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Esta aula é um complemento dos estudos feitos na Aula 00. Se insere no espectro de um
mundo globalizado. No entanto, detalho alguns temas relevantes, como as migrações, os Estados
Unidos - a maior economia do mundo e um país profundamente globalizado, a América Latina, a
Venezuela e os organismos, organizações e grupos internacio
nais.
Especifico cada assunto, mas o que acontece com os países e organizações estudadas nesta
aula, tem relação em alguns casos, com a globalização histórica e atual.
Bons estudos,
Leandro Signori
Sumário
1 – As migrações .............................................................................................................. 2
2 – Estados Unidos........................................................................................................... 7
3 – América Latina ......................................................................................................... 12
4 – Venezuela ................................................................................................................ 16
5 – Organismos, organizações e grupos internacionais ................................................... 21
6 - Questões comentadas............................................................................................... 28
7 - Lista de questões ...................................................................................................... 85
8 – Gabarito ................................................................................................................ 113
1 – AS MIGRAÇÕES
Migrante é um termo genérico para qualquer pessoa que se desloque do país, estado ou
região em que nasceu. Emigrante é quem deixa o seu local de nascimento para viver em outro
país, estado ou região. Imigrante é aquele que entrou em outro país, estado ou região para ali
viver. Imigrante irregular é a pessoa que entra irregularmente em um país, que vive
irregularmente no país e que não é aceita oficialmente pelo governo do país em que chega.
Refugiado é uma categoria específica de emigrante, é a pessoa que muda de região ou país para
fugir de guerras, conflitos internos, perseguição (política, étnica, religiosa, de gênero etc.), violação
dos direitos humanos, fomes ou catástrofes naturais. O solicitante de asilo, para a Organização das
Nações Unidas (ONU), é a pessoa que pediu proteção internacional e aguarda a concessão do
status de refugiado. Asilado, para a ONU, é o refugiado aceito oficialmente pelo país ao qual pediu
refúgio.
O refugiado é um migrante forçado, que teve que fugir do seu país, pois a sua sobrevivência
física estava ameaçada, o que é um reflexo de um grave padrão de violação dos direitos humanos.
Pelas normas internacionais, o refugiado deve receber proteção integral da nação que o
recebe antes mesmo da conclusão do processo de regularização de sua situação, por meio da
concessão de asilo. E a regra é válida mesmo em situações emergenciais, de grandes levas de
pessoas que abandonam em massa seus países, como na atual crise migratória, quando
a concessão do asilo é dificultada.
Um outro conceito utilizado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados
(ACNUR) é o de deslocado interno. São as pessoas que, em virtude de conflito armado, violência
generalizada, fome, violações a direitos humanos ou desastres, são forçadas a deixar o local de
residência, mas permanecem no seu país.
Conforme o ACNUR, o número de refugiados, solicitantes de asilo e de deslocados internos
é recorde no mundo. São 70,8 milhões de pessoas deslocadas por guerras, conflitos e perseguições
políticas ou étnicas dentro ou fora do seu país de origem. É um número que só encontra
precedente no período que se seguiu à II Guerra Mundial. Os deslocados internamente são 41,3
milhões, há 25,9 milhões de refugiados e 3,5 milhões solicitantes de refúgio.
O deslocamento dos indivíduos por diferentes espaços geográficos em busca de melhores
condições de vida é um fenômeno que acompanha a história humana. Mas, nas últimas décadas,
os movimentos migratórios entre países e continentes intensificaram-se, principalmente devido
ao desenvolvimento desigual das regiões e à multiplicação de conflitos.
Se os refugiados são forçados a abandonar seus locais de origem por motivos de conflitos ou
perseguições, os migrantes tradicionais o fazem por escolha própria e, sobretudo, por motivação
econômica.
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país diferente daquele em que nasceu, mesmo que a mudança de endereço tenha ocorrido há
décadas. Na Europa, América do Norte e Oceania, eles já somam 10% da população.
Sete em cada dez migrantes residem em países ricos, com destaque para a União Europeia
(UE) e os Estados Unidos (EUA) – 20% dos migrantes internacionais moram em solo norte-
americano. Enquanto os EUA passaram a receber, a partir dos anos 80, enorme contingente de
imigrantes da América Latina e do Caribe (devido, sobretudo, à crise econômica decorrente da
dívida externa desses países), na Europa, a maior fatia de imigrantes vem das ex-colônias africanas
e do próprio continente. Esse movimento se acelerou a partir de 2004, com a adesão à UE de
países do antigo bloco soviético.
No processo de migração de países pobres em direção aos países ricos, tem-se uma
importante movimentação financeira. Grandes fluxos de remessas de capitais são enviados pelos
migrantes para seus familiares radicados nos países de origem. Em alguns países de economia mais
fragilizada, como Haiti, Jamaica e Cuba, essas remessas chegam a representar parte significativa do
Produto Interno Bruto (PIB).
Contudo, a crise econômica global, de 2008, cujos efeitos perduram até o presente,
desencadeou uma mudança importante nas rotas migratórias. Atingidos, no início, com mais força
pela crise, os países ricos mergulharam em recessão. E os altos índices de desemprego
afugentaram os imigrantes. Caíram os fluxos migratórios permanentes para boa parte dos países
desenvolvidos, sobretudo para as nações europeias, e aumentaram para os países em
desenvolvimento. Destinos anteriormente pouco importantes tornaram-se mais atraentes. Um
exemplo são países produtores de petróleo do Golfo Pérsico, como os Emirados Árabes Unidos e o
Catar. Com um mercado de trabalho forte no setor da construção civil, esses países têm hoje os
estrangeiros como maioria de sua população. O Sudeste Asiático também é uma região com
intenso fluxo migratório, geralmente de países extremamente pobres, como Mianmar, para nações
em desenvolvimento, como a Tailândia.
Outro fator que explica mudanças de fluxo nas migrações é político: as decisões adotadas
por vários países desenvolvidos, mesmo antes de 2008, de fechar cada vez mais severamente as
fronteiras à entrada de estrangeiros vindos de nações pobres. A menos que sejam trabalhadores
altamente qualificados, as chances de ingresso legal no mercado de trabalho do mundo
desenvolvido diminuem progressivamente.
A xenofobia
A xenofobia é a aversão a pessoas estranhas a seu meio, geralmente estrangeiras, com
língua, costumes ou religiões diferentes e baseia-se em sentimento de superioridade de uma
cultura sobre outra e na crença em estereótipos.
Alguns contextos socioeconômicos podem intensificar a xenofobia. As épocas de crise ou de
recessão econômica, com elevadas taxas de desemprego, são exemplos dessa piora. Em geral, se o
trabalho realizado pelos imigrantes se limita àquele que a população local não quer realizar e não
afeta sua própria situação laboral, sua presença é mais aceita.
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A maior competição por recursos limitados (vagas de emprego, vagas em escolas públicas,
leitos de hospitais, entre outros) costuma levar a população local a realizar discursos ou a ter
comportamentos xenófobos, buscando restringir sua entrada no país ou pedindo, em alguns casos,
sua expulsão. A ideia por trás dessas atitudes é de que se deve priorizar o atendimento e o
funcionamento de serviços públicos aos nativos, especialmente em situações de crise, em que
os recursos financeiros do Estado se encontram limitados.
Após a crise econômica mundial de 2008, intensificou-se a xenofobia, sobretudo na União
Europeia.
União Europeia
O continente europeu viveu uma crise migratória de enormes proporções nos últimos anos.
O auge da crise foi em 2015, quando mais de 1 milhão de refugiados cruzaram o Mediterrâneo
para chegar à Europa, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Fugiam de guerras, pobreza, repressão política e religiosa e tinham origem principalmente
na Síria, no Iraque, no Afeganistão, na Líbia, na Nigéria e na Eritreia. Almejavam como destino
final países mais desenvolvidos da Europa, principalmente a Alemanha, a França, a Áustria, a
Suécia e a Inglaterra.
Em escalas variadas, os países europeus se mostram refratários em acolher os refugiados,
com alguns de seus líderes tendo opiniões muito críticas. Alguns países chegaram a construir
muros/cercas fortificadas ao longo de parte das suas fronteiras para bloquear o fluxo de pessoas
buscando asilo no norte da Europa.
O duro tratamento e a brutalidade das forças de segurança de países europeus para com os
refugiados motivaram protestos da população em diversas nações da Europa. Solidários, pediam
que os seus governos acolhessem os estrangeiros.
A Alemanha, antes resistente em receber os refugiados, mudou de posição e passou a ser
mais receptiva. O país é o destino da maioria dos que buscam uma vida nova em solo Europeu.
Na crise migratória de 2015, a principal porta de entrada dos que buscavam refúgio era a
Grécia, na rota do mediterrâneo oriental, via a Turquia. Após a crise, a rota do mediterrâneo
central voltou a ser a mais utilizada. O principal ponto de saída é a Líbia, no norte da África, tendo
como principal ponto de destino, a Itália, país mais próximo da Líbia.
Os imigrantes provêm de vários países da África, principalmente daqueles em mais grave
situação político-social. Atravessam o mar Mediterrâneo em embarcações precárias e
superlotadas. Pagam um preço caro para os traficantes de gente, que agenciam e conduzem as
travessias. Centenas de pessoas morrem anualmente devido ao naufrágio de muitas dessas
embarcações, amplificando o drama migratório nesta parte do mundo.
Nacionalismo
Nesta era da economia globalizada, na qual há grande liberdade de circulação de capital e
ainda há uma facilitação da circulação de produtos e serviços, seria natural pensar que as
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migrações fossem favorecidas. Mas as fronteiras estão cada vez mais fechadas às pessoas.
Passados mais de dez anos da crise econômica de 