Lei Organica Erebango
Lei Organica Erebango
Lei Organica Erebango
Art. 1º A organização político-administrativa do Município de Erebango, como entidade federativa, reger-se-á por esta
Lei Orgânica e as demais leis que adotar, observados os preceitos estabelecidos pela Constituição Federal e Estadual.
§ 1º Mantém-se o atual território do Município cujos limites só podem ser alterados desde que preservada a
continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente urbano, nos termos da legislação estadual.
§ 2º Ao Município é vedado:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, impedir-lhes o funcionamento ou manter com eles ou
seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada na forma da lei, a colaboração de interesse
público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferência entre si;
IV - permitir ou fazer uso de estabelecimento gráfico, jornal, estação de rádio, televisão, serviço de auto-falante ou
qualquer outro meio de comunicação de sua propriedade ou para propaganda político-partidária ou fins estranhos a
Administração;
V - contrair empréstimo externo sem prévia autorização do Senado Federal;
VI - instituir ou manter tributos sem que a lei o estabeleça.
Art. 3º São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, Legislativo e o Executivo.
Parágrafo único. Salvo as exceções previstas nesta Lei Orgânica, é vedado a qualquer dos Poderes delegar
atribuições, quem for investido na função de um deles não poderá exercer a do outro.
Art. 4º O Município poderá celebrar convênios com a União, com o Estado e com outros Municípios, para o
desenvolvimento de programas e prestações de serviços.
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estabelecimento e paradas;
X - regulamento a utilização dos logradouros públicos, a remoção do lixo domiciliar e dispor sobre a prevenção de
incêndio;
XI - estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços;
XII - disciplinar a limpeza dos logradouros públicos e sinalizar as faixas de rolamento e zonas de silêncio;
XIII - licenciar estabelecimentos industriais, comerciais, de prestação de serviços e outros, cassar alvarás de licença
dos que se tornarem danosos à saúde, à higiene, ao bem estar público e aos bons costumes;
XIV - fixar os feriados municipais, bem como horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais,
de prestação de serviços e outros;
XV - legislar sobre o serviço funerário e cemitérios, fiscalizando os que pertencem a entidades particulares;
XVI - interditar edificações, em ruínas ou em condições de insalubridade e fazer demolir instruções que ameacem a
segurança coletiva;
XVII - regulamentar a fixação de cartazes, anúncios, emblemas e quaisquer outros meios de publicidade e
propaganda;
XVIII - regulamentar e fiscalizar as competições esportivas, os espetáculos e os divertimentos públicos;
XIX - legislar sobre serviços públicos e regulamentar os processos de instalação e consumo de água, gás, luz e
energia elétrica e todos os demais serviços de caráter do uso coletivo.
Art. 6º São bens municipais todas as coisas, móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer título, pertençam ao
município.
§ 1º A administração dos bens municipais é de competência do Prefeito, exceto os que são utilizados nos serviços da
Câmara Municipal.
§ 2º É vedada a doação, venda ou concessão de uso de qualquer fração dos parques, praças, jardins e largos
públicos.
§ 3º A aquisição e venda de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia autorização da Câmara
Municipal.
Art. 7º O uso dos bens municipais, por terceiros, só poderá ser feito mediante concessão, conforme o interessante
público o exigir.
Art. 8º A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Município obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (NR) (redação estabelecida
pelo art. 2º da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos
em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas
ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
carreira;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá
os critérios de sua admissão;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público;
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do artigo 39 da Constituição Federal
somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada
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objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias,
que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de
pessoal ou de custeio em geral.
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do artigo 40 ou dos artigos 42 e
142 da Constituição Federal com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos
acumuláveis na forma desta Lei Orgânica, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre
nomeação e exoneração.
Art. 9º Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-
se as seguintes disposições: (NR) (redação estabelecida pelo art. 3º da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo,
emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no
exercício estivesse.
Art. 10. O Município instituirá conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por
servidores designados pelos respectivos Poderes. (NR) (redação estabelecida pelo art. 4º da Emenda à LOM nº 001,
de 30.09.2002)
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.
§ 2º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no artigo 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI,
XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, da Constituição Federal, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo o exigir. § 3º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Secretários
Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer
caso, o disposto no artigo 8º, X e XI, desta Lei Orgânica.
§ 4º Lei Municipal poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 8º, XI, desta Lei Orgânica.
§ 5º Os Poderes Executivo e Legislativo publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos
e empregos públicos.
§ 6º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 3º.
Art. 11. Os servidores públicos titulares de cargos de provimento efetivo serão aposentados, calculados os seus
proventos a partir dos valores fixados na forma do § 2º, da seguinte forma: (NR) (redação estabelecida pelo art. 5º da
Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de
acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco
anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de
contribuição, se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais
ao tempo de contribuição.
§ 1º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a
remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para
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a concessão da pensão.
§ 2º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as
remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor ao regime de previdência. (NR) (redação
estabelecida pelo art. 1º da Emenda à LOM nº 001, de 01.06.2004)
§ 3º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos
pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei complementar.
§ 4º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no
inciso III, a, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na
educação infantil e no ensino fundamental e médio.
§ 5º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Lei Orgânica, é vedada a
percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo.
§ 6º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: (NR) (redação estabelecida
pelo art. 1º da Emenda à LOM nº 001, de 01.06.2004)
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do
regime geral de previdência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal, acrescido de setenta por cento da
parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou
II - ao valor da totalidade da remuneração no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por
cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito.
§ 7º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,
conforme critérios estabelecidos em lei. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à LOM nº 001, de
01.06.2004)
§ 8º O tempo de serviço público federal, estadual e municipal prestado à administração pública direta e indireta,
inclusive fundações e empresas públicas, será computado integralmente para fins de gratificações e adicionais por
tempo de serviço, aposentadoria e disponibilidade. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à LOM nº 001,
de 01.06.2004)
§ 9º A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.
