John Wesley - Um Tratado Sobre o Batismo Infantil

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UmTratado Sobreo Batismo

Concernente ao batismo, eu devo inquirir, o que ele ; quais os benefcios que recebemos atravs dele; se nosso Senhor o designou para manter sempre em sua Igreja; e quem so os objetos apropriados dele. I. 1. O que ele . um sacramento iniciatrio, que nos coloca em aliana com Deus. Ele foi institudo por Cristo, quem apenas tem poder de instituir um sacramento apropriado, um sinal, selo, garantia e meios da graa perpetuamente obrigatrio sobre todos os cristos. Ns no sabemos, de fato, o exato momento desta instituio; mas sabemos que ela existiu muito antes da ascenso de nosso Senhor. E foi instituda em lugar da circunciso. Porque, j que aquele era um sinal e selo da aliana de Deus, ento este tambm. 2. A matria deste sacramento a gua; que, como tem um poder natural de limpar, a mais adequada para este uso simblico. O batismo executado pelo lavar, mergulhar, ou aspergir a pessoa, em nome do Pai, Filho e Esprito Santo, que , por este intermdio, consagrada sempre abenoada Trindade. Eu digo, pelo lavar, mergulhar ou aspergir; porque no est determinado nas Escrituras quais destas maneiras dever ser feito, nem atravs de algum preceito expresso, nem

Rev.John Wesley
11 de Novembro de 1.756

Traduo: Izilda Bella

atravs de tal exemplo, como uma prova clara disto; nem pela fora ou significado da palavra batizar. 3. Que no existe preceito expresso, todos os homens sensatos admitem. Nem existe algum exemplo conclusivo. O batismo de Joo, em algumas coisas, concordou com o de Cristo; em outras, diferiu dele. Mas ele no pode ser certamente provado das Escrituras que, at mesmo o de Joo foi executado pelo mergulho. verdade que ele batizou em Enom, junto a Salim, onde havia "muita gua". Mas isto se referia respirar, preferivelmente a mergulhar; uma vez que um local estreito no teria sido suficiente para to grande multido. Nem pode ser provado, que o batismo de nosso Salvador, ou aquele ministrado por seus discpulos, foi por imerso. No, nem do eunuco batizado por Felipe, embora "eles entrassem na gua". Porque este entrar pode referir-se carruagem, e no implica determinada profundidade de gua. Deveria ser acima dos joelhos deles; no seria acima de seus tornozelos. 4. Como nada pode ser determinado pelos preceitos ou exemplos bblicos, ento, nem da fora ou significado da palavra. Porque as palavras batizar e batismo no necessariamente significam mergulhar, mas so usadas em outros sentidos em diversos lugares. Assim, lemos que os Judeus "eram todos batizados na nuvem e no mar" (I. Cor. 10:2); mas eles no eram mergulhados em algum deles. Portanto, poderia ser apenas gotas aspergidas da gua do mar, e orvalhos frescos da nuvem, provavelmente sugerido neste: "Tu, Deus, mandaste a chuva em abundncia, confortaste a tua herana, quando estava cansada" (Salmos 68:9).

Novamente: Cristo disse aos seus dois discpulos: "No sabeis o que pedis; podeis vs beber o clice que eu bebo, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?" (Marcos 10:38), mas nem ele, nem eles foram mergulhados, mas apenas aspergidos, ou lavados com o prprio sangue. Novamente lemos em (Marcos 7:4) dos batismos (assim est no original) de potes e copos, e mesas e camas. Agora, os potes e copos no so necessariamente mergulhados, quando eles so lavados. Mais do que isto, os fariseus lavaram os exteriores deles somente. E quanto s mesas ou camas, ningum admite que pudessem ser mergulhadas. Aqui, ento, a palavra batismo. Em seu sentido natural, no tomada por mergulhar, mas por lavar ou limpar. "E, quando voltam do mercado, se no se lavarem, no comem. E muitas outras coisas h que receberam para observar, como lavar os copos, e os jarros, e os vasos de metal e as camas". E, que este o verdadeiro significado da palavra batizar, testificado pelos maiores estudiosos, e os mais apropriados juzes deste assunto. verdade que lemos do ser "enterrado com Cristo no batismo". Mas nada pode ser deduzido de tal expresso figurativa. E mais, se ela se mantivesse exatamente, seria usada tanto para aspergir, quanto mergulhar; uma vez que, no enterrar, o corpo no mergulhado atravs da substncia da terra, mas, antes, a terra derramada aos poucos sobre ele. 5. E quanto a existir nenhuma prova clara do mergulhar, nas Escrituras, ento, existe uma prova muito provvel do contrrio. altamente provvel que os prprios Apstolos batizaram grandes nmeros, no pelo mergulhar, mas por lavar, aspergir, derramar gua. Isto claramente

