1 - Limite (Tudo)
1 - Limite (Tudo)
1 - Limite (Tudo)
NOTAÇÕES DE CONJUNTOS
• 𝑁 = {1, 2, 3, 4, 5, ⋯ } é o conjunto dos números naturais.
• 𝑍 = {⋯ , − 3, − 2, − 1 , 0, 1, 2, 3, ⋯ } é o conjunto dos números
inteiros.
𝑝
• 𝑄 = {𝑞 , 𝑝, 𝑞 ∈ 𝑍 e 𝑞 ≠ 0} é o conjunto dos números racionais.
CORPO
Um corpo é um conjunto 𝐾 em que se acham definidas duas operações: adição
e multiplicação, satisfazendo as seguintes propriedades:
1) 𝑥 + 𝑦 = 𝑦 + 𝑥, ∀ 𝑥, 𝑦 ∈ 𝐾 (Lei comutativa);
2) (𝑥 + 𝑦) + 𝑧 = 𝑥 + (𝑦 + 𝑧), ∀ 𝑥, 𝑦, 𝑧 ∈ 𝐾 (Lei associativa);
3) ∀ 𝑥 ∈ 𝐾, ∃ 0 ∈ 𝐾 tal que 𝑥 + 0 = 𝑥, (Existência do zero);
4) ∀ 𝑥 ∈ 𝐾, ∃ (−𝑥) ∈ 𝐾 tal que 𝑥 + (−𝑥) = 0, (Existência do oposto);
5) 𝑥 ⋅ 𝑦 = 𝑦 ⋅ 𝑥, ∀ 𝑥, 𝑦 ∈ 𝐾 (Lei comutativa);
6) (𝑥 ⋅ 𝑦) ⋅ 𝑧 = 𝑥 ⋅ (𝑦 ⋅ 𝑧), ∀ 𝑥, 𝑦, 𝑧 ∈ 𝐾 (Lei associativa);
7) ∀ 𝑥 ∈ 𝐾, ∃ 1 ∈ 𝐾, tal que 𝑥 ⋅ 1 = 𝑥, (Existência da unidade);
8) ∀ 𝑥 ∈ 𝐾, 𝑥 ≠ 0, ∃ 𝑥 −1 ∈ 𝐾 tal que 𝑥 ⋅ 𝑥 −1 = 1, (Existência do inverso);
9) (𝑥 + 𝑦) ⋅ 𝑧 = 𝑥𝑧 + 𝑦𝑧, ∀ 𝑥, 𝑦, 𝑧 ∈ 𝐾 (Lei distributiva).
Exemplos
a) Os conjuntos 𝑁, 𝑍 e 𝑄 𝑐 não são corpos
De fato:
i) Para cada natural ∀𝑛 , não existe −𝑛 ∈ 𝑁
ii) Para cada inteiro 𝑥 ≠ ± 1, não existe 𝑥 −1 ∈ 𝑍
𝑝 𝑚
Dados ∀ , ∈𝑄 define-se
𝑞 𝑛
𝑝 𝑚 𝑝𝑛+𝑞𝑚
+ :=
𝑞 𝑛 𝑞𝑛
𝑝 𝑚 𝑝𝑚
⋅ :=
𝑞 𝑛 𝑞𝑛
Dados ∀ 𝑥, 𝑦 ∈ 𝑅 define-se
𝑥+𝑦 ∈ 𝑅
𝑥⋅𝑦 ∈ 𝑅
𝐶 = {𝑎 + 𝑏 ⋅ 𝑖 ; 𝑎, 𝑏 ∈ 𝑅}
i) Identidade: 𝑧 = 𝑤 se e somente se 𝑎 = 𝑐 e 𝑏 = 𝑑;
ii) Adição:
𝑧 + 𝑤 ≔ (𝑎 + 𝑏 ⋅ 𝑖) + (𝑐 + 𝑑 ⋅ 𝑖) = (𝑎 + 𝑐) + (𝑏 + 𝑑) ⋅ 𝑖 ∈ 𝐶;
iii) Multiplicação:
EXEMPLO DE CORPO
• −𝑧 = −𝑎 − 𝑏 ⋅ 𝑖 é o elemento oposto;
em que 𝑧̅ = 𝑎 − 𝑏 ⋅ 𝑖 é o conjugado de 𝑧.
Teorema
𝑝2 = 4𝑘 2 + 4𝑘 + 1
𝑝2 ⏟ 2 + 2𝑘 ) + 1
= 2 (2𝑘
𝑚
2
𝑝 = 2𝑚 + 1
Teorema
√2 ∉ 𝑄.
𝑝
Prova: Suponha √2 ∈ 𝑄 então √2 = e 𝑚. 𝑑. 𝑐(𝑝, 𝑞) = 1.
𝑞
𝑝 𝑝2
√2 = ⇒ 2= ⇒ 2𝑞 2 = 𝑝2 ⇒ 𝑝2 é par ⇒ 𝑝 é par ⇒ ∃ 𝑡 ∈ Z tal que 𝑝 = 2𝑡.
𝑞 𝑞2
𝑝 𝑒 𝑞 pares significa que 𝑝 𝑒 𝑞 tem 2 como fato comum. O que contraria a escolha
de 𝑝 𝑒 𝑞 serem primos entre si. ∎
1) 𝑥, 𝑦 ∈ 𝑃 ⇒ 𝑥 + 𝑦 ∈ 𝑃 e 𝑥𝑦 ∈ 𝑃.
ou 𝑥 ∈ 𝑃, ou 𝑥 = 0 , 𝑜𝑢 − 𝑥 ∈ 𝑃. (Lei da tricotomia).
𝐾 = 𝑃 ∪ (−𝑃) ∪ {0}.
Teorema
Seja 𝐾 um corpo ordenado. Se 𝑎 ≠ 0 e 𝑎 ∈ 𝐾 então 𝑎2 ∈ 𝑃.
