Morfologia e Taxonomia de Rubiaceae

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MORFOLOGIA E TAXONOMIA DE

RUBIACEAE

Allyce Abreu
Francine Coelho
Marcela Cosenza
Rafael Pereira
Thifani Ramos
CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA

-Hábito:podem ser árvores,


arbustos, subarbustos, ervas,
trepadeiras, lianas ou epífitas.

Fonte: SOUSA, Luzicleia Araujo, 2013.


MORFOLOGIA DE RUBIACEAE

Folhas simples, inteiras, opostas, menos frequente


verticiladas, raramente alternas; estípulas
interpeciolares ou raramente intrapeciolares;

Fonte:
https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutodebotanica/wp-content/u Genipa americana
ploads/sites/235/2016/02/Rubiaceae.pdf
MORFOLOGIA DE RUBIACEAE

Flor com corola gamopétala;

Simetria actinomorfa (raramente zigomorfa);

Androceu isostêmone;

Gineceu gamocarpelar, com ovário ínfero


(raramente súpero), estilete bipartido e
placentação axial.

Fonte:
https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutodebota
nica/wp-content/uploads/sites/235/2016/02/Rubiaceae.pdf
Coffea arabica
MORFOLOGIA DE RUBIACEAE

Inflorescência terminal ou axilar, geralmente


cimosa, às vezes formando glomérulo ou até
reduzida a flor solitária.

Fonte:
https://www.ceapdesign.com.br/familias_botanic Ixora coccinea
as/rubiaceae.html
MORFOLOGIA DE RUBIACEAE

Cálice excepcionalmente com sépalas muito


desenvolvidas, como em Mussaenda spp.

Geralmente cálice dialissépalo;

Corola freqüentemente pentâmera,


prefloração valvar ou imbricada; estames
epipétalos e anteras rimosas;
MORFOLOGIA DE RUBIACEAE

A - Folhas opostas (Borreria brownii (Rusby) Standl.);

B - Inflorescência bracteada (Borreria scabiosoides


Cham. & Schltdl.);

C - Corola com tubo curvo (Coutarea hexandra (Jacq.)


K. Schum.);

D - Cápsula loculicida (Coutarea hexandra (Jacq.) K.


Schum.);

DO CÉO RODRIGUES PESSOA, Maria.


Diversidade e riqueza da família Rubiaceae
Juss. no Cariri Paraibano. 2009. Dissertação de
Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco.
MORFOLOGIA DE RUBIACEAE

DO CÉO RODRIGUES PESSOA, Maria.


Diversidade e riqueza da família Rubiaceae
Juss. no Cariri Paraibano. 2009. Dissertação de
Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco.

E - Inflorescência (Diodella apiculata (Willd. ex


Roem. & Schult.) Delprete).

F - Esquizocarpos em maturação (Diodella apiculata


(Willd. ex Roem. & Schult.) Delprete).
SÍNDROMES DE POLINIZAÇÃO

Melitofilia:

“De uma forma geral, as espécies de Rubiaceae


apresentam grande variedade de animais visitantes
às suas flores e, apesar de existirem poucas
informações a este respeito, em algumas espécies
de Psychotria há registros de abelhas e vespas [...]”

TEIXEIRA, Luciana Almeida Gomes; MACHADO, Isabel


Cristina. Biologia da polinização e sistema reprodutivo de
Psychotria barbiflora DC.(Rubiaceae). Acta botanica
brasilica, v. 18, n. 4, p. 853-862, 2004.

Abelhas polinizando Psychotria suterella


SÍNDROMES DE POLINIZAÇÃO

FERREIRA, Maxmiller Cardoso; CONSOLARO, Hélder Nagai. Fenologia e


síndromes de polinização e dispersão de espécies de sub-bosque em um
remanescente florestal urbano no Brasil central. Bioscience Journal, v. 29, n. 5,
2013.
SÍNDROMES DE POLINIZAÇÃO

Em Rubiaceae, como também em outras famílias,


pode acontecer a casmopolinização, como em
Richardia spp., onde suas flores são comumente
vistosas com pétalas abertas circundando as partes
reprodutivas expostas. Quando atingem a
maturidade, elas se desdobram e seus estames ou
estiletes são disponibilizados para polinização.
Embora possa ocorrer a autofertilização, a maioria
das flores casmogâmicas são polinizadas por
agentes bióticos (por exemplo, borboletas) ou
abióticos (por exemplo, vento)
Ascia monuste polinizando Richardia grandiflora
SÍNDROMES DE POLINIZAÇÃO

Em algumas espécies, como em Richardia


stellaris, pode haver a ocorrência de
cleistogamia, um tipo de autopolinização
automática de certas plantas que podem se
propagar usando flores autopolinizadoras que
não se abrem.