§ 10. Aplica-se o limite fixado no artigo 8º, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes
da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas à contribuição para o regime
geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo
acumulável na forma desta Lei Orgânica, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de
cargo eletivo.
§ 11. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração
bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.
§ 12. O Município, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores
titulares de cargo efetivo, poderá fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de
que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata
o artigo 201 da Constituição Federal.
§ 13. O regime de previdência complementar de que trata o § 12 será instituído por lei de iniciativa do Poder
Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos da Constituição Federal, no que couber, por intermédio
de entidade fechada de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerá aos respectivos participantes
planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da
Emenda à LOM nº 001, de 01.06.2004)
§ 14. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 12 e 14 poderá ser aplicado ao servidor que
tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de
previdência complementar.
§ 15. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo previsto no § 2º serão devidamente atualizados,
na forma da lei. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à LOM nº 001, de 01.06.2004)
§ 16. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadoria e pensões concedidas pelo regime próprio de
previdência que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que
trata o art. 201 da Constituição Federal, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos
efetivos. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à LOM nº 001, de 01.06.2004)
§ 17. O servidor que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecida no caput deste
artigo, inciso III, alínea "a", e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente
ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no
caput deste artigo, inciso II. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à LOM nº 001, de 01.06.2004)
§ 18. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de
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cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 2º da
Emenda à LOM nº 001, de 01.06.2004)
§ 19. É ressalvado o direito de opção a aposentadoria voluntária aos servidores que ingressaram regularmente em
cargo efetivo na Administração Pública até a data de 16 de dezembro de 1998, segundo as regras estabelecidas no art.
2º da Emenda Constitucional nº 41. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à LOM nº 001, de
01.06.2004)
§ 20. É ressalvado o direito de aposentadoria com valores integrais aos servidores que ingressaram regularmente em
cargo efetivo na Administração Pública até a data de 31 de dezembro de 2003, segundo as regras estabelecidas no art.
6º da Emenda Constitucional nº 41. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à LOM nº 001, de
01.06.2004)
§ 21. Aplica-se aos servidores públicos titulares de cargos de provimento efetivo do Município de Erebango todas as
demais regras constantes nas Emendas Constitucionais nº 20 e 41.
(AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Emenda à LOM nº 001, de 01.06.2004)
Art. 12. É vedada a participação de servidores públicos no produto de arrecadação de tributos e multas, inclusive dívida
ativa. (NR) (redação estabelecida pelo art. 6º da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
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Art. 22. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara de Vereadores nos termos desta Lei Orgânica.
Parágrafo único. A Câmara Municipal é formada por nove Vereadores, observado o disposto no inciso IV do artigo 29
da Constituição Federal (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 7º da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002).
Art. 23. A Câmara Municipal de Vereadores reúne-se independentemente de convocação no dia 1º de março de cada
ano, para abertura da sessão legislativa funcionando ordinariamente até 31 de dezembro. (NR) (caput com redação
estabelecida pelo art. 1º da Emenda à LOM nº 005, de 20.10.2009)
§ 1º As reuniões marcadas para estas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem
em sábados, domingos ou feriados. (NR) (redação estabelecida pelo art. 8º da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
§ 2º Durante a sessão legislativa ordinária a Câmara reunir-se-á ordinariamente nas segundas feiras, às dezenove
horas e trinta minutos. (NR) (redação estabelecida pelo art. 8º da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
Art. 23. A Câmara Municipal de Vereadores reúne-se independentemente de convocação no dia 1º de fevereiro de
cada ano, exceto no 1º ano de cada legislatura que se reunirá ordinariamente no mês de janeiro, para abertura da
sessão legislativa funcionando ordinariamente até 31 de dezembro. (NR) (caput com redação estabelecida pelo art.
1º da Emenda à LOM nº 004, de 31.10.2006)
Art. 23. A Câmara Municipal de Vereadores reúne-se independentemente de convocação no dia 1º de março de
cada ano, para abertura da sessão legislativa funcionando ordinariamente até 31 de dezembro.
§ 1º (...)
§ 2º (...) (NR) (redação estabelecida pelo art. 8º da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
Art. 24. No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com o mandato dos Vereadores, a Câmara reúne-se
no dia 1º de janeiro para dar posse aos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito, bem como eleger sua mesa, a Comissão
Representativa e as Comissões permanentes, entrando após em recesso. (NR) (redação estabelecida pelo art. 2º da
Emenda à LOM nº 005, de 20.10.2009)
Art. 24. No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com o mandato dos Vereadores, a Câmara
reúne-se no dia 1º de janeiro para dar posse aos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito, bem como eleger sua mesa,
a Comissão Representativa e as Comissões permanentes, reunindo-se ordinariamente durante o mês de janeiro,
entrando em recesso em fevereiro. (NR) (redação estabelecida pelo art. 2º da Emenda à LOM nº 004, de
31.10.2006)
Art. 24. No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com a do mandato dos Vereadores, a Câmara
reúne-se no dia 1º de Janeiro para dar posse aos Vereadores, Prefeitos e ao Vice-Prefeito, bem como eleger sua
mesa, a Comissão representativa e as Comissões permanentes, entrando após em recesso. (redação original)
Art. 25. A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á: (NR) (redação estabelecida pelo art. 9º da Emenda
à LOM nº 001, de 30.09.2002)
I - pelo Presidente da Câmara;
II - por um terço de seus membros;
III - pela Comissão Representativa;
IV - pelo Prefeito, nos períodos de recesso parlamentar.
§ 1º Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal somente deliberará sobre a matéria para a qual foi
convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatória em valor superior ao subsídio mensal.
§ 2º Para as reuniões extraordinárias a convocação dos vereadores será pessoalmente.
