2º Teste CN

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CIÊNCIAS NATURAIS

7ºANO
MORFOLOGIA DOS FUNDOS OCEÂNICOS
Durante quase 50 anos a teoria da hipótese da deriva dos continentes foi abandonada. Mas
em meados do século XX as ideias de Wegener ganharam um novo impulso, uma vez que a
tecnologia desenvolvida permitiu explorar e conhecer o fundo dos oceanos e desenvolver
a teoria da expansão oceânica.

As tecnologias de exploração permitiram desenhar mapas dos fundos oceânicos através de


técnicas como as SONAR.

Através destes mapas compreendeu-se que da área submersa (debaixo da água) faz parte a:

→ Plataforma continental (ainda faz parte dos continentes) – corresponde ao


prolongamento dos continentes por baixo da água sendo uma zona de inclinação
suave ao longo de 300 Km e 200 m de profundidade. É constituída por rochas menos
densas que o restante fundo oceânico
→ Talude continental (ainda faz parte dos continentes) – declive que se segue à
plataforma continental e que marca a separação entre a crosta continental
(continentes) e a crosta oceânica (oceanos). desenvolve-se até 2500m abaixo do nível
médio do mar.
→ Planícies abissais – regiões mais planas e profundas que se situam de um lado e de
outro da dorsal.
→ Dorsal Oceânica - é uma grande cadeia montanhosa submarinas de origem vulcânica,
atravessada por fraturas (falhas transformantes). Quando imerge forma ilhas.
→ Rifte – é um vale estreito e profundo situado ao longo da dorsal, por onde sobe o
magma que vem da astenosfera formando nova crosta oceânica. O rifte é uma zona
de acreção (região do fundo do oceano onde se dá a expansão da crosta oceânica)
→ Fossa oceânica – zona muito profunda do oceano e onde a crosta oceânica se afunde
sob a crosta continental – zona de subducção – na fossa oceânica há destruição da
crosta oceânica mais antiga.
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Rifte – é o local onde há formação de crosta oceânica (região do fundo do oceano


onde se dá a expansão da crosta oceânica)
Fossa oceânica – local onde há destruição da crosta oceânica

IMPORTANTE!!! O fundo dos oceanos é formado por basalto coberto por sedimentos. O
basalto é uma rocha vulcânica, ou seja, resulta da consolidação (solidificação=ficar sólido) de
lava expelida por vulcões.

FORMAÇÃO E EXPANSÃO DO FUNDO OCEÂNICO

Harry Hess em 1960 formulou a hipótese da expansão dos fundos oceânicos.

O fundo oceânico é formado no rifte. No rifte o magma ascende (sobe) e consolida (fica sólido)
e forma basalto. Esta rocha acabada de se formar desloca-se para um lado e para outro da
dorsal. Entretanto, novo basalto é formado no rifte, alastrado também para ambos os lados
da dorsal. Formam-se então as planícies abissais. É assim que acontece a expansão ou
formação do fundo oceânico.

IMPORTANTE: O basalto é tanto mais antigo quanto mais afastado estiver do rifte. Ou seja, as
rochas que se situam perto do rifte são mais recentes do que as que se situam longe.
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CAUSAS DOS MOVIMENTOS DOS CONTINENTES

Wegener defendeu que os continentes se deslocam. Mas que forças são capazes de mover
continentes e provocar a expansão dos oceanos? Para responder a esta pergunta foi
necessário perceber o interior da Terra.

LITOSFERA - É a camada mais externa da Terra formada por rochas sólidas e rígidas.

ASTENOSFERA – camada abaixo da litosfera mais quente, plástica e maleável.

Esta característica da astenosfera levou os cientistas a admitir a existência de correntes de


convecção térmica que explicariam o movimento da litosfera (movimento dos continentes).

Arthur Holmes propôs a seguinte hipótese:


→ Na astenosfera existem correntes de convecção térmica que ao movimentarem-se
acabam por partir a litosfera em várias placas – PLACAS LITOSFÉRICAS – estas placas
que podem ter os continentes são arrastadas pelo movimento das correntes de
convecção da astenosfera. Isto pode explicar a expansão dos fundos oceânicos e a
deriva dos continentes – ou seja a força (“o motor”) que move as placas são as
correntes de convecção térmica.
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TEORIA TECTÓNICA DAS PLACAS

Esta teoria diz que a Terra é constituída por placas litosféricas, que se movem sobre a
astenosfera por ação de correntes de convecção.

