Resumo - ICO - Monitoria 2
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BIOSSEGURANÇA
O manejo adequado dos resíduos gerados no serviço de saúde também é uma questão
importante para a biossegurança. É necessário classificar corretamente os resíduos
gerados e destiná-los de acordo com sua natureza, evitando possíveis contaminações
e poluição ambiental.
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Limpeza, desinfecção e esterilização dos instrumentais odontológicos
Os artigos críticos são aqueles que tocam e penetram nos tecidos, tendo contato direto
com sangue, saliva e outros fluidos, como o material cirúrgico, de implante,
instrumental de periodontia, endodontia, brocas, agulhas, sugadores, entre outros.
Esses artigos devem ser esterilizados obrigatoriamente em autoclave ou óxido de
etileno, ou serem descartáveis.
Já os artigos semicríticos entram em contato com a pele lesada e devem estar livres de
todos os microorganismos, exceto os esporos bacterianos. Exemplos incluem
fotopolimerizadores e jatos de bicarbonato do aparelho de profilaxia. Esses artigos
devem ser esterilizados, mas se forem termossensíveis, podem ser desinfetados com
alto nível, como ácido peracético.
Por fim, os artigos não críticos entram em contato apenas com a pele íntegra, como o
equipo e os equipamentos periféricos, como laser e móveis como bancadas. Esses
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artigos devem ser lavados (limpeza) e submetidos à desinfecção de baixo grau,
preferencialmente de grau intermediário com álcool 70%, hipoclorito de sódio ou
solução detergente germicida com amônia quaternária.
A central de esterilização deve ser equipada com os EPIs necessários para garantir a
segurança dos profissionais envolvidos. Após o atendimento, a lavagem dos materiais
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deve ser realizada imediatamente, e os EPIs devem ser utilizados corretamente,
incluindo luvas de borracha resistentes e de cano longo, gorro, máscara, óculos de
proteção, avental impermeável e calçados fechados. Com essas medidas, é possível
garantir a segurança do profissional e dos pacientes atendidos na clínica.
No entanto, é importante destacar que esses desinfetantes podem ser mais tóxicos e
corrosivos do que os produtos de baixo nível, e seu manuseio e aplicação devem ser
realizados por profissionais capacitados e seguindo as orientações de uso e segurança
do fabricante. Além disso, o uso de desinfetantes de alto nível deve ser adequado à
finalidade de desinfecção e compatível com os materiais e superfícies a serem
desinfetados. Os desinfetantes de alto nível são capazes de eliminar a maioria dos
microrganismos presentes em superfícies e equipamentos, incluindo esporos
bacterianos, vírus e fungos. No entanto, é importante destacar que a desinfecção não é
o mesmo que esterilização.
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remover todas as formas de vida presentes no material, como a autoclave, a
esterilização por óxido de etileno ou a esterilização por plasma de peróxido de
hidrogênio.
Por sua vez, os desinfetantes de alto nível são capazes de eliminar a maioria dos
microrganismos presentes, mas podem não ser eficazes contra esporos bacterianos e
alguns tipos de vírus, dependendo do tipo de desinfetante utilizado e das condições de
uso. Por isso, os desinfetantes de alto nível são indicados para a desinfecção de
superfícies e equipamentos em ambientes de saúde, mas não são considerados um
método de esterilização.Em resumo, enquanto a desinfecção é um processo que reduz
o número de microrganismos presentes em uma superfície ou material, a esterilização
é um processo que elimina todos os microrganismos presentes, incluindo esporos
bacterianos e vírus.Os desinfetantes podem ser eficazes contra esporos, mas isso
depende do tipo de esporo e do tipo de desinfetante utilizado. Esporos bacterianos, por
exemplo, são mais resistentes do que as células vegetativas das bactérias e podem ser
mais difíceis de eliminar com desinfetantes comuns.
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Artigos críticos são aqueles que entram em contato com tecidos estéreis do corpo
humano ou com o sistema vascular, como instrumentos cirúrgicos, cateteres e agulhas.
