Tema 2 - Conjuntos
Tema 2 - Conjuntos
Tema 2 - Conjuntos
Conjuntos
Prof. Aleksandro de Mello
Descrição
Noção da linguagem básica de conjuntos e das operações entre conjuntos e entre intervalos da reta. A teoria de conjuntos aplicada à resolução de
problemas.
Propósito
Compreender a teoria de conjuntos, trabalhando com vários tipos de conjuntos e de operações entre eles a fim de aplicar esses conhecimentos na
solução de problemas do cotidiano.
Preparação
Tenha em mãos: calculadora, papel, lápis, caneta. Você pode também utilizar um aplicativo de desenho, como a ferramenta Paint, por exemplo.
Objetivos
Módulo 1
Módulo 2
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Módulo 3
Módulo 4
meeting_room
Introdução
Conheceremos os conceitos básicos para o entendimento da linguagem de conjuntos. Veremos como relacionar elementos a conjuntos e como
comparar conjuntos. Aprenderemos as principais operações entre conjuntos e como resolver cada uma delas utilizando as representações de
conjuntos e algumas propriedades dessas operações. Também vamos identificar, geometricamente, quais operações foram realizadas.
Outro conteúdo básico e fundamental para a Matemática que trabalharemos neste tema são as operações envolvendo os intervalos da reta real.
Para alguns conjuntos particulares, as representações geométricas na reta real são a melhor maneira de desenvolver as operações. Por isso, vamos
listar os tipos de intervalos que a reta real possui e representá-los nas três principais formas de visualização.
E, por fim, vamos dar sentido a todo esse aprendizado: veremos várias aplicações do conteúdo estudado aqui em problemas do dia a dia e em
questões cobradas em concursos.
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looks_one
Conheça o conceito matemático por meio de definições e notações.
arrow_forward
looks_two
Perceba a aplicabilidade do conceito com um ou mais exemplos.
Definição 1
Dizemos que um elemento x pertence ao conjunto A quando x é um dos componentes do conjunto A. Em outras palavras:
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Note que, na teoria de conjuntos, é comum utilizarmos letras maiúsculas para representarmos os conjuntos (exemplo: A, B, C, X, Y,…) e letras
minúsculas para representar os elementos do conjunto (exemplo: a, b, c, x, y,…). Daqui para frente, utilizaremos as seguintes notações básicas de
pertinência:
Exemplo 1
Considerando o conjunto A={−2, 0, 1, 4}, podemos afirmar que:
Qualquer outro número diferente dos listados anteriormente não está no conjunto A, por exemplo: -4 ∉ A, −1 ∉ A, 2 ∉ A . Assim, podemos
escrever resumidamente que: se x é diferente de -2, 0,1 e 4 , então x ∉ A.
onjunto
Lembre-se:
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Exemplo 2
A = {x ∈ N ∣ x < 4} . Lê-se: A é o conjunto dos números x que são naturais e menores do que 4 . Logo, o conjunto A pode ser representado
explicitamente por:
A = {0, 1, 2, 3}.
B = {x ∈ Z ∣ x < 4} . Lê-se: B é o conjunto dos números x que são inteiros e menores do que 4. Fique atento ao conjunto como um todo, pois
apesar de o conjunto B possuir a mesma propriedade do conjunto A, (que é: x < 4 ), no conjunto B estamos considerando x ∈ Z , e não apenas
x ∈ N (como no conjunto A ). Logo, o conjunto B pode ser representado explicitamente por:
Curiosidade
A representação de conjuntos através de figuras é chamada de diagrama de Venn, em homenagem a John Venn, que criou esse diagrama para
facilitar o entendimento das operações entre conjuntos, conforme veremos no próximo módulo.
A = B.
A ≠ B,
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Definição 3: Subconjuntos
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Dizemos que A é um subconjunto de B, (ou que A está contido em B) se todo elemento de A também é um
elemento de B, ou seja:
x ∈ A ⇒ x ∈ B
Logo, escreveremos:
A ⊂ B.
A ⊄ B.
ê
B ⊃ A( L -se: B cont m A). é
ê ã
B ⊅ A( L -se: B n o cont m A). é
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Exemplo 3
Observe os conjuntos A = {1, 3, 4, 7} e B = {7, 1, 3,4}.
Esses conjuntos são iguais, A = B, pois não importa a disposição dos elementos no conjunto para a análise de igualdade.
