Ebook Contabilidade, Auditoria e Compliance

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INTRODUCAÇÃO A

CONTABILIDADE,
AUDITORIA E
COMPLIANCE

Márcia Valéria Marconi

2022
Pág. 2
Márcia Valéria Marconi

Olá! Meu nome é Márcia Valéria Marconi. Sou formada em Ciências Contábeis,
com uma experiência técnico-profissional nas áreas de contabilidade,
controladoria, custos, recursos humanos e educação, sendo mais de 20 anos
de atuação. Passei por empresas como, a Esso Brasileira de Petróleo Ltda.,
Sadia S.A., Econet Editora Ltda, Grupo Uninter, Universidade Positivo e FAEC.
Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida
àqueles que estão iniciando em suas profissões.

Pág. 3
Introdução
Você sabe qual é a principal função de Teorias Contábeis? Nesse material
você aprenderá sobre as dúvidas mais frequentes sobre gestão de negócios.
Além disso, será capaz de conhecer a importância dos estudos contábeis.
Com isso, também, aprenderá a atuação da contabilidade na empresa.

Desse modo, você estará preparado para refletir e tomar decisões sobre as
práticas voltadas para a Contabilidade Gerencial, que são oriundas da real
informação para a tomada de decisões na empresa. Por essa razão, abordar
esse tema, significa também compreender a as finanças organizacionais, seu
conceito, papel, elementos formadores, funções e sistêmica e que traga
resultados equilibrados e positivos para a organização. Entendeu? E você vai
mergulhar neste universo!

Pág. 4
Apresentação
Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes
competências profissionais até o término desta etapa de estudos:

- Refletir junto com os alunos sobre o papel da contabilidade, como um


recurso estratégico da organização;

- Apontar para a importância do alinhamento das atividades de contabilidade


gerencial às diretrizes das organizações;
- Apresentar a contabilidade internacional e discutir os seus impactos sobre
a gestão financeira;
- Preparar o profissional contábil para lidar com pessoas e administrá-las, para
alcançar objetivos e metas.

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao


trabalho!

Pág. 5
SUMÁRIO

1. EVOLUÇÃO HISTÓRICAERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. - TEORIAS


CONTÁBEIS............................................ 07

2. DOUTRINNAS CIENTÍFICAS........................................................................10
2.1 DOUTRINA PERSONALISTA...................................................................... 11
2.2 DOUTRINA PATRIMONIALISTA..................................................................12

3. ESCOLAS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS............................................................14


3.1 REGISTROS CONTÁBEIS......................................................................... 16

4. ATUAÇÃO CONTÁBIL................................................................................ 18
4.1 CONTABILIDADE PÚBLICA........................................................................19
4.2 CONTABILIDADE GERENCIAL, FINANCEIRO E CUSTOS ................................20
4.3 CONTABILIDADE INTERNACIONAL ............................................................27
5. AUDITORIA.............................................................................................36

5.1 SURGIMENTO DA AUDITORIA...................................................................36

5.2 EVOLUÇÃO DA AUDITORIA.......................................................................36

5.3 FINALIDADE DOS CONTROLES INTERNOS..................................................38

6. APLICAÇÃO DA AUDITORIA.......................................................................39

6.1 OBJETIVO DA AUDITORIA........................................................................39

6.2 CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA................................................................40

6.3 FORMA DE REALIZAÇÃO...........................................................................41

7. CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA.................................................................43

7.1 TIPOS DE AUDITORIA..............................................................................43

7.1.1 AUDITORIA CONTÁBIL..........................................................................45

7.1.2 AUDITORIA OPERACIONAL....................................................................45

7.1.3 AUDITORIA DE GESTÃO........................................................................45

7.1.4 AUDITORIA DE SISTEMA.......................................................................45

7.1.5 AUDITORIA DE PROGRAMAS..................................................................45

7.1.6 AUDITORIAS ESPECIAIS.......................................................................45

7.2 AUDITORIA CONTÁBIL E AUDITORIA OPERACIONAL....................................46

8 NORMAS INTERNAS E EXTERNAS.................................................................48

Pág. 6
8.1 NORMAS CONTÁBEIS..............................................................................48

9. COMPLIANCE EMPRESARIAL.......................................................................50

9.1 CONCEITO.............................................................................................51

9.2 GOVERNANÇA CORPORATIVA...................................................................51

9.3 FRAUDES CONTÁBEIS.............................................................................53

9.3.1. PILARES DA GOVERNANÇA CORPORATIVA..............................................55

9.3.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS..............................................................62

9.3.3 ACCOUNTABILITY................................................................................64
10 COMPLIANCE CONCORRENCIAL.................................................................66
10.1 TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO...................................................................68
10.2 SANÇÕES ADMINISTRATIVAS EM LICITAÇÕES...........................................71
10.3 CONTRATOS.........................................................................................73
10.4 DUO DILIGENCE...................................................................................76
11. ÁREAS DE ATUAÇÃO DO COMPLIANCE.......................................................82
11.1 TIPOS DE COMPLIANCE..........................................................................82
11.1.1 COMPLIANCE TRABALHISTA.................................................................83
11.1.2 OUVIDORIA.......................................................................................86
11.2 COMPLIANCE TRIBUTÁRIO.....................................................................87
13 IMPACTOS NA ACCOUNTABILITY................................................................91

BIBLIOGRAFIA...........................................................................................100

Pág. 7
1. Evolução Histórica

As teorias contábeis envolvem um contexto histórico, em que devemos


estar atentos a estas transformações e acompanhá-las constantemente.
Veremos que a revolução industrial está para a empresa, assim como, a
contabilidade está para cada um de nós. Ela é formada por um conjunto de
planejamentos e números que dá identidade à organização. Para
compreendê-la, seguiremos um importante passo para atuar na
administração financeira da empresa.

Assim, este material vem trazer as principais evoluções que vem


ocorrendo nas Teorias Contábeis e todo o seu ambiente.

1.1 A Revolução Industrial


Surgiu entre os séculos XIII e XIV, ganhando repercussão por toda a Europa,
com a obra do Frei Luca Pacioli “La Summa de Arithmetica, Proportioni et
Proportionalitá”. Várias foram as correntes de pensamento contábil derivadas
da Escola Italiana, dentre as mais relevantes. (RODRIGUES, 2004)
Luca Pacioli adquiriu conhecimentos matemáticos provavelmente quando foi
aluno de Piero della Francesca, e se aprofundou na matéria na cidade de
Veneza, sob a direção de Domenico Bragadino. Seus conhecimentos em
contabilidade também se iniciaram nesta época de aprendizado matemático,
uma vez que, principalmente na região de Veneza, a contabilidade era
ensinada como uma forma de aplicação prática da matemática. O método das
partidas dobradas foi disseminado por todo o mundo, tendo sua adoção
consolidada. Ele foi considerado superior a outros métodos, pois "era capaz
de ordenar a classificação dos dados contábeis e, especialmente, fornecer
resumos concisos da posição corrente dos negócios. Esse método foi capaz
de trazer um ordenamento para a vida econômica das empresas." (SCHMIDT,
2000, p.49)
Com a Revolução Industrial, surge uma grande necessidade de se controlar
os custos de produção, e como consequência, a função do contador torna-se
mais complexa. “Para o levantamento do balanço e apuração do resultado,
não dispunha agora tão facilmente dos dados para poder atribuir valor aos

Pág. 8
estoques; seu valor de 'Compras' na empresa comercial estava agora
substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de produção."
(MARTINS, 1996, p.20).

Observe a imagem a seguir relativos a Revolução Industrial.

Figura 1 – Revolução Industrial

Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/gerente-de-engenheiro-
industrial-usando-a-maquina-de-bracos-de-robo-de-verificacao-e-controle-
de-automacao-de-
tablet_5284717.htm#page=1&query=fabrica&position=19

Conforme Rodrigues (2004) surgiu juntamente com as grandes corporações


no início do século XX, caracterizando-se pelo aspecto prático no tratamento
de problemas econômico administrativos, com limitadas construções teóricas
as quais tiveram origem em entidades ligadas a profissionais da classe
contábil.

[[Nota]]: Alguns autores como Sá (2006), defendem a ideia de que a

contabilidade nasceu com a civilização, e que seus progressos acompanham


a evolução do ser humano.

Pág. 9
Figura 2: Mudanças com a Revolução Industrial

Fonte: Elaborada pela autora (2020)

[[Importante]]: Hoje as prioridades das organizações com a Quarta

Revolução Industrial são: competição global, estratégias bem definidas,


qualificações adequadas e agregar produtos e serviços.

A figura a seguir ilustra a evolução da contabilidade.

Figura 3 – Evolução da contabilidade

Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/duas-garotas-em-um-branco-
camisetas-trabalhando-no-
escritorio_5913117.htm#page=1&query=pessoa%20no%20computador&po
sition=22

Além disso, com a automação, a agilidade e inovação vêm ganhando


espaço. Especialmente aquisições de empresas menores para aumentar a
empresa e estar em melhor colocação no mercado, cada vez mais competitivo
e complexo.

Pág. 10
2. Doutrinas Científicas
Conforme Sá (2006), as doutrinas científicas próprias estabelecem correntes
de pensamentos. Após movimento contista, surge a doutrina patrimonialista
(corrente com pensamento doutrinário). Em seguida, veio o personalismo
(poder da entidade sobre a pessoa). E com as novas ideias dos
pesquisadores, surgiu o neo patrimonialismo.

A contabilidade sempre teve os registros contábeis como informações


privilegiadas, derivadas de observações sobre os fenômenos que
tradicionalmente, eram preocupação constante de registros. Facilitando,
desta forma, a tarefa científica.

[[Explicando Melhor]]: Em verdade, sabemos que todos os ramos do


conhecimento humano se valem de registros e da manipulação deles, mas, a
Contabilidade sempre contou com uma expressiva quantidade deles, a ponto
até de ser confundida, pelo leigo, como apenas uma “capacidade de
escriturar”.

Para fixar a metodologia de indagação sobre os fenômenos escriturados, os


líderes dessas facções intelectuais, preocuparam-se, inicialmente, em
determinar qual o verdadeiro objeto de uma ciência que se derivasse do
estudo dos registros contábeis.

Figura 4: Doutrinas científicas.

Contista Personalista Controlismo Patrimonialismo

Fonte: Elaborada pela autora

Pág. 11
2.1 Doutrina Personalista

A primeira delas foi a que atribuía como objeto científico a «conta»; tal forma
de pensar criou o Contismo, desenvolvido com vigor na França,
principalmente. Criaram-se teorias das contas e muito se pendeu para
demonstrações de natureza matemática. O expressivo uso de mensurações
dos fatos (valores), sempre ao leigo fez parecer, que a Contabilidade fosse
uma «ciência de números» (Sá, 2006).

Na realidade, o autor trata que os valores numéricos são apenas instrumentos


que se utilizam para mensurar fatos, como também ocorre, por exemplo, com
a Física. O fato, por exemplo, de se medir em quilos uma força não significa
que a Física seja uma ciência matemática, assim como não o é a
Contabilidade, porque mensura em número a construção de um edifício para
uma fábrica.

Figura 5: Ciência dos números

Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/maos-com-caneta-verificar-
tabela-ligado-
papel_3464689.htm#page=1&query=calculadora&position=25

Sá (2006) apresenta que as contas e os números são formas de revelar


acontecimentos e não eles mesmos em si. Isto foi o que levou muitos
estudiosos a contestarem as doutrinas contábeis matemáticas e aquelas
contistas. Outra corrente de pensamentos pendeu para as relações que a

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empresa estabelece com as pessoas, e denominou-se de Personalismo. Nesse
período definia-se o patrimônio como conjunto de direitos e obrigações, e o
sabor era o do Direito (quanto a forma apenas).

[[Explicando Melhor]]: Segundo o autor, tal corrente foi contestada com


argumentos de que não bastava possuir direito, sendo necessário utilizar para
satisfazer a necessidade; assim, sobre uma mercadoria roubada se conserva
o direito, mas, não se consegue com a mesma, obter lucros e nem a converter
em dinheiro; igualmente não adianta ter direito sobre uma duplicata que se
recebe, sob o ponto de vista da Contabilidade. Tais contestações foram
realizadas desde os fins do século XIX, para provarem uma vocação, que era
a materialista.

2.2 Doutrina Patrimonialista

De acordo com Sá (2006), outra corrente, ainda, entendia que os estudos se


dedicavam basicamente ao controle da riqueza. Formando a corrente de
pensamentos do Centralismo. Tal forma de pensar vinculou fortemente os
estudos contábeis à Administração. Contestações a tal escola, afirmavam que
não é a Contabilidade que serve ao controle, mas, sim, o controle é que serve
à Contabilidade. A busca de um objeto seguro de estudos, para servir de base
a um método de indagação também seguro, foi à base da multiplicação das
diversas escolas e correntes científicas. Foram multiplicando-se as tendências
novas e assim surgiu ainda a que entendia que a Contabilidade se dedicava
ao estudo do Lucro (Ritualismo), a outra, que o objeto era a empresa e a
instituição (Azienda lismo) etc.

O autor afirma que tais correntes ligaram fortemente os estudos da


Contabilidade àqueles da Economia. Muito cedo se comprovou que o lucro é
apenas um dos objetivos no estudo contábil e que não é possível sustentar,
também, uma doutrina da célula social como um todo, sendo necessário
dividir o que esta tem de pessoal e o que tem de material. Pois, a
metodologia, no tratamento desses fatores, precisa ser diferente. Em cada
época, em cada escola, a Contabilidade foi, todavia, envolvida por
metodologias de outras disciplinas (Matemáticas, Direito, Administração e

Pág. 13
Economia, principalmente), até que conseguisse através do patrimonialismo
tornar-se completamente autônoma. De todas, entretanto, a que seria
deveras a predominante, foi a que atribuiu como objeto da Contabilidade o
patrimônio dos empreendimentos, criando a mais poderosa corrente de
pensamento doutrinário, que é a do Patrimonialismo.

Figura 6: Áreas de envolvimento da contabilidade.

Matemática

Direito

Administração

Economia

Fonte: Elaborada pela autora

[[Saiba mais]]: Ainda segundo o autor, a que seria deveras a


predominante, foi a que atribuiu como objeto da Contabilidade o patrimônio
dos empreendimentos, criando a mais poderosa corrente de pensamento
doutrinário, que é a do Patrimonialismo. Tal corrente doutrinária proclamou
a autonomia cientifica da Contabilidade, comprovando que ela se ligava a
muitas ciências (como em verdade é comum a todos os demais ramos do
conhecimento), mas, que possuía objeto, finalidade e método próprio. Tal
corrente doutrinária proclamou a autonomia cientifica da Contabilidade,
comprovando que ela se ligava a muitas ciências (como em verdade é
comum, a todos os demais ramos do conhecimento), mas, que possuía
objeto, finalidade e método próprios.

Nos séculos XIX e XX a Contabilidade enriqueceu-se com muitos axiomas,


teoremas e teorias, assim como com um expressivo desenvolvimento (a
partir da década de 60 do século XX), das normas de registros e
demonstrações, possuindo na atualidade, inclusive, tendências científicas neo

Pág. 14
patrimonialistas, ou seja, de um aperfeiçoamento para uma visão holística do
fenômeno patrimonial.

3. Escola de Ciências Contábeis

O Neopatrimonalismo enfatiza a “razão dos acontecimentos dos fatos”, ou


seja, qual a verdadeira influência dos fatores que produzem a transformação
da riqueza – ambientes internos e externos que envolvem os meios
patrimoniais. (RODRIGUES, 2004).
Sá (2006), fala que todos os ramos do saber humano se iniciaram em bases
empíricas, de simples observações e suposições sobre realidades, até que
pudessem pela maturidade dos raciocínios, alcançarem o nível superior em
que se encontram.

A Contabilidade não fugiu a essa norma e iniciou-se há muitos milênios,


partindo do simples registro de fatos, com o objetivo de guardar memória
sobre o acontecido e com as utilidades.

Somente alcançou o estágio científico, quando também a maioria das


disciplinas fez a sua passagem de uma milenar história empírica, para uma
fase racional superior, ou seja, a partir do século XVIII.

[[Saiba mais]]: O amadurecimento intelectual do conhecimento contábil


levou-o a uma consideração mais profunda, essencial, racional, e, então,
surgiu a «ciência da Contabilidade». Amadurecida na obra de J.P. Coffy, em
1836, muito valorizada posteriormente, pela de Francesco Villa, em 1840.

Entendeu-se que o registro contábil era apenas a expressão da observação


de fatos da riqueza, mas não o próprio fato.

Conscientizou-se de que não basta escriturar, mas é preciso saber o que fazer
com as informações obtidas, ou seja, necessário é entender o que significa e
o que aconteceu com a riqueza patrimonial, que se evidencia nas
demonstrações.

De relativa utilidade, é qualquer registro e a demonstração do mesmo, como


informação, se não se compreende o que significa e nem se poder tirar
conclusões sobre o comportamento do fenômeno registrado.

Pág. 15
O que significa como comportamento da riqueza aziendal, o que pode
representar o evidenciado pelo informe da escrita contábil, esse, sim, é o
objetivo científico da Contabilidade.

[[Explicando melhor]]: A partir da primeira metade do século XIX,


portanto, estruturou-se uma vigorosa doutrina que tinha por objetivo
conhecer as relações que existem entre os acontecimentos da riqueza
patrimonial e como explicar o que acontece com esta, a partir das referidas
relações.

A Contabilidade começou a distinguir-se da escrituração contábil e a ser um


poderoso instrumento de entendimento para o governo das riquezas. Assim
como, para a participação que esta pode ter, nos ambientes em que se insere.

O escriturar, contabilmente, passou a ser o que em realidade sempre foi, ou


seja, um recurso especial e disciplinado para guardar memória de fatos
patrimoniais e de evidenciar tais memórias.

O estudo cientifico, todavia, dedicou-se e cada vez mais se dedica, à


explicação do que ocorre com a riqueza patrimonial em suas muitas
transformações. Reunindo teorias que se derivaram de teoremas e de um
racional conjunto de conceitos.

[[Exemplo]] Assim, por exemplo, a escrituração limita-se a informar que se


gastou $1.000 em despesas financeiras, mas só a ciência tem condições de
determinar se tal gasto foi ou não eficaz, e ainda até que limite pode ser feito,
sem o prejuízo da vitalidade da empresa.

Somente os recursos superiores do raciocínio contábil, podem de fato,


oferecer meios para que se produzam modelos de comportamentos da
riqueza.