representou a limpeza do pecado, que figurada pelo batismo. E a quantidade de gua usada no foi material; no mais do que a quantidade de po e vinho na Ceia do Senhor. O carcereiro "e todos de sua casa foram batizados" na priso; Cornlio com seus amigos, (e assim diversos pertences) em casa. Agora, isto quer dizer igualmente, que todos esses tinham tanques ou rios, dentro ou perto de suas casas, suficiente para mergulh-los todos? Toda pessoa imparcial deve admitir que o contrrio muito mais provvel

Novamente: Trs mil de uma s vez, e cinco mil em outra, se converteram e foram batizadas por Pedro em Jerusalm; onde eles tinham nada, a no ser guas gentis de Silo, de acordo com a observao do Sr. Fuller. "No existiam moinhos de gua em Jerusalm, porque no havia correnteza larga o suficiente para dirigi-las". O lugar, portanto, assim como o nmero torna altamente provvel que todos esses foram batizados pelo aspergir ou derramar, e no pela imerso. Para resumir tudo, a maneira de batizar (quer por mergulho, ou asperso) no est determinada nas Escrituras. No existe mandamento para um, preferivelmente ao outro. No existe exemplo do que podemos concluir por mergulhar, preferivelmente a aspergir. Existem provveis exemplos de ambos; e ambos esto igualmente contidos no significado natural da palavra. II.

1. Quais os benefcios que recebemos pelo batismo, o prximo ponto a ser considerado. E o primeiro destes , o lavar a culpa do pecado original, pela aplicao dos mritos da morte de Cristo. Que ns todos nascemos sob a culpa do pecado de Ado, e que todos os pecados merecem misria eterna, era a conscincia unnime da Igreja antiga, como est expresso no Nono Artigo da nossa Igreja. E as Escrituras plenamente afirmam que ns somos "moldados na iniqidade, e no pecado nossa me nos concebeu"; que "ramos todos, pela natureza, filhos da ira, e mortos nas transgresses e pecados"; que "em Ado todos morrem"; que "atravs da desobedincia de um homem todos foram feitos pecadores"; que "atravs de um homem, o pecado entrou no mundo, e a morte, atravs do pecado; que veio sobre todos os homens, porque todos haviam pecado". Isto plenamente inclui as crianas; porque elas tambm morrem; portanto, elas pecaram: Mas no atravs do pecado atual; portanto, atravs do original; ou que necessidade teriam elas da morte de Cristo? Sim, "a morte reinou de Ado a Moiss, at mesmo sobre aqueles que no pecaram" verdadeiramente, "de acordo com a similitude da transgresso de Ado". Isto, que podem se referir s crianas apenas uma prova clara de que toda a raa da humanidade detestvel, para a culpa e punio da transgresso de Ado. Mas "como pela ofensa de um, o julgamento veio sobre todos os homens como condenao; ento, pela retido de um, o dom livre veio sobre todos os homens, para a justificao da vida". E a virtude deste dom livre, os mritos da vida e morte de Cristo so aplicados a ns no batismo. "Ele deu a si mesmo pela Igreja, e ele santificaria e limparia com a lavagem da gua, atravs da palavra" (Efsios 5:25,26); ou seja, no batismo, o instrumento

