O documento discute as responsabilidades do pastor no aconselhamento de sua comunidade. Aponta que a pregação não resolve todos os problemas e que o pastor deve estar disponível para aconselhar, identificando-se com as fraquezas humanas, orando por seus fiéis e levando-os a Cristo.
O documento discute as responsabilidades do pastor no aconselhamento de sua comunidade. Aponta que a pregação não resolve todos os problemas e que o pastor deve estar disponível para aconselhar, identificando-se com as fraquezas humanas, orando por seus fiéis e levando-os a Cristo.
O documento discute as responsabilidades do pastor no aconselhamento de sua comunidade. Aponta que a pregação não resolve todos os problemas e que o pastor deve estar disponível para aconselhar, identificando-se com as fraquezas humanas, orando por seus fiéis e levando-os a Cristo.
O documento discute as responsabilidades do pastor no aconselhamento de sua comunidade. Aponta que a pregação não resolve todos os problemas e que o pastor deve estar disponível para aconselhar, identificando-se com as fraquezas humanas, orando por seus fiéis e levando-os a Cristo.
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RELATÓRIO
O PASTOR E O ACONSELHAMENTO Douglas Bronzatti
O livro “O Pastor e o Aconselhamento” traz importantes instruções acerca
de como o ministro do Evangelho pode e deve atender as demandas de sua comunidade. Ele traz a ideia de um certo profissionalismo na atividade de aconselhar, bem como a capacidade de gerir o aconselhamento com regularidade, avaliando a duração e o número de encontros necessários. O texto também destaca a importância do trabalho árduo e comprometido de um pastor, enfatizando que muitos são displicentes com relação ao ministério. O livro também mostra que a pregação não resolve todos os problemas das pessoas, fazendo-se necessário aconselhar. A mensagem central do trabalho pastoral é Cristo, e o objetivo, portanto, do aconselhamento será o de levar as pessoas a ter fé nele e serem transformadas à sua semelhança. Há muitas pressões sobre o aconselhamento pastoral, pois o ministro é visto como alguém que deve ter as respostas que ajudarão o aconselhando. O pastor deve estar atento às palavras daqueles que o buscam para receber aconselhamento, pois as palavras são como uma pressão barométrica que revelam o que uma pessoa crê, o que deseja e ao que se dedica. Dois exemplos destacados pelo livro são o de um viciado em videogames, de trinta e quatro anos, que não está adorando seu console, mas sim o desejo de realizar grandes feitos, um escape das dificuldades da vida real e o prazer momentâneo; assim como uma adolescente sexualmente ativa que não está adorando seu namorado, mas sim o senso de aceitação num relacionamento e o prazer do sexo prematuro, que este pecado proporciona. Abaixo segue os trechos que considerei mais interessantes no livro: FICHAMENTO | O PASTOR E O ACONSELHAMENTO
CAPÍTULO 1 | LABUTANDO POR SEU POVO
O PASTOR NÃO DEVE SER RELAXADO OU FICAR RECLAMANDO DO TRABALHO
Da mesma maneira, você nunca conhecerá um bom pastor que tem uma atitude relaxada para com sua obra. Ele não reclama do trabalho árduo que é exigido para cuidar dos obstinados e dos machucados, enquanto também alimenta e protege todos os demais. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 19
NOSSAS EXPECTATIVAS NO INÍCIO DO MINISTÉRIO
Não queremos parecer insensíveis à realidade. Antes éramos jovens que tinham visões de guiar um povo leal ao grande desconhecido por meio de exposição eloquente e de aplicação penetrante, ao poder da Palavra irradiando do púlpito como luz resplandecente numa cultura tenebrosa. Maridos pegariam a mão da esposa durante nossos sermões e se arrependeriam com lágrimas amargas. De vez em quando, viciados decidiriam nunca mais satisfazer os vícios. Pessoas desesperadas sairiam de sua perplexidade ao som de nossa voz. Nosso ministério de pregação seria tão poderoso que tornaria desnecessário o ministério de aconselhamento. Ou pelo menos quase desnecessário. Certamente, de vez em quando haveria alguém enfermo espiritualmente, mas a igreja seria saudável por causa do ministério de pregação. No entanto, duas coisas nos impedem de persistir neste sonho: a experiência e a Bíblia. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 20
A EXPERIÊNCIA MOSTRA QUE NÃO RESOLVEMOS TUDO COM PREGAÇÃO
