TCC Maria Isabel e Laura

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – UNICEUB

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE – FACES


CURSO DE FISIOTERAPIA

PROPORÇÃO DE SINTOMAS OSTEOMUSCULARES EM OPERADORES DE


CAIXA DE SUPERMERCADOS DO DISTRITO FEDERAL

LAURA ALVES CERQUEIRA DE FRANÇA


MARIA ISABEL MEDEIROS DE MORAIS AGUIAR

BRASÍLIA
2010
LAURA ALVES CERQUEIRA DE FRANÇA
MARIA ISABEL MEDEIROS DE MORAIS AGUIAR

PROPORÇÃO DE SINTOMAS OSTEOMUSCULARES EM OPERADORES DE


CAIXA DE SUPERMERCADOS DO DISTRITO FEDERAL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito parcial para
conclusão do curso de fisioterapia no
Centro Universitário de Brasília -
UniCEUB.
Orientadora: Prof. Msc. Mara Cláudia
Ribeiro.

BRASÍLIA
2010
1

RESUMO

Com o avanço tecnológico, algumas categorias profissionais tornaram-se

mais expostas a lesões relacionadas ao trabalho, dada a maior exigência por ritmos e

cadências. O objetivo deste estudo foi levantar e discutir os sintomas osteomusculares

apresentados por operadores de caixas de supermercados do Distrito Federal.

Participaram do trabalho 72 operadores de caixa de 11 supermercados, os quais

responderam o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. Todas as pessoas

entrevistadas eram do sexo feminino. A região dos punhos, mãos e dedos foi a mais

acometida pela dor e também a responsável pela maior parte de impedimentos no

trabalho em virtude de sintomas osteomusculares. Os resultados sugerem que a

atividade de operadores de caixa de supermercados é de alto risco para o

desenvolvimento de LER/DORT. A partir dos resultados deste trabalho, novos estudos

poderão ser realizados para investigar os possíveis fatores associados ao aparecimento

desses sintomas, com a finalidade de contribuir para a melhoria das condições de

trabalho destes trabalhadores.

Palavras-chave: sintomas osteomusculares, operadores de caixa de supermercados,

DORT.
2

ABSTRACT

With technological advances, some professional groups have become more

exposed to injuries related to work, given the increased demand for the rhythms and

cadences. This study aimed to identify and discuss the musculoskeletal symptoms

presented by operators of supermarket cashiers of the Federal District. Subjects were 72

cashiers, 11 supermarkets. They answered the questionnaire Nordic Musculoskeletal

Disorders. All respondents were female. The region of the wrists, hands and fingers

were the most affected by pain and also responsible for most of impediments at work

because of musculoskeletal symptoms. The results suggest that the activity of the

cashiers of supermarkets is at high risk to CTD/WRMD development. With results of

this work, new studies could be conducted to investigate the possible factors associated

with the onset of symptoms, with the aim of contributing to the improvement of

working conditions of supermarket cashiers.

Keywords: musculoskeletal symptoms, supermarket cashiers, WRMD.


3

INTRODUÇÃO

A problemática da saúde do trabalhador, no Brasil, emergiu a partir da

década de 80, buscando a compreensão das relações entre trabalho e saúde-doença, que

refletem a atenção à saúde prestada, exercício de uma abordagem multidisciplinar e

intersetorial. Nesse contexto, destacam-se a participação dos trabalhadores, junto com

os sindicatos e suas reivindicações, a questão das epidemias de doenças clássicas

(intoxicação por chumbo, mercúrio, benzeno e silicose) e as designadas “novas doenças

relacionadas ao trabalho”, como as lesões por esforços repetitivos (LER) ou os

distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT).1

Há vários sintomas osteomusculares identificados nas mais diversas

categorias profissionais. Dentre as definições, os Ministérios da Saúde e da Previdência

Social definem LER/DORT como “uma síndrome clínica caracterizada por dor crônica,

acompanhada ou não de alterações objetivas, que se manifestam principalmente no

pescoço, cintura escapular e/ou membros superiores em decorrência do trabalho,

podendo afetar tendões, músculos e nervos periféricos”.2

Segundo o Ministério da Saúde, as LER/DORT representam o principal

grupo de agravos à saúde do trabalhador, podendo acometer todas as faixas etárias e

categorias profissionais. Essas afecções são consideradas a segunda causa de

afastamento do trabalho, podendo gerar incapacidade e sofrimento.2

Têm sido extensamente discutidos os fatores que podem promover ou

agravar essas disfunções e lesões. Há controvérsia sobre esses fatores, mas Gil Coury

(1998) os classifica em quatro grandes grupos: fatores individuais, que incluem idade,

sexo, hereditariedade, disfunções da tireóide, dos rins, alcoolismo, gravidez, fatores

hormonais, disfunções ginecológicas, doenças crônicas como artrite, diabetes e prática

de esportes; fatores psicossociais, incluindo satisfação no trabalho, personalidade, clima


4

da empresa, autonomia, expectativas individuais, dentre outros; fatores físicos e

biomecânicos, incluindo posturas, uso de força, repetição, ferramentas e equipamentos,

layout do ambiente etc; e fatores organizacionais, envolvendo pausas, ritmo,

sazonalidade da produção, forma da produção, dentre outros.3

O impacto direto e indireto dessas lesões, em termos de afastamentos,

assistência à saúde e sofrimento pessoal, é incalculável. A maior dificuldade é a

reabilitação física e funcional dos indivíduos sintomáticos em estágios mais avançados,

em que a lesão pode evoluir. Oliveira (1991) classifica essa evolução em quatro

estágios, de acordo com características dos sintomas, como intensidade, frequência,

irradiação, reação ao repouso, palpação e prognóstico, dentre outros.3

Conforme matéria veiculada na edição 32/2009 do clipping de notícias do

Portal do Ministério da Saúde, as LER/DORT atingem o trabalhador no auge de sua

produtividade e experiência profissional, sendo que a maior incidência ocorre na faixa

etária entre 30 e 40 anos. A mesma matéria destaca que as categorias profissionais que

encabeçam as estatísticas são bancários, digitadores, operadores de linha de montagem e

operadores de telemarketing.4

Devido à maior prevalência de LER/DORT, algumas categorias, como

digitadores e bancários, são frequentemente estudadas. No entanto, um segmento em

que não há tantos trabalhos a respeito é o de operadores de caixa de supermercados.