ordinrio de nossa justificao. Concordante com isto, nossa Igreja ora no ofcio batismal, para que a pessoa a ser batizada possa ser "lavada e santificada pelo Esprito Santo, e, livre da ira de Deus, receba a remisso dos pecados, e desfrute da graa divina de sua lavagem celestial"; e declare na Rubrica no final do ofcio: " certo que, atravs da Palavra de Deus, que os filhos, que so batizados, morrendo antes que eles cometam pecado atual so salvos". E isto est de acordo com o julgamento unnime de todos os Antepassados. 2. Pelo batismo, ns entramos em aliana com Deus; naquela aliana eterna, que ele tem ordenado para sempre (Salmos 111:9) "Redeno enviou ao seu povo; ordenou a sua aliana para sempre; santo e tremendo o seu nome"; que a nova aliana que ele prometeu fazer com a Israel espiritual; at mesmo "dar a eles um novo corao e um novo esprito, para aspergir gua limpa sobre eles" (do qual o batismo apenas uma figura), "e no mais lembrar de seus pecados e iniqidades"; em uma palavra, ser o Deus Deles, como ele prometeu a Abrao, na aliana evanglica que ele fez com ele e toda sua descendncia espiritual. (Gnesis 17:7,8). E assim como a circunciso foi, ento, o meio de fazer parte desta aliana, ento, o batismo agora; o que , portanto, denominado pelo Apstolo (tantos bons interpretes atribuem a suas palavras), "a condio, contrato, ou aliana de uma boa conscincia com Deus". 3. Atravs do batismo, ns somos admitidos na Igreja, e, consequentemente, feitos membros de Cristo, a sua Cabea. Os judeus foram admitidos na Igreja, atravs da circunciso, assim so os cristos, atravs do batismo. Porque, "tantos quantos so

batizados em Cristo", em seu nome, "so, desta forma, revestidos de Cristo". (Glatas 3:27); ou seja, so unidos misteriosamente a Cristo, e feito um com ele. Porque, "atravs de um Esprito, todos somos batizados em um corpo". (I Cor. 12:13); ou seja, a Igreja, "o corpo de Cristo" (Efsios 4:12). De cuja unio espiritual, vital com ele, procede a influncia de sua graa sobre aqueles que so batizados, como nossa unio com a Igreja, um compartilhar de todos os seus privilgios e em todas as promessas que Cristo tem feito a ela. 4. Pelo batismo, ns que somos "pela natureza, filhos da ira" somos feitos filhos de Deus. E esta regenerao que nossa Igreja em tantos lugares atribui ao batismo mais do que meramente ser admitido na Igreja, embora comumente ligado por meio disto; sendo "enxertado no corpo da Igreja de Cristo, somos feitos os filhos de Deus pela adoo e graa". Este o alicerce sobre as claras palavras de nosso Senhor: "Exceto que um homem nasa novamente da gua e do Esprito, ele no poder entrar no reino de Deus". (Joo 3:5). Pela gua, ento, como um meio, a gua do batismo, ns somos regenerados ou nascidos novamente; de onde tambm chamado pelo Apstolo, "a lavagem da regenerao". Nossa Igreja, portanto, atribui nenhuma virtude maior ao batismo do que o prprio Cristo tem feito. Nem ele atribui isto ao lavar exterior, mas graa interior, que, acrescentada a isto, faz dela um sacramento. Aqui um princpio da graa introduzido, o que no ser totalmente tirado, exceto se ns suprimirmos o Esprito Santo de Deus, pela longa continuidade da maldade. 5. Em conseqncia de nosso sermos feitos filhos de Deus, somos herdeiros do reino do cu. "Se filhos" (como o

Apstolo observa), ento, "herdeiros, herdeiros de Deus, e coherdeiros com Cristo". Nisto ns recebemos uma poro e uma garantia de "um reino que no pode ser mudado". O batismo agora nos salva, se ns vivemos respondveis a ele, se nos arrependermos, crermos e obedecermos ao evangelho: Supondo que se ele nos admite aqui na Igreja, ento, nos admite na glria vindoura. III. 1. Mas nosso Salvador quer que isto possa permanecer sempre em sua Igreja? Esta a terceira coisa que vamos considerar. E isto pode ser expedido em algumas poucas palavras, uma vez que no pode existir dvida razovel, mas foi pretendido durar tanto quanto a Igreja em que ele o meio designado de entrada. De maneira extraordinria, no existem outros meios de se entrar na Igreja ou no cu. 2. Em todas as pocas, o batismo exterior o meio do interior; como a circunciso exterior foi o da circunciso do corao. Nem seria proveitoso um judeu dizer: "Eu tenho a circunciso interior, e no necessito da circunciso exterior tambm". Aquela alma deveria ser extirpada de seu povo. Ele teria menosprezado, ele teria quebrado a aliana eterna de Deus, por menosprezar o selo dela. (Gnesis 17:14). Agora, o selo da circunciso deveria durar em meio ao judeu, por quanto tempo a lei durasse, para o qual ela os obrigou. Atravs da clara paridade de razo, o batismo, que veio em seu lugar, deve durar dentre os cristos, por quanto tempo a aliana evanglica, na qual ele foi admitido, e a qual ela obriga todas as naes.