A experiência é um professor exigente. Ela nos mostra imediatamente que começamos como pregadores miseráveis. E, mesmo quando nos tornamos menos miseráveis, descobrimos que pregação aprimorada não está necessariamente correlacionada com menos problemas na vida de nosso povo. De fato, pense em seu pregador favorito e você verá uma igreja com um orçamento maior, mas não com menos problemas na vida de seus membros. A experiência não permite que tenhamos a ilusão de que a pregação é tudo que existe no ministério. [...] Não estamos questionando a primazia do ministério de pregação. Estamos apenas salientando que ele não é a única circunstância em que o ministério da Palavra acontece na vida da igreja. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 20
EXPRESSAMOS AMOR POR CRISTO QUANDO CUIDAMOS DE SUAS OVELHAS
Três vezes Jesus perguntou a Pedro se ele o amava realmente. À terceira vez, Pedro se entristeceu pelo fato de que Jesus parecia pouco convencido de suas respostas afirmativas. Mas, em cada vez, Jesus estava instruindo Pedro em como demonstrar amor genuíno por ele: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.15- 19). Amar a Jesus envolve cuidar daqueles que são dele. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 20
O MINISTÉRIO PASTORAL ENVOLVE ALGUNS SOFRIMENTOS SEGUNDO A BÍBLIA
“Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda coparticipante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória” (1Pe 5.1- 4). [...] Por que Pedro tinha de instruir seus leitores a assumir esta tarefa espontaneamente, de boa vontade, e não por constrangimento? Não assumimos naturalmente tarefas que não nos trazem nenhum benefício (“nem por sórdida ganância”) ou que não podem garantir que faremos do nosso jeito (“nem como dominadores dos que vos foram confiados”). Naturalmente não queremos ser modelos de fidelidade no sofrimento. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 20-21
AS TRÊS ETAPAS DO ACONSELHAMENTO PASTORAL
O restante do Novo Testamento expõe a natureza do ministério pastoral. Três de seus ensinos serão úteis em nossa consideração da tarefa de aconselhamento. O ministério pessoal envolve (1) identificar-se com a fraqueza e pecado das pessoas, (2) falar com Deus em favor das pessoas e (3) falar com as pessoas em favor de Deus. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 22
IDENTIFICANDO-SE COM A FRAQUEZA DOS PECADORES
O labor pastoral envolve identificar-se com a fraqueza e pecado das pessoas. Condescendência. Em geral, usamos esta palavra de maneira negativa, porque ela transmite a ideia de que uma pessoa acha que é superior a outras, mas se resigna a descer ao nível delas para interagir com elas. Mas a palavra condescendência é perfeitamente apropriada à associação de Jesus com pecadores, visto que ele existe num plano acima de nós. [...] E Aquele que nos ajudou também nos instruiu a seguir seu exemplo: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (2.5). PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 22
ORANDO A DEUS EM FAVOR DOS PECADORES
Os pastores devem ser zelosos e constantes em oração. Há pelo menos duas vantagens na oração que flui da associação íntima com as pessoas em seus problemas. Primeiramente, cuidar pessoalmente de seu povo tornará suas orações mais fervorosas. Um pastor que trabalha de maneira leviana entre seu povo trabalha frequentemente da mesma maneira diante de Deus. Um pastor que agoniza com seu povo também agonizará em suas orações em favor deles. [...] Em segundo, cuidar pessoalmente de seu povo tornará suas orações mais dependentes. Nada parece mais fútil do que falar com uma pessoa deprimida no auge de sua prostração ou com uma moça anoréxica no ápice de sua autodepreciação não-realista. Uma das melhores maneiras para sentir a incapacidade de mudar qualquer coisa é dar conselhos a vítimas ou perpetradores de abuso, a pessoas que têm atitudes obstinadas ou mente confusa, àqueles que o desprezam e a Bíblia que você abriu. Ficar ao lado de pessoas em circunstâncias impossíveis será para o pastor um lembrete constante de sua necessidade pelo Deus do impossível. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 23
FALANDO COM OS PECADORES ACERCA DE DEUS
Em nossa labuta pastoral, Cristo é a mensagem, e a semelhança com Cristo é o alvo. Queremos que aqueles que estão sob nosso cuidado sejam conformados com Cristo, e isso acontece quando a fé atua por meio de amor. Portanto, o alvo de um pastor em sua obra é evocar a fé em Cristo por meio da proclamação da mensagem do evangelho. Isto é verdadeiro tanto na proclamação pública quanto na proclamação pessoal da Palavra. A fé reestrutura as funções do coração, para que a pessoa antes motivada pelo desejo pecaminoso, pensamento entenebrecido e lealdades terrenas seja agora motivada por um desejo justo, pensamento iluminado e lealdades celestiais sempre crescentes. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 24
CAPÍTULO 2 | ONDE COMEÇAMOS?