§ 3º A Câmara de Vereadores reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de janeiro, do primeiro ano de
legislatura, para a posse de seus membros e eleições da Mesa, para mandato de um ano, sendo permitida uma única
reeleição. (NR) (redação estabelecida pelo art. 3º da Emenda à LOM nº 005, de 20.10.2009)
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legislatura para a posse de seus membros e eleição da Mesa Diretora, para mandato de um ano, sendo permitida
uma única reeleição. (NR) (redação estabelecida pelo art. 9º da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
Art. 26. Na Constituição da Mesa, é assegurada, tato quanto possível, a representativa proporcional dos partidos ou
dos blocos parlamentares.
Art. 27. Durante o recesso, haverá uma Comissão Representativa, eleita na última sessão ordinária do período
legislativo, com atribuições definidas no regimento interno, cuja composição, quando possível, corresponderá à
proporcionalidade da representação partidária.
Art. 28. Ao Poder Legislativo fica assegurada autonomia funcional administrativa e financeira.
Art. 29. A Câmara Municipal deliberará com a presença, no mínimo, a maioria de seus membros, e suas deliberações
serão tomadas por maioria de votos, salvo os casos previstos nesta Lei Orgânica. (NR) (redação estabelecida pelo art.
10 da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
Parágrafo único. O Presidente da Câmara vota somente quando houver empate, quando a matéria exigir presença
de dois terços e nas votações secretas.
Art. 31. Apreciar a prestação de contas do Prefeito, referente à gestão financeira do saldo anterior até 60 dias após do
respectivo parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, o que somente deixará de prevalecer com dois terços da
Câmara.
Parágrafo único. As contas do Município ficarão à disposição de qualquer contribuinte, a partir da data de remessa
das mesmas ao Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 32. O Poder Executivo demonstrará e avaliará, periodicamente o cumprimento das metas fiscais, em audiência
pública na comissão competente da Câmara Municipal, conforme dispuser lei complementar federal. (NR) (redação
estabelecida pelo art. 3º da Emenda à LOM nº 001, de 01.06.2004)
Art. 32. O Poder Executivo demonstrará e avaliará, até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o
cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão competente da Câmara
Municipal. (NR) (redação estabelecida pelo art. 11 da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
Art. 33. A Câmara Municipal ou suas Comissões, a requerimento da maioria de seus membros, pode convocar
Secretários Municipais, titulares de autarquias ou de instituições de que participe o Município, para comparecerem
previamente designado e constante da convocação.
§ 1º Três (3) dias úteis antes do comparecimento deverá ser enviada à Câmara posição em torno das informações
solicitadas.
§ 2º Independentemente de convocação quando o Secretário ou Diretor prestar esclarecimentos ou solicitar
providências legislativas a qualquer Comissão, esta designará dia e hora para ouvi-los.
Art. 34 A Câmara pode criar comissão parlamentar de inquérito sobre fato determinado, termos de Regimento Interno a
requerimento de, no mínimo, um terço (1/3) de seus membros.
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Art. 37. Os vereadores, eleitos na forma da Lei, gozam de garantias que a mesma lhe assegura, pelas suas opiniões,
palavras e votos proferidos no exercício do mandato.
Art. 38. Os vereadores, no exercício de sua competência, têm livre acesso aos órgãos da administração direta e
indireta do Município, mesmo sem prévio aviso.
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Art. 41. O Vereador investido no cargo da Secretaria Municipal, ou diretoria equivalente, o mesmo não perde o
mandato, desde que se afaste do exercício da vereança.
Art. 42. Nos casos do artigo anterior e nos de licença, legítimo impedimento e vaga morte ou renúncia, o vereador será
substituído pelo suplente, convocado nos termos da lei.
Parágrafo único. O legítimo impedimento deve ser reconhecido pela própria Câmara e o Vereador declarado
impedido será considerado como em pleno exercício de seu mandato, sem direito à remuneração, com a convocação
do suplente.
Art. 43. Os Vereadores serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido
ao disposto nos artigos 8º, X e XI; e 36, VII, desta Lei Orgânica. (NR) (redação estabelecida pelo art. 15 da Emenda à
LOM nº 001, de 30.09.2002)
Art. 44. O servidor público eleito vereador deve optar entre a remuneração do respectivo cargo e da vereança, se não
houver compatibilidade de horários.
Parágrafo único. Havendo compatibilidade de horários, perceberá a remuneração do cargo e a inerente ao mandato
de vereança.
Art. 45. A Comissão Representativa funciona no recesso da Câmara Municipal e terá as seguintes atribuições:
I - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo;
II - zelar pela observância da Lei Orgânica;
III - autorizar o Prefeito a se ausentar do Município e do Estado;
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Art. 46. A Comissão Representativa, constituída por número ímpar de Vereadores, é composta pela Mesa e pelos
demais membros eleitos com os respectivos suplentes.
§ 1º A Presidência da Comissão Representativa cabe ao Presidente da Câmara cuja substituição se faz na norma
regimental.
§ 2º O número de membros eleitos da Comissão Representativa deve perfazer no mínimo, a maioria absoluta da
Câmara, observada, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.
Art. 47. A Comissão Representativa deve apresentar relatório dos trabalhos por ela analisados, quando do reinício do
período de funcionamento ordinário da Câmara.
Art. 49. São, ainda outras, objeto de deliberação da Câmara Municipal, na forma do Regimento Interno:
I - autorização;
II - indicações;
III - requerimentos.
Art. 50. A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara, com o respectivo número de ordem.
Art. 51. A iniciativa das leis municipais, salvo nos casos de competência exclusiva, cabe a qualquer vereador ao
Prefeito ou ao eleitorado. (NR) (redação estabelecida pelo art. 16 da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
Parágrafo único. A iniciativa popular será exercida mediante de projetos de lei de interesse específico do Município,
da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado.
Art. 52. No início ou em qualquer fase da tramitação do Projeto de Lei de iniciativa exclusiva do Prefeito, esta poderá
solicitar à Câmara Municipal que aprecie no prazo de trinta dias a contar do pedido.