O contador, portanto, deixou de ser apenas um «informante» para


transformar-se em um «orientador», um autentico médico da empresa e das
instituições, orientando e opinando sobre os destinos dos empreendimentos.

Hoje, este é o papel, que em todo o mundo, compete àquele que pratica o
conhecimento da Contabilidade.

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3.1 Registros Contábeis

A Contabilidade não fugiu a essa norma e iniciou-se há muitos milênios,


partindo do simples registro de fatos, com o objetivo de guardar memória
sobre o acontecido, com as utilidades. Somente alcançou o estágio científico,
quando também a maioria das disciplinas fez a sua passagem de uma milenar
história empírica, para uma fase racional superior, ou seja, a partir do século
XVIII. Conscientizou-se de que não basta escriturar, mas, é preciso saber o
que fazer com as informações obtidas, ou seja, necessário é entender o que
significa e o que aconteceu com a riqueza patrimonial, que se evidencia nas
demonstrações. (SÁ, 2006)

De relativa utilidade, apresentado pelo autor, são qualquer registro e a


demonstração do mesmo, como informação, se não se compreende o que
significa e nem se pode tirar conclusões sobre o comportamento do fenômeno
registrado. O que significa como comportamento da riqueza aziendal, o que
pode representar o evidenciado pelo informe da escrita contábil, esse, sim, é
o objetivo científico da Contabilidade. A partir da primeira metade do século
XIX, portanto, estruturou-se uma vigorosa doutrina que tinha por objetivo
conhecer as relações que existem entre os acontecimentos da riqueza
patrimonial e como explicar o que acontece com esta, a partir das referidas
relações.

[[Explicando melhor]]: De acordo com o autor, a Contabilidade começou


a distinguir-se da escrituração contábil e a ser poderoso instrumento de
entendimento para o governo das riquezas, assim como, para a participação
que esta pode ter nos ambientes em que se insere. O escriturar,
contabilmente, passou a ser o que em realidade sempre foi, ou seja, um
recurso especial e disciplinado para guardar memória de fatos patrimoniais e
de evidenciar tais memórias. O estudo cientifico, todavia, dedicou-se e cada
vez mais se dedica, à explicação do que ocorre com a riqueza patrimonial em
suas muitas transformações, reunindo teorias que se derivaram de teoremas
e de um racional conjunto de conceitos. Assim, por exemplo, a escrituração,
limita-se a informar que se gastou $1.000 em despesas financeiras, mas, só
a ciência tem condições de determinar se tal gasto foi ou não eficaz e ainda

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até que limite pode ser feito, sem o prejuízo da vitalidade da empresa.
Somente os recursos superiores do raciocínio contábil, podem, de fato,
oferecer meios para que se produzam modelos de comportamentos da
riqueza. O contador, portanto, deixou de ser apenas um «informante» para
transformar-se em um «orientador», um autêntico médico da empresa e das
instituições, orientando e opinando sobre os destinos dos empreendimentos.
Hoje, este é o papel que em todo o mundo compete àquele que pratica o
conhecimento da Contabilidade.

Figura 7: Registros Contábeis

Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/as-maos-de-um-contador-
trabalham-em-uma-calculadora-e-preparam-um-relatorio-
financeiro_3319393.htm#page=1&query=calculadora&position=10

[[Você sabia]]: Você sabia que determinar o verdadeiro objeto de estudos


da Contabilidade, no campo da ciência, para estruturar doutrinas, de acordo
com metodologia específica, foi à preocupação de diversos estudiosos e tal
posição intelectual, também determinou a fixação das diversas correntes de
pensamentos? Igualmente, a fim de sustentar o progresso do conhecimento,
diversos estudiosos empreenderam pesquisas, criaram escolas e produziram
obras de raro valor. (SÁ, 2016)

Sá (2016) dispõe que a disciplina contábil sempre foi favorecida por uma rica
fonte de informações registradas, derivadas de observações sobre os
fenômenos que tradicionalmente eram preocupação constante de registros,
facilitando, desta forma, a tarefa científica. Em verdade, sabemos que todos

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os ramos do conhecimento humano se valem de registros e de manipulação
deles, mas, a Contabilidade sempre contou com uma expressiva quantidade
deles, a ponto até de ser confundida, pelo leigo, como apenas uma
“capacidade de escriturar”.

[[Importante]]: Para fixar a metodologia de indagação sobre os fenômenos


escriturados, os lideres dessas facções intelectuais, preocuparam-se,
inicialmente, em determinar qual o verdadeiro objeto de uma ciência que se
derivasse do estudo dos registros contábeis.

“A Contabilidade é uma ciência social que estuda e pratica as funções


de controle e de registro relativas aos atos e fatos da Administração e da
Economia. Mais especificamente, trata-se do estudo e do controle do
patrimônio das entidades (empresas). Isso é feito por meio dos registros
contábeis dos fatos e das respectivas demonstrações dos resultados
produzidos.” (BARROS, 2002)

Segundo Rodrigues (2004) a Escola Americana transformou-se numa das


mais importantes e influentes no mundo, ditando regras para o tratamento
de questões ligadas à Contabilidade de Custos, Controladoria, Análise das
Demonstrações Contábeis, Gestão Financeira, Controle Orçamentário etc. A
criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por
exemplo, que requerem grandes capitais, de muitos acionistas, foi o primeiro
motivo do estabelecimento das teorias e práticas contábeis. A ideia era
permitir uma correta interpretação das informações, por acionistas ou outros
interessados, em qualquer parte do mundo.

4. Atuação Contábil

A Teoria de Contabilidade deve possibilitar ao contador desenvolver a


capacidade de analisar situações do cotidiano propondo soluções dentro de
um contorno de princípios e conceitos. Ela engloba as dimensões normativas
da profissão contábil, a eficiência da gestão e o atendimento ao objetivo da
contabilidade que é prover usuários com informações úteis para a tomada de
decisão (BRASIL, 1992).

Pág. 19
Figura 8: Atuação Contábil

Fonte: Elaborada pela Autora

4.1 Contabilidade Pública

A Contabilidade é uma ciência social que estuda e pratica as funções de


controle e de registro relativas aos atos e fatos da Administração e da
Economia. Mais especificamente, trata-se do estudo e do controle do
patrimônio das entidades (empresas). Isso é feito por meio dos registros
contábeis dos fatos e das respectivas demonstrações dos resultados
produzidos”. (BARROS, 2002)

As empresas são pessoas jurídicas para exercer objetivos de uma atividade


particular, economia mista ou pública, que produzem bens ou serviços para
atender as necessidades humanas. Na nova visão das empresas o lucro é
considerado o retorno dos investidores e do processo produtivo.

[[Nota]] A principal característica das empresas é a maximização do lucro.


Além disso também tem como meta a minimização do prejuízo. Já a empresa
pública, o objetivo é um pouco diferente referente a rentabilidade social.

Dentre as responsabilidades da auditoria governamental temos, podemos


citar os conceitos dos autores.
Conforme Sá (2006), auditoria é a técnica contábil do sistemático exame dos
registros, visando apresentar conclusões, críticas e opiniões sobre as
situações patrimoniais e aquelas dos resultados, quer formadas, quer em
processo de formação.

No quadro a seguir, elas estão as auditorias existentes.

Figura 8: Tipos de auditoria

Pág. 20
Auditoria Interna

Auditoria Externa

Auditoria Contábil

Auditoria Fiscal

Fonte: Elaborado pela Autora

Tem como finalidade de ferramenta de controle simultâneo entre a contabilidade


e o orçamento, observando o previsto e o realizado das demonstrações
contábeis e permitindo orçamentário, para o controle prévio dos gastos públicos.

4.2 Contabilidade Gerencial, Financeiro e Custos

Embora a contabilidade de custos seja a base da contabilidade gerencial,


Martins (1996, p. 21) conta que "a preocupação primeira dos Contadores,
Auditores e Fiscais foi a de fazer da Contabilidade de Custos uma forma de
resolver seus problemas de mensuração monetária dos seus estoques, não a
de fazer dela um instrumento de administração." O autor complementa que
devido ao crescimento das empresas, a contabilidade de custos passa a ser
considerada uma eficiente ferramenta de gerenciamento. Todavia, o fato de
que esta nova visão da utilidade da contabilidade de custos só foi considerada
a algumas décadas, indica que ainda há muito a ser desenvolvido nesta área.

[[Acesse]]: Como a contabilidade de custos pode beneficiar sua empresa?

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/como-a-
contabilidade-de-custos-pode-beneficiar-sua-
empresa,222839f7298bc410VgnVCM1000003b74010aRCRD

[[Saiba mais]]: "Com o significativo aumento da competitividade que vem

ocorrendo na maioria dos mercados, [...], os custos tornam-se altamente


relevantes quando da tomada de decisões de uma empresa." Considerando

Pág. 21
que a contabilidade de custos é a base da contabilidade gerencial, pode-se
dizer que, a partir deste ponto, contabilidade se ramifica em duas grandes
áreas. Claramente se observa a existência da contabilidade interna e externa,
representada pelas contabilidades gerencial e a financeira respectivamente.
A primeira, neste momento representada pelo controle e mensuração de
custos. (MARTINS, 1996).

Dependendo do tipo de informação contábil de que necessitamos, seja ela


para fins financeiros ou para fins de gerenciamento, podemos optar pela
Contabilidade Financeira ou pela Contabilidade Gerencial – há uma
demonstração sobre as diferenças entre ambas. Para Ching (2006, p. 6),
Contabilidade Financeira significa que as informações são agregadas e
resumidas no que se refere à organização. Em Contabilidade Gerencial, as
informações são desagregadas sobre produtos e clientes. E, em Contabilidade
de Custos, as informações são agregadas sobre custos da produção e das
vendas.

Figura 9: Contabilidade Gerencial

Contabilidade
Gerencial

Contabilidade Contabilidade
Financeira de Custos

Fonte: Elaborada pela Autora

[[Explicando melhor]]: Podemos observar as diferenças da Contabilidade


Gerencial e da Contabilidade Financeira, pois utilizam as informações
contábeis em favor de públicos diferentes, sendo que cada uma tem suas
particularidades. Na Financeira, a preocupação com seus números reflete no

Pág. 22
comportamento externo, ou seja, o comportamento de analista reflete no
comportamento de auditores externos. Já quanto à Gerencial, a preocupação
concentra-se em como as medidas adotadas refletem nos seus gerentes.

A Contabilidade Gerencial, além dos números e das informações financeiras


prestadas ao gestor ou a quem delas se utiliza, também informa questões
físicas e operacionais para a tomada de decisões. Nesse sentido, conforme
exemplo citado por Ching (2006), um gerente de loja que necessita de dados
operacionais para gerir sua unidade adequadamente necessita de
informações sobre o atendimento de seus clientes, o giro do estoque, a
reposição de mercadoria, o lucro da loja, as informações de vendas etc. A
Contabilidade Gerencial, podemos dizer, detém-se nos setores da empresa,
como, por exemplo, o setor de atendimento aos clientes, fornecedores etc.
Sua preocupação concentra-se em como a adoção de certas medidas do
gestor influenciará o futuro da entidade, ou da empresa, mas sem descuidar
do presente, dando muita importância para informações relevantes, flexíveis
e rápidas. Isso ocorre porque, caso necessite, o gestor precisa ter em mãos
dados relevantes e de forma rápida.

[[Importante]]: No entanto, cabe o seguinte questionamento: a quem a


Contabilidade Gerencial deve se subordinar? Os autores da área entendem
que a contabilidade gerencial não deve sofrer subordinação de nenhuma
outra área, nem vista como uma área funcional, por obter informações
específicas para a tomada de decisão de todas as áreas.

Assim, qualquer colaborador terá as informações de que necessitar. Para isso


acontecer dentro da Contabilidade Gerencial, é necessário que a área de
Tecnologia da Informação (TI) entre em ação, até porque deve ser respeitado
o nível de acesso. Por exemplo, um vendedor terá acesso somente aos dados
de seu setor, ao passo que seus gestores poderão ter acesso a qualquer nível.
Um ponto muito importante, que não se pode deixar de comentar, é o fato
de que as informações encontradas possuem caráter confidencial.

[[Explicando melhor]]: Por tradição, a Contabilidade Gerencial utilizava-


se de informações financeiras para elaborar seus relatórios, seja em moeda
nacional (real) ou americana (dólar). Assim, esses relatórios gerenciais eram
nada mais do que relatórios da Contabilidade Financeira. Quando a empresa

Pág. 23
começava a crescer e expandir seus negócios a outras áreas e regiões, os
gestores/administradores necessitavam de novos relatórios gerenciais, e
desde então se começou a dar ênfase à Contabilidade Gerencial.

A Contabilidade Financeira, por sua vez, baseia-se em dados de informações


que já ocorreram, ou seja, em informações que já estão lançadas nas suas
respectivas contas contábeis. Dessa forma, ela é obrigatória às entidades e
empresas, visto que as demonstrações contábeis são exigidas pela legislação
vigente no país pela Secretaria da Receita Federal. Devido à fiscalização e às
normas por ela aplicadas, as informações contábeis precisam ser claras,
objetivas e confiáveis para que, caso haja necessidade, possam ser
analisadas por uma auditoria externa.

O princípio contábil aplicado ao custo é o do Princípio da Competência, que


ocorre com a realização da receita quando reconhece o resultado contábil
com lucro ou prejuízo. Desta forma, os custos são transformados até antes
desse momento em despesas. Conforme Resolução do Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) 750/1993:“Art. 9º As receitas e as despesas devem ser
incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre
simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de
recebimento ou pagamento”.

De acordo com o item 4.50 do pronunciamento conceitual básico do CPC(R1):

4.50. As despesas devem ser reconhecidas na demonstração


do resultado com base na associação direta entre elas e os
correspondentes itens de receita. Esse processo, usualmente
chamado de confrontação entre despesas e receitas (regime
de competência), envolve o reconhecimento simultâneo ou
combinado das receitas e despesas que resultem direta ou
conjuntamente das mesmas transações ou outros eventos. Por
exemplo, os vários componentes de despesas que integram o
custo das mercadorias vendidas devem ser reconhecidos no
mesmo momento em que a receita derivada da venda das
mercadorias é reconhecida. Contudo, a aplicação do conceito
de confrontação, de acordo com a Estrutura Conceitual, não
autoriza o reconhecimento de itens no balanço patrimonial que
não satisfaçam à definição de ativos ou passivos (CPC, 2011,
p. 31).

Além disso, nos termos do item 4.51 do pronunciamento conceitual básico do


CPC(R1):

Pág. 24
Quando se espera que os benefícios econômicos sejam
gerados ao longo de vários períodos contábeis e a associação
com a correspondente receita somente possa ser feita de
modo geral e indireto, as despesas devem ser reconhecidas na
demonstração do resultado com base em procedimentos de
alocação sistemática e racional.(CPC, 2011, p. 31).

Conforme trata Santos (2015) essa definição é similar à apresentada no SFAC


6, segundo o qual o confronto entre as despesas e receitas (matching) “é o
reconhecimento de receitas e despesas que resultam direta e conjuntamente
de uma mesma transação ou evento” (SANTOS, 2015, p. 4).

O autor reforça que muitas vezes é necessário

[...] reconhecer despesas associadas com o uso ou o consumo


de ativos, tais como itens do imobilizado, ágio pela expectativa
de rentabilidade futura (goodwill), marcas e patentes. Em tais
casos, a despesa é designada como depreciação ou
amortização. Esses procedimentos de alocação destinam-se a
reconhecer despesas nos períodos contábeis em que os
benefícios econômicos associados a tais itens sejam
consumidos ou expirem. (SANTOS, 2015, p. 4.

A Contabilidade de Custos tem por função o fornecimento de informação de


dados, através dos princípios contábeis, tanto para a Contabilidade Financeira
quanto para a Gerencial. Nesse sentido, Horngren, Datar e Foster (2012, p.
2) acrescentam que:

Mede e relata informações financeiras e não financeiras


relacionadas ao custo de aquisição ou à utilização de recursos
em uma organização; inclui aquelas partes, tanto da
contabilidade gerencial quanto da financeira, em que as
informações de custos são coletadas e analisadas.

Por essa razão entendemos a grande importância da Contabilidade de Custos


para a empresa, devido à sua especificação e nível de detalhe de todos os
centros de custos responsáveis pelas áreas que movimentam os setores como
um todo.

A Contabilidade de Custos produz informações imprescindíveis às


contabilidades gerencial e financeira. Com isso, podemos observar que a
Contabilidade de Custos depende das informações da Contabilidade
Financeira e vice-versa para realizar o orçamento e trabalharem realizando

Pág. 25
ajustes para a redução de custos sugerida para a Contabilidade Gerencial. Ou
seja, todas são importantes, a única diferença é que a Contabilidade
Gerencial não está na hierarquia funcional

Figura 10: Contabilidade de Custos

Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/o-investimento-para-a-pilha-
de-moedas-no-papel-analisa-o-grafico-financeiro-com-calcula-conceito-de-
investimento-e-poupanca_6759960.htm

Segundo os autores a empresa é industrial porque obtém a matéria-prima,


onde é transformada no novo produto acabado através de um processo com
as respectivas máquinas, equipamentos e mão de obra especializados. E
também quando se fala em Custo Industrial se refere a procedimentos
contábeis e extracontábeis necessários a saber o custo para a empresa
industrial a fabricação dos seus produtos, através do processo industrial

Portanto, todos os gastos necessários para o processo de transformação de


um produto deverão compor o seu custo.

[[Reflita]]: Nas empresas industriais, a preocupação com custos é


constante, pois, em meio a todo o processo produtivo, é necessário buscar
alternativas viáveis para maximizar o resultado da organização. Mas será que
é somente nas indústrias que se calculam os custos?

Nas empresas industriais, e em qualquer organização, gastos são efetuados


para a realização das tarefas do dia a dia. Esses gastos são registrados,
analisados e codificados pela Controladoria, nos setores de Contabilidade

Pág. 26
Geral e de Custos Dessa forma, a nomenclatura, quanto aos termos dos
autores e a função desse setor é separar os gastos em três grandes grupos:

1. Investimento: é todo gasto que a empresa faz com o intuito de obter


alguma receita ou rendimento no futuro, por exemplo: a construção de
uma nova unidade fabril. A empresa está desembolsando um valor no
presente, mas, futuramente, obterá novas receitas e aumentará sua
lucratividade;
2. Despesas: são os gastos necessários para manter a fábrica em
funcionamento, porém não estão ligados ao processo produtivo.
Exemplo: salário do pessoal do departamento administrativo. É
necessário manter o controle administrativo, pois é preciso organizar
as finanças, efetuando cobranças de clientes, pagando os
fornecedores, emitindo notas fiscais, enfim, inúmeras atividades
desempenhadas por esse setor. No entanto, essas atividades não estão
diretamente relacionadas com a fabricação do produto, servem
somente para a manutenção das atividades;
3. Custos: são os gastos que estão diretamente ligados à produção. Por
exemplo: matéria-prima, mão de obra direta e custos indiretos de
fabricação. De acordo com Perez Jr., Oliveira e Costa (2012), os custos
de produção são os gastos necessários para a produção de bens e
serviços e as despesas são os gastos necessários para a geração de
receitas. Portanto, o que compõe o custo do produto é o que será
classificado pela contabilidade no grupo de Custos.