3. Isto aparece tambm da autoridade original que nosso Senhor deu aos seus Apstolos: "Vo, faam discpulos em todas as naes, batizando-os em nome do Pai, do Filho, e do Esprito Santo; ensinando-os. E observe, eu estarei sempre com vocs, at o fim do mundo". Agora, por quanto tempo esta autoridade durou, por quanto tempo Cristo prometeu estar com eles na execuo dela, por tanto tempo, sem dvida, eles a executaram, e batizaram, assim como ensinaram. Mas Cristo prometeu estar com eles, ou seja, atravs de seu Esprito, em seus sucessores, at o fim do mundo. Por quanto tempo, portanto, sem discusso, foi o desgnio que aquele batismo permanecesse em sua Igreja. IV. 1. Mas a grande questo : quem so os objetos prprios do batismo? Pessoas adultas apenas, ou crianas tambm? Com o objetivo de responder isto totalmente, eu devo, Em Primeiro Lugar, colocar os alicerces do batismo infantil, tomados das Escrituras, razo, e prtica primitiva e universal; e, Em Segundo Lugar, responder s objees quanto a elas. 2. Quanto aos fundamentos dele: se as crianas so culpadas do pecado original, ento, elas so objetos adequados ao batismo; uma vez que, da maneira extraordinria, elas no podem ser salvas, exceto que isto seja limpo, atravs do batismo. J foi provado que esta escravido original adere-se a todo filho do homem; e que, por este intermdio, eles so filhos da ira, e sujeitos condenao eterna. verdade que o Segundo Ado encontrou um remdio para a enfermidade que veio sobre todos, atravs da ofensa do primeiro. Mas o benefcio deste

deve ser recebido, atravs dos meios que ele designou; atravs do batismo, em especfico, que o meio extraordinrio que ele indicou para este propsito; e ao qual Deus nos atou; embora ele no pudesse ter atado a si mesmo. Na verdade, onde ele no pudesse ser feito, o caso diferente, mas os casos extraordinrios no tornam nula uma regra permanente. Este portanto, nosso Primeiro fundamento: As crianas precisam ser lavadas do pecado original; portanto, eles so objetos apropriados do batismo. 3. Em Segundo Lugar. Se as crianas so capazes de fazer uma aliana e estiveram e ainda esto sob a aliana evanglica, ento, eles tm um direito ao batismo, que o selo de entrada dela. Mas as crianas so capazes de fazer uma aliana, e estiveram e esto ainda sob a aliana evanglica. O costume das naes e bom-senso da humanidade prova que as crianas podem fazer uma aliana e podem ser obrigadas pelos acordo feitos por outros em nome delas, e receber vantagens atravs deles. Mas ns temos uma prova mais forte disto, at mesmo nas prprias palavras de Deus: "Vs todos estais hoje perante o Senhor, vosso Deus; os capites de vossas tribos, vossos ancios, e os vossos oficiais, todos os homens de Israel; os vossos meninos, as vossas mulheres, e o estrangeiro que est no meio do vosso arraial; desde o rachador da vossa lenha at ao tirador da vossa gua; Para entrardes na aliana do Senhor teu Deus, e no seu juramento que o Senhor teu Deus hoje faz convosco" (Deuteronmio 29:10-12). Agora, Deus nunca teria feito uma aliana com os pequeninos, se eles no tivessem sido capazes disto. No foi dito crianas apenas, mas criancinhas, a palavra

hebraica propriamente significa criancinhas. E essas podem ser ainda, como se elas fossem adultas, obrigadas a executar em tempos vindouros, o que elas no so capazes de executar no tempo em que entraram naquela obrigao. Elas estavam includos nela, elas tiveram direito a ela, e ao selo dela; como um herdeiro tem um direito sua propriedade, embora ele no possa ainda ter posse verdadeira.A aliana com Abrao foi a aliana evanglica; a condio, a mesma, ou seja, f, o que o Apstolo observa, foi "imputada junto a ele por retido". O fruto inseparvel desta f foi a obedincia, porque, atravs da f, ele deixou sua regio, e ofereceu seu filho. Os benefcios foram os mesmos; porque Deus prometeu: "Eu serei teu Deus, e o Deus de tua semente depois de Ti". E ele pode prometer no mais a alguma criatura; porque isto inclui todas as bnos temporal e eterna. O Mediador o mesmo; porque ele estava em sua Semente, ou seja, em Cristo (Gnesis 22:18; Glatas 3:16), que todas as naes deveriam ser abenoadas; sobre o que, o prprio relato do Apstolo diz: "O evangelho foi pregado junto a Abrao". (Glatas 3:8). Agora, a mesma promessa que foi feita a ele, a mesma aliana que foi feita com ele, foi feita "com seus filhos, depois dele". (Gnesis 17:7; Glatas 3:7). E junto a este relato, ela chamada "uma aliana eterna". Nesta aliana, os filhos foram tambm obrigados ao que eles no conheciam, a mesma f e obedincia com Abrao. E assim, eles ainda so; j que eles esto ainda igualmente autorizados a todos os benefcios e promessas dela. 5. A circunciso era, ento, o selo da aliana; o que , em si mesma, portanto, figurativamente denominada de a aliana. (Atos 7:8). Por isto, as crianas daqueles que professaram a verdadeira religio foram, ento, admitidas nela, e obrigadas s condies dela; e, quando a lei foi acrescentada,