Exemplo
O conjunto dos números racionais 𝑄 é um corpo ordenado.
𝑝
De fato, considere 𝑃 = {𝑞 ∈ 𝑄 tal que 𝑝 ⋅ 𝑞 ∈ 𝑁}. Se 𝑥, 𝑦 são elementos
quaisquer em 𝑃, tem-se
𝑝 𝑟 𝑝𝑠+𝑞𝑟
1) 𝑥+𝑦 = + =
𝑞 𝑠 𝑞𝑠
𝑝𝑠+𝑞𝑟
Sendo (𝑝𝑠 + 𝑞𝑟)(𝑞𝑠) = 𝑝𝑞𝑠 2 + 𝑟𝑠𝑞 2 e 𝑝𝑞, 𝑟𝑠 ∈ 𝑁, segue que ∈𝑁
𝑞𝑠
𝑝 𝑟 𝑝𝑟
𝑥⋅𝑦= ⋅ =
𝑞 𝑠 𝑞𝑠
5) ∀ 𝑥 ∈ 𝐾, 𝑥 ≠ 0, 0 < 𝑥 2
Exemplo
Exemplo
Exemplo
• Seja 𝐵 = {1, 2, 3, ⋯ } ⊂ 𝑄.
Exemplo
Exemplo
• { ⋯ , − 3, − 2, − 1, 0} não é limitado.
i. 𝑥 = 𝑠𝑢𝑝 𝐴.
𝑥 = inf 𝐴.
INTERVALOS LIMITADOS
INTERVALOS ILIMITADOS
(𝑎, + ∞) = {𝑥 ∈ 𝑅 | 𝑥 > 𝑎}
(−∞, 𝑏) = {𝑥 ∈ 𝑅 | 𝑥 < 𝑏}
[𝑎, + ∞) = {𝑥 ∈ 𝑅 | 𝑥 ≥ 𝑎}
(−∞, 𝑏] = {𝑥 ∈ 𝑅 | 𝑥 ≤ 𝑏}
(−∞, + ∞) = 𝑅
Exemplo
|𝑥|: = { 𝑥 se 𝑥≥0
−𝑥 se 𝑥<0
|𝑥| ≔ max{𝑥, − 𝑥}
|𝑥| ≔ √𝑥 2
|𝑥| ≥ 𝑥 e |𝑥| ≥ −𝑥
−|𝑥| ≤ 𝑥 ≤ |𝑥| .
Teorema
i. −𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎;
ii. 𝑥 ≤ 𝑎 𝑒 − 𝑥 ≤ 𝑎;
iii. |𝑥| ≤ 𝑎.
A última equivalência se deve ao fato de ser |𝑥| o maior dos dois elementos
𝑥 e − 𝑥. ∎
11
Corolário
Observações:
• (𝑎 − 𝛿, 𝑎 + 𝛿) = {𝑥 ∈ 𝑅 | |𝑥 − 𝑎| < 𝛿}
é o conjunto dos números reais que estão a uma distância menor do que
o número 𝑎.
12
2) |−𝑥| = |𝑥|
3) |𝑥𝑦| = |𝑥||𝑦|
4) |𝑥 + 𝑦| ≤ |𝑥| + |𝑦|
6) |𝑥 − 𝑦| ≤ |𝑥 − 𝑧| + |𝑧 − 𝑦|
Observações:
(𝑓 ∘ 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥))
Definição [função par] Uma função é par se, para todo valor de 𝑥 pertencente
ao seu domínio, o simétrico de 𝑥 tem a mesma imagem, isto é, 𝑓(𝑥) = 𝑓(−𝑥).
Definição [função ímpar] Uma função é ímpar se, para todo valor de 𝑥
pertencente ao seu domínio, o simétrico de 𝑥 tem a imagem simétrica, isto é,
𝑓(−𝑥) = −𝑓(𝑥).
14
Definição [função afim] Uma função afim é definida por 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, em que
𝑎 e 𝑏 são constantes e 𝑎 ≠ 0. O número 𝑎 é chamado de coeficiente angular
e 𝑏 é chamado de coeficiente linear.
• Função linear
Essa função ocorre quando o coeficiente linear é nulo, isto é, 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥, seu
gráfico é uma reta que passa pela origem.
• Função identidade
Exemplos
Definição [função racional] Uma função racional é uma função que pode ser
expressa como o quociente de dois polinômios. Isto é
𝑝(𝑥)
𝑓(𝑥) = 𝑞(𝑥)
em que 𝑞(𝑥) ≠ 0.
Exemplo
𝑥 2 −4
• 𝑓(𝑥) = 𝑥−2
1
• 𝑓(𝑥) = 𝑥
Exemplo
• 𝑓(𝑥) = √𝑥
3
6𝑥+ √𝑥
• 𝑓(𝑥) = 5
√𝑥 2 −1
Definição [função algébrica] Uma função é dita algébrica se for formada por
um número finito de operações algébricas sobre as funções identidade e
constante. Essas operações algébricas incluem adição, subtração, multiplicação,
divisão, potenciação e radiciação.
∀𝜖 > 0; (𝑎 − 𝜖, 𝑎 + 𝜖) ∩ (𝐷 − {𝑎}) ≠ ∅.
Observações:
Exemplos
Exemplo
• 4 é ponto de acumulação de A;
• 6 não é ponto de acumulação de A;
• 1 é ponto de acumulação de A;
• 2 é ponto de acumulação de A;
Exemplos
iv. 𝑄′ = 𝑅
v. (𝑄 𝑐 )′ = 𝑅
vi. 𝑅′ = 𝑅
Exemplos
∀𝜖 > 0; (𝑎, 𝑎 + 𝜖) ∩ 𝐷 ≠ ∅.
18
Observações
∀𝜖 > 0; (𝑎 − 𝜖, 𝑎) ∩ 𝐷 ≠ ∅.