Estes efetuam intensos trabalhos manuais, como operar máquinas registradoras,

balanças, leitores de código de barra além de efetuarem operações de abertura e

fechamento de caixa. Essas atividades sugerem exposição ao risco de lesões nos

membros superiores, de maneira semelhante ao que ocorre com bancários e digitadores.

Desse modo, com o intuito de aprofundar a análise sobre riscos de lesão

provocados pelo exercício profissional, o presente estudo pretendeu levantar e discutir os


5

sintomas osteomusculares apresentados por operadores de caixas de supermercados do

Distrito Federal.
6

METODOLOGIA

Foi realizado estudo transversal descritivo com 163 operadores de caixas de

supermercados do Distrito Federal, no período de agosto a novembro de 2010. O projeto

de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de

Brasília, sob o número de CAAE 0117.0.303.000-10 (ANEXO 1).

A pesquisa foi realizada em 11 supermercados de Brasília-DF, escolhidos

por conveniência, e a amostra foi selecionada considerando, como critérios de inclusão,

presença dos funcionários no momento da coleta e assinatura do termo de

consentimento em participar do estudo. Foram utilizados como critério de exclusão

tempo mínimo de admissão e afastamento por licença médica. Assim, foram retirados

do estudo 90 questionários de operadores com menos de um ano e 1 questionário que

não registrava marcação em nenhum campo consultado. Com relação aos afastamentos

médicos, no termo de consentimento, o operador declarou que, nos últimos 6 meses, não

gozou de licença por mais de 15 dias ininterruptos, independentemente do motivo.

A coleta de dados foi realizada pelas próprias pesquisadoras, por meio de

visitas aos supermercados e aplicação de questionários, durante a jornada de trabalho

dos funcionários, nos períodos vespertino e noturno.

Todos os operadores de caixa foram convidados a participar da pesquisa e

os que concordaram assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO

2), em duas vias: uma entregue ao participante e outra para as pesquisadoras. Foi

devidamente esclarecida a não-obrigatoriedade da participação e a garantia do sigilo das

informações. As participantes responderam a ficha de avaliação, que continha os dados

pessoais e dados de trabalho, e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares

(QNSO), versão brasileira traduzida e validada por Pinheiro, Tróccoli e Carvalho, do

Nordic muscoloskeletal symptoms (NMQ - ANEXO 3). O QNSO serve para identificar
7

a prevalência de sintomas osteomusculares sendo composto de 3 questões que avaliam a

presença de: dor, desconforto ou dormência em 9 regiões corporais: Pescoço/região

cervical, Ombros, Braços, Cotovelos, Antebraços, Punhos/Mãos/Dedos, Região dorsal,

Região lombar, Quadril/Membros inferiores. A primeira questão refere-se à presença

dos sintomas nos últimos 12 meses, a segunda nos últimos 7 dias, e a terceira se o

funcionário foi impedido de realizar suas atividades nos últimos 12 meses. Todas as

questões devem ser respondidas relacionando a área corporal afetada.

As informações foram tratadas no aplicativo Statistical Package for the

Social Sciences – SPSS 15.0 for Windows, e os gráficos gerados no programa Excel

(Microsoft Office 2003), no qual foi realizada a estatística descritiva, com cálculo de

média, desvio padrão e porcentagens.


8

RESULTADOS

Foram entrevistadas 163 pessoas, sendo que destes, 73 operadores se

encontravam há mais de um ano na função, e a amostra final foi composta por 72

participantes, pois uma pessoa não registrou dor nas regiões consultadas. Todas as

pessoas que compuseram a amostra final eram do sexo feminino. As características da

amostra estão identificadas na Tabela 1.

Tabela 1 – Características dos entrevistados com mais de 1 ano de trabalho


Trabalho Carga Horária
Características Idade (anos)
(meses) (horas)
Média e Desvio padrão 26,5 ± 5,7 32,3 ± 23,8 6,8 ± 0,94

Mínimo 18 12 4

Máximo 44 120 9

Na análise geral dos dados nos últimos 12 meses, a maior incidência de

sintomas osteomusculares foi na região punhos, mãos e dedos, seguida da região lombar

e dos braços. Já no quesito de maior gravidade, “Sempre”, destacou-se a região dos

punhos, mãos e dedos, seguida da região dorsal e dos braços. As regiões em que houve

menor manifestação de dor foram os cotovelos e os antebraços, como ilustrado na

Tabela 2.

Tabela 2 – Manifestação de dor nos últimos 12 meses de trabalho (em %)


Região Sem dor (1)+(2)+(3) Rara (1) Frequente (2) Sempre (3)
Pescoço/Cervical 22,2 77,8 25,0 36,1 16,7
Ombro 20,8 79,2 22,2 41,7 15,3
Braços 19,4 80,6 20,8 36,1 23,6
Cotovelos 58,3 41,7 22,2 16,7 2,8
Antebraços 40,3 59,7 16,7 25,0 18,1
Punhos/Mãos/Dedos 11,1 88,9 22,2 31,9 34,7
Região Dorsal 22,2 77,8 22,2 31,9 23,6
Região Lombar 18,1 81,9 29,2 33,3 19,4
Quadril/MMII 30,6 69,4 26,4 25,0 18,1
9

Com relação à análise nos últimos 7 dias, a maior incidência de sintomas

osteomusculares também foi na região dos punhos, mãos e dedos, seguida do região

pescoço/cervical e, em terceiro, as regiões dorsal e lombar com o mesmo porcentual. No

quesito de maior gravidade, destacaram-se a região dos punhos, mãos e dedos, braços e

região lombar, respectivamente. Nesta parte do questionário, as regiões com menor

prevalência de dor também foram cotovelos e antebraços. Os resultados estão ilustrados

na Tabela 3.

