Filosofia 2023. 1 Novo
Filosofia 2023. 1 Novo
Filosofia 2023. 1 Novo
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
MITO E FILOSOFIA
ÉTICA
ESTÉTICA
FILOSOFIA POLÍTICA
O QUE É A FILOSOFIA?
A pergunta já foi feita por várias gerações nas mais diversas sociedades.
Afinal, o que significa a palavra filosofia? A palavra filosofia deriva das
palavras gregas Philo (amor) e Sophia (sabedoria), tratar-se esta do gosto pelo
conhecer.
PORÉM, O QUE É REALMENTE A FILOSOFIA?
• É o questionamento da realidade, procurando as causas e os princípios
das coisas: é a procura do saber.
• É o ato de pensar livre e racionalmente, no qual se reflete sobre toda a
realidade.
• Surge da necessidade do Homem explicar o mundo e o sentido da sua
existência, pelo que não se satisfaz com respostas imediatas e superficiais,
procurando sempre, sem cessar, melhorar todo o seu saber.
Assim, a Filosofia surge como uma reflexão crítica sobre o conhecimento
e sobre o mundo. É um “conjunto de respostas” aos problemas que se
colocam, pelo que nenhuma resposta é definitiva ou totalmente correta.
Você mesmo pode construir o seu próprio significado de filosofia, desde
que seja construído com base em conceitos bem solidificados e com
sentido e não meras bases desequilibradas.
MOTIVOS INCRÍVEIS PARA ESTUDAR FILOSOFIA!
1. APRENDER A ARGUMENTAR
Argumentar não é vencer alguém, forçá-lo a aceitar a nossa verdade. Seja na
escola, na política, no trabalho ou numa simples conversa, saber argumentar é,
primeiramente, saber compreender o raciocínio do outro. Argumentar é também
conseguir o que desejamos, mas de uma forma construtiva e num sistema de
conversa, onde devemos sempre ouvir o que o outro tem para dizer. O principal
objetivo da argumentação é passar a nossa verdade para a verdade do outro.
2. SER ABERTO A NOVAS IDEIAS
Estima-se, atualmente, que a população humana seja superior a 6,8 bilhões de
pessoas. Embora os nossos cérebros funcionem todos da mesma maneira,
cada indivíduo pensa de uma forma completamente diferente. A filosofia
estimula a investigação, não desprezando a realidade, mas nos tornando
capazes de ir além dos conceitos e dos preconceitos presentes na sociedade,
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O MITO
A definição dada pelos dicionários, grosso modo, é a de que "mito quer dizer
história ou conjunto de histórias que fazem parte da cultura de um povo e
tentam explicar fenômenos incompreendidos ou sem resposta comprovada,
como a criação do mundo, o sentido da vida humana e morte" (História
ilustrada da Grécia antiga, p.58). O mito, isto é, o pensamento mítico busca por
meio de uma crença alcançar uma verdade; procura encontrar o sentido da
vida; tenta dar explicações que perpetuamente inquietam o ser humano.
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O PENSAMENTO FILOSÓFICO
LÓGICA
ÉTICA E MORAL
Isso é certo ou errado? Bom ou ruim? Devo ou não devo? Provavelmente você
já deve ter feito alguma dessas perguntas na hora de tomar uma decisão ou
fazer uma escolha. Essas perguntas permeiam a reflexão sobre dois termos:
ética e moral.
É muito comum esses termos serem confundidos como se significassem a
mesma coisa. Embora estejam relacionados entre si, moral e ética são
conceitos distintos.
A palavra “ética” vem do grego ethos. Em sua etimologia, ethos significa
literalmente morada, habitat, refúgio. O lugar onde as pessoas habitam. Mas
para os filósofos, a palavra se refere a “caráter”, “índole”, “natureza”.
Sócrates coloca o autoconhecimento como a melhor forma de viver com
sabedoria. E seguindo a máxima de Aristóteles em “Ética a Nicômaco” e em
seu pensamento moral de forma geral, “somos o resultado de nossas
escolhas”. Aristóteles acreditava que a ética caracteriza-se pela finalidade e
pelo objetivo a ser atingido, isto é, que se possa viver bem, ter uma vida boa,
com e para os outros, com instituições justas. Já Platão entende que a justiça é
a principal virtude a ser seguida.
Neste sentido, a ética é um tipo de postura e se refere a um modo de ser, à
natureza da ação humana, ou seja, como lidar diante das situações da vida e
ao modo como convivemos e estabelecemos relações uns com os outros. É
uma postura pessoal que pressupõe uma liberdade de escolha.
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RESPONDA:
1.. Para Aristóteles, ser ético significa viver conforme a razão. O que ele quer
dizer com isso? De acordo com o pensamento aristotélico, os comportamentos
adotados pelo homem deveriam ser racionais, na medida que contivessem
finalidades práticas, intelectuais para que assim, tivéssemos princípios que
guiariam todo o campo de nossa conduta moral.
ESTÉTICA
A cultura popular é algo criado por um determinado povo, sendo que esse
povo tem parte ativa nessa criação.Pode ser representada pela literatura,
música, arte, dança e etc. A cultura popular é influenciada pelas crenças do
povo em questão e é formada graças ao contato entre indivíduos de certas
regiões.