TIPOS DE PLACAS LITOSFÉRICAS

→ PLACA OCEÂNICA – estão cobertas por um oceano e não possuem na sua superfície um
continente (constituída apenas por oceano)
EX: Placa do Pacífico e Placa de Nazca

→ PLACA CONTINENTAL – possuem na sua superfície um continente. Muitas vezes estas


placas não terminam logo que o continente acaba, prolongam-se sob o oceano (constituída
por oceano e continente)
EX: Placa Euroasiática, Placa Africana, Placa Norte-Americana

PLACA A – placa continental


PLACA B – placa oceânica
PLACA C – placa continental
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• Ao observarmos a figura vemos que o movimento das correntes de convecção, para
um lado e para o outro do rifte, arrasta consigo as placas litosféricas A e B em direções
opostas. A abertura resultante no rifte é preenchida por novo basalto que se formou
pela consolidação do magma.
• A placa A, com o seu movimento, arrasta o continente 1 afastando-o cada vez mais do
continente 2.
• A placa B choca com a placa C mergulhando para baixo desta, para a astenosfera –
acontece a subducção (afundamento da placa B) → A placa oceânica é mais densa do
que a placa continental

• No local onde a placa B se afunda (debaixo da placa C), forma-se uma fossa oceânica
(zona mais profunda do fundo do mar).

Podemos dizer que se forma nova litosfera ao nível dos riftes enquanto que ao nível das zonas
de subducção é destruída a litosfera mais antiga (fossas oceânicas).
O calor interno da Terra é o motor das correntes de convecção que por sua vez arrastam
consigo as placas que têm os continentes.

LIMITES ENTRE PLACAS LITOSFÉRICAS

Os limites de placas litosféricas são zonas onde existe contacto entre diferentes placas. Os
limites podem ser:

Limite convergente – quando duas placas chocam uma contra a outra


Limite divergente – quando duas placas se afastam uma da outra
Limite conservativo – quando duas placas deslizam uma em relação à outra

Os limites das placas são zonas instáveis onde acontecem muitas vezes sismos e vulcões.

LIMITES CONVERGENTES
Quando duas placas litosféricas chocam podem acontecer diferentes situações consoante o
tipo de placa envolvido. No entanto, acontece sempre destruição de placas litosféricas.

→ Colisão entre duas placas oceânicas


Quando duas placas oceânicas colidem uma delas mergulha sob a outra – acontece
subducção. À superfície da zona de subducção forma-se uma fossa oceânica. A
subducção provoca sismos, vulcões, arcos de ilhas vulcânicas e a destruição de crosta
oceânica mais antiga.
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→ Colisão entre uma placa continental e uma placa oceânica


Quando a colisão acontece entre uma placa continental e uma placa oceânica é
sempre a placa oceânica que sofre subducção porque é a mais densa. À superfície da
zona de subducção forma-se uma fossa oceânica. Este fenómeno dá origem a vulcões,
sismos, destruição da crosta oceânica mais antiga e formação de montanhas
(Exemplo: Andes – colisão entre a placa oceânica de Nazca e a placa continental Sul-
americana)

→ Colisão entre duas placas continentais


Quando a colisão acontece entre duas placas continentais, não acontece subducção.
A colisão entre estas placas leva à formação de montanhas (Exempos: Himalaias –
colisão entre a placa Indiana e placa Euroasiática – as duas placas continentais)

LIMITES DIVERGENTES
Os limites divergentes correspondem às zonas do rifte onde duas placas se afastam em
sentidos opostos e onde há formação de nova litosfera. Dá origem à formação de sismos,
vulcões e dorsais.
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LIMITES CONSERVATIVOS
Nos limites conservativos não acontece formação nem destruição de litosfera, uma vez que
as placas deslizam horizontalmente uma em relação à outra. Este movimento das placas dá
origem a violentos sismos.

Consequências do movimento das placas litosféricas:


→ Sismos
→ Vulcões
→ Formação de montanhas
→ Formação de fossas oceânicas
→ Destruição de crosta oceânica mais antiga
→ Formação de nova litosfera

PORQUE É DIFICIL CONHECER O INTERIOR DA TERRA?


→ Porque a temperatura e a pressão no interior da Terra são muito altas e é muito difícil
perfurar as camadas da Terra e recolher materiais necessários para se analisar.

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