Unidade4 Procedimento Fiscal

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ESAF

Escola de Administração Fazendária

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS

Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23

Data de Protocolo: 01/01/2000

Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL

Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ

Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

Processo Administrativo Fiscal - PAF


Unidade 4 – Procedimento fiscal
Ficha técnica

Coordenação de Produção
Escola de Administração Fazendária - ESAF

Coordenação Técnica e Conteúdo


Maria das Graças Patrocínio Oliveira

Ana Maria Ribeiro dos Reis

Desenvolvimento
Avante Brasil Tecnologias Educacionais
Sumário

Apresentação .........................................................................................................................4

1 Aspectos conceituais do procedimento fiscal ..................................................................5

2 Competência para o exercício da atividade de fiscalização.............................................6

3 Termo de Distribuição do Procedimento Fiscal - TDPF ...................................................7

4 Início do procedimento fiscal .............................................................................................8

4.1 Exclusão da espontaneidade ....................................................................................8

4.2 Prazo de validade dos atos de fiscalização...........................................................11

4.3 Prorrogação da espontaneidade (art. 47 da Lei nº 9.430/1996) ..........................13

5 Termos fiscais ...................................................................................................................15

6 Procedimento para suspensão de imunidade tributária e de isenção condicionada...16

7 Procedimento de exclusão de ofício do Simples Nacional.............................................18

8 Reexame de tributos em relação ao mesmo exercício ...................................................20

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS

Dados do Processo

Apresentação

Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

Nesta unidade, serão abordadas a fase preparatória do lançamento e as


consequências advindas do início do procedimento fiscal.

Os assuntos abordados são:

• Aspectos conceituais do procedimento fiscal


• Competência para o exercício da atividade de fiscalização
• Termo de Distribuição do Procedimento Fiscal - TDPF
• Início do procedimento fiscal
• Termos fiscais
• Procedimentos de fiscalização na área aduaneira
• Procedimento para suspensão de imunidade tributária e de isenção condicionada
• Procedimentos de exclusão de ofício do Simples Nacional
• Reexame de tributos em relação ao mesmo exercício

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MINISTÉRIO DA FAZENDA
SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS

Dados do Processo

1 Aspectos conceituais do
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ

procedimento fiscal
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

A legislação processual tributária associa o termo procedimento fiscal à atividade


administrativa realizada na fase pré-litigiosa (ou procedimental) do processo de
determinação e exigência do crédito tributário, que consiste em:

• tomar a termo declarações;


• analisar declarações, documentos e livros;
• reunir elementos de prova capazes de dar sustentação a uma eventual autuação.

É na fase pré-litigiosa que a autoridade fiscal procede às investigações. Como se


vê, o procedimento fiscal possui natureza eminentemente inquisitória.

Consequentemente, na chamada fase procedimental, a autoridade fiscal não está


obrigada a informar o sujeito passivo acerca das investigações realizadas nem precisa
abrir vista dos elementos de prova coletados.

É bem verdade que a Constituição Federal/1988, em seu art. 5º, inciso LV, assegura
aos litigantes em processo administrativo e aos acusados, em geral, o direito ao
contraditório e à ampla defesa. Ocorre, porém, que a posição daquele que está submetido
à ação fiscal não é a de litigante nem a de acusado, mas, simplesmente, a de investigado.

Somente após ser cientificado da formalização da exigência é que o sujeito passivo


terá direito, propriamente, ao contraditório e à ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes.

Sob este prisma, portanto, o procedimento fiscal deve


ser visto como etapa preparatória para a constituição do
crédito tributário.
O que não implica dizer, por sua vez, que todo
lançamento tenha que ser precedido de intimação formal
ao sujeito passivo para que este apresente documentos ou
preste esclarecimentos.
Pode perfeitamente ocorrer que a autoridade fiscal já
disponha, antemão, de elementos suficientes para a
constituição do crédito tributário e que efetue, assim, o
lançamento de imediato, sem que seja necessária
qualquer intimação prévia ao sujeito passivo.