A BASE DO ACONSELHAMENTO CRISTÃO
Os ministérios regulares da Palavra são como postos de gasolina e centros de troca de óleo – abastecem e mantêm nosso veículo. Mas, quando o veículo quebra, você o leva à oficina. Assim também os cristãos que se beneficiam do ministério da Palavra a cada semana não visitam costumeiramente o escritório do pastor, até que algo esteja errado em sua vida. Os pastores conseguem ajudar pessoas em conflitos a reagirem com sabedoria aos seus problemas: a ira precisa de controle (Ef 4.26); a tristeza precisa de consolo (2Co 1); temores precisam de descanso (Sl 56.3-4). Casais que têm dívidas precisam de alvos orçamentários e restrições financeiras; adolescentes que infligem danos a si mesmos precisam de estratégias comportamentais para pararem; profissionais viciados em comprimidos para dores precisam de cuidado médico. Os pastores têm de lidar com estes problemas de forma prática. Pessoas precisam de conselho prudente para as lutas da vida real. No entanto, estratégias práticas não são, por si mesmas, suficientes. O aconselhamento que é verdadeiramente cristão terá muito mais: a pessoa e a obra de Cristo serão o seu centro teológico e prático. Cristo e seu evangelho têm de ser a base, o meio e o fim de nosso aconselhamento. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 26-27
OUTROS MEIOS BUSCAM NOS DESVIAR DA DEPENDÊNCIA DO EVANGELHO
O evangelho é sempre relevante, e um de seus alvos como conselheiro é tornar este fato tão evidente quanto possível. Você faz isto por expor as mentiras de autodependência que todos dizemos para nós mesmos: “Posso resolver isto sozinho”. “Talvez esse negócio de evangelho seja relevante na igreja, mas não fará diferença real na área de minha vida em que mais preciso dele.” “Se Cristo me amasse, faria esse problema desaparecer.” “Isto é muito difícil. Desisto, não me importo mais com isto.” O pastor deveria atirar uma granada no meio desses pensamentos. Ele deve insistir em que problemas na vida são ocasiões para que pessoas atribuladas ouçam a voz chamadora de Cristo, não insistindo em suas próprias soluções, nem desistindo com desesperança. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 27
O ACONSELHAMENTO VISA CONFORMAR A PESSOA À IMAGEM DE CRISTO
À medida que uma pessoa é santificada, ela se despe das ocupações prejudiciais à alma e se veste das que têm como alvo a semelhança com Cristo. Lembre: Cristo é tanto o meio como o alvo do aconselhamento. [...] este [...] alvo pode, a princípio, não parecer muito proveitoso para alguém que esteja nas angústias da depressão ou tentando se recuperar da morte de um filho. Seu desafio como pastor é mostrar aos outros, de maneiras convincentes, por que este alvo – uma vida conformada a Cristo – é muito melhor do que o desejo imediato por felicidade ou alívio do sofrimento. Embora trabalhemos, certamente, para que o deprimido tenha o espírito aliviado e o aflito ache consolo, não paramos aí. Queremos que eles vejam as glórias de buscarem e de se tornarem mais semelhantes a Cristo. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 27-28
QUANDO A PESSOA PROCURA POR ACONSELHAMENTO
O aconselhamento iniciado pela própria pessoa é geralmente a maneira mais natural de desencadear o processo. Quando uma pessoa procura um pastor para receber aconselhamento, isso acontece geralmente porque ela está ciente de sua necessidade de ajuda. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 28
QUANDO UMA PESSOA PROCURA O ACONSELHAMENTO PARA UM TERCEIRO
Em nossa experiência, o exemplo mais frequente de aconselhamento iniciado por um amigo é o da esposa que procura ajuda para seu marido. Este é um grande exemplo a ser considerado, visto que mostra tanto a vantagem quanto as potenciais desvantagens de iniciar o aconselhamento por instrumentalidade de outra pessoa. O Novo Testamento expressa uma visão positiva quanto a membros de igreja cuidarem da vida uns dos outros (Gl 6.1-2; Hb 3.12-13; Tg 5.19-20), incluindo o tornar pastores cientes das necessidades de seu povo para que os pastoreiem melhor. Por definição, está correto uma esposa procurar o pastor se está interessada no estado espiritual de seu marido. No entanto, as potenciais desvantagem exigem cautela da parte do conselheiro. [...] Por isso, o pastor deve estar ciente de que uma esposa interessada também precisará de ajuda para ter uma perspectiva bíblica. Mas até perspectivas parcialmente distorcidas não invalidam o interesse da esposa. Provérbios 18.17 diz: “O que começa o pleito parece justo, até que vem o outro e o examina.” Esta porção de sabedoria lembra ao pastor que, ao se aproximar do parceiro mencionado, ele terá a tarefa de primeiramente muito ouvir. O pastor deve iniciar uma exploração genuína com a esposa em questão e não deve emitir conclusões antecipadas. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 29