§ 1º Se a Câmara Municipal não se manifestar, sobre o projeto no prazo estabelecido no caput deste artigo, será
incluído na ordem do dia, sobrepondo-se deliberação sobre os demais assuntos, para que se ultime a votação.
§ 2º Os prazos deste artigo e seus parágrafos não correrão nos períodos de recesso da Câmara Municipal.
Art. 53 A requerimento do Vereador, os projetos de lei decorridos trinta dias de seu recebimento, serão incluídos na
Ordem do Dia, mesmo sem parecer.
Parágrafo único. O projeto somente pode ser retirado da Ordem do Dia, o requerimento do autor, aprovado pelo
plenário.
Art. 54. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma
sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal. (NR) (redação
estabelecida pelo art. 17 da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
Art. 55. A Câmara Municipal enviará o projeto de lei ao Prefeito Municipal, que, aquiescendo, o sancionará. (NR)
(redação estabelecida pelo art. 18 da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
§ 1º Se o Prefeito Municipal considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse
público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará,
dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara os motivos do veto.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Prefeito Municipal importará sanção.
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§ 4º O veto será apreciado em sessão plenária, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser
rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em escrutínio secreto.
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Prefeito Municipal.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão
imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito Municipal, nos casos dos §§ 3º e 5º, o
Presidente da Câmara a promulgará, e, se este, não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente da Câmara fazê-
lo.
Art. 56. O Código de Obras, o Código de Posturas, o Código Tributário, o Plano Diretor, o Código do Meio Ambiente e o
Estatuto dos Funcionários Públicos, bem como suas alterações, somente serão aprovados pelo voto da maioria
absoluta dos membros do Poder Legislativo.
§ 1º Dos projetos previstos no caput deste artigo, bem como das respectivas exposições de motivos, antes de
submetidos à discussão da Câmara, será dada divulgação com maior amplitude possível.
§ 2º No prazo de quinze dias, contados da data em que se publicarem os projetos referidos no § 1º, qualquer entidade
da Sociedade Civil Organizada poderá apresentar sugestões na comissão competente, mediante realização de
audiências públicas. (NR) (redação estabelecida pelo art. 19 da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
Art. 57. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, auxiliado pelos Secretários do Município.
Art. 58. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse na sessão solene de instalação da Câmara Municipal, após a posse
dos vereadores, e prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis e
administrar o Município, visando o bem geral dos municípios.
Parágrafo único. Se o Prefeito ou Vice-Prefeito não tomar posse, decorridos dez dias da data fixada, salvo motivo de
força maior, o cargo será declarado vago.
Art. 59. O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em seus impedimentos ou ausências e suceder-lhe em caso de vaga.
Art. 60. Em caso de impedimento de Prefeito e o Vice-Prefeito ou vacância dos respectivos cargos, assumirá o Poder
Executivo o Presidente da Câmara Municipal.
Parágrafo único. Em caso de vacância de ambos os cargos far-se-á nova eleição noventa dias depois de aberta a
segunda vaga e os eleitos complementarão os períodos de seus antecessores salvo se a segunda vaga ocorrer menos
de um ano do término do quadriênio, caso em que se continuará a observar o disposto neste artigo.
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Art. 62. O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe são próprias, poderá exercer outras estabelecidas em Lei.
Art. 63. Importam responsabilidade os atos do Prefeito ou do Vice-Prefeito que atentarem contra a Constituição Federal
e Constituição Estadual, especialmente:
I - o livre exercício dos poderes constituídos;
II - o exercício dos direitos individuais, políticos e sociais;
III - a probidade na administração;
IV - a lei orçamentária;
V - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. O Processo e julgamento do Prefeito e do Vice-Prefeito obedecerão, no que couber, ao dispor no
art. 86 da Constituição Federal.
Art. 64. O Prefeito Municipal será responsabilizado pela prática de infrações no exercício do cargo na forma da lei. (NR)
(redação estabelecida pelo art. 21 da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
Art. 65. Os secretários do Município, de livre nomeação e demissão pelo Prefeito, são escolhidos dentre brasileiros,
maiores de dezoito anos, de gozo dos direitos políticos e estão sujeitos, desde a posse, às mesmas incompatibilidades
e proibições estabelecidas para os Vereadores, no que couber.
Art. 66. Os Secretários Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado por lei de iniciativa da
Câmara Municipal, em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, obedecendo, em qualquer caso, o disposto no artigo 8º, X e XI, desta
Lei Orgânica. (NR) (redação estabelecida pelo art. 22 da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
Art. 67. Aplica-se aos titulares de autarquias e de instituições de que participe o Município, o disposto nesta Seção, no
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que couber.
Art. 68. O Sistema Tributário no Município é regulado pelo disposto na Constituição Federal, na Constituição Estadual,
na Legislação Complementar Pertinente e nessa Lei Orgânica.
Parágrafo único. O Sistema Tributário compreende os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específicos e divisíveis, prestador ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Art. 69. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica
do contribuinte.
Art. 70. A concessão ou ampliação de incentivos ou benefícios de natureza tributária somente poderá ser concedido
observando os requisitos previstos em lei. (NR) (redação estabelecida pelo art. 23 da Emenda à LOM nº 001, de
30.09.2002)
CAPÍTULO II - DO ORÇAMENTO
Art. 72. A receita e as despesas públicas obedecerão às seguintes leis de iniciativa do Poder Executivo:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentais compreenderá as metas e prioridades da administração pública municipal,
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incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações das agências financeiras oficiais de fomento.
§ 3º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - orçamento fiscal referente aos Poderes do Município, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público;
II - orçamento de investimento das empresas em que o município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social.
§ 4º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo ou efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios, da natureza financeira, tributária e creditícia.
§ 5º A lei orçamentária anual não poderá conter dispositivo, estranho à previsão de receita e a fixação da despesa,
não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita.