observncia dela tambm. E quando o antigo selo da circunciso foi tirado, este do batismo foi acrescentado em seu lugar; nosso Senhor indicou uma instituio inegvel para suceder outra. Um novo selo foi colocado para a aliana de Abrao; os selos diferiam, mas o contrato era o mesmo; apenas aquela parte foi cortada, a que era poltica ou cerimonial. Que aquele batismo veio em lugar da circunciso, aparece da clara razo da coisa, como do argumento do Apstolo, onde, depois da circunciso, ele menciona o batismo, como aquele em que Deus "perdoou nossas transgresses"; ao qual ele acrescenta o "apagar dos manuscritos das ordenanas", plenamente referindo-se circunciso e outros ritos judaicos; que to fielmente implica que o batismo veio no lugar da circunciso, como nosso Salvador denominar o outro sacramento de pscoa dos judeus, (Colossenses 2:11-13; Lucas 22:15) mostra que ele foi institudo no lugar dele. Nem alguma prova de que o batismo no sucedeu a circunciso, o fato de ele diferir algumas circunstncias dela. Este, ento, o Segundo fundamento: As crianas so capazes de entrar em aliana com Deus. J que ls sempre estiveram, e esto ainda sob a aliana evanglica. Portanto, eles tm um direito ao batismo, que agora o selo de entrada dela. 6. Em Terceiro Lugar. Se as crianas devem vir a Cristo; se elas so capazes de admisso na Igreja de Deus, e, consequentemente da solene dedicao sacramental a ele, ento, eles so objetos apropriados do batismo. Mas as crianas so capazes de virem a Cristo, da admisso na Igreja, e solene dedicao a Deus.

Que as crianas devam vir a Cristo, aparece de suas prprias palavras: "Eles trouxeram as criancinhas a Cristo e os discpulos os repreendiam. E Jesus disse: Permitam que as criancinhas venham at mim, e no as proba; porque delas o reino do cu". (Mateus 19:13, 14). Lucas expressa isto ainda mais fortemente: "Eles trouxeram a ele, at mesmos criancinhas, para que ele as tocasse" (18:15). Essas crianas eram to pequenas que foram trazidas at ele; ainda assim, ele diz: "Permitam que elas venham at mim". To pequenas, que ele "as pegou em seus braos"; ainda assim, ele repreende aqueles que teriam impedido a vinda delas. E seu mandamento se refere ao futuro, tanto quanto ao presente. Portanto, seus discpulos ou ministros devem ainda permitir s crianas que venham, ou seja, que sejam trazidas at Cristo. Mas elas no podem vir at ele, exceto se trazidas para dentro da Igreja; o que no pode ser, seno atravs do batismo. Sim, e "de tais", diz nosso Senhor, " o reino dos cus"; no de tais apenas que eram como aquelas crianas. Porque, se elas mesmas no fossem adequadas a serem sditos daquele reino, como outros seriam, porque eles eram como elas? Crianas, portanto, so capazes de serem admitidas em Igreja, e ter um direito a isto. At mesmo sob o Velho Testamento, elas eram admitidas a ela, atravs da circunciso. E pode ns supor que elas esto em uma condio pior, debaixo do evangelho, do que estavam debaixo da lei? E que nosso Senhor tiraria alguns privilgios que elas, ento, desfrutavam? Ele, antes, no faria adies a elas? Este, ento, o Terceiro fundamento: As crianas devem vir a Cristo, e nenhum homem deve proibi-las. Elas so capazes de admisso na Igreja de Deus. Portanto, elas so objetos apropriados do batismo.