A ⊂ B eB ⊂ A , pois todo elemento de A está em B e vice-versa. Essas inclusões poderiam ser reescritas como:
B ⊃ A ∈ A ⊃ B
Exemplo 4
Agora observe os conjuntos A = {0, 1, 2, 3} e B = {…, −2, −1, 0, 1, 2, 3} vistos no exemplo 2.
Note que A ≠ B , pois B possui elementos que não estão em A, por exemplo, −2 ∈ B , mas −2 .
∉ A
O mesmo argumento também garante que B ⊄ A , ou seja, B não está contido em A. Outra forma de escrever seria: A , ou seja, A não
⊅ B
contém B.
Mas, como pode ser visto facilmente, todo elemento de A está em B, ou seja, A é um subconjunto de B: A ⊂ B. Outra forma de escrever essa
inclusão seria: B ⊃ A .
Definição 4
Seja A um conjunto. Dizemos que A é:
Portanto, representamos A = { } ou A = Ø.
Exemplo 5
Considere os seguintes conjuntos: A = {x ∈ N ∣ x < −2} eB = {x ∈ Z ∣ −6 < x < −4}
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Atenção!
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Conceitos matemáticos
Neste vídeo o professor Sandro Davison apresentará outros exemplos desses conceitos matemáticos. Vamos assistir!
Neste módulo, você aprendeu quatro definições básicas da Matemática acerca dos conjuntos, especificamente a linguagem dos conjuntos. Sem
esse conhecimento, não seria possível avançarmos para o conteúdo que nos aguarda nos módulos seguintes.
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Questão 1
I) A=B
II) C ⊅ B
A I e II corretas.
B Somente I correta.
C II e III corretas.
E I e III corretas.
Questão 2
A A ⊂ C eD ⊃ B
B B ⊃ C eD ⊄ A
C C ⊃ D eB ⊂ A.
D D ⊄ A eC /
B
E D ⊃ B eD ⊄ A
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Definição 1
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Definimos:
1. A união dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a A ou a B, que representamos por:
A ∪ B = {x ∣ x ∈ A ou x ∈ B}.
2. A interseção dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que são comuns a A e a B simultaneamente, ou seja, é o conjunto
formado pelos elementos que pertencem a A e também pertencem a B. Esse conjunto é representado por:
A ∩ B = {x ∣ x ∈ A ∈ x ∈ B}
3. A diferença dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a A, mas que não pertencem a B. Esse conjunto é
representado por:
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A − B = {x ∣ x ∈ A ∈ x ∉ B}
B
C = A − B = {x ∣ x ∈ A ∈ x ∉ B}.
A
4. O produto cartesiano A × B é o conjunto formado por todos os pares ordenados da forma (x,y), onde x ∈ A e y ∈ B. Esse conjunto é representado
por:
A × B = {(x, y) ∣ x ∈ A ∈ y ∈ B}.
Exemplo 1
Considere os conjuntos A = {0, 1, 3} e B = {−1, 0, 2, 3}. Vamos calcular:
A ∪ B, A ∩ B, A − B, B − A, A × BeB × A
A ∪ B = {x ∣ x ∈ A ou x ∈ B} = {−1, 0, 1, 2, 3}
A ∩ B = {x ∣ x ∈ A ex ∈ B} = {0, 3}
Na diferença, tomamos apenas os elementos do primeiro conjunto que não estão no segundo conjunto. Assim:
(A − B) = {x ∣ x ∈ A e x ∉ B} = {1}
(B − A) = {x ∣ x ∈ B e x ∉ A} = {−1, 2}
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No produto cartesiano, tomamos todos os pares ordenados, sendo que a primeira coordenada pertence ao primeiro conjunto (conjunto da
esquerda) e a segunda coordenada pertence ao segundo conjunto (conjunto da direta). Veja:
A × B = {(x, y) ∣ x ∈ A e y ∈ B} =
(1, −1), (1, 0), (1, 2), (1, 3), (3, −1),
B × A = {(x, y) ∣ x ∈ B e y ∈ A} =
(0, 1), (0, 3), (2, 0), (2, 1), (2, 3),
Veja mais um exemplo envolvendo essas operações com três conjuntos envolvidos.