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Dados do Processo

2 Competência para o exercício da


Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ

atividade de fiscalização
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

Conforme art. 142, caput, do Código Tributário Nacional – CTN, compete à autori­
dade administrativa, privativamente, constituir o crédito tributário através do lançamen­
to, quando deverá realizar as seguintes atividades:

• verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação;


• determinar a matéria tributável correspondente;
• calcular o montante do tributo devido;
• identificar o sujeito passivo;
• propor, se for o caso, a aplicação da penalidade cabível.

Trata-se de um poder-dever. À autoridade administrativa não é dado decidir sobre a


conveniência ou a oportunidade da constituição do crédito tributário. Sua conduta, como
de resto a de qualquer outro servidor, está pautada pelo princípio da indisponibilidade dos
bens públicos. Exatamente por isso, a atividade do lançamento é vinculada e obrigatória,
sob pena de responsabilidade funcional (art. 142, parágrafo único, do CTN).

Conforme  art. 194,  caput, do CTN, caberá à legislação tributária regular, em


caráter geral, ou, especificamente, em função da natureza do tributo de que se tratar, a
competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização.

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Dados do Processo

3 Termo de Distribuição do Procedimento


Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ

Fiscal - TDPF
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

A administração fazendária, dentro dos TERMO DE DISTRIBUIÇÃO DO FISCAL PROCEDIMENTO FISCAL


ALTERADO EM DD/MM /AAAA
TERMO DE DISTRIBUIÇÃO
DE FISCALI ZAÇÃO (TDPF-F)
DE PROCEDIMENTO

limites legais, pode estabelecer normas para NATUREZA DA ALTERAÇÃO


PROCEDIMENTO FISCAL: XXXXXXXXXXXXXX :
Í
PERODOS

regulamentar o exercício de sua competência


RATIVA > :
STINCLUÍDOS
I ADMINIS
TRIBUTOS /CONTRBUIÇÕE
< UNIDADE
Nº XXXXXXXXX
XXXXXXXXX FISCAL - FISCALIZAÇÃO
TERMO DE DISTRIBUIÇÃO DO PROCEDIMENTO
CONTRIBUINTE RESPONSÁVEL XXXXXXXXX
XXXXXXXXX
CNPJ/CPF: Í
PERODOS:

fiscalizatória, conforme o art. 194 do CTN. OBRIGAÇÕES ACESSÓRAS


NOME I
EMPRESARIAL/N:
OME:
COMPLEMENTO:
XXXXXXXXXXXX XXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
ENDEREÇO:
BAIRRO: XXXXXXXXXX
UF:
XXXXXXXXXXX CEP:
XXXXXXXXXXXX XXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
MUNICÍPIO:
XXXXXXXXXXX
DADOS DO IMÓVEL RURAL
PELA EXECUÇÃO DO PROCEDIMENTO
DISTRITO:
RESPONSÁVEL
NRF:
UF:
MATRÍCULAS SIPE/SIAPE
De acordo com essa legislação, os ISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL:
NOME DO IMÓVEL:
AUDITOR-F
ENDEREÇO:
CEP:
XXX / XXX
ÁREA (ha):
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
MUNICÍPIO:
XXXXXXXXXXX
XXX / XXX
XXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
MATRÍCULA CEI:
UF:

procedimentos fiscais relativos a tributos


ENDEREÇO:
XXX / XXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
CEP:
XXXXXXXXXX
MUNICÍPIO:

PROCEDIMENTO FISCAL XXXXXXXXXXXX PERÍODOS:


ENCAM INHAMENTO
TRIBUTOS/CONTRIBUIÇÕES: XXXXXXXXX

administrados pela RFB serão executados,


XXXXXXXXX XXXXXXXXXto
XXXXXXXXX ia RFB nº ______, de ________ de _________ de _______, alterado o Proced
imen
i , nos termos
Fca da Portar PERÍODOS:
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS: XXXXXXXXX
< >, con
Fiscal nº XXXXXXXXXXXX f orme definido
XXXXXXXXXXXX ac ima.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

em nome desta, pelos Auditores-Fiscais da _____________________, __ de ______________ de _______


MATRÍCULAS SIPE/SIAPE
BRASIL:
AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO XXX / XXX
XXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXX / XXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXX / XXX
<Responsável pela expedição> - <matrícula>
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XX