Observação:
Exemplo
1 1 1
i. Se 𝐷 = {1, 2 , 3 , ⋯ , 𝑛 , ⋯ } , o zero é ponto de acumulação à direita de D
lim 𝑓(𝑥) = 𝑙
𝑥→𝑎
Observações
• |𝑥 − 𝑎| < 𝛿 ⇔ 𝑥 ∈ (𝑎 − 𝛿, 𝑎 + 𝛿)
• |𝑓(𝑥) − 𝑙| < 𝜖 ⇔ 𝑓(𝑥) ∈ (𝑙 − 𝜖, 𝑙 + 𝜖)
• A desigualdade 0 < |𝑥 − 𝑎| é equivalente a 𝑥 ≠ 𝑎.
Em termos de intervalos, isto significa que podemos tomar o conjunto
𝐼 = (𝑎 − 𝛿, 𝑎 + 𝛿) − {𝑎}, em vez do intervalo (𝑎 − 𝛿, 𝑎 + 𝛿). Isto se dá
porque não nos interessa o comportamento da função 𝑓 no ponto 𝑎, e
sim, o seu comportamento numa vizinhança 𝐼 do ponto a.
Assim,
21
𝜖 𝜖
|𝐿1 − 𝐿2 | = |𝐿1 − 𝑓(𝑥) + 𝑓(𝑥) − 𝐿2 | ≤ |𝑓(𝑥) − 𝐿1 | + |𝑓(𝑥) − 𝐿2 | < + = 𝜖.
2 2
Mostramos dessa maneira que |𝐿1 − 𝐿2 | < 𝜖 para todo 𝜖 > 0. Como 𝐿1 − 𝐿2 é
um número real fixado, a única possibilidade é que 𝐿1 − 𝐿2 = 0, logo 𝐿1 = 𝐿2 .
∎
Teorema
Prova: Deve-se provar que dado ∀ 𝜖 > 0, tal que se 𝑥 ∈ 𝐷 e 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿
então |𝑓(𝑥) − 𝑙| = |𝑥 − 𝑎| < 𝜖.
|𝑓(𝑥) − 𝑙| = |𝑥 − 𝑎|
|𝑓(𝑥) − 𝑎| = |𝑥 − 𝑎| < 𝛿 ≤ 𝜖.
Portanto |𝑥 − 𝑎| < 𝜖 . ∎
Exercício
𝜖
Pois como 0 < |𝑥 − 2| < 𝛿 então 4|𝑥 − 2| < 4𝛿. Escolhendo 𝛿 ≤ 4 ;
𝜖
|(4𝑥 − 2) − 6| = 4|−2|𝑥 < 4 𝛿 ≤ 4 ⋅ =𝜖
4
Exercício
|𝑥 − 2| ⋅ |𝑥 + 2| < 5⋅𝛿
𝜖
|𝑥 2 − 4| < 5⋅
5
|𝑥 2 − 4| < 𝜖
𝜖
Logo, dado ∀ 𝜖 > 0, existe 𝛿 = min{1, 5} tal que se 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓) e
Prova: Dado ∀ 𝜖 > 0, deve-se mostrar que existe 𝛿 > 0 tal que se
0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿 então |𝑓(𝑥) − 𝑙| = |𝑘 − 𝑘| < 𝜖.
Mas como |𝑘 − 𝑘| = 0, pode-se atribuir qualquer número positivo para 𝛿 tal que
se 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿 então |𝑘 − 𝑘| < 𝜖. Logo lim 𝑘 = 𝑘. ∎
𝑥→𝑎
23
v. lim 𝑓(𝑥)/𝑔(𝑥) = lim 𝑓(𝑥) /lim 𝑔(𝑥), desde que lim 𝑔(𝑥) ≠ 0.
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
𝑛
vi. lim [𝑓(𝑥)]𝑛 = (lim 𝑓(𝑥))
𝑥 →𝑎 𝑥→𝑎
lim 𝑓(𝑥) = 𝑙
𝑥→𝑎+
lim 𝑓(𝑥) = 𝑙
𝑥→𝑎−
Teorema
Sejam 𝑓 : 𝐷 → 𝑅, 𝑎 ∈ 𝐷−′ ∩ 𝐷+′ . Então lim 𝑓(𝑥) = 𝑙 se, e somente se, existem
𝑥→𝑎
Prova:
lim 𝑓(𝑥) = 𝑙 ⇔ ∀ 𝜖 > 0, ∃ 𝛿1 > 0 tal que se − 𝛿1 < 𝑥 − 𝑎 < 0 ⇒ |𝑓(𝑥) − 𝑙| < 𝜖
𝑥→𝑎−
lim 𝑓(𝑥) = 𝑙 ⇔ ∀ 𝜖 > 0, ∃ 𝛿2 > 0 tal que se 0 < 𝑥 − 𝑎 < 𝛿2 ⇒ |𝑓(𝑥) − 𝑙| < 𝜖.
𝑥→𝑎+
Tome 𝛿 = min{𝛿1 , 𝛿2 }, dado ∀ 𝜖 > 0, ∃ 𝛿 > 0 tal que se − 𝛿 < 𝑥 − 𝑎 < 0 ou 0 <
𝑥 − 𝑎 < 𝛿 ⇒ |𝑓(𝑥) − 𝑙| < 𝜖 ⇔ ∀ 𝜖 > 0, ∃ 𝛿 > 0 tal que se 0 < |𝑥 − 𝑎| <
𝛿 ⇒ |𝑓(𝑥) − 𝑙| < 𝜖 ⇔ lim 𝑓(𝑥) = 𝑙. ∎
𝑥→𝑎
Exemplo
𝑥 𝑠𝑒 𝑥≥0
Seja 𝑓(𝑥) = |𝑥| = { .
−𝑥 𝑠𝑒 𝑥<0
Portanto lim|𝑥| = 0.