Exemplo 2
Considere os conjuntos A = {x ∈ Z ∣ x ≤ 4}, B = {x ∈ Z ∣ x > −2} eC = {x ∈ N ∣ x < 7} . Calcule as seguintes operações:
A − (B ∩ C), (A ∩ B) − C, (A ∪ C) ∩ B, (B − A) ∪ C
A = {x ∈ Z ∣ x ≤ 4} = {… − 3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4}
C = {x ∈ N ∣ x < 7} = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}
Para solucionar A - (B ∩ C), primeiro resolvemos a parte entre parênteses separadamente, ou seja:
B ∩ C e após A − (B ∩ C) .
Rotacione a telascreen_rotation
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Rotacione a tela. screen_rotation
Observando os conjuntos dados, temos que:
ó
A ∩ B e ap s (A ∩ B) − C.
A ∩ B = {−1, 0, 1, 2, 3, 4}
(A ∩ B) − C = {−1}
ó
A ∪ C e ap s (A ∪ C) ∩ B.
A ∪ C = {… , −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}
(A ∪ C) ∩ B = {−1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}.
ó
B - A e ap s (B − A) ∪ C.
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B − A = {5, 6, 7, …}
(B − A) ∪ C = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, …}
Assim, vamos analisar agora outra forma de trabalhar com esses conjuntos, utilizando figuras no diagrama de Venn.
Observe que, geometricamente, dados dois conjuntos A e B, podemos representar a união, a interseção e a diferença pelos diagramas abaixo:
Quando temos três ou mais conjuntos envolvidos, nossa representação geométrica fica similar ao que realizaremos no exemplo a seguir.
video_library
Exemplo de representação geométrica
Assista ao exemplo no vídeo:
Nos exemplos, desenvolvemos várias operações entre os conjuntos, mas existem muitas outras que podem ser realizadas, conforme veremos
posteriormente. Agora, vamos listar algumas das principais propriedades que envolvem as operações entre conjuntos.
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Propriedades da união
Dados os conjuntos A, B, C e D, temos:
1. A ∪ ∅ = A .
2. A ∪ A = A .
5. A ⊂ B eC ⊂ D ⇒ (A ∪ C) ⊂ (B ∪ D) .
6. A ∪ B = A ⇔ B ⊂ A .
Propriedades da interseção
Dados os conjuntos A, B, C e D, temos:
1. A ∩ ∅ = A .
2. A ∩ A = A
5. A ⊂ B eC ⊂ D ⇒ (A ∩ C) ⊂ (B ∩ D) .
6. A ∩ B = A ⇔ B ⊂ A .
Propriedades da diferença
Considere os conjuntos A, B e X tais que A, B ⊂ X . Temos:
1. A − ∅ = A .
2. A − A = ∅ .
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3. A − B = ∅ ⇔ A ⊂ B .
4. A − B = A − (A ∩ B) .
5. A ⊂ B ⇔ C
B
X
⊂ C
X
A
.
6. C X
A∪B
= C
A
X
∩ C
B
X
.
7. C X
A∩B
= C
A
X
∪ C
B
X
.
Você deve se lembrar que essas propriedades, como tantas outras afirmações no campo da Matemática, não são meras determinações de algum
cientista matemático. Todas as propriedades podem ser provadas algebricamente.
No entanto, por conta do objetivo de nosso módulo, mostraremos geometricamente a validade de algumas das propriedades apresentadas.
Vejamos a propriedade 5 da união e a propriedade 5 da interseção: em ambas, temos que A ⊂ B eC⊂ . Isso pode ser representado
D
A propriedade 4 da diferença pode ser vista da seguinte maneira: representando os conjuntos A e B pelo diagrama, podemos observar que:
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Para a propriedade 5 da diferença, temos que A, B ⊂ X e que A ⊂ B. Isso pode ser representado por:
Com essas propriedades, podemos explorar outros conceitos envolvendo conjuntos, como, por exemplo, a quantidade de elementos que um
conjunto possui.
Saiba mais
Se você quiser ver as demonstrações dessas propriedades, confira o capítulo 1 do livro Curso de Análise v.1 (2007), de Elon Lages Lima.
Definição 2
Seja A um conjunto finito qualquer (ou seja, um conjunto que possui uma quantidade finita de elementos), a quantidade de elementos que o
conjunto A possui é denotada por:
n(A).
Antes de vermos o exemplo que nos ajudará a compreender esse conceito, queremos levantar dois questionamentos, os quais serão respondidos
mais à frente:
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Vejamos agora um exemplo para nos ajudar a entender o conceito de n(A) e a responder nosso questionamento.