Tabela 3 – Manifestação de dor nos últimos 7 dias de trabalho (em %)


Região Sem dor (1)+(2)+(3) Rara (1) Frequente (2) Sempre (3)
Pescoço/Cervical 23,6 76,4 23,6 37,5 15,3
Ombro 29,2 70,8 19,4 38,9 12,5
Braços 27,8 72,2 26,4 19,4 26,4
Cotovelos 55,6 44,4 30,6 12,5 1,4
Antebraços 31,9 68,1 27,8 27,8 12,5
Punhos/Mãos/Dedos 20,8 79,2 15,3 33,3 30,6
Região Dorsal 25,0 75,0 22,2 31,9 20,8
Região Lombar 25,0 75,0 23,6 27,8 23,6
Quadril/MMII 30,6 69,4 23,6 26,4 19,4

A região que mais provocou afastamentos aos entrevistados, nos últimos 12

meses, foi a dos punhos, mãos e dedos, seguida dos braços e da região lombar, como

demonstrado no Gráfico 1.
10

Gráfico 1 - Afastamento das atividades nos últimos 12 meses (em %)

100,0%

90,0%

80,0%

70,0%
Frequência

60,0%
Sim
50,0%
Não
40,0%
32,9%
30,1%
30,0% 26,0%
19,2% 20,5%
20,0% 17,8% 17,8%
13,7%

10,0% 4,1%

0,0%

II
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11

DISCUSSÃO

O estudo buscou compreender a relação entre as atividades desempenhadas

pelo operador de caixa e a frequência e intensidade das manifestações de dor,

provocadas pelo exercício profissional. Das 73 pessoas entrevistadas com mais de um

ano de vínculo empregatício, 72, ou seja, 98,7% da amostra relataram sintomas nas

regiões consultadas, o que demonstra que a dor em regiões osteomusculares é uma

característica que acompanha o profissional operador de caixa. Esse resultado tem

estreita relação com os movimentos repetitivos que a atividade exige, pois o risco de

sintomas musculoesqueléticos é mais elevado quanto maior for o número de

movimentos corpóreos realizados (Sjogaard e Jensen, 1985).5 A exposição por tempo

prolongado e a fadiga podem levar à tensão muscular e ao surgimento de LER/DORT

(Smith, 1996).5

No Brasil, as LER/DORT são a segunda causa de afastamentos do trabalho

(Ribeiro, 1997).5 Nas últimas décadas houve uma maior intensificação do trabalho,

implicando em sobrecarga de tendões, músculos e articulações dos trabalhadores

(Assunção e Rocha, 2003).5 O avanço tecnológico verificado no período parece não

acarretar mudanças no sentido de aliviar a carga de trabalho imposta aos trabalhadores.

Ao contrário, tal avanço, por vezes, limita o trabalhador ao determinar maior exigência

de ritmos e cadências, retirando-lhe autonomia e provocando a expansão das

LER/DORT (Merlo e col., 2003).5 No caso dos operadores de caixa, o avanço

tecnológico trouxe equipamentos automatizados, como a esteira rolante do balcão e o

leitor óptico, que reduziu o movimento de digitação. No entanto, esses profissionais

trabalham num ritmo acelerado, pois o atendimento ao cliente deve ser feito com a

máxima velocidade, elevando os níveis de estresse e reduzindo o tempo para

recuperação musculoesquelética entre os atendimentos.


12

Com relação às regiões anatômicas onde predominam os sintomas

osteomusculares, o presente estudo constatou o predomínio de queixas na região dos

punhos, mãos e dedos, tanto no período de doze meses quanto nos sete últimos dias.

Aproximadamente 9 em cada 10 participantes manifestaram dores raras, frequentes ou

constantes nessa região nos últimos 12 meses. Esse resultado teve pequena redução na

análise dos últimos 7 dias, em que cerca de 8 em cada 10 operadores referiu dores na

região.

Foi também na região dos punhos, mãos e dedos que foram registrados os

maiores percentuais de dores constantes (sempre) nos dois questionários. De certa

forma, esse resultado era esperado uma vez que a função de operador de caixa de

supermercados caracteriza-se pelo esforço repetitivo para pegar as mercadorias, passá-

las no leitor óptico, e digitar códigos e valores de produtos.

O resultado deste trabalho está em linha com autores que descrevem as

LER/DORT como doenças com sintomatologia predominante em membros superiores.

Segundo Picoloto e Silveira¹, as dores nos membros superiores ocorrem quando se

trabalha muito tempo sem apoio; isso acontece principalmente com o uso de

ferramentas manuais, agravando-se quando há aplicação de forças ou se realizam

movimentos repetitivos com as mãos, de forma similar ao que ocorre com os

operadores de caixa, podendo surgir lesões do sistema osteomuscular, como as

LER/DORT. Inclusive, a Instrução Normativa INSS/DC Nº 98, de 05 de dezembro de

2003, define LER/DORT como síndrome relacionada ao trabalho, caracterizada pela

ocorrência de vários sintomas concomitantes ou não, tais como: dor, parestesia,

sensação de peso, fadiga, de aparecimento insidioso, geralmente nos membros

superiores, mas podendo acometer membros inferiores.


13

Analisando as regiões anatômicas mais comprometidas neste estudo, a

segunda maior prevalência está concentrada na coluna vertebral (cervical, dorsal e

lombar). Na avaliação dos últimos 12 meses, essas regiões estão entre as 6 com maior

acometimento de dor. Já na análise dos sintomas verificados nos últimos 7 dias, as

regiões cervical, dorsal e lombar estão como a segunda, terceira e quarta regiões com

mais manifestações de dor.

Esses achados sugerem relevante impacto da postura nos sintomas

osteomusculares. São causas importantes do aumento das lesões osteomusculares o

posicionamento estático do corpo, posturas inadequadas, concentração de movimento e

a utilização generalizada do computador (Melhorn, 1999; Cromie e col., 2000).5 Uma

postura prolongada pode ocasionar sobrecarga estática sobre as fibras musculares,

consequentemente causando dor e desconforto. Muitas vezes, essas estruturas estão

associadas às condições do local de trabalho favorecendo o surgimento de sintomas

musculares (Sato, 2001).5

Batiz, Santos e Licea7, em seu estudo sobre a postura dos operadores de

checkout de supermercados, afirmam que é preciso trabalhar para que os operadores de

caixa tenham maior facilidade para realizar a alternância de posturas quando realmente

seu corpo necessite, já que existe uma relação muito estreita entre os efeitos da postura

e o tempo que ela será mantida, portanto, quanto maior o tempo que o operador

permanecer em uma mesma postura, maior será a possibilidade de ser afetado pelos

efeitos nocivos desta. Constataram ainda que em muitas ocasiões são realizadas

modificações no posto de trabalho sem considerar os princípios fundamentais da

Ergonomia. Para eles, o design do posto e, em alguns casos, a falta de equipamento

como esteiras fazem com que o operador tenha de realizar inclinação ou rotações do

tronco para poder manipular a mercadoria, levantar-se da cadeira ou fazer movimentos


14

rotacionais, flexão e extensão com o tronco, que, associados aos movimentos

repetitivos com os membros superiores, são extremamente prejudiciais à saúde.

