Sistemas de Criação

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SISTEMAS DE CRIAÇÃO

BOVINOCULTURA DE CORTE

Consiste na produção de animais para abate, sendo diversos os sistemas de manejo


adotados, de acordo com o produto final comercializado e a unidade produtiva, tal como
segue abaixo.

- Sistema de Cria: a unidade produtiva é a matriz bovina, sendo o produto principal o


bezerro (macho) e produto secundário a vaca de descarte. A bezerra que nascer é criada
para substituir as matrizes que forem descartadas. O bezerro comercializado pode atingir
o peso de 180a 230 kg, dependendo da raça e da praça na qual será comercializado.

- Sistema Cria/Recria: a unidade produtiva é a matriz bovina, sendo o produto principal o


boi magro (macho) e produto secundário a vaca de descarte. A bezerra que nascer é
criada para substituir as matrizes que forem descartadas. O peso do boi magro depende
da raça e do interesse do mercado, podendo variar de 380 a 420 kg, geralmente.

- Sistema Cria/Recria/Engorda: a unidade produtiva é a matriz bovina, sendo o produto


principal o boi gordo e o secundário a vaca de descarte. A bezerra fêmea é utilizada para
reposição da matriz descartada. O peso do boi gordo depende da raça e do interesse do
mercado regional, podendo variar de 480 a 540 kg, geralmente.

- Sistema Recria: a unidade produtiva é o bezerro, sendo o produto principal o boi magro.
Nesse sistema não há produto secundário, sendo que o pecuarista compra o bezerro de
um outro produtor que trabalha somente com o sistema de cria.

- Sistema de Recria/Engorda: unidade produtiva o bezerro, sendo o produto principal o boi


gordo para abate. Nesse sistema não há produto secundário, pois o produtor compra o
bezerro de um pecuarista que trabalha somente com a cria e vende o boi gordo para o
frigorífico.

- Sistema de Engorda: unidade produtiva é o boi magro, o qual é adquirido de um


pecuarista que faz a cria/recria ou somente a recria, sendo o produto principal o boi gordo.
Este é comercializado aos frigoríficos com destino ao abate e não há produto secundário,
nesse sistema.

Todos esses sistemas de criação podem ser conduzidos nos 3 sistemas de manejo
existentes:

 A Pasto: animais criados no pasto e fornecido uma suplementação de sal mineral


no cocho;
 Semi-intensivo: animais criados no pasto e fornecido uma alimentação suplementar
no cocho como silagem e ração;
 Intensivo/confinado: geralmente os animais são confinados em locais fechados que
pode ser a céu aberto ou em barracão e toda a alimentação fornecida é no cocho,
em forma de silagem e ração.

BOVINOCULTURA LEITEIRA

Consiste no manejo de animais para produção de leite, podendo ser a pasto, semi
intensivo ou intensivo. No manejo a pasto a produtividade por matriz é pequena,
sendo mais aconselhável uma suplementação no cocho, se o produtor desejar
alcançar índices maiores, que é o caso do semi intensivo e intensivo.

Nessa atividade, o produto principal é o leite, sendo os produtos secundários a


vaca de descarte e os bezerros machos. As bezerras fêmeas são destinadas à
reposição do plantel.
Geralmente são feitas 2 ordenhas por dia, onde são coletados de 7 a 40
litros/dia/matriz, ou até mais. A ordenha pode ser manual, nas pequenas
propriedades familiares, com baixo número de animais, normalmente de
subsistência e, mecanizada, nas propriedades com rebanhos maiores.
Na ordenha mecanizada, encontra-se diversos tipos de equipamentos no
mercado atual, podendo ser em linha, tipo carrossel ou robotizado.

SUINOCULTURA

Na suinocultura podemos encontrar sistemas de criação de animais destinados a


reprodução a ao abate. A produção de animais destinados à reprodução seriam as
matrizes com genética apropriada a serem matrizes reprodutores ou os machos
destinados a fazerem a cobertura das fêmeas ou a serem doadores do sêmen.

Na produção dos animais destinados ao abate, o destino final da cadeia é o suíno


terminado comercializado ao frigorífico, entretanto, o sistema é dividido em
diversas fases, as quais podem ser desenvolvidas dentro de uma mesma
propriedade ou em propriedades distintas.

Atualmente, o mercado prefere que cada produtor se especialize em uma fase da


produção, para evitar a disseminação de possíveis doenças para outras fases,
comprometendo toda a cadeia produtiva.