Receita Federal do Brasil - AFRFB, e terão <função>


ENCAMINHAMENTO
fiscal definido
de ________ de ______, fica distribuído o procedimento
Nos termos da Portaria RFB ________, de ___
Portaria de Delegação de Competênc ia nº X de dd/mm/aaaa
instaurado pelo(s) Auditor(es)-Fisc al(is) da
Receita Federal do Brasil acima
pelo presente instrumento, que deverá ser
<UA de lotação> todos os atos necessários à sua realização.

início mediante expedição prévia de Termo de


isolada ou conjuntamente,
identificado(s), que poderá(ão) praticar, podendo ser prorrogado sempre
executado até ___ de _________ de ____,
O presente procedimento fiscal deverá ser qualquer ato praticado pelo sujeito
deste e, em especial, na eventualidade de
que necessário para o bom cumprimento
do mesmo ou a sua conclusão.
passivo que impeça ou dificulte o andamento
DEMONSTRATIVO DE PRORROGAÇÕES
_____________________, __ de ______________
de _______

Distribuição do Procedimento Fiscal - TDPF, V ALIDADE DE PRORROGA-


Pr orrogado até: __ de ____________
<Responsável pela expedição> - <matrícula>
______
________ de <função> de dd/mm/aaaa
Portaria de Delegação de Competência nº X
__ de ____________________ <UA de ______
conforme procedimento a ser estabelecido em
de lotação>
Prorrogado
Prorrogado __ de ____________ ________ de ______
ao
mediante apresentação de sua identidade funcional
Prorrogado1. O Auditor-Fiscal__ de ____________________ de ______
da Receita Federal do Brasil deverá identificar-se
contribuinte/responsável.

ato do Secretário da Receita Federal do Brasil


poderá entrar em contato com:
2. Em caso de dúvida o contribuinte ou responsável XXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX de prorrogação de prazo, permanecerão
disponíveis para
alterações, inclusive as decorrentes
3. Este TDPF e suas RFB nº xx, de xx de setembro de
na Internet, mediante a utilização do código de acesso de que trata a Portaria
consulta

(art. 2º, caput, do Decreto nº 3.724/2001, com


fiscal correspondente.
2014, inclusive após a conclusão do procedimento

a redação dada pelo Decreto nº 8.303/2014).

O ato do Secretário da RFB que disciplina a matéria é a Portaria RFB nº 1.687, de 17


de setembro de 2014.

A ciência do TDPF pelo sujeito passivo dar-se-á no sítio da RFB na internet,


com a utilização de código de acesso consignado no termo que formalizar o início
do procedimento fiscal, mediante o qual o sujeito passivo poderá certificar-se da
autenticidade do procedimento (art. 4º, § 4º, da Portaria RFB nº 1.687/2014).

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Dados do Processo

4 Início do procedimento fiscal



Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

Situações caracterizadoras

Nos termos do art. 33 do  Regulamento do PAF, o procedimento fiscal tem início
com:

• o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificando


o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto;
• apreensão de mercadorias;
• apreensão de livros ou documentos;
• começo do despacho aduaneiro de mercadoria importada.

4.1 Exclusão da espontaneidade

Quais são as consequências práticas do início do procedimento fiscal?


O início do procedimento fiscal exclui a espontaneidade do sujeito passivo em


relação aos atos anteriores (art. 33, § 1º, do Regulamento do PAF).

A regra mencionada, na medida em que se refere à espontaneidade do sujeito


passivo, deve ser lida em conjunto com aquela que define o tratamento conferido pelo
CTN à denúncia espontânea.

Por força do instituto da denúncia espontânea, o sujeito passivo que cometer uma
determinada infração e que, antes do início de qualquer procedimento administrativo
relacionado a esta, confessar a falta cometida, efetuando o pagamento do tributo e dos
juros de mora devidos, ficará excluído de qualquer responsabilidade tributária quanto ao
ilícito praticado (art. 138 do CTN).