Outras situações de aconselhamento são iniciadas diretamente por pastores
que veem áreas de problemas na vida dos membros de sua igreja e os procuram para ajudá-los. Embora isto seja, às vezes, embaraçoso, aproximar-se de alguém para cuidar dele é parte do mandato do pastor (Tt 2.15; Hb 13.7). O exercício da autoridade pastoral nunca deve ser uma oportunidade para intimidar, bajular, argumentar ou manipular. [...] O pastor deve abordar os outros com uma ternura que está alicerçada em amor e paciência (1Ts 5.14). Isto exige coragem e habilidade. [...] Portanto, pastor, não se esquive desta tarefa como se o Supremo Pastor não estivesse ao seu lado. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 29-30
ALGUNS PROBLEMAS AO LIDAR COM OS QUE FOGEM DO ACONSELHAMENTO
Frequentemente, num tumulto de convicção ou de desespero, pessoas procuram o pastor para obter ajuda. Mas, depois, se sentem embaraçadas e se mostram evasivas quando você começa a responder ao pedido de ajuda. [...] Portanto, seja persistente e um tanto insistente até, pelo menos, um encontro inicial para ter conhecimento real do problema. Em geral, quando pessoas superam a hesitação inicial do primeiro encontro, percebem o valor do processo. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 32 CAPÍTULO 3 | SEU MÉTODO: COMO VOCÊ FAZ ACONSELHAMENTO?
O MÉTODO DO ACONSELHAMENTO
PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico
para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 34
COMO ENTENDER MELHOR O PROBLEMA
Você quer saber o que está acontecendo, mas frequentemente as pessoas compartilham seus problemas de maneira caótica, amontoando pilhas de detalhes desorganizados. Você pode pegar coisas das pilhas menores e ajudar a pessoa a organizar o que está dizendo.
PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico
para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 35
TENTANDO ENTENDER O QUE SE PASSA NO CORAÇÃO PELOS SINAIS
Depois de haver se inteirado das coisas básicas que estão acontecendo, você terá necessidade de considerar como o coração do aconselhado está respondendo em cada uma destas áreas. As respostas dele serão caracterizadas ou pela fé ou por várias outras coisas – temor, ira, desânimo, cobiça, indulgência, escape, ignorância, tristeza, desapontamento, descontentamento, suspeita. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 35
ABORDAGEM DO PASTOR AO FALAR COM O ACONSELHADO
Falar acuradamente à necessidade do coração vem somente depois de ouvir e considerar. Baseado nas respostas do coração da pessoa aconselhada, um pastor sabe ensinar, confortar, advertir, encorajar, aconselhar ou admoestar a partir da Escritura. O alvo é chamar a pessoa à fé de uma maneira que se dirija especificamente às respostas de seu coração, visto que somente a fé é o meio pelo qual a pessoa responde corretamente (Hb 11.6, 13-16; 12.1-2). E a fé vem por ouvir a Palavra de Cristo (Rm 10.17). Esta é a razão por que o aconselhamento tem de ser bíblico. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 35-36
DICAS PRÁTICAS PARA O AMBIENTE DE ACONSELHAMENTO
PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico
para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 37 PARTE 2 | PROCESSO
CAPÍTULO 4 | O ENCONTRO INICIAL
O NERVOSISMO NO ACONSELHAMENTO E AS REAÇÕES COMUNS
Embora a pessoa que busca ajuda esteja nervosa com o pensamento de divulgar lutas pessoais, o pastor está provavelmente ainda mais nervoso quanto a ouvi-la. O pastor é aquele de quem se espera que tenha as respostas que trarão vida – ou, pelo menos, não morte demais. Em meio a essa ansiedade, o pastor pode reagir de algumas maneiras inúteis. Por um lado, ele pode temer tanto o aconselhamento que o seu alvo passa a ser terminá-lo. Por isso, ele aparece com uma lista de perguntas precariamente conectadas para preencher o tempo. Ou ele pode aliviar a pressão por achar um livro em sua estante ou uma passagem da Escritura para falar sobre ela o tempo todo. Talvez ele faça uma combinação destas duas coisas. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 39
NO PRIMEIRO CONTATO: CONSTRUA CONFIANÇA