𝑥→0
Exemplo
|𝑥| se 𝑥≠0
Seja 𝑔(𝑥) = {
3 se 𝑥=0
i. 𝑓(𝑎) existe
Exemplo
Exemplo
|𝑥| se 𝑥≠0
A função 𝑔(𝑥) = { é descontínua no ponto 0, pois
3 se 𝑥=0
lim 𝑔(𝑥) = 0 ≠ 𝑔(0) = 3.
𝑥→0
1
iii. lim 𝑓(𝑥)/𝑔(𝑥 ) = lim 𝑓 (𝑥) /lim 𝑔(𝑥 ), desde que lim 𝑔(𝑥 ) ≠ 0.
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
𝑛
iv. lim [𝑓 (𝑥 )]𝑛 = (lim 𝑓 (𝑥 ))
𝑥 →𝑎 𝑥→𝑎
i. 𝑓(𝑎) existe
Exemplo
Exemplo
|𝑥| se 𝑥≠0
A função 𝑔(𝑥 ) = { é descontínua no ponto 0, pois
3 se 𝑥=0
lim 𝑔(𝑥 ) = 0 ≠ 𝑔(0) = 3.
𝑥→0
Nesse ponto, quando a função não é contínua, o gráfico sofre algum tipo de
interrupção.
Tipos de Descontinuidade
Exemplo
|𝑥| se 𝑥≠0
i. A função 𝑔(𝑥) = { possui descontinuidade removível
3 se 𝑥=0
no ponto 𝑎 = 0.
ii. A função
3+𝑥 se 𝑥≤1
ℎ(𝑥 ) = {
3−𝑥 se 𝑥>1
Como lim− ℎ(𝑥 ) ≠ lim+ ℎ(𝑥), e então não existe lim ℎ(𝑥). Logo, ℎ possui
𝑥→1 𝑥→1 𝑥→1
i. 𝑓 + 𝑔 é contínua em 𝑎;
ii. 𝑓 − 𝑔 é contínua em 𝑎;
iii. 𝑓 ⋅ 𝑔 é contínua em 𝑎;
iv. 𝑓/𝑔 é contínua em 𝑎; desde que 𝑔(𝑎) ≠ 0.
lim 𝑓(𝑥 ) = 𝑓(𝑎) e lim 𝑔(𝑥 ) = 𝑔(𝑎) . Logo, pela propriedade do limite da soma,
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
temos:
Teorema
Uma função polinomial é contínua em qualquer número real 𝑎.
Prova: Considere a função polinomial f definida por
∎
6
Teorema
𝑔(𝑥)
𝑓 (𝑥 ) =
ℎ(𝑥)
Exemplo
𝑥3 + 1
𝑓 (𝑥 ) =
𝑥2 − 9
é contínua.
Ou, equivalentemente,
Teorema
= 𝑓 (lim 𝑔(𝑥))
𝑥→𝑎
= 𝑓(𝑔(𝑎))
= (𝑓 ∘ 𝑔)(𝑎)
i. 𝑓(𝑎) existe
8
i. 𝑓(𝑎) existe
Observação:
Observação:
Observação:
Exemplo
Solução:
= lim +(9 − 𝑥 2 )
√𝑥→−3
= 0
= ℎ(−3)
= lim− (9 − 𝑥 2 )
√𝑥→3
= 0
= ℎ(3)
Exemplo
Seja 𝑓 (𝑥 ) = √𝑥 2 − 9
Verifique se f e continua ou descontinua nos seguintes conjuntos
i) [−3,3]
ii) (−∞, −3)
iii) (−∞, 3)
iv) [−5,5]
v) [3, ∞[
𝐷(𝑓) = {𝑥 ∈ 𝑅 , 𝑥 2 − 9 ≥ 0}
⇓
𝐷 (𝑓) = {𝑥 ∈ 𝑅 , (𝑥 − 3)(𝑥 + 3) ≥ 0}
Para definir o domínio devemos resolver a inequação
(𝑥 − 3)(𝑥 + 3) ≥ 0
Para resolver essa desigualdade, devemos olhar para as funções 𝑔(𝑥 ) = 𝑥 + 3
e ℎ(𝑥 ) = 𝑥 − 3 separadamente e fazer o estudo do sinal de ambas as funções
Tirando as raízes das funções e fazendo o estudo de sinais temos:
------------------ +++++++++++++++++++++++++++++++
-3
------------------------------------------------------+++++++++++
3
++++++++ --------------------------------- +++++++++++
-3 3
Prova:
Dado ∀𝜖 > 0, existe 𝛿1 > 0 tal que 𝑥 ∈ 𝐷, 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿1 então |𝑓 (𝑥 ) − 𝐿| < 𝜖.
Dado ∀𝜖 > 0, existe 𝛿2 > 0 tal que 𝑥 ∈ 𝐷, 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿2 então |ℎ(𝑥 ) − 𝐿| < 𝜖.
Então:
⇒ 𝐿 − 𝜖 < 𝑓 (𝑥 ) ≤ 𝑔 (𝑥 ) ≤ ℎ( 𝑥 ) < 𝐿 + 𝜖
Exemplo
Dado |𝑔(𝑥 ) − 2| ≤ 3(𝑥 − 1)2 para todo 𝑥 ∈ 𝑅. Encontre se existir lim 𝑔(𝑥 ).
𝑥→1
Exemplo
∀ 𝑥 ∈ 𝑅, | sin 𝑥 | ≤ |𝑥|
0 ≤ |𝑠𝑖𝑛𝑥 | ≤ |𝑥 |.
Exemplo
1
Use o teorema do confronto para provar que lim |𝑥 sin (𝑥)| = 0.