Art. 73. O Poder Executivo publicará e encaminhará ao Tribunal de Contas do Estado, até trinta dias após o
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. (NR) (redação estabelecida pelo art. 25
da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
Art. 74. O Poder Executivo encaminhará ao Tribunal de Contas do Estado e à Câmara Municipal o relatório de gestão
fiscal, na forma da lei. (NR) (redação estabelecida pelo art. 26 da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
Art. 75. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e do orçamento anual e dos critérios
adicionais serão apreciadas pela Câmara Municipal, na forma de seu regimento.
§ 1º Caberá a uma Comissão Permanente de Vereadores:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente
pelo Prefeito Municipal;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas municipais, regionais e setorial, e exercer o
acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo de atuação das comissões da casa.
§ 2º As emendas serão apresentadas à Comissão, que emitirá parecer, para apreciação, na forma regimental pelo
Plenário.
§ 3º As emendas aos projetos de leis orçamentárias anuais ou aos projetos que as modifiquem só poderão ser
aprovados caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesas, excluídos os
que incidam sobre:
a) dotação para pessoal;
b) serviço da dívida.
III - sejam relacionados com:
a) correção de erros ou omissões;
b) os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas sendo incompatíveis com o
plano plurianual.
§ 5º O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem à Câmara de Vereadores para propor modificações nos projetos a
que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão Permanente, da parte cuja alteração é
proposta.
§ 6º Os recursos que em decorrência do veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares,
com prévia e específica autorização legislativa.
Art. 76. Os projetos de lei do plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamento anual serão enviados pelo Prefeito
à Câmara Municipal nos seguintes prazos: (NR) (redação estabelecida pelo art. 27 da Emenda à LOM nº 001, de
30.09.2002)
I - o projeto de lei do plano plurianual até 10 de agosto do primeiro ano do mandato;
II - o projeto de lei das diretrizes orçamentárias anualmente até 10 de outubro;
III - o projeto de lei do orçamento anual até 30 de novembro.
Parágrafo único. Os projetos de lei que trata o artigo anterior, após a apreciação da Câmara Municipal deverão ser
encaminhados para sanção nos seguintes prazos:
I - o projeto de lei do plano plurianual até 10 de setembro do primeiro ano do mandato;
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Art. 76. Os Projetos de Leis sobre o Plano Plurianual de Diretrizes Orçamentárias e Orçamentos Anuais serão
enviados pelo Prefeito ao Poder Legislativo nos seguintes prazos:
I - O Projeto de Lei do Plano Plurianual até 31 de agosto.
II - O Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias, anualmente, até 20 de outubro.
III - Os Projetos de Leis dos Orçamentos Anuais até 05 de dezembro de cada ano. (NR) (redação estabelecida
pelo art. 1º da Emenda à LOM nº 001, de 23.09.1994)
Art. 77. Os Projetos de Leis que trata o artigo 76, após a apreciação pelo Poder Legislativo, deverão ser
encaminhados para sansão nos seguintes prazos:
I - O Projeto de Lei do Plano Plurianual até 30 de setembro.
II - O Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias, anualmente, até 15 de novembro.
III - Os Projetos de Leis dos Orçamentos Anuais até 25 de dezembro de cada ano. (NR) (redação estabelecida
pelo art. 2º da Emenda à LOM nº 001, de 23.09.1994)
Art. 78. Durante os processos de elaboração e de discussão do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da
lei orçamentária anual a transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização
de audiências públicas. (NR) (redação estabelecida pelo art. 28 da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
Art. 79. A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites estabelecidos em lei
complementar. (NR) (redação estabelecida pelo art. 29 da Emenda à LOM nº 001, de 30.09.2002)
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou
alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão
ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos
acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as
sociedades de economia mista.
§ 2º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar
referida no caput, o Município adotarão as seguintes providências:
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança;
II - exoneração dos servidores não estáveis.
§ 3º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da
determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato
normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa
objeto da redução de pessoal.
§ 4º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus à indenização correspondente a um mês
de remuneração por ano de serviço.
§ 5º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a criação de
cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
§ 6º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no § 3º.
Art. 81. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a
todos a existência digna, conforme os ditames da Justiça Social.
Art. 82. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de
órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Art. 83. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou indiretamente ou sob regime de concessão ou
permissão sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Art. 84. O Município promoverá e incentivará o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.
Art. 85. O Poder público municipal executará a política de desenvolvimento urbano, objetivando ordenar o pleno
desenvolvimento das fundações sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes, observadas as diretrizes
gerais.
§ 1º O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de
expansão urbana.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da
cidade expressas no plano diretor.
§ 3º O Poder Público Municipal poderá, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos
da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, sub utilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo
Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurado o valor
da indenização e os juros legais.
Art. 86. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como o objetivo o bem-estar e a justiça social.
Art. 87. A seguridade social será financiada por toda a sociedade de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante
recursos provenientes do Poder Público e das seguintes contribuições sociais:
I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro;
II - dos trabalhadores.
§ 1º As receitas destinadas à seguridade social constarão do orçamento.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis
pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e as propriedades estabelecidas na lei de
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Art. 88. A sociedade participará, através dos Conselhos da Defesa e Segurança da Comunidade, do encaminhamento e
da solução dos problemas atinentes à segurança pública, na forma da Lei.
Art. 89. O Município prestará assistência social a quem dela necessitar visando, entre outros, os seguintes objetivos:
I - proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - amparo aos carentes e desassistidos;
III - promoção de integração ao mercado de trabalho;
IV - assistir as pessoas portadoras de deficiência e promoção de sua integração à vida social comunitária;
V - proporcionar acesso e igualdade de todos os habitantes do Município às ações e serviços de promoção e
recuperação de saúde, sem qualquer discriminação.
Art. 90. As ações de saúde são de relevância pública, devendo sua execução ser feita preferencialmente através de
serviços a terceiros.
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, mediante contrato
de direito público ou convênio, tendo preferência às entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º É vedado ao Município cobrar ao usuário pela prestação de serviços de assistência à saúde mantidos pelo poder
público ou contratos com terceiros.
