Apostila TN No Paciente Crítico
Apostila TN No Paciente Crítico
Apostila TN No Paciente Crítico
Hipoalbuminemia Edema
LIPÍDIOS
Alterações Consequências
Lipólise em tecido adiposo AG livres e glicerol séricos
HIDROELETROLÍTICO
Alterações Consequências
Renina/angiotena/aldosterona ativado
Volemia
Secreção de ADH Retenção de Na e H2O
Aumento na excreção renal de K
Extravasamento de líquido para o 30 espaço
Hiperventilação
Perda de secreções ácidas (drenos e urina) Alcalose
Administração de hemoderivados
Hipocalemia
Oxigenação Acidose
Ocorre rápida perda de massa magra decorrente do catabolismo acentuado, menor ingestão e maior
necessidade.
A terapia nutricional adequada propicia o tempo necessário para o diagnóstico e tratamento do paciente
crítico através da manutenção do seu estado físico geral.
Não tem como objetivo inicial o ganho de peso e sim o reequilíbrio metabólico, assim como a
manutenção e preservação das estruturas e funções orgânicas.
Benefícios
Atenua o hipermetabolismo e a perda de massa protéica
Diminui o tempo de estadia hospitalar
Melhora a imunidade e a cicatrização
Reduz a morbimortalidade associada à desnutrição
Avaliação Nutricional
As ferramentas tradicionais de avaliação nutricional sofrem grande interferência no doente grave,
dificultando sua interpretação.
O acúmulo de líquido no espaço extracelular muda rapidamente o peso além de diluir proteínas viscerais
e alterar as medidas de pregas e circunferências.
O processo inflamatório sistêmico consome grande quantidade de proteínas plasmáticas, reduzindo sua
concentração independentemente do processo de desnutrição.
À medida que o paciente supera a fase aguda da doença, quando o quadro clínico se estabiliza, e se inicia
a fase de recuperação, a avaliação nutricional convencional passa a ser útil e desejável.
Em função disso utiliza-se de ferramentas de triagem nutricional para identificar indivíduos que estão
desnutridos ou em processo de desnutrição para o correto planejamento da TN.
Integridade Intestinal
O lúmen intestinal representa um grande reservatório de bactérias, sobretudo gram-negativas, que são os
grandes responsáveis pela infecção do paciente grave. Ocorre perda da função da barreira intestinal por algumas
condições:
Aumento da permeabilidade da mucosa
Diminuição da defesa do organismo
Aumento de bactérias no lúmen intestinal
Alteração da motilidade
Hipoperfusão
REQUERIMENTOS ENERGÉTICOS
Fator injúria:
- 1,1 a 1,2 Nas lesões ósseas
- 1,2 a 1,6 Nos traumas com Infecção
- 1,5 a 1,6 Em falência de múltiplos órgãos
- 1,4 a 2,0 Após queimaduras extensas
Recomendações Atuais
(ESPEN Guidelines on Enteral Nutrition: Intensive care – 2016)
Overfeeding
Carga calórica superior a 50 Kcal/Kg de peso aumenta a freqüência de complicações orgânicas
Embora a necessidades estejam aumentadas, a administração elevada de calorias é incapaz de ser
metabolizada de forma adequada. Podendo levar:
- Hiperglicemia hiperosmolaridade diurese osmótica disidratação
- Hipertrigliceridemia esteatose hepática
Produção de CO2 Falência respiratória
Catecolaminas Hipermetabolismo
Síndrome de Realimentação
É decorrente de sobrecarga na ingestão calórica e reduzida capacidade do sistema cardiovascular,
potencialmente letal pode ser definida como uma manifestação clínica complexa, que abrange alterações
neurológicas, sintomas respiratórios, arritmias e falência cardíaca poucos dias após a realimentação.
Ela se dá quando um indivíduo de risco se realimenta (oral, enteral ou parenteral), desencadeando um
consumo intracelular intenso de eletrólitos e minerais como o potássio, o magnésio e o fósforo principalmente,
resultando na queda brusca dos níveis séricos desses nutrientes.
Os pacientes sob risco são aqueles que sofreram alguma privação alimentar longa ou aguda associada ou
não a algum estresse.
Proteínas
- De 1,5 a 2,0g/Kg peso/dia cerca de 20% do VET
Catabolismo moderado: de 1,2 a 1,5g/Kg peso/dia
Hipercatabólicos: de 1,5 a 2,0g/Kg peso/dia
Situações especiais (fístulas, queimados, etc): > 2,0g/Kg peso/dia
Obesos: IMC entre 30 e 40 = 2g/kg peso ideal/dia
IMC>40 = 2,5g/peso ideal/dia
- Relação Kcal/N2 80 a 100
- Sendo aproximadamente 45% as custas de AACR
- Avaliar a possibilidade de suplementação dos aa condicionalmente essenciais:
Arginina 20g a 30g/dia (cuidado com ↑ ON)
Glutamina 25 a 30g/dia (cuidado com ↑ amônia)
Carboidratos
- De 3 a 5g/Kg de peso/dia 50 a 60% do VET
- Quando possível utilizar HC complexos
- Utilizar fibras solúveis e gotejamento lento para auxiliar na redução da glicemia
MICRONUTRENTES
Adequar ao aporte calórico oferecido. Dando atenção especial aos antioxidantes e aos envolvidos com a
cicatrização e regulação da resposta Imune.