7. Em Quarto Lugar. Se os Apstolos batizaram crianas, ento, elas so objetos apropriados do batismo. Mas os apstolos batizaram crianas, como fica claro da seguinte considerao: Os judeus continuamente batizaram, assim como circuncidaram todos os proslitos infantis. Nosso Senhor, portanto, ordenou aos seus Apstolos a fazerem proslitos ou discpulos de todas as naes, batizando-os, e no os proibindo de receberem as criancinhas, assim como outros, eles necessitariam batizar crianas tambm. Os judeus admitiram proslitos, atravs do batismo, assim como, atravs da circunciso, at mesmo famlias completas juntas, pais e filhos, ns temos o testemunho unnime de seus mais antigos, eruditos e autnticos escritores. Os homens eram recebidos pelo batismo e circunciso; as mulheres pelo batismo apenas. Consequentemente, os Apstolos, exceto se nosso Senhor proibisse expressamente, faziam a mesma coisa, evidentemente. Na verdade, a conseqncia mantida da circunciso apenas. Porque, se fosse costume dos judeus, quando eles reuniam proslitos de todas as naes, admitirem crianas dentro da Igreja, atravs da circunciso, embora elas no pudessem verdadeiramente acreditar na lei, ou obedecerem-na; ento, os Apstolos, fazendo proslitos para o Cristianismo, atravs do batismo, nunca pensariam em excluir crianas, a quem os judeus sempre admitiram (a razo porque sua admisso a mesma), exceto se nosso Senhor tivesse expressamente proibido isto. Segue-se que os Apstolos batizaram crianas. Portanto, eles so objetos apropriados do batismo.

8. Se for objetado. "No existe meno expressa nas Escrituras de algumas crianas s quais os Apstolos batizaram". Eu perguntaria: Suponha que nenhuma meno tivesse sido feita em Atos, sobre aquelas duas mulheres batizadas pelos Apstolos, ainda assim, ns no poderamos fielmente concluir que quando tantos milhares, tantas famlias inteiras, foram batizados, as mulheres no foram excludas? Especialmente, uma vez que era costume dos judeus batizlas? O mesmo se refere s crianas; mais do que isto, mais fortemente sobre o relato da circunciso. Trs mil foram batizados pelos Apstolos em um dia, e cinco mil em outro. E pode ser razoavelmente suposto que existia nenhuma criana em meio a tais nmeros vastos? Novamente: Os Apstolos batizaram muitas famlias; mais do que isto, ns dificilmente lemos de algum chefe de famlia, que foi convertido e batizado, mas toda sua famlia (como era antes o costume dentre os judeus) no foi batizada com ele: Assim "a casa do carcereiro, ele e todos os seus; a casa de Gaio de Estfanas, de Crispo". E podemos supor, que em todas essas casas, que, ns lemos, foram, sem exceo, batizados, no havia uma criana ou criancinha? Mas para dar um passo alm: Pedro diz multido: "Arrependam-se e sejam batizados, cada um de vocs, pela remisso dos pecados. Porque a promessa para vocs e seus filhos". (Atos 2:38-39). Na verdade, a resposta feita diretamente queles que perguntaram: "O que devemos fazer para sermos salvos". Mas ela alcana mais alm do que aqueles que fizeram a questo. E embora as crianas no possam verdadeiramente se arrepender, ainda assim, elas deveriam ser batizadas. E que elas esto includas, aparece (1) Porque o Apstolo discursa a "cada um" deles, e em "cada um" as crianas devem estar inseridas. (2)