Esses artigos devem ser esterilizados, ou seja, submetidos a um processo que elimina
todos os microrganismos, incluindo esporos bacterianos e vírus. A esterilização pode
ser realizada por meio de métodos físicos, como autoclave, ou químicos, como a
esterilização por óxido de etileno.
Já os artigos semi-críticos são aqueles que entram em contato com mucosas ou pele
não íntegra, como endoscópios e sondas, e devem ser desinfetados. A desinfecção
elimina a maioria dos microrganismos, mas pode não ser eficaz contra os esporos
bacterianos e alguns tipos de vírus. Para a desinfecção de artigos semi-críticos, são
indicados desinfetantes de alto nível, como o glutaraldeído.
Indicadores de esterilização
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mas são úteis para confirmar que o artigo foi exposto ao processo de esterilização.
Um exemplo é a fita indicadora de esterilização.
● Indicadores biológicos: são os mais confiáveis para monitorar a eficácia da
esterilização, pois consistem em organismos vivos (esporos bacterianos) que são os
mais resistentes ao processo de esterilização. Esses organismos são colocados em
um meio de cultura que permite a sua multiplicação em condições adequadas. Após a
esterilização, o meio de cultura é analisado para verificar se houve ou não
crescimento dos organismos. Se não houver crescimento, isso indica que o processo
de esterilização foi eficaz. Os indicadores biológicos são mais utilizados em processos
de esterilização por autoclave.
Lavagem de mãos
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8. Esfregue as pontas dos dedos de uma mão na palma da outra, fazendo um
movimento circular, e vice-versa.
9. Enxague as mãos com água corrente.
10. Seque as mãos com toalha de papel descartável ou um secador de ar quente.
Lembre-se de realizar a lavagem das mãos por pelo menos 20 segundos para garantir
a eficácia na remoção de sujeiras e microrganismos.
Imunização
Os profissionais que atuam na área da saúde estão sujeitos a um alto risco de adquirir
doenças infecciosas em decorrência da exposição frequente a microrganismos
patogênicos. Portanto, é crucial que estes profissionais estejam devidamente
imunizados, a fim de prevenir o desenvolvimento de doenças que possam comprometer
não apenas a sua saúde, mas também a saúde da população atendida.
É importante destacar que a imunização deve ser planejada com base nas
características da região e da população a ser atendida, uma vez que diferentes vacinas
podem ser indicadas em cada situação específica. Dentre as vacinas mais relevantes
para os profissionais da Odontologia, destacam-se a vacina contra a hepatite B, a
vacina contra a influenza, a vacina tríplice viral e a vacina dupla tipo adulto.
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Resumo do esquema vacinal de imunizantes recomendados para profissionais da área
de saúde no Brasil:
Febre Amarela: indicada para áreas endêmicas e requer uma dose de reforço a cada
dez anos. Para viagens a essas áreas, a vacinação deve ser realizada até dez dias antes
da viagem.
BCG - tuberculose: dose única para aqueles que não forem reagentes ao teste
tuberculínico.
DT - difteria e tétano: três doses no esquema básico e uma dose de reforço a cada dez
anos, antecipada para cinco anos em caso de gravidez ou acidente com lesões graves.
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Manejo Adequado dos Resíduos Gerados no Serviço de Saúde
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● Grupo E: resíduos perfurocortantes, como agulhas, lâminas de bisturi e vidros
quebrados. Devem ser acondicionados em sacos de cor branca ou cinza e
identificados com o símbolo de material perfurocortante. As embalagens para o
descarte são caixas de papelão rígido e com tampa, para evitar acidentes durante o
manuseio. O destino final deve ser a incineração ou aterros industriais
● O descarte de resíduos deve ser realizado em locais específicos, seguindo as normas
e regulamentos de cada município. É importante ressaltar que o descarte inadequado
de resíduos pode gerar impactos negativos para a saúde pública e para o meio
ambiente.
Segurança do paciente
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discernível) e incidente com dano (evento adverso que resulta em dano ao paciente).