Durante a coleta dos questionários, por vezes, esses movimentos prejudiciais à saúde

foram verificados nos operadores de caixa, tanto pela ausência de esteira, que exigia

esforço adicional para apanhar os produtos, quanto pela atribuição de empacotar as

mercadorias. Tais movimentos impedem que a região dorsal mantenha-se em repouso,

elevando os riscos de lesão.

Os resultados referentes aos impedimentos de suas atividades em virtude

dos sintomas osteomusculares estão de acordo com os principais índices de

manifestação de dor nos últimos 12 meses e nos últimos 7 dias. A principal causa de

afastamento foram dores na região de punhos, mãos e dedos, seguida de braços e da

região lombar. Na região com mais dor, 1 em cada 3 operadores ficou impedido de

exercer a atividade no último ano. Esse percentual tende a ser maior se considerada a

possibilidade de uma pessoa ter sofrido com mais de um afastamento ao longo deste

período devido a dores em regiões distintas. Essa constatação demonstra a importância

de investimentos em ações preventivas, visando o bem estar dos funcionários, mas

também do ponto de vista econômico, uma vez que essas ausências acarretam ônus para

os empregadores.

Em virtude da alta rotatividade no setor, o número da amostra foi reduzido.

Mais da metade dos entrevistados possuía menos de 1 ano de atividade, porém o

Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares exige que o funcionário tenha mais

de um ano de função para ser respondido e, por essa razão, estes trabalhadores foram

excluídos deste estudo. Mesmo com a redução da amostra, os altos índices de dor

verificados são relevantes para conhecimento das patologias a que estão sujeitos os

operadores de caixa de supermercados.


15

A manifestação frequente de dor e o número de licenças provocadas por

sintomas osteomusculares permitem considerar que a atividade estudada é de alto risco

para o desenvolvimento de LER/DORT, como já apresentado em estudos na Europa e

nos Estados Unidos (Shinnar e col, 2004; Baron e col,1991; Ryan, 1989)6.

Tais resultados confirmam a necessidade de novas pesquisas, sobretudo para

relacionar esses dados com os fatores que a literatura aponta como mitigadores dos

sintomas de dor, como a investigação das atividades desempenhadas fora do ambiente

de trabalho, a busca por melhor ergonomia nas estações de trabalho e a necessidade de

pausas e de ginástica laboral para recuperação do sistema musculoesquelético.


16

CONCLUSÃO

O presente estudo demonstrou que a função de operadores de caixa de

supermercados é altamente exposta aos riscos de LER/DORT, tendo em vista as

elevadas queixas de sintomas de dor e as ocorrências de afastamento do trabalho

verificadas nos últimos 12 meses. Esses sintomas foram registrados, principalmente, na

região dos punhos, dedos e mãos, possivelmente, em vitude dos movimentos repetitivos

que a atividade exige. Além disso, as regiões que compõem a coluna vertebral também

foram bastante acometidas, o que sugere o relevante impacto da postura nos sintomas

osteomusculares.
17

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a nossa orientadora Prof.

Msc. Mara Cláudia Ribeiro, pela

dedicação, disponibilidade, empenho

e competência. Somos gratas aos

operadores de caixa dos

supermercados, pela colaboração,

e aos gerentes, por permitirem a

realização da pesquisa. Nossos

agradecimentos também às

professoras Flávia Ladeira e Renata

Rebouças, pela aceitação em fazer

parte da nossa banca avaliadora.


18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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associados em trabalhadores de uma indústria metalúrgica de Canoas-RS. Ciência

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e notificação das LER/DORT – Viana A. [Internet]. Ministério da Saúde. 2009 –

[Acessado em 18/05/2010]. Disponível em:

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/clipping_sat_090810.pdf

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checkout de supermercados: uma necessidade constante de análises. Produção 2009

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Sintomas Osteomusculares como medida de morbidade. Rev. Saúde Pública 2002


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bancários de Pelotas e região: prevalência e fatores associados. Rev. Brasileira de

Epidemiologia 2005 setembro

12. Cardoso JP, Ribeiro IQB, Araújo TM, Carvalho FM, Reis EJFB. Prevalência de dor

musculoesquelética em professores. Rev. Brasileira de Epidemiologia 2009

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13. Augusto VG, Sampaio RF, Tirado MGA, Mancini MC, Parreira VF. Um olhar

sobre as LER/DORT no contexto clínico do fisioterapeuta. Rev. Brasileira de

Fisioterapia 2008 janeiro-fevereiro

14. Maciel ACC, Fernandes MB, Medeiros LS. Prevalência e fatores associados à

sintomatologia dolorosa entre profissionais da indústria têxtil. Rev. Brasileira de

Epidemiologia 2006 março

15. Carvalho AJFP, Alexandre NMC. Sintomas osteomusculares em professores do

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16. Navarro VL. O trabalho e a saúde do trabalhador na indústria de calçados. São

Paulo em Perspectiva 2003 abril-junho

17. Martarello NA, Benatti MCC. Qualidade de vida e sintomas osteomusculares em

trabalhadores de higiene e limpeza hospitalar. Rev. da Escola de Enfermagem da

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20

18. Filho GIR, Michels G, Sell I. Lesões por esforços repetitivos/distúrbios

osteomusculares relacionados ao trabalho. Rev. Brasileira de Epidemiologia 2006

setembro

19. Murofuse NT, Marziale MHP. Doenças do sistema osteomuscular em trabalhadores

de enfermagem. Rev. Latino-Americana de Enfermagem 2005 maio-junho

20. Instrução Normativa INSS/DC Nº 98, de 05 de dezembro de 2003 – DOU de

10/12/2003 - Aprova Norma Técnica sobre Lesões por Esforços Repetitivos-LER

ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho–DORT


21

ANEXO 2

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu, ______________________________________________________, DECLARO


que estou ciente do projeto de pesquisa intitulado “PROPORÇÃO DE SINTOMAS
OSTEOMUSCULARES EM OPERADORES DE CAIXAS DE SUPERMERCADOS
DO DISTRITO FEDERAL E FATORES ASSOCIADOS”, DECLARO AINDA que há
mais de 1 ano trabalho na mesma empresa e que, nos últimos 6 meses, não obtive
licença médica por mais de 15 dias seguidos.