Enquanto estiver abrigado sob o manto da espontaneidade, o sujeito passivo poderá


confessar débitos não declarados, retificar declarações e formular consultas, ficando a
salvo da imposição de multa de ofício, desde que efetue o recolhimento dos tributos
devidos com os acréscimos moratórios cabíveis.

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Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

Vê-se, pois, a importância de consignar, no


primeiro ato de ofício, a data e a hora em que se deu
ciência do procedimento fiscal ao interessado. A
DATA
1 2 3 4 5 6 7
ausência dessas informações abre perigosa brecha
8 9 10 11 12 13 14
para uma eventual alegação de denúncia espontâ­ 15 16 17 18 19 20 21
nea, tendo em vista que o sujeito passivo poderia, 22 23 24 25 26 27 28

no mesmo dia, e logo após o recebimento do termo, 29 30 3 4 5

efetuar recolhimentos e retificar declarações, afir­


mando que o teria feito antes da chegada do Audi­
HORA
tor-Fiscal.

Excluída, por outro lado, a espontaneidade do interessado, este ficará sujeito à


imposição de multa de ofício, ainda que reconheça a procedência do lançamento.

Os pagamentos efetuados após o início da ação fiscal e, antes da lavratura do


auto de infração, por sujeito passivo que tenha perdido a espontaneidade, não terão o
condão de interromper o curso normal da fiscalização. Os valores recolhidos, no caso
em questão, serão utilizados na amortização do crédito tributário apurado, cobrando-se
do sujeito passivo o eventual saldo remanescente (Solução de Consulta Interna Cosit
nº 11/2002).

Nem mesmo os atos de confissão de dívida, praticados após o início da ação fiscal,
terão força para impedir a constituição do crédito tributário e a consequente aplicação
da multa de ofício.

Da mesma forma, não serão acolhidas como eficazes as declarações entregues


após o início da ação fiscal.

Conforme o  CTN, art. 147, § 1º: “A retificação da declaração por iniciativa do


próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante
comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento”.

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Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

Súmula CARF nº 49
A denúncia espontânea (art. 138 do Código Tributário Nacional) não
alcança a penalidade decorrente do atraso na entrega de declaração.

Será considerada ineficaz, por fim, a consulta apresentada após o início da ação
fiscal, quando a matéria consultada tiver relação com os fatos apurados no procedimento
(art. 94, inciso III, do Regulamento do PAF; art. 23, V, da Instrução Normativa RFB nº
1.464, de 08 de maio de 2014; art. 23, V, da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de
setembro de 2013).

Tome Nota
Segundo a Súmula 360 do Superior Tribunal de Justiça - STJ, os benefícios da
denúncia espontânea não se aplicam aos tributos sujeitos a lançamento por
homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo.

Alcance da exclusão

Conforme o § 2º do art. 33 do Regulamento do PAF, o ato que determina o início do


procedimento fiscal só exclui a espontaneidade do sujeito passivo em relação:

• ao tributo;
• ao período; e
• à matéria nele expressamente inseridos.

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Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
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Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

Terceiros envolvidos

O início do procedimento fiscal exclui a espontaneidade não apenas do sujeito passivo,


mas, também, dos demais envolvidos nas infrações verificadas, independentemente de
intimação (art. 33, § 1º, do Regulamento do PAF).

O pagamento efetuado pela fonte pagadora após o início do procedi­


mento fiscal contra contribuinte pessoa física, relativo ao imposto que
deixou de ser retido sobre os rendimentos pagos durante o ano-calen­
dário, não configura denúncia espontânea, nos termos do art. 138 da Lei
nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN)
- e não pode ser compensado com o imposto apurado na Declaração de
Ajuste Anual correspondente (art. 2º do Ato Declaratório Interpretativo
SRF nº 5, de 17/05/2002).

4.2 Prazo de validade dos atos de fiscalização

O procedimento fiscal tem início com:

I. O primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado


o sujeito passivo ou seu preposto;

II. A apreensão de mercadorias;

III. A apreensão de livros ou documentos;

IV. O começo do despacho aduaneiro de importação.

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Apenas com a ciência ao sujeito passivo do Termo de Início da Ação


Fiscal é que fica formalmente aberto o procedimento de ofício e afastada
a espontaneidade do contribuinte.