Art. 92. As ações e serviços de saúde realizados no Município integram uma rede regionalizada e hierarquizada
constituindo o Sistema Único de Saúde no âmbito do Município organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - comando único exercido pela Secretaria Municipal de Saúde ou equivalente;
II - integralidade na prestação das ações de saúde;
III - organização de distritos sanitários como locação de recursos técnicos e práticas de saúde adequadas à realidade
epidemiológica local, priorizando a atenção primária à saúde;
IV - participação em nível de decisão de entidades e organizações representativas dos usuários, dos trabalhadores de
saúde e dos representantes governamentais na formulação, gestão e controle da política municipal e das ações de
saúde através de Conselho Municipal de caráter deliberativo e participativo;
V - direito do indivíduo de obter informações e esclarecimentos sobre assuntos pertinentes à promoção, proteção e
recuperação de sua saúde e da coletividade.
Parágrafo único. Os limites do Distrito Sanitário referido no inciso III constarão do Plano Diretor de Saúde e serão
fixados segundo os seguintes critérios:
a) área geográfica de abrangência;
b) resolutividade de serviços à disposição da população.
Art. 93. A Secretaria de Saúde convocará a cada ano a Conferência Municipal de Saúde para avaliar a situação do
Município com ampla representação da sociedade, e fixar as diretrizes gerais da política sanitária municipal.
Art. 94. A Lei disporá e garantirá a organização e funcionamento do Conselho Municipal de Saúde, que terá as
seguintes atribuições:
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I - formular a política municipal de saúde, a partir das diretrizes emanadas da Conferência Municipal de Saúde;
II - planejar e fiscalizar a distribuição dos recursos destinados à saúde;
III - discutir e aprovar a instalação e funcionamento de novos serviços públicos ou privados de saúde, atendidas, as
diretrizes do Sistema Único de Saúde.
Art. 95. O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será financiado com recursos do orçamento do Município,
do Estado, da União, da Seguridade Social, além de outras fontes.
§ 1º O conjunto dos recursos destinados às ações e serviços de saúde no Município constituem o Fundo Municipal de
Saúde, conforme dispuser a lei.
Art. 96. O Município proporcionará aos adolescentes carentes programas de treinamento profissional, que lhes
assegure a integração na comunidade e bem estar, através de sua participação social ativa.
Art. 97. O Município encaminhará a centros de treinamento profissional as pessoas deficientes, visando a sua
integração social através de recursos próprios, do Estado, da União ou de Instituições Particulares.
Art. 99. A educação, direito de todos e dever do Estado, do Município e da família, baseada na justiça social, na
democracia e no respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente e aos valores culturais, visa ao desenvolvimento do
educando como pessoa e à sua qualificação para o trabalho e o exercício da cidadania.
Art. 100. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais do ensino;
VI - gestão democracia do ensino público;
VII - garantia de padrão de qualidade.
Art. 103. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas podendo ser dirigido às escolas comunitárias,
convencionais ou filantrópicas, definidas em lei que:
I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;
II - assegurem a destinação de seu patrimônio e outra escola comunitária, filantrópica e convencional, ou ao Poder
Público, no caso de encerramento de suas atividades.
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados à bolsa integral de estudos para o ensino
fundamental e médio na forma da lei, para os que demonstrarem comprovadamente insuficiência de recursos, quando
houver faltas de vagas ou cursos regulares na rede pública na localidade de residência do educando, ficando ao Poder
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Art. 104. O Município aplicará, no exercício financeiro, no mínimo vinte e cinco por cento da receita resultante de
impostos, compreendida e proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino público.
§ 1º É vedada às escolas públicas a cobrança de taxas ou contribuições a qualquer título.
Art. 105. Anualmente, o Prefeito publicará relatório da execução financeira das despesas em educação, por fonte de
recursos, discriminando os gastos mensais.
Parágrafo único. A autoridade competente será responsabilizada pelo não cumprimento do disposto neste artigo.
Art. 106. O Município organizará o seu sistema de ensino em regime de colaboração com os sistemas Federal e
Estadual.
Art. 107. A lei estabelecerá o Plano Municipal de Educação, em consonância com os Planos Nacional e Estadual de
Educação, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino, e a integração das ações desenvolvidas pelo Poder
Público que conduzam a:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade de ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica.
Art. 109. É assegurado aos pais, professores, alunos e funcionários organizarem-se em todos os estabelecimentos de
ensino através de associações, grêmios ou outras formas.
Parágrafo único. Será responsabilizada a autoridade educacional que embaraçar ou impedir a organização ou
funcionamento das entidades referidas neste artigo.
Art. 110. As escolas públicas municipais contarão com Conselhos Escolares constituídos pela direção da escola e
representantes dos segmentos da comunidade escolar, na forma da lei.
Art. 111. Os estabelecimentos públicos municipais de ensino estarão à disposição da comunidade, através de
programações organizadas em comum.
Art. 112. É responsabilidade do Poder Público a garantia de educação especial aos deficientes, em qualquer idade,
bem como aos superdotados, nas modalidades que lhes forem adequadas.
Art. 113. O Poder Público garantirá, com recursos específicos que não os destinados à manutenção e desenvolvimento
do ensino, o atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade.
§ 1º Nas escolas públicas de ensino fundamental haverá, obrigatoriamente, o atendimento ao pré-escolar.
§ 2º Toda atividade de implantação, controle e supervisão de creches e pré-escolas, fica a cargo dos órgãos
responsáveis pela educação.
Art. 114. Todo estabelecimento de ensino na zona urbana terá atendimento completo do ensino fundamental.
Art. 115. O Município, em cooperação do Estado, desenvolverá programas de transporte escolar que assegurem os
recursos financeiros indispensáveis para garantir o acesso de todos os alunos à escola.
