A Aura e Os Chakras
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A Aura e Os Chakras
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PREFÁCIO
1
Sevā (devanāgarī: सेवा).
2
A base nominal desta palavra masculina é: sādhaka [devanāgarī: साधक; pronúncia: sââdâcâ; tradu-
ção: aquele que segue, cumpre ou executa a sādhana (devanāgarī: साधन; pronúncia; sââdânâ; tradução:
prática diligente e efetiva), podendo significar uma pessoa efetiva, eficiente, que alcança os objetivos
pretendidos, e por isso pode ser entendido como um buscador bem-sucedido. Também pode ser encarado
como um mago, um adepto ou aquele que serve ou presta assistência ao seu mestre].
Se fôssemos usar a gramática sânscrita, a declinação da palavra seria no caso nominativo e no singular:
sādhakaḥ (devanāgarī: साधकः; pronúncias: “sââdâcâr” se não se não estiver no final da oração e “sââ-
dâcârrâ” se estiver). Para consultar o quadro completo de declinações dessa palavra em particular, vide o
site Sanskrit Tools, dos irmãos Paulo Marcos Durand Segal e Claudio Marcos Durand Segal, por
intermédio do seguinte link: <http://sanskrit.segal.net.br/pt/decl?n=s%C4%81dhaka&tr=iast&gen=m>.
3 A base nominal desta palavra masculina é: avatāra (devanāgarī: अवतार; tradução: lit. aquele que des-
cende; pronúncia: âvâtâârâ) em sânscrito e avatār (devanāgarī: अवतार; ् pronúncia: âvâtââr) em hindī. →
Caso nominativo no singular: avatāraḥ (devanāgarī: अवतारः; pronúncias: “âvâtâârâr” se não se não
estiver no final da oração e “âvâtâârârrâ” se estiver) → Caso nominativo no plural: avatārāḥ (devanāgarī:
अवताराः; pronúncias: “âvâtâârââr” se não se não estiver no final da oração e “âvâtâârâârrâ” se estiver).
O plural avatāras é “aportuguesado”.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
que servem são mais santas que lábios que oram”. Usemos, pois, nossas mãos e os co-
nhecimentos desta obra em nosso em nosso Serviço a nós mesmos, ao próximo e a
Deus.
O conceito de avatāra está associado a uma encarnação de uma entidade elevadíssima que descende do
céu espiritual para o universo material com uma missão particular descrita em uma das escrituras
sagradas. É uma entidade componente do grupo que executa o Ofício do Logos Universal (Micah, o
Criador e Regente de nosso Universo-Local), sendo um mensageiro do mesmo, e que para tal projeta sua
consciência na entidade enviada. Dentre os avatāras maiores situa-se o Divino Mestre Yeshua (Jesus)
como sendo um dos seres que encarnou, mais precisamente na Palestina, representando tal Ofício. Antes
dele tivemos Numu e Junu na Lemúria, Anfion e Antúlio na Atlântida (este último voltou mais tarde na
Palestina como Jesus), Rāma, Kṛṣṇa (Krishna) e Siddhārta Gautama (Buddha) na Índia, só para citar
alguns. Portanto, Ele não foi o único Mensageiro Divino.
Cumpre também ressaltar que, embora baseado em um conceito errado, já que Deus não tem sexo, no
enunciado do Pai-Nosso não consta “Pai de Jesus que estais no Céu”, mas sim “Pai-Nosso que estais no
Céu”, até porque somos todos filhos e filhas da Divindade, ou melhor, nós somos células do Corpo
Divino, buscando o retorno à Unidade. Também não é demais mencionar que o Mestre Yeshua teve
irmãos e irmãs na acepção da palavra, que foram concebidos por vias normais, da mesma forma que Ele.
Isto, certamente, contraria mais um dos dogmas da igreja (minúsculas propositais).
4
Conforme já mencionado na parte introdutória do presente trabalho, estamos vivendo na Kali Yuga,
normalmente mencionada como Era de Kali e traduzida por Era de Ferro. Em realidade o termo
sânscrito kali pode significar dissensão, discórdia, maldade, perversidade, guerra e luta. Trata-se, pois, da
era da confusão e da desordem. Em sentido simbólico, era da decadência moral e da perda do
conhecimento pela inversão de valores. Tempo em que as Legiões Celestiais e as “forças rebeldes”
combatem no interior de cada ser humano. Quem estiver esperando por um Armagedom, ou seja,
uma batalha celestial entre as forças do bem e as do mal pode desistir; o combate, já há muito
tempo, é corpo a corpo, dentro de cada ser humano. Nesta fase, dizia Sai Baba:
‒ “Somente uma atitude pode conduzir o homem em salvaguarda, e é o atendimento à Lei do
Serviço a Deus e ao seu semelhante”.
Sobre isso, ouvi ontem (09/03/2018), revisando o presente trabalho, da amiga e irmã de jornada
Carmen Beatriz Bartoly, o seguinte: ‒ “Não temos que ficar esperando pelo, anjos, não! Temos é que ser
os anjos e vencer a batalha”.
5
Sai Baba, cujo nome de nascimento era Sathyanarayana Raju (23 de novembro de 1926-24 de abril
de 2011) foi um dos representantes do Ofício do Logos Universal e viveu na cidade de Puttaparthi, na
Índia. As palavras sânscritas de seu nome são: Bhagavān, que é pronunciada “bâgâvââm”, é às vezes
romanizada como Bhagwan ou Bhagawan é uma palavra sânscrita originária do termo Bhagavat e sua
forma no singular e na declinação nominal é Bhagavān. Literalmente significa afortunado e vem da raiz
“Bhaga”, que significa fortuna, glória, etc. Logo o termo completo pode ser considerado equivalente a
glorioso, afortunado, venerável, sagrado, divino, etc. De um modo bem sintético, Bhagavān é aquele que
tem todas as opulências, todas as glórias, todos os poderes, etc. Śrī é um símbolo ou insígnia de
majestade. É também um dos nomes pelos quais a Deusa Lakṣmī (pronuncia-se “lâcxîmîî”) é conhe-
cida. Assim quando empregado como adjetivo significa “afortunado” e como pronome de tratamento
significa “glorioso”. Este termo associado a um nome próprio, como acima, significa que a própria deusa
está com a pessoa, tornando-a afortunada, gloriosa, etc. Satya em sânscrito e sathya em hindī significa
“verdade”. Nos documentos e até na assinatura do avatāra, a palavra aparece grafada como Sathya,
indicando que foi usado o idioma hindī, derivado do sânscrito, para a palavra. Baba é uma designação
bastante conhecida para pai, porém, Sai não é tão fácil de definir. Alguns dizem que é uma palavra
oriunda do persa para designar “santo”, mas o significado mais profundo de Sai é “mãe”, isto porque a
palavra Sai é constituída por três sons: Sa, A e Yi. Sa significa “sagrado e divino”; Ayi significa “mãe”.
Sai Baba salienta que o nome inteiro significa Mãe-Pai Divinos (ambos na mesma Entidade). Para
maiores detalhes, recomendamos o livro Trilhando o Caminho com Sai Baba, de Howard Murphet,
publicado em 1996 pela Editora Nova Era
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Wunjo6,
SUMÁRIO
1-Apresentação e Agradecimentos 5
2- A Aura e os Chakras 6
a) Aura 7
b) Chakras 13
a) Aura 16
b) Chakras 26
7- Bibliografia 69
1) Apresentação e Agradecimentos
6
Palavra de origem nórdica e nome de uma runa que representa a coroa da vitória, sucesso, fama, glórias
e honrarias.
7
Pronuncia-se málica.
6
A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
2) A Aura e os Chakras
Esses dois temas, geralmente, são considerados como alheios à Doutrina Espírita
e aceitos como pertencentes exclusivamente ao ensino de certas disciplinas esotéricas
ou do Yoga, dentre outros ramos do conhecimento humano. O que temos visto é que,
7
A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
quando determinada matéria tem alguma semelhança com conceitos aparentemente es-
tranhos à Doutrina Espírita, muitos seguidores da mesma logo rechaçam a matéria em
questão, mesmo que não tenham feito qualquer pesquisa nas obras da Codificação para
saber se nelas existe algo a respeito.
O nosso propósito neste estudo é exatamente esse, ou seja, pesquisar nas obras da
Codificação para confirmarmos ou não se nelas podemos encontrar apoio para aceitar,
doutrinariamente, a aura e os chakras como integrantes dos postulados espíritas, ou,
quem sabe, abrir portas para isso.
a) Aura
(a) (b)
Fig. 1
no do corpo, uma espécie de atmosfera, como o vapor que dele se libera. Mas o va-
por que se libera de um corpo malsão é igualmente malsão, acre e nauseabundo, o que
infecta o ar dos lugares onde se reúnem muitas pessoas malsãs. Do mesmo modo que
esse vapor está impregnado das qualidades do corpo, o perispírito está impregnado
das qualidades, quer dizer, do pensamento do Espírito (da Alma, grifo nosso), e faz
irradiar essas qualidades em torno do corpo. (KARDEC, 1993g, p. 355, grifo em
itálico do original, em negrito do Paulo Neto).
8
Kardec [Allan Kardec (1804-1869)]- foi o pseudônimo adotado por Hippolyte Léon Denizard Rivail,
que foi um foi educador, escritor e tradutor francês. Ele notabilizou-se como o codificador do Espiritismo
(neologismo por ele criado), também denominado de Doutrina Espírita. Diz-se também que Allan Kardec
foi o nome por ele usado em uma encarnação anterior, quando viveu entre os druidas, nas Gálias,
preparando-se para a missão posterior de codificador do Espiritismo.
9
Kardec comenta o caso de um camponês do cantão de Berna que tinha a faculdade de ver, num copo de
vidro, as coisas distantes. (KARDEC, 2000c, p. 289).
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tos resultantes de uma mesma causa. Essa dupla faculdade é um dos atributos da alma,
e tem por órgão o perispírito, cuja irradiação transporta a percepção além dos limi-
tes da ação dos sentidos materiais. Propriamente falando, é o sexto sentido, que é de-
signado sob o nome de sentido espiritual. (KARDEC, 1999, p. 172, grifo itálico do ori-
ginal, em negrito, incluído pelo Paulo Neto).
Embora ele tenha utilizado um termo diferente, entendemos que essa irradiação
do envoltório perispiritual, ou seja, do perispírito, não é outra coisa senão aquilo que se
entende por aura.
Em Obras Póstumas, vê-se uma explicação bem interessante no artigo Manifes-
tações dos Espíritos, que vem ao encontro do que estamos falando:
O perispírito não se acha encerrado nos limites do corpo, como numa caixa.
Pela sua natureza fluídica, ele é expansível, irradia para o exterior e forma, em
torno do corpo, uma espécie de atmosfera que o pensamento e a força de vontade po-
dem dilatar mais ou menos. Daí se segue que pessoas há que, sem estarem em contato
corporal, podem achar-se em contato pelos seus perispíritos e permutar, contra a sua
vontade, impressões e, algumas vezes, pensamentos, por meio da intuição. (KARDEC,
2006a, p. 50, grifo do Paulo Neto).
10
Denis [Léon Denis (1846-1927)]- foi um pensador espírita, médium e um dos principais
continuadores do espiritismo após a morte de Allan Kardec, ao lado de Gabriel Delanne e Camille
Flammarion. Fez conferências por toda a Europa em congressos internacionais espíritas e
espiritualistas, defendendo ati-vamente a ideia da sobrevivência da alma e suas consequências no campo
da ética nas relações humanas. É conhecido como sendo o “Consolidador do Espiritismo” em toda a
Europa, bem como “Apóstolo do Espiritismo”, dadas as suas qualidades intrínsecas de estudioso do
Espiritismo.
11
Melhor seria eletromagnetizadores! Ocorre que James Clerk Maxwell só publicou sua teoria unindo a
Eletricidade ao Magnetismo em 1873, porém, as primeiras ondas hertzianas só foram produzidas quinze
anos depois, em 1888, o que não incluiu a época de Kardec (1804-1869). No entanto incluiu a de di-
versos autores pós-kardequianos, que continuaram a falar em “magnetizadores magnéticos”, passes
“magnéticos”, etc, conforme o fazem, infelizmente, até os dias de hoje!
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ao espectroscópio, a extensão das suas ondas tem sido determinadas segundo cada uma
das cores.
Esses eflúvios formam em torno de nós camadas vizinhas que constituem
uma espécie de atmosfera fluídica. É a “aura” dos ocultistas, ou fotosfera huma-
na, pela qual se explica o fenômeno da exteriorização da sensibilidade, estabelecidas
pelas numerosas experiências do Coronel de Rochas, do Dr. Luys, de Paul Joire, etc.12.
12
[…] Já desde 1860 (“Revue Spirite”, pág. 81), Allan Kardec afirmava, de acordo com as revelações
do Espirito (da Alma, grifo nosso) do Dr. Vignal, que os corpos emitem vibrações luminosas,
invisíveis aos sentidos materiais, o que mais tarde a Ciência confirmou. O Espiritismo tem, pois, o
mérito de haver, em pri-meiro lugar, sobre esse como sobre tantos outros pontos, apresentado teorias
físicas que a ciência não admitiu senão trinta anos depois, sob a reiterada pressão dos fatos. (DENIS,
1987, p. 177, grifo do Paulo Neto).
13
A vidência e a clarividência são essencialmente anímicas. Trata-se da visão que a própria Alma En-
carnada tem do mundo invisível. Não há interferência de Almas Desencarnadas, conforme o são os
Guias Espirituais e os Mentores Espirituais, e por isso não deveria, segundo Allan Kardec, ser consi-
derada mediunidade. Mas, para fins de classificação, ela é tida como sendo um tipo de mediunidade.
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[…] Cada um de nós tem, pois, o seu fluido próprio, que o envolve e acom-
panha em todos os movimentos, como a atmosfera acompanha cada planeta. É
muito variável a extensão da irradiação dessas atmosferas individuais. Achando-se
o Espírito (a Alma, grifo nosso) em estado de absoluto repouso, pode essa irradiação
ficar circunscrita nos limites de alguns passos; mas, atuando à vontade, pode alcançar
distâncias infinitas. A vontade como que dilata o fluido, do mesmo modo que o calor
dilata os gases. As diferentes atmosferas individuais se entrecruzam e misturam, sem
jamais se confundirem, exatamente como as ondas sonoras que se conservam distintas,
a despeito da imensidade de sons que simultaneamente abalam o ar. Pode-se, por com-
seguinte, dizer que cada indivíduo é centro de uma onda fluídica, cuja extensão se acha
em relação com a força da vontade, do mesmo modo que cada ponto vibrante é centro
de uma onda sonora, cuja extensão está na razão propulsora do fluido, como o choque
é a causa de vibração do ar e propulsora das ondas sonoras. (KARDEC, 2006a, p. 123,
grifo do Paulo Neto).
Todos nós vivemos como numa redoma luminosa ou envolto num halo, que nada
mais é que a nossa aura irradiando luz e cor.
Quanto aos sentimentos, vamos encontrar em A Gênese, cap. XIV, explicações
sobre as qualidades dos fluidos espirituais, das quais transcrevemos estes trechos dos
itens 16 e 17, respectivamente:
Mesmo nos casos em que uma Entidade Espiritual amiga mostra um quadro projetado no ambiente
astral, ainda assim, é o médium quem vê. Há ajuda na formação do quadro, mas não na visão própria-
mente dita.
A vidência é a faculdade superficial, porém, a clarividência é a mesma faculdade, mas com alcance
mais profundo, podendo estender-se no espaço e, em alguns casos, no tempo.
A dupla-vista é a clarividência, acompanhada da projeção da Alma Encarnada no mundo astral.
Trata-se do chamado “desdobramento”. Entendemos a mediunidade de audiência como aquela em que a
voz aparece na intimidade do ser. A clariaudiência é diferente, por tratar-se de uma voz clara e exterior.
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[…] Como os odores, eles [os fluídos] são designados pelas suas propriedades,
seus efeitos e tipos originais. Sob o ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimen-
tos de ódio, de inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de violência, de hipocrisia, de
bondade, de benevolência, de amor, de caridade, de doçura, etc. Sob o aspecto físico,
são excitantes, calmantes, penetrantes, adstringentes, irritantes, dulcificantes, so-
poríficos, narcóticos, tóxicos, reparadores, expulsivos; tornam-se força de trans-
missão, de propulsão, etc.
O quadro dos fluidos seria, pois, o de todas as paixões, das virtudes e dos vícios
da humanidade e das propriedades da matéria, correspondentes aos efeitos que eles
produzem. (KARDEC, 2007e, p. 325-326, grifo do Paulo Neto).