Na demonstração de resultados da empresa encontramos discriminados as


despesas e os custos. Os custos referem-se aos produtos e serviços dos quais
se geram a receita e as despesas. Podemos, assim, considerar valores
dispendidos para gerar a receita, como a despesa com entrega de um
produto. Para entendermos melhor.

Para alguns autores a contabilidade de custos continua fornecendo


informações tanto para a contabilidade gerencial quanto para a financeira.

Segundo entendimento dos autores, informações financeiras e não


financeiras são medidas e relatadas além de serem relacionadas ao custo de

Pág. 27
aquisição ou à utilização de recursos em uma organização; na contabilidade
gerencial bem como na da financeira, onde as informações de custos são
coletadas e analisadas.

A teoria positiva, para os autores (2005, p. 16), foca aspectos mais restritos
da fenomenologia contábil, estabelece hipóteses e testes, muitas vezes
através de métodos quantitativos, mas nem sempre, tais hipóteses. Procura
entender o mundo contábil como ele é, porque é assim e não como deveria
ser.

4.3 Contabilidade Internacional

As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) estabelecem regras de conduta


profissional e procedimentos técnicos previstos a Resolução CFC nº 560/83,
de 28 de outubro de 1983, em consonância com os Princípios Fundamentais
de Contabilidade. Silveira (2010) sugere “uma extensa literatura empírica
internacional sugere que as situações de conflitos de interesses tendem a
causar menos danos em ambientes com melhor proteção aos investidores”.
Iniciaremos tratando dos aspectos introdutórios da Lei nº 11.638/07, após a
Lei nº 6.404/76 e as principais diferenças internacionais na elaboração e
apresentação das demonstrações contábeis.
Como sabemos, a contabilidade é formada por demonstrações elaboradas
para os usuários internos (sócios, acionistas, diretores, conselheiros etc.) e
externos (órgãos reguladores, como os Conselhos Regional e Federal de
Contabilidade; autoridades tributárias, Receita Federal do Brasil). Tais
demonstrações têm diversas necessidades e finalidades, podendo atender
aos interesses próprios e exigências governamentais. E elas devem ser
elaboradas em conformidade com a Estrutura Conceitual e não devem ser
afetadas por exigências tributárias. No entanto, para atender às Normas
Internacionais criadas a partir da Lei nº 11.638/07, devemos atender às
exigências das demonstrações contábeis criadas pelas Normas Brasileiras de
Contabilidade. Isso porque houve alterações de acordo com os padrões
internacionais (IASB e FASB) para serem elaboradas conforme a Estrutura
Conceitual. O objetivo é fornecer informações necessárias para a tomada de
decisões financeiras e econômicas por meio de avaliações fundamentadas por

Pág. 28
indicadores financeiros, a fim de especificar e determinar os grupos de
usuários e satisfazer às necessidades destes.
A respeito das demonstrações contábeis, de acordo com as Normas
Brasileiras de Contabilidade (2011, p. 10):

Demonstrações contábeis elaboradas com tal finalidade


satisfazem as necessidades comuns da maioria dos seus
usuários, uma vez que quase todos eles utilizam essas
demonstrações contábeis para a tomada de decisões
econômicas, tais como:
(a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos
patrimoniais;
(b) avaliar a administração da entidade quanto à
responsabilidade que lhe tenha sido conferida e quanto à
qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;
(c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados
e proporcionar-lhes outros benefícios;
(d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos
financeiros emprestados à entidade;
(e) determinar políticas tributárias;
(f) determinar a distribuição de lucros e dividendos
(g) elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou
(h) regulamentar as atividades das entidades.

Por meio das demonstrações contábeis são elaborados modelos baseados no


custo histórico recuperável, além do conceito da manutenção do capital
financeiro nominal. Também existem demais modelos e conceitos que
podemos considerar apropriados para fornecer importantes informações que
serão usadas para tomar decisões financeiras e econômicas.

Com essa estrutura conceitual, foi desenvolvida uma forma de ser aplicada
uma gama de moldes contábeis e de conceituação de capital.
O mundo adotou as normas internacionais IFRS como referência de
apresentação e divulgação de informações financeiras. Tais normas
representam efetivamente o significado de contabilidade internacional
(SANTOS, 2006)

Veremos que os organismos normalizadores responsáveis pela


internacionalização da contabilidade são: o Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPCs), o International Accounting Standard Board (IASB) e o
International Financial Report Standard (IFRS).
O International Accounting Standards Board (IASB) está em pleno processo
de atualização de sua Estrutura Conceitual. O projeto dessa Estrutura

Pág. 29
Conceitual iniciou em 1989 e estão sendo reescrito para a Apresentação das
Demonstrações Contábeis e Elaboração e ocorre sua finalização através de
documento completo, abrangente e único pelo IASB.
[[Nota]]: Conheceremos sobre a harmonização global da contabilidade e da
divulgação das demonstrações financeiras. A análise dos aspectos de
congruências e divergências dos derivativos sofreu algumas alterações
contábeis que geraram desconforto nos responsáveis das áreas de análise
financeira, devido à obrigatoriedade dessa padronização internacional.

Com a lei 11.638/07 houve muitas modificações para padronizar as


demonstrações financeiras internacionais, sendo aprovadas 14 deliberações
através dos CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

Com isso, as empresas de grande porte apresentando informações mais


transparentes colaboram para uma informação mais clara aos usuários
internos e externos.

As mudanças trouxeram muitas divergências entre as leis internacionais e


brasileiras, gerando muitas alterações e haverão 26 pronunciamentos
contábeis previstos pelo CPC para haver mais íntegro para que sejam
comparados os procedimentos.

[[Você sabia?]]: Qual o objetivo das Informações Contábeis? São relatórios

contábeis aqueles que apresentam a situação da empresa, ou seja, se ela deu


lucro ou não e as pessoas responsáveis pela tomada de decisão são os
administradores e gestores.

A Lei 11.638/2007 houve várias mudanças, que iremos mostrar neste


quadro abaixo:

Tabela 1 – Quadro comparativo das mudanças das leis

Lei 6.404, Lei 11.638,


de 15 de dezembro de 1976 de 28 de dezembro de 2007

Publicação das Demonstrações


Publicação das Demonstrações
das Origens e Aplicações
dos Fluxos de Caixas – DFC.
de Recursos – Doar.

Pág. 30
Não havia a exigência da Obrigatoriedade da publicação
publicação da Demonstração da Demonstração do
do Valor Adicionado – DVA para Valor adicionado – DVA para as
as companhias abertas. companhias abertas.

Os aumentos ou diminuições de
Os aumentos de valores nos valores nos saldos de ativos e
saldos de ativos passivos decorrentes de
serão registrados com Reserva avaliações e preço de mercado
de Reavaliação, no Patrimônio serão registrados na conta de
Líquido. Ajuste de Avaliação Patrimonial,
no Patrimônio Líquido.

O ativo permanente é dividido Ativo permanente passa a ser


em: investimentos, dividido em: investimentos,
ativo imobilizado e ativo imobilizado, intangível e
diferido. diferido.

Nas operações
Os saldos serão vertidos a valor
de incorporação, fusão ou cisão,
de mercados nos casos
os saldos vertidos poderão ser
de: fusões, cisões ou
registrados pelos valores
incorporações.
contábeis.

O Patrimônio Líquido: capital


O Patrimônio Líquido: capital social reserva de capital,
social reserva de capital, reservas ajustes de avaliação
de reavaliação, reservas de lucros patrimonial, reservas de
ou prejuízos acumulados. lucros, ações em tesouraria
e prejuízos acumulados.

As companhias abertas e as
As companhias abertas são
sociedades de grande porte
obrigadas a publicar as
de capital fechado são
suas demonstrações contábeis
obrigadas a apresentar
devidamente auditadas. As
demonstrações contábeis
companhias fechadas
segundo os mesmos padrões
são obrigadas a publicar suas
da Lei das S.As. e auditadas por
demonstrações contábeis.
auditores independentes.

A escrituração contábil será


efetuada de acordo com Deverá ocorrer segregação entre
os princípios escrituração mercantil
de contabilidade geralmente e tributária.
aceitos, podendo registrar nos

Pág. 31
livros comercias ou em livros
auxiliares os ajustes decorrentes
da legislação tributária.

A CVM expedirá normas contábeis A CVM expedirá normas


de acordo com os princípios contábeis em consonância com
de contabilidade geralmente as Normas Internacionais
aceitos. de Contabilidade (IFRS)

As sociedades controladas,
sociedades que fazem parte
As sociedades controladas devem do mesmo grupo que estejam
ser avaliadas pelo método da sob influência e controle comum,
equivalência patrimonial. devem ser avaliadas pelo
método de equivalência
patrimonial.

Legenda: Resumo comparativo com as principais mudanças da lei

11.638/2007. Fonte: Revista Capital Aberto: As mudanças introduzidas pela

Lei 11.638/2007 (Adaptado).

Com a lei 11.638/2007, podemos perceber que o teste do impairment é a


necessidade de realização de reavaliação dos ativos para que os bens sejam
lançados a valor real.

[[Conceito]]: Impairment é uma palavra em inglês que em sua tradução

literal significa deterioração. Tecnicamente trata-se da redução do valor


recuperável de um ativo. Fonte: www.investorcp.com/teste-de-
impairment/4845/ FIM DO GLOSSÁRIO

[[Explicando Melhor]] mascarando as demonstrações contábeis e os


indicadores de análise, realiza a perda de credibilidade pelos investidores
estrangeiros, sendo que o impairment, a reavaliação, quando na utilização
estava auferindo ao ativo registrado um valor superior à sua real capacidade
de retorno econômico e geração de caixa.
Segue algumas características para emitir uma demonstração
contábil com informações claras e transparentes:

Tabela 2 - Características qualitativas da Informação Contábil:

Pág. 32
Características Definição
Informação completa e qualitativa
Compreensibilidade

Com determinada importância


Relevância
quantitativa
Materialidade Relevância material
Confiabilidade Integridade nas informações
Primazia da essência sobre a forma Padrão adequado
Conformidade dos relatórios com os
Prudência
padrões
Integralidade Informações confiáveis
Relatórios comparativos dos
Comparabilidade
períodos
Em tempo oportuno, dentro do
Tempestividade
prazo
Equilíbrio entre custo e benefício Margem de lucro adequada
Fonte: CRC/PR

As demonstrações contábeis devem representar apropriadamente a posição


patrimonial e financeira (BP), o desempenho (DRE/DRA) e os fluxos de caixa
da entidade. Adequação as Normas de Contabilidade: Notas Explicativas.
Vejamos a seguir algumas orientações que a entidade deve seguir:

• A entidade deve fazer uma declaração explícita sem reservas de


conformidade com o IFRS nas notas explicativas.

Ao elaborar as demonstrações contábeis, a administração


deve fazer uma avaliação da capacidade da entidade
continuar em operação em futuro previsível, a menos, se a
administração tenha intenção de liquidá-la ou cessar seus
negócios, ou ainda não possua alternativa realista senão a
descontinuação de suas atividades.

(CRC-RS, Planejamento Estratégico CRCRS. Disponível em:


Acesso em 26 de out.2010 ).

Pág. 33
• ‘A entidade deve apresentar um conjunto completo de demonstrações
contábeis pelo menos anualmente, caso contrário deverá divulgar o fato
em notas explicativas.
• A entidade deve apresentar uma uniformidade na apresentação e
classificação dos itens na demonstração contábil de um período para
outro.
• As empresas devem apresentar a uniformidade nas demonstrações
contábeis.

Figura 11 – Normas Internacionais

Fonte: Elaborada pela Autora

[[Acesse]]: Participação brasileira na elaboração da norma brasileira

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/Busca?q=normas%20brasile
iras%20de%20contabilidade%20nbc

[[Importante]]: O saldo das contas de Lucros Acumulados e de Prejuízos

Acumulados não pode ocorrer na mesma data de fechamento do balanço


patrimonial, devendo o saldo ser de um ou outro. Mais informações em:
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/lucrosacumulados.htm

Vejamos a seguir algumas orientações que a entidade deve seguir:

Pág. 34
• A entidade deve divulgar informação comparativa ao período anterior
para todos os valores apresentados nas demonstrações contábeis.
• A entidade deve apresentar de forma comparativa a informação
descritiva e detalhada que for relevante para a compreensão das
demonstrações contábeis.

Sabemos que o objetivo das demonstrações contábeis é apresentar as


informações sobre a posição financeira (Balanço Patrimonial), o desempenho
(DRE/DRA) e fluxos de caixa, que é útil para a tomada de decisão por vasta
gama de usuários que não está em posição de exigir relatórios feitos sob
medida para atender suas necessidades particulares de informação.

Compreendemos que:

- Vimos que existem processos de evolução contábil em contrapartida


da parte de evolução das empresas.

- Conhecemos a atuação contábil: pública, gerencial, custos, financeiro


e internacional

- Aprendemos sobre as doutrinas: patrimonialistas e personalistas.

Por isso, o contador precisa conhecer como planejar a estratégia e


analisar os riscos e custo-benefício do negócio. Para poder estar alinhado ao
mercado e ser um diferencial frente aos concorrentes analisar seu
planejamento estratégico para verificar se está tendo um grande retorno do
investimento.

Caro estudante, você chegou ao fim desta aula, parabéns! Nela, você
aprendeu sobre análise sobre avaliação de desempenho de cargos.

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho?


Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de
estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter
aprendido sobre teorias contábeis e suas particularidades.

Pág. 35
5 AUDITORIA

5.1 Surgimento da Auditoria

Detalharemos desde o surgimento da auditoria, os conceitos de auditoria


e as ferramentas que as auditorias internas e externas, públicas e privadas
trabalham a serviço das empresas e de acordo com suas análises, métodos e
pareceres instrumentais, de acordo com a legislação vigente.

5.2 Evolução da Auditoria

Veremos a evolução histórica da auditoria iniciada na Europa, sendo utilizada


nos dias atuais como ferramenta de trabalho nas organizações como forma de
gestão.

Esta ferramenta de gestão passa a ser utilizada nas empresas, após a


Revolução Industrial a fim de buscar a satisfação dos clientes, junto com os
controles de qualidade nos processos, para garantir a exatidão dos números e
processos e a transparência das grandes empresas, conforme figura 1.

Figura 1 – Evolução Histórica da Auditoria

1314 1886 1934

• Criação do cardo • Criação da • Criação da Security


de auditor Associação dos and Exchange
Financeiro Contadores Commission (SEC)
• INGLATERRA Públicos • EUA
Certificados
(AICPA)
• EUA

Fonte: Autora (2019).

Pág. 36
A partir da Lei das Sociedades Anônimas, lei 6.404/1976 as empresas de
capital aberto necessitaram de auditorias e certificações para garantir as suas
demonstrar e permanecer no mercado com suas ações negociadas na bolsa de
valores. As auditorias passaram a ser obrigatórias para garantir a credibilidade
dos números e confiança dos acionistas e conselhos da diretoria.

Com a chegada de multinacionais no Brasil, a auditoria evoluiu a partir


das instalações destas empresas em grandes polos industriais nas regiões
metropolitanas das grandes cidades e capitais, necessitando de um controle
mais efetivos e de auditorias internas e independentes de confirmasse os
controles financeiras e operacionais.

O termo com origem latina “auditorius” se refere à capacidade de escutar,


ouvir.

As verificações dos registros nas fazendas do patrimônio existente dos


ativos, os “guarda-livros”, hoje conhecido como contadores realizavam os
lançamentos nos livros físicos que eram verificados e confirmadas a sua
exatidão, sendo mantida a tradição desde a antiguidade até a atualidade.

Na figura 2, vemos o significado dos procedimentos técnicos do termo


baseado na revisão dos registros contábeis.

Pág. 37
Figura 2 – Significado de Auditoria

Latim: Significa:
Auditoria
Audire Ouvir

Fonte: Autora (2019).

Para Crepaldi (2000), “auditoria significada o processo pautado em


verificações que, quando finalizado, terá a elaboração de um relatório”.

5.3 Finalidade dos Controles Internos

De acordo com Castro (2010, p. 382), a auditoria tem “finalidade de


garantir que os controles fossem adequados, executados e que as informações
geradas fossem fidedignas, espelhando a realidade financeira e econômica da
entidade”.

Já Attie (1998, p.6) traz que a auditoria é uma especialização da


contabilidade que testa a eficácia e a eficiência dos controles patrimoniais com
o objetivo de dar sua opinião sobre os dados analisados.

Pág. 38
Entre os dados do patrimônio da entidade, gerado pelos livros e registros
contábeis, são apresentadas nas demonstrações e informações financeiras,
pelas áreas: contábeis, gerenciais, controles e financeiros.

Os procedimentos realizados pelas auditorias para comprovação destes


dados gerados, são examinados através de atitudes de reflexão competente e
independente, conhecidas como:

✓ Atitude Mental: exames de documentos e provas internas e externas


para apurar a veracidade dos documentos.
✓ Atitude Profissional: atitude técnica baseada em legislação e
mecanismos de raciocínio, julgamentos e conhecimentos financeiros.
✓ Atitude Preventiva: além das comprovações corretivas, o auditor
deve expressar seu parecer com atitudes preventivas advindas da
análise das provas encontradas na sua verificação e análise.

6. APLICAÇÃO DA AUDITORIA

6.1 Objetivo da Auditoria

Segundo Sá (1998, p. 25), podemos definir a auditoria como:

Uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos registros,


demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de
consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões
críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da
riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer
ou prospectados e diagnosticados.

Os campos públicos são as auditorias nos órgãos governamentais que


veremos com mais detalhe. Já nas empresas privadas são realizadas conforme

Pág. 39
com as situações que surgem ou exigências estruturais e conheceremos os tipos
específicos delas.