De algumas maneiras, a confiança é o “combustível” do aconselhamento. Sem ela, nada mais avançará. Embora você espere que o pastor já tenha conquistado a confiança geral de um membro da igreja por causa de seu ministério público, no aconselhamento você descobrirá que, como em qualquer outro relacionamento, a confiança pessoal tem de ser ganha. A maioria das pessoas chega ao aconselhamento com uma mistura de esperança e ceticismo. Estão abertas ao pastor por causa do que viram nele em seu ministério, mas estão ao mesmo tempo um tanto céticas porque não têm certeza de que ele as receberá e orientará competentemente. Uma grande parte de ganhar a confiança é mostrar humildade por ouvir bem e falar com consideração. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 40 NO PRIMEIRO CONTATO: MOSTRE MISERICÓRDIA Quando pessoas vêm com seus problemas, tendem imediata e frequentemente a se sentirem julgadas. Na maioria das vezes, estão cientes de que algo que estão fazendo está errado, embora não estejam dispostas a considerar a extensão. Isto torna muito sensível o seu radar para com palavras condenatórias. Se as pessoas sentirem condenação – em palavras, no tom de voz, na linguagem corporal – você não irá a lugar algum. Às vezes, a sensibilidade delas fica tão elevada, que é impossível não o interpretarem como condenatório. Mas com uma demonstração cuidadosa de paciência, o pastor pode destruir a muralha defensiva. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 40
NO PRIMEIRO CONTATO: MOSTRE AMOR
Parte do plano de Deus para mostrar seu amor a um mundo decadente é incorporar esse amor no cuidado de um cristão e na aceitação de outros crentes. [...] Os pastores têm o privilégio de tornar visível o Deus invisível para pessoas aflitas quando mostram o amor cristão. Amar alguém significa mostrar interesse pelo seu bem-estar, ainda que você seja incapaz de resolver seus problemas particulares. Esse tipo de amor é realmente mais importante do que a solução. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 41
NO PRIMEIRO CONTATO: TENHA RESPEITO
Você se verá frequentemente sentado diante de pessoas que são uma total bagunça. Elas sabem disso. Você também sabe. E elas sabem que você sabe. O pastor é chamado a mostrar respeito em tal estado. Honestamente, isto é difícil quando você lida com pessoas que são furtivas, egocêntricas, tolas, arrogantes ou infantis. Até nestes casos, um pastor pode manter um nível de respeito por reconhecer cada pessoa como um portador da imagem de Deus (Gn 1.26-28) e um potencial portador da imagem do próprio Filho de Deus (Rm 8.28-29; 2Pe 3.9). Todas as pessoas estão, portanto, investidas com a dignidade de refletir a Deus, não importando quão defeituosa ou turva esta imagem se torne. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 41
A PRINCÍPIO DEVEMOS ESTAR INTERESSADOS EM OUVIR
Devemos evitar a tentação pastoral de transformar toda sessão de aconselhamento em outro sermão. No aconselhamento, os pastores primeiro ouvem e, depois, falam. Devemos atentar à advertência de Salomão: “O insensato não tem prazer no entendimento, senão em externar o seu interior” (Pv 18.2). O alvo central do primeiro encontro é entender a pessoa e suas preocupações primárias. [...] Cremos que frequentemente é melhor abrir o encontro com uma pergunta geral que permita a pessoa dirigir a conversa da maneira que lhe pareça mais urgente. Já sugerimos que o pastor diga algo como: “Como posso ajudá-lo hoje?”. [...] Nós o encorajamos a tomar notas para ajudá-lo a se manter focalizado na conversa. Tomar notas também o ajuda a organizar as informações que uma pessoa geralmente transmite de uma forma pouco organizada. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 42-43
DEVE-SE ESTIMULAR A ESPERANÇA NA RESTAURAÇÃO DE TODAS AS COISAS
PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico
para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 44 O TEMPO E DURAÇÃO DO ENCONTRO No que diz respeito à duração, o pastor terá de avaliar quantos encontros de aconselhamentos deverão ser necessários e oferecer, pelo menos, uma estimativa aproximada de quantos encontros o aconselhando deve esperar. Evite o impulso de prometer demais. Se não tem certeza, diga apenas que tratará novamente do assunto no encontro seguinte. Também seja claro a respeito da duração de cada sessão. Por exemplo, se você planeja encontros semanais, ter sessões de uma hora é uma boa disciplina a ser mantida para o benefício tanto do pastor quanto do aconselhado. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 45-46
CAPÍTULO 5 | TRABALHANDO POR MUDANÇA
NO ACONSELHAMENTO: SE ATUALIZE DE COMO ANDA A VIDA DA PESSOA