Fonte:
https://www.infraestruturameioambiente.sp.go
v.br/institutodebotanica/wp-content/uploads/si
tes/235/2016/02/Rubiaceae.pdf
FRUTOS E SEMENTES, RELACIONADOS AOS
DISPERSORES

Fruto drupáceo, bacáceo ou capsular,


secos ou carnosos

As sementes podem ser aladas e


endospérmicas

Muitas sementes

Fonte: https://knoow.net/ciencterravida/biologia/rubiaceae-familia/

PEREIRA, Giovana Faneco. A família Rubiaceae juss. na vegetação ripária de um trecho do alto rio Paraná, Brasil, com ênfase na tribo Spermacoceae.
2007. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Maringá.

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 5. ISBN 978-85-7523-020-6 Jung-Mendaçolli, S.L. (coord.) 2007. Rubiaceae In:
Melhem, T.S., Wanderley, M.G.L., Martins, S.E., Jung-Mendaçolli, S.L., Shepherd, G.J., Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo,
vol. 5, pp: 259-460.
Dentre os polinizadores
destacam-se abelhas, moscas,
borboletas e aves. Os beija-flores são
citados com freqüentes visitantes de
espécies neotropicais.

Anemocoria

ALMEIDA, Sandra. Rubiaceae, família - Knoow. Knoow.net.


Disponível em:
<https://knoow.net/ciencterravida/biologia/rubiaceae-familia/>.
Acesso em: 1 Dec. 2020.

PEREIRA, Giovana Faneco. A família Rubiaceae juss. na


Fonte: vegetação ripária de um trecho do alto rio Paraná, Brasil, com
http://wallpapersfull.com/papel-de-parede/beijaflor-na-flor_1143.htm ênfase na tribo Spermacoceae. 2007. Dissertação de Mestrado.
Universidade Estadual de Maringá.
RIQUEZA DE ESPÉCIE A Rubiaceae é a quarta
NO BRASIL maior família em
número de espécies de
Angiospermas.

Fonte: Junior, Miguel Ferreira; Vieira, Ana Odete Santos.


Espécies arbóreo-arbustivas da família Rubiaceae Juss.
na bacia do rio Tibagi, PR, Brasil1.

Fonta da imagem:
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsulta
r.do?invalidatePageControlCounter=2&idsFilhosAlgas=%5B2%5D&idsFilhosFungos=%5B1%2C10%2
C11%5D&lingua=&grupo=5&familia=null&genero=&especie=&autor=&nomeVernaculo=&nomeComple
to=rubiaceae&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&ende
mismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=32767&d
omFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VA
R&opcoesBusca=TODOS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=consulta-p
ublica
Distribuição geográfica da
família no Brasil

● A Rubiaceae é encontrada não só em todos os


biomas, mas também em todos os estados da
federação.
● Além disso, esse exemplar está situado até em
ilhas oceânicas, sendo estas: Fernando de
Noronha e Trindade.
Fonte:
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaCo
nsultar.do?invalidatePageControlCounter=2&idsFilhosAlgas=%5B2%5D&idsFilhosFungos=%5B1%2
C10%2C11%5D&lingua=&grupo=5&familia=null&genero=&especie=&autor=&nomeVernaculo=&nom
eCompleto=rubiaceae&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCO
RRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=
Fonta da image: https://www.subpng.com/png-06ko9m/
32767&domFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUB
ESP_VAR&opcoesBusca=TODOS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=c
onsulta-publica
ESPÉCIES AMEAÇADAS

● Há 55 espécies que se encontram ameaçadas,


sendo que, esse nível de ameaça vai desde
criticamente em perigo, em perigo e vulnerável.
● Dentre as espécies ameaçadas temos:Borreria
paulista, Galianthe Souzae e Rudgea
parvifolia.
● Fatores que proporcionam ameaças a essas
espécies: devido a redução da sua área de
Fonte:Plantas pequenas do cerrado : biodiversidade
ocupação e conversão das terras para negligenciada/Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
infraestrutura urbana e turística. ; Autores Giselda Durigan ... [et al.] ; Revisão de texto Marlene
Durigan ; Projeto Gráfico Vera Severo ; Fotos João B. Baitello ... [et
al.] – 1.ed. – São Paulo : SMA, 2018