E fui devidamente informado(a) que:

- Trata-se de um procedimento de pesquisa mediante a aplicação de questionários onde


não haverá danos físicos, sendo mantido o sigilo em relação à identificação dos
participantes.
- Os beneficios coletivos serão a publicação do artigo para fins de pesquisa acadêmica e
profisional na área de ciências da saúde.
- O objetivo principal é avaliar a proporção de sintomas ostemusculares em caixas de
supermercados.
- A justificativa desse trabalho baseia-se na demonstração de que os trabalhadores estão
mais propensos a terem distúrbios osteomusculares devido a diversos fatores
relacionados ao seu trabalho e que influenciam na vida como um todo do trabalhador,
afetando sua qualidade de vida.
- Posso ou não aceitar a minha participação nesse estudo e a qualquer momento poderei
requerer o direito de sair da pesquisa.
- Os resultados poderão ser utilizados para publicação cientifica.
- Serão registrados os aspectos éticos envolvidos na abordagem da proposta, baseando-
se no respeito a dignidade, sigilo e integridade de cada participante.
- A pesquisa será realizada pelas estudantes Laura Alves Cerqueira de França, telefone
61 9604-7676, e Maria Isabel Medeiros de Morais Aguiar, telefone 61 8185-4444,
ambas cursando o décimo semestre de fisioterapia no UniCEUB – Centro Universitário
de Brasilia, na Faculdade de Ciências da Educação e Saúde – FACES.
22

- Esta pesquisa tem como orientadora a Professora Mara Cláudia Ribeiro, telefone: 61
8489-0563, fisioterapeuta que faz parte do corpo docente do UniCEUB, na FACES.
- Terei acesso a esclarecimento sobre a pesquisa durante e após o seu encerramento,
sempre que houver interesse ou assim desejar.
- O projeto foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa do UniCEUB.
- Este termo será feito em duas vias: uma ficará em posse do pesquisador e outra do
participante.

Comitê de ética em pesquisa – CEP/UniCEUB


SEPN 707/907 – Campus do UniCEUB, Bloco IX, Asa Norte - Brasília – DF
CEP 70790-075, Telefone (061) 3340-1288
WWW.UNICEUB.BR – [email protected]

Assinatura do participante: ______________________________________________

Brasília, ______de _______________________de 2010.

__________________________________
Profª Mara Cláudia Ribeiro
(orientadora do estudo)

__________________________________ __________________________________
Laura Alves C. de França Maria Isabel M. de M. Aguiar
(pesquisadora do estudo) (pesquisadora do estudo)
23

ANEXO 3

Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares - QNSO


Nome:
Idade: Sexo:
Naturalidade: Estado:
Profissão: Nasc:

Com base na figura humana ilustrada abaixo, você deverá registrar a frequência
em que tem sentido dor, dormência, formigamento ou desconforto nas regiões
numeradas do desenho do corpo.

Suas opções de resposta são as exibidas na escala a seguir:


Não 0 Raramente 1 Com frequência 2 Sempre 3

Exemplo:
Considerando os últimos 12 meses, você tem tido algum problema (tal como dor,
desconforto ou dormência) nas seguintes regiões:
Se você tem sentido dores no pescoço com frequência, você deverá assinalar o número
2, como no exemplo:

1. Pescoço/Região cervical? 0 1 2 3
24

QUESTIONÁRIO:
1) Considerando os últimos 12 meses, você tem tido algum problema (tal como dor,
desconforto ou dormência) nas seguintes regiões:

Região do Corpo 1 2 3 4
1. Pescoço/Região cervical?
2. Ombros?
3. Braços?
4. Cotovelos?
5. Antebraços?
6. Punhos/Mãos/Dedos?
7. Região dorsal?
8. Região lombar?
9. Quadril/Membros inferiores?

2) Considerando os últimos 7 dias, você tem tido algum problema (tal como dor,
desconforto ou dormência) nas seguintes regiões:

Região do Corpo 1 2 3 4
1. Pescoço/Região cervical?
2. Ombros?
3. Braços?
4. Cotovelos?
5. Antebraços?
6. Punhos/Mãos/Dedos?
7. Região dorsal?
8. Região lombar?
9. Quadril/Membros inferiores?

3) Durante os últimos 12 meses, você foi impedido de realizar suas atividades


(trabalho, esportes, trabalho em casa...) por causa do seu problema?
Região do corpo SIM NÃO
1. Pescoço/Região cervical?
2. Ombros?
3. Braços?
4. Cotovelos?
5. Antebraços?
6. Punhos/Mãos/Dedos?
7. Região dorsal?
8. Região lombar?
9. Quadril/Membros inferiores?
25

