Contestação
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Jorge, empresário, decide delegar a gestão de seus bens imóveis a Miguel. Assim o faz, por via de contrato, no
qual outorga poderes gerais a Miguel, de modo a extrair os melhores resultados financeiros na administração dos
bens. Estipulou-se que, a cada operação de gestão que resultasse lucrativa, o outorgado teria direito à remuneração
de 5% (cinco por cento) sobre a receita gerada. Miguel, então, decide vender um apartamento de Jorge, em nome
deste, porque Maria fez uma oferta para pagamento de preço apenas 10% abaixo do mercado, colocando-se à
disposição para o pagamento à vista, no valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Miguel, então, em nome de
Jorge, firmou, com Maria, instrumento particular de compromisso de compra e venda, recebendo um sinal de R$
20.000,00 (vinte mil reais). Ato contínuo, comunicou a Jorge acerca da transação finalizada, informando que irá
transferir o valor da venda, com a dedução de sua remuneração, compensando os valores. Revoltado, Jorge
esbraveja com Miguel, acusando-o de prometer a venda de um imóvel que não era para ser alienado, ressaltando
que os poderes que lhe foram outorgados não abrangiam o direito de alienar imóveis.
Pediu-lhe que desfizesse o negócio, deixando claro que ele não tem poder para vender seus imóveis, uma vez que
não tem interesse em se desfazer deles.
Miguel (Autor) aceita a crítica, comunicando que conseguiu desfazer a operação contratual com Maria, mas
informou que lhe é devido o valor de 5% da venda (R$ 50.000,00), pelo esforço despendido, fazendo incidir a
cláusula de remuneração. Afirma, ainda, que teve de devolver o sinal, em dobro, para Maria, totalizando R$
40.000,00 (quarenta mil reais). Solicita, assim, o depósito de R$ 90.000,00 (noventa mil reais) em sua conta.
Indignado, Jorge não efetua o pagamento, revogando os poderes concedidos a Miguel.
Jorge, dias depois, recebe mandado de citação da 1ª Vara Cível da Comarca de Belém, para integrar o polo passivo
da AÇÃO DE COBRANÇA movida por Miguel (Autor). Na qualidade de advogado de Jorge (Réu), elabore a peça
processual cabível para tutelar os interesses de seu cliente, indicando requisitos e fundamentos nos termos da
legislação vigente.
Jorge (Réu)
Miguel (Autor)
Jorge não outorgou poderes para vender seus imóveis
https://niltoncfilho.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/875915020/contestacao-a-acao-de-cobranca
Jorge, empresário
JORGE, brasileiro, casado, empresário, inscrito no CPF n. xxx, residente e domiciliada Belém do Pará, por
meio de seu Advogado, devidamente constituído, conforme mandato anexo, inscrito na OAB/ES n.
10.690, com endereço profissional na Trav. We-25,392, Cidade Nova 2, Ananindeua-PA, vem oferecer
CONTESTAÇÃO
Com base no art. 335 do Código de Processo Civil – CPC, em face da AÇÃO DE COBRANÇA, em trâmite
nesse Juízo, registrado sob o n. 0001234-56.2020.8.08.0010, proposta por MIGUEL, brasileiro, casado,
corretor de imóveis, inscrito no CPF n. xxx, residente e domiciliada Belém do Pará, pelos reais fatos e
motivos de direito expostos a seguir.