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Art. 116. O Município com a colaboração do Estado e da União complementará o Sistema Municipal de Ensino com
programas de material didático, transporte escolar, merenda escolar, assistência à saúde e atividades culturais e
desportivas.
Art. 117. O Município assegurará o encaminhamento dos portadores de deficiência às escolas especializadas, desde
que não seja possível o atendimento dos mesmos no ensino regular.
Art. 119. As dependências dos estabelecimentos públicos municipais de ensino estarão permanentemente abertos aos
eventos da comunidade.
Art. 121. O Município estruturará o "Sistema Municipal de Ensino", que conterá, obrigatoriamente, a organização
administrativa e técnico-pedagógica do órgão municipal de educação, bem como projetos de leis complementares que
instituam:
I - o plano de carreira do magistério municipal;
II - a organização da gestão democrática do ensino público municipal;
III - o Conselho Municipal de Educação;
IV - o Plano Municipal Plurianual de Educação.
Art. 122. É assegurado o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal, garantindo a valorização da qualificação e
da titulação profissional do magistério, independente do nível escolar em que atuem, bem como o nível econômico,
social e moral à altura de suas funções.
Art. 123. Os cargos do magistério municipal serão obrigatoriamente providos através de concursos públicos de provas
e títulos assegurando o regime jurídico único para todos os servidores da área.
Art. 124. O Município, em consonância com o Estado adotará conteúdos mínimos para o ensino fundamental, maneira
de assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º Os conteúdos da organização curricular plena assegurará a flexibilidade no sistema educacional, visando
adaptar-se às peculiaridades das comunidades e a elas ajustando o ano letivo, a metodologia pedagógica,
características e necessidades de modo que assegure a educação e a aprendizagem plena.
§ 2º O Ensino religioso de matrícula facultativa constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas
municipais.
§ 3º O Município orientará e estimulará a educação física que será obrigatória nos estabelecimentos municipais de
ensino.
Art. 125. Serão desenvolvidos nas Escolas do Município conteúdos relativos ao Folclore, visando o cultivo das
tradições.
Seção II - Da Cultura
Art. 126. O Município estimulará a cultura em suas múltiplas manifestações, garantindo o pleno e efetivo exercício dos
direitos culturais e o acesso às fontes da cultura, apoiando e incentivando o cultivo das tradições.
Art. 127. O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural, por meio
de inventários, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.
Art. 128. O Município estimulará o desenvolvimento das ciências, das artes, das Letras E da cultura em geral,
observando o disposto na Constituição Federal.
§ 1º Ao Município compete suplementar quando necessário, a Legislação Federal e a Estadual sobre a cultura.
§ 2º A Lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alto significativo para o Município.
§ 3º Ao Município compete proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico e cultural, os
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Art. 129. Os proprietários de bens, de qualquer natureza, tombados pelo Município, receberão incentivos para a sua
preservação, conforme definidos em Lei.
Art. 130. O Município manterá a Biblioteca Pública Municipal em sua Sede, aberta à comunidade em geral.
Art. 131. O Município propiciará o acesso às obras de arte, com exposição destas em locais públicos e incentivará a
instalação e manutenção de bibliotecas nas comunidades rurais.
Art. 132. É dever do Município fomentar e amparar as práticas desportivas formais e não formais, em suas
manifestações de Educação Física, deporto, lazer e recreação, como direito de cada um, observados:
I - a destinação de recursos públicos para a formação prioritária do desporto educacional, em termos de recursos
humanos, financeiros, físicos e materiais em suas atividades meio e fim;
II - dotar de instalações básicas necessárias esportivas e recreativas as instituições escolares públicas e os projetos
de urbanização, cabendo igual obrigação à iniciativa privada em seus projetos;
III - o incentivo à pesquisa no campo da Educação Física, do desporto, do lazer e da recreação;
IV - a implantação, na zona urbana e rural, de parques, praças e gramados com reservas de espaços para a prática
de esportes para crianças, adolescentes e adultos;
Art. 133. Compete ao Município legislar, concorrentemente sobre a utilização das áreas de recreação e lazer e a
demarcação dos locais destinado ao repouso, à pesca profissional ou amadora, e ao desporto em geral nas lagoas e
rios.
Art. 134. Os estabelecimentos especializados em atividades de Educação Física, esportes e recreação ficam sujeitos a
registro, supervisão e orientação normativa do Município e do Estado na forma da Lei.
Art. 135. É dever do Município auxiliar as entidades quando estas representam oficialmente o mesmo.
Art. 136. As indústrias e empresas instaladas geradoras de matéria poluentes ou resíduos, deverão elaborar, projeto
com recursos próprios, visando à eliminação dos agentes poluentes.
§ 1º Os projetos referidos no presente artigo deverão ser aprovados por órgãos oficiais competentes.
§ 2º O Poder Público, quando da elaboração do referido projeto, colaborará para a elaboração das obras, sempre que
possível.
Art. 137. O solo agrícola é patrimônio da humanidade e por conseqüência, cabe ao Município, aos proprietários de
direito, aos ocupantes temporários e a comunidade preservá-lo, exercendo-se nele o direito de propriedade ou posse
temporária com as limitações, a serem estabelecidas em lei, de uso do solo agrícola do Município.
Parágrafo único. Considera-se solo agrícola, para os efeitos desta Lei, aquele cujo aptidão e destinação for
exclusivamente de exploração agro-silvo-pastoril.
Art. 138. A utilização e manejo do solo agrícola serão executados mediante planejamento embasado na capacidade de
seu uso com emprego de tecnologia adequada e de acordo com o manejo conservacionista de Microbacias
Hidrográficas.
Art. 139. O Município manterá, em caráter complementar a União e ao Estado, serviço oficial de Assistência Técnica e
Extensão Rural, garantindo o atendimento prioritário aos pequenos e médios produtores e as suas formas associativas.
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Art. 140. O planejamento de uso adequado do solo agrícola deverá ser feito independentemente de divisas ou limites
de propriedade, quando de interesse público.