Exemplo 3
Considere os conjuntos A = {−2, 1, 3, 4} e B = {−1,1, 3}. Calcule:
Para responder aos demais questionamentos, vamos, primeiramente, determinar o que são os conjuntos:
A ∪ B, A ∩ B, A − B ∈ B − A
Relembrando:
Propriedades de n(A)
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Utilizando as propriedades das operações vistas anteriormente, vamos apresentar algumas das principais propriedades para a quantidade de
elementos de um conjunto.
4. Se B ⊂ A1 então n(C A
B
) = n(A − B) = n(A) − n(B) .
Observe que, para entendermos essas propriedades, vamos relembrar os diagramas vistos anteriormente que representam as operações entre os
conjuntos A e B:
A propriedade n(A ∪ B) = n(A) + n(B) − n(A ∩ B) decorre do fato que, quando fazemos n(A) + n(B), a quantidade de elementos
n(A ∩ B) da interseção é contada duas vezes (uma vez em n(A) e outra em n(B).
A propriedade n(A − B) = n(A) − n(A ∩ B) decore da propriedade 4 da diferença de conjuntos, pois A B = A − (A ∩ B).
A propriedade n(B − A) = n(B) − n(A ∩ B) também decore da propriedade 4 da diferença de conjuntos, pois B − A = B − (A ∩ B) .
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Exemplo de propriedades de n(A)
Veja agora alguns exemplos envolvendo essas propriedades.
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Observe que a operação de produto cartesiano tem mais aplicabilidade geométrica quando trabalhamos com produto cartesiano entre intervalos da
reta. Isso será visto com mais detalhes no próximo módulo.
Questão 1
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A 1
B 3
C 15
D 35
E 0
Questão 2
A (A ∩ C) − B.
B (A − B) ∪ C.
C (A ∪ C) − B.
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D AU (C − B).
E A ∪ C.
Definição 1
Sejam a, b ∈ R . Os intervalos são tipos especiais de subconjuntos dos números reais que são definidos por:
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Utiliza-se o termo fechado na definição. O colchete representa que o extremo pertence ao intervalo.
close
Utiliza-se o termo aberto na definição. Os parênteses representam que o extremo não pertence ao intervalo.
Desse modo, para fazer operações entre intervalos da reta, é essencial tomarmos o cuidado de destacar quando o extremo pertence ou não
pertence ao intervalo.
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Exemplo 1
Considere os intervalos A = [−2, 3), B = (−1, 4), C = (−∞, 2] eD = [−3, 1) . Vamos calcular:
A ∪ B, A ∩ B, A − B, B − A, A ∩ C, C − D, D − C.
A ∪ B : como a união é formada utilizando todos os elementos dos conjuntos, temos a seguinte representação:
Logo, A ∪ B .
= [−2, 4)
A ∩ B: como a interseção é formada apenas pelos elementos comuns aos dois conjuntos, temos a seguinte representação:
A − B: vamos considerar apenas os elementos que estão em A, mas que não pertencem a B. Temos a seguinte representação:
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B - A: vamos considerar apenas os elementos que estão em B, mas que não pertencem a A. Temos a seguinte representação:
A ∩ C: como a interseção é formada apenas pelos elementos comuns aos dois conjuntos, temos a seguinte representação:
Note que as bolinhas são fechadas em −2 e 2, pois −2, 2 ∈ A ∈ −2, 2 ∈ C. Portanto, −2 e 2 ∈ A ∩C . Logo, A ∩ C = [−2, 2] .
C − D: vamos considerar apenas os elementos que estão em C, mas que não pertencem a D. Temos a seguinte representação:
Note que em C − D temos duas partes onde a bolinha está aberta em −3, pois −3 ∈ C e −3 ∈ D .
Portanto, 1 ∈ C − D . Como C − D ficou dividido em duas partes, escrevemos C − D como a união das duas partes:
D − C = { } (conjunto vazio).
Rotacione a telascreen_rotation
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Outra forma de ver que D − C = {} é utilizando a propriedade da diferença vista no módulo 2:
D − C = {} ⇔ D ⊂ C
Atenção!
Quando existem mais do que dois conjuntos envolvidos em operações, analisamos as operações em etapas de dois a dois, sempre trabalhando
inicialmente de dentro dos parênteses para fora, como mostraremos no próximo exemplo.
Exemplo 2
Vamos considerar os mesmos intervalos do exemplo 1, ou seja:
Para resolver A - (A ∩ B), primeiro resolvemos a parte entre parênteses separadamente, ou seja:
ó
A ∩ B e ap s A − (A ∩ B).