[…] Segundo os pensamentos que dominam num encarnado, ele irradia raios
impregnados desses mesmos pensamentos que os viciam ou os saneiam, fluidos real-
mente materiais, embora impalpáveis, invisíveis para os olhos do corpo, mas perceptí-
veis para os sentidos perispirituais, e visíveis para os olhos da alma, uma vez que im-
pressionam fisicamente e tomam aparências muito diferentes para aqueles que
estão dotados de visão espiritual. (KARDEC, 1999, p. 130-131, grifo do Paulo Neto).
Confirma-se que a irradiação vem impregnada dos pensamentos que, além disso,
podem ser vistos pelos médiuns que são dotados de vidência, ou pelos sonambúlicos14.
14
O sonambulismo pode ser considerado como uma variedade da faculdade mediúnica, ou melhor, trata-
se de duas ordens de fenômenos que se encontram frequentemente reunidos. O sonâmbulo age por
influência da sua própria Alma. É ela que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe além dos
limites dos sentidos. O que então médium sonambúlico diz procede dele mesmo e, em geral, suas ideias
são mais justas do que no estado normal, bem como seus conhecimentos são mais amplos porque sua
Alma está livre. Numa simples expressão: ele vive por antecipação a vida dos desencarnados. O médium
de psicografia, de psicofonia e de incorporação, por exemplo, pelo contrário, serve de instrumento a outra
inteligência. É passivo e o que diz não é dele, em resumo: o sonâmbulo exprime o seu próprio pensamen-
to e o que tem os tipos de mediunidade citadas anteriormente exprime o pensamento de outrem. No
entanto, o guia que se comunica através de um sensitivo comum pode também fazê-lo, frequentemente,
por meio de um sonâmbulo, pois, mesmo o estado de emancipação da Alma, no estado sonambúlico,
torna fácil essa comunicação, já que muitos sonâmbulos veem perfeitamente os desencarnados e os des-
crevem com a mesma precisão dos médiuns videntes. Podem conversar com eles e transmitir-nos o seu
pensamento. Assim, o que eles dizem além do círculo de seus conhecimentos pessoais lhes é quase sem-
pre sugerido por Almas Desencarnadas.
A faculdade sonambúlica depende do organismo e nada tem a ver com a elevação, o adiantamento e
a condição moral da pessoa. Um sonâmbulo pode, pois, ser muito lúcido e incapaz de resolver certas
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b) Chakras
Fig. 2- Chakras- Esta figura foi adaptada e cedida ao escritor Paulo da Silva Neto So-
brinho, meu grande amigo e irmão de jornada, para ser utilizada, com minha permissão,
num artigo do mesmo agora incluído na presente publicação. Assim, ela fez então o ca-
minho inverso, voltando para “casa”!
Novamente recorremos ao Dicionário Houaiss, agora para ver a definição para o
vocábulo chacra:
Chakra- s.m. FIL REL em certas formas de hinduísmo e no budismo, cada um dos cen-
tros de concentração de energias espirituais distribuídos pelo corpo. Os chacras15
questões, se a sua consciência for pouco adiantada. O sonâmbulo, que fala por si mesmo pode dizer,
portanto, coisas boas e más, certas ou falsas, bem como usar de maior ou menor delicadeza e escrúpulo no
seu procedimento, segundo o grau de elevação ou de inferioridade de sua própria alma. É nesse caso que
a assistência de outra alma pode suprir as suas deficiências.
Entretanto, um sonâmbulo pode ser assistido por uma entidade mentirosa, leviana, ou até mesmo má,
como acontece com os médiuns. Nisto, sobretudo, é que as qualidades morais têm grande influência por
atraírem as boas Almas.
15
Cada escola de pensamento elege seus sete chakras principais. Por exemplo, em algumas tradições,
conforme a indiana, não incluem o Chakra Esplênico ou Chakra do Baço como sendo um dos sete prin-
cipais, mas incluem o Chakra Genésico ou Chakra Sexual. Os teosofistas, seguindo o modelo proposto
por Charles Webster Leadbeater, fazem o inverso, excluindo o Chakra Genésico ou Chakra Sexual,
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principais, situados ao longo do eixo vertical que perpassa o centro do corpo16, são em
número de sete para o Yoga e o Tantrismo, e quatro para o Budismo; são supostamente
ativados17 através de meditação, āsanas18, recitação de mantras19, etc (grifo nosso).
porém, incluindo o Chakra Esplênico ou Chakra do Baço. No entanto, não estamos querendo dizer com
isso que este último não execute importantes funções, a saber:
(a) Decompor o Prāṇa (Energia Universal da Vida) branco do ar e o enviar aos outros centros.;
(b) Processar emoções básicas (raiva, dor, medo, arrependimento, ansiedade, etc), coordenando os
excessos e a autoexigência;
(c) Usado para tratamento do diabetes, da apneia periódica, de pressão na região, de problemas no
baço, vesícula e pâncreas.
Então, para atender às exigências conjuntas da maioria das escolas, incluímos oito chakras na figura 2,
porém, note que, segundo o Dicionário Houaiss, os chakras principais devem estar em posições medianas
em relação ao corpo, e tal definição, obviamente, não contempla pois o Chakra do Baço.
16
Em realidade, ao invés de situados no eixo vertical que perpassa o centro do corpo, os eixos dos
chakras principais (vide figura 4), sendo os chakras vórtices tridimensionais, ficam no plano mediador do
corpo, incluindo este plano a coluna vertebral (vide figura 4).
17
O dicionário está errado, pois eles podem realmente ser ativados pelas práticas acima mencionadas,
dentre outras que também existem.
18
आसन; pronúncia: ââssânâ; traduções:
A base nominal desta palavra neutra é: āsana (devanāgarī:
postura ou acento). → Caso nominativo no singular: āsanam (devanāgarī: आसनम; ् pronúncia: ââssâ-
nâm) → Caso nominativo no plural: āsanāni (devanāgarī: आसनानन; pronúncia: ââssânââni). O plural
āsanas é “aportuguesado”.
19
A base nominal desta palavra masculina é: mantra (devanāgarī fonte mangal: मन्त्र; devanāgarī fonte
sanskrit 2003: मन्त्र; pronúncia: mântrâ; traduções: instrumento de pensamento, um som vocálico ou um
conjunto de sons, uma prece ou uma louvação védica dirigida a uma deidade, com a finalidade de dessa-
pegar a mente das sensações materiais, ou seja, protegê-la de maus pensamentos e de más influências).
Etimologicamente a palavra é composta de duas partes: raiz verbal man (devanāgarī fonte mangal: मन; ्
devanāgarī fonte sanskrit 2003: मन; ् pronúncia: mân; traduções: pensar e refletir) + sufixo tra (devanā-
garī fonte mangal: त्र; devanāgarī fonte sanskrit 2003: त्र; pronúncia: trâ) com a ideia de instrumen-
talidade. Então, neste ponto de vista, a tradução do vocábulo é “instrumento de pensamento” ou “ins-
trumento de reflexão”. Já como acróstico (que se faz pegando partes da palavra e interpretando-as como
se fossem iniciais de outras palavras), uma possibilidade é que o termo em questão vem de manana
(devanāgarī fonte mangal: मनन; devanāgarī fonte sanskrit 2003: मनन; pronúncia: mânânâ; traduções:
pensamento e reflexão) + trāṇam (devanāgarī fonte mangal: त्राणम; ् devanāgarī fonte sanskrit 2003:
Essa ligação com o hinduísmo e o budismo pode ser o motivo pelo qual não que-
rem citá-los no Espiritismo. Aliás, o termo apropriado para os espíritas seria: centros
vitais ou centros vitais perispirituais (grifo nosso), segundo alguns estudiosos.
Os chakras são mais fáceis de identificar na Codificação do que a aura (grifo
nosso). Vejamos essas duas questões em O Livro dos Espíritos:
140. Que se deve pensar da teoria da Alma subdividida em tantas partes quantos são os
músculos e presidindo assim a cada uma das funções do corpo?
fonte sanskrit 2003: मनस; ् tradução: mente) + trāṇam (devanāgarī fonte mangal: त्राणम; ् deva-nāgarī
fonte sanskrit 2003: त्राणम; ् tradução: proteção). Então, “proteção da mente”. Agora, “libertação da
mente”, conforme se escuta por aí...→ Caso nominativo no singular: mantraḥ (devanāgarī: मन्त्रः;
pronúncias: “mântrâr” se não se não estiver no final da oração e “mântrârrâ” se estiver). O visarga “ḥ” é
porque a palavra “mantra” é masculina, e, portanto, leva visarga no caso nominativo singular. → Caso
nominativo no plural: mantrāḥ (devanāgarī: मन्त्राः; pronúncias: “mântrââr” se não se não estiver no
final da oração e “mântrâârrâ” se estiver). O plural “mantras” é “aportuguesado”.
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‒ A física atual nos demonstra que a matéria se dissocia pela análise, se resolve
em centros de forças (grifo nosso), e que a força se reabsorve no éter universal. (DE-
NIS, 1988, p. 19).
a) Aura
20
Johan Baptist van Helmont, fisiatra e alquimista belga, denominou-a Aura Vitalist; o Dr. Harold
Burr, neuroanatomista americano, chamou-a de Campo da Vida; o Dr. Walther J. Kilner, médico
inglês, nomeou-a como Campo Áurico e o Dr. Victor Ynyushin, biofísico russo, denominou-a Campo
Bioplasmático. Existem muitas outras denominações, tanto no meio científico quanto fora dele.
21
No caso de um título simples, se fôssemos utilizar a gramática sânscrita, a palavra Prāṇa deveria ser
declinada no caso nominativo e no singular: prāṇaḥ (devanāgarī: प्राणः; pronúncias: “prâânâr” se não se
não estiver no final da oração e “prâânârrâ” se estiver).
22
Prāṇaśakti (devanāgarī: प्राणशनि; pronúncia: prâânâ-châquîtî; tradução: Energia do Prāṇa ou Ener-
gia Prânica). Se fôssemos utilizar a gramática sânscrita, o composto Prāṇaśakti, com as duas palavras in-
tegrantes escritas juntas, deveria ter a segunda palavra declinada no modo nominativo e no singular:
Prāṇaśaktiḥ (devanāgarī: प्राणशनिः; pronúncias: “prâânâ-châquîtîr” se não se não estiver no final da
oração e “prâânâ-châquîtîrrî” se estiver; traduções: Energia do Prāṇa ou Energia Prânica. Para a grafia
com as palavras separadas, também segundo os nossos consultores de sânscrito, os irmãos Segal, a
primeira palavra deve ser declinada no caso genitivo e a segunda no caso nominativo: Prāṇasya Śaktiḥ
(devanāgarī: प्राणस्य शनिः pronúncias: “prâânâssia châquîtîr” se a segunda palavra não estiver no final
da oração e “prâânâssia châquîtîrrî” se estiver).
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Ki (kanji antigo: 氣; kanji moderno: 気).
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24
Romanização Wade Giles: Ch’i e pronúncia “tchi”; romanização Pinyin: Qì e pronúncia “qui” (kanji
antigo: 氣; kanji moderno: 气; traduções: ar, gás, vapor, sopro, espírito, energia universal, aquilo que
possibilita que uma alma vibre em um corpo, ou seja, é equivalente ao Prāṇa dos indianos).
25
Rúach [hebraico bíblico ou quadrado: רוח ; hebraico massorético: ַרּוח
; transliteração alternativa:
Ruach; pronúncia: rúarr, sendo o primeiro “r” fraco (como em “caro”) e o segundo forte (como em
“rua”); tradução do AT (Tanach): vento, ar, fôlego, ou melhor, a energia divina (que mais tarde seria
traduzida por espírito) contida no hálito, expiração, alento, bafo, fôlego ou sopro divino (Neshamá),
insuflada na matéria. A palavra fôlego tem duas conotações, para quem recebe (homem, animais, etc), e
para quem o concede (Deus) e por isso deve ter o seu sentido bem avaliado. Ela é Rúach quando se trata
do fôlego recebido e é Neshamá quando se trata do fôlego projetado por Deus; tradução dos cabalistas: é
o segundo nível da alma, levando o homem a pensar e aspirar pelos estudos superiores da vida (filosofia,
astrologia, medição e sabedoria esotérica)].
26 Pneúma (grego: πνεῦμα; pronúncia: pneûma; tradução: vento, ar ou fôlego; português: Pneuma).
27
A palavra Kuṇḍalinī (devanāgarī: कुण्डनिनी; pronúncia: cûndâlînîî) é cheia de sentidos, que levaram
à atribuição de vários significados inseridos na mesma:
1º) A palavra kuṇḍa (devanāgarī: कुण्ड) significa pote, poço, lago ou tanque;
2º) A palavra kuṇḍala (devanāgarī: कुण्डि) significa anel, bracelete ou laço/espiral (de uma corda).
3º) A palavra kuṇḍalin (devanāgarī: कुण्डनिन) ् significa serpente, circular, anular, pavão (pela marca
nas penas) e ainda árvore da orquídea;
4º) A palavra Kuṇḍalinī é uma das diversas denominações atribuídas à Śakti (devanāgarī: शनि; pro-
núncia: châquîtî) ou Durgā (devanāgarī: दुर्ाा; literalmente “a inacessível” ou “a invencível”), também
conhecida como Mãe Durgā, no shaktismo e no tantrismo. Ela é conhecida também como Durgādevī
[devanāgarī: दुर्ाादवे ी; tradução: deidade (feminina) Durgā, a consorte de Śiva (devanāgarī: नशव)].
Bem depois mais tarde lá pelo século XV esta palavra foi associada, na prática do Haṭhayoga, como
uma energia enrodilhada como uma serpente (parafraseando), contida em um bulbo próximo ao períneo
(Mūlakanda ou bulbo raiz), como uma serpente. Depois, lá pelos idos de 1900, essa paráfrase foi “tradu-
zida” para o inglês, como o famoso “serpent power”, o “poder serpentino", e daí por diante.
Depois vieram os estudiosos místicos, etc, que pegaram os escritos tântricos e do shaktismo e foram
criadas muitas teorias, teses, seitas, etc.
Em suma, a palavra Kuṇḍalinī é uma Energia Feminina, que ascende pela Brahmanāḍī, no interior
do sistema cerebrospinal, atingindo o Chakra Coronário Superior, um pouco acima do topo do crânio, a
fim de encontrar-se com Paramaśiva.
Observação relativa à Brahmanāḍī: Uma vez trata de um composto de duas palavras, somente a se-
gunda deve ser flexionada no caso nominativo singular. Entretanto, neste caso, a flexão desta segunda
palavra, é igual à base nominal da mesma, ou seja, nāḍī. Porém, como a base nominal da primeira palavra
é Brahman, alguns poderiam ficar inclinados a grafarem como Brahmannāḍī (Brahman + nāḍī). No
entanto, a construção com duas letras “n” seguidas é imprópria e, segundo o Haṭhayogapradīpikā (deva-
nāgarī: हठयोर्प्रदीनिका), a palavra Brahman perde o “n” final e temos: Brahmanāḍī (devanāgarī:
ब्रह्मनाडी; pronúncia: brâmâ-nââdîî; tradução: nāḍī ou corrente de Brahman). Isto poderá ser confirmado
na página 111 de nossa referência bibliográfica nº 23, The Serpent Power, de Arthur Avalon, embora esta
apresente a “grafia ocidentalizada” Brahma-Nāḍī.
19
A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
28
Kuṇḍalinīśakti [devanāgarī: कुण्डनिनीशनि; pronúncia: cûndâlînîî-châquîtî; traduções: segundo os
irmãos Segal, a tradução deste composto não é exatamente “Energia da Kuṇḍalinī”, mas sim a “Energia
(chamada) Kuṇḍalinī”, ou também a “Energia (que é) Kuṇḍalinī”]. Se fôssemos utilizar a gramática sâns-
crita, o composto Kuṇḍalinīśakti, com as duas palavras integrantes escritas juntas, deveria ter a segunda
palavra declinada no caso nominativo e no singular: Kuṇḍalinīśaktiḥ [devanāgarī: कुण्डनिनीशनिः
pronúncias: “cûndâlînîî-châquîtîr” se não se não estiver no final da oração e “cûndâlînîîchâquîtîrrî” se es-
tiver; traduções: Energia (chamada) Kuṇḍalinī ou Energia (que é) Kuṇḍalinī]. Devido ao sentido da tra-
dução, as duas palavras do composto Kuṇḍalinīśakti, diferentemente do composto Prāṇaśakti, ficam no
caso nominativo quando se faz a decomposição, lembrando que o caso nominativo singular da primeira
palavra (Kuṇḍalinī) é igual a base nominal. Portanto: Kuṇḍalinī Śaktiḥ (devanāgarī: कुण्डनिनी शनिः
pronúncias: “cûndâlînîî châquîtîr” se não se não estiver no final da oração e “cûndâlînîî châquîtîrrî” se
estiver).
29
Muitas pessoas mal informadas dizem que a Energia Kuṇḍalinī está associada à sexualidade. Para
desfazer este mal- entendido, temos a seguir um texto retirado capítulo 5 de outro trabalho nosso, intitu-
lado Reiki e Espiritualidade: uma abordagem holística.