CULTURA NA FILOSOFIA
De acordo com a filosofia, a cultura é o conjunto de manifestações humanas
que contrastam com a natureza ou o comportamento natural. É uma atitude de
interpretação pessoal e coerente da realidade, destinada as posições
suscetíveis de valor íntimo, argumentação e aperfeiçoamento. Além dessa
condição pessoal, cultura envolve sempre uma exigência global e uma
justificação satisfatória. Podemos dizer que há cultura quando essa
interpretação pessoal e global se liga a um esforço de informação, no sentido
de aprofundar a posição adotada de modo a poder intervir em debates. Essa
dimensão pessoal da cultura, como síntese ou atitude interior, é indispensável.
ARTE E ALIENAÇÃO
A arte por si só não promove mudanças na sociedade, ela pode
contribuir para a conscientização das massas através dos artistas
engajados politicamente, porém isto depende das condições objetivas
e subjetivas onde ocorre a luta de classes. Isto explica por que em
determinadas épocas temos uma maior produção cultural e um maior
engajamento por partes dos artistas, e em outros momentos um
maior empobrecimento intelectual e alienação dos artistas.
A arte e os bens culturais estão no capitalismo submetidos aos
interesses do mercado, dessa forma não passam de negócios, como
qualquer outro produto. O nosso carnaval e o nosso futebol são
vitrines para vender mercadorias. O carnaval feito pela população já
não existe mais com raras exceções, as escolas de sambas se
tornaram uma grande indústria do entretenimento que movimenta
milhões de reais, a população de baixa renda antes personagens
principais, foi varrida dos destaques destas escolas de samba, hoje
são apenas números. Enquanto os empresários bancam suas musas
para se tornarem celebridades e com isto receber convites para capas
de revistas masculinas ou ascender através de espaços na mídia,
contratos etc. Atrizes, modelos, atletas, turista, empresários,
colunistas sociais e outros, são estes os personagens principais de
nosso carnaval, até o carnaval da Bahia se elitizou “Quem não paga o
abadá não pode ficar próximo ao trio elétrico”, quem não tem
padrinho não se torna madrinha das baterias das escolas de samba
do Rio e de São Paulo.
Vivemos a época da morte da razão crítica tão propalada pelo
iluminismo ainda no nascedouro do capitalismo, asfixiadas pelas
relações de produção capitalista, a indústria cultural ou indústria da
diversão, promove a deturpação das consciências levando os sujeitos
à adaptação ao sistema social dominante.
O nosso carnaval como parte da indústria do lazer e divertimento
investe em determinados produtos culturais que agradam as massas
de forma imediata, ela não está preocupada com uma educação
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filósofo alemão Karl Marx nós encontramos um outro modelo. Pois agora a
verdade é a dialética do movimento do mundo material (o mundo das ideias
platônico é uma quimera, só existe o mundo sensível, material) histórico e da
luta de classes entre opressores e oprimidos. Marx, além disso, denuncia a
filosofia que, ocupando-se apenas em interpretar o mundo, esquece de
transformá-lo. Mas a práxis revolucionária marxista, que fique bem claro, não é
uma práxis que se faria às cegas. Toda práxis demanda sua teoria, e cabe à
filosofia, então revolucionária indicar-lhe o seu portador.
TRABALHO E ALIENAÇÃ O
Alienação
Trabalho alienado
Será que o trabalho aliena o indivíduo? Para Marx existe sim o trabalho
alienado. Este seria o trabalho que a sociedade industrial criou, a sociedade
dominada pela produção de mercadorias. O trabalho que rompe a ligação entre
o homem e sua atividade vital.
Marx descreveu algumas características do trabalho alienados, que aqui estão:
"a alienação e o caráter fortuito do trabalho em relação ao sujeito trabalhador";
"a alienação e o caráter fortuito do trabalho em relação ao objeto dele";
"a determinação absoluta do trabalhador pelas necessidades, já que o trabalho
(...) não tem para ele outro significado que ser uma fonte de satisfação de suas
necessidades, enquanto ele só existe para elas como escravo de suas
necessidades";
"resumir o trabalhador à luta pela subsistência, fazendo com que ele (...)
destine sua vida a adquirir meios de vida".
Estão aí as características do trabalho alienado segundo Marx. Características
estas que separam o homem de sua naturalidade.
Quem nunca assistiu ao filme "Tempos Modernos" de Charles Chaplin? Este
filme mostrava explicitamente o trabalho em sua forma de alienação. O
indivíduo trabalhava em uma fábrica de peças e fazia sempre a mesma coisa:
apertava roscas. Mas não sabia para quê? Qual era a finalidade daquilo? Ele
era um escravo do trabalho. Não havia uma finalidade para que estivesse
fazendo aquilo, a não ser receber o salário no final do mês.
Logicamente, o exemplo é de um filme, mas que não foge da realidade de hoje.
Veja nas indústrias. Trabalhadores fazendo repetições sem conhecer muitas
vezes o produto final daquele parafuso que ele aperta incansavelmente todos
os dias. Sua realidade torna-se limitada e esse trabalho acaba por desumanizar
o indivíduo, fazendo-o trabalhar como escravos de suas necessidades.