ANEXO 4
REVISTA BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA
ISSN 1413-3555
NORMAS EDITORIAIS MAIO 2007
OBJETIVOS, ESCOPO E POLÍTICA
A Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy publica relatos originais de
pesquisa concernentes ao objeto principal de estudo da Fisioterapia e ao seu campo de atuação profissional,
veiculando estudos básicos sobre a motricidade humana e investigações clínicas sobre a prevenção, o tratamento e a
reabilitação das disfunções do movimento. Será dada preferência de publicação àqueles manuscritos originais que
contribuam significativamente para o desenvolvimento conceitual dos objetos de estudo da Fisioterapia ou que
desenvolvam procedimentos experimentais novos.
Os artigos submetidos à Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy devem
preferencialmente enquadrarse na categoria de artigos científicos (novas informações com materiais e métodos e
resultados sistematicamente relatados).
Artigos de Revisão (síntese atualizada de assuntos bem estabelecidos, com análise crítica da literatura
consultada e conclusões) são publicados apenas a convite dos editores; Artigos de revisão passiva submetidos
espontaneamente não serão aceitos;
Artigos de Revisão Sistemática e Metanálises, Artigos Metodológicos apresentando aspectos
metodológicos de pesquisa ou de ensino e Estudos de Caso (apresentando condições patológicas ou
métodos/procedimentos incomuns que dificultem a execução de um estudo científico) são publicados num percentual
de até 20% do total de manuscritos.
A Revista publica ainda uma Seção Editorial, Resenhas de Livros (por solicitação dos editores) e,
eventualmente, Agenda de Eventos Científicos Próximos e Cartas ao Editor (de críticas às matérias publicadas – com
réplica dos autores – referentes a assuntos gerais da Fisioterapia, publicadas a critério dos editores).
A Revista publica resumos de eventos como Suplemento, após submissão e aprovação de proposta ao
Conselho Editorial. A submissão de proposta será anual e realizada por edital, atendendo às “Normas para publicação
de suplementos” que podem ser obtidas no site da Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical
Therapy (http://www.ufscar.br/rbfisio).
Os artigos submetidos são analisados pelos editores e pelos revisores das áreas de conhecimento, que estão
assim divididas: Fundamentos e História da Fisioterapia; Anatomia, Fisiologia, Cinesiologia e Biomecânica;
Controle Motor, Comportamento e Motricidade; Recursos Terapêuticos Físicos e Naturais; Recursos Terapêuticos
Manuais; Cinesioterapia; Prevenção em Fisioterapia/Ergonomia; Fisioterapia nas Condições Musculoesqueléticas;
Fisioterapia nas Condições Neurológicas; Fisioterapia nas Condições Cardiovasculares e Respiratórias;
Fisioterapia nas Condições Uroginecológicas e Obstétricas; Ensino em Fisioterapia; Administração, Ética e
Deontologia; Registro/Análise do Movimento; Fisioterapia nas Condições Geriátricas e Medidas em Fisioterapia.
Cada artigo é analisado por pelo menos três revisores, os quais trabalham de maneira independente e fazem
parte da comunidade acadêmico-científica, sendo especialistas em suas respectivas áreas de conhecimento. Os
revisores permanecerão anônimos aos autores, assim como os autores não serão identificados pelos revisores, por
recomendação expressa dos editores.
Os editores coordenam as informações entre os autores e os revisores, cabendo-lhe a decisão final sobre
quais artigos serão publicados, com base nas recomendações feitas pelos revisores. Quando aceitos para publicação,
os artigos estarão sujeitos a pequenas correções ou modificações que não alterem o estilo do autor. Quando
recusados, os artigos são acompanhados por justificativa do editor.
A Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy apóia as políticas para registro de ensaios
clínicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) (http://www.who.int/ictrp/en/) e do International Committee of
Medical Journal Editors (ICMJE) (http://www.wame.org/resources/policies#trialreg e
http://www.icmje.org/clin_trialup.htm), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação
internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, somente serão aceitos para
publicação, a partir de 2007, os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um
dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão
disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje.org/faq.pdf.). O número de identificação deverá ser registrado ao
final do resumo.”
ISSN 1809-9246
Rev. bras. fisioter., São Carlos,
v. 11, n. 3, p. 177-243, maio/jun. 2007
26

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

INFORMAÇÕES GERAIS financeiros e benefícios diretos e indiretos) que


possam influenciar os resultados da pesquisa;
A submissão dos manuscritos implica que o trabalho 3) Declaração assinada por todos os autores com o
não tenha sido publicado e não esteja sob número de CPF indicando a responsabilidade do(s)
consideração para publicação em outro periódico. autor(es) pelo conteúdo do manuscrito e transferência
Quando parte do material já tiver sido apresentada em de direitos autorais (copyright) para a Revista
uma comunicação preliminar em Simpósio, Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of
Congresso, etc., deve ser citada como nota de rodapé Physical Therapy, caso o artigo venha a ser aceito
na página de título e uma cópia deve acompanhar a pelos Editores. Os modelos da carta de
submissão do manuscrito. encaminhamento e das declarações encontram-se
disponíveis no site da Revista Brasileira de
Endereço para correspondência: Revista Brasileira Fisioterapia/ Brazilian Journal of Physical Therapy
de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical (http://www.ufscar.br/rbfisio).
Therapy Os manuscritos publicados são de propriedade da
Secretaria Geral Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal
Departamento de Fisioterapia of Physical Therapy e é vedada tanto a reprodução,
Universidade Federal de São Carlos mesmo que parcial em outros periódicos, como a
Rodovia Washington Luís, km 235, Caixa Postal 676 tradução para outro idioma sem a autorização dos
CEP 13565-905, São Carlos, SP, Brasil. Editores. As datas de recebimento e aceite dos artigos
Tel.: +55(16) 3351-8755 serão publicadas. Se o artigo for encaminhado aos
Informamos que a partir de 26 de junho de 2007 autores para revisão e não retornar à Revista dentro
os artigos deverão ser submetidos por via de 6 (seis) semanas, o processo de revisão será
eletrônica através do site: considerado encerrado. Caso o mesmo artigo seja re-
http://www.ufscar.br/rbfisio. encaminhado, um novo processo será iniciado, com
data atualizada. A data do aceite será registrada
FORMA E PREPARAÇÃO DOS quando os autores retornarem o manuscrito, após a
MANUSCRITOS correção final aceito pelos Editores. As provas finais
Os manuscritos devem ser submetidos serão remetidas aos autores somente para correção de
preferencialmente em inglês e devem ser digitados possíveis erros de impressão, não sendo permitidas
em espaço duplo, tamanho 12, fonte Times New quaisquer outras alterações. Manuscritos em prova
Roman com amplas margens (superior e inferior = 3 final não devolvidos em dois dias terão sua
cm, laterais = 2,5 cm), não ultrapassando 21 (vinte e publicação postergada para um próximo número. A
uma) páginas (incluindo referências, figuras, tabelas e versão corrigida, após o aceite dos editores, deve ser
anexos). Estudos de Caso não devem ultrapassar 10 enviada usando o programa Word em qualquer
(dez) páginas digitadas em sua extensão total versão, padrão PC. As figuras, tabelas e anexos
incluindo devem ser colocadas em folhas separadas, no final do
referências, figuras, tabelas e anexos. (Adicionar texto. Após publicação do artigo ou processo de
números de linha no arquivo). revisão encerrado, toda documentação referente ao
Ao submeter um manuscrito para publicação os processo de revisão será incinerada.
autores devem enviar1:
1) Carta de encaminhamento do material, Formato do manuscrito
contendo as seguintes informações: O manuscrito deve ser elaborado na seqüência
a) Nomes completos dos autores e titulação de cada abaixo, com todas as páginas numeradas
um; consecutivamente na margem superior direita, com
b) Tipo e Área principal do artigo2; início na página de título3.
c) Número e nome da Instituição que emitiu o parecer Página de título e Identificação (1ª. página)
do Comitê de Ética para pesquisas em seres humanos A página de identificação deve conter os seguintes
e para os experimentos em animais. Para as pesquisas dados:
em seres humanos incluir também uma declaração a) Título do manuscrito em letras maiúsculas;
que foi obtido o Termo de Consentimento dos b) Autor: nome e sobrenome de cada autor, em letras
pacientes participantes do estudo; maiúsculas sem titulação, seguido por número
d) Número de identificação em um dos Registros de sobrescrito (expoente), identificando a afiliação
Ensaios Clínicos validados pelos critérios institucional/vínculo (Unidade/Instituição/Cidade/
estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços Estado); Para mais que um autor, separar por vírgula;
estão disponíveis no site do ICMJE: c) Nome e endereço completo (incluindo número de
http://www.icmje.org/faq.pdf.). O número de telefone e e-mail do autor para envio de
identificação deverá ser registrado ao final do correspondência). É de responsabilidade do autor
resumo; correspondente manter atualizado o endereço e e-mail
2) Declaração de responsabilidade de conflitos de para contatos.
interesse. ATENÇÃO: A Revista aceita somente a inclusão
Os autores devem declarar a existência ou não de de no máximo 6 (seis) autores em um artigo.
eventuais conflitos de interesse (profissionais, Outras pessoas que contribuíram para o trabalho
podem ser incluídas no item “Agradecimentos”;
27

