dos casos de DTA não
são notificados às autoridades sanitárias, devido ao fato de que muitos dos
patógenos presentes nos alimentos causam sintomas brandos, levando a vítima
a não buscar ajuda médica. No Brasil, os surtos notificados, normalmente, se
restringem àqueles que envolvem um número maior de pessoas ou quando os
sintomas têm maior duração. No país, entre os anos 1999 a 2008, as bactérias
foram identificadas como o agente etiológico causador de 84% dos surtos,
enquanto que os vírus foram à razão em 14% do total de casos (OLIVEIRA et
al., 2010 apud SIRTOLI et al., 2018).
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9 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF)
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- RDC nº 275/2002
- RDC nº 173/2006
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Dispõe sobre o regulamento técnico de boas práticas para industrialização e
comercialização de água mineral natural e de água natural e a lista de verificação das
boas práticas para industrialização e comercialização de água mineral natural e de água
natural.
✓ Gelados comestíveis
- RDC nº 267/2003
- RDC nº 172/2003
✓ Palmito em conserva
- RDC nº 81/2003
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Considerando as alterações promovidas pela RDC nº 275/02, houve a
necessidade de complementar a legislação aplicada ao setor produtivo de palmito em
conserva, especificando as etapas críticas do processo que devem ser documentadas e
submetidas a um controle sistemático. A alteração foi consubstanciada por meio da
publicação dessa resolução, que determina a implementação de POP’s nas etapas de
acidificação e do tratamento térmico.
- RDC nº 18/1999
- RDC nº 352/2002
- RDC nº 28/2000
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Considerando a importância do sal de cozinha como alimento selecionado para
suplementação de iodo na alimentação da população brasileira, esse regulamento
congrega em um único ato requisitos higiênico-sanitários gerais e específicos a serem
observados no beneficiamento desse ingrediente, incluindo o controle da etapa de
iodação. A legislação apresenta no anexo um instrumento específico para avaliação das
indústrias salineiras.
- RDC nº 43/2015
- RDC nº 52/2014
- RDC nº 216/2004
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Este regulamento estabelece os procedimentos de boas práticas para serviços de
alimentação, a fim de garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado.
Aplica-se aos serviços de alimentação que realizam algumas das seguintes atividades:
manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento, distribuição, transporte,
exposição à venda e entrega de alimentos preparados ao consumo.
- RDC nº 218/2005
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10 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS (POP) E ANÁLISE DE
PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE (APPCC)
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ser criados de acordo com a necessidade da indústria para com os seus controles
(VIEIRA 2019).
Com o passar dos anos o consumidor está cada vez mais interessado e melhor
informado acerca do consumo de alimentos seguros. O fator indispensável para
conservar a qualidade dos produtos é a segurança do mesmo. O não monitoramento da
qualidade pode afetar a segurança do produto e atingir diretamente o consumidor. As
legislações vigentes estão evoluindo e os consumidores estão cobrando cada vez mais
segurança. Diante disto, as tendências de melhorias de qualidade de processos e
produtos, quando seguidos de forma coerente às legislações, resultam em alimento
seguro (DIAS, 2014).
Diante dessa crescente preocupação com a busca da qualidade, surgiram as
Ferramentas de Gestão da Qualidade e Segurança de Alimentos, também conhecidas
como os Programas de Auto Controle de Alimentos, entre os quais estão, Boas Práticas
de Fabricação (BPF); Procedimentos Operacionais Padronizados (POP); Procedimentos
Padrões de Higiene Operacional (PPHO) e Análise de Perigos e Pontos Críticos de
Controle (APPCC) (SALVARO, 2016).
O Sistema APPCC associado aos outros Programas de Auto Controle, tornam-se
uma potência no que se trata de Sistema de Gestão de Qualidade e Segurança de
Alimentos. O APPCC é capaz de garantir segurança ao alimento que chega à mesa do
consumidor por permitir a identificação, controle e monitoramento dos perigos e riscos
provenientes do processo de fabricação do alimento (VIEIRA et al., 2019).
1- Realizar uma análise de riscos: Fazer à análise de riscos, listando os riscos que
possam afetar a saúde do consumidor, podendo ser analisado a competência dos
trabalhadores, o transporte dos alimentos, resfriamento de volumes,
descongelamento de alimentos potencialmente perigosos, etc. Tudo que pode
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trazer perigo ao produto, identificando os riscos determina-se qual a probabilidade
de o risco acontecer.
2- Determinar Pontos Críticos de Controle (PCC): Para se determinar os pontos
críticos podem ser feitos através de perguntas: Os alimentos podem ser
contaminados nessa etapa? O que podemos fazer para prevenir o risco de
contaminação? Podemos na fase em questão, prevenir, eliminar ou reduzir
riscos? Há um método para monitorar o PCC? Como você irá documentar o PCC?
3- Estabelecer limites críticos: Os limites críticos podem garantir que um biológico,
químico ou perigo poder ser controlado pelo PCC. Deve ser monitorado pelo
menos um ponto crítico de controle, como temperatura, tempo, pH, etc.
4- Estabelecer procedimentos de monitoramento: O responsável pelo
monitoramento deve ser alguém capacitado para informar e mover ações sobre
os resultados, já que os riscos estão presentes.
5- Estabelecer ações corretivas: Se os critérios de limites críticos não forem
atendidos, tem que haver ações corretivas que cumpram as normas estabelecidas
nos limites críticos, baseando-se nos fatos normais das condições de trabalho,
por esse motivo tudo deve ser mensurável.
6- Estabelecer procedimentos de verificação: A verificação vai além do
monitoramento, esse procedimento vai mostrar se o sistema está funcionando de
acordo com o APPCC. Na verificação é que se determina se o plano é
cientificamente e tecnicamente sólido, se os riscos foram identificados ou tratados
da maneira prevista e que podem de fato ser controlados com eficácia.
7- Estabelecer manutenção e registros e procedimentos de documentação: Os
registros e procedimentos de documentação devem ser simples e de fácil acesso,
as pessoas dever ser treinadas, pois o procedimento de manutenção de registros
é uma parte crítica do trabalho, é onde se incluem os fluxogramas, formulários,
listas de verificação etc.
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Padronizados (POP), que são documentos que irão contribuir para a garantia de um
serviço de melhor qualidade, prevenindo assim a contaminação dos alimentos.
O MBP é um documento que descreve o trabalho executado no estabelecimento
(ANVISA 2004), sendo que deverão ser descritos detalhadamente todos os
procedimentos e rotinas realizados, que precisam estar de acordo com a legislação
sanitária em vigor (VERONEZI 2015). Já os POP são documentos que estabelecem
instruções para a realização de atividades rotineiras e específicas na manipulação de
alimentos (ANVISA 2002). Nesse sentido, cabe destacar que o profissional mais
habilitado e detentor do conhecimento para elaborar e implementar o MBP e os POP é
o nutricionista, conforme determina a Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas
(CFN) n° 600, de 25 de fevereiro de 2018 (CFN, 2018).
O Manual de Boas Práticas de Fabricação deve discorrer dos procedimentos
desde a matéria prima até o produto final. Os quais vão envolver higienização das
instalações, equipamentos, móveis e utensílios; controle da potabilidade de água;
higiene e saúde dos manipuladores; manejo de resíduos; manutenção preventiva e
calibração dos equipamentos; controle integrado de vetores e pragas urbanas; seleção
das matérias primas, ingredientes e embalagens e programa de recolhimento de
alimentos. O Manual deve ter embasamento em legislações, objetivar a descrição dos
procedimentos adotados pela empresa para atender os requisitos legais e informar de
forma clara e objetiva o que é feito e o que não deve ser feito (BRASIL, 1997).
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12 GESTÃO DE CARDÁPIOS E FICHAS TÉCNICAS
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alimentam fora de casa (ABERC, 2018), é também uma das medidas a serem tomadas
para frear o consumo de ultraprocessados e alimentos ricos em sódio, gorduras e açúcar
simples, e assim contribuir para a diminuição das DCNT e, consequentemente, contribuir
para a promoção de saúde da população.
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13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
42
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