𝑥→0
1
0 ≤ |sin ( )| ≤ 1, se 𝑥 ≠ 0
𝑥
Logo, se 𝑥 ≠ 0
1 1
|𝑥 ⋅ sin ( )| = |𝑥 | |sin ( )| ≤ |𝑥|
𝑥 𝑥
Assim,
1
0 ≤ |x ⋅ sin ( )| ≤ |𝑥|
𝑥
1
Como lim |𝑥 | = 0 e lim 0 = 0, obtemos lim | 𝑥 sin ( )| = 0.
𝑥→0 𝑥→0 𝑥→0 𝑥
Exemplo
1 ≤ cos 𝑥 ≤ 1 − |𝑥|
sin 𝑥
lim =1
𝑥→0 𝑥
Prova: A figura abaixo representa a situação em que o arco 𝑥, que liga 𝑂até 𝐶 é
positivo.
sin 𝑥 ≤ 𝑥 ≤ 𝑡𝑔𝑥
sin 𝑥 ≥ 𝑥 ≥ 𝑡𝑔𝑥
sin 𝑥
sin 𝑥 ≤ 𝑥 ≤ se 𝑥 > 0
{ 𝑐𝑜𝑠𝑥
sin 𝑥
sin 𝑥 ≥ 𝑥 ≥ 𝑠e 𝑥 < 0
cos 𝑥
1
Multiplicando ambas inequações por sin 𝑥, obtemos
𝑥 1
1 ≤ ≤
sin 𝑥 cos 𝑥
𝑥 1
Fazendo 𝑓 (𝑥 ) = 1, 𝑔(𝑥) = e ℎ (𝑥 ) =
sin 𝑥 cos 𝑥
1
Como lim 𝑓 (𝑥 ) = lim 1 = 1 e lim ℎ(𝑥 ) = lim cos 𝑥 = 1
𝑥 →0 𝑥 →0 𝑥 →0 𝑥 →0
𝑥
Segue que lim 𝑔(𝑥 ) = lim sin 𝑥 = 1.
𝑥 →0 𝑥 →0
Portanto
1 sin 𝑥
lim 𝑥 = lim = 1.
𝑥 →0 𝑥 →0 𝑥
sin 𝑥
∎
17
Observação
sin(2𝑥)
lim =1
𝑥 →0 2𝑥
sin(2𝑥) sin(𝑢)
lim = lim =1
𝑥 →0 2𝑥 𝑢 →0 𝑢
Exemplo
Calcule, se existir,
sin(2𝑥)
lim
𝑥 →0 𝑥
Temos:
Exemplo
Calcule, se existir
𝑥
lim
𝑥 →0 sin 𝑥
Temos:
𝑥 1
=
sin 𝑥 sin 𝑥
𝑥
𝑥
lim =1
𝑥 →0 sin 𝑥
18
Exemplo
Calcule, se existir,
sin(2𝑥)
lim
𝑥 →0 sin(5𝑥)
sin(2𝑥)
sin(2𝑥) 2( )
2𝑥
=
sin(5𝑥) sin(5𝑥)
5( )
5𝑥
sin(2𝑥)
sin(2𝑥) lim 2 ( 2𝑥 ) 2
𝑥→0
lim = = .
𝑥→0 sin (5𝑥) sin(5𝑥)
lim 5 ( ) 5
𝑥→0 5𝑥
Teorema
Prova :
i. sin 0 = 0
sin 𝑥 sin 𝑥
ii. lim sin 𝑥 = lim . 𝑥 = lim lim 𝑥 = 1 . 0 = 0.
𝑥 →0 𝑥 →0 𝑥 𝑥 →0 𝑥 𝑥 →0
Teorema
Prova :
i. cos 0 = 1;
19
ii. lim cos 𝑥 = lim √1 − sin2 𝑥 = √ lim (1 − sin2 𝑥) = √lim 1 − lim sin2 𝑥 =
𝑥 →0 𝑥 →0 𝑥→0 𝑥→0 𝑥→0
1.
iii. lim cos 𝑥 = 1 = cos 0
𝑥 →0
𝑠𝑖𝑛2 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1
cos 𝑥 = √1 − 𝑠𝑖𝑛2 𝑥.
1
Prova:
Exercício
Solução:
𝜋
a) Considere o intervalo [ 2 , 𝜋[ no qual a co-tangente está definida
cos 𝑥
lim− cot 𝑥 = lim− = −∞
𝑥→𝜋 𝑥→𝜋 sin 𝑥
3𝜋
Considere o intervalo ]𝜋, ] no qual a co-tangente está definida
2
cos 𝑥
lim+ cot 𝑥 = lim+ = +∞
𝑥→𝜋 𝑥→𝜋 sin 𝑥
𝜋
lim sec 𝑥 = sec 𝑎, ∀𝑎 ≠ + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ 𝑍.
𝑥→𝑎 2
Prova:
1 lim 1 1
lim sec 𝑥 = lim = 𝑥→𝑎 = = sec 𝑎.
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 cos 𝑥 lim cos 𝑥 cos 𝑎
𝑥→𝑎
𝜋
𝐷(𝑓) = { 𝑥 ∈ 𝑅, 𝑥 ≠ + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ 𝑍}.
2
3
Prova:
1 lim 1 1
lim csc 𝑥 = lim = 𝑥→𝑎 = = csc 𝑎.
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 sin 𝑥 lim sin 𝑥 sin 𝑎
𝑥→𝑎
∎
4
y = csc(x) y
− − − − − − −
−
−
−
−
−
−
1
LIMITES INFINITOS
1
Considere a função 𝑓 (𝑥 ) = . Queremos saber o comportamento da função
𝑥2
lim 𝑓(𝑥 ) = +∞
𝑥→𝐴
lim 𝑓(𝑥 ) = −∞
𝑥→𝑎
1
Considere a função 𝑓(𝑥 ) = . Queremos saber o comportamento da função
𝑥−1
lim 𝑓(𝑥 ) = +∞
𝑥→𝑎 +
lim 𝑓(𝑥 ) = −∞
𝑥→𝑎 −
se dado ∀ 𝑁 < 0, ∃ 𝛿 > 0 tal que 𝑥 ∈ 𝐷, −𝛿 < 𝑥−𝑎 <0 ⇒ 𝑓(𝑥 ) < 𝑁.