Os tipos de incidentes são categorias que agrupam os incidentes de mesma natureza,
como processo ou procedimento clínico, documentação, infecção associada ao
cuidado, medicação/fluidos IV, entre outros.
A definição de erro na ICPS é bastante ampla e inclui tanto ações incorretas quanto
omissões na execução de um plano. É importante destacar que erros são
não-intencionais por definição, ou seja, não são realizados de forma deliberada. Já as
violações são atos intencionais que podem se tornar rotineiros em determinados
contextos, mesmo que raramente maliciosos. Um exemplo de violação na área da
saúde é a não adesão à higiene das mãos por parte de profissionais de saúde, o que
pode levar a infecções hospitalares e outros problemas de segurança do paciente.
Em resumo, um evento adverso é um desfecho negativo que pode ter várias causas
possíveis, incluindo erros, mas nem todo erro leva necessariamente a um evento
adverso.
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Erro é definido como uma falha em executar um plano de ação como pretendido ou
como a aplicação de um plano incorreto. Os erros podem ocorrer por se fazer a coisa
errada (erro de ação) ou por falhar em fazer a coisa certa (erro de omissão) na fase de
planejamento ou na fase de execução. Erros são, por definição, não-intencionais.
Dessa forma, a principal diferença entre erro e evento adverso é que o primeiro é uma
falha ou uma ação incorreta, enquanto o segundo é um incidente que resulta em dano
ao paciente. Erros podem ou não levar a eventos adversos, dependendo do grau de
gravidade e do contexto em que ocorrem. Além disso, eventos adversos podem ter
diferentes graus de gravidade e podem resultar em diferentes níveis de dano ao
paciente.
1. Adequada higienização das mãos: A lavagem das mãos é uma das medidas
mais importantes na prevenção de infecções. O profissional deve lavar as mãos
antes e depois de cada atendimento, além de utilizar álcool em gel ou outro
antisséptico quando necessário.
2. Uso de equipamentos de proteção individual (EPIs): O uso de EPIs é
fundamental na prevenção de acidentes com materiais biológicos e na proteção
do profissional e do paciente. Dentre os EPIs mais utilizados em odontologia
estão luvas, avental, óculos de proteção e máscaras.
3. Esterilização dos instrumentos: Todos os instrumentos utilizados no atendimento
ao paciente devem ser esterilizados adequadamente. O processo de
esterilização deve ser validado e monitorado periodicamente para garantir sua
efetividade.
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4. Controle de infecções: O controle de infecções envolve medidas como a
desinfecção das superfícies, o uso de barreiras protetoras nos equipamentos e a
segregação dos resíduos gerados no atendimento.
5. Identificação correta do paciente: É fundamental que o profissional verifique a
identificação do paciente antes do atendimento, evitando assim erros de
identificação que possam levar a eventos adversos.
6. Registro e comunicação adequados: O registro correto dos procedimentos
realizados e a comunicação adequada entre os profissionais envolvidos no
atendimento também são importantes para garantir a segurança do paciente.
7. Educação continuada: A atualização e o treinamento dos profissionais em
relação às melhores práticas em biossegurança e controle de infecções também
são fundamentais para garantir a segurança do paciente.
Existem diversas causas que podem levar um profissional a cometer um erro médico,
dentre elas
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5. Fatores individuais: Fatores pessoais, como estresse, ansiedade, fadiga e
problemas pessoais, podem afetar a capacidade do profissional de prestar
atendimento de qualidade e aumentar o risco de erros.
6. Falta de trabalho em equipe: Quando os profissionais de saúde não trabalham
em equipe, isso pode levar a falhas na comunicação, na coordenação e na
colaboração, aumentando o risco de erros e de incidentes adversos.
7. Pressão externa: Pressões externas, como as demandas dos pacientes, a
expectativa da família e a pressão dos seguradores de saúde, podem influenciar
o profissional a tomar decisões que não são as mais adequadas para o paciente.
É importante lembrar que a maioria dos erros médicos não são intencionais e que os
profissionais de saúde trabalham arduamente para prevenir incidentes adversos e
garantir a segurança do paciente.
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