Figura 3 – Campo de Atuação da Auditoria

Público

Regulamentação
das
Auditorias

Privada

Fonte: Autora (2019)

6.2 Classificação da Auditoria

Com relação ao objetivo dos trabalhos de auditoria, estão classificados


em: Operacional e Contábil. Onde analisaremos cada um deles e ao final
analisaremos a diferença entre os dois.

Pág. 40
Figura 4 – Objetivos dos Trabalhos

Operacional
Objetivo
Contábil

Fonte: Autora (2019).

6.3 Forma de Realização

As formas de realização são internas ou externas. As internas, como forma


de assessoria e controle e apresenta erros nos controles internos. E na Auditoria
Externa emitem opiniões independentes, conforme Normas Técnicas, que
explicaremos com detalhes no último capítulo do módulo.

Pág. 41
Figura 5 – Forma de Realização

Interna Externa
• Com a • Realizada por
determinação e profissionais
acompanhamento externos à
da administração organização e
qualificados

Fonte: Autora (2019).

7 CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA

7.1 Tipos de Auditoria

Conforme vimos na classificação o objetivo contábil e operacional. E na


forma vimos que ela pode ser interna e externa, da mesma forma que o tipo de
auditoria contábil também tem a opção de ser interna e externa, de acordo com
os interesses da alta direção em realizar os trabalhos. No caso da auditoria
operacional, depende das necessidades do ramo de atividade, ações de
correções ou até exigência do cliente.

Pág. 42
Figura 6 – Tipos de Auditoria

Interna
Contábil
Externa

Auditoria Gestão

Programas
Operacional
Especiais

Sistemas

Fonte: Autora (2019).

7.1.1 Auditoria Contábil

Consiste na verificação das Demonstrações Contábeis e Financeira de


uma determinada empresa, ou determinada entidade (instituições financeiras,
por exemplo) e suas peculiaridades com detalhes sobre a Auditoria Interna e
Externa.

Vimos que na área contábil se observa o patrimônio e os números


financeiros da empresa e a administrativa mede a gestão das decisões políticas
da administração com a relação a base operacional (ATTIE, 1998).

Pág. 43
7.1.2 Auditoria Operacional

A auditoria operacional se encontra na Constituição Federal de 1988, no


art. 70 que trata dos tipos de fiscalização sendo: orçamentária, contábil,
operacional, patrimonial e financeiro, no gerenciamento das organizações.

Ela é realizada com a intenção garantir a eficiência dos processos


operacionais com ações corretivas e preventivas.

Os principais objetivos da auditoria operacional são:

o Identificar possíveis áreas com riscos, possibilitando aos entes a


sua correção e melhoria contínua
o analisar e garantir os números financeiros e sua eficácia
o fazer recomendações sobre redução de custos, desperdícios e
fraudes

Com relação a forma de planejamento da auditoria é a seguinte.

Figura 7 – Planejamento da auditoria

Pág. 44
Financeira De Cumprimento Operacional

• Princípios • Revisão • Recursos Técnicos


• Demonstrações controles • Desempenho
Financeiras • Procedimentos operacional
da entidade

Fonte: Autora (2019).

7.1.3 Auditoria de Gestão

É o tipo de Auditoria realizada mediante a análise de planos e diretrizes de


uma determinada empresa ou entidade.

Ela verifica se as metas e objetivos determinados forma alcançados de forma


eficiente e se a forma de gestão foi eficaz.

7.1.4 Auditoria de Sistema

O sistema de informações deve estar adequado de acordo com as


informações relevantes em conformidade com o sistema de dados para reduzir
o risco do processo e garantir os dados.

7.1.5 Auditoria de Programas

Pág. 45
Para que o escopo da auditoria de programa as seja válido, devem ser
validados os projetos das áreas, referente a execução programa definido e testar
a aplicação dos recursos descritos, conforme procedimentos detalhados de
acordo com o roteiro determinado.

7.1.6 Auditorias Especiais

Alguns tipos de auditorias existem porque são denominadas especiais


ocorrem em eventos específicos e necessários.

Em determinados casos, o governo, pode determinar em situação


extraordinários que se executem processos específicos para auditar
determinada entidade em alguma área especial.

7.2 Auditoria Contábil e Auditoria Operacional

O papel do auditor operacional é de conhecer muito mais as diversas áreas


relacionadas com o objeto de estudo; já do auditor contábil se exige
conhecimento contábil, financeiro e de áreas afins.

Desta forma, a auditoria operacional foco no problema específico de


determinada área; enquanto a auditoria contábil observa as demonstrações
financeiras dos períodos anteriores e acompanha seu andamento para
confrontar com o presente.

Se formos comparar a auditoria contábil podemos perceber que o auditor


contábil tem o objetivo no andamento dos números enquanto a auditoria
operacional se preocupa com os processos e andamento da produção, através
de melhorias de redução de tempo de custos.

8 NORMAS INTERNAS E EXTERNAS

Pág. 46
8.1 Normas Contábeis

Referente ao vínculo empregatício não pode ter nenhum tipo de contato


com a empresa que será auditada para manutenção da independência para não
recarem processos trabalhistas ou penais.

Já empresa auditada, ou seja, trabalha internamente na mesma e na


auditoria externa não pode ter nenhum tipo de vínculo com a empresa auditada,
para manutenção da independência.

Deve ter o menor grau de independência, já que os funcionários são da


própria empresa auditada e na auditoria externa tem independência total uma
vez que a empresa auditada não possui nenhum vínculo com o auditor.

A principal norma em vigor no Brasil é a Resolução CFC nº 1203, de 27


de novembro de 2009, que aprova a NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor
Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de
Auditoria.

- NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das demonstrações


contábeis (até 31/12/2009)

- NBC TA (Aplicável às auditorias externas a partir de 01/01/2010).

- NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente:

Figura 8 – Normas de Auditoria

Pág. 47
Exigências éticas

Ceticismo profissional

Julgamento profissional

Evidência de auditoria apropriada e suficiente

Fonte: Autora (2019).

Os objetivos da auditoria interna são verificar o cumprimento das normas


internas da companhia ou do grupo; bem como da necessidade de
aprimoramento dos controles internos que já são praticados e a criação de novos
controles. Também, efetua a auditoria das Demonstrações Contábeis e em
outras áreas da empresa. Já na auditoria externa os objetivos são emitir parecer
sobre as Demonstrações Contábeis, verificando se estas refletem corretamente
a posição financeira e econômica das empresas. Também, verifica se as
demonstrações estão de acordo com os Princípios Contábeis e legislação
vigente.

8.2 Relatórios e Testes

A forma de acompanhar os papéis e testes de auditoria é a seguinte.

Pág. 48
Figura 9: Teste de auditoria

Analisar Avaliar Revisar Testar

Fonte: Autora (2019).

O volume de teste na auditoria interna depende da vontade dos


administradores e gestão das áreas.

Já a obrigatoriedade depende da vontade dos sócios e diretores e na


auditoria externa, pode ser dos governos ou clientes.

Figura 10 – Autoria Interna e Externa

Pág. 49
• Interna: contratado da empresa
auditada
Empregado • Externa: consultoria externa

• Interna: empregado da empresa


auditada
Independência • Externa: Não possui nenhum
vínculo com o Auditor

• Interna: aprimoramento dos


controles internos
Objetivos • Externa: emite parecer sobre a
posição financeira

• Interna: grande e de forma


Volumes de constante
• Externa: menor número de
Testes testes e por amostragem

• Interna: voluntária pelos sócios e


acionistas
Obrigatoriedade • Externa: pode ocorrer de forma
obrigatória por lei

Fonte: Autora (2019)

9 – Compliance Empresarial

Pág. 50
9.1 Conceito

Considera-se Compliance Empresarial toda empresa que mesmo não tendo uma
Governança Corporativa são políticas e os procedimentos que tem como objetivo
se prevenir de inconformidades ou desvios que podem ocorrer, como: lavagem
de capitais, casos corrupção e crimes correlatos e realiza técnicas de
Negociação, além de sanções administrativas em licitações e contratos as para
garantir negociações justas e corretas com a Due Diligence e Operações de
Fusão e Aquisição que mantenham a empresa no mercado, analisando as
Demonstrações Financeiras e Accountability para se precaver de maus
procedimentos cometidos em áreas da empresa ou superfaturamento que
envolvem financeiras e fornecedores, entre outros.

Devido a muitos escândalos ocorridos nas empresas, sendo o mais famoso o


caso Enron, a sexta maior empresa dos EUA, em 2002, onde a empresa
realizava junto ao banco financiamento de ativos falsos e a auditoria da época
foi conivente com o problema e quebrou a empresa e ações, pois acionistas
acreditavam que tinham muitos ativos e na verdade eram falsos ativos. Sueli
(2006) descreve o que significa gestão de riscos como sendo uma forma de
vencer as batalhas, conhecendo ao inimigo, e especialmente conhecer a si
mesmo, como ensinou o mestre Sun Tzu.

Com as mudanças do mercado, os acionistas começaram a buscar maior


segurança e transparências nas demonstrações financeiras mais claras para
investir nas empresas.

Em relação à diferenciação do erro e da fraude, em contabilidade, muito bem


esclarece Serpa (2002, p. 18):

É preciso fazer distinção entre fraude e erro, em


contabilidade. Fraude é uma ação premeditada para lesar alguém. O
erro é uma ação involuntária, sem o intuito de causar dado. Embora
possam ocorrer sobre os mesmos fatos e documentos (balanços,
balancetes, livros comerciais etc.) são de características diferentes.
Pelo que já foi reportado, pode-se afirmar então que a
diferença básica entre o erro e a fraude, é que o primeiro é involuntário,
espontâneo e/ou não intencional e o segundo é intencional, realizado
com má-fé, visando como fim o benefício próprio e/ou de terceiro.

Pág. 51
FIQUE ATENTO

Em razão de uma série de escândalos financeiros corporativos, como o da


Enron, foi redigida a Lei Sarbanes-Oxlei (SOX´s) em 2003, que visa garantir a
criação de mecanismos de auditoria e de segurança confiáveis, com o propósito
de restaurar a confiança do público em geral na governança corporativa.

Para saber mais sobre esse assunto, acesse:

https://portaldeauditoria.com.br/introducao-lei-sarbanes-oxley-sox/

Além de todas as ações preventivas e corretivas, ainda foi criada a Gestão de


Crises na empresa que tem uma função muito importante no processo decisório
pelo fato de ter que tomar decisão de forma ágil e eficiente, mesmo com risco
calculado para não quebrar e se manter sustentável até passar a crise e voltar a
se desenvolver no mercado, sempre buscando parcerias.

9.2 Governança Corporativa

Existem características que definem se os gestores estão ou realizando a gestão


de risco e realizando ações para resolver os gaps encontrados na Governança,
que são:
● realizar conscientização através de cursos e
treinamentos.
● promover troca de experiências entre participantes.
● propiciar estudos de casos reais para serem
estudados.

Segundo Serpa (2002), a estrutura de participação acionária e o conselho de


diretores são formados por mecanismos internos e externos.

Pág. 52
IMPORTANTE

Governança corporativa é uma um estudo com muitas perspectivas. Um dos


objetivos é reduzir o conflito de interesses. Um problema relacionado, entretanto
normalmente tratado em outro fórum de discussão é o impacto da governança
corporativa na eficiência econômica, com uma forte ênfase em maximizar valor
para os acionistas.

https://contadorindependente.com.br/contabilidade-internacional/

Em consequência aos casos ocorridos podemos concluir que tanto a SOX


quanto a Governança Corporativa vieram amparar as companhias em relação à
ética nas companhias brasileiras. Entre elas a Lei nº 9.613/98 Compilada de
Prevenção à Lavagem de Dinheiro e o COSO (Control -Integrated Framework) e
o COBIT na relação de compliance.

O objetivo da Compliance Empresarial através da Governança Corporativa é:

a) demonstrar as diferenças entre fraudes e erros, analisando os tipos de fraudes


mais comuns cometidas no âmbito interno das organizações;

b) identificar as motivações que levam os funcionários a cometerem fraudes


dentro das organizações e o perfil deste fraudador;

c) apresentar os principais conceitos, classificações e estatísticas sobre fraudes;

d) detalhar os conceitos da auditoria interna, bem como sua importância e seu


papel contra as fraudes organizacionais.

Como objeto principal de estudo, a questão das fraudes no âmbito interno das
organizações, perpetrado por agentes internos (empregados e/ou terceirizados)
e/ou agentes externos (usuários, fornecedores, clientes, prestadores de serviços
etc.) e o papel da auditoria interna no combate às mesmas. Não será objeto de
análise as fraudes impetradas por pessoas jurídicas contra o Governo, as
instituições públicas e privadas e/ou contra os acionistas, bem como as
chamadas “fraudes contábeis”, bem como não será abordado, neste trabalho, a
questão e atuação das auditorias internas da qualidade nas organizações,
referenciadas pelas normas ISO (Internacional Standard Organization).

Pág. 53
9.3 Fraudes Contábeis

Conforme a Interpretação Técnica NBC T11 – IT – 03 (Fraude e erro), aprovada


pela Resolução CFC n° 836/99, a fraude pode ser caracterizada por:

a) manipulação, falsificação ou alteração de registros ou


documentos, de modo a modificar os registros de ativos, de passivos e
de resultados;
b) apropriação indébita de ativos;
c) supressão ou omissão de transações nos registros
contábeis;
d) registro de transações sem comprovação; e
e) aplicação de práticas contábeis indevidas(CFC, 1999, p.
207).

Saiba mais:

O referencial teórico, que forma o esqueleto central deste tema, será as Normas
Brasileiras de Contabilidade (NBC), emitidas pelo Conselho Federal de
Contabilidade, principalmente as seguintes: NBC T-11 (Normas de Auditoria
Independente das Demonstrações Contábeis), NBC T-12 (Da Auditoria Interna)
e a Interpretação Técnica NBC T11 – IT – 03 (Fraude e erro).

Podemos entender que a racionalização de algo realizado com má fé, através


de atitudes inadequadas, sendo que a pessoa íntegra tem dificuldade em relação
a este tudo de conivência.

IMPORTANTE

A pesquisa sobre fraudes nas empresas, feita pela KPMG Brasil (2000, p. 12),
em março de 2000, em que foram consultadas cerca de mil empresas, revelou
o seguinte em relação ao autor da fraude:

Empregados……...………………………………………....................... 55%
Prestadores de serviços……….........................................…….…….18%
Fornecedores...…………………………………………........................13%

Pág. 54
Clientes…….…………………………………………………................... 9%
Outros………………………………………………………………....….... 5%

A Norma Brasileira de Contabilidade (Interpretação Técnica NBC T11 – IT 03 –


fraude e erro) esclarece que a primeira responsabilidade na prevenção e
identificação de fraudes e/ou erros é da Administração da Organização,
mediante a manutenção de adequados sistemas de controles internos, que,
entretanto, não eliminam a possibilidade e/ou o risco de sua ocorrência (CFC,
1999).

Para Normas Contábeis existem 3 (três) razões básicas, que motivam as


pessoas a cometer a fraude. Os elementos que na verdade podem influenciar se
a fraude vai ser ou não cometida, seriam os seguintes (NBC T11):

1º- Pressões de uma situação. Essas pressões podem ser de


ordem econômica, incidentes psicossomáticos, condições
psicossomáticas, uma aberração atitudinal, ou comportamental.
2º- A oportunidade para cometer a fraude. Essa é uma
situação ambiental que consiste de um ou alguns destes quatro
subitens a seguir:
2.1 Controles internos falhos.
2.2 Apatia gerencial. Uma administração ou gerência que na
verdade não está muito interessada em evitar a fraude.
2.3 Incidentes prévios, que na verdade não tiveram nenhuma
punição; a impunidade.
2.4 Um indivíduo que está ocupando uma posição de
confiança.
3º- A integridade pessoal. Este elemento se relaciona ao
código pessoal daquele indivíduo, um código de conduta, incluindo a
ética, honestidade, moralidade e outros pontos que geram integridade.
Também se leva em consideração a consciência, que é uma mistura
de atitudes morais básicas, além de um sentido de apreensão relativo
a ser pego, e o medo das sanções e punições que podem ocorrer a
essa pessoa se for pega no ato.

Também se leva em consideração a consciência, que é uma mistura de atitudes


morais básicas, além de um sentido de apreensão relativo a ser pego, e o medo
das sanções e punições que podem ocorrer a essa pessoa se for pega no ato.
Então, esse elemento inclui também o ato de racionalização de um ato mal feito.

Pág. 55
9.3.1 Pilares da Governança Corporativa

Os princípios da Governança Corporativa, que são: Transparência, Equidade,


Responsabilidade Corporativa e Prestação de Contas (Accountability).

Transparência

É a transparência que dá uma forma clara para se apresentar as demonstrações


financeiras. Como objetivos específicos, dado o tema e o objetivo geral do
trabalho, são definidos os seguintes:

a) demonstrar as diferenças entre fraudes e erros, analisando os tipos de fraudes


mais comuns cometidas no âmbito interno das organizações;

b) identificar as motivações que levam os funcionários a cometerem fraudes


dentro das organizações e o perfil deste fraudador;

c) apresentar os principais conceitos, classificações e estatísticas sobre fraudes;

d) detalhar os conceitos da auditoria interna, bem como sua importância seu


papel contra as fraudes organizacionais.

Como objeto principal de estudo, a questão das fraudes no âmbito interno das
organizações, perpetrado por agentes internos (empregados e/ou terceirizados)
e/ou agentes externos (usuários, fornecedores, clientes, prestadores de serviços
etc.) e o papel da auditoria interna no combate as mesmas. Não será objeto de
análise as fraudes impetradas por pessoas jurídicas contra o Governo, as
instituições públicas e privadas e/ou contra os acionistas, bem como as
chamadas “fraudes contábeis”, bem como não será abordado, neste trabalho, a
questão e atuação das auditorias internas da qualidade nas organizações,
referenciadas pelas normas ISO (Internacional Standard Organization).

Exemplo: Um gerente de loja que necessita de dados operacionais, segundo


Ching (2006):
▪ Clientes

Pág. 56
▪ Giro do estoque
▪ Reposição de mercadoria
▪ Lucro da loja
▪ Informações de vendas etc.

Estes são os stakeholder que necessitam das informações transparentes para o


bom andamento do negócio.

Equidade:

Significa igualdade nos direitos e deveres apresentados nas relações. A teoria


da firma trata-se de empresa teórica, apresentada normalmente como uma
unidade autônoma, que busca maximizar o capital empreendido, como objetivo
de aprender a extrair o máximo de seus ativos que procura, frente à
concorrência, ter condições de rivalizar e apropriar-se de espaços do mercado.