Abaixo seguem as fases ou sistemas encontrados na suinocultura.

- Sistema Cria: na gestação dura cerca de 114 dias e pode resultar de 10 a 14


leitões, ou até mais. Essa fase abrange a maternidade e o desmame, estando o
leitão com cerca de 8 kg e durando cerca de 21 a 28 dias. Neste sistema, a
unidade produtora é a matriz e o produto principal o leitão desmamado para
creche, tendo como produto secundário a matriz para descarte.

- Sistema Creche: após ser desmamado, o leitão permanece na creche, com


alimentação específica, até o peso de 21 a 24 kg, estando com idade aproximada
de 64 dias. Aqui o produto principal é o leitão para recria e não há produto
secundário, sendo a unidade produtiva o leitão desmamado.

- Sistema Recria: quando os leitões saem da creche, com peso de até 24 kg e


recebem alimentação especial até atingir 55 kg. Neste sistema, a unidade produtiva
é o leitão para recria, sendo o produto principal o leitão para terminação e não
tendo produto secundário.

- Terminação: é a fase final, até o animal atingir peso de 110 a 120/124 kg e, então,
encaminhado ao abate. Nesta fase, o produto principal é o suíno terminado, tendo
o leitão p/ terminação como unidade produtiva e sem produto secundário.
Quando essas fases ocorrem juntas, em uma única propriedade, dizemos que é o
Ciclo completo (Cria/creche/recria/terminação). Essas fases também podem
ocorrer todas segmentadas, uma a uma, como demonstrado acima, ou de formas
diversas tal como: cria/creche; creche/recria; recria/terminação; cria/creche/recria;
creche/recria/terminação

AVICULTURA DE CORTE

No Brasil, existem 3 principais sistemas de produção de frangos destinados ao


abate (corte): Integração, cooperativo e independente.

Sistema de integração

No Brasil, o sistema de integração consiste em incorporar à atividade principal de


uma empresa todas aquelas que se ligam a ela no ciclo de produção do frango de
corte. Desse modo, a integração se aplica, principalmente, entre atividades que
são complementares no processo produtivo. Isso acontece do seguinte modo: a
empresa de maior porte (integradora) fornece ao criador (integrado) os pintos, a
ração, a assistência técnica e se responsabiliza pelo abate e pela comercialização
do frango abatido. O criador entra no negócio com as instalações, os
equipamentos, o aquecimento, a água, a cama e a mão de obra.

Sistema cooperativo

Neste sistema, o criador participa da organização e das decisões, correndo os


riscos de um eventual fracasso das operações. Muitas vezes, a cooperativa produz
pintos e rações, que são consumidos dentro do próprio sistema. Os insumos são
repassados aos cooperados pelo custo de produção; as despesas administrativas,
técnicas e operacionais, junto aos insumos, são agregadas ao custo de produção e
divididas proporcionalmente entre o total de frangos produzidos pelo cooperado.

Sistema Independente

No sistema independente, o avicultor é responsável por todo o processo de


produção do frango, já que toda e qualquer decisão é de caráter pessoal. Sendo
assim, os riscos envolvidos nas operações são de inteira responsabilidade do
produtor. Por essa e outras razões, esse sistema é considerado muito pesado, pois
o avicultor tem de pensar e decidir sozinho sobre tudo: como adquirir e de quem
adquirir os pintinhos, os alimentos, averiguar a qualidade dos produtos, conhecer
os riscos sanitários e os riscos de comercialização.

Em qualquer desses sistemas, o produto principal será o frango para corte e o


produto secundário será a cama de frango, que poderá ser comercializada como
adubo para agricultura.
AVICULTURA DE POSTURA

A criação de aves pode ser dividida em três fases:

1ª Fase - Cria ou Inicial: de 1 dia até 6 semanas de idade

2ª Fase - Recria: de 7 a 17 semanas de idade

3º Fase - Produção: de 18 a 76 semanas de idade, podendo ainda se estender de


90 até 120 semanas se for realizada uma ou duas mudas forçadas. Geralmente
esta prática está diretamente ligada ao preço do ovo no mercado.

Na avicultura de postura, a unidade produtiva é a matriz poedeira, sendo o produto


principal o ovo para consumo, podendo ter como produto secundário a galinha para
descarte e o esterco de granja.

Vale lembrar que, na avicultura, também existem produtores que se especializam


na cedia de ovos férteis, ou incubáveis, destinados a produção dos pintinhos que
serão entregues aos avicultores que engordam para o abate.

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