Primeiramente, faça uma atualização (update). Você quer ter um forte senso do que é mais urgente na mente da pessoa quando ela vem ao seu gabinete. Frequentemente, pessoas se sentem perturbadas quanto a uma conversa que acabaram de ter, temem admitir algum fracasso desde a última semana ou se preocupam com alguma situação que acabou de surgir no trabalho. Buscar uma atualização a respeito de como elas estão indo, permite que expressem o que lhes é mais urgente. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 47
COMO EXAMINAR A BÍBLIA COM O ACONSELHADO
A tarefa mais comum designada entre as sessões de aconselhamento é o estudo e a meditação diligente de uma passagem bíblica relevante. Você deve tomar tempo para examinar o texto designado e os discernimentos bíblicos obtidos pelo aconselhado. A melhor maneira de estruturar isto é fazer perguntas que revelem três coisas: PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 48
NÃO FUJA DE EXPRESSÕES EMOCIONAIS; REVELAM O CORAÇÃO
Palavras são como uma pressão barométrica para elas. Revelam o que uma pessoa crê, o que deseja e ao que se dedica. “Odeio meu marido.” “Não acho que Deus se importa comigo.” “Eu desisto.” “Ninguém sabe o que estou passando.” Estas afirmações revelam tanto crenças quanto emoções. Não tenha medo de enfrentá-las. Se você se esquiva de tópicos que revelam emoções fortes, perderá uma tremenda oportunidade para avaliar o coração. Não saia rapidamente de momentos emocionais. Com frequência, essas ocasiões o colocam mais perto de descobrir as crenças e os anseios mais profundos de uma pessoa. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 49
O ÍDOLO DO CORAÇÃO NEM SEMPRE É TÃO ÓBVIO
Primeiro, não seja apressado ou simplista em rotular o que o coração da pessoa está adorando. Você não está à caça de um ídolo, como se essas coisas pudessem ser rotuladas facilmente. Um viciado em vídeo games, de trinta e quatro anos, não está adorando seu Xbox. Uma adolescente sexualmente ativa não está adorando seu namorado. Como os deuses da fertilidade cananeus aos quais os israelitas eram tão inclinados, estes objetos são meios de atingir algo mais. Israel estava enamorado não de uma peça de madeira esculpida, mas do que pensavam que o deus lhes poderia dar: fertilidade, riqueza, prosperidade, segurança, aceitação, perpetuidade de gerações – em outras palavras, a vida nos termos deles mesmos. Os israelitas queriam todos estes benefícios à parte de seu Criador. Por isso, o verdadeiro problema do povo de Israel era que eles rejeitavam a Deus para seguir a vida sem ele. O viciado em vídeo games está usando o Xbox como um objeto para atingir várias possibilidades: o significado de realizar grandes feitos, um escape das dificuldades da vida real ou apenas o prazer da estimulação do impulso. Em qualquer que seja a combinação, ele está procurando a vida sem o governo de Deus. A adolescente sexualmente ativa está usando seu namorado para atingir várias possibilidades: um senso de aceitação num relacionamento, aceitação em um grupo de colegas, escape de uma família não amorosa, talvez o simples prazer do sexo. Estas são questões de adoração que são mais profundas do que o objeto na superfície. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 50
É MAIS FÁCIL ACONSELHAR, TORNANDO ALGUÉM CONSCIENTE DOS ÍDOLOS
Frequentemente, a exortação direta não é o lugar onde devemos começar. Um marido tomado de raiva pode pensar que está apenas irado por causa do assunto da última briga – ou seja, uma discordância quanto às finanças. Identificar seu ídolo como dinheiro e repreendê-lo por sua raiva não funcionará. Você tem de ajudá-lo a se tornar mais consciente das coisas que ele crê a respeito de sua esposa (que ela é materialista ou desrespeitosa), das coisas que ele quer (liberdade para fazer o que lhe agrada) e de outras maneiras pelas quais sua ira se expressa (comentários sarcásticos, falta de cordialidade para com a esposa). O que este homem precisa é de instrução paciente e de um trabalho exploratório que ilumine seu coração. Isto leva tempo. Você não quer apenas dizer-lhe quais são os seus ídolos e, depois, admoestá-lo a adorar a Deus, em vez dos ídolos. Não suponha que as pessoas são verdadeiramente conscientes do que motiva seus sentimentos e comportamento. Admoestação é necessária, porém é mais eficiente quando alguém se torna consciente do que está fazendo e de por que o está fazendo. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 50-51
A IMPORTÂNCIA DE ABORDAR AS CONSEQUÊNCIAS DAS DECISÕES