Podemos disso tirar uma conclusão que, num cenário amplo, a sociedade
capitalista aliena o ser humano.
O trabalho realmente pode alienar um indivíduo e, por consequência disto,
pode alienar-se do mundo por estar vivendo dentro de um espaço limitado. Seu
conhecimento pode não ir mais longe do que apertar um simples parafuso. E
será que um trabalhador como esse consegue discernir a realidade social em
que vive?
Ou seja, o Trabalho alienado, e aquele trabalho em que o indivíduo passa
despercebido por ele, e pelo que acontece a sua volta e um indivíduo que
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segue uma rotina capitalista que de tanto estar acostumado com a rotina ele
esquece da vida, ele só espera o a semana acabar para poder voltar a mesma
rotina.
Lazer alienado
O processo de alienação na sociedade industrial afeta também a utilização do
tempo livre destinado ao lazer.
A indústria cultural e de diversão vende peças de teatro, filmes, livros,
shows, jornais e revistas como qualquer outra mercadoria. E o consumidor
alienado compra seu lazer da mesma maneira como compra seu sabonete.
Consome os “filmes da moda” e frequenta os “lugares badalados” sem um
envolvimento autêntico com o que faz.
Agindo desse modo, muitos se esforçam e fingem que estão se divertindo,
pensam que estão se divertindo, querem acreditar que estão se divertindo. Na
verdade, “através da máscara da alegria se esconde uma crescente
incapacidade para o verdadeiro prazer”.
Consumo Alienado
O Tópico que provavelmente e o mais importante, o consumo alienado e o
indivíduo que compra certa mercadoria e não usa, geralmente compra
Consumo é o ato de a sociedade adquirir algo para atender as suas
necessidades e seus desejos. Quando a pessoa compra de uma forma para
aliviar sua ansiedade ou compra exageradamente e muitas vezes nem utiliza o
produto, a pessoa se torna alienada. Oneomania é uma doença que atinge
principalmente as mulheres, alguns dos sintomas que possam detectar a
doença é o fato de a pessoa querer comprar tudo o que vê pela frente, se
tornando viciado (a) em compras. As empresas devem estar sempre atentas e
inovando a cada dia para atender as necessidades e os desejos de seus
clientes.
por estar na moda ou por influência das pessoas e da mídia. O Consumo
alienado também fala do indivíduo que usa o produto por estar na moda
mesmo não gostando do produto ele o utiliza, para ficar na moda e para
demonstrar diferença de status.
De acordo com Marx, capital e trabalho apresentam um movimento constituído
de três momentos fundamentais:
Primeiro, “a unidade imediata e mediata de ambos”; significa que num primeiro
momento estão unidos, separam-se depois e tornam-se estranhos um ao outro,
mas sustentando-se reciprocamente e promovendo-se um ao outro como
condições positivas;
Em segundo lugar, “a oposição de ambos”, já que se excluem reciprocamente
e o operário conhece o capitalista como a negação da sua existência e
viceversa;
Em terceiro e último lugar, “a oposição de cada um contra si mesmo”, já que o
capital é simultaneamente ele próprio e o seu oposto contraditório, sendo
trabalho (acumulado); e o trabalho, por sua vez, é ele próprio e o seu oposto
contraditório, sendo mercadoria, isto é, capital.
Já a alienação ou estranhamento é descrita por Marx sob quatro aspectos:
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DIVERSIDADE E SiMBOLOGIA
EXIERCÍCIO:
Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de produção foi a
mais fluida possível. Permitiu constante mobilidade de classe para classe e até
de uma raça para outra. Esse amor, acima de preconceitos de raça e de
convenções de classe, do branco pela cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu
poderosamente na formação do Brasil, adoçando -o (Gilberto Freire, O mundo
que o português criou).
[Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um processo
de integração das “raças” em condições de igualdade social. O resultado foi
que
(...) ainda são pouco numerosos os
segmentos da “população de cor” que conseguiram se integrar, efetivamente,
na sociedade competitiva (Florestan Fernandes, O negro no mundo dos
brancos). Considerando as atitudes expostas acima e os pontos de vista dos
estudiosos, é correto afirmar que:
A) A posição de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes demonstram o
conhecimento do senso comum diante da questão étnica no Brasil.
B) A posição de Gilberto Freire e a do turista estrangeiro demonstram a
visão da ciência antropológica diante da questão étnica no Brasil.
C) A posição do turista estrangeiro demonstra o conhecimento do senso
comum diante da questão étnica no Brasil.
D) Somente a posição de Gilberto Freire caracteriza a visão da ciência
antropológica diante da questão étnica no Brasil.
E) Somente a posição de Florestan Fernandes caracteriza a visão da
ciência antropológica diante da questão étnica no Brasil.
Resolução desta questão na Plataforma
REFERÊNCIA:
ADAS, Sérgio. Propostas de trabalho e ensino de Filosofia: especificidade: das habilidades;
eixos temático-históricos e transversalidade. Moderna. São Paulo, 2012