Outras definições
lim 𝑓(𝑥 ) = −∞
𝑥→𝑎 +
lim 𝑓(𝑥 ) = +∞
𝑥→𝑎 −
Teorema
1
i. lim+ 𝑥 𝑛 = +∞
𝑥→𝑜
1 −∞ se 𝑛 for ímpar
ii. lim− 𝑥 𝑛 = {
𝑥→𝑜 +∞ se 𝑛 for par
Prova
5
1
se 0 < 𝑥 < 𝛿 então 𝑥 𝑛 < 𝑀
1 1/𝑛
se 0 < 𝑥 < 𝛿 então 𝑥 < (𝑀)
1 1/𝑛
A afirmativa é válida se 𝛿 ≤ (𝑀) . ∎
Exemplo
1
a) lim+ 𝑥 5 = +∞
𝑥→0
1
b) lim− 𝑥 5 = −∞
𝑥→0
1
c) lim+ 𝑥 4 = +∞
𝑥→0
1
d) lim− 𝑥 4 = +∞
𝑥→0
Teorema
1
a) lim+ 𝑥−1
𝑥→1
Teorema
Exemplo
1 1
lim+ [ + ] = +∞
𝑥→2 𝑥−2 𝑥+2
1 1 1
Pois lim+ 𝑥−2 = +∞ e lim+ 𝑥+2 = .
𝑥→2 𝑥→2 4
7
Teorema
Exemplo
5 𝑥+4
lim [ 2
⋅ ] = −∞
𝑥→3 (𝑥 − 3 ) 𝑥 − 4
5 𝑥+4
pois lim (𝑥−3)2 = +∞ e lim 𝑥−4 = −7.
𝑥→3 𝑥→3
Teorema
Teorema
Teorema
i. lim 𝑓(𝑥 ) = +∞
𝑥→𝑎 +
Observação:
Exemplo
3
𝑓 (𝑥 ) =
𝑥+1
Solução:
𝐷 (𝑓) = {𝑥 ∈ 𝑅 | (𝑥 + 1) ≠ 0} = 𝑅 − {−1}}.
------------------------- ++++++++++++
-1
3
lim − = −∞
𝑥 → −1 𝑥+1
3
lim + = +∞
𝑥 → −1 𝑥+1
LIMITES NO INFINITO
Considere a função
𝑥+2
𝑓 (𝑥 ) =
𝑥
Definição Seja 𝑓 uma função definida em uma semirreta (𝑎, +∞). Dizemos que
quando 𝑥 cresce ilimitadamente, os valores de 𝑓(𝑥) se aproximam de 𝐿, e
escrevemos, lim 𝑓(𝑥 ) = 𝐿 se dado qualquer 𝜖 > 0, existir 𝑀 > 0 tal que
𝑥→ +∞
Considere a função
𝑥+2
𝑓 (𝑥 ) =
𝑥
Definição Seja 𝑓 uma função definida em uma semirreta (−∞, 𝑎). Dizemos que
quando 𝑥 decresce ilimitadamente, os valores de 𝑓(𝑥) se aproximam de 𝐿, e
escrevemos, lim 𝑓 (𝑥 ) = 𝐿 se dado qualquer 𝜖 > 0, existir 𝑁 < 0 tal que
𝑥→−∞
Teorema
1
i. lim =0
𝑥→+∞ 𝑥 𝑛
1
ii. lim =0
𝑥→−∞ 𝑥 𝑛
Teorema
Se 𝑐 ∈ 𝑅 então
i. lim 𝑐 = 𝑐
𝑥→+∞
ii. lim 𝑐 = 𝑐
𝑥→−∞
12
Exemplo
Calcule os limites:
a)
5𝑥 2
lim
𝑥→+∞ 2𝑥 2 + 1
2
5𝑥 2
5𝑥 𝑥2 5
= =
2
2𝑥 + 1 2𝑥 2 1 1
+ 2+ 2
𝑥2 𝑥2 𝑥
Portanto
5𝑥 2 5 5
lim = lim =
𝑥→+∞ 2𝑥 2 + 1 1
2+ 2 2
𝑥→+∞
𝑥
1
b) lim
𝑥→+∞ √𝑥+2
1
c) lim
𝑥→−∞ √𝑥−2
i. lim 𝑓 (𝑥 ) = 𝑏
𝑥→+∞
ii. lim 𝑓 (𝑥 ) = 𝑏
𝑥→−∞
13
Exemplo
3 3 3
3 lim 0
𝑥 𝑥 𝑥 →+∞ 𝑥
lim = lim = lim = = = 0.
𝑥 → +∞ 𝑥 + 1 𝑥 → +∞ 𝑥 1 𝑥 → +∞ 1 1 1+0
+ 1+ 𝑥 lim 1 + lim 𝑥
𝑥 𝑥 𝑥 →+∞ 𝑥 →+∞
3 3 3
3 lim 0
𝑥 𝑥 𝑥 →−∞ 𝑥
lim = lim = lim = = = 0.
𝑥 → −∞ 𝑥 + 1 𝑥 → −∞ 𝑥 1 𝑥 → −∞ 1 1 1+0
𝑥+𝑥 1+ 𝑥 lim 1 + lim 𝑥
𝑥 →−∞ 𝑥 →−∞
Teorema
+∞ se 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟
ii. lim 𝑥 𝑛 = {
𝑥→−∞ −∞ 𝑠e 𝑛 é í𝑚𝑝𝑎𝑟
Prova:
Observe que
lim sin 𝑥 = sin 𝑎 ⇔ lim (sin 𝑥 − sin 𝑎) = 0.