Para efeitos de exclusão de espontaneidade do sujeito passivo, os atos


referidos nos itens I a IV, acima mencionados, valerão por 60 (sessenta)
dias, podendo ser prorrogados, por igual período, sucessivamente, com
qualquer outro ato escrito que indique o prosseguimento dos trabalhos
(art. 33, § 3º, do Regulamento do PAF).

Existem decisões que garantem a espontaneidade do contribuinte, nos casos


em que a autoridade fiscal emite, apenas formalmente, os atos de prorrogação, sem
demonstrar, todavia, o efetivo prosseguimento dos trabalhos.

Por fim, no que diz respeito aos procedimentos fiscais iniciados com o despacho
aduaneiro de importação (o despacho aduaneiro de importação tem início na data do
registro da declaração de importação, conforme § 4º do art. 33 do Regulamento do PAF),
importa observar que a exclusão da espontaneidade do sujeito passivo se estenderá até
o desembaraço da mercadoria (art. 683, § 1º, inciso I, do Regulamento Aduaneiro).

Reaquisição da espontaneidade

Expirado o prazo de validade de sessenta dias, referido no art. 33, § 3º, do


Regulamento do PAF, sem nenhum ato de ofício que indique o prosseguimento dos
trabalhos, ter-se-á por readquirida a espontaneidade do sujeito passivo.

Para que se tenha certeza, portanto, de que o sujeito passivo não


recuperou a espontaneidade, é preciso verificar se, entre cada ato de
fiscalização e o que lhe sucede, foi respeitado o prazo máximo de sessenta
dias.
60 dias

A reaquisição da espontaneidade, mesmo no curso de fiscalização ainda não


encerrada, traz de volta ao sujeito passivo a possibilidade de efetuar o recolhimento de
seus débitos sem multa de ofício, apenas com os acréscimos moratórios.

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Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

Abre-lhe, também, oportunidade para confessar dívidas e retificar declarações,


afastando aplicação da multa de ofício sobre os débitos confessados.

E restitui-lhe, ainda, a chance de formular consultas sobre a própria matéria objeto


da ação fiscal (art. 23, parágrafo único da IN RFB nº 1.464/2014; art. 18, § 2º, da Instrução
Normativa RFB nº 1.396/2013).

Por outro lado, o exaurimento do prazo de sessenta dias, sem qualquer ato
indicativo de continuidade da fiscalização, não impede o Fisco de retomar os trabalhos,
a qualquer tempo, desde que o sujeito passivo não tenha se utilizado dos benefícios da
espontaneidade readquirida.

Questão que suscitou dúvida, durante muito tempo, foi a de saber se os efeitos da
reaquisição de espontaneidade poderiam aproveitar, também, os atos praticados pelo
sujeito passivo no período em que este ainda estava com sua espontaneidade excluída.

O entendimento da administração tributária, neste caso, foi o de que “a


espontaneidade do sujeito passivo, em razão da inoperância da autoridade fiscal por
prazo superior a sessenta dias, aplica-se retroativamente, alcançando os atos por ele
praticados no decurso desse prazo.” (Solução de Consulta Interna Cosit nº 15/2005).

Nesse sentido, é a Súmula CARF nº 75: A recuperação da espontaneidade do sujeito


passivo em razão da inoperância da autoridade fiscal por prazo superior a sessenta dias
aplica-se retroativamente, alcançando os atos por ele praticados no decurso desse prazo.

4.3 Prorrogação da espontaneidade (art. 47 da Lei nº 9.430/1996)

O sujeito passivo submetido à ação fiscal por parte da Secretaria da Receita Federal
do Brasil - RFB poderá pagar, até o vigésimo dia subsequente à data de recebimento
do termo de início de fiscalização, os tributos e contribuições já declarados, com os
acréscimos legais aplicáveis aos casos de procedimento espontâneo (art. 47 da Lei nº
9.430/1996, com a redação dada pelo art. 70 da Lei nº 9.532/1997).