d) Título para as páginas do artigo: indicar um título foram indicados na Introdução do trabalho. As
curto, para ser usado no cabeçalho das páginas do informações dadas anteriormente no texto (na
artigo (língua portuguesa e inglesa), não excedendo Introdução, Materiais e Métodos e Resultados)
60 caracteres; podem ser citadas, mas não devem ser repetidas em
e) Palavras-chave: uma lista de termos de indexação detalhes na discussão.
ou palavras- chave (máximo seis) deve ser incluída Após a Introdução, Materiais e Métodos, Resultados
(versões em português e inglês). A Revista e Discussão, incluir:
recomenda o uso do DeCS – Descritores em Ciências
da Saúde para consulta aos termos de indexação a) Agradecimentos
(palavras-chave) a serem utilizados no artigo Quando apropriados, os agradecimentos poderão ser
(http://decs.bvs.br/). incluídos, de forma concisa, no final do texto, antes
das Referências Bibliográficas especificando:
Resumo (2ª. página) assistências técnicas, subvenções para a pesquisa e
Para autores brasileiros, o resumo deve ser escrito em bolsa de estudo, e colaboração de pessoas que
língua portuguesa e língua inglesa. Para os demais merecem reconhecimento (aconselhamento e
países, apenas em língua inglesa. Uma exposição assistência). Os autores são responsáveis pela
concisa, que não exceda 250 palavras em um único obtenção da permissão, por escrito, das pessoas cujo
parágrafo digitado em espaço duplo, deve ser escrito nome consta dos Agradecimentos.
em folha separada e colocada logo após a página de
título. O resumo deve ser apresentado em formato b) Referências Bibliográficas
estruturado, incluindo os seguintes itens O número recomendado é de no mínimo 30 (trinta)
separadamente: Contextualização (opcional), referências bibliográficas, exceto para Estudos de
Objetivos, Método, Resultados e Conclusões. Notas Caso e devem ser organizadas em seqüência
de rodapé e abreviações não definidas não devem ser numérica, de acordo com a ordem em que forem
usadas. Se for preciso citar uma referência, a citação mencionadas pela primeira vez no texto seguindo os
completa deve ser feita dentro do resumo uma vez Requisitos Uniformizados para Manuscritos
que os resumos são publicados separadamente pelos Submetidos a Jornais Biomédicos, elaborado pelo
Serviços de Informação, Catalogação e Indexação Comitê Internacional de Editores de Revistas
Bibliográficas e eles devem conter dados Médicas (International Committee of Medical Journal
suficientemente sólidos para serem apreciados por Editors – ICMJE – http://www.icmje.org/index.html).
um leitor que não teve acesso ao artigo como um Ver exemplos no endereço
todo. http://www.ufscar.br/rbfisio. Os títulos de periódicos
devem ser referidos de forma abreviada, de acordo
Abstract (3ª. página) com a List of Journals do Index Medicus
Em caso de submissão em língua portuguesa, o título, (http://www.indexmedicus.com). As revistas não
o título curto e o resumo estruturado e as palavras- indexadas não deverão ter seus nomes abreviados.
chave do artigo devem ser traduzidos para o inglês As citações devem ser mencionadas no texto em
sem alteração do conteúdo. Após o Resumo e o números sobrescritos (expoente), sem datas. A
Abstract incluir em itens destacados a Introdução, exatidão das referências bibliográficas constantes no
Materiais e Métodos, Resultados e a Discussão: manuscrito e a correta citação no texto são de
responsabilidades do(s) autor(es) do manuscrito.
Introdução - deve informar sobre o objeto
investigado e conter os objetivos da investigação, c) Notas de Rodapé
suas relações com outros trabalhos da área e os As notas de rodapé do texto, se imprescindíveis,
motivos que levaram o(s) autor(es) a empreender a devem ser numeradas consecutivamente em
pesquisa; sobrescrito no manuscrito e escritas em uma folha
separada, colocada no final do material após as
Materiais e Métodos - descrever de modo a permitir referências.
que o trabalho possa ser inteiramente repetido por
outros pesquisadores. Incluir todas as informações d) Tabelas e Figuras
necessárias – ou fazer referências a artigos publicados Tabelas. Todas as tabelas devem ser citadas no texto
em outras revistas científicas – para permitir a em ordem numérica. Cada tabela deve ser digitada
replicabilidade dos dados coletados. Recomenda-se em espaço duplo, em página separada. As tabelas
fortemente que estudos de intervenção apresentem devem ser numeradas consecutivamente com
grupo controle e, quando possível, aleatorização algarismos arábicos e inseridas no final. Um título
da amostra. descritivo e legendas devem tornar as tabelas
compreensíveis, sem necessidade de consulta ao texto
Resultados - devem ser apresentados de forma breve do artigo.
e concisa. Tabelas, Figuras e Anexos podem ser As tabelas não devem ser formatadas com
incluídos quando necessários (indicar onde devem ser marcadores horizontais nem verticais, apenas
incluídos e anexar no final) para garantir melhor e necessitam de linhas horizontais para a separação de
mais efetiva compreensão dos dados, desde que não suas sessões principais. Use parágrafos ou recuos e
ultrapassem o número de páginas permitido. espaços verticais e horizontais para agrupar os dados.