“É o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo


os relacionamentos entre Acionistas/Cotistas, Conselho de Administração,
Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de
governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade,
facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade.”

O empreendedor/proprietário da firma tem à sua disposição toda as informações


que necessita, já que se parte do pressuposto de que elas existem e estão à sua
disposição.

A Teoria contratual da firma é vista como um conjunto de contratos entre os


diversos participantes. Cada participante contribui com algo para afirmar e em
troca recebe sua parte no bolo”. Segundo essa teoria, empregados contribuem
com o seu trabalho e em troca recebem salários; acionistas fazem aportes de
capital e recebem dividendos e ganhos de capital; fornecedores proporcionam
produtos e serviços e recebem dinheiro; o governo trabalha para garantir a
estabilidade institucional e recebe os tributos.

Pág. 57
Caracteriza-se pelo tratamento justo e igualitário de todos os grupos minoritários,
sejam do capital ou das demais “partes interessadas” (stakeholders), como
colaboradores, clientes, fornecedores ou credores. Atitudes ou políticas
discriminatórias, sob qualquer pretexto, são totalmente inaceitáveis.

Fonte: IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

O Conflito de Agência surge quando os agentes ligados à empresa possuem


interesses contrastantes e ao colocar seus interesses pessoais em primeiro lugar
acabam por prejudicar o andamento da organização”. Isso implica supor que
quando o investidor (agente provedor do capital) e o executivo (agente
responsável pela gestão empresarial) divergem sobre questões fundamentais à
condução dos negócios ou exista entre eles um desalinho de interesses, tem-se
um conflito de agência.

A Governança Corporativa tem um raio de amplitude muito grande, desde o


estritamente fiscalista ao extremamente construtivista.

Responsabilidade Corporativa

Em razão de uma série de escândalos financeiros corporativos, o objetivo é


conhecer como caso da Enron, foi redigida a Lei construtivista (SOX´s) em
2003, que visa garantir a criação de mecanismos de auditoria e de segurança
confiáveis, com o propósito de restaurar a confiança do público em geral na
governança corporativa.

Através da Governança corporativa que é uma área de estudo com múltiplas


abordagens, uma das principais preocupações é garantir a adesão dos
principais atores a códigos de conduta pé-acordados, através de mecanismos
que tentam reduzir ou eliminar os conflitos de interesse e as quebras do dever
fiduciário. Um problema relacionado, entretanto, normalmente tratado em outro
fórum de discussão é o impacto da governança corporativa na eficiência
econômica, com uma forte ênfase em maximizar valor para os acionistas.

Nos âmbitos institucional e corporativo, complane o conjunto de disciplinas para


fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes
estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa,

Pág. 58
bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa
ocorrer.

Prestação de Contas (Accountability):

Inclui-se neste princípio a contratação preferencial de recursos (trabalho e


insumos) oferecidos pela própria comunidade.

Conselheiros e executivos devem zelar pela perenidade das organizações:


incorporar considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios
e operações.

O orçamento de investimentos deve atender a três iniciativas simultâneas,


conforme define Linkes (2003):
• alinhamento do orçamento de investimentos às demais peças
orçamentárias, principalmente o orçamento de caixa;
• utilização de um sistema dinâmico de avaliação do risco; e,
• integração dos projetos à cultura empresarial.

Quanto à avaliação do risco, para verificar se o investimento é vantajoso


ou não, Linkes (2003) cita os seguintes métodos:
• método do playback;
• método da taxa média de retorno;
• método do valor presente;
• método da taxa interna de retorno.

Bronson (2000, p. 49) afirma que "o orçamento geral mostra informação
resumida, para que a direção possa determinar se ele é aceitável e se
deve ou não ser aprovado. Esse documento deve incluir conta de
resultado, balanço e fluxo de caixa. Linkes (2003,p. 65) complementa,
afirmando que "Essa projeção permite a análise e a avaliação dos
resultados que foram alcançados mediante o planejamento."

Pág. 59
Prestação de Contas

É uma visão mais ampla da estratégia empresarial, contemplando todos os


relacionamentos com a comunidade (oportunidades de emprego, qualificação e
diversidade da força de trabalho, estímulo ao desenvolvimento científico, e
melhoria da qualidade de vida).

Inclui-se neste princípio a contratação preferencial de recursos (trabalho e


insumos) oferecidos pela própria comunidade.

Conselheiros e executivos devem zelar pela perenidade das organizações:


incorporar considerações de ordem social e ambiental na definição dos
negócios e operações.

O orçamento de investimentos deve atender a três iniciativas simultâneas,


conforme define Linkes (2003):
• alinhamento do orçamento de investimentos às demais
peças orçamentárias, principalmente o orçamento de caixa;
• utilização de um sistema dinâmico de avaliação do risco; e,
• integração dos projetos à cultura empresarial.

Quanto à avaliação do risco, para verificar se o investimento é vantajoso ou


não, Linkes (2003) cita os seguintes métodos:
• método do playback;
• método da taxa média de retorno;
• método do valor presente;
• método da taxa interna de retorno.

Bronson (2000, p. 49) afirma que "o orçamento geral mostra informação
resumida, para que a direção possa determinar se ele é aceitável e se deve
ou não ser aprovado. Esse documento deve incluir conta Linkes ((."Linkes
((2003, p.65) complementa, afirmando que "Essa projeção permite a análise
e a avaliação dos resultados que foram alcançados mediante o planejamento."

Pág. 60
RESUMO

Mais do que “obrigação de informar”, a Administração deve cultivar o “desejo


de informar”: incentivo à boa comunicação interna e externa (espontânea,
franca e rápida). A comunicação não deve restringir-se ao desempenho
econômico-financeiro, mas deve contemplar, também, os demais fatores
(inclusive intangíveis) que norteiam a ação empresarial que conduzem à
criação de valor.

Um exemplo de fraude é:

Em uma conversa ao telefone, entre um consultor empresarial e seu cliente,


surge o seguinte questionamento:
- “Você me disse que, com o orçamento implantado na
empresa, isto não iria acontecer!”
- Mas o que pode dar errado? É importante ter em mente que
o orçamento empresarial não é a única ferramenta de gestão existente e
que somente ele não resolve todos os problemas da empresa.

Contabilidade Gerencial utilizava-se de informações financeiras para elaborar


seus relatórios, seja em moeda nacional (real) ou americana (dólar). Assim,
esses relatórios gerenciais eram nada mais do que relatórios da Contabilidade
Financeira.
⮚ Contabilidade de Custos: produz informações
imprescindíveis às contabilidades gerencial e financeira.
⮚ Contabilidade de Custos: depende das informações da
Contabilidade Financeira e vice-versa para realizar o orçamento e
trabalharem realizando ajustes para a redução de custos sugerida para a
Contabilidade Gerencial.

Todas são importantes, a única diferença é que a Contabilidade Gerencial não


está na hierarquia funcional, mas contribui para a tomada de decisão.

Pág. 61
Como objeto principal de estudo, a questão das fraudes no âmbito interno das
organizações, perpetrado por agentes internos (empregados e/ou terceirizados)
e/ou agentes externos (usuários, fornecedores, clientes, prestadores de serviços
etc.) e o papel da auditoria interna no combate as mesmas. Não será objeto de
análise as fraudes impetradas por pessoas jurídicas contra o Governo, as
instituições públicas e privadas e/ou contra os acionistas, bem como as
chamadas “fraudes contábeis”, bem como não será abordado, neste trabalho, a
questão e atuação das auditorias internas da qualidade nas organizações,
referenciadas pelas normas ISO (Internacional Standard Organization).

O referencial teórico, que forma o esqueleto central deste trabalho, será as


Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), emitidas pelo Conselho Federal de
Contabilidade, principalmente as seguintes: NBC T-11 (Normas de Auditoria
Independente das Demonstrações Contábeis), NBC T-12 (Da Auditoria Interna)
e a Interpretação Técnica NBC T11 – IT – 03 (Fraude e erro).

Em contabilidade, muito bem esclarece Serpa (2002) que a diferença entre


fraude e erro, em contabilidade entre fraude e erro é que a primeira é um ato
premeditado para lesar alguma pessoa e a último é uma ação involuntária, sem
o intuito de causar dado, porém as características são diferentes e podem ter os
mesmos fatos e documentos como: livros comerciais, balanços, balancetes,
entre outros.

Pelo que já foi reportado, pode-se afirmar então que a diferença básica entre o
erro e a fraude, é que o primeiro é involuntário, espontâneo e/ou não intencional
e o segundo é intencional, realizado com má-fé, visando como fim o benefício
próprio e/ou de terceiros.

No âmbito das fraudes contra as organizações, para Attie (1992, p. 215-216), a


fraude assume múltiplas modalidades. Das diversas classificações históricas de
fraudes, já efetuadas, reveste-se de interesse a que as dividem em:

a) Não encobertas: são aquelas que o autor não considera


necessário mascarar, porque o controle interno é muito fraco. Um
exemplo seria a retirada de dinheiro do caixa, sem se efetuar
nenhuma contabilização.
b) Encobertas temporariamente: são feitas sem afetar os registros
contábeis; por exemplo, retirar dinheiro proveniente das cobranças,

Pág. 62
omitindo o registro delas de modo que seu montante possa ser coberto
com o registro de cobranças posteriores, e assim sucessivamente.
c) Encobertas permanentemente: nesses casos, os autores da
irregularidade preocupam-se em alterar a informação contida nos
registros e outros arquivos, para assim ocultar a irregularidade.
Por exemplo, a retirada indevida de dinheiro recebido de clientes poderia ser
encoberta, falsificando-se as somas dos registros de cobranças; porém, isto não
bastaria, pois, como o valor a creditar aos clientes não poderia ser alterado sem
o risco de futuras reclamações, deve-se procurar outro artifício.

Saiba mais:

O Conselho Federal de Contabilidade publicou, no Diário Oficial da União


(DOU), neste dia 6 de novembro – seção 1– alterações em 18 Normas
Brasileiras de Contabilidade (Mbps). As modificações nesse conjunto de Mbps
foram aprovadas pelo Plenário do CFC, no dia 23 de outubro de 2015, e
resultaram de um processo de revisão das normas.

De acordo com a vice-presidente Técnica do CFC, Verônica Souto Maior, a


atualização das Mbps foi requerida pelo documento de Revisão nº 8 emitido pelo
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

A atualização das 18 Mbps passou por audiência pública e faz parte de um


trabalho permanente de adequação das Mbps convergidas ao padrão contábil
internacional (International Financial Repor Ting Standards – IFRS).

A partir da revisão que é feita pelo Repor Ting Standards Board (Ias) e do
processo de atualização conduzido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(CPC), levamos o conteúdo para a análise da Câmara Técnica do CFC” (NBC
18, págs. 358 a 361), somente após o reexame pela Câmara, as alterações nas
NBs foram segundo submetidas ao Plenário e, em seguida, publicadas no DOU.

9.3.2 Demonstrações Contábeis

Pág. 63
As contas contábeis devem ser bem planejadas pelo contador para que o Plano
de Contas seja bem definido e as contas bem analisadas e detalhadas com seus
devidos históricos e informações suficientes para o entendimento de todos os
envolvidos no processo de análise e auditoria das contas contábeis.

Com as contas bem definidas, facilita o resultado das demonstrações contábeis.


Com isso, conforme IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE (2000), as escriturações
dependem de aprovações em manuais de procedimentos que são preparados
procedimentos, instruções e normas bem elaborados pela controladoria da
empresa.
Em qualquer momento, o registro é controle deforma permanente, por vários
motivos, precisa ser visível e transparente para fins legais, na por extraídas dos
controles fiscais e demais características imprescindíveis nas ocorrências da
organização. As demonstrações financeiras organização. As organizações. As
produto final organização. As têm variado desenvolvidos, e desenvolvidos,
desenvolvidos clientes, acionistas, inventários órgãos fiscalizadores,
fornecedores, entre outros. Lembrando que os desenvolvidos, desenvolvidos
sua importância, pelo fato de sua importância substancial das informações da
entidade. (ATTIE,1998)

A NC T11 – Auditoria Independente do CFC - a auditoria, independente das


demonstrações contábeis, constitui o conjunto de procedimentos técnicos que
tem como finalidade a emissão de parecer os desenvolvidos financeira, o
resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e
aplicações de recursos da entidade auditada, consoante as Normas Brasileiras
de Contabilidade e legislações específicas, no que for pertinente.
Entretanto com a definição dada pelo CFC, a auditoria as origens e aplicações
de recursos da entidade auditada, consoante as Normas apurada através de
procedimentos técnicos a veracidade dos números apresentados nestas
demonstrações. Como resultado de procedimentos aplicados em uma auditoria
de demonstrações contábeis, um auditor externo pode descobrir deficiências nos
controles internos, principalmente naqueles relacionados coma elaboração e
apresentação de relatórios financeiros, e naqueles relacionados coma
obediência a leis e regulamentos.

Pág. 64
Desta forma, segundo a NBCT11, o auditor deve efetuar o estudo e a avaliação
do sistema contábil e de controles internos da entidade como base para
determinara natureza, oportunidade extensão da aplicação dos procedimentos
de auditoria, porém a responsabilidade primária na prevenção e detecção de
fraudes e erros é da administração da entidade, através da implementação e
manutenção de adequado sistema contábil e de controle interno.
De acordo com o Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (1988),
além de um planejamento efetivo da empresa e da eficiência dos procedimentos
e práticas instituídas, as pessoas que compõe mas empresas precisam receber
informações adequadas para a realização de suas tarefas e treinamentos
apropriados no âmbito técnico, gerencial e operacional.

9.3.3 Accountability

Em 1993, o Canadian Institute of Chartered Accountants (CICA), realizou um


estudo das necessidades informativas de diferentes grupos e usuários,
relacionadas como impacto ambiental das empresas. O estudo compreendeu
também a normatização das informações contábeis ambientais como subsídio
aos usuários dessas informações. O resultado foi publicado sob o título
Environmental costs e liabilities: accounting and financial reporting, sendo uma
importante referência para a contabilidade financeira ambiental, tendo em vista
a aprofundada investigação das questões ambientais.
No Brasil, as pesquisas relativas à temática ambiental na área contábil tiveram
início como estudo de Ribeiro (1992), o qual examina a tendência de divulgação
das informações ambientais pela contabilidade tanto no Brasil, quanto em nível
mundial, expondo que, infelizmente, as questões ambientais sós e tornaram
objeto de preocupação dos empreendedores de atividades econômicas
poluentes quando os níveis de poluição da água, do solo e doar atingiram pata
mares elevados. A autor a alerta para a necessidade da busca de alternativas
para adequar o desenvolvimento econômico às limitações da natureza, cabendo
à contabilidade empenhar-se para sérum instrumento de informação o que re
flita fidedignamente o valor do patrimônio das empresas, inclusive sob o aspecto
ambiental.

Pág. 65
A KPMG (2000) identificou que as grandes companhias com potencial de
impacto ambiental divulgaram relatórios ambientais, em caráter voluntário ou
obrigatório, não se observando, porém, uma padronização para a evidenciação
das informações. Em 2003, a KPMG identificou níveis diferenciados de
informações relativas ao meio ambiente em 92% das empresas incluídas na
amostra. Algumas continham apenas informações declarativas, enquanto outras
divulgaram informações mais detalhadas. (KPMG,2000)
Em 2005 a KPMG publicou mais uma pesquisa analisando os relatórios anuais
de 1.600 companhias com atuação internacional, comparando-as com pesquisas
anteriores. Constataram que a divulgação relativa à responsabilidade social
corporativate mau mentado continuamente desde 1993, crescendo
substancialmente nos últimos três anos. Em 2005, 52% de grandes companhias
se 33% de médias companhias emitiram relatórios sociais, contra 45% e 23%,
respectivamente, em 2002. Porém, a partir de 1999 os relatórios passaram a
abordar a sustentabilidade de forma ampla (social, ambiental e econômica).
Nossa (2002) destaca que, geralmente, no disclosure voluntário é exposto
apenas o que a companhia a presenta de positivo. Assim, os relatórios de
sustentabilidade publicados pelas empresas são uma forma de comunicação
com os chamados stakeholders- ou seja, todos os públicos impactados por seus
negócios ou que tenham interesses neles, como funcionários, acionistas,
clientes, fornecedores, ONGs, comunidades do entorno e a sociedade em geral.
E, é claro, com os consumidores, especialmente os conscientes, que procuram
informações sobre as empresas se buscam conhecer seu real compromisso com
a sustentabilidade, orientando assim suas escolhas de produtos e serviços.
A Fundação Brasileira de Desenvolvimento Sustentável, a consultoria inglesa
Sustainability e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente realizaram
uma pesquisa para avaliar a qualidade dos relatórios ambientais brasileiros de
2007. A pesquisa brasileira Rumo à Credibilidade integra o Programa Global
Reporters, que há quinze anos avalia a qualidade dos relatórios em todo o
mundo.

Para concluir este capítulo podemos dizer que a Compliance Empresarial é


baseada em estatísticas e nos relatórios da empresa para descobrir se existe

Pág. 66
alguma ameaça tanto nos números como nos sistemas de segurança que
possam comprometer a empresa e gerar algum risco ou dano que impeça a
integridade total da empresa e comprometa seus empregados e acionistas.

10 COMPLIANCE CONCORRENCIAL

10.1 Técnicas de Negociação

A confiança do futuro cliente no seu produto ou serviço e a fidelização deles são


chaves importantes no processo decisório, principalmente qual prestação de
serviço e tipo de produto especializado irá realizar.

A integridade no início do negócio, especialmente quando tiver uma sociedade


é primordial para o alcance do sucesso desejado.

IMPORTANTE

Mais do que “obrigação de informar”, a Administração deve cultivar o “desejo


de informar”: incentivo à boa comunicação interna e externa (espontânea,
franca e rápida). A comunicação não deve restringir-se ao desempenho
econômico-financeiro, mas deve contemplar, também, os demais fatores
(inclusive intangíveis) que norteiam a ação empresarial e que conduzem à
criação de valor.

Fonte: IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

De acordo com o Al Ries e Jack Trout (2009, p, 52), no livro Posicionamento faz
a diferença na mente do consumidor. Este posicionamento se define num
triângulo formado por 3Is que são: identidade, imagem da marca e integridade.