§ 1º Entende-se por uso adequado e ação de um conjunto de práticas e procedimentos que visem à conservação, o
melhoramento a adoção e a recuperação do solo, atendendo à função sócio econômico da propriedade.
§ 2º O conjunto de práticas e procedimentos será definido a nível municipal, por profissionais habilitados, em
harmonia com o programa estadual.
Art. 141. O Município participará na elaboração e implantação de programas regionais ou microrregionais, de interesse
público, que visem à preservação e recuperação dos recursos naturais renováveis e meio ambiente, observando-se o
estabelecimento no Capítulo III da Constituição Estadual.
§ 1º Consideram-se de interesse público, enquanto da exploração do solo agrícola, todas as medidas que visem:
I - controlar a erosão em todas as suas formas;
II - sustar processos de desertificação;
III - combater práticas de queimadas em solo agrícola, a não ser em casos especiais ditado pelo Poder Público
competente;
IV - manter, melhorar e recuperar as características físicas, químicas e biológicas do solo agrícola;
V - combater assoreamento de cursos d’água e bacias de acumulação;
VI - adequar a locação, construção e manutenção de canais de irrigação e de estrada aos princípios
conservacionistas;
VII - combater o desmatamento e promover o reflorestamento em áreas impróprias para a agricultura;
VIII - impedir o abastecimento e lavagem de pulverizadores diretamente nos açudes, rios e seus afluentes.
Art. 143. O Poder Público Municipal poderá desapropriar, nos termos da legislação federal, áreas em processo de
desertificação e degradação, se o proprietário não tomar iniciativa de recuperá-las.
Art. 144. Os vasilhames de agrotóxicos, após seu uso, deverão ser depositados em locais apropriados para o lixo
tóxico, localizados e orientados por profissional competente.
Art. 145. A construção e a preservação de estradas municipais deverão ser realizadas considerando o plano de manejo
de Microbacias.
Parágrafo único. Fica vedada a utilização dos leitos e faixa de domínio de estradas, rodovias e caminhos integrantes
do sistema viário do Município, como canal escoadouro de excedente de água advindo dos carreadores, estradas e
divisas dos imóveis rurais e da zona da exploração agrosilvo pastoril.
Art. 146. Todos têm direto ao Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo, e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade deste direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e
ecossistemas;
II - preservar a diversidade e integridade do patrimônio genético do Município e fiscalizar as entidades dedicadas à
pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir, em âmbito municipal, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo
a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade
dos tributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para a instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem riscos
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Art. 147. É proibido a instalação de reatores nucleares, com exceção daqueles destinados à pesquisa científica e ao
uso terapêutico, cuja localização e especificação serão definidas em lei.
Art. 148. O Poder Público Municipal coordenará a formação de um Conselho Municipal de Meio Ambiente e
Microbacias Hidrográficas, órgão colegiado composto paritariamente por representante do Poder Público, entidades
ambientalistas, de classes profissionais afins, representantes da sociedade civil, e cujas atribuições serão definidas em
lei.
Art. 150. É vedada a concessão de recursos públicos, ou incentivos fiscais as atividades que desrespeitem as normas
e padrões de proteção ao meio ambiente.
Art. 151. Nos serviços públicos prestados pelo Município e na sua concessão, permissão e renovação deverá ser
avaliado o serviço e seu impacto ambiental.
Parágrafo único. As empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos deverão atender
rigorosamente aos dispositivos de proteção ambiental.
Art. 152. Os recursos oriundos de multas administrativas e condenações judiciais por atos lesivos ao meio ambiente e
de taxas incidentes sobre a utilização dos recursos ambientais serão destinados a um fundo gerido pelo Conselho
Municipal do Meio Ambiente e Microbacias Hidrográficas, na forma da lei.
Art. 153. As entidades públicas e empresas privadas que utilizem o solo ou subsolo em áreas rurais só poderão
funcionar desde que evitem o prejuízo do solo agrícola por erosão, assoreamento, contaminação, rejeitos de depósitos
e outros danos, sendo responsabilizadas pelos mesmos.
Art. 154. O não-cumprimento do que estabelece este capítulo será punido de acordo coma gravidade, com as
seguintes penas:
I - advertência;
II - suspensão do acesso aos benefícios dos programas de apoio ao Poder Público Municipal;
III - multas;
IV - desapropriação.
Art. 155. O Poder Público ou suas concessionárias, autorizadas para o recolhimento e processamento do lixo urbano
deverão fazê-lo de acordo com leis a serem estabelecidas visando o reaproveitamento e a não contaminação no Meio
Ambiente.
Art. 156. O Poder Público estabelecerá normas para o destino dos esgotos e águas servidas, residenciais, comerciais e
industriais, que serão estabelecidas em Leis complementares.
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Art. 1º O Executivo, no prazo de um ano a contar da promulgação desta Lei Orgânica, deverá encaminhar a Câmara, o
projeto de lei referente aos Códigos de Obras, Posturas, Tributários e Fiscal, Lei do Plano Diretor e Estatutos dos
funcionários públicos e a Comissão Interinstitucional Municipal de saúde(CIMS) e o Fundo Municipal de saúde.
Art. 2º A Câmara Municipal terá o prazo de duzentos e setenta dias, contados da promulgação desta Lei Orgânica para
elaborar e aprovar o seu Regimento Interno.
Art. 3º Após a promulgação e num prazo não superiora noventa dias a Presidência da Câmara Municipal de
Vereadores mandará publicar esta Lei Orgânica em edição popular.
Art. 5º As obrigações pecuniárias aprovadas nesta Lei Orgânica passarão a vigorar na data da promulgação.
Art. 6º Esta Lei Orgânica, votada e aprovada pela Câmara Constituinte Municipal, nos termos do art. 29 da Constituição
Federal, assinado pelos Vereadores presentes e devidamente publicada, entra em vigor nesta data.
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