Discussão - o objetivo da discussão é interpretar os Figuras. Digite todas as legendas em espaço duplo.
resultados e relacioná-los aos conhecimentos já Explique todos os símbolos e abreviações. As
existentes e disponíveis, principalmente àqueles que legendas devem tornar as figuras compreensíveis,
28

sem necessidade de consulta ao texto. Todas as


figuras devem ser citadas no texto, em ordem Considerações Éticas e Legais. Evite o uso de
numérica e identificadas. iniciais, nomes ou números de registros hospitalares
dos pacientes. Um paciente não poderá ser
Figuras - Arte Final. Todas as figuras devem ter identificado em fotografias, exceto com
aparência profissional. Figuras de baixa qualidade consentimento expresso, por escrito, acompanhando o
podem resultar em atrasos na aceitação e publicação trabalho original. As tabelas e/ou figuras publicadas
do artigo. Use letras em caixa altas (A, B, C, etc.) em outras revistas ou livros devem conter as
para identificar as partes individuais de figuras respectivas referências e o consentimento, por escrito,
múltiplas. Se possível, todos os símbolos devem do autor ou editores.
aparecer nas legendas. Entretanto, símbolos para Estudos realizados em humanos devem estar de
identificação de curvas em um gráfico podem ser acordo com os padrões éticos e com o devido
incluídos no corpo de uma figura, desde que isso não consentimento livre e esclarecido dos participantes
dificulte a análise dos dados. Cada figura deve estar (reporte-se à Resolução 196/96, do Conselho
claramente identificada. As figuras devem ser Nacional de Saúde, que trata do Código de Ética para
numeradas, consecutivamente, em arábico, na ordem Pesquisa em Seres Humanos). Para as pesquisas em
em que aparecem no texto. Não agrupar diferentes humanos, deve-se incluir o número do Parecer da
figuras em uma única página. aprovação da mesma pela Comissão de Ética em
Pesquisa, a qual seja devidamente registrada no
e) Tabelas, Figuras e Anexos - inglês Conselho Nacional de Saúde do Hospital ou
Um conjunto adicional com legendas em inglês deve Universidade, ou o mais próximo da localização de
ser anexado para artigos submetidos em língua sua região. Para os experimentos em animais,
portuguesa. considere as diretrizes internacionais (por exemplo, a
do Committee for Research and Ethical Issues of the
OUTRAS CONSIDERAÇÕES International Association for the Study of Pain,
publicada em PAIN, 16: 109-110, 1983).
Unidades. Usar o Sistema Internacional (SI) de A Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian
unidades métricas para as medidas e abreviações das Journal of Physical Therapy reserva-se o direito de
unidades. não publicar trabalhos que não obedeçam às normas
legais e éticas para pesquisas em seres humanos e
Artigos de Revisão Sistemática e Metanálises. para os experimentos em animais. É recomendável
Devem incluir uma seção que descreva os métodos que estudos relatando resultados eletromiográficos
empregados para localizar, selecionar, obter, sigam os “Standards for Reporting EMG Data”
classificar e sintetizar as informações. recomendados pela ISEK.
Estudos de Caso. Devem ser restritos a condições de
saúde ou métodos/procedimentos incomuns, sobre os CONSIDERAÇÕES FINAIS
quais o desenvolvimento de artigo científico seja
impraticável. Dessa forma, os relatos de casos É de responsabilidade dos autores a eliminação de
clínicos não precisam necessariamente seguir a todas as informações (exceto na página do título e
estrutura canônica dos artigos científicos, mas devem identificação) que possam identificar a origem ou
apresentar um delineamento metodológico que autoria do artigo. Como exemplo, deve-se mencionar
permita a reprodutibilidade das intervenções ou o número do parecer, mas o nome do Comitê de Ética
procedimentos relatados. Recomenda-se muito deve ser mencionado de forma genérica, sem incluir a
cuidado ao propor generalizações de resultados a Instituição ou Laboratório, bem como outros dados.
partir desses estudos. É recomendado que não Esse cuidado é necessário para que os assessores que
ultrapasse 10 (dez) referências bibliográficas. avaliarão o manuscrito não tenham acesso à
Desenhos experimentais de caso único serão tratados identificação do(s) autor(es). Os dados completos
como artigos científicos e devem seguir as normas sobre o Parecer do Comitê de Ética devem ser
estabelecidas pela Revista Brasileira de incluídos na versão final, em caso de aceite do
Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy. manuscrito.

Cartas ao Editor. Críticas a matérias publicadas, de


maneira construtiva, objetiva e educativa, consultas
às situações clínicas e discussões de assuntos
específicos à Fisioterapia serão publicados a critério
dos editores. Quando a carta referir-se a comentários
técnicos (réplicas) aos artigos publicados na Revista,
esta será publicada junto com a tréplica dos autores
do artigo objeto de análise e/ou crítica.

Conflitos de interesse. Não é recomendável a


utilização de nomes comerciais de equipamentos e
drogas (marcas registradas). Quando sua utilização
for imperativa, os nomes dos produtos e de seus
fabricantes deverão vir entre parênteses, após o nome
genérico do tipo de equipamento ou da droga
utilizada.

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