O autor trata sobre o público-alvo para alcançar a identidade e que sem


integridade nenhum negócio funciona e a marca somente será consagrada que

Pág. 67
houver respeito a marca, diferenciação no produto ou serviço e uma articulação
no mercado através das mídias sociais para se tornar reconhecido no mercado.
Os valores podem ser considerados “padrões de comportamento institucionais
da corporação”. Como as empresas costumam seguir o mesmo ciclo de
valores, eles são simbolizados por uma roda. Os valores articulam um conjunto
de prioridades corporativas e tentativas de gestão para incluí-los em suas
práticas, o que, espera-se, fortalecerá comportamentos que beneficiem a
empresa e as comunidades dentro e fora dela, o que, por sua vez, fortalecerá
os valores da instituição.

FIQUE ATENTO

“É o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo


os relacionamentos entre Acionistas/Cotistas, Conselho de Administração,
Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de
governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade,
facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade.”

“É um sistema de cuidar”

Fonte: IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

Além dos aspectos discutidos dos três Ps, o desenvolvimento sustentável deve
ser pensado por meio de outros elementos: o político e o cultural. Os aspectos
políticos têm a ver com a coerência entre o que é esperado do desenvolvimento
sustentável e as políticas adotadas, sejam por uma empresa ou por uma
determinada sociedade. Assim, não dá para falar em adotar o tripé se a empresa,
por exemplo, adota uma política inflexível de negociação com os funcionários ou
não acompanha a legislação ambiental condizente.
Os aspectos culturais devem ser levados em conta o tempo todo. Quando a
empresa está inserida em uma determinada sociedade, ela deve saber as
limitações e vantagens culturais da sociedade que a envolve. O exemplo mais

Pág. 68
gritante é o da empresa que não se relaciona harmoniosamente com a
comunidade em que estar inserida. Se ao lado de uma planta industrial existe
uma favela, por exemplo, por que não absorver seus moradores na fábrica, ao
invés de aumentar investimentos em segurança particular? Além disso, a cultura
de determinada localidade pode ser útil para entender melhor a dinâmica da
biodiversidade local, por exemplo.

Em suma, deve-se introduzir também uma matriz baseada em valores em que,


num dos eixos, a empresa se esforce para ocupar mentes, corações e espíritos
dos clientes atuais e futuros. O outro eixo leva em consideração a missão, a
visão e os valores da empresa. Embora seja essencial oferecer desempenho
EMPRESA

e satisfação aos clientes no nível do produto, no nível mais elevado, uma


marca deve ser vista como algo que realiza as aspirações emocionais e prática
compaixão de alguma forma. Não deve apenas prometer rentabilidade e
retorno para os acionistas atuais e futuros, mas também sustentabilidade.
Precisa também tornar-se uma marca melhor, diferente e que faz a diferença
para os funcionários atuais e futuros.

10.2 Sanções Administrativas em Licitações

Segundo o Manual de Logística de 2014, as sanções administrativas em


licitações e contratos tem finalidade de reprovar a conduta praticada pelo
sancionado, desestimular a sua reincidência, bem como prevenir sua prática
futura pelos demais licitantes e contratado. O caráter das sanções podem ser,
preventivo, educativo, repressivo ou visar à reparação de danos pelos
responsáveis que causem prejuízos ao erário público. O poder-dever da
Administração visa atuar de impedir ou minimizar os danos causados pelos
licitantes e contratados que descumprem suas obrigações.

As seguintes sanções administrativas fixadas nas normas, aplicadas aos


licitantes e contratados, são:

Advertência que consiste em uma comunicação formal ao fornecedor, após a


instauração do processo administrativo sancionador, advertindo-lhe sobre o

Pág. 69
descumprimento de obrigação legal assumida, cláusula contratual ou falha na
execução do serviço ou fornecimento, determinando que seja sanada a
impropriedade e, notificando que, em caso de reincidência, sanção mais elevada
poderá ser aplicada.

“Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá,


garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

I – advertência.” (§ 2º do art. 87 de Lei nº 8.666, de 1993).

Já a multa; tem natureza pecuniária e sua aplicação se dará na gradação


prevista no instrumento convocatório ou no contrato quando houver atraso
injustificado no cumprimento da obrigação contratual, e em decorrência da
inexecução parcial ou total do objeto da contratação, nos termos do art. 86 e 87
da Lei nº 8.666, de 1993, a seguir:

“Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o


contratado à multa de mora, na forma prevista no instrumento
convocatório ou no contrato.
[...] Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a
Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado
as seguintes sanções:
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no
contrato.”

As sanções de advertência, suspensão e inidoneidade poderão ser aplicadas


juntamente com a multa:

“art. 87 (...)

§ 2º As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão


ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia
do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias
úteis.” (§ 2º do art. 87 de Lei nº 8.666, de 1993).

Demais disso, se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada,


além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será
descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou
cobrada judicialmente, conforme § 1º do art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993.

“Art. 87 (...)

Pág. 70
§1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além
da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será
descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela
Administração ou cobrada judicialmente.”

A suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar


com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos; declaração de
inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública.

Conforme a Instrução Normativa nº 2, de 31 de outubro de 2010, que estabelece


normas para o funcionamento do Sistema de Cadastramento Unificado de
Fornecedores - SICAF no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do Sistema
de Serviços Gerais – SISG, elenca em seu art. 40 as sanções passíveis de
registro no SICAF e sua abrangência, como segue.

“Art. 40. São sanções passíveis de registro no SICAF, além de outras


que a lei possa prever:
I – advertência por escrito, conforme o inciso I do art. 87 da
Lei nº 8.666, de 1993;
II – multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou
no contrato, conforme o inciso II do art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993;
III – suspensão temporária, conforme o inciso III do art. 87 da
Lei nº 8.666, de 1993;
IV – declaração de inidoneidade, conforme o inciso IV do
artigo 87 da Lei nº 8.666, de 1993; e
V – impedimento de licitar e contratar com a União, Estados,
Distrito Federal ou Municípios, conforme o art. 7º da Lei nº 10.520, de
2002.
§ 1º A aplicação da sanção prevista no inciso III deste artigo
impossibilitará o fornecedor ou interessado de participar de licitações e
formalizar contratos, no âmbito do órgão ou entidade responsável pela
aplicação da sanção.
§ 2º A aplicação da sanção prevista no inciso IV deste artigo
impossibilitará o fornecedor ou interessado de participar de licitações e
formalizar contratos com todos os órgãos e entidades da Administração
Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.
§ 3º A aplicação da sanção prevista no inciso V deste artigo
impossibilitará o fornecedor ou interessado de participar de licitações e
formalizar contratos no âmbito interno do ente federativo que aplicar a
sanção:
I – da União, caso a sanção seja aplicada por órgão ou
entidade da União;
II – do Estado ou do Distrito Federal, caso a sanção seja
aplicada por órgão ou entidade do Estado ou do Distrito Federal; ou

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III – do Município, caso a sanção seja aplicada por órgão ou
entidade do Município.”

Impedimento de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou


Municípios e o descredenciamento no Sistema de Cadastramento de
Fornecedores - SICAF pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas
previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.

10.3 Contratos

Existe as formas de contratos para evitar problemas na negociação e contribuem


para que as empresas consigam seguir seus trabalhos com suporte técnico de
um profissional da área contribuindo para que a empresa não tenha prejuízos
jurídicos no processo ético.

Informações sobre progresso – permite que o cliente receba informações a


respeito do andamento do serviço. A periodicidade pode ser definida em
contrato, e ela transforma dados financeiros e econômicos em registros
contábeis, cuja fonte são documentos como notas fiscais, extratos bancários,
contratos, entre outros.

A estrutura e apresentação das contas e das demonstrações contábeis de uma


empresa têm por finalidade a observância das exigências estatutárias e dos
contratos sociais das referidas empresas, bem como refletir relações financeiras
significativas.
O planejamento estratégico é o conjunto de sistemas de planos operacionais
reunidos com objetivos, orçamentos, estratégias e programas, às vezes
chamado de “plano mestre”, utilizado pelas empresas para se estabelecer no
mercado. Em um ambiente em que a dinâmica das mudanças exige constante
evolução e adaptação das empresas, é extremamente necessário estabelecer
metas e traçar planos, como forma de balizar o caminho a ser percorrido por
cada instituição. Planejar é uma estratégia que visa aumentar as chances de
sucesso de uma empresa, em que os negócios globais vêm oscilando com muita
frequência. O planejamento será tão eficaz quanto as premissas que foram nele

Pág. 72
incluídas.

Uma vez estabelecido o planejamento estratégico da empresa, não


apenas a avaliação financeira é implementada, mas todo o negócio. Desta forma,
níveis de desempenho adequados devem ser perseguidos através da
identificação e monitoramento de indicadores operacionais;

Há pouco tempo, a maioria das empresas conseguia administrar e


direcionar seus negócios empregando uma única estratégia. Caso a
concorrência fosse estável e a mudança moderada, a abordagem apresentada
era adequada. No entanto, à medida que a concorrência se intensificava no
mercado globalizado, permanecer com uma única estratégia oferecia risco para
uma gestão eficaz.

Raramente um controle interno traz óbvio e explícito benefício em termos de


custo na negociação dos contratos. A pressão por benefícios força os
administradores a evitar custos que não gerem retornos imediatos. Além disso,
os administradores tendem a acreditar que o controle interno constrange o
pessoal, particularmente aqueles que buscam realizar negócios agressivamente,
citando, inclusive que controles internos são redundantes e não se aplicam aos
funcionários de confiança. (ATTIE, 1998)
As atividades que são desenvolvidas no palco ou linha de frente estão
relacionadas ao ciclo de serviço da empresa, por exemplo, consulta de interesse,
assinatura do contrato de prestação de serviços e realização de testes. Essas
atividades têm alto grau de interação com o cliente, maior variabilidade, incerteza
e são de difícil controle. Todavia são fundamentais para a percepção pelo cliente
da qualidade do serviço.
As administrações das empresas podem estar convencidas de que tomaram a
decisão correta quanto à quantidade de pessoal e não há um meio objetivo de
julgar qual decisão foi a melhor (ou se ambas as decisões foram igualmente boas
e a diferença decorre da forma como as empresas operam). Os executivos são
contratados e pagos para tomar essas decisões. A opinião da administração a
respeito do nível adequado de gastos discricionários está sujeita a alterações.
Estas podem ser muito profundas quando surge uma nova administração.
No cálculo de estimativa de gastos devem ser incluídos apenas os valores

Pág. 73
relativos aos trabalhos de recuperação que sejam de responsabilidade da
companhia, caso haja mais de um responsável. A exigibilidade pode ser
mensurada com base em estimativas de gastos que poderão ser exigidos para
cumprir a obrigação no período corrente – método do custo corrente, ou com
base no valor presente da estimativa dos gastos futuros, mas base- ados em
condições legais e/ou contratuais existentes (não em condições futuras) –
método do valor presente.
Antes de se preocupar com a redação e a publicação ou promulgação do código
de conduta e das políticas que incorporarão a cultura da empresa, é preciso
identificar quais os principais riscos presentes no cotidiano da operação, seja em
âmbito interno, seja em âmbito externo – no trato com clientes públicos e
privados, fornecedores, parceiros e agentes públicos.
Para elaborar uma matriz que verdadeiramente reflita os riscos da atividade
empresarial, viabilizando a identificação da gravidade de cada um e facilitando o
posterior desenho dos controles correlatos, é preciso mapear os processos (as
rotinas e os procedimentos de cada área), identificando as falhas e quebras de
legislação, assim como a frequência em que ocorrem, como:

✔ entradas e saídas financeiras não contabilizadas ou “maquiadas”;

✔ contratos celebrados de maneira informal (sem registro e/ou sem o


aval escrito dos representantes legais ou responsáveis);

✔ contratações de fornecedores sem adequada verificação de


necessidade e por preço fora da média de mercado;

✔ recrutamento, concessão de férias e demissões realizados em


desacordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT);

✔ pagamentos de fornecedores e empregados feitos “por fora”;

✔ descumprimento de normas técnicas de saúde e segurança


ocupacional;

✔ sonegação ou recolhimento a menor dos impostos incidentes sobre


as operações;

✔ despesas excessivas com hospedagem, transporte e viagens de


gestores e colaboradores, sem a devida comprovação;

Pág. 74
✔ antecipações de lucros antes da devida apuração na data prevista
em contrato social ou do encerramento do exercício financeiro
(quando pactuada anualmente) e sem prestação de contas, por meio
de retiradas às contas pessoa física dos sócios ou parentes próximos.

10.3.1 Integridade na negociação

Sob à luz da teoria de Treacy e Wiersema sobre as Disciplinas de Valor,


apresentam três diferentes modelos de posicionamento estratégico, baseados
na criação de

- valor para o cliente. Os modelos de posicionamento consistem em Liderança


em Produto, Excelência ou Eficácia Operacional e Intimidade com o Cliente
(KLUYVER e PEARCE II, 2010).
Ainda conforme o autor, a Liderança em Produto consiste em um
posicionamento em que a empresa produz um fluxo contínuo de produtos e
serviços de última geração. Normalmente essas empresas atuam no campo
da inovação e, frequentemente, mantêm um padrão elevado, ou seja,
oferecem mais valor e soluções em seus produtos e serviços, o que dificulta e
ameniza a concorrência (KLUYVER e PEARCE II, 2010).
A disciplina relacionada ao valor da Excelência Operacional descreve um
método de posicionamento estratégico diretamente voltado aos melhores
sistemas de produção e de entrega (KLUYVER e PEARCE II, 2010). O
posicionamento baseado no valor da Excelência Operacional está
basicamente relacionado à otimização da produção com entendimento
financeiro. Desse modo, tem o controle de processos, visando à melhoria
contínua e ao trabalho em equipe, para obter vantagem competitiva através da
produtividade, da entrega e da produção.

A disciplina de Intimidade com o Cliente gera valor quando construía uma


relação de afinidade e de confiança com o cliente. No entanto, existe uma
grande dificuldade em mensurar e em destacar como a empresa pode se
distinguir no segmento por meio da intimidade com o cliente. As empresas

Pág. 75
procuram atingir a excelência e a vantagem competitiva quando se posicionam
estrategicamente em uma das disciplinas, mas ao mesmo tempo busca-se ser
competitiva nas outras, (KLUYVER e PEARCE II, 2010).

FIQUE LIGADO

Deve ser observado o passo-a-passo:

Estratégia

Seguimento de mercado

Rede de contatos

Rede de relacionamento

O artigo de Uzzi (1997) apresenta a importância sistemática das redes de


integração e organização, através dos relacionamentos incorporados e explique
os dispositivos pelos quais a inserção molda os resultados organizacionais e
econômicos. Ele faz uma sugestão imersão é uma lógica de troca que promove
economias de tempo, acordos integrativos, melhorias de Pareto na eficiência
alocativa e adaptação complexa. Ele também traz proposições enquadramento
que explica como estas propriedades variam com a qualidade dos laços sociais,
a estrutura da rede da organização e a posição estrutural de uma organização
na rede. E ainda diz que o linear positivo pode atrapalhar o desempenho
econômico, tornando as empresas vulneráveis a choques exógenos ou isolando-
os de informações que existem além de sua rede.

Os efeitos positivos e negativos das relações sociais no comportamento


econômico e relata as visões conflitantes indicam a necessidade de mais
pesquisas sobre como a estrutura social facilita ou desvia a ação econômica e
suas implicações são indeterminadas por causa do desequilíbrio entre
as proposições relativamente específicas das teorias econômicas e as
declarações amplas (UZZI,1997).

As empresas costumam tercerizar o serviço de contratar serviços de factoring

Pág. 76
(descontos de duplicatas) e empresas de análise de crédito.

Com relação a ação econômica sugere relações frouxas de indivíduos que


mantêm laços de troca impessoais e em constante mudança, sendo que a
diferença entre esses sistemas é a estrutura e a qualidade dos laços de troca,
porque esses fatores moldam expectativas e oportunidades. E diz que os
interesses dos atores mudam regularmente para novos compradores e
vendedores para tirar proveito dos novos participantes ou evitar a dependência.

O autor sugeriu que (a) os laços de comprimento de braço podem ser maiores
em frequência, mas de menor importância do que laços estreitos em termos de
sucesso da empresa e volume de negócios em geral e que (b) suposições
estritas sobre indivíduos serem intrinsecamente auto interessados ou
cooperativos são simplistas demais, porque os mesmos indivíduos
simultaneamente agiram egoisticamente.

Através do artigo foi analisado que continuam de trocas estão as relações


embutidas várias características distintas e que a intenção não é abordagens
econômicas revisionistas e sim que todas as suas semelhanças e diferenças
com perspectivas de rede e que as críticas existentes para mostrar que as
características da imersão não podem ser adequadamente explicadas por essas
abordagens.

A análise de Uzzi (1997) se concentrou-se no setor de roupas íntimas femininas


para controlar as diferenças que existem em todos os setores da indústria,
conduzindo entrevistas cuidadosamente para que as explicações econômicas
fossem adequadamente examinadas durante as discussões. Se um entrevistado
falou apenas da relação entre confiança e oportunismo.

10.4 Duo Diligence

Faze-la por meio da validação da qualidade e da velocidade das interpretações


regulatórias distribuídas e estudadas por todos os envolvidos na organização,
por políticas internas e procedimentos de compliance mais efetivos e que

Pág. 77
demonstrem a realidade dos negócios e dos seus processos relacionados,
segundo Uzzi (1997):

• Buscar sempre o aprimoramento do relacionamento da empresa com órgãos


reguladores e exercer a cobrança no retorno das revisões dos supervisores e
fiscalizadores.

• Identificar possíveis falhas no atendimento e nos canais de relacionamento


com os clientes, além de avaliar as falhas, proporcionar treinamentos para
capacitação de todos e melhorias profissionais ou pessoais dos colaboradores.

• Dar suporte às decisões de negócio para que estejam sempre em


conformidade, buscando a sinergia com os principais gestores da empresa, para
entender todas as necessidades.

• A cada lançamento de novos produtos, proporcionar maior velocidade e


segurança para que estejam de acordo com o mercado e para que possamos
avaliar suas fraquezas e vulnerabilidades.

• Proporcionar uma cultura de disseminação de elevados padrões éticos e


culturais de compliance pela organização, cobrando todos sobre os exemplos de
comportamento e postura dentro dos padrões exigidos.

• Estar presente e fazer o acompanhamento das correções e deficiências de não


conformidades apresentadas por auditorias ou fiscalizações e realmente cobrar
de todos que realizem as melhorias e aprimorem a forma de cumprimento das
regras.

Logo, Uzzi (1997) para que possamos garantir a efetividade do programa de


compliance de cada organização, devemos acatar os itens seguintes.

• Lembrar que o tom sempre vem de cima: procurar disseminar a cultura do


controle e do compliance em todos os processos da organização, sempre
buscando eliminar os “jeitinhos” que fragilizam qualquer programa de
conformidade.