Que so expressamente mencionados: "A promessa para vocs e seus filhos". 9. Por fim. Se batizar crianas tem sido a prtica geral da Igreja crist, em todos os lugares, e em todas as pocas, ento, esta deve ter sido a prtica dos Apstolos, e, consequentemente, a mente de Cristo. Mas batizar crianas tem sido a prtica geral da Igreja crist, em todos os lugares e em todas as pocas. Disto ns temos perfeitamente testemunhado. Agostinho para a Igreja Latina, que floresceu antes do ano 400; e Orgenes para a Grega, nascida no segundo sculo; ambas declarando, no apenas que toda a Igreja de Cristo, ento, batizou crianas, mas igualmente aquelas que receberam esta prtica dos prprios Apstolos. Cipriano igualmente simbolizado por ela, e todo o Concilio com ele. Se necessidade houvesse, poderamos citar igualmente Atansio, Crisstomo, e uma nuvem de testemunhas. Nem existe um exemplo a ser encontrado em toda a antiguidade, de algum cristo ortodoxo que negou batizar crianas, quando trazidas para serem batizadas; nem algum dos Ancios, ou escritores antigos, nos primeiros oitocentos anos, pelo menos, que consideraram isto ilegtimo. E que tem sido a prtica de todas as Igrejas regulares, desde sempre, est claro e manifesto. No apenas de nossos ancestrais, quando dos primeiros convertidos ao Cristianismo; no apenas de todas as Igrejas europias, mas da Africana tambm e da Asitica, mesmo aquela de Tomas nas ndias, batizam, e sempre batizaram suas crianas. O fato estando assim claro, de que o batismo infantil tem sido a prtica geral da Igreja crist, em todos os lugares, e em todas as pocas, que isto tem continuado, sem interrupo na Igreja de Deus, por mais de mil e setecentos anos, ns podemos seguramente

concluir que ele foi transmitido dos Apstolos, que melhor conheciam a mente de Cristo. 10. O resumo evidente: Se o batismo exterior fosse geralmente de uma maneira extraordinria, necessria salvao e as crianas pudessem ser salvas, assim como os adultos, nem deveramos negligenciar alguns meios de salvlas; se nosso Senhor ordena tais para virem, e serem trazidas junto a ele, e declara: "De tais o reino dos cus"; se as crianas so capazes de fazerem uma aliana, ou terem uma aliana feita por eles, atravs de outros, estando includas na aliana de Abrao (que foi a aliana da f, uma aliana evanglica), e nunca excluda por Cristo; se elas tm o direito a serem membros da Igreja, e eram concordantemente membros da judaica; se, supondo-se que nosso Senhor tivesse designado exclu-las do batismo, ele deveria ter expressamente proibido seus Apstolos de batiz-las (o que ningum se atreve a afirmar que foi feito), uma vez que, do contrrio, eles fariam isto, naturalmente, de acordo com a prtica universal da nao deles; se altamente provvel que eles fizeram assim, at mesmo, da carta das Escrituras, porque eles frequentemente batizaram todos da casa, e seria estranho que no houvesse crianas dentre eles; se toda a Igreja de Cristo, por mil e setecentos anos consecutivos, batizou crianas, e nunca foi contestada at o ltimo sculo, a no ser por uma, por alguns homens no os prprios homens santos na Alemanha; por fim, se existem tais benefcios inquestionveis conferidos no batismo, o lavar a culpa do pecado, o nos estampar em Cristo, ao nos tornarmos membros de sua Igreja, e, por meio disto, dar-nos um direito a todas as bnos do evangelho; segue-se que as crianas podem, sim, devem ser batizadas e isto ningum deve impedilas.

Agora, eu vou, em ltimo lugar, responder quelas objees que so comumente trazidas contra o batismo infantil: 1. A principal esta: "Nosso Senhor disse aos seus Apstolos: 'Vo e ensinem todas as naes, batizando-os em nome do Pai, do Filho, e do Esprito Santo'. (Mateus 28:19). Aqui, o prprio Cristo coloca o ensino antes do batismo. Portanto, as crianas, sendo incapaz de serem ensinadas, so incapazes de serem batizadas". Eu respondo: (1) A ordem das palavras nas Escrituras no regra certa para a ordem das coisas. Ns lemos em Marcos 1: 4: "Joo batizou no deserto, e pregou o batismo do arrependimento", e versculo 5: "Eles foram batizados dele no Jordo, confessando seus pecados". Agora, tanto a ordem das palavras nas Escrituras nem sempre implicam a mesma ordem das coisas; ou segue-se que Joo batizou antes que seus ouvintes, confessassem ou se arrependessem. Mas (2) as palavras so manifestamente mal traduzidas. Porque, se lemos: "Vo, e ensinem todas as naes, batizando-as, -- ensinem a eles a observarem todas as coisas", isto torna clara a tautologia , a repetio v e estpida. Deve ser traduzido (qual o sentido literal das palavras): "Vo, e faam discpulos de todas as naes, atravs do batismo deles". Que as crianas so capazes de serem feitas proslitos ou discpulos j tem sido provado; portanto, este texto, corretamente traduzido no objeo vlida contra o batismo infantil. 2. Sua prxima objeo : "As Escrituras dizem: 'Arrependam-se e sejam batizados; creiam e sejam batizados'.