Toda decisão na vida – pequena ou grande – tem consequências. Este é o princípio bíblico de semear e colher. O tipo de semente que você planta é o tipo de colheita que você leva para casa (Gl 6.7-10). No aconselhamento pastoral, no que diz respeito a decisões, é proveitoso explorar as alternativas diferentes que uma pessoa pode ter diante de si e traçar as consequências lógicas de certas escolhas ou hábitos. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 55
CAPÍTULO 6 | O ENCONTRO FINAL
A DELEGAÇÃO DO ACONSELHAMENTO COM SUPERVISÃO
No decurso de seu cuidado por eles, o cuidado de outra pessoa emerge como mais eficiente. Se você está aconselhando no contexto da igreja local, estará utilizando outros casais ou indivíduos para acompanhar o aconselhado. Frequentemente, estes outros indivíduos se tornam mais eficientes do que você em abordar as questões do coração do aconselhado. Isto não é uma ameaça à sua posição como pastor; em vez disso, é uma característica da igreja que funciona bem. [...] Mas assegure-se de manter a supervisão pastoral desse cuidado. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 59
ALGUNS CASOS DENUNCIAM QUE PRECISAMOS DELEGAR
Você tentou ajudar as pessoas por um tempo, e as coisas parecem não estar indo a lugar algum. Elas se esforçaram para fazer as mudanças, mas o problema como o qual eles começaram ainda prevalece. Talvez esteja até piorando. Isto pode ser proveniente de falta de discernimento ou habilidade de sua parte ou pode resultar de dureza de coração, ignorância ou outros fatores da parte deles. Geralmente, é um pouco de ambos. Mas o fato é que nada parece estar fazendo diferença. Esse é um bom tempo para considerar o encaminhamento para alguém que seja capaz de fazer mais do que você. [...] Você terá situações de aconselhamento em que os aconselhados usarão o encontro basicamente para reclamar, fofocar e lamentar. Mas, quando se tratar de estudar a Escritura, examinar os motivos de coração, confrontar o pecado ou enfrentar suas próprias desconfianças, eles simplesmente não desejarão fazê-lo. [...] Haverá situações em que seus enganos serão dolorosamente evidentes. Talvez você complicou as coisas por falar sobre um assunto sem entendê-lo ou por responder-lhes com frustração evidente. Esqueceu os compromissos com eles ou foi incapaz de encaixá-los em sua agenda com frequência razoável. O fato é que eles perderam a confiança em você – ou por sua falta ou pelas expectativas irrealistas deles. Em qualquer caso, pessoas não seguirão sua orientação se não confiam em você, e isso significa que é tempo de terminar o aconselhamento. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 59-60
O CUIDADO PASTORAL DEPOIS DO TEMPO DE ACONSELHAMENTO
Sempre deixe a porta aberta no final. Isto não é necessariamente uma promessa de mais aconselhamento, mas, antes, de dedicação para vê-los continuando a crescer por qualquer meio que o Senhor usar. Seja claro a respeito de suas expectativas para o futuro, especialmente sobre o seu papel depois que o aconselhamento terminar. Não se torne inacessível a eles. Você deve receber bem uma conversa casual depois de um culto ou um telefonema ocasional como parte de seu cuidado contínuo. Frequentemente estas conversas são as pequenas proteções que ajudam as pessoas a permanecerem no curso. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 64
PARTE 3 | CONTEXTO
CAPÍTULO 7 | NUNCA TRABALHE SOZINHO: A CULTURA DE DISCIPULADO
CRIANDO UMA CULTURA DE DISCIPULADO NA IGREJA
Criar uma cultura de discipulado não é primeiramente criar programas, classes, grupos ou outros tipos de reparos estruturais na vida da igreja. Certamente, programas de mentoreamento podem conectar cristãos mais velhos e mais sábios com cristãos mais jovens e menos maduros. Pequenos grupos podem edificar relacionamentos mais íntimos com outros crentes. Classes de escola dominical baseadas em faixa etária podem oferecer instrução específica para várias situações da vida. Grupos de apoio podem cuidar de membros em certos estágios (recém-casados, pais novatos) ou problemas da vida (divórcio, depressão). Todas estas estruturas podem ser proveitosas. Mas uma cultura de discipulado pode florescer sem elas. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 68
O COMPROMISSO DOS CRENTES UNS COM OS OUTROS
Quando um crente se une a uma igreja, recebe mais do que o cartão de membresia. Ele recebe o compromisso de outros crentes com seu bem espiritual e se compromete com o deles. Uma pessoa que se une a uma igreja não deveria se sentir tranquilo em ser apenas um membro domingueiro. Ela está assumindo um compromisso de renúncia ao seu individualismo. Membresia significa compromisso com a igreja como um todo. Esse compromisso fundamental é fazer discípulos. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 69