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
Mas,
Então
𝑥−𝑎
0 ≤ |sin 𝑥 − sin 𝑎| ≤ 2 | | ⇒ 0 ≤ |sin 𝑥 − sin 𝑎 | ≤ |𝑥 − 𝑎|
2
Prova:
𝜃 =𝑥−𝑎
Se 𝑥 → 𝑎 implica que 𝜃 → 0
𝜋
lim tan 𝑥 = tan 𝑎, ∀𝑎 ≠ + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ 𝑍.
𝑥→𝑎 2
Prova:
𝜋
𝐷(𝑓) = { 𝑥 ∈ 𝑅, 𝑥 ≠ + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ 𝑍}.
2
18
Exercício
𝜋 3𝜋
Mostre que 𝑥 = e 𝑥= são assíntotas verticais da função 𝑓(𝑥 ) = tan(𝑥 ).
2 2
Solução:
𝜋
a) Considere o intervalo [0, 2 [ no qual a tangente está definida
sin 𝑥
lim
𝜋−
tan 𝑥 = lim
𝜋−
= +∞
𝑥→ 𝑥→ cos 𝑥
2 2
pois lim
𝜋−
sin 𝑥 = 1 e lim
𝜋−
cos 𝑥 = 0, no 1º quadrante a função cosseno se
𝑥→ 𝑥→
2 2
𝜋
Considere o intervalo ] 2 , 𝜋] no qual a tangente está definida
sin 𝑥
lim+ tan 𝑥 = lim+ = −∞
𝑥→
𝜋
𝑥→
𝜋 cos 𝑥
2 2
3𝜋
b) Considere o intervalo [𝜋, [ no qual a tangente está definida
2
sin 𝑥
lim − tan 𝑥 = lim − = +∞
𝑥→
3𝜋
𝑥→
3𝜋 cos 𝑥
2 2
pois lim
3𝜋−
sin 𝑥 = −1 e lim
3𝜋−
cos 𝑥 = 0, no 3º quadrante a função cosseno
𝑥→ 𝑥→
2 2
3𝜋
Considere o intervalo ] 2 , 2𝜋] no qual a tangente está definida
sin 𝑥
lim + tan 𝑥 = lim + = −∞
𝑥→
3𝜋
𝑥→
3𝜋 cos 𝑥
2 2
19
3𝜋
Logo, a reta 𝑥 = é uma assíntota vertical do gráfico.
2
1
𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥 .
Graficamente temos:
2
Teoremas
Exemplo
a) lim 4𝑥 = 43 = 64.
𝑥→3
1 𝑥 1 2 1
b) lim (3) = (3) = 9 .
𝑥→2
c) lim 𝑒 𝑥 = 𝑒 4 .
𝑥→4
1 𝑥 1 2 1
d) lim (𝑒) = (𝑒) = 𝑒 2 .
𝑥→2
e) lim 𝑒 𝑥 = +∞.
𝑥→ + ∞
3
f) lim 𝑒 𝑥 = 0.
𝑥→ − ∞
𝑥2 −4 𝑥2 −4
( lim ( )) ( lim (𝑥−2))
h) lim 5 𝑥+2 = 5 𝑥→−2 𝑥+2 = 5 𝑥→−2 = 5−4 .
𝑥→ −2
1 𝑛
Definição: Chamamos de 𝑒 o limite da função 𝑓(𝑛) = (1 + 𝑛) definida em
1 𝑛
𝑒 ∶= lim (1 + ) .
𝑛→ +∞ 𝑛
Observação:
1 𝑛
Considere a função 𝑓(𝑛) = (1 + 𝑛) .
1 𝑛
𝑒 ∶= lim (1 + ) .
𝑛→ +∞ 𝑛
5
em que:
𝑏 é chamado de logaritmando;
𝑎 é chamado de base;
𝑥 é o logaritmo.
Exemplo
log 2 16 = 𝑥 ⇒ 2𝑥 = 16 ⇒ 2𝑥 = 24 ⇒ 𝑥 = 4.
Notação:
Graficamente temos:
Teoremas
Exemplo
a) lim(log 3 𝑥) = log 3 9 = 2.
𝑥→9
c) lim ln 𝑥 = ln 4 .
𝑥→4
d) lim ln 𝑥 = +∞.
𝑥→ + ∞
e) lim+ ln 𝑥 = −∞.
𝑥→ 0
1 𝑥
𝑓(𝑥) = (1 + )
𝑥
1 𝑥
definida em {𝑥 ∈ 𝑅; 𝑥 < −1 ou 𝑥 > 0} então lim (1 + ) = 𝑒.
𝑥→+∞ 𝑥
8
Prova:
1 1 1
𝑛 <𝑥 <𝑛+1 ⇒ < <
𝑛+1 𝑥 𝑛
1 𝑛 1 𝑥 1 𝑛+1
(1 + ) ≤ (1 + ) ≤ (1 + )
𝑛+1 𝑥 𝑛
como
1 𝑛+1 1 𝑛+1
1 𝑛 (1 + 𝑛 + 1) lim (1 + 𝑛 + 1) 𝑒
𝑛→+∞
lim (1 + ) = lim ( )= = = 𝑒.
𝑛→+∞ 𝑛+1 𝑛→+∞ 1 1 1
1+𝑛+1 lim (1 + 𝑛 + 1)
𝑛→+∞
1 𝑛+1
lim (1 + ) =
𝑛→+∞ 𝑛
1 𝑛 1
= lim ((1 + ) ⋅ (1 + ))
𝑛→+∞ 𝑛 𝑛
1 𝑛 1
= lim (1 + ) ⋅ lim (1 + ) = 𝑒 ⋅ 1 = 𝑒.
𝑛→+∞ 𝑛 𝑛→+∞ 𝑛
1 𝑥
lim (1 + ) = 𝑒.