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Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

Tome Nota
O benefício só alcança os débitos informados em declaração que não consti­
tuem confissão de dívida (ex.: DIPJ).

Além disso, para que se configure a denúncia espontânea, nos termos do mencionado
dispositivo legal, é preciso que o débito seja pago até o vigésimo dia, e não simplesmente
parcelado (Ato Declaratório Normativo Cosit nº 15/1999).

Tampouco a compensação do débito, no prazo referido na lei, tem sido admitida


pela jurisprudência para efeito de aplicação do referido benefício.

14
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5 Termos fiscais

Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

Os termos fiscais constituem a memória dos eventos relevantes ocorridos no curso


do procedimento, tais como:

• o início da ação fiscal;


• as intimações para apresentação de livros e documentos;
• as constatações de irregularidades;
• as solicitações de esclarecimentos;
• as apreensões de mercadorias;
• as retenções de documentos;

• o encerramento da ação fiscal, dentre outras.


A lavratura de termos tem por finalidade documentar o procedimento fiscal e instruir


o eventual processo administrativo que dele resulte.

Os termos decorrentes de atividade fiscalizadora serão lavrados, Livro


sempre que possível, em livro fiscal, extraindo-se cópia para anexação ao
processo; quando não lavrados em livro, entregar-se-á cópia autenticada Fiscal
dos mesmos ao fiscalizado (art. 3º do Regulamento do PAF).

Em alguns casos, pode ser recomendável que o início e o encerramento da ação


fiscal sejam consignados no livro de Termos de Ocorrências, a fim de que fiscais de
outros órgãos possam tomar conhecimento da realização de um trabalho pela Receita
Federal do Brasil.

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6 Procedimento para suspensão de


Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ

imunidade tributária e de isenção


Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

condicionada
A  Lei nº 9.430/1996  instituiu rito específico para a  suspensão da imunidade
tributária  prevista no art. 150, inciso VI, alínea “c”, da Constituição Federal, aplicável,
também, à suspensão de isenções condicionadas, em virtude de inobservância dos
requisitos ou condições estabelecidos na legislação pertinente.

Nos casos em que houver a constatação de que a entidade beneficiária da imunidade


tributária, ou da isenção condicionada, não esteja observando os requisitos e condições
legais para a sua  fruição, a fiscalização tributária expedirá notificação fiscal, na qual
relatará os fatos capazes de determinar a suspensão do benefício, indicando, inclusive, a
data da ocorrência da infração (art. 32, §§ 1º e 10, da Lei nº 9.430/1996).

A entidade, uma vez cientificada da notificação fiscal, terá trinta dias

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para apresentar as alegações e provas que entender necessárias (art. 32,
§ 2º, da Lei nº 9.430/1996).

O Delegado ou Inspetor da Receita Federal do Brasil decidirá sobre dias


a procedência das alegações; julgando-as improcedentes, expedirá ato
declaratório suspensivo do benefício, dando ciência de sua decisão à entidade (art. 32, §
3º, da Lei nº 9.430/1996).

Será igualmente expedido o ato suspensivo se, decorrido o prazo de trinta dias, não
houver qualquer manifestação da parte interessada (art. 32, § 4º, da Lei nº 9.430/1996).

A suspensão da imunidade ou da isenção terá como termo inicial a data da prática


da infração (art. 32, § 5º, da Lei nº 9.430/1996), mas só alcançará os períodos de apuração
fiscalizados.

Efetivada a suspensão do benefício, a entidade interessada poderá, no prazo de


trinta dias da ciência da decisão, apresentar impugnação ao ato declaratório, a qual será
apreciada pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento competente (art. 32,
§ 6º, inciso I, da Lei nº 9.430/1996). A Fiscalização, por sua vez, se apurar algum tributo
devido, em razão da suspensão do benefício, lavrará o competente auto de infração (art.
32, § 6º, inciso II, da Lei nº 9.430/1996).

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MINISTÉRIO DA FAZENDA
SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS

Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

Uma vez impugnado o ato declaratório, o feito será regido, a partir daí, pelas normas
reguladoras do processo administrativo fiscal (art. 32, § 7º, da Lei nº 9.430/1996).

A impugnação e o recurso, eventualmente apresentados pela entidade, não


terão efeito suspensivo em relação ao ato declaratório contestado (art. 32, § 8º, da Lei
nº 9.430/1996).

Desse modo, conclui-se que a Fazenda não precisa esperar uma decisão definitiva
a respeito da procedência do ato declaratório de suspensão do benefício para constituir
o crédito tributário eventualmente devido.

Caso seja lavrado auto de infração, as impugnações contra o ato declaratório e


contra a exigência de crédito tributário serão reunidas em um único processo para serem
decididas simultaneamente (art. 32, § 9º, da Lei nº 9.430/1996).

O julgamento do litígio em torno do ato declaratório que suspendeu a imunidade ou


isenção constitui questão prejudicial do julgamento do auto de infração.

A entidade interessada disporá de todos os meios legais para impugnar os fatos que
determinam a suspensão do benefício (art. 32, § 12, da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro
de 1996, com a redação dada pelo art. 73 da Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009).

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SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS

Dados do Processo

7 Procedimento de exclusão de ofício do


Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ

Simples Nacional
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

A pessoa jurídica que houver


Pequenas descumprido os requisitos e
empresas condições legais para ingresso ou
permanência no Regime Especial
Unificado de Arrecadação de
Tributos e Contribuições devidos
pelas Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte - Simples Nacional,
de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, deverá ser excluída
do referido regime, podendo a exclusão ocorrer por iniciativa da própria interessada ou
em razão de ato de ofício.

A competência para promover a exclusão de ofício do Simples Nacional é da RFB e


das Secretarias de Fazenda ou de Finanças dos estados ou do Distrito Federal, segundo
a localização do estabelecimento, e tratando-se de prestação de serviços incluídos na
competência tributária municipal, a competência será também do respectivo município
(art. 29, § 5º, c/c art. 33, caput, da Lei Complementar nº 123/2006).

O termo de exclusão do Simples Nacional será expedido pelo ente federativo que
iniciar o processo de exclusão de ofício.

Ao ente federativo que tiver iniciado o processo de exclusão caberá dar ciência do
respectivo termo de exclusão, na forma estabelecida por sua legislação.

Uma vez promovida à exclusão de ofício, caberá aos respectivos entes tributantes
o lançamento dos tributos apurados em decorrência da referida medida (art. 29, § 3º, da
Lei Complementar nº 123/2006).

O contencioso administrativo relativo ao Simples Nacional será de competência


do órgão julgador integrante da estrutura administrativa do ente federativo que efetuar
o lançamento ou a exclusão de ofício, observados os dispositivos legais atinentes aos
processos administrativos fiscais desse ente (art. 39,  caput, da Lei Complementar
nº 123/2006).

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SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS

Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

A manifestação de inconformidade contra a exclusão do Simples Nacional enqua­


dra-se no conceito de recurso administrativo admissível pelas leis reguladoras do pro­
cesso tributário administrativo a que se refere o inciso III do art. 151 do CTN, tendo em
vista que o art. 39 da LC nº 123/2006, prescreve que o contencioso administrativo decor­
rente da exclusão de ofício do Simples Nacional observará os dispositivos legais atinen­
tes aos processos administrativos fiscais do ente que praticou a exclusão (Solução de
Consulta Interna Cosit nº 18, de 30 de julho de 2014).

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SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS

Dados do Processo

8 Reexame de tributos em relação


Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ

ao mesmo exercício
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda

Em relação ao mesmo exercício, é possível um segundo exame fiscal mediante


autorização do Coordenador-Geral de Fiscalização, Coordenador-Geral de Administração
Aduaneira, Coordenador Especial de Ressarcimento, Compensação e Restituição,
Superintendente, Delegado ou Inspetor-Chefe da Receita Federal do Brasil diretamente
no TDPF-F (art. 42 do Regulamento do PAF, art. 7º, § 8º, da Portaria RFB nº 1.687/2014,
com a redação dada pela Portaria RFB nº 1.949/2014).

Tome Nota
A ausência da ordem escrita, emitida por quem de direito, caracteriza vício
formal e acarreta a nulidade do lançamento.

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