OS MEMBROS DEVEM SE COMPROMETER COM A SANTIDADE DE OUTROS
Você também deve deixar claro ao seu povo a conexão entre membresia e disciplina. Esta palavra evoca sentimentos desagradáveis – e com justiça, porque até a Escritura reconhece que a disciplina é necessariamente desagradável (Hb 12.11), a fim de realizar seu bendito propósito: “fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça”. A disciplina eclesiástica significa apenas membros de uma igreja amando uns aos outros por confrontarem padrões de pecado que destroem e corrompem a igreja (Mt 18.15-20; 1Co 5.1-5). Como todo amor real, a disciplina eclesiástica odeia o que é mau e ama o que é bom, por tratar uns aos outros tanto com paciência quanto com honestidade em relação ao pecado (Rm 12.9-21). A disciplina eclesiástica é mais do que sua expressão final de excomunhão; é uma parte da vigilância regular que os membros têm pela alma uns dos outros. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 69 CAPÍTULOS 8 | TRABALHANDO COM SABEDORIA: RECURSOS EXTERNOS
HÁ SITUAÇÕES QUE MANIFESTAM A NECESSIDADE DE PROFISSIONAIS
Embora você deva ter aconselhados que buscam regularmente consulta médica desde o começo, às vezes pessoas mostram padrões de comportamento bizarros e intrusivos ou reações emocionais extremas que parecem incontroláveis. Estas coisas podem ser indicadores de que a fisiologia deles requer a atenção de um médico. [...] Quando uma pessoa ameaça suicídio, homicídio ou qualquer abuso a crianças, a pessoas idosas ou a pessoas dependentes, você deve comunicar o fato às autoridades imediatamente. Se você tem suspeitas razoáveis ou direta admissão de seu aconselhado de que o abuso já aconteceu, precisa reportar isso também. Procure conhecer as leis de seu país, bem como os serviços de proteção às crianças que o Estado oferece. As pessoas que o buscam para aconselhamento precisam saber, quando começam o processo com você, que lhe é exigido revelar essas coisas. Reportá-las às autoridades não significa que você está sendo um pastor indigno de confiança; e você pode dizer isso com dois fatos simples: primeiro, pela lei você não tem permissão de determinar culpa ou inocência por sua própria autoridade. Segundo, você permanecerá comprometido com o pastoreio das necessidades espirituais delas não importando o que venha a acontecer. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 75-76
O PROBLEMA DOS PSICOLOGIA SECULAR E COMO LIDARMOS COM ELA
No caso de um psicólogo que não tem convicções cristãs, uma antropologia não bíblica está claramente visível. Conselhos dessa fonte podem conter discernimentos práticos, mas têm limitações evidentes. Psicólogos podem oferecer estratégias mentais para controlar pensamentos obsessivos, identificar padrões de respostas emocionais disruptivas ou prover estratégias de comunicação padronizadas para certos problemas; e estas estratégias podem ser genuinamente proveitosas. Mas tudo isto fica aquém da sabedoria que molda a vida. Portanto, especialistas em determinados problemas podem ser úteis para as pessoas de sua igreja, mas somente quando o conselho deles é submetido a uma mais ampla cosmovisão bíblica. Por exemplo, um psicoterapeuta que é especialista em transtorno de estresse pós-traumático saberá muito a respeito das experiências comuns de um soldado que retornou de uma guerra e pode reconhecer sinais de alerta em seu comportamento. Mas não pode explicar o ponto de partida teológico do medo, a realidade do perigo em um mundo caído ou a esperança de um mundo recriado. A mesma coisa pode ser verdadeira quanto a psicólogos que se especializam em transtornos de sono, síndrome de Tourette, questões de infertilidade, traumas de infância e mais. [...] Portanto, se as pessoas de sua igreja buscam conselheiros seculares por qualquer razão, não as deixe pensar que substituíram a necessidade de orientação bíblica da parte de seu pastor. [...] No que diz respeito a conscientização do médico quanto aos limites do cuidado médico, um bom psiquiatra sabe que seu foco deve estar nos aspectos médicos do problema e não em se arriscar em conselho espiritual, moral ou relacional. Profissionais médicos podem oferecer soluções práticas que favorecem realidades físicas, mas a sabedoria que molda a vida e conselho espiritual estão fora de seu domínio profissional. PIERRE, Jeremy; REJU, Deepak. O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para o Pastoreio de Membros em Necessidade. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2015. p. 79-80