Portanto, o arrependimento e f devem vir antes do batismo. Mas as crianas so incapazes desses; portanto, elas so incapazes do batismo". Eu respondo: O arrependimento e f eram para vir antes da circunciso, assim como antes do batismo. Portanto, se este argumento se mantm, ele provaria exatamente tanto quanto, que as crianas eram incapazes da circunciso. Mas ns sabemos que o prprio Deus determinou o contrrio, ordenando-as a serem circuncidadas no oitavo dia. Agora, se as crianas eram capazes de serem circuncidadas, no obstante aquele arrependimento e f acontecessem antes da circunciso nas pessoas adultas, elas eram exatamente to capazes de serem batizadas; no obstante aquele arrependimento e f, no adulto, devam se seguir antes do batismo. Esta objeo, portanto, no tem fora, porque ele to forte contra a circunciso de crianas, quanto o batismo infantil. 3. objetado, em terceiro lugar: "No existe mandamento para isto nas Escrituras. Agora, Deus estava irado com seu prprio povo, porque eles fizeram o que ele disse, 'eu ordeno que eles no faam' (Jeremias 7:31). Um texto claro que terminaria toda a discusso". Eu respondo: (1) Ns temos razo para temer que terminaria, Isto to positivamente ordenado, em um texto muito claro das Escrituras, que ns 'poderamos ensinar e admoestar uns aos outros, com salmos, e hinos, e cnticos espirituais, cantadas ao Senhor com graa em nossos coraes'. (Efsios 5:19), como honrar nosso pai e me. Mas isto coloca um fim em toda disputa? Essas mesmas pessoas

absolutamente se recusam a fazer isto, no obstante um texto claro, um mandamento expresso? Eu respondo (2) Eles mesmos praticam o que no mandamento expresso, nem exemplo claro nas Escrituras. Eles no tm mandamento expresso para batizar mulheres. Eles dizem, de fato, "mulheres esto inseridas em 'todas as naes'". Elas esto; e assim esto as crianas tambm: Mas o mandamento no expresso para nenhum. E para admitir as mulheres na Ceia do Senhor, eles tm nem mandamento expresso, nem exemplo claro. Ainda assim, eles o fazem continuamente, sem tanto um quanto o outro. E eles esto justificados nisto, pela razo clara da coisa. Isto tambm nos justifica no batizar crianas, embora sem mandamento expresso ou exemplo claro. Se for dito: "Mas existe um mandamento: 'Que o homem examine a si mesmo; e, sendo assim, que ele coma daquele po' (I Cor. 11:28), a palavra 'homem', no original significa indiferentemente tanto os homens quanto as mulheres". Eu garanto que isto acontece, em outros lugares; mas aqui a 'prpria' palavra, imediatamente seguinte, confina isto aos homens apenas. "Mas as mulheres esto inseridas nela, embora no expresso". Certamente, e assim esto as crianas, em "todas as naes". "Mas ns temos exemplo bblico para ela: Porque dito em Atos: 'Os Apstolos continuaram em orao e splica

com as mulheres". Verdade, na orao e splica; ,as no e dito, "no comungar". Nem temos um exemplo claro disto na Bblia. Uma vez, ento, que eles admitem mulheres para a comunho, sem qualquer mandamento ou exemplo expresso, a no ser apenas pela conseqncia das Escrituras, eles podem nunca mostrar razo, porque as crianas no seriam admitidas para o batismo, quando existem tantas escrituras que, pela conseqncia clara mostra que elas tm direito a ele, e so capazes dele. Quanto aos textos em que Deus reprova seu povo por fazer "o que ele ordenou que no fizessem"; aquela frase evidentemente significa que ele havia proibido, especialmente, naquela passagem de Jeremias. Todo o verso : "Eles construram os lugares altos de Tofete, para queimarem seus filhos e suas filhas no fogo, o que eu no ordenei a eles que fizessem". Agora, Deus havia expressamente proibido a eles; e isto na dor da morte. Mas, certamente, existe uma diferena entre a oferta dos judeus de seus filhos e filhas aos diabos, e os cristos ofertarem os seus a Deus. No conjunto, portanto, no apenas lcito e inocente, mas adequado, correto, e nosso dever sagrado, em conformidade com a prtica ininterrupta de toda a Igreja de Cristo, desde as primeiras eras, consagrar nossas crianas a Deus, atravs do batismo, como a Igreja judaica foi ordenada fazer, atravs da circunciso.

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