𝑥→+∞ 𝑥
1 𝑥
𝑓(𝑥) = (1 + )
𝑥
1 𝑥
definida em {𝑥 ∈ 𝑅; 𝑥 < −1 ou 𝑥 > 0} então lim (1 + 𝑥) = 𝑒.
𝑥→−∞
9
Prova:
1 𝑥 1 −(𝑤+1)
lim (1 + ) = lim (1 − ) =
𝑥→−∞ 𝑥 𝑤→+∞ 𝑤+1
𝑤 −(𝑤+1) 𝑤 + 1 𝑤+1
lim ( ) = lim ( ) =
𝑤→+∞ 𝑤 + 1 𝑤→+∞ 𝑤
1 𝑤+1 1 𝑤 1
lim (1 + ) = lim [(1 + ) ⋅ (1 + )] =
𝑤→+∞ 𝑤 𝑤→+∞ 𝑤 𝑤
𝑤
1 1
lim (1 + ) ⋅ lim (1 + ) = 𝑒 ⋅ 1 = 𝑒.
𝑤→+∞ 𝑤 𝑤→+∞ 𝑤
Teorema
1
Seja a função 𝑓(𝑥) = (1 + 𝑥)𝑥 definida em {𝑥 ∈ 𝑅 | − 1 < 𝑥 ≠ 0} então
1
lim (1 + 𝑥)𝑥 = 𝑒.
𝑥→0
Prova:
1
Faça uma mudança de variável 𝑥 = , temos
𝑦
1 1 𝑦
(1 + 𝑥)𝑥 = (1 + )
𝑦
Além disso,
𝑥 → 0+ ⇒ 𝑦 → +∞
𝑥 → 0− ⇒ 𝑦 → −∞
Temos
1 1 𝑦
lim+ (1 + 𝑥)𝑥 = lim (1 + ) = 𝑒
𝑥→0 𝑦→+∞ 𝑦
1 1 𝑦
lim− (1 + 𝑥)𝑥 = lim (1 + ) = 𝑒
𝑥→0 𝑦→−∞ 𝑦
Portanto
1
lim (1 + 𝑥)𝑥 = 𝑒.
𝑥→0
∎
10
Teorema
𝑎𝑥 −1
Se 𝑎 > 0 então lim = ln 𝑎.
𝑥→0 𝑥
Prova:
Para 𝑎 = 1 temos
𝑎𝑥 − 1 1𝑥 − 1 0
lim = lim = lim = lim 0 = 0 = ln 1.
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0
𝑎𝑥 − 1 = 𝑤 ⇒ 𝑎𝑥 = 1 + 𝑤 ⇒ ln 𝑎 𝑥 = ln(1 + 𝑤)
ln(1 + 𝑤)
⇒ 𝑥 ln 𝑎 = ln(1 + 𝑤) ⇒ 𝑥=
ln 𝑎
Além disso,
𝑥→0 ⇒ 𝑤 → 0.
Temos:
𝑎𝑥 − 1 1 ln 𝑎
= (𝑎 𝑥 − 1) ⋅ = 𝑤⋅
𝑥 𝑥 ln(1 + 𝑤)
𝑎𝑥 − 1 𝑤 ⋅ ln 𝑎
lim = lim =
𝑥→0 𝑥 𝑤→0 ln(1 + 𝑤)
1 lim 1
𝑤→0
ln 𝑎 ⋅ lim ( ) = ln 𝑎 ⋅ ( 1 ) =
𝑤→0 1
𝑤 ln(1 + 𝑤) ln [ lim (1 +
𝑤→0
𝑤)𝑤 ]
1 ln 𝑎
ln 𝑎 ⋅ ( ) = =
ln 𝑒 ln 𝑒
ln 𝑎
= ln 𝑎.
1
∎
11
Exemplo
4 4
1 4𝑥 1 𝑥 1 𝑥
a) lim (1 + 𝑥) = lim [(1 + 𝑥) ] = [ lim (1 + 𝑥) ] = 𝑒 4 .
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥→+∞
5 𝑥
b) lim (1 + 𝑥)
𝑥→−∞
𝑥
Fazendo 𝑤 = , temos:
5
5
5 𝑥 1 5𝑤 1 𝑤
lim (1 + ) = lim (1 + ) = lim [(1 + ) ]
𝑥→−∞ 𝑥 𝑤→−∞ 𝑤 𝑤→−∞ 𝑤
5
1 𝑤
= [ lim (1 + ) ] = 𝑒 5.
𝑤→−∞ 𝑤
𝑥+1 𝑥
c) lim ( )
𝑥→+∞ 𝑥−1
𝑥+1 𝑥 1 𝑥
𝑥+1 𝑥 (1 + 𝑥)
lim ( ) = lim ( 𝑥 ) = lim =
𝑥→+∞ 𝑥 − 1 𝑥→+∞ 𝑥 − 1 𝑥→+∞ 1 𝑥
𝑥 (1 − 𝑥)
1 𝑥
lim (1 + 𝑥) 𝑒
𝑥→+∞
𝑥 = = 𝑒 2.
1 1
lim (1 − 𝑥) 𝑒
𝑥→+∞
𝑒 𝑥 −1
d) lim+
𝑥→0 𝑥
𝑥 → 0+ ⇒ 𝑧 → 1+
Portanto
𝑒𝑥 − 1 𝑧−1 1
lim+ = lim+ = lim+
𝑥→0 𝑥 𝑧→1 ln 𝑧 𝑧→1 ln 𝑧
𝑧−1
12
𝑧 → 1+ ⇒ 𝑡 → 0+
𝑒𝑥 − 1 𝑧−1 1
lim = lim+ = lim+
𝑥→0+ 𝑥 𝑧→1 ln 𝑧 𝑧→1 ln 𝑧
𝑧−1
1
= lim+ = 1.
𝑡→0 ln(1 + 𝑡)
𝑡