A ∩ B = (−1, 3)
Para resolver (A ∪ B) − (A ∩ B), primeiro resolvemos as partes entre parênteses separadamente, ou seja:
ó
A ∪ B e ap s A ∩ B.
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Note que, na última reta, −1 e 3 estão com bolinha fechada, pois −1, 3 ∈ A ∪ B, mas −1, 3 . Logo,
∉ A ∩ B
ó
C ∩ A e ap s D − (C ∩ A)
C ∩ A = A ∩ C = [−2, 2]
Note que, na última reta, -2 está com bolinha aberta, pois −2 ∈ D e −2 ∈ A ∩ C , então:
−2 ∉ D − (A ∩ C)
D − (C ∩ A) = [−3, −2)
D − C e após (D − C) ∩ A .
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Pelo exemplo 1, sabemos que D − C = { }. Logo, como vimos no módulo 2, temos que:
(D − C) ∩ A = {} ∩ A = {}.
D − (C ∩ A) = [−3, −2) ≠ (D − C) ∩ A = {}
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Exemplo 3
Veja o exemplo 3 no vídeo a seguir.
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Questão 1
Dados os intervalos A = (−5, 2], B = [−6, 4], C = (−∞, 2), podemos afirmar que A ∪ (B ∩ C) é dado por:
A [-6,2]
B [-6,2)
C (−∞, 4]
D (−∞, 4)
E (−∞, 2]
Questão 2
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Dados os intervalos A = [−1, 3) B = (1, 5) e C = (1, 3), qual dos itens abaixo representa o conjunto (A − B) × C ?
A a.
B b.
C c.
D d.
E e.
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Aqui você perceberá, portanto, a falta do item definição, já que vamos recuperar os conceitos apresentados nos módulos anteriores mais alguns
exemplos para ajudá-lo a seguir em frente nesse processo de compreensão dos conjuntos matemáticos.
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Colocando y na parte correspondente a A ∩ B e utilizando a figura anterior, podemos formar o seguinte diagrama:
Note que o conjunto A está dividido em 2 partes. A parte correspondente à interseção A ∩ B possui y pessoas. Como A tem 470 pessoas, então
a outra parte do conjunto A possuirá 470- y pessoas, fornecendo a figura a seguir
Da mesma forma, o conjunto B está dividido em 2 partes. A parte correspondente à interseção A ∩ B possui y pessoas. Como B tem 230
pessoas, então a outra parte do conjunto B possuirá 230 - y pessoas, fornecendo a seguinte figura:
Logo, o total de pessoas do conjunto X (ou seja, 1000) é obtido somando a quantidade de pessoas (números na cor preta) dessas quatro partes, por
meio do seguinte cálculo:
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y = 150
Exemplo 2
Em uma escola, foram oferecidas aulas de reforço para Física e Matemática. Feito um levantamento em uma turma com 48 alunos, obteve-se que
22 alunos querem reforço em Matemática, 28 querem reforço em Física e 10 querem reforço em ambas as matérias. Para essa turma, determine:
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Assim como vimos no exemplo 1, podemos perceber que os conjuntos M e F foram divididos em duas partes e o conjunto X foi dividido em quatro
partes. Utilizando os valores que temos na figura anterior, podemos completar os conjuntos M e F da seguinte maneira:
12 alunos, pois observando a figura anterior, podemos ver que, dentre os 22 alunos que querem reforço de Matemática, somente 12 querem reforço
apenas em Matemática.
18 alunos, pois observando a figura anterior, podemos ver que, dentre os 28 alunos que querem reforço de Física, apenas 18 querem reforço apenas
em Física.
Os alunos que querem reforço em pelo menos uma disciplina formam exatamente o conjunto M ∪ F. Pela figura, essa união possui:
12 + 10 + 18 = 40 alunos.
Os alunos que não querem reforço em nenhuma matéria são exatamente aqueles que estão fora de M ∪ F. Como X tem 48 alunos e em M U F tem
40 alunos (como vimos na letra (c)), então a quantidade y que está fora de M ∪ F é:
y = 48 − 40 = 8 alunos.
Dizer que o aluno quer reforço em no máximo uma matéria significa que o aluno: ou quer reforço em apenas uma matéria, ou não quer reforço em
nenhuma matéria.