Fonte: http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/listavermelha/RUBIACEAE
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

O Brasil é o maior produtor Os compostos químicos


mundial de café. Dois tipos das espécies do gênero
principais: arábica (Coffea arabica) Chinona tem grande
e robusta ou conilon (Coffea importância na indústria Fonte: POLLITO, Percy
Amilcar Zevallos;
canephora). farmacêutica e TOMAZELLO FILHO,
Mário. Cinchona
Fonte: encurtador.com.br/yFJPU agroalimentar. amazonica
Standl:(Rubiaceae) no
estado do Acre, Brasil.
Boletim do Museu
Paraense Emílio Goeldi
Ciências Naturais, v. 1,
n. 1, p. 9-18, 2006.

Fonte da imagem:
https://br.freepik.com/fotos-pr
emium/graos-de-cafe-cereja- Fonte da imagem:
no-galho-da-planta-de-cafe_2 https://www.britannica.com/
150724.htm plant/Cinchona
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

As raízes de Psychotria Do jenipapeiro (Genipa


ipecacuanha, conhecida americana) pode se aproveitar
como Ipeca, possuem tanto os frutos quanto a Fonte: PACHECO, Paula
propriedades madeira.
et al. Composição
centesimal, compostos
expectorantes, eméticas bioativos e parâmetros
físico-químicos do
e amebicidas. Fonte:
http://g1.globo.com/eco
jenipapo (Genipa
americana L.) in natura.
nomia/agronegocios/noti Demetra: alimentação,
cia/2013/06/raiz-de-ipec nutrição & saúde, v. 9,
a-tem-alto-valor-devido-s n. 4, p. 1041-1054,
uas-propriedades-medici 2014.
nais.html

Fonte da imagem:
Fonte da imagem: https://www.plantaserai
https://www.ppmac.org/co zes.com.br/jenipapo/
ntent/ipeca
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA FAMÍLIA NO
PLANETA
Relative species richness of Rubiaceae at TDWG Level 3 regions rescaled by the size of that region using a
power-law species area relationship and standardized to 10,000 km 2 .

Fonte da imagem: Aaron P. Davis, Rafaël


Govaerts, Diane M. Bridson, Markus
Ruhsam, Justin Moat, and Neil A. Brummitt
"A Global Assessment of Distribution,
Diversity, Endemism, and Taxonomic Effort
in the Rubiaceae," Annals of the Missouri
Botanical Garden 96(1), 68-78, (23 March
2009)
POSICIONAMENTO NA CLASSIFICAÇÃO DAS
ANGIOSPERMAS, CONSIDERANDO
LINHAGENS

Domínio: Plantae
↳Divisão: Magnolyophyta
↳Classe: Magnoliopsida
↳Ordem: Gentianales
↳Família: Rubiaceae

A família Rubiaceae se divide


em três subfamílias: Rubiaceae
se
Rubioideae, Cinchonoideae and encontra
Ixoroideae. aqui
Fonte da imagem:
http://www.mobot.org/MOBOT/r
esearch/APweb/
Foi descrita primeiramente por
INFORMAÇÕES Antoine Laurent de Jussieu em 1789
e é a quarta maior família de
RELEVANTES angiospermas em número de
espécies no mundo
SOBRE A FAMÍLIA
RUBIACEAE Tem seu nome derivado do gênero
Rubia L., do latim rubium, por
conta de sua tinta vermelha que
era utilizada para tingir tecidos

CEAP Design. Ceapdesign.com.br. Disponível em: Interesse econômico representado,


https://www.ceapdesign.com.br/familias_botanicas/rubiaceae.html.
Acesso em: 30 Nov. 2020.
principalmente, pela espécie Coffea
arábica (café), e interesse
PEREIRA, Giovana Faneco. A família Rubiaceae juss. na
vegetação ripária de um trecho do alto rio Paraná, Brasil, com ornamental.
ênfase na tribo Spermacoceae. 2007. Dissertação de Mestrado.
Universidade Estadual de Maringá.

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