A energia cósmica, que é uma energia eletromagnética, é captada dos astros (planetas, estrelas, cons-
telações, etc.). Sua porta de entrada é o centro coronário, o qual nutre nossas funções cerebrais e, indire-
tamente, todas as nossas funções corporais. Sua propriedade é estabelecer a consciência no estado pre-
sente: o “aqui e agora”.
A energia vital, também eletromagnética, está presente na natureza terrena. São os glóbulos vitais (con-
glomerados de Prāṇa) contidos no ar e nos alimentos [vide parte (b) da figura 8 da página 29. A energia
absorvida do ar, através da respiração, é a nossa principal fonte para manutenção da vida. Ao inalar o ar,
dois canais sutis sensíveis a esta força, Idānāḍī e Pingalānāḍī, são estimulados e a distribuem aos demais
centros energéticos. Há também a absorção de uma forma mais sutil de Prāṇa através dos chakras ou
vórtices energéticos. Os glóbulos vitais dos alimentos são absorvidos pela língua e pelos dentes e vão
estimular Agni (fogo) no abdômen. Captamos a energia vital também através do Sol e da Natureza. Neste
caso, todos os chakras (centros de energia) são portas de entrada. Cada um deles absorve a energia vital
necessária para a manutenção das atividades orgânicas e psíquicas. A propriedade desta energia é manter
a vida em todos os níveis (físico, mental e espiritual).
A energia química para a manutenção do ser humano vem dos alimentos. Ela é a responsável pela
construção de nosso corpo físico (denso e grosseiro). Nossos ossos, músculos, órgãos e vísceras de-
pendem desta energia, como fundamento, para execução das funções corporais.
A energia ancestral é aquela que é adquirida de nossos pais no momento da concepção. Ela é res-
ponsável por toda a nossa herança genética como: forma corporal, se-xo, olhos, pelos e algumas caracte-
rísticas psicocomportamentais.
Como resultado de todas as absorções energéticas, representando a energia própria, encontramos Ojas
– energia transformada em força espiritual – que permeia todo ser humano. Ojas se localiza no coração,
dando brilho ao mesmo e deve ser irradiada ao cérebro, onde se transforma no halo de luz que contorna a
cabeça dos homens santos. O excesso de atividade sexual, a privação do sono, a má alimentação e a
exaustiva atividade física e psíquica (stress) esgotam Ojas e nos levam a morbidez. Ojas pode ser qua-
lificado como vigor fundamental. Ele é a base e o construtor de nosso crescimento, transmitindo paz, cal-
ma, satisfação, compaixão e amor e, desta forma, nos incitando aos estados superiores da consciência.
Ojas é o extrato dos sete tecidos corporais, conforme o Āyurveda: plasma, sangue, músculo, gordura,
osso, nervo e sêmen. Ojas governa nosso sistema endócrino e autoimune, além de nosso intelecto. Ape-
sar de Ojas corresponder à força espiritual, ela não deve ser confundida com a Energia Kuṇḍalinī. En-
quanto Ojas é a energia de base para o despertar espiritual, Kuṇḍalinī é o próprio despertar espiritual.
Kuṇḍalinī é a energia que se manifesta com a integração da consciência e seu consequente despertar.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
(1ª) Os corpos sutis, incluindo o Duplo-Etérico que embora seja físico é também sutil,
mesmo que alguns “especialistas” não concordem, estão situados no interior do Corpo
Físico, conforme se depreende da parte (a) da figura 3, extraída da página 20 de nossa
referência bibliográfica nº 13, Corpos de Luz: Leitura da Aura e Curas pelo Espírito, de
Anne Meurois-Givaudan e Daniel Meurois-Givaudan. No entanto, as diversas “camadas
áuricas”, por outro lado, são, em parte, exteriores ao Corpo Físico, conforme sugere a
parte (b) da figura 3, oriunda da página 14 da acima citada referência bibliográfica. Ca-
da uma delas tem início na superfície do corpo ao qual está associada, mas elas são mais
facilmente observáveis, de forma clarividente, a partir da superfície do Corpo Físico.
Para além do organismo, é possível observar, por um sensitivo razoável, até seis níveis
energéticos, e não sete; isto porque devido à pequena diferença vibracional entre a Aura
Física e a Aura Etérica é difícil separar a primeira da segunda. Somente sensitivos
muito especiais conseguem fazê-lo. Entretanto, que a Aura Física existe, ela existe!
30
Termo que Helena Petrovna Blavatsky aprendeu e adaptou quando esteve estudando com os tibetanos.
31
Mahāprāṇa (devanāgarī: महाप्राणः; pronúncia: mârrââprâânâ; tradução: Grande Prāṇa, não devendo
ser confundida com outra energia denominada, de Prāṇaśakti ou simplesmente de Prāṇa, que já foi
mencionada anteriormente). Se fôssemos utilizar a gramática sânscrita, o composto Mahāprāṇa com as
duas palavras integrantes escritas juntas, deveria ter a segunda palavra declinada no modo nominativo e
no singular: Mahāprāṇaḥ (devanāgarī: महाप्राणः; pronúncias: “mârrââ-prâânâr” se não se não estiver
no final da oração e “mârrââ-prâânârrâ” se estiver). Também segundo os irmãos Segal, uma variante,
escrevendo as palavras separadas seria Mahān Prāṇaḥ (devanāgarī: महान ्
प्राणः; pronúncias: “mârrâân
prâânâr” se a segunda palavra não se não estiver no final da oração e “mârrâân prâânârrâ” se estiver).
“Mahā” vem do adjetivo “Mahat”. Esse adjetivo, declinado no nominativo masculino singular (para
concordar com “Prāṇaḥ”), é “ Mahān”, o que justifica a construção em tela.
32
Shinki (kanji: 神気; tradução: Energia Divina)- ‘shin’, também lido como ‘kami’ (kanji: 神;
tradução: deidade, divindade ou divino) + ‘ki’ [kanji: 気; tradução: energia (Prāṇa)].
33
天氣; kanji moderno: 天气; tradução: Energia Celestial)- ‘Tiān’ (kanji:
Tiān Ch’i (kanji antigo:
天; tradução: céu, celestial, dia) + ‘ch’i’ (kanji antigo: 氣; kanji moderno: 气; traduções: ar, gás, va-
por, sopro, espírito, energia universal, aquilo que possibilita que uma alma vibre em um corpo, ou seja, é
equivalente ao Prāṇa dos indianos). Em um dicionário de chinês, o termo Tiān Ch’i pode ser traduzido
como tempo (metereológico), mas no presente contexto a tradução é Energia ou Prāṇa Celestial.
34
Rúach HaCódesh (hebraico bíblico ou quadrado: ;רוח ַהקדשhebraico massorético:
;רּוחַ הקֹּ דֶ ׁשtransliteração alternativa: Ruach HaCodesh).
35
Pneúma Hagios (grego: πνεῦμα ὰγίος; pronúncia: pneûma águios; português: Pneuma Haguios)-
agios (grego: ὰγίος; pronúncia: águios; tradução: santo ou sagrado).
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Basta lembrar que o Corpo Físico é percorrido por impulsos nervosos, que são corren-
tes elétricas variantes no tempo e que, sobejamente comprovado pelo Eletromagne-
tismo, tal fenômeno dá origem à irradiação de energia eletromagnética.
Em consequência, é preciso cautela para não confundir Aura Física e Corpo Fí-
sico, Aura Etérica e Corpo Etérico, e assim por diante. A verdadeira ideia das bonecas
que se encaixam uma dentro das outras vem da constatação de que os diversos corpos
sutis se situam no interior do Corpo Físico. Embora tais entes energéticos estejam su-
jeitos a variações, o Corpo Etérico é ligeiramente menor que o Corpo Físico, o Corpo
Astral, por sua vez, é menor que o Corpo Etérico e por aí vai, até o Corpo Sideral e
seu respectivo nível áurico. Por outro lado, a distância da superfície externa de um
determinado nível áurico, com relação à superfície do Corpo Físico, é inversamente
proporcional à posição do corpo do qual ele se origina. Assim, por exemplo, o terceiro
corpo, que é o Astral, está mais para dentro do Corpo Físico, do que o segundo que é o
Duplo-Etérico. Em compensação, a superfície externa da Aura Astral está mais dis-
tante do Corpo Físico do que a superfície externa da Aura Etérica, e assim por diante.
Tal esclarecimento é muito mais importante do que pode parecer inicialmente! Basta
nos lembrarmos de os movimentos espirituais genuínos pregam a interiorização e nos
dizem: “busquem a Verdade ou busquem a Deus em vocês mesmo”. Isso nada mais é
do que uma referência a tal realidade. Se nos basearmos nesse fato, a procura da iden-
tidade íntima resultará, portanto, na quebra de certo número de interfaces entre “corpos
energéticos” ou “reservatórios íntimos”. Dito de outra forma: à medida que vamos ati-
vando os corpos mais sutis, no sentido do exterior para o interior, vamos nos capa-
citando a acessar realidades cada vez mais elevadas.
As “camadas áuricas” não são conforme as camadas de uma cebola. Cada uma
delas interpenetra completamente as que se situam abaixo da mesma, bem como o pró-
prio Corpo Físico, indo até a superfície do corpo que a originou, ou seja, as mais sutis
interpenetram as mais densas. Na realidade, não temos bem “camadas”, embora seja is-
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
so que se perceba de forma clarividente. Por isso, daqui para frente, ao invés de chamá-
las de “camadas áuricas”, vamos utilizar a denominação “níveis áuricos”. O segundo, o
quarto e o sexto nível áurico têm, todos eles, estruturas definidas, enquanto que o pri-
meiro, o terceiro, o quinto e o sétimo se compõem de campos energéticos sem estruturas
particulares; eles têm aspectos fluídicos ou plásmicos.
O sexto e o sétimo níveis áuricos, relativo aos corpos semidivino (sexto) e sideral
(sétimo), respectivamente, quando representados em ilustrações, são meras conjecturas
pictóricas, baseadas nas informações dos mentores espirituais. Isto porque a vida não
nos permite encontrar e ter a permissão de observar, de forma clarividente e com fre-
quência, seres humanos que tenham ativado o sexto e o sétimo corpo em graus que pos-
sibilitem tais ações. Não queremos com isso duvidar de alguns autores que afirmam ter
observado tais manifestações energéticas, mas nos reservamos o direito de considerá-
los, no mínimo, eleitos e felizardos por tal oportunidade ímpar!
A aura ou conjunto de níveis áuricos aparecem em conjunto sob uma grande for-
ma ovoide, cuja parte inferior adentra profundamente no solo, sob o corpo físico da pes-
soa. Esse é um detalhe muito importante porque nos ajuda a compreender um pouco
mais o acoplamento entre um ser humano e o “corpo da Terra”, ou seja, entre o homem
e as energias telúricas. Tal acoplamento vital ao equilíbrio de todos nos remete a uma
reflexão mais profunda acerca da utilização de certos materiais do solo na construção de
um modo geral.
2ª) O termo Perispírito (do grego: peri, em torno, e do latim: spiritus, espírito) é o en-
voltório sutil do Espírito, sendo este último, em alguns trabalhos kardecistas, encarado
como sinônimo de Alma. Já em outros, o termo Alma é empregado quando o ser se em-
contra encarnado e Espírito quando se encontra desencarnado. Alguns autores pós-kar-
dequianos, a exemplo de Léon Denis, usam os termos Espirito Encarnado e Espírito
Desencarnado, portanto, mais uma contribuição para reforçar a “sinonímia” entre
Alma e Espírito.
Na definição de Allan Kardec, o Perispírito é o que possibilita a interação entre
os meios espiritual e físico. Esta expressão foi empregada pela primeira vez pelo codi-
ficador da Doutrina Espírita no item 93 de O Livro dos Espíritos. Ele concluiu que o
Perispírito seria um corpo fluídico que envolve o Espírito (a Alma, grifo nosso) na
condição de ente “semimaterial”, mais “grosseiro” que o Espírito (a Alma, grifo nosso)
e mais “sutil” que o corpo físico, seria o responsável, entre outras funções, pela trans-
missão da vontade daquele para este e das sensações do corpo para o Espírito (a Alma,
grifo nosso). Seria constituído a partir de modificações particulares do “Fluido Cósmico
ou Universal”, que Kardec defendia ser a matéria primordial de que se compõe o
universo.
Já na obra O Que é o Espiritismo, de Allan Kardec, Capítulo II, itens 10 e 14,
lemos:
10. Há, pois, no homem três elementos essenciais:
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
NOTA ‒ A Alma é assim um ser simples; o Espírito um ser duplo e o Homem um ser
triplo. Seria mais exato reservar a palavra Alma para designar o princípio inteligente, e
o termo Espírito para o ser semimaterial formado desse princípio e do Corpo Fluídico;
mas, como não se pode conceber o princípio inteligente isolado da matéria, nem o Pe-
rispírito sem ser animado pelo princípio inteligente, as palavras Alma e Espírito são, no
uso, indiferentemente empregadas uma pela outra; é a figura que consiste em tomar a
parte pelo todo, do mesmo modo por que se diz que uma cidade é povoada de tantas
Almas, uma vila composta de tantas famílias; filosoficamente, porém, é essencial fazer-
se a diferença.
36
Logo está descartado deste conjunto o corpo Duplo-Etérico ou cascão eletrônico, onde estão situadas
as nāḍīs, incluindo os meridianos da Acupuntura, e as partes etéricas dos chakras.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
3ª) Repare que existe contradição entre o que é dito nos itens 10 e 14 do capítulo II na
obra O Que é o Espiritismo, de Allan Kardec:
10. A Alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e
o senso moral;
37
[Egidio Vecchio (1924-2006)] - Argentino de nascimento e radicado no Brasil desde 1972, foi quem
realmente trouxe o Reiki para o Brasil em 1981, por intermédio do Mestre estadunidense Stephen Cord
Saiki. Dr. em Psicologia Clínica, Dr. em Psicologia Geral, Dr. em Psicopedagogia, pesquisador da Física
Quântica, da Psicologia Profunda em relação ao Sistema Usui de Reiki e fundador da Escola Brasileira de
Reiki em Porto Alegre. Foi também um escritor de sucesso, com mais que 15 livros publicados, dentre
eles O Poder da Energia Reiki, Reiki para Reikianos (2ª edição), Cinco Dicas para Ser Feliz (4ª edição) e
Reiki e Ciência, sendo este último em coautoria com a Mestra Ana Luíza da Conceição.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
(a)
(b)
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Alguns escrevem “psiquê”, mas o correto é “psique”, embora a pronuncia seja “psiquê”, tanto no
sentido de “alma”, “espírito”, como designando a personagem mitológica (Psique, companheira de Eros).
Psiquê ou Psique (em grego: Ψυχή, Psychē) é uma personagem da mitologia grega, personificação da
alma. Seu mito é narrado no livro O Asno de Ouro de Apuleio, que a cita como uma bela mortal por quem
Eros, o deus do amor, se apaixonou. Tão bela que despertou a fúria de Afrodite, deusa da beleza e do
amor, mãe de Eros - pois os homens deixavam de frequentar seus templos para adorar uma simples
mortal.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
b) Chakras
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A base nominal desta palavra neutra é: cakra [devanāgarī: चक्र; pronúncia: tchâcrâ; traduções: círcu-
lo, roda de um modo geral (de uma carroça, do torno de um oleiro, etc), um círculo astronômico antigo, a
forma de um dispositivo bélico, centro, polo ou vórtice (no sentido de uma região de congregação de
energia). Para o caso do presente trabalho, ficaremos com polo ou vórtice no sentido mencionado]. Se
fôssemos usar a gramática sânscrita, aqui ela deveria ser declinada no caso nominativo e no singular:
cakram (devanāgarī: चक्रम; ् pronúncia: tchâcrâm). No mesmo caso e no plural: cakrāṇi (devanāgarī:
चक्रानण; pronúncia: tchâcrâânî). O plural chakras é “aportuguesado”. Para consultar o quadro completo
de declinações dessa palavra em particular, vide o site Sanskrit Tools, dos irmãos Paulo Marcos Durand
Segal e Claudio Marcos Durand Segal, por intermédio do seguinte link:
<http://sanskrit.segal.net.br/pt/decl?n=cakra&tr=iast&gen=n>.
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A personagem da série Xena: A Princesa Guerreira utiliza tal arma e a carrega presa ao seu cinturão.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Cada autor elege o seu sistema de chakras principais, não havendo uma razão
comum neste assunto. Conforme já dito antes, muitos incluem o Chakra Esplênico ou
Chakra do Baço e excluem o Chakra Genésico ou Chakra Sexual (situado em nível
do plexo sacral), chamando o Chakra Básico ou Chakra Raiz de Chakra Sexual.
Não que este último não tenha também esta função, porém, a maior parcela desta res-
ponsabilidade fica mesmo com o Chakra Sexual propriamente dito. No nosso enten-
der, os eixos dos chakras principais, sendo os chakras vórtices tridimensionais, ficam
no plano mediador do corpo, incluindo este plano a coluna vertebral, conforme ilustra-
do nas figuras 7 e 9:
(a)
(b)
Fig. 7
1ª) Decompor o Prāṇa (Energia Universal da Vida, Ch’i, Qi, Ki, Rúach, Munia,
Telesma, Orenda, Bioenergia, Bioplasma, etc) branco do ar e o enviar aos outros
centros;
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(a) Cores e matizes do Prāṇa branco do ar (não são as mesmas sete do espectro visível).
Fig. 8
2ª) Processar emoções básicas (raiva, dor, medo, arrependimento, ansiedade, etc),
coordenando os excessos e a autoexigência;
3ª) Ser usado para tratamento do diabetes, da apneia periódica, de pressão na região, de
problemas no baço, vesícula e pâncreas
Por via das dúvidas, vamos incluir nas duas figuras seguintes o Chakra do Baço,
para satisfação das exigências de muitas escolas de pensamento.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
(a) (b)
Fig. 9
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
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Recomendamos um “zoom” de 200% na figura a fim de melhor visualizar os detalhes dos chakras.
42
Isto é abordado de forma sucinta na página 138 do livro Um Tratado Sobre o Fogo Cósmico, tomo 1,
de Alice Ann Bailey, um dos 24 livros canalizados do Mestre Djwhal Khul, o tibetano, e publicado pela
Fundação Cultural Avatar, Niterói, RJ, Brasil.
43
Ponto do entusiasmo, zelo, ardor, etc.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Isto inclusive fecha a questão de todos os Sete Chakras Magnos terem duas bocas, su-
perfícies ou corolas.
12- Corola dorsal do Chakra Laríngeo, também chamada de corola cervical ou corola
do pescoço.
15- Corola superior do Chakra Coronário Superior, também chamada de corola ce-
lestial.
Fig. 11- Os Sete Chakras Principais e as Glândulas Endócrinas com eles relacionadas.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Chakras Principais
Ordem Denominação Sânscrita Pronúncia Tradução Denominação Associações
Ocidental
Chakra Básico,
1º Chakra Mūlādhāracakra mûû-lââd’râârâ-tchâcrâ é
Chakra Raiz ou
apenas uma aproximação Chakra Suporte da Raiz Terra
(devanāgarī: मूिाधारचक्र) Chakra
inexata
Fundamental
Chakra Suporte da Essência de Vida,
Chakra Suporte do Sopro de Vida,
2º Chakra Svādhiṣṭhānacakra “sûââd’rîchît’râânâ-tchâcrâ”
Chakra Suporte da Personalidade, Chakra Genésico ou
é apenas uma aproximação
(devanāgarī: स्वानधष्ठानचक्र)
Água
Chakra Suporte da Individualidade, Chakra Sexual
inexata
Chakra Morada de Si Mesmo ou
Chakra Morada Própria do Eu
3º Chakra Maṇipūracakra Chakra do Plexo
mânîpûûrâ-tchâcrâ Chakra Cidade das Joias Solar ou Chakra Fogo
(devanāgarī: मनणिूरचक्र)
Gástrico
4º Chakra Anāhatacakra Chakra do Som Místico, Chakra do
ânâârrâtâ-tchâcrâ Som Espontâneo, Chakra Intocado ou Chakra Cardíaco Ar
(devanāgarī: अनाहतचक्र)
Chakra Inviolado
5º Chakra Viśuddhacakra “vîchûd’râ-tchâcrâ” é apenas
uma aproximação inexata Chakra da Grande Pureza ou Chakra Éter, Som e
ु
(devanāgarī: नवशद्धचक्र) Completamente Purificado Chakra Laríngeo
Verdade
Chakras Principais
Ordem Posição Plexos Sistema Sistema Aspectos Internos / Esfera Natureza
da Raiz Associados Endócrino Fisiológico Fatores de Bloqueio
1º No segundo Corola Perineal → Plexo
Sobrevivência,
segmento do Reto-hemorroidário; Glândulas Geniturinário Segurança e Senso de
cóccix Corola Coccígea → Plexo Suprarrenais
Realidade / Temor
Coccígeo Terrestre
2º Vértebra S3 Corola Pubiana → Plexo
Hipogástrico; Corola Gônadas Reprodutivo Prazer / Culpa Fisiológica
Sacral → Plexo Sacral
3º Vértebra L1 Corola Diafragmática →
Plexo Solar; Corola Pâncreas Emoções e Poder /
Adrenal → Medula Endócrino Digestivo Vergonha
Nervosa Humana
4º Vértebra T6 Corola Frontal → Plexo Pautada no
Cardiorrespiratório; Corola Timo Circulatório Sentimentos / Tristeza Equilíbrio Pessoal e
Braquial → Plexo Braquial Transcendental
5º Vértebra C5 Corola Frontal → Plexo Comunicação, Vontade
Tireoide e
Laríngeo; Corola Cervical Respiratório e Conhecimento /
Paratireoides
→ Plexo Cervical Mentira
6º Ambas as raízes Corola Frontal → Plexo Inspiração, Intuição,
Hipófise ou Nervoso
estão no nível da Frontal; Corola Dorsal → Visão Interior e
Pituitária Autônomo
glabela Lobo Occipital Comando / Ilusão
A da corola su- Celestial Transcendental
7º
perior fica a cer- Corola Coronária → Plexo
ca 6 cm acima Coroide do Ventrículo La- Nervoso Transcendência
Pineal ou
do topo do crâ- teral; Corola Occipital → Central Espiritual / Ligações
nio e a outra fica Epífese Terrenas
Plexo Coroide do Quarto
no nível do pala- Ventrículo
to duro
Tab. 1B
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Sahasrāracakra → Mokṣa (devanāgarī: मोक्ष; pronúncia: môquîchâ; ...até que alcancemos a liberação (Mokṣa).
tradução: liberação).
Ājñācakra → Viveka (devanāgarī: नववेक; pronúncia: vîvêcâ; traduções: Conscientemente integramos esses valores humanos dentro de nós, re-
presentando de forma primorosa o nosso papel no palco da vida
conhecimento verdadeiro, julgamento correto e discernimento acerca das coisas (Viveka).
baseando em suas reais propriedades).
Viśuddhacakra → Satya (devanāgarī: सत्य; pronúncia: sâtîâ; traduções: Desta forma, nossa vida passa a ser a mais pura expressão da verdade
(Satya).
verdade ou real).
Anāhatacakra → Premā (devanāgarī: प्रेमा; pronúncia: prêmââ; traduções; Adquirimos a consciência de que tudo tem uma razão de ser e passamos
a amar a vida, os fatos e as pessoas de uma forma serena, aprimorando o
amor transcendental, amor universal e amor divino). aspecto mais nobre do amor, que é o amor universal (Premā).
Maṇipūracakra → Ahiṁsā [devanāgarī: अहहसा; pronúncia: ârrĩsââ (âr- Entendemos que não precisamos mais invadir o espaço alheio e nem tam-
pouco permitir que nos invadam; não transgredimos e muito menos vio-
rîm’sââ); traduções: segurança e inocuidade, ou seja, particularidade ou na- lentamos as Leis da Natureza (Ahiṁsā).
tureza daquilo que é inócuo (que não provoca prejuízo, que não ocasiona danos
ou aquilo que é inofensivo ou não oferece perigo para)].
Svādhiṣṭhānacakra → Śānti (devanāgarī: शनि; pronúncia: châântî; tra- ...criamos dentro de nós a capacidade de atrair o que é necessário ao
nosso crescimento e isso nos traz a paz de espírito (Śānti).
dução: paz).
Mūlādhāracakra → Dharma [devanāgarī: धमा; pronúncia: dârmâ; tradução: Quando descobrimos nosso propósito na vida e avançamos pelo caminho
com retidão e firmeza (Dharma).
ensinamentos (corpo de doutrina) de diversas tradições, dever, ordem social,
caminho, conduta reta ou, simplesmente, virtude].
Tab. 2- Os Chakras e os valores humanos (especialmente confeccionada pelo Prof. Roberto Ribeiro Nogueira).
37
A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Tab. 3
No que diz respeito ao Chakra do Plexo Solar, as representações são bem dis-
tintas no fator cores, mas em nenhuma delas o amarelo é predominante. O número de
pétalas é o mesmo.
Já com relação ao Chakra Cardíaco, as cores são bem correspondentes, mas não
existe nenhum verde predominante. O número de pétalas também é o mesmo.
O que o pessoal da “teoria do arco-íris” coloca em suas ilustrações são as cores
usadas na Cromoterapia para as aplicações nos chakras. Algumas coincidem com as
cores predominantes dos mesmos e outras não! Na verdade, as cores preconizadas pela
Cromoterapia e constantes na figura 7 estão corretas no que respeita aos efeitos que
vão proporcionar nos chakras, em acordância com as funções dos mesmos. No entan-
to, a análise das partes (a) e (b) da figura 7 pode levar à conclusão errada de que o ver-
de seja a cor predominante no Chakra Cardíaco ao ser observado clarividentemente
em nível de Duplo-Etérico.
Outra possibilidade é apresentar as maṇḍalas44 correspondentes aos chakras com
as cores dos Tattvas45 (Estados vibratórios, elementos, essências de algo...) asso-
44
A base nominal desta palavra é: maṇḍala [devanāgarī: मण्डि; pronúncia: mândâlâ, e não mandála,
conforme se ouve por aí; traduções: como substantivo neutro podem ser disco ou círculo; já como adje-
tivo, que possui os gêneros masculino, feminino e neutro, podem ser circular ou redondo]. → Caso nomi-
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Fig. 14- Cakrāṇi Tattvāni ca46 (devanāgarī: चक्रानण तत्त्वानन च; pronúncia: tchâcrâânî
tâtûâânî tchâ; tradução: Chakras e Tattvas).
nativo no singular para o substantivo neutro: maṇḍalam (devanāgarī: मण्डिम; ् pronúncia: mândâlâm).
→ Caso nominativo no singular para o adjetivo masculino: maṇḍalaḥ (devanāgarī: मण्डिः; pronún-
cias: “mândâlâr” se não estiver no final da oração e “mândâlârrâ” se estiver). → Caso nominativo no
plural para o substantivo neutro: maṇḍalāni (devanāgarī: मण्डिानन; pronúncia: mândalaani). → Caso
nominativo no plural para o adjetivo masculino: maṇḍalāḥ (devanāgarī: मण्डिाः; pronúncias: “mândâ-
lââr” se não estiver no final da oração e “mândâlâârrâ” se estiver). O plural maṇḍalas é “aportuguesado”.
45
A base nominal para esta palavra neutra é: tattva (devanāgarī: तत्त्व; pronúncia: tâtûâ; traduções:
estado vibratório e elemento). → Caso nominativo no singular: tattvam (devanāgarī: तत्त्वम; ् pronúncia:
tâtûâm). → Caso nominativo no plural: tattvāni (devanāgarī: तत्त्वानन; pronúncia: tâtûâânî). O plural
tattvas é “aportuguesado”.
46
Quanto aos plurais cakrāṇi / tattvāni, pelo fato de ambos serem substantivos neutros, a mudança de
“n” para “ṇ” no primeiro ocorre por causa de uma regra de sandhi que determina que “n” deve mudar para
“ṇ” se aparecer depois de “r”, dentro de uma mesma palavra.
40
A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Neste ponto você deve estar se perguntando: Por que sistemas incompletos ou
imperfeitamente representados funcionam bem? A resposta é simples:
─ Os chakras e as nāòīs47, sendo que estas incluem os meridianos da Acupuntura,
constituem uma malha energética situada no Duplo-Etérico, não sendo necessário e
nem viável energizar todos os milhares de pontos para que se obtenham os efeitos des-
ejados. Para que você possa estabelecer um paralelo, é interessante citar que um den-
47
A base nominal desta palavra feminina é: nāḍī (devanāgarī: नाडी; pronúncia: nââdîî; traduções: tubo,
conduto, vaso tubular no corpo, veia, pulso, fluxo, corrente ou torrente). → Caso nominativo no singular:
nāḍī (devanāgarī: नाडी; pronúncia: nââdîî). → Caso nominativo no plural: nāḍyaḥ (devanāgarī:
नाड्यः; pronúncias: “nââdîâr” se não estiver no final da oração e “nââdîiârrâ” se estiver). O plural nāḍīs
é “aportuguesado”.
41
A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
tista injeta o anestésico em alguns pontos estratégicos da gengiva, não em todos, e que
o efeito se espalha não só pela boca como, às vezes, por regiões fora da mesma, não é
mesmo?
Por tudo o que já foi colocado até então, não vou afirmar que todos os “sistemas”
que estão por aí são corretos, mas vou incentivá-lo a ler com atenção o presente tra-
balho e, após os seus estudos e pesquisas, que deverão extrapolar a presente publica-
ção, aí sim você estará em condições de tirar suas próprias conclusões.
Para fins de nosso estudo, podemos detalhar o estado dinâmico de um chakra co-
mo sendo48:
Uma vez que os chakras são polos de máxima entrada e saída de energia do cor-
po, eles são centros focais importantíssimos dentro do sistema. A partir de um chakra
desequilibrado teremos, mais cedo ou mais tarde, uma doença. Quanto mais desequili-
brado estiver o chakra, mais grave será a doença.
Quando um chakra está equilibrado, ele apresenta forma semelhante àquela já
ilustrada na figura 6. No entanto, é possível um chakra sofrer uma suprativação ou até
uma hiperativação induzida (pelo Reiki, por exemplo) ou não, a fim de sanar uma defi-
ciência energética grave ou para expulsar energias deletérias do sistema etérico de uma
pessoa. A sobreativação é um estágio um pouco abaixo da superativação. Por exemplo,
para ser estabelecido o processo Reiki, os chakras do terapeuta são sobreativados, du-
rante a aplicação da terapia, para colocarem para dentro da malha energética do tera-
peuta uma quantidade excedente de Energia Vital da Vida, Bioenergia, Bioplasma,
Ki, Ch’i, Qi, Prāṇa ou qualquer uma das muitas denominações que a ela atribuíram. Es-
te excesso é então qualificado pela Energia Shinki (Fohat, Tiān Ch’i, etc.) e normal-
mente projetado pelos chakras palmares do aplicador, sendo também possível projetar
48
Alguns conceitos desta subseção vieram de uma vídeo aula do Dr. Alírio de Cerqueira Filho, a quem
sou imensamente grato por isso.
42
A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
através dos chakras dos olhos e dos chakras das solas dos pés. Esta projeção quali-
ficada é o Sistema Reiki.
Devido a problemas diversos, um chakra pode também sofrer uma subativação
ou até ficar bloqueado, conforme aparece na figura 16, resultante de um observação cla-
rividente da Dra. Barbara Ann Brennan. Segundo esta incrível pesquisadora, todas as
pessoas que sofrem de angina têm a energia no Chakra Cardíaco bloqueada, durante
as crises; a energia naquela região apresenta-se escurecida. Ela também afirmou em seu
livro Hands of Light que pessoas com AIDS apresentavam o primeiro e o segundo
chakra principais ambos bloqueados.
.
Fig. 16- Chakra bloqueado.
Fig. 17
50
Dores de cabeça.
51
É a diminuição do tônus muscular e da força, o que causa moleza e flacidez.
44
A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Existem dois tipos de egocentrismos: o voltado para dentro e o voltado para fora.
O primeiro tipo é aquele em que os sentimentos egóicos evidentes (egoísmo, orgulho,
vaidade, presunção, etc) predominam. O segundo é aquele em que os segmentos egói-
cos mascarados (pseudo-altruísmo, pseudo-amor, pseudo-perdão, etc) predominam.
Eles parecem positivos, mas não são e são fruto do processo de tentar falsear os pró-
prios sentimentos egóicos evidentes. O ser humano normalmente transita entre os sen-
timentos egóicos evidentes e os sentimentos egóicos mascarados. Uma vez que os pri-
meiros são muito mal vistos socialmente, as pessoas tendem aos do segundo tipo. En-
tretanto, o equilíbrio é obtido através do holocentrismo.
Fig. 18
52
Personagem magistralmente interpretado pelo ator Clemente Viscaíno no filme Nosso Lar, dirigido e
roteirizado por Wagner de Assis e baseado na obra homônima de Chico Xavier, ditada pelo Dr. André
Luiz. O filme conta com um elenco impecável, onde constam, dentre outros, nomes como Paulo Goulart
(Ministro Genésio), Renato Prieto (Dr. André Luiz), Werner Schünemann (Emmanuel), Othon Bastos
(Anacleto, o governador de Nosso Lar), Fernando Alves Pinto (Lísias), Rosanne Mulholland (Eloisa),
Inez Vianna (Narcisa), Rodrigo dos Santos (Tobias), Ana Rosa (Laura, mãe de Lísias) e Helena Varvaki
(Zélia).
53
O Nosso Lar é uma dos locais situados até 100 km acima da superfície terrestre e para onde vão as
pessoas as almas desencarnadas e onde aguardam novas reencarnações, trabalhando e estudando. Estes
locais são verdadeiras cidades espirituais que servem de morada para almas desencarnadas com algum
grau de evolução, ou seja, que praticaram relativamente o lema moral “faça aos outros o que gostaria que
os outros lhe fizessem”. Apresentam prédios, pátios, jardins, casas, parques, árvores, hospitais, lazer,
bibliotecas, onde os habitantes trabalham, estudam, reúnem-se às suas famílias desencarnadas, quando
possível, e descansam.
45
A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do
poder diretriz da mente (grifo nosso), estabelecem, para nosso uso, um veículo de cé-
lulas elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o
pensamento vibra em circuito fechado. Nossa posição mental determina o peso espe-
cífico do nosso envoltório espiritual e, consequentemente, o ‘habitat’ que lhe compete.
Mero problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de
onda. Quanto mais primitiva se revela a condição da mente, mais fraco é o influxo vi-
bratório do pensamento, induzindo a compulsória aglutinação do ser às regiões da cons-
ciência embrionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhe são afins.
O crescimento do influxo mental, no veículo eletromagnético em que nos movemos,
após abandonar o corpo terrestre, está na medida da experiência adquirida e arquivada
em nosso próprio espírito. Atentos a semelhante realidade, é fácil compreender que su-
blimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações, conforme o
tipo de pensamento que nos flui da vida íntima”.
“[...] Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de força, que
reage em nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais”.
“[...] O nosso veículo sutil, tanto quanto o corpo de carne, é criação mental no caminho
evolutivo, tecido com recursos tomados transitoriamente por nós mesmos aos celeiros
do Universo, vaso de que nos utilizamos para ambientar em nossa individualidade
eterna a divina luz da sublimação, com que nos cabe demandar as esferas do Espírito
Puro. Tudo é trabalho da mente no espaço e no tempo, a valer-se de milhares de formas,
a fim de purificar-se e santificar-se para a Glória Divina”.
– “Quando a nossa mente, por atos contrários à Lei Divina, prejudica a harmonia de
qualquer um desses fulcros de força de nossa alma, naturalmente se escraviza aos
efeitos da ação desequilibrante, obrigando-se ao trabalho de reajuste”.
(a) (b)
Fig. 19- Tela protetora e chakra cheios de energias mal qualificadas, entidades-pen-
samento negativas e elementais negativos.
46
A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Fig. 20
54
O músculo diafragma, localizado na transição entre o tórax e o abdome, separa as duas cavidades
corporais. Neste músculo existe um orifício, conhecido por hiato esofágico, por onde o esôfago penetra na
cavidade abdominal e se liga ao estômago. A hérnia de hiato caracteriza-se por um enfraquecimento do
diafragma e alargamento do orifício nele contido, pelo qual uma parte do estômago desliza em direção ao
esôfago.
Não é fácil determinar-se a causa específica da hérnia de hiato, mas sabe-se que além dos problemas
genéticos alguns outros fatores facilitam as hérnias em geral: idade avançada; excesso de peso; ingerir
grandes quantidades de alimentos antes de se deitar; ingerir líquidos em excesso durante as refeições
(principalmente gasosos); traumas abdominais e a prática de esportes que forcem a musculatura abdo-
minal, como musculação e halterofilismo (levantamento de pesos).
Na ligação do esôfago com o estômago existe um músculo (músculo do esfíncter esofágico inferior)
que se abre para permitir a passagem dos alimentos para o estômago e se fecha para impedir que os ácidos
estomacais subam para o esôfago. Qualquer alteração nesse mecanismo pode provocar refluxo esofágico
(retorno do conteúdo do estômago para o esôfago) e a maior parte dos sintomas das hérnias de hiato
decorre desse defeito, uma vez que, como a mucosa do esôfago não está preparada para receber o
conteúdo ácido do estômago, ocorre uma inflamação do esôfago (esofagite).
Os principais sintomas da hérnia de hiato são: azia, eructações (arrotos) e refluxo dos ácidos estoma-
cais que podem alcançar a garganta e provocar tosse ou sensação de vômito. A azia crônica pode causar
úlceras e esofagite.
47
A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Com toda certeza esta é uma seção a ser apresentada com muito cuidado, evitan-
do, ao máximo, os efeitos colaterais da revelação de realidades há muito escondidas e
que só começaram a ser reveladas à medida em que a Matrix de Controle estabelecida
pelas hierarquias caídas começou a ser quebrada. O processo é lento, tendo começado
mais abertamente, lá pelos anos 1934-1935 quando foi recebido, inicialmente, O Livro
de Urântia55, que é nossa referência bibliográfica nº 21. Ele foi redescoberto em 1955 e
daí para sua divulgação foi bem mais rápido. Pela primeira vez vieram a público os con-
ceitos de Superuniversos, Universos-Locais e também a grande diferença entre Deus, A
Fonte Absoluta (o Deus de todos os deuses) e toda uma hierarquia de deidades que, por
Sua designação executaram e ainda executam um sem-número de Tarefas Criacionais.
No entanto, aquele monoteísmo mal colocado, instituído pelo faraó Akhenaton e infeliz-
mente copiado pelo judaísmo, pelo cristianismo e pelo islamismo, gera até hoje muita
instabilidade e confusão nas mentes das pessoas? Elas não entendem, por exemplo, que
o “Universo”, ou melhor, o “Multiverso” ‒ já que existem infinitas realidades paralelas
se processando simultaneamente ‒, tem muitas hierarquias e criações abaixo da Fonte
55
Trata-se de uma obra literária, composta por 197 documentos escritos em inglês arcaico, traduzido,
recentemente, para diversos idiomas e que serve como base ideológica para alguns movimentos religiosos
e filosóficos. Nas suas páginas, consta o fato do livro ter sido compilado por um corpo de seres supra-
humanos das mais diversas ordens, e o texto fornece uma surpreendente perspectiva das origens, história
e destino humanos, constituindo para os seus leitores assiduos uma nova revelação para a humanidade.
Há quem diga que a(s) identidade(s) do(s) canalizador(es) terreno(s) do livro é (são) desconhecida(s),
existindo por este motivo muitas teorias a respeito da sua edição e autenticidade. No próprio livro consta
que é assim para que nenhum humano possa ser proclamado “profeta” ou admirado de alguma forma por
tal obra literária. Entretanto, sabe-se que tal obra foi canalizada entre os anos de 1928 e 1934, e há quem
diga que o “canal” foi J. P. Appel-Guéry, um dos fundadores do grupo Galacteus. Entretanto, há tam-
bém quem afirme que os documentos foram recebidos por um pequeno grupo de pessoas em Chicago e
que seu líder era o Dr. William S. Sadler, um psiquiatra altamente respeitado que lecionava na Post-
graduate School of Medicine, na Universidade de Chicago. Por quase trinta anos ele foi também com-
ferencista em “Consultoria Pastoral” no Seminário Teológico McCormick. Em 1920 ele revelou que um
grupo de pessoas de todos os tipos de vida, reunia-se em sua casa para debater sobre tópicos psicológicos
e médicos. Este grupo foi conhecido como “O Foro”.
Através de uma série de eventos neste grupo de discussão, foram estabelecidas comunicações entre os
reveladores e membros do Foro, por meio da Comissão de Contato.
Muito mais tarde, os membros do Foro criaram a Fundação Urântia e publicaram O Livro de Urântia.
Embora seja uma fonte de inspiração e conhecimento para muitos líderes religiosos e instituições
estabelecidas, religiosas ou não, não surgiu, até hoje, religião formal de seus ensinamentos. Grupos de es-
tudo, fundações e sociedades continuam surgindo, pois o livro é uma inspiração a debates para todos
aqueles que tomam conhecimento de seu conteúdo. O próprio livro aconselha à não formação de uma
religião instituida, referindo que esta deve ser pessoal.
O Livro Urantia possui 2097 páginas e divide-se em quatro partes, a saber:
Prólogo - apresenta-se como guia para as palavras e conceitos religiosos e filosóficos presentes
ao longo da obra.
Parte I - O Universo Central e os Superuniversos
Parte II - O Universo Local
Parte III - A História de Urântia
Parte IV - A Vida e os Ensinamentos de Jesus
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Absoluta, conforme, muito mal comparando, em uma grande empresa: existem o presi-
dente, os diretores, os chefes de divisão e outros de menor escalão, mas cada qual res-
ponsável por uma área ou espécie de tarefa. Assim, conforme veremos mais adiante, A
Fonte projeta Sua Mente e Cria os Superuniversos. Dentro de cada Superuniverso exis-
tem incontáveis Universos-Locais, criados e regidos por deidades abaixo da Fonte que
Tudo É, denominados Filhos-Paraíso. Dentro de cada Universo-Local temos bilhões de
galáxias56 e, em cada uma delas vários bilhões de estrelas…Portanto, infinito, não?
Ainda quanto às infinitas realidades se processando simultaneamente, nos Planos
Superiores não existe o paradigma espacial tridimensional restrito, nem o temporal: pas-
sado, presente e futuro. Nossas ideias quanto à duração do tempo são todas derivadas de
nossas sensações, de acordo com as leis de associação. Elas não têm existência fora do
“eu individual”, e desaparecem quando sua caminhada evolutiva dissipa māyā 57 (ilusão)
56
Em tempo: existe o Grande Sol Central Alfa e Ômega, ponto inicial de manifestação da Fonte Que
Tudo É, Energia Procriadora e Pai-Mãe do Cosmos!
As galáxias podem conter de alguns bilhões de estrelas, no caso das menores, até centenas de bilhões,
no caso das mais luminosas, diz o astrônomo Laerte Sodré Jr., da USP, com uma média de 100 bilhões de
estrelas por galáxia. Estima-se que a nossa galáxia, a Via Láctea, possui de 200 a 400 bilhões de estrelas.
Portanto, o número de astros no universo é infinito! Então, além do Grande Sol Cen-tral Alfa e Ômega de
todos os Superuniversos, existem os Grandes Sois Centrais de cada Universo-local, e o Grande Sol
Central de cada Galáxia. Em cada galáxia temos vários Sois Centrais, pois cada galáxia tem Sistemas
Solares menores ainda, girando no seu interior. O Sol Central do nosso sistema solar é Al-cione, estrela
central da constelação das Plêiades ou M 45. Esta foi a conclusão dos astrônomos Friedrich Wilhelm
Bessel, e Edmund Halley, depois de estudos e cálculos minuciosos. Nosso Sol é, portanto, a oitava estrela
da constelação – localizada a aproximadamente a 28 graus de Touro, e leva 26 mil anos para completar
uma órbita ao redor de Alcione. A divisão desta órbita por doze resulta em apro-ximadamente 2167 anos
que é e duração de cada era.
57
Segundo o Glossário Teosófico, de Helena Petrovna Blavatsky, este é um termo sânscrito que
significa, ao pé-da-letra, ilusão. Em realidade māyā é bem mais do que isso, sendo o Poder Cósmico que
torna possíveis a existência fenomenal e as percepções da mesma. Segundo a filosofia hindu, somente
aquilo que é imutável e eterno merece o nome de realidade; tudo aquilo que é mutável, que está sujeito a
transformações por decaimento e diferenciação e que, portanto, tem princípio e fim, é considerado como
māyā (ilusão).
Segundo a Doutrina Secreta: “māyā ou ilusão, é um elemento que participa de todas as coisas finitas,
porque tudo quanto existe possui tão somente um valor relativo, e não absoluto, tendo em vista que a
aparência assumida pelo número perante o observador depende do poder de cognição deste último. Aos
olhos incultos de um selvagem, uma pintura se apresenta como um aglomerado confuso e
incompreensível de linhas e manchas coloridas, ao passo que a vista educada descobre ali,
imediatamente, uma figura ou uma paisagem. Nada é permanente, a não ser a Existência Una (Fonte
Criadora Primordial), absoluta e oculta, que contém, em si mesma, os números de todas as realidades. As
‘existências’ pertencentes a cada Plano do ser, incluindo os Deuses Criadores, são comparáveis às som-
bras projetadas por uma lanterna mágica em uma superfície branca. No entanto, todas as coisas são rela-
tivamente reais, porque o conhecedor é também um reflexo, e por isso as coisas conhecidas lhe parecem
tão reais quanto ele próprio.
Para conhecer a realidade das coisas é essencial considerá-las antes ou depois delas haverem passado,
qual um relâmpago, através do mundo material; pois não podemos discernir essa realidade diretamente,
quando só dispomos de instrumentos sensitivos que trazem à nossa consciência apenas os elementos do
mundo material. Seja qual for o Plano em que possa estar atuando a nossa consciência, tanto nós como as
coisas pertencentes ao mesmo Plano, somos as únicas realidades do momento. À medida, porém, que
vamos nos elevando na escala evolutiva, percebemos que, nos estágios já percorridos, havíamos tomado
sombras como realidades, e que o processo ascendente do Ego e um contínuo e sucessivo despertar, cada
passo à frente levando consigo a ideia de que não alcançaremos a ‘realidade’. Só quando alcançarmos a
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
da existência fenomenal, até porque o tempo não senão uma sucessão panorâmica dos
nossos estados conscienciais.
Claro que isto vai chocar muitos que acham, erradamente, que só Deus Cria! Ob-
viamente que isso não vai ser aceito, de jeito nenhum, por judeus, católicos, muçulma-
nos e outros, mas, quando surge tal assunto, costumamos fazer a seguinte pergunta:
‒ Bem, mas de que “deus” nós estamos falando? Da Fonte Que Tudo É, que é única e
realmente é a Fonte Criadora Primordial, da Fonte Criadora do nosso Universo-local ou
dos Deuses Criadores?
Provavelmente, por puro desconhecimento, a resposta será: Deus é único! Sim,
respondemos, a Fonte Primordial é única, sempre existiu, existe e existirá, mas existem,
conforme já afirmado, outras fontes criadoras em níveis que lhe são inferiores.
A Mente Infinita Criadora, como centro deste “Multiverso” é chamada por algu-
mas expressões já abordadas: Fonte Que Tudo É, Energia Procriadora, Pai-Mãe do
Cosmos, Fonte Primeva ou Criadora Primordial. Poderíamos também colocar diver-
sas outras, mas nada pode, realmente, definir tal Fonte em sua plenitude!
As Criações que sobrevivem as que que intencionam que as espécies inteligentes
agreguem Vida e Luz na “Imagem e Similitude” da “Evolução Superior”, que é o “Uni-
verso Vivo”. Cumpre então ressaltar um intricado desdobramento na Criação, pois exis-
tem, conforme já mencionado, os Superuniversos ou Universos-matrizes e, associados a
cada um deles, incontáveis Universos-Locais ou Universos-Filhos e, no interior destes
últimos, bilhões de galáxias e cada galáxia com até centenas de bilhões de estrelas, a
maioria maior do que o nosso sol, que é uma estrela de pequena grandeza. Dá para
imaginar, então, o número de Mundos-Morada? Não, é claro que não! Melhor dizer que
é infinito58! Baseados no Livro de Urântia e nos livros de Rodrigo Romo (vide
referências 22, 23, 24, 25 e 26), temos que o nosso Superuniverso se chama Orvônton,
cuja capital é Uversa59, e estamos situados em um Universo-local denominado Nébadon,
Consciência Absoluta, e com ela operarmos a fusão com a nossa, é que viremos a nos libertar das ilusões
de māyā”.
58
Durante os quase 40 anos em que lecionei nos cursos de engenharia, inclusive Cálculo Diferencial e
Integral, eu sempre procurei informar aos alunos que o infinito, representado pelo símbolo , não é
um número fixo, mas sim um símbolo de impossibilidade, inatingível! Podemos até dizer que é um núme-
ro tão grande quanto se possa imaginar, sabendo-se ainda que sempre é possível imaginar um outro maior
ainda! 1 000 000, 1 000 000 000, 1 000 000 000 000...e por aí vai, indefinidamente!
59
Uversa é a Capital de Orvontôn, o sétimo Superuniverso. Uversa é o centro de rotação dos setores fí-
sicos, com Sagitário, que circundam este centro perenemente. Uversa é a sede espiritual de cerca de um
trilhão de mundos habitados e por habitar.
Uversa é uma esfera com 490 satélites principais, divididos em grupos de 70 mundos. Cada um dos 7
grupos de 70 mundos corresponde a uma universidade de aprendizado avançado para as criatura volitivas
e em ascenção. Em Uversa existe uma representação de todos os Universos-Filhos estabelecidos. Néba-
don ainda não tem representação oficial em Uversa. É em Uversa que se confrontam os dois tipos de
governo: a autocracia, vinda dos reinos de perfeição e a democracia vinda dos reinos em evolução.
51
A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
cuja capital é Sálvington. O nosso planeta Terra (Urântia) localiza-se em uma galáxia
denominada Via Láctea, na parte conhecida como Satânia, mais exatamente no
quadrante teta. Os Superuniversos são criados pela Fonte Que Tudo É e, pelo Seu
desígnio, os Universos-Locais são criados e dirigidos pelos Filhos-Paraíso. O criador e
regente de nosso Universo-Local é um Filho-Paraíso denominado Micah ‒ não confundir
com o Arcanjo Michael que é de uma hierarquia subordinada a Micah. Micah também
não deve ser confundido com os Deuses Criadores que lhe são inferiores, também
conhecidos como Elohim, Arcanjos, Devas, Kamis, Dhyan-Chohans, Manus, Ah-hi, etc.
Também não é demais citar que Micah é conhecido por diversos nomes em várias
tradições, tais como: Grande Fonte Arquitetônica Universal (os maçons preferem Gran-
de Arquiteto do Universo - G∴A∴D∴U∴), Sonten (kanji: 尊天- pela seita japonesa Kura-
ma-kōkyō), Olódùmarè, Olórun (Senhor do Òrun) ou Obba Olórun (em yorubá ‒ que
significa rei-do-céu), Um Pumandêzo Catú Mandará (Deus Maior dos Encantados),
Allāh60 (árabe: )هللا, ʼAlāhā (aramaico siríaco: ; ܵܗܐ ܠܵ ܠܲܐtradução: unidade- esta pa-
lavra deu origem ao termo árabe Allāh), Brahman (devanāgarī: ब्रह्मन; ् pronúncia: brâ-
mâm; sentido védico: O absoluto; sim, o Absoluto em termos do nosso Universo-Local).
Muito embora os seguidores dessas tradições imaginem tratar-se da Fonte Que Tudo É
(O Deus de todos os deuses) e Poimandres (conforme mensagens recebidas por Toth-
Hermes Trismegistus, o três vezes grande).
Cabe ainda mencionar um fato que calará fundo na consciência de todo buscador
sincero da Luz: se a criação dos muitos Mundos-Morada ─ a Terra é um deles ─ tivesse
sido efetuada pelo Deus Supremo ou pela sua Mente projetada em nosso Universo-
Local, então todas as coisas seriam tão perfeitas, eternas e incondicionais, como a Fonte
Criadora Primordial, que é perfeição absoluta. Segundo Helena Petrovna Blavatsky, os
milhares de obras imperfeitas que achamos em nosso mundo testemunham, irrefutavel-
mente, que são produtos de seres finitos e condicionados, quer se chamem Elohim61,
60
O termo Allāh é derivado de uma contração do artigo definido al- ("o") com ilāh (“divindade”, “deus”).
61
Aqui a palavra Elohim não está se referindo ao “Elohim de Israel”, o falso, irado e vingativo deus dos
hebreus-judeus, devidamente desmascarado no artigo “Uma História de Estarrecer” do Paulo da Silva
Neto Sobrinho e em nosso “Os Falsos Deuses e os Problemas da Humanidade”, transcrito, com per-
missão, no início do citado trabalho! Não, ela está se referindo a uma classe de anjos, mencionada em
qualquer dicionário de hebraico.
ה
modo, de sotaque. A letra “Hê” ( ) tem o mesmo som do “h” aspirado do inglês, como na palavra house.
Portanto, a pronúncia clássica é “elorrim”. Mas o hebraico é uma língua muito antiga e que hoje é usada
pelos israelenses de modo moderno. Nesse novo dialeto, o “sotaque israelense” é de pronunciar o “Hê”
como um “h” mudo do português ou, seja, não o pronunciar! Assim sendo, a maioria dos israelenses hoje
diria “eloim”. Aparecem também as seguintes transliterações alternativas: Elohym, Eloim e Eloym]. A
palavra Elohim pode ser grafada com cinco e com seis letras, pois o hebraico possui um sistema chamado
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
de matres lectionis, no qual as vogais podem ser escritas com uma letra de apoio à leitura, ou sem ela. No
caso, a mater lectionis é o “Vav”, que pode ou não ser usada para apoio da vogal “o”.
Podemos encontrar na Wikipédia < https://en.wikipedia.org/wiki/Mater_lectionis>: na ortografia do
hebraico e de outras línguas semíticas, temos as matres lectionis (hebraico massorético: קְ ריאָ ה
;אּמֹותsignificado da expressão: vem do latim “mães da leitura”; forma singular: mater lectio-
nis; hebraico massorético: )אֵ םַקְ ריאָ ה, que se referem ao uso de certas consoantes para indicar
uma vogal. As letras hebraicas que fazem isso são as seguintes: ( אAlef ou Aleph), ( הHê, Hei,
Heh), ( וVav, Waw, Vau, Vô, Vôd) e ( יYod, Iod, Yud ou Iud). O “Yod” e o “Vav” são, mais
comumente, vogais do que consoantes. Em árabe, as matres lectionis, embora sejam muito menos
ا و
empregadas desta forma, são Alif , Vav , e Ya’ ي .
Elohim - Geralmente Deus no singular para os hebreus-judeus, é uma palavra de origem Cananeia que
entrou no vocabulário hebraico tanto na forma singular quanto plural. Deve ser entendida na forma mas-
culina e pelo sentido singular tal como aparece no texto hebraico para se referir ao Deus revelado a Israel.
Esta palavra aparece cerca de 2000 vezes no texto bíblico, e é um plural que pode significar: 1) O Deus
único, revelado a Israel (plural intensivo, mas o significado é singular); 2) uma classe de anjos;
3) um Deus singular dos pagãos; 4) uma pluralidade de deuses pagãos; 5) os poderosos; 6) os juízes; 7) os
legisladores.
A forma gramatical no singular é Eloha, também transliterada como Eloah (hebraico bíblico ou qua-
Existem também, por exemplo, as expressões Elohai (hebraico bíblico ou quadrado: ;אֹלהי
hebraico massorético: ;אֱֹלהָ יtransliteração alternativa: Elohay; pronúncia clássica: elorrai; pronúncia
moderna: eloai; tradução: meu deus) e Eloheinu (hebraico bíblico ou quadrado: ;אלהינוhebraico
Arcanjos, Devas, Kamis62, Dhyan-Chohans, Manus, Ah-hi, etc. Essas imperfeições das
obras são o resultado incompleto da evolução sob a direção de deuses imperfeitos ─
muito mais evoluídos que nós, mas ainda imperfeitos ─ e que ainda tiveram contra si,
muitas vezes, as atuações das hierarquias caídas, que estabeleceram uma verdadeira
Matrix de Controle. No entanto, os Deuses Criadores estão lutando bravamente63, ao
Para finalizar, quanto aos números singular e plural da palavra Elohim, é bom também que ressaltar
que existiam no passado do judaísmo muitas seitas: essênios, nazarenos, etc. Embora negado pelos judeus
de hoje, havia quem acreditasse nos Deuses Criadores (a tal classe de anjos já citada), por desígnio de um
Deus Superior, mas havia também quem só acreditasse no Deus Único e Supremo, e estes conseguiram
impor sua crença pela força. Ocorre que as Escrituras já estavam em parte finalizadas e aí algumas pas-
sagens ficaram com duplo sentido, como, por exemplo, em Gênesis:
1:26 E disse Deus (Elohim): Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança; e
domine ele sobre os peixes do mar, e sobre as aves do céu, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e
sobre todo réptil que se move sobre a terra.
ּובְ עֹוףַהשָ מיםַּובבְ הֵ מָ הַּובְ כָל־הָ אָ ֶרץַּובְ כָל־הָ ֶרמֶ שַהָ רֹּ מֵ שַַעל־
ַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַַהָ אָ ֶרץ׃
Repare que o verbo dizer está no singular e o verbo fazer está no plural. Como sempre, os “acomo-
dadores de plantão” oferecem uma explicação: Deus estava falando à sua Corte Celestial! Há outros que
dizem tratar-se de um plural majestático e há também quem defenda o seguinte enunciado: E disseram os
Elohim: Faremos Adão (O Homem Primordial - Adám Cadmon) à nossa imagem refletida, segundo as
leis da nossa ação assimilante; e dominarão sobre os peixes dos mares e sobre as aves do céu, e sobre o
gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. Eles dizem que a versão inicial
usava o verbo ‘dominar’ no plural para indicar que Adão não designa um só homem, mas a humanidade
inteira.
No próprio Sêfer Ietsirá, um dos textos fundamentais da Cabalá, consta que alguns cabalistas inter-
pretam o primeiro versículo de Gênesis como sendo: “No princípio Ele criou Elohim, os céus e a terra”. A
explicação para tal interpretação reside no fato que em hebraico, com frequência, o pronome pessoal ‘ele”
não é escrito, mas sim subentende-se na forma verbal. No mesmo livro é dito também que O pronome
‘ele’” neste lugar se refere ao Ser Infinito, mas não concordamos com essa última abordagem!
Bem, aqui cabe um comentário:
‒ Aqui também não se trata do Deus Imanente, A Fonte Que Tudo É, mas sim, dos Elohim que partici-
param da formação da Terra e dos projetos de vida.
62
Em japonês o plural se faz pelo sentido da frase e o certo seria “os kami”, e não “os kamis”, uma vez
que tal palavra ainda não entrou no vocabulário de nossa língua! No entanto, não demora muito, vai
entrar, sim, já que muitas publicações em português a usam no plural aportuguesado “kamis”.
63
Estamos vivendo na Kali Yuga, normalmente mencionada como Era de Kali e traduzida por Era de
Ferro. Em realidade o termo sânscrito kali pode significar dissensão, discórdia, maldade, perversidade,
guerra e luta. Trata-se, pois, da era da confusão e da desordem. Em sentido simbólico, era da decadência
moral e da perda do conhecimento pela inversão de valores. Tempo em que as Legiões Celestiais e as
“forças rebeldes” combatem no interior de cada ser humano. Quem estiver esperando por um
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
nosso lado, para que seja restabelecido o Plano Original da Fonte Que Tudo É.
Ainda quanto aos Deuses Criadores, nos informaram também que os Elohim (não
tem essa de escrever Elohins, não! Elohim já é plural, pelo menos intensivo, muito uti-
lizado no idioma hebraico!), inicialmente, formam uma tríade e depois isso se desdobra
em outras formações com mais participantes.
Voltando ao nosso Superuniverso, ele gravita em torno de um centro denominado
Havona, em um grupo de sete superuniversos ao todo, estando um 8º ainda em forma-
ção de um total de 12 quando o Plano Original da Fonte que Tudo É, A Fonte Pri-
meva, estiver completo. Afirma-se que existem outros 11 centros semelhantes à Havo-
na, que, na plenitude, formarão um grupo de 12 12 , totalizando 144 superuniversos.
Uma analogia útil é comparar a Criação a um imenso corpo humano. Deste modo, deve-
mos ter doze grandes chakras64 e, portanto, doze centros principais incluindo Havona.
Neste ponto é interessante lembrar-se de uma afirmação atribuída a Yeshua (Jesus): “A
casa de meu Pai tem muitas moradas...”
No início havia apenas a presença única, denominada Deus (A Fonte Que Tudo
É). Em Sua Alegria e Amor Infinitos, A Fonte Criou, expressou-se, a fim de ver, de
forma alegórica, Sua própria Imagem refletida no Espelho da Criação. Foram, então,
Criados os Superuniversos ─ lembre-se que no Multiverso existem muitas realidades
se processando simultaneamente ─ e as respectivas estrelas, planetas, luas, cometas, etc.
Entretanto, no desejo de dividir Sua Criação, foram também Criadas entidades auto-
conscientes para compartilharem com A Fonte da alegria e do amor da Criação. Foram,
pois, geradas um sem-número de luzes feitas à Sua imagem e similitude no que respeita
à essência, e não à aparência. O aspecto relevante de tais Mônadas Cósmicas ou Su-
pramônadas era a dotação de livre-arbítrio65.
Armagedom, ou seja, uma batalha celestial entre as forças do bem e as do mal pode desistir; o
combate, já há muito tempo, é corpo a corpo, dentro de cada ser humano. Nesta fase, diz Sai Baba:
‒ “Somente uma atitude pode conduzir o homem em salvaguarda, e é o atendimento à Lei do
Serviço a Deus e ao seu semelhante!”.
Sobre isso, ouvi ontem (09/03/2018), revisando o presente trabalho, da amiga e irmã de jornada Car-
men Beatriz Bartoly, o seguinte: ‒ “Não temos que ficar esperando pelo, anjos, não! Temos é que ser os
anjos e vencer a batalha!”.
64
E temos mesmo. Não são apenas os sete grandes chakras primários ou principais conforme erradamente
apregoam por aí! Isso mais bem analisado no capítulo 4 (chakras).
65
Este livre-arbítrio é, no mais das vezes, relativo e não absoluto, devido às condições sociais, às
moléstias, aos ambientes viciosos, ao cerco das tentações e aos dissabores circunstanciais da existência
humana. Entre tais causas, porém, está presente sua vontade soberana. Ele pode, pois, nascer em um
ambiente de miséria e dificuldades, buscando vencer por sua perseverança no trabalho e triunfar das
deficiências encontradas; pode suportar as enfermidades com serenidade e resignação; pode ser tentado de
todas as maneiras, mas só se tornará um criminoso se quiser ou se alguém fabricar provas e evidências
para incriminá-lo injustamente.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
A Brincadeira de Esconde-esconde
O Início de Tudo
Pois bem, foi algo semelhante ao que ocorreu quando a Fonte Criadora Primor-
dial, em seu Amor Infinito, dividiu a Criação com as Supramônadas, e na mesma es-
tava incluída toda forma possível de bem-aventurança e gozo que se pudesse almejar,
inclusive aqueles oriundos do que hoje entendemos como sendo orgasmo, amor, ou o
simples prazer de saborear um chocolate, bem como os estados celestiais de serenidade,
beatitude e êxtase supremos. Era o estado edênico, conforme já mencionado, e não ha-
via tempo ou espaço como no que conhecemos como Plano Físico. Ao Criar, a Fonte
Suprema teve um objetivo fantástico: conceder a Luz Infinita de felicidade e pleni-
tude, mas, do mesmo modo que no exemplo da brincadeira de esconde-esconde, não ha-
via tanta graça, uma vez que tudo, simplesmente tudo, era colocado gratuitamente à dis-
posição das Suas Centelhas Primordiais (Mônadas Cósmicas ou Supramônadas).
Sendo assim, tais super entidades, respeitosamente, disseram à Fonte:
─ “Vamos brincar de esconder! Esconda a Vossa Luz que nós vamos nos esforçar
para encontrá-la e, aí sim, merecê-La!”
As Supramônadas que saíram trabalhando dentro do Plano Original da Fonte,
realmente encontraram a Luz que, aliás, sempre esteve com elas. As que se destacaram
em primeiro plano deram origem às Hierarquias Celestiais mais próximas à Fonte. Em
seguida vieram aquelas às quais foram delegadas as tarefas de criação dos Universos-
Locais, sendo denominadas Filhos-Paraíso. Entretanto, houve também, quem não se-
guisse o Plano Original e por isso acabasse tendo que passar por experiências mate-
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
riais. Após diversos fracionamentos, pois uma Supramônada é inadequada para uma
experiência material66, ao chegarem ao Reino Humano, teve início o ego ou psique.
No entanto, ainda não se tem como saber o que todas as Mônadas Cósmicas ou
Supramônadas realmente criaram com o incrível poder de suas mentes! Só A Fonte
Primordial sabe!
Muita gente questiona, sem ter o devido conhecimento, que se “deus” existe, deve
ser um “deus” de uma perversidade monstruosa. Não dá para se ter uma realidade espi-
ritual vivendo aqui! Como se poderia ter? Olhe só o mundo e vem a pergunta acerca de
que tipo de “deus” faria um lugar assim tão devastador onde crianças morrem de for-
mas horrorosas, vítimas de terremotos, de crimes absurdos e de fome, enquanto os res-
taurantes jogam fora toneladas de comida diariamente? Isto sem falar das omissões, em
momentos cruciais, dos organismos internacionais, conforme ocorreu no holocausto dos
judeus e nos massacres de Ruanda e da Bósnia, por exemplo.
Entretanto, é assim que, infelizmente, as coisas acontecem e você vai entender is-
so brevemente, prometemos! Mais adiante, quando serão, abordados em detalhes os
conceitos de Supramônada, Mônada, Alma Superior e Extensão de Alma, o leitor saberá
que participamos da ampliação da Criação Primordial, e de como isto influenciou em
nossa situação atual.
O pensamento a seguir merece uma profunda reflexão!
Luz:
Segundo o genial físico Albert Einstein: “Deus não joga dados com o Universo
(‘Multiverso’, grifo nosso)”, ou seja, nada ocorre ao acaso! Sendo Deus (A Fonte Que
Tudo É) Perfeição Absoluta, então parece estarmos diante de uma situação paradoxal,
não?
Pois bem, ocorre que, conforme já dito anteriormente, até hoje ninguém sabe o que mui-
tas Mônadas Cósmicas ou Supramônadas realmente criaram com o incrível poder de
suas mentes! Com certeza devem ter ocorrido muitas “criações sofríveis” e fora do
Plano Original!
Então, embora nutra muito respeito e admiração pelo trabalho do irmão de jornada
Wagner Borges, discordo que esta passagem pela Terra e por outros planetas tenha sido
totalmente voluntária! Mais uma vez: se hoje estamos num orbe, recentemente passado
66
O nível de vibração de uma Supramônada é inimaginável e desagregaria o que entendemos como
matéria.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
500 20 736 10 368 000 até 1 200 20 736 24 883 200 , e que poderão encarnar,
nos reinos animal e humano tanto na forma masculina quanto na feminina, e que já vi-
brando na matéria deverão procurar o acoplamento com as polaridades complementares
através da sexualidade67.
67
Se você ainda não entendeu bem a divisão de cada Supramônada em Mônada, depois em Alma
Superior e, finalmente, em Alma (Extensão), imagine-se indo abastecer um cantil em um riacho: a
Natureza (Deus, Fonte) deu origem aos planetas (Supramônadas), a Terra entre eles, sendo que,
por razões topográficas (desejo de experimentar a densidade da matéria), origina os rios (Mô-
nadas) que dividem-se em riachos (Almas Superiores). O cantil (corpo físico) abrigará uma parte
da água (Extensão de Alma) de um riacho (Alma Superior). Entretanto, a água do cantil não
deixará de ter características implícitas da Natureza, da Terra, do rio e do riacho.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
68
Segundo o professor José Herculano Pires, autor de vários livros e um estudioso do Kardecismo: “A
Ontogênese Espírita, ou seja, a teoria doutrinária da criação dos Seres (Do grego: onto é Ser; logia é es-
tudo, ciência) revela o processo evolutivo a partir do reino mineral até o reino hominal. Essa teoria da
evolução é mais audaciosa que a de Darwin. Léon Denis a definiu numa sequência poética e naturalista: A
alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem. Entre cada uma dessas
fases existe uma zona intermediária, como se pode verificar nos estudos da ciência. […]” (vide páginas
93-94 da obra Mediunidade: vida e comunicação – Conceituação da mediunidade e análise geral dos
seus problemas atuais). No entanto, esta não é uma afirmação de Léon Denis, conforme escrito por
Herculano Pires, que deve ter absorvido o conceito em outra fonte e se confundiu ao citar Denis. Este
último, um dos principais continuadores da obra de Kardec, afirmava: “Na planta, a inteligência dormita;
no animal, sonha; só no homem acorda…” (vide página 123 do livro O Problema do Ser, do Destino e da
Dor). O arrazoado de Denis se baseia numa parte da resposta à questão 136 de O Livro dos Espíritos,
resposta essa atribuída aos Espíritos Superiores [São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de
Paulo, São Luís, O Espírito de Verdade (Yeshua-Jesus), Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg,
etc, etc.] que, alegadamente, auxiliaram Kardec na tarefa de codificação da Doutrina: “A vida orgânica
pode animar um corpo sem alma, mas a alma não pode habitar um corpo privado de vida orgânica”.
Entretanto, algumas outras escolas, conforme a Gnosis, por exemplo, fala na passagem evolutiva da al-
ma pelo reino mineral, sim! O consagrado Autor Joshua David Stone, também! A entidade Ramātīs,
idem! Tudo depende do entendimento da diferença entre “apenas se projetar em” e “utilizar o meio como
forma de procriação, etc”, mesmo porque a Doutrina afirma que antes do nascimento, não há ainda união
definitiva entre a alma e o corpo! Portanto, um corpo orgânico pode existir sem alma! Deixamos a cargo
do leitor a meditação profunda sobre tal assunto sutil e muito polêmico, mas formulamos a seguinte per-
gunta: Quem sabe a experiência da alma no mineral não é apenas um estágio preliminar de interação com
átomos e moléculas, para depois haver uma interação mais profunda com átomos e moléculas formando
células nutridas, também, pela Energia Universal da Vida, e com capacidade de procriação? Quem tra-
balha com cristais sabe que eles podem ser “programados” para diversas finalidades. Então cabe mais
uma pergunta: E estas programações são dirigidas a quem? Se não houvesse um princípio inteligente
atuando de alguma forma, ou pelo mesmo se familiarizando com a “matéria”...Já sei, já sei: os céticos vão
de dizer que é uma programação simplesmente impessoal, tipo computacional, etc, etc. Os piores cegos
não são aqueles que não podem ver, mas sim aqueles que não querem ver!
Quanto ao que chamamos de matéria, reparem só que a maior parte da “matéria” é oca, ou seja, a
maior parte é vácuo (ausência de matéria):
Os prótons e os nêutrons no interior de um átomo constituem um “caroço” central denso, denominado
15 15
núcleo, cujo raio varia desde cerca de 1 10 m, para o hidrogênio, até aproximadamente 7 10 m, para
os átomos mais pesados, mas que concentra mais de 99,9% da massa do átomo. Circundando o núcleo, há
10
uma nuvem de elétrons cujo diâmetro varia de 1 10 m a 3 10 m, cerca de 100 000 vezes maior,
10
portanto, que o diâmetro nuclear. Assim, se o núcleo do átomo tivesse 1 cm de diâmetro, o diâmetro
do átomo seria da ordem de 1 km. Dito de outra forma: Se o átomo tivesse um diâmetro de alguns
quilômetros, seu núcleo teria o tamanho de uma bola de tênis (diâmetro entre 6,54 cm e 6,86 cm). E
mais: se conseguíssemos eliminar todos os espaços vazios em um ser humano, ele ficaria com um
tamanho da ordem da cabeça de um a alfinete.
A maior parte do volume do átomo é esparsamente ocupada pelos elétrons, de modo que sua es-
trutura externa pode ser considerada oca, pois, para encher todo esse espaço vazio de prótons e nêu-
trons, necessitaríamos de, aproximadamente, 1 10 núcleos. Curiosidade: o átomo de hidrogênio é cons-
14
tituído por um só próton e um único elétron girando ao seu redor, e o hidrogênio é o único elemento cujo
átomo não possui nêutrons.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
outros sistemas solares. Aqui em nosso planeta, até onde sabemos, elas criavam também
formas-pensamento69 de animais, as quais começaram a se tornar densas, e passaram a
Parâmetros de um átomo: a maior parte do volume do átomo é esparsamente ocupada pelos elétrons.
Minúsculo em comparação ao restante do átomo, o núcleo contém mais de 99,9 % da massa do átomo.
69
São emanações mentais nossas ou de desencarnados que são vivificadas pelo Fluido Vital (Prāṇa).
Também conhecidas como “Cascões Astrais” na Teosofia. Por serem vitalizadas mantém-se com vida
vegetativa temporária.
Elas são criadas com a ação de dois chakras, um deles é o sexto, pois é o chakra responsável pela cria-
ção de pensamentos e imagens; o outro chakra vai depender do tipo de pensamento que se tem, como por
exemplo, se esse pensamento é relacionado a algum medo pode entrar em ação o segundo ou primeiro
chakra, se o pensamento for o amor dos Mestres pela humanidade, vai estar atuando o chakra do coração.
Por isso, as formas-pensamento podem ser construtivas ou destrutivas, pois tudo depende das criações
iniciais, se foram alinhadas ou distorcidas.
Depois que uma forma pensamento é criada ela funciona como um imã, atraindo a si, tudo o que pode
nutri-la, tudo o que está diretamente ligado a ela. Pensamentos positivos e harmoniosos gerarão formas
pensamentos com a mesma energia, que fluirá leve sem causar danos à aura, mas pensamentos negativos
e emoções negativas repetitivas vão se acumulando, tornando-se sempre mais pesados até atingirem a
aura. Isso pode levar anos.
A função da aura é proteger o corpo físico e quando esta é atingida fica difícil evitar que a forma-pen-
samento se materialize. Quando acontece a ruptura da aura e a forma-pensamento se materializa temos o
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habitar em tais seres da mesma forma que já podiam habitar em um animal que tivesse
sido criado pelos Deuses Criadores. Tudo corria bem, até que, aqui na Terra, no mo-
mento em que a Bíblia se reporta como sendo a queda do homem, com a ilusão da iden-
tidade material, ao invés da espiritual, iniciou-se a espiral descendente da Criação,
tendo o conjunto “Extensão de Alma Encarnável + corpo de animal” como copar-
tícipe efetivo. Neste momento crucial teve também início a entidade Psique70, que tam-
bém é entendida por muitos como sendo a Personalidade, Self ou Ego, e constituída pe-
la Mente, pelas Emoções e pelos Instintos. Já a escola freudiana, estabelecida pelo
início de uma doença no corpo físico. Estudiosos afirmam que não existe nem mesmo um pequeno aci-
dente que não tenha sua origem numa forma-pensamento por menor que esta seja. Mas nós não somos es-
tas formas pensamentos e podemos transmutá-las após reconhecê-las. A doença é um sinal de alerta de
que nossos corpos não estão alinhados. Reconhecer que temos pensamentos e emoções repetitivas, que
somos viciados em certas emoções negativas e temos reações automáticas é o início da libertação. A cura
de nossos males físicos, mentais e espirituais vem com o alinhamento de nossos corpos sutis.
A energia quando flui traz serenidade, criatividade, paz, comunicação, vontade, autoestima, tudo de
bom que temos dentro de nós para manifestarmos nossa missão no aqui e agora.
É aconselhável o Decreto do Tubo de Luz e da Chama Violeta conforme será ensinado logo à seguir.
Para tanto:
Então decrete:
70
Alguns escrevem “psiquê”, mas o correto é “psique”, embora a pronuncia seja “psiquê”, tanto no
sentido de “alma” ou “espírito”, como designando a personagem mitológica (Psique, companheira de
Eros). Psiquê ou Psique (em grego: Ψυχή, Psychē) é uma personagem da mitologia grega, personificação
da alma. Seu mito é narrado no livro O Asno de Ouro de Apuleio, que a cita como uma bela mortal por
quem Eros, o deus do amor, se apaixonou. Tão bela que despertou a fúria de Afrodite, deusa da beleza e
do amor, mãe de Eros - pois os homens deixavam de frequentar seus templos para adorar uma simples
mortal.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
médico vienense Sigmund Freud, a define como sendo um ente energético composto
por três estruturas: o Id, o Ego e o Superego. Tal fenômeno de um número de almas ca-
da vez mais presas na ilusão material, inclusive aqui em nosso planeta, motivou uma
ação das Hierarquias Cósmicas que, na intenção de ajudar os irmãos caídos, intercede-
ram junto ao Criador do Nosso Universo-Local no sentido de oferecer uma oportuni-
dade de resgate mais justa aos que haviam criado centauros, ciclopes, unicórnios, etc
(corpos de animais com cabeças humanas). Na Terra foi decidida a criação de cinco ra-
ças, em corpos mais adequados aos filhos e filhas de Deus. A raça marrom viveu nos
Andes e na Lemúria; a vermelha na Atlântida e na América; a amarela no Deserto de
Gobi e na Ásia Central: a branca na Pérsia, ao longo do Mar Negro e nos Montes Cár-
patos na parte central da Europa e a negra no Sudão e nas partes altas da África Oci-
dental. A evolução prossegue a passos lentos até os dias atuais. De tempos em tempos,
com a única finalidade de ajudar em um processo tão penoso, e que teve influências
externas tão ruins, temos a vinda de um enviado especial de Micah.
Não podemos terminar a presente seção sem fazer duas importantíssimas obser-
vações:
71
Temos dez Ordens ou Coros Angélicos e somente a 8ª Ordem ou Coro, intitulados Bene HaAl’him ou
Bene HaElohim (Arcanjos), inclusive seu dirigente, o Príncipe Michael é que são realmente Arcanjos.
Nas demais Ordens ou Coros temos Anjos e os respectivos Príncipes. Entretanto, na prática, todos os diri-
gentes das Ordens ou Coros são chamados de Arcanjos.
72
Em hebraico, Heilel ben-shachar, ֵרחש ןב ללֹל ; em grego na Septuaginta, Heosphoros. Este
nome significa “Estrela da manhã”, “Filho da alva” ou “O que brilha”, “O que traz luz” e até “Príncipe da
luz”. Não entendemos como ele pode ser associado ao diabo, a não ser é claro, por se ter permitido, de
forma tão infantil, enganar pelo mesmo (Satan). Existem entidades decaídas utilizando seu nome, mas
63
A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
tenham atinado para tanta maldade, se projetou em seres encarnados, conhecidos como
avatāras73: o Mestre Yeshua (Jesus), que é conhecido como Sananda na Grande Frater-
nidade Branca, é um dos seres que encarnou na Terra, mais precisamente na Palestina,
representando tal Ofício. Antes dele tivemos Numu e Junu na Lemúria, Anfion e An-
túlio na Atlântida (este último voltou mais tarde na Palestina como Jesus), Osíris no
Egito, Mitra na Pérsia, Rāma, Kṛṣṇa (Krishna) e Siddhārtha Gautama (Buddha) na
Índia, só para citar alguns. Portanto, não concordamos que ele tenha sido o único Men-
sageiro e muito menos o Filho Unigênito! Embora o enunciado do Pai-Nosso ensinado
pela Igreja Romana esteja longe de ser o correto, lá não se vê “Pai de Jesus que estais no
Céu”, mas sim “Pai Nosso que estais no Céu”, até porque somos todos filhos e filhas de
Deus, ou melhor, somos todos células do Corpo Divino, buscando o retorno à Unidade.
Pois bem, o Cristo, Messias74 ou Iman Mahdi é um “Posto Cósmico”, que já foi ocupado
por di-versos seres especialmente escolhidos para a Missão Crística.
Vale também informar que Osíris foi crucificado e despedaçado, Mitra foi cruci-
ficado de ponta-cabeça, Siddhārtha Gautama (Buddha) foi envenenado, Kṛṣṇa (Krishna)
foi flechado, Yeshua (Jesus) foi crucificado, etc.
Se para entidades deste porte, ficou difícil, imagina para nós, não é mesmo?
para nós ele é um Eloha de altíssimo nível, que está até hoje aguardando julgamento por sua falha! Até
hoje: sim, o tempo nas Altas Esferas ou inexiste ou é bem diferente do que ocorre no Plano Físico!
Quando S. Jerônimo traduziu a Bíblia do grego para o latim, ao traduzir Isaias 14:12, o citado traduziu
“Estrela da manhã” por Lúcifer (Lux fero em latim realmente quer dizer “Portador da Luz”).
Devemos notar que a expressão “Estrela da manhã” é usada na Bíblia várias vezes para indicar gran-
deza, grandiosidade. Em Apocalipse, a expressão “Estrela da manhã" é usada duas vezes para designar
Jesus. Em Isaias 14:12, a expressão “Estrela da manhã” é usada como adjetivo para o rei da Babilônia
(um homem, não uma entidade). Mas S. Jerônimo escolheu usar a palavra Lúcifer, como tradução de “Es-
trela da manhã” neste único ponto: em Isaias 14:12. Em todos os outros pontos S. Jerônimo usou a ex-
pressão composta “Estrela da manhã” (Stella matutina), em latim.
Por isso, todas as traduções da Bíblia baseadas na tradução de S. Jerônimo têm uma única ocorrência
da palavra Lúcifer e é precisamente em Isaias 14:12. As Bíblias que não são baseadas na tradução de S.
Jerônimo, simplesmente, não têm a palavra Lúcifer.
Pouco depois da tradução da Bíblia por S. Jerônimo, Santo Agostinho criou a fábula da revolta dos
anjos contra Deus. E pouco depois, no século V, início da Idade Média, o nome Lúcifer passou a ser o no-
me do anjo chefe de tal rebelião. A fábula da revolta dos anjos contra Deus se tornou tão popular que
muitas pessoas acreditam que ela está na Bíblia, mas na realidade não está.
73
Um avatāra (devanāgarī: अवतार; tradução: lit. aquele que descende; pronúncia: âvââârâ) em sânscrito
e avatār (devanāgarī: अवतार;् pronúncia: âvâtââr) em hindī- É uma encarnação de uma entidade ele-
vadíssima que descende do céu espiritual para o universo material com uma missão particular descrita em
uma das escrituras sagradas. É uma entidade componente do grupo que executa o Ofício do Regente Cós-
mico (Micah, o Criador e regente de nosso Universo-Local), sendo um mensageiro do mesmo, e que para
tal projeta sua consciência na entidade enviada.
74
Um conceito do judaísmo, o Messias (hebraico: משיח , Mashiach, Mashiyach ou Hammashiah,
significa “ungido” ou “consagrado”; a forma Asquenazi é Moshiach; a forma aramaica é Meshiha) refere-
se, principalmente, à profecia da vinda de um humano descendente do rei David, que irá reconstruir a
nação de Israel e restaurar o reino de David, trazendo desta forma a paz ao mundo.
Os cristãos, com algumas exceções, consideram que Jesus (Yeshua) é o Messias. A palavra Cristo (em
grego Χριστός, christós) é uma tradução para o grego do termo hebraico Mashiach.
64
A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Conforme se pode então notar, e já foi dito antes, a Fonte concedeu o livre-ar-
bítrio, mesmo que relativo e, da mesma forma que a palavra de um rei, não pode voltar
atrás. Ocorre também que o tempo nem existe em alguns planos e é bem diferente em
outros. Daí a nossa grande provação!
Se a Fonte intervir diretamente, acaba o livre-arbítrio! Entretanto, Micah e Lúci-
fer, apesar de toda a alta linhagem de cada um deles, também vão ter que responder pelo
fato de se terem deixado ludibriar! No entanto, entendemos que deva ser muito difícil
para entidades de tão elevada pureza lidarem com tanta maldade! Certamente vai haver,
inevitavelmente, uma aplicação da justiça cósmica, para que eles também evoluam e ve-
jam, de uma vez por todas, que o mal existe! E assim será! Façamos a nossa parte! Con-
forme já dito na nota de rodapé nº 63, das páginas 53-54: “Não temos que ficar espe-
rando pelos anjos, não! Temos é que ser os anjos e vencer a batalha!”.
Aí cabe a pergunta:
‒ Como fazer isso?
A resposta é complexa: procurando adotar um estado de impecabilidade, atenden-
do às leis cósmicas, entoando o Mantra Ascensional ou Mantra Monádico, mostrando
tanto à Micah quanto à Fonte que estamos cientes de nossa condição e que queremos
vencer! Não vamos continuar atrelados a essa infindável roda de encarnações, com
oportunidades nem sempre das mais justas e sofrendo muito por ações em vidas ante-
riores sem ter conhecimento das causas. Isso sem falar em ficarmos alimentando as hie-
rarquias caídas com nossos ódios e sentimentos pouco nobres!
Alguns segmentos espiritualistas defendem a reencarnação como sendo uma opor-
tunidade ótima de aperfeiçoamento. Será, mesmo?
Pois bem, eu sou do tempo em que ao se educar um filho, às vezes, tinha que se
dar uma palmada! Ninguém morreu por isso e não se via filhos fazendo com os pais o
que hoje presenciamos!
Entretanto, a palmada doía mais em nossos corações do que no bumbum de cada
criança, não é mesmo?
Agora uma pergunta:
‒ O corretivo tinha que ser aplicado na hora, para que a criança soubesse porque
estava sendo punida, ou depois de decorrida uma semana, por exemplo? Tinha que ser
na hora, é claro! Passada uma semana a criança já nem se lembraria do que fez, obvia-
mente!
É a mesma coisa nessas ocorrências reencarnatórias: uma pessoa pinta e borda e
numa vida seguinte passa por vicissitudes sem saber as causas. Aí começa a blasfemar,
piorando, ainda mais sua situação! Perguntamos:
‒ Qual é o conteúdo educativo da reencarnação em tais moldes?
Se reencarnação fosse assim tão eficaz teria endireitado uma “alma podre” con-
forme Alexandre da Macedônia (O “grande” em quê? Só se for na selvageria!), que
viveu no período 356-323 a.C e foi responsável, naquela época, pela morte de cerca de
um milhão de pessoas. Depois viveu como Gaius Iulius Cæsar no período 100 a.C. - 44
a.C., quando causou um número de mortes bem grande, escravizou milhares de pessoas,
etc. Em seguida viveu como Napoléon Bonaparte no período 1769 - 1821. Dos quinhen-
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
tos mil homens do grande exército francês que tentou a invasão da Rússia, somente vin-
te mil retornaram à França. Fora os russos que morreram, é claro!
A reencarnação, sob alguns aspectos, pode ser útil se a alma tiver um mínimo de
“retidão moral”; isso para não falar também em “vergonha na cara”! Fora isso...
Portanto, precisamos e ir para a Luz e ajudar nossos irmãos de jornada a proce-
derem da mesma forma! O resto...
Não devemos acreditar naqueles que dizem que nossos maiores problemas na pre-
sente existência estão apenas atrelados às faltas cometidas em vidas passadas. Esta é
uma parte da verdade, que agora foi colocada aqui por inteiro, de forma nua e crua!
2ª) Devemos também ter em mente que no interior de cada Extensão de Alma temos
uma Alma Superior, uma Mônada e uma Supramônada projetadas, sendo que as duas
últimas não estão ativadas em nível consciente. A projeção da Alma Superior é
denominada Mestre Interior, Consciência Interior, Deus Interno, Cristo Interno ou
Santo Cristo Pessoal do ser humano75.
Ainda dentro do conceito de Deus Interno, é interessante incluir o texto a seguir:
Houve um tempo em que todos os homens eram deidades, mas eles abusaram tan-
to de sua divindade que Brahman76, tomou a decisão de lhes retirar o poder divino.
Resolveu escondê-lo em um lugar onde o homem teria que fazer muito para mere-
cer reencontrá-lo, mas o grande problema era encontrar um esconderijo adequando ao
propósito.
Brahman convocou, então, um conselho dos deuses menores (deidades) para re-
solver o problema:
‒“Enterremos a divindade do homem na Terra” foi a primeira ideia das deidades.
‒“Não, isso não basta, pois o homem vai cavar e encontrá-la”, respondeu Brahman.
As deidades retrucaram:
‒“Então, joguemos a mesma no fundo dos oceanos”.
Mas Brahman não aceitou a proposta, pois achou que o homem, um dia iria ex-
plorar as profundezas dos mares e a recuperaria.
Então as deidades concluíram:
75
O Mestre Interior é sábio, conhece todas as encarnações daquela alma, guarda todas as lembranças,
etc. Para aqueles que entendem a linguagem da sabedoria, estas palavras contêm o segredo universal do
princípio da identidade da essência do homem com a essência divina. Aliás, o homem não só tem dentro
de si, mesmo que em estado potencial, A Fonte, como ele mesmo é um Deus! Muitas vezes uma pessoa
já escutou do seu Mestre Interior conselhos do tipo ”Não vai por aí, não; vai se dar mal!”. Não deu
ouvidos e depois as conse-quências foram graves. Por isso, devemos estar sempre atentos e em comunhão
com o nosso Mestre Interior.
76
brahman (devanāgarī: ब्रह्मन; ् pronúncia: brâmâm; significado: O Absoluto e Mestre de todas as dei-
dades).
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
‒“Não sabemos onde escondê-la, pois não existe na terra ou no mar lugar que o
homem não possa alcançar um dia”.
Foi quando Brahman, com sua infinita sabedoria, decidiu:
‒“Eis o que vamos fazer com a divindade do homem: vamos escondê-la nas pro-
fundezas dele mesmo, pois é o único lugar onde ele jamais pensará em procurá-la. O
único caminho que o tornará capaz de reencontrar este poder, será através do conhe-
cimento77 e do intelecto superior78. Mas não será tão fácil, já que ele terá que vencer o
poder da ilusão do mundo material79 e também superar sua própria pequenez80 e o seu
egoísmo81, naturais do seu ego82, e para isso terá que reaprender a controlar a mente83,
bem como ter os sentimentos voltados para a alma84, observando a Lei Divina de Causa
e Efeito85”.
Moral da história: o homem continua dando voltas na Terra, voando, explorando,
escalando, mergulhando e cavando, em busca de algo que se encontra dentro dele mes-
mo.
77
jñāna (devanāgarī: ज्ञान; pronúncia: guîâânâ; tradução: conhecimento).
78
buddhi (devanāgarī: बद्धु ि; pronúncia: bûd’rî; tradução: intelecto superior).
79
māyā (devanāgarī: माया; pronúncia: mâîââ traduções: ilusão, o mundo material).
80
आणव; pronúncia: âânâvâ tradução: superando a pequenez).
āṇava (devanāgarī:
81
svārthin (devanāgarī: स्वार्थिन; ् pronúncia: sûâârt’rîm, sendo também aceita a pronúncia svârt’rîm).
82
अहंकार; pronúncias: ârrâm’cârâ ou ârrãcârâ).
ahaṁkāra (devanāgarī:
83
manas (devanāgarī: मनस; ् pronúncia: mânâs; tradução: mente)
84
indriyātman (devanāgarī: इद्धियात्मन; ् pronúncia: îndrîîââtmâm; tradução: aquele que tem os
sentimentos voltados para a alma).
85
karman (devanāgarī: कममन; ् pronúncia: cârmâm- Obs: geralmente nos livros e dicionários aparece já
a forma declinada, no caso nominativo, “karma”; devanāgarī: कमम. No entanto, a base nominal da palavra
é “karman” e significa tão-somente “ação”. Só que acoplada a uma ação sempre existe uma reação de
mesma intensidade, mas de sentido contrário).
86
Este mantra é uma adaptação daquele que foi revelado ao mundo pelo Mestre Ascensionado Djwhal
Khul, através meio dos trabalhos de Alice Bailey.
87
Antaḥkaraṇa (devanāgarī: अन्तःकरण; pronúncia: ântârcârânâ; tradução: instrumento interno) -
‘antaḥ’ (devanāgarī: अन्तः; traduções: interno, interior, no meio, entre) + ‘karaṇa’ [devanāgarī: करण;
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
traduções: instrumento, produção, execução (vem da raiz kṛ fazer, produzir)]. Este termo apresenta
diversas interpre-tações:
1ª) Na filosofia indiana de um modo geral, ele se refere ao conjunto formado pelos dois níveis da mente,
que são a mente inferior ou concreta, denominada manas (devanāgarī: मनस) ् e a mente superior, abstrata
ou intelecto, denominada buddhi (devanāgarī: बद्धु ि). Pode-se dizer que o termo pode ser encarado como
um “link” entre a mente inferior e a superior.
2ª) No Yoga ele se refere ao conjunto formado pela mente inferior ou concreta, denominada manas
(devanāgarī: मनस),् a mente superior, abstrata ou intelecto, denominada buddhi (devanāgarī: बद्धु ि), o
ego, denominado ahaṁkāra (devanāgarī: अहंकार) e a consciência ou região interna da mente, denomi-
nada citta (devanāgarī: द्धित्त). Entretanto, esta palavra admite muitos significados. Em geral: inteligência
ou consciência; no Vedānta: lugar da natureza individual; no Budismo: coração e consciência, que são,
respectivamente, os lugares das emoções e dos pensamentos; na Teosofia: memória. Conforme se pode
perceber, diversas escolas de pensamento atribuem significados semelhantes à palavra, mas somente a
Teosofia a encara como sendo a memória. De acordo com o Vedānta e o Yoga, a memória é só um sonho
ou pensamento. Este vocábulo provém da raiz “cit” (devanāgarī: द्धित),् que tem diversos significados:
vendo, percebendo, olhando, entendendo, lembrando, etc, sendo, portanto “citta” um termo filosófico
refinado e de difícil compreensão. O termo sânscrito mais usado para memória é smṛti (devanāgarī:
स्मृद्धत).
Obs: muitas pessoas confundem os termos intelecto e inteligência. Segundo os ensinamentos de Jiddu
Kṛṣṇamurti (Krishnamurti), em The Book of Life, temos:
Treinar o intelecto não resulta em inteligência. Ao contrário, a inteligência surge quando a pessoa age
em perfeita harmonia tanto intelectualmente como emocionalmente. Há uma grande diferença entre
intelecto e inteligência. Intelecto é meramente pensamento funcionando independente da emoção. Quando
o intelecto, sem consideração da emoção, é treinado em alguma direção particular, a pessoa pode ter
grande intelecto, mas não deve ter inteligência, porque na inteligência existe a capacidade inerente de
sentir assim como de raciocinar; na inteligência as duas capacidades estão igualmente presentes, intensa e
harmoniosamente.
Hoje a educação moderna desenvolve o intelecto, oferecendo mais e mais explicações da vida, mais e
mais teorias, sem a harmoniosa qualidade da afeição. Assim, desenvolvemos mentes astuciosas para fugir
do conflito; por isso ficamos satisfeitos com explicações que cientistas e filósofos nos apresentam. A
mente e o intelecto ficam satisfeitos com essas inumeráveis explanações, mas a inteligência não existe,
pois para compreender deve haver a completa unidade de mente e coração em ação.
3ª) Atualmente refere-se também à ponte energética que o discípulo deve construir a fim de interligar o
cérebro físico (que está sendo regido pela Psique), com a Alma Encarnada, com o Higher Self ou Eu
Superior (que é a própria Alma Superior ou Eu Sou), com a Mônada e com a Supramônada. Este
“instrumento” é produzido internamente pela mente e “decola” rumo às contrapartes superiores da Alma.
4ª) Refere-se também a um símbolo muito antigo e utilizado pelo Reiki Usui-Tibetano, instituído por
William Lee Rand, conforme ilustrado a seguir.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Eu Sou o Amor,
Eu Sou a Vontade,
Obs: existem as duas palavras: karaëa (instrumento, produção, execução) e kāraëa (causa, motivo,
razão). Exemplo: Kāraëa-śarīram (Corpo Causal).
88
Mahāprāṇa (devanāgarī: महाप्राण; pronúncia: mârrââ-prâânâ; tradução: Grande Prāṇa, não devendo
ser confundida com a outra energia denominada, de Prāṇaśakti ou simplesmente de Prāṇa. Os
teosofistas, usan-do o linguajar de Helena Petrovna Blavatsky, que adaptou este termo quando esteve
estudando entre os tibe-tanos, chamam tal energia de Fohat, o Grande Construtor do Universo.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
7) Bibliografia
1) No Invisível – Léon Denis, Federação Espírita Brasileira, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
2) O Grande Enigma – Léon Denis, Federação Espírita Brasileira, Rio de Janeiro, RJ,
Brasil.
3) Estudos Espíritas – Divaldo Pereira Franco, Federação Espírita Brasileira, Rio de Ja-
neiro, RJ, Brasil.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
5) Obras Póstumas − Allan Kardec, Instituto de Difusão Espírita, Araras, SP, Brasil.
6) O Livro dos Espíritos − Allan Kardec, Instituto de Difusão Espírita, Araras, SP, Bra-
sil.
7) O que é o Espiritismo − Allan Kardec, Instituto de Difusão Espírita, Araras, SP, Bra-
sil.
8) Revista Espírita de 1860 − Allan Kardec, Instituto de Difusão Espírita, Araras, SP,
Brasil.
9) Revista Espírita de 1862 − Allan Kardec, Instituto de Difusão Espírita, Araras, SP,
Brasil.
10) Revista Espírita de 1865 − Allan Kardec, Instituto de Difusão Espírita, Araras, SP,
Brasil.
11) Revista Espírita de 1867 − Allan Kardec, Instituto de Difusão Espírita, Araras, SP,
Brasil.
12) Evolução em Dois Mundos – Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, Federação
Espírita Brasileira, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
13) Corpos de Luz: Leitura da Aura e Curas pelo Espírito − Anne Meurois-Givaudan e
Daniel Meurois-Givaudan, Madras Editora, São Paulo, SP, Brasil.
14) Espírito / Matéria: novos horizontes para a medicina − José Lacerda de Azevedo,
VEC Gráfica e Editora, Porto Alegre, RS, Brasil.
15) Manual Completo de Ascensão −Joshua David Stone, Editora Pensamento, São
Paulo, SP, Brasil.
16) Entre a Terra e o Céu ‒ Chico Xavier (ditado pelo Dr. André Luiz), FEB, Rio de
Janeiro, RJ, Brasil.
17) Chakras − Charles Webster Leadbeater, Editora Pensamento, São Paulo, SP, Brasil.
18) Mãos de Luz − Barbara Ann Brennan, Editora Pensamento, São Paulo, SP, Brasil.
19) Milagres da Cura Prânica − Choa Kok Sui, Editora Ground, São Paulo, SP, Brasil.
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A Aura e os Chakras na Doutrina Espírita Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
20) Reiki e Espiritualidade: uma abordagem holística − Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
23) Eu Sou – A Fonte da Consciência Cósmica – Rodrigo Romo, Editora Madras, São
Paulo, SP, Brasil.
25) Os Avatares Cósmicos – Micah, Sananda e Jesus – Rodrigo Romo, Projecto Anjo
Dourado, Sassoeiros, Carcavelos, Portugal.
26) A Cosmogênese de Shantar – Rodrigo Romo, Editora Shantar, São Paulo, SP, Bra-
sil.