• Capacitar as pessoas para que possam se engajar, aproveitar seus


conhecimentos e experiências, objetivar a melhor forma de agregar valores ao

Pág. 78
negócio e para que tenham os recursos adequados à sua realização, sejam
tecnológicos e/ou financeiros.

• Mapear e monitorar os principais processos com maior criticidade, pelo menos


para que possamos estabelecer metas de redução de riscos e perdas financeiras
ou de imagem.

• Estabelecer uma boa comunicação e que seja mais objetiva, levar a informação
para quem realmente precisa e proporcionar treinamentos que permitam a todos
evoluírem em suas atividades, pois somente assim podemos promover a
eficiência e a eficácia nos processos.

• Compreender e respeitar opiniões diferentes, sempre com coerência; garantir


um canal de denúncias efetivo, promover investigações, quando necessário;
resolver e comunicar, pois apenas desta maneira as pessoas começam a confiar
em nosso trabalho.

• Estabelecer critérios de medição por meio de indicadores de performance e


monitoramento das atividades, promover melhorias contínuas no seu programa
de compliance.

• Provar que a organização tem um programa, porque a fórmula do sucesso


somente aparece quando minimizamos as sanções regulatórias.

Vale lembrar que as políticas institucionais servem com um “guarda-chuva”, por


isso a política operacional deve destacar onde cada uma das atividades está
inserida na gestão dos negócios e, para isso, poderíamos implementar Uzzi
(1997) :

• política de gestão de compliance;

• política de gestão de controles internos;

• política de gestão de riscos integrados;

• regulamento de auditoria interna;

• política de segurança da informação;

• política de governança corporativa;

• política de controladoria;

Pág. 79
• política de gestão tributária, entre outras.

ATENÇÃO

Atualmente, as fraudes são inúmeras de diversos tipos e modalidades. No Brasil,


elas passavam desapercebidas dos administradores devido aos efeitos
inflacionários, mas com a estabilização econômica, advinda do Plano Real, este
problema se tornou visível e suas perdas insuportáveis de serem absolvidas
pelas organizações. Estas são calculadas em torno de 2% do faturamento bruto
das empresas. As auditorias internas não eram valorizadas e pouco nelas se
investiam. Adotou-se, como principal referencial teórico para o desenvolvimento
deste tema, as Normas Brasileiras de Contabilidade.

Fonte: IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

Entre as principais atribuições do auditor interno, podemos citar:

• mensurar a eficácia, suficiência e aplicação das normas, políticas,


procedimentos e demais controles internos;

• indicar a extensão dos controles sobre a existência dos ativos da empresa e


da sua proteção contra todo tipo de perda;

• precisar a confiabilidade das informações financeiras preparadas e


compartilhadas dentro da empresa e fora dela, detectando inconsistências,
fraudes e desvios;

• avaliar os riscos estratégicos e de negócio da organização, apontando, entre


outros aspectos, o nível de desempenho das funções de gestores e
colaboradores envolvidos nas atividades operacionais.

No Brasil, somente agora as empresas começam a dar a devida importância aos


controles internos. Ter um plano de organização dentro de uma empresa reduz
a possibilidade de erros e irregularidades, ao mesmo tempo em que promove a
eficiência operacional e fomenta o respeito e obediência às políticas
administrativas fixadas pela gestão. (VELOSO et al., 2007)

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Os controles internos são regularmente vistos como sinônimos de auditoria
interna. Esta concepção, no entanto, é totalmente equivocada, pois a auditoria
interna equivale a um trabalho organizado de revisão e apreciação dos controles
internos, normalmente, executados por um departamento especializado. Estes,
por sua vez, referem-se a procedimentos de organização adotados como planos
permanentes de uma empresa. (ATTIE, 1998)
Segundo o Comitê de Organizações Patrocionadoras (Committee of Sponsoring
Organizations), constituído por representantes do AICPA, do American
Accounting Association, do Instituteof Internal Auditors e do Financial Executives
Institute, controles internos são um processo operado pelo conselho de
administração, pela administração e outras pessoas, desenhado para fornecer
segurança razoável quanto à consecução de objetivos nas categorias de
confiabilidade de informações financeiras, obediência às leis e regulamentos
aplicáveis, eficiência e eficácia nas operações. Sendo esta definição também
adotada pela Norma Brasileira de Contabilidade – NBC T 11. (CONSELHO
FEDERAL DE CONTABILIDADE, 200-)
O controle interno tem significado e relevância somente quando é concebido
para garantir o cumprimento de um objetivo definido, quer seja administrativo ou
gerencial. Esses objetivos envolvem a proteção de ativos, obtenção de
informação adequada, promoção da eficiência operacional e estimulação da
obediência e do respeito às políticas da administração. (CONSELHO REGIONAL
DE CONTABILIDADE DE SÃO PAULO, 1988)
A proteção dos ativos é uma das principais funções da administração. Eles
devem ser protegidos contra qualquer solução indesejável, quer sejam erros não
intencionais, como aqueles decorrentes de cálculos incorretos e contabilizações
inadequadas, quer sejam irregularidades intencionais, como a realização de
procedimentos indevidos ou sua omissão. As informações contábeis são,
também, de fundamental importância para o processo decisório e para a
consecução dos objetivos da administração. Aliado a isso, relatórios gerenciais
devem promover ações corretivas, que melhorem a eficiência operacional do
controle interno. Para ajudar na eficácia dos controles internos, a administração
deve estimular a obediência e o respeito às políticas traçadas para a
organização. (CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DE SÃO PAULO,

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1988)
Esses elementos, pela importância intrínseca de cada um, são essenciais para
um controle interno adequado, pois uma grave deficiência de qual- quer um deles
comprometeria o funcionamento eficaz de todo o sistema. (ATTIE, 1998)
Dessa forma, o controle interno compreende todos os meios planeja- dos numa
empresa para dirigir, restringir, governar e conferir suas várias atividades com o
propósito de fazer cumprir os seus objetivos. Os meios de controle incluem, mas
não se limitam a: formas de organizações, políticas, sistemas, procedimentos,
instruções, padrões, comitês, planos de contas, estimativas, orçamentos,
inventários, relatórios, registros, métodos, projetos, segregação de função,
sistemas de autorização e aprovação, conciliação, análise, custódia, arquivos,
formulários, manuais de procedimentos, treinamento, entre outros. (ATTIE,
1998)
A administração é responsável pelo planejamento, instalação e super- visão de
um sistema de controle interno adequado. Qualquer sistema,
independentemente de sua solidez fundamental, pode deteriorar se não for
periodicamente revisto. O sistema de controle interno (ATTIE, 1998) deve estar
sujeito à contínua supervisão para determinar se: a) a política interna presente
está sendo corretamente interpretada; b) as mudanças em condições operativas
tornaram os procedimentos complicados, obsoletos ou inadequados; e c)
quando surgem falhas no sistema, são tomadas prontamente medi- das eficazes
e corretivas.
As atribuições dos colaboradores ou setores internos da empresa devem ser
claramente definidas e limitadas, de preferência por escrito, mediante o
estabelecimento de manuais. As razões para se definirem as atribuições são,
conforme Almeida (2006), dentre outras, assegurar que todos os procedi-
mentos de controles sejam executados; detectar erros e irregularidades; apurar
as responsabilidades por eventuais omissões na realização das transações da
empresa.
O relatório do Comitê de Organizações Patrocinadoras conclui que todas as
pessoas em uma organização têm alguma responsabilidade pelos controles
internos e que, na realidade, fazem parte deles, tais como a administração, o

Pág. 82
Conselho de Administração e Comitê de auditoria, auditores internos e outros
membros do quadro de pessoal da entidade. Auditores independentes e órgãos
reguladores podem trazer informações úteis para os controles, mas não têm
responsabilidade por sua eficácia. (BOYTON; JOHNSON; KELL, 2002)
A administração, em particular o principal executivo operacional, sob supervisão
geral do conselho de administração e do comitê de auditoria, deve estabelecer
controles internos eficazes, disseminando-os por toda a organização e tomando
medidas necessárias para que funcionem eficazmente. Os auditores internos
devem, periodicamente, examinar e avaliar a adequação dos controles internos
e fazer recomendações para aperfeiçoamentos. Os de- mais membros do
quadro de pessoal da entidade são responsáveis por comunicar a um nível mais
alto da organização quaisquer problemas de não obediência aos controles ou de
atos ilegais que venham a tomar conhecimento. (BOYTON; JOHNSON; KELL,
2002)
Pelo fato de serem operados por pessoas, os controles internos não são
meramente um manual de políticas e um conjunto de formulários. Ele é o
resultado da interação de pessoas em todos os níveis da organização.
(ANTHONY, 2000)

Para concluir este capítulo podemos dizer que tanto a Compliance Empresarial
quanto a Compliance Concorrencial existem para que as empresas possam se
dedicar ao processo, deixando esta responsabilidade aos profissionais da área
para realizar ações preventivas, baseado em estatísticas e nos relatórios da
empresa para descobrir se existe alguma ameaça tanto nos números como nos
sistemas de segurança que possam comprometer a empresa e gerar algum risco
ou dano que impeça a integridade total da empresa e comprometa seus
empregados e acionistas.

12 ÁREAS DE ATUAÇÃO DO COMPLIANCE

12.1 Tipos de Compliance

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Existe a Compliance Trabalhista e Compliance Tributária que contribuem para
que as empresas consigam seguir seus trabalhos com suporte técnico de um
profissional da área contribuindo para que a empresa não tenha prejuízos
jurídicos no processo ético.

12.1.1Compliance Trabalhista

O Relatório da pesquisa 2000, sobre a fraude no Brasil, apresenta os seguintes


dados acerca de como a fraude foi descoberta, em percentagem, por ordem
decrescente (KPMG BRASIL, 2000):

Controles internos: 32%


Auditoria interna: 20%
Informação de terceiros: 12%
Informação de funcionários: 12%
Investigação especial: 11%
Denúncia anônima: 7%
Coincidência: 3%
Outros: 2%
Auditoria externa: 1%

Como observamos mais da metade das fraudes contra as organizações foram


descobertas pelos controles internos e pela auditoria interna. A auditoria externa
ou independente representou somente 1%. No entanto, cabe a auditoria interna
a avaliação permanente e melhoria contínua dos controles internos. Pode-se
dizer que a auditoria interna e os controles internos caminham juntos. Isto
demonstra mais ainda como grande é a importância dos auditores internos na
prevenção e identificação de fraudes e na segurança dos ativos da organização.

AÇÕES EXECUTADAS APÓS A DESCOBERTA DA FRAUDE

Conforme KPMG BRASIL, (2000), podemos apresentar:

Pág. 84
Demissão voluntária: 77%
Investigação pela auditoria interna: 39% (grifo nosso)
Queixa criminal: 34%
Pedido de indenização: 13%
Outros: 9%
Acordo sigiloso: 8%
Auditoria independente: 6%
Comunicação à seguradora: 4%

FIQUE LIGADO

PLANOS PARA DIMINUIÇÃO DA POSSIBILIDADE DE FRAUDE

Melhoria dos controles internos: 93 %


Sensibilização gerencial: 38 %
Investigações especiais: 32%
Elaboração de um manual de conduta profissional: 31%
Treinamento de pessoal: 31%
Aumento do orçamento da auditoria interna: 24% (grifonosso)
Rodízio de pessoal: 23%

KPMG BRASIL (2000)

As fraudes, atualmente, assumem inúmeras e de diversas formas, modalidades


e características dentro e fora das organizações. Elas se tornaram complexas e
sofisticadas, acompanhando o progresso tecnológico. Não perdoam ninguém,
atacando quaisquer tipos de entidades. Nenhuma empresa pode afirmar que
está imune à sua ação. Com esta triste realidade, torna-se cada vez mais
necessário ações, medidas e controles eficazes, que acompanhem as várias
mudanças tecnológicas, e que a possam preveni-la e/ou rapidamente identificá-
la.

Pág. 85
Entre as diversas alternativas de prevenção, de identificação e/ou de apuração
de fraudes, destaca-se a auditoria interna que, além de fornecer sugestões,
análises, apreciações e informações, relativas às atividades e
processos examinados, inclusive na recomendação das melhorias e da
implantação de controles internos eficazes, torna-se um importante instrumento
proativo de controle, de proteção e de segurança internos, a serviço da
organização. Enfim, conforme demonstrado, não basta ter somente alguns bons
controles internos.

É necessário sempre estar atualizando-os e adaptando-os à realidade. A


prevenção é um trabalho contínuo e ininterrupto. A auditoria interna, neste
aspecto, tem um papel de extrema importância na avaliação permanente destes
controles internos dentro das organizações; tem ainda um papel decisivo na
prevenção, identificação e/ou apuração das fraudes contra as organizações,
bem como na coleta e seleção de provas e indícios, que possam ser
apresentados contra os fraudadores, tanto na esfera civil (reparação de danos)
como na esfera criminal.

Segundo RIBEIRO (2010) existem trabalhos relevantes que discutem modelos


para explicar a responsabilidade social corporativa. O modelo de Zenisek (1979)
apresenta três perspectivas de RSC: a) ideológica; b) social; e c) operacional.

A RSC expressa compromissos muito mais amplos do que aqueles previstos em


lei (obrigações trabalhistas, tributárias e sociais; cumprimento das legislações
ambiental e de usos dos recursos naturais). Expressa, sobretudo, a adoção e
disseminação de valores, atitudes, fidelidade dos clientes, simpatia da sociedade
e melhoria da imagem da empresa, diante dos funcionários, fornecedores,
órgãos governamentais através dos comportamentos e procedimentos mais
positivos dos pontos de vistas ético, social e ambiental.

Este assunto faz parte da agenda das empresas e das pesquisas acadêmicas,
por exemplo, Serpa e Avila (2002) conduziram uma pesquisa experimental, no
contexto brasileiro, que indicou que os consumidores estariam dispostos a pagar
mais pelo produto de uma empresa socialmente responsável, sobretudo por
perceberem um benefício adicional nessa compra. Smith (1996) e Strahilevitz
(1999) argumentam que o consumidor, ao comprar de uma empresa socialmente

Pág. 86
responsável, tem a sensação de estar contribuindo para algo positivo, benéfico
para a sociedade – uma sensação de “estar fazendo a coisa certa”.

Entretanto, para que seja percebido o benefício adicional relacionado à RSC, é


preciso que o consumidor tenha informações consideradas fidedignas sobre e o
assunto. Todavia, os efeitos da RSC na decisão de compra do consumidor
esbarram na falta de informação destes sobre o assunto e na desconfiança que
têm com relação às empresas e suas reais motivações.

Uma empresa era considerada sustentável, até meados da década de 1970, se


tivesse economicamente saudável, ou seja, tivesse um bom patrimônio e um
lucro sempre crescente, mesmo que houvesse dívidas. Para um país, o conceito
incluía um viés social. Afinal, o desenvolvimento teria que incluir uma repartição
da riqueza gerada pelo crescimento econômico, seja por meio de mais empregos
criados, seja por mais serviços sociais para a população em geral. Esse critério,
na maioria das vezes, é medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) do país, o que
para o novo contexto econômico é uma medição limitada.

12.1.2 Ouvidoria

O termo compliance tem origem no verbo em inglês to comply, que significa agir
de acordo com uma regra, uma instrução interna, um comando ou um pedido.

Estar em compliance significa estar em conformidade com leis, regulamentos,


normas, políticas e procedimentos, observando princípios de integridade,
conduta ética, eficiência, e de sustentabilidade.

Dentro de uma instituição, ser compliance é garantir a conformidade na


condução das suas atividades de trabalho, observando as responsabilidades
atribuídas à sua função.

É conhecer e cumprir o Código de Ética, as Normas de Conduta, Políticas


internas e o Programa de Compliance da empresa. É obedecer às leis,
regulamentos, e os normativos internos da organização.

Pág. 87
Ser complane agir de forma correta e com empatia, pensando sempre no curto,
médio e também no longo prazo.

Programas de Compliance têm por finalidade disseminar diretrizes voltadas para


o atingimento do estado de conformidade e sustentabilidade dos negócios,
possibilitando o aumento da prevenção de atos ilícitos e contribuindo para
redução de perdas financeiras e de danos à reputação da instituição.

O Compliance é uma responsabilidade de todos os funcionários, estagiários,


colaboradores, prestadores de serviço e fornecedores, sem distinção da função
exercida.

Estar em compliance significa estar em conformidade com leis, regulamentos,


normas, políticas e procedimentos, observando princípios de integridade,
conduta ética, eficiência e sustentabilidade dos negócios.

12.2 Compliance Tributário

Fazê-la por meio da validação da qualidade e da velocidade das interpretações


regulatórias distribuídas e estudadas por todos os envolvidos na organização,
por políticas internas e procedimentos de compliance mais efetivos e que
demonstrem a realidade dos negócios e dos seus processos relacionados (NBC
T-12).

• Buscar sempre o aprimoramento do relacionamento da empresa com órgãos


reguladores e exercer a cobrança no retorno das revisões dos supervisores e
fiscalizadores.

• Identificar possíveis falhas no atendimento e nos canais de relacionamento com


os clientes, além de avaliar as falhas, proporcionar treinamentos para
capacitação de todos e melhorias profissionais ou pessoais dos colaboradores.

• Dar suporte às decisões de negócio para que estejam sempre em


conformidade, buscando a sinergia com os principais gestores da empresa, para
entender todas as necessidades.

Pág. 88
• A cada lançamento de novos produtos, proporcionar maior velocidade e
segurança para que estejam de acordo com o mercado e para que possamos
avaliar suas fraquezas e vulnerabilidades.

• Proporcionar uma cultura de disseminação de elevados padrões éticos e


culturais de compliance pela organização, cobrando todos sobre os exemplos de
comportamento e postura dentro dos padrões exigidos.

• Estar presente e fazer o acompanhamento das correções e deficiências de não


conformidades apresentadas por auditorias ou fiscalizações e realmente cobrar
de todos que realizem as melhorias e aprimorem a forma de cumprimento das
regras.

Logo, para que possamos garantir a efetividade do programa de compliance de


cada organização, devemos acatar os itens seguintes.

• Lembrar que o tom sempre vem de cima: procurar disseminar a cultura do


controle e do compliance em todos os processos da organização, sempre
buscando eliminar os “jeitinhos” que fragilizam qualquer programa de
conformidade.

• Capacitar as pessoas para que possam se engajar, aproveitar seus


conhecimentos e experiências, objetivar a melhor forma de agregar valores ao
negócio e para que tenham os recursos adequados à sua realização, sejam
tecnológicos e/ou financeiros.