Analisando a figura, destacamos os alunos que querem reforço em apenas uma matéria e os que não querem reforço em nenhuma matéria.
Assim, a quantidade de alunos que querem reforço em, no máximo, uma matéria, é dada por:
12 + 18 + 8 = 38 alunos.
Rotacione a telascreen_rotation
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Outra forma de analisar esse caso é:
Os alunos que querem reforço em, no máximo, uma matéria, correspondem ao total de alunos da turma (X = 48) , exceto aqueles que querem
reforço nas duas matérias (M ∩ F = 10) :
48 − 10 = 38 alunos.
Exemplo 3
Uma população consome 3 marcas de sabão em pó: A, B e C. Feita uma pesquisa de mercado, colheram-se os seguintes resultados tabelados.
Sendo assim:
Observe que o conjunto X ficou dividido em várias partes, e os conjuntos A, B e C estão divididos em quatro partes.
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A ∩ B = 25, B ∩ C = 40, A ∩ C = 25
A ∩ B ∩ C = 5eX − (A ∪ B ∪ C) = 120
Para resolvermos problemas como este, vamos anotar inicialmente: a quantidade nos conjuntos maiores (X, A, B e C), a quantidade fora da união
(X − (A ∪ B ∪ C) ) e a quantidade no menor conjunto que é a interseção dos 3(A ∩ B ∩ C).
Assim, utilizando o primeiro e o terceiro item acima, podemos preencher a figura anterior da seguinte maneira:
Agora, utilizando o segundo item acima (A ∩ B = 25, B ∩ C = 40, A ∩ C = 25) , podemos completar os seguintes espaços:
Como sabemos que A = 105, B = 200, C = 160, podemos finalizar a figura analisando a quantidade que já está em cada conjunto e verificando quanto
falta em cada conjunto. Sendo assim, obtemos a figura:
100 pessoas, pois, dentre as 160 pessoas que consomem a marca C, podemos ver na figura que 100 delas não consomem outra marca.
Logo, a quantidade de pessoas que consomem apenas uma das marcas é dada por:
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Para isso, temos que analisar a quantidade de pessoas presentes nas interseções e em apenas dois conjuntos. Destacamos essas quantidades na
figura abaixo:
Logo, a quantidade de pessoas que consomem exatamente duas marcas é dada por:
20 + 20 + 35 =75 pessoas.
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Questão 1
(FCC - 2019) Um grupo é formado por 410 ciclistas, dos quais 260 praticam natação e 330 correm regularmente. Sabendo que 30 ciclistas não
nadam e não correm regularmente, o número de ciclistas que praticam natação e correm regularmente é:
A 170
B 150
C 190
D 200
E 210
Questão 2
Em uma pesquisa realizada com todas as pessoas de uma pequena cidade sobre a leitura dos jornais A, B e C, obteve-se que 28% das pessoas
leem o jornal A, 35% leem o jornal B, 23% leem o jornal C, 15% leem os jornais A e B, 8% leem os jornais B e C, 12% leem os jornais A e C e 5%
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leem os três jornais. Qual é o percentual das pessoas dessa cidade não leem nenhum dos jornais?
A 44%
B 43%
C 34%
D 33%
E 0%
Considerações finais
Conforme vimos ao longo deste tema, existem várias maneiras de se trabalhar com conjuntos, sendo que o melhor método a ser utilizado depende
dos conjuntos envolvidos. As operações realizadas entre conjuntos fornecem diversas informações de dados pertinentes, de acordo com aquilo que
se deseja saber a respeito ou de acordo com o que se espera sobre determinadas informações.
No caso particular em que os conjuntos são intervalos da reta, as operações entre intervalos geram novos conjuntos, mas isso é assunto para outro
momento do seu estudo matemático! Finalmente, utilizamos todos os conceitos e todas as operações de conjuntos para resolvermos vários
problemas do cotidiano, assim como questões comuns em concursos para diversos setores da sociedade.
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Podcast
Agora com a palavra o professor Marcelo Rainha, contando um pouco mais sobre a relação entre os conjuntos e o nosso cotidiano. Vamos ouvir!
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Referências
GIOVANNI, J. R; BONJORNO, J.R; GIOVANNI Jr., J.R. Matemática Fundamental - Uma Nova Abordagem. Volume único. São Paulo: FTD, 2002.
LIMA, E. L. Curso de análise. v.1, 12. ed. Rio de Janeiro: IMPA, 2007.
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especialmente a Matemática.
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