Relatório Area Segurança Nuclear

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REPÚBLICA DE ANGOLA

Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos


Gabinete de Intercâ mbio

NOTA INFORMATIVA

1. INTRODUÇÃO

Com o objectivo de finalizar o Plano Integrado de Apoio à Segurança Nuclear e a


elaboraçã o do Plano Integrado de Apoio à Segurança Nuclear (INSSP) de Angola,
que teve início em 2014 bem como identificar, priorizar as necessidades de
segurança nuclear, decorreu a reuniã o técnica, entre os dias 17 a 20 de Julho do
corrente ano, em Luanda no anfiteatro da ENDE, Rua Có nego manuel das neves, n.º
234, no formato presencial. Com a moderaçã o e prelecçã o de um grupo de Peritos
do Departamento de Segurança Nuclear da Agência Internacional de Energia
Ató mica (AIEA).

1.1. Objectivos da Reunião Técnica

A referida reuniã o técnica teve os seguintes objectivos:

 Finalizar o Plano Integrado de Apoio à Segurança Nuclear (INSSP) de


Angola, a fim de identificar e priorizar as necessidades de segurança nuclear
a serem abordadas no país;

 Identificar as realizações desde a Missão de Finalização do INSSP 2014;

 Propor um plano de execução eficaz e eficiente para os próximos três a


quatro anos, com base nas prioridades identificadas.

2. DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS

2.1. Abertura da Reunião e Considerações gerais

O acto de abertura do evento foi presidido pelo Secretário de Estado para as


Águas, Manuel Quintino, em representaçã o do Ministro da Energia e Á guas. Na
ocasiã o, ao proferir o discurso, enfatizou que a energia ató mica assume, cada vez
mais, um papel preponderante e significante para o desenvolvimento dos países e
para economia mundial.

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Frisou que a necessidade da criaçã o de sistemas nacionais apropriados e eficazes
de protecçã o e segurança nuclear sã o vitais para a promoçã o do uso pacífico da
energia nuclear e também no esforço global de combate ao terrorismo nuclear,
evitando, assim, o risco de que qualquer material nuclear ou outro radioactivo
possa ser utilizado em actos nã o autorizados ou criminais. sublinhou,  apontando,
como exemplo, os equipamentos emissores de radiaçã o ionizante, utilizados nos
sectores da Saú de, Construçã o Civil, Agricultura e Indú stria, com realce na
extracçã o de petró leo e gá s.

Garantiu ainda que o Governo de Angola nã o possui nenhum programa nuclear


(Central Nuclear) e nem qualquer intençã o de extrair mineiros radioactivos a
curto prazo.

2.2. Dos Debates

Temas ligados ao regime de Protecçã o Física, Detecçã o de actos Criminosos e


outros nã o autorizados, envolvendo material fora do Controlo Regulató rio
(MORC), a visã o geral do Programa de Segurança Física Nuclear da AIEA (Agência
Internacional Energia Ató mica), a Estrutura Legislativa e Regulató ria” e a
“Avaliaçã o de Ameaças e Riscos”, “Resposta aos actos criminosos e outros nã o
autorizados, envolvendo o MORC” e a “Sustentabilidade do Regime de Segurança
Física Nuclear de Angola”,dominaram os debates moderados por peritos da AIEA.

E por fim a discussã o sobre o Plano de Implementaçã o do INSSP, com perguntas e


respostas.

De relembrar que reuniã o visou traçar um plano de execuçã o eficaz e eficiente


para os pró ximos três/quatro anos, com base nas prioridades identificadas.

O primeiro workshop, que serviu de base para a elaboraçã o do primeiro esboço


do Plano Integrado de Suporte à Segurança Nuclear INSSP para Angola, realizou-
se em 2014.

De salientar que Angola ractificou o Tratado de Proibiçã o Total de Ensaios de


Armas Nucleares, incluindo os anexos e protocolos do Tratado de Nã o
Proliferaçã o de Armas Nucleares, Có digo de Conduta sobre a Protecçã o e
Segurança das Fontes Ionizantes, Convençã o sobre Protecçã o Física de Material
Nuclear e a respectiva emenda, Convençã o sobre Assistência em caso de Acidente
Nuclear e Convençã o (VI).

3. Conclusões e Recomendações.

Recomendou-se a conclusã o dos processos para a aprovaçã o e adesã o de


outros instrumentos para a Convençã o Conjunta sobre a Segurança e
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Gestã o do Combustível usado e resíduos radioactivos, Convençã o
Internacional para Supressã o de Actos de Terrorismo Nuclear, Convençã o
de Viena sobre Responsabilidade Civil por Danos Nucleares, bem como o
Protocolo Conjunto Relativo à Aplicaçã o da Convençã o de Viena e de Paris.

Recomendou-se a implementaçã o no país do programa em dois anos, tã o


logo sejam cumpridas todas as etapas exigidas no processo.

Recomendou-se ainda, a revisão da Lei de Energia atómica que


data 2007 ( Lei nº 04/07, de 05 de Setembro). Ressaltou-se que a
Lei de Energia Atómica, que já leva 16 anos, apenas aborda as
questões de protecção, não contendo nela o aspecto segurança.
Daí a necessidade de adequação da Lei, que deve ser revista nos
próximos dois anos, com as devidas alterações face aos desafios
que o mundo enfrenta.

Concluiu-se que a província de Luanda, é a província que tem mais


fontes radioactivas no país, devido aos equipamentos de emissã o de
radiaçã o ionizante utilizados nas unidades sanitá rias (aparelhos de
Raio-X e Tac (Tomografia Computorizada), fá bricas, construçã o civil,
agricultura e na indú stria de extracçã o de petró leo e gá s.

Em relaçã o ao cumprimento dos regulamentos da Agência


Internacional de Energia Ató mica (AIEA), conclui-se que Angola tem
observado na íntegra. Estando bem a nível das convençõ es e tratados.

Angola está a tratar de outros materiais radioactivos e nã o de


material nuclear, porque nã o temos reactores nucleares e fontes
desta categoria.

Concluiu-se o esboço do INSSP, que foi produzido, aperfeiçoado, e


aguarda pela autorizaçã o dos ó rgã os que integram a segurança física
nacional. “O rascunho vai ser refinado depois o documento final que
sair do encontro com os ministérios que tratam desta á rea, enviar-se-
á para a IAEA”.

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