• Mapear e monitorar os principais processos com maior criticidade, pelo menos


para que possamos estabelecer metas de redução de riscos e perdas financeiras
ou de imagem.

• Estabelecer uma boa comunicação e que seja mais objetiva, levar a informação
para quem realmente precisa e proporcionar treinamentos que permitam a todos
evoluírem em suas atividades, pois somente assim podemos promover a
eficiência e a eficácia nos processos.

• Compreender e respeitar opiniões diferentes, sempre com coerência; garantir


um canal de denúncias efetivo, promover investigações, quando necessário;
resolver e comunicar, pois apenas desta maneira as pessoas começam a confiar
em nosso trabalho.

Pág. 89
• Estabelecer critérios de medição por meio de indicadores de performance e
monitoramento das atividades, promover melhorias contínuas no seu programa
de compliance.

• Provar que a organização tem um programa, porque a fórmula do sucesso


somente aparece quando minimizamos as sanções regulatórias.

Vale lembrar que as políticas institucionais servem com um “guarda-chuva”, por


isso a política operacional deve destacar onde cada uma das atividades está
inserida na gestão dos negócios e, para isso, poderíamos implementar (NBC T-
11):

• política de gestão de compliance;

• política de gestão de controles internos;

• política de gestão de riscos integrados;

• regulamento de auditoria interna;

• política de segurança da informação;

• política de governança corporativa;

• política de controladoria;

• política de gestão tributária, entre outras.

ATENÇÃO

Atualmente, as fraudes são inúmeras de diversos tipos e modalidades. No Brasil,


elas passavam desapercebidas dos administradores devido aos efeitos
inflacionários, mas com a estabilização econômica, advinda do Plano Real, este
problema se tornou visível e suas perdas insuportáveis de serem absolvidas
pelas organizações. Estas são calculadas em torno de 2% do faturamento bruto
das empresas. As auditorias internas não eram valorizadas e pouco nelas se
investiam. Adotou-se, como principal referencial teórico para o desenvolvimento
deste tema, as Normas Brasileiras de Contabilidade.

Pág. 90
Entre as principais atribuições do NBC T-11 auditor interno, podemos citar:

• mensurar a eficácia, suficiência e aplicação das normas, políticas,


procedimentos e demais controles internos;

• indicar a extensão dos controles sobre a existência dos ativos da empresa e da


sua proteção contra todo tipo de perda;

• precisar a confiabilidade das informações financeiras preparadas e


compartilhadas dentro da empresa e fora dela, detectando inconsistências,
fraudes e desvios;

• avaliar os riscos estratégicos e de negócio da organização, apontando, entre


outros aspectos, o nível de desempenho das funções de gestores e
colaboradores envolvidos nas atividades operacionais.

A visão gerencial dos gastos na empresa completa-se no momento em que é


possível entendera empresa ou instituição como um centro processador de
informações, que recebe os dados, acumula-os de forma organizada, analisa-
os, interpreta-os, produzindo informações para diversos níveis gerenciais.

O processamento dos dados e obtenção das informações compreende três fases


distintas: a coleta de dados, que consiste no levantamento e na seleção dos
dados relevantes, planejamento de como esses dados serão colhidos, sendo
necessário um treinamento das pessoas da empresa que elaborarão o
levantamento desses dados. ( NBC T-11). Esses dados serão processa dos por
meio do centro processador que os receberá e os transformará em informações.
Nesta fase, é de fundamental importância uma definição das reais necessidades
gerenciais da empresa de modo a tornar possível uma combinação de métodos
(existente na teoria de custos), afim de se produzir um sistema de custos capaz
de produzir informações que atendam àquelas necessidades gerenciais
previamente definidas. A terceira fase consiste na obtenção das informações se
resultados gerados no processamento. Essas informações e resultados deverão
ser encaminhados aos usuários do sistema com afinalidade de apoiar o
planejamento, apuração dos custos e tomadas de decisões. (NBC T-11)

Desse modo, o sistema de medição de desempenho deve refletir os atributos


realmente importantes ao processo de melhoria contínua. Em consequência,

Pág. 91
propõe-se a fornecer informações que permitam a o gestor monitorar a empresa,
identificando os aspectos que precisam de intervenção. O sistema apoia a
gerência com informações proativas; sérum meio de comunicação, uma vez que
o sistema de medição de desempenho anuncia constante mente para os agentes
da organização os tributos essenciais à execução de suas atividades que
impactam o resultado operacional e financeiro da empresa; servir como base
para reconhecimento, premiações, avaliações, promoções e recompensas dos
funcionários.

Nessa perspectiva, a elaboração do planejamento de implementação o requer


um treinamento adequado para identificar: quais os objetivos; e qual a
modelagem dos atributos de cada subsistema. Em relação aos objetivos, três
aspectos devem ser identificados ( NBC T-11):

a) a informação que o sistema deve fornecer e como será usada; a quem deve
atender e qual a periodicidade;

b) o tipo de implementação: se apenas um subsistema ou o sistema completo;


se será implementado em toda empresa ou para um fim específico;

c) a equipe do projeto: que pessoas devem participar e quais papéis devem


desempenhar.

A análise sobre a informação que o sistema deve fornecer influencia a sua


operacionalidade, pois as características das informações requeridas pela
gerência operacional diferem daquelas fornecidas à alta gerência. Para o
controle operacional, por exemplo, exige-se que a informação tenha um alto grau
de acuracidade, seja detalhada e frequente, enquanto para alta gerência o grau
de acuracidade é baixo, as informações são fornecidas de forma agregada e
esporádica.

12.3 Impactos da Accountability

O Programa de Compliance (NBC T-12) envolve toda instituição na missão de


assegurar o efetivo gerenciamento do risco de conformidade e o fortalecimento
do sistema de controles internos, contribuindo para:

Pág. 92
I. Mitigação de riscos nos negócios
II. Disseminação da cultura de controles internos e compliance
III. Inibição de atos ilícitos
IV. Redução de perdas financeiras
V. Prevenção de danos à reputação

E NBC T-12 por isso temos o compromisso de:


I. Respeitar todas as leis relacionadas aos nossos negócios com foco
na sustentabilidade dos processos operacionais e de gestão;
II. Manter uma conduta empresarial responsável e ética, contribuindo
para a integridade do Sistema Financeiro Nacional;
III. Exigir de todos funcionários e parceiros a garantia da conformidade
com as regulamentações;
IV. Valorizar boas práticas, repudiando os desvios de conduta e o
descumprimento de obrigações legais ou de normas internas.

Quando não possuímos dados e informações suficientes para quantificar o grau


de probabilidade de ocorrência de um evento temos uma incerteza. Quando não
conseguimos calcular o impacto do evento temos uma incerteza. Por isso, muitas
empresas criam Ouvidoria para conhecer as ocorrências.

Quando possuímos dados e informações suficientes para quantificar o grau de


probabilidade e conseguimos calcular odo evento temos um risco.

A forma de gerenciar os riscos através da NBC T-12 Ouvidoria e Accountability


são:
● Identificar: reconhecer e classificar os riscos a que está sujeito,
especificando a origem e a forma de ocorrência.
● Avaliar e Mensurar: dimensionar, quantitativa ou qualitativamente,
o efeito potencial da exposição ao risco, possibilitando determinar seu nível de
tolerância.
● Controlar: registrar o comportamento e garantir a manutenção da
exposição a riscos conforme o nível de tolerância estabelecido.
● Mitigar: reduzir, compartilhar ou transferir os riscos.

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● Monitorar às áreas de interesse, o comportamento da exposição ao
risco ou resultado do monitoramento.
● Reportar: comunicar às áreas de interesse, o comportamento da
exposição ao risco ou resultado do monitoramento.

Fatores de risco são as condições, circunstâncias ou situações que aumentam


a probabilidade ou levam à materialização de um evento de risco e podem estar
relacionados a:

Sistemas

Esse fator está ligado a falhas, deficiências ou inadequações nos sistemas do


Banco envolvendo aspectos de hardware, software, rede de comunicação,
segurança lógica, análise e programação.

Pessoas

Esse fator está ligado a falhas, deficiências ou inadequações no desempenho


das atribuições pelos funcionários e contratados, envolvendo os aspectos
referentes à conduta (postura ética, honestidade, negligência), competências
(habilidades, conhecimentos e experiência) e ambiente de trabalho(cultura
organizacional e motivação).

Processo

Esse fator está ligado a falhas, deficiências ou inadequações nos processos


internos. Adequação à legislação, pontos de controle, comunicação interna e
segurança física são aspectos que devem ser observados na modelagem de
processos para evitar risco operacional.

Eventos Externos

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Esse fator está relacionado com ocorrências de força maior, ambiente externo e
agente externo. São ocorrências de força maior as que envolvem desastres
naturais e catástrofes. As ocorrências do ambiente externo estão relacionadas
com o ambiente regulatório (criação/alteração de legislação) e o ambiente social
(ações criminosas). As ocorrências relacionadas a eventos externos podem
também ser motivadas por fornecedores, terceirizados ou clientes.

Eventos de risco são aqueles decorrentes de falhas ou inadequações de


pessoas, processos, sistemas e eventos externos e podem provocar impactos
indesejáveis no resultado do Banco, seja por meio de despesas incorridas ou
pela diminuição de receita.

Consequência do Risco Operacional

É o resultado ou efeito da materialização do evento de risco.

Impacto do Risco Operacional

É a extensão das consequências do risco: é a perda financeira direta. São 8 as


categorias de eventos de risco operacional:

- Fraudes e Roubos Externos

- Fraudes e Roubos Internos

- Práticas Trabalhistas e Condições do Ambiente de Trabalho

- Práticas inadequadas relativas aos Negócios, Produtos e Clientes

- Danos a Ativo Físicos e Lesões a Pessoas

- Falhas de Sistemas e Tecnologia

- Falhas na Execução e Gerenciamento de Processos

- Interrupção de atividades

A estrutura de gerenciamento de riscos deve identificar, mensurar, avaliar,


monitorar, reportar, controla e mitigar o risco operacional.

Pág. 95
Para Attie (1998), as características de um eficiente sistema de controle interno
compreendem: plano de organização, sistema de autorização e procedimento de
escrituração, práticas salutares e pessoal qualificado.

Um elemento importante em qualquer plano de organização é a independência


das funções de operação, custódia, contabilidade e auditoria interna. A
independência estrutural requer uma separação de funções, de tal forma que os
registros existentes, fora de cada departamento, sirvam como controles das
atividades, dentro do departamento. Porém, o trabalho de todos os
departamentos deve ser integrado e coordenado, a fim de possibilitar fluxo suave
de trabalho e eficiência total da operação. Além de apropriada divisão funcional
das obrigações, deve ser estabelecida a responsabilidade e a delegação de
autoridade que faça cumprir tais responsabilidades dentro das seções. (ATTIE,
1998).

Uma operação ou transação se concretize eficazmente, através da divisão de


funções e responsabilidades, de forma que nenhuma pessoa possa manejar
completamente uma operação do início ao fim. Dessa forma, aumenta-se a
probabilidade de descobrir erros ou fraudes. (ATTIE, 1998)

A função da contabilidade como instrumento de controle administrativo é hoje


bastante reconhecida. Um sistema de contabilidade que não esteja apoiado em
eficiente controle interno é, até certo ponto, inútil, uma vez que não é possível
confiar nas informações contidas nos seus relatórios. Informações contábeis
distorcidas podem levar a conclusões erradas e danosas para a empresa.
(ATTIE, 1998)

Neste sentido, Attie (1998) discorre que a monitoração dos controles internos
nos processos eletrônicos de dados faz-se de tal forma importante, uma vez que,
a área de processamento de dados detém uma substancial parte dos dados da
entidade.

Para compreender controles internos em um ambiente computadorizado, é


importante entender os benefícios e riscos de sistemas de tecnologia da
informação. O uso adequado de sistemas integrados permite introduzir a
informações uma única vez no sistema e ajuda a garantir que elas sejam as
mesmas durante todo o ciclo, permitindo protegê-las contra perdas, alterações e

Pág. 96
mau uso. Além das questões relativas ao controle interno, o uso eficiente de tais
sistemas possibilita eliminar digitações redundantes, trabalhos e conferências de
dados divergentes relativos a um mesmo ciclo. Porém, ter sistemas integrados
não significa que as coisas irão sempre bem. Soluções mal projetadas ou mal
implantadas multiplicam a velocidade de ocorrência de problemas e trazem
novos complicadores para a empresa. Pessoas não autorizadas podem acessar
funções de processamento e informações armazenadas no sistema. Transações
e dados cadastrais podem ter sido inseridos incorretamente ou digitados duas
ou mais vezes. Informações rejeitadas para processamento podem não estar
sendo adequadamente isoladas, analisadas e corrigidas em tempo hábil.
Transações legítimas podem ter sido perdidas, não processadas corretamente,
ou processadas e impressas em período contábil errado. (BELOSO et al., 2007).

Bons controles internos previnem contra a fraude e minimizam os riscos de erros


e irregularidades, no entanto, por si só, não são suficientes para evitá-los. Assim,
por exemplo, a segregação de uma operação em fases distintas, confiadas a
diversas pessoas, reduz o risco de irregularidades; mas não pode evitar que
estas aconteçam, se as diversas pessoas que intervêm no processo se puserem
de acordo para cometer um ato fraudulento.

A eficiência do sistema de controle interno deve permitir detectar não somente


irregularidades de atos intencionais, mas também, erros de atos não
intencionais. Por exemplo, a interpretação dos princípios contábeis de maneira
errônea, a omissão por não utilizar um procedimento previsto na norma ou
irregularidades decorrentes da má aplicação de uma norma ou procedimento.
(ATTIE, 1998)

A fraude, entretanto, assume múltiplas modalidades, podendo ser classificadas


em: a) não encobertas, em que o autor não considera necessário escondê-la
devido ao controle interno ser muito fraco, como no caso de retirada de dinheiro
do caixa sem sua devida contabilização; b) encobertas temporariamente, que
são como princípio, o gênio humano tem imaginado os mais diversos e ardilosos
tipos de fraude, de contravenção, de atentado à boa fé, alterando a natureza dos
fatos, ludibriando e violando os mais elementares princípios de moral. Para tanto,
controles internos eficazes facilitam a detecção de fraudes e fortalecem o

Pág. 97
processo de sua eliminação. (BELOSO et al., 2007)

Para três grupos importantes do balanço patrimonial: disponível, contas a


receber e contas a pagar, que se caracterizam pela intensa movimentação,
devem ser destinados procedimentos eficazes de controle a fim de evitar
fraudes. (BELOSO et al., 2007)

De acordo com Beloso e outros autores (2007), a empresa tem a


responsabilidade de buscar o aprimoramento de seus processos, de modo a
garantir plena fidedignidade às informações financeiras e implantar uma
metodologia para identificação, mensuração e gerenciamento dos riscos
financeiros, contemplando os planos de pessoas, processos e ferramentas
utilizadas.

O disponível é um conjunto de ativos líquidos que exige uma administração


cuidadosa, pois esta é uma área crítica, onde erros e fraudes podem causar
danos vitais à empresa. Os sistemas de controle devem ser rígidos e jamais
podem partir do princípio geral de que todos são honestos até prova em
contrário. Qualquer que seja o tamanho das fraudes, elas precisam ser evitadas
porque conduzem a prejuízos consideráveis para as empresas, órgãos públicos,
entidades e à sociedade como um todo. Além do mais, o disponível reúne os
meios com os quais as empresas saldam seus compromissos e realizam seus
investimentos produtivos. De grande importância para o controle do disponível
são os relatórios diários de caixa, envolvendo mapas de recebimento, depósitos
bancários efetuados, pagamentos realizados, saldos apurados, bem como, a
reconciliação periódica dos saldos das contas bancárias com os saldos da
contabilidade. (RIBEIRO, 2000)

O passivo de uma empresa consiste em obrigações que deverão ser pagas em


dinheiro, bens e serviços, a curto ou longo prazo. O processamento de
transações de compras e pagamentos proporciona inúmeras oportunidades
para que empregados cometam fraudes ou a administração distorça saldos de
contas do ciclo de gastos. Pessoas do setor de compras da entidade podem
ver-se tentadas a aceitar “ofertas” de fornecedores para que comprem mais
deles. Por isso, os componentes integridade e valores éticos do ambiente de
controle são extremamente importantes. (BOYTON; JOHNSON; KELL, 2002)

Pág. 98
Segundo Boyton, and (2005), para atingir um grau de segurança adequado é
indispensável que as ações, os procedimentos e as instruções sejam
disciplinados e formalizados, através de instrumentos eficazes, claros e
objetivos emitidos por autoridades competentes.

Para concluir esta unidade podemos dizer que tanto a Compliance Empresarial
quanto a Compliance Concorrencial existem para que as empresas possam se
dedicar ao processo, deixando esta responsabilidade aos profissionais da área
para realizar ações preventivas, baseado em estatísticas e nos relatórios da
empresa para descobrir se existe alguma ameaça tanto nos números como nos
sistemas de segurança que possam comprometer a empresa e gerar algum risco
ou dano que impeça a integridade total da empresa e comprometa seus
empregados e acionistas.

Da mesma forma, a Compliance Trabalhista e Compliance Tributária devem


apurar os relatórios financeiros e Accountability para garantir ações preventivas
e corretivas que deem segurança contábil e segurança aos colaboradores e
gestores de que a empresa se mantém transparente e com relatórios claros para
que o acionista continue mantendo o negócio sem risco para os stakeholders do
processo.

GLOSSÁRIO

COMPLIANCE: confiança e confiabilidade nos números contábeis que garantam


a transparência das demonstrações financeiras da empresa.

ACCOUNTABILITY: contabilidade e integridade e prudências nas contas


contábeis que apresentem documentos para confrontar com as contas se
precaver de possíveis erros ou fraudes.

Pág. 99
DUO DILIGENCE: Serve para validar as necessidades e evitar riscos e fraudes
vigência do contrato desde o início do processo até os controles financeiros e
orçamentários necessários para que haja integridade nas negociações

Pág. 100
REFERÊNCIAS
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e CPC. 1a ed. São Paulo: Atlas, 2006.
Antony, W. A. (2000). A recovery-oriented service system: Setting some
system level Standards
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BARROS, Sidney Ferro. Contabilidade Básica. Coleção prática IOB. São
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BRUNI, A.L.; GOMES, S.M.S; Controladoria Empresarial. Salvador: EDUFBA,
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Contabilidade: NBCT11: normas de auditoria independente das demonstrações
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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de
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