Vena Direito UnISCED 202305
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1 Introdução ........................................................................................................................... 1
2 Desenvolvimento ................................................................................................................ 2
1.1 Objectivos
1.2 Metodologia
Para a realização deste trabalho foi necessário usar o método de pesquisa bibliográfica que
consistiu no levantamento exaustivo de todas as informações disponíveis sobre o estudo no
manual da disciplina, leis, links, artigos, manuais, entre outros que abordam o tema em estudo.
Depois do levantamento bibliográfico fez-se análise crítica da informação existente, o que
culminou com a elaboração do presente trabalho.
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2 Desenvolvimento
“Todos os cidadãos têm direito à liberdade de reunião e manifestação nos termos da lei.”
O que significa que se trata de um direito fundamental que é directamente aplicável, vincula as
entidades públicas e privadas, deve ser garantido pelo Estado e deve ser exercido no quadro da
Constituição e das leis, conforme se depreende do n.º 1 do artigo 56 da CRM.
É preciso, contudo, esclarecer o que a manifestação deve ter um “carácter pacífico”, que
pressupõe a observância da lei e da moral, o respeito pelos direitos das pessoas singulares ou
colectivas e a não perturbação da ordem e tranquilidades públicas”
O exercício do direito à reunião e manifestação está regulado na Lei n.º 9/91, de 18 de Julho
(Lei das Manifestações) e na Lei n.º 7/2001, de 7 de Julho que altera alguns artigos da Lei das
Manifestações.
Segundo n.º 3 do artigo 2 da Lei das Manifestações, a manifestação tem por finalidade a
expressão pública de uma vontade sobre assuntos políticos e sociais, de interesse público ou
outros. Trata-se, pois, de exercício de um direito que serve como um meio de supervisão da
Administração Pública ou da actividade do Estado pelo cidadão e é exercida nos processos de
planeamento, acompanhamento, monitoramento e avaliação das acções de gestão pública e na
execução das políticas e programas públicos, visando o aperfeiçoamento da gestão pública à
legalidade e justiça e respeito pelos direitos humanos.
Todavia, para fazer as manifestações do tipo marcha, desfile ou cortejo em lugares públicos ou
abertos ao público deve-se informar nesse sentido, avisando ou comunicando, por escrito, essa
pretensão com antecedência mínima de quatro dias úteis, as autoridades civis e policiais da área
em questão. É o que determina o n.º 1 do artigo 10 da Lei das Manifestações.
Por outro lado, a Lei 9/91 (11 de Julho), alterada pela Lei 7/2001 regula que a demonstração
não necessita de autorizações (artigo 3º, n.º 1). A disposição dispõe que «todos os cidadãos
podem, pacificamente e livremente, exercer o seu direito de reunião e de manifestação, sem
qualquer autorização prevista pela lei».
O artigo 11º da Lei n.º 9/91 prevê especificamente que «a decisão de proibir ou restringir [a
liberdade de reunião e demonstração] deve ser fundamentada e notificada aos promotores [...]
no prazo de dois dias a contar da recepção da comunicação.
Assim sendo, a democracia é vista como sinónimo de reunião ou manifestação, quer seja
pacífica, violenta, inopinadas ou com pré-aviso. A gestão destes eventos face aos novos riscos
e ameaças para a ordem e tranquilidade públicas exigem muito empenho por parte das
Autoridades policiais, servidores de segurança pública em Moçambique.
Nesta conjuntura, o regime jurídico do direito de reunião e manifestação está assente nos art.º
51º da CRM e art.º 45º CRP com os pressupostos legais assentes nas Lei nº 7/2001, de 7 de
Julho, revoga em partes a Lei nº 9/91, de 18 de Julho, (direito de reunião e manifestação em
Moçambique).
Portanto, os grandes desafios com que a Polícia moçambicana se tem deparado consistem na
restrição do direito de reunião e manifestação. As autoridades administrativas e policiais devem
estar cientes de que o direito de reunião e manifestação está estatuído na constituição e nas
demais leis, mesmo sendo inopinadas estão protegidas pela lei, desde que sejam pacíficas.
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Referências Bibliográficas
Legislação
Lei n.º 9/91 (18 de Julho de 1991). Regula o exercício do direito de reunião e manifestação.
Maputo: Imprensa Nacional de Moçambique, E.P.
Lei n.º 7/2001 (7 de Julho de 2001). Lei que regula o exercício do direito à liberdade da reunião
e manifestação. Maputo: Imprensa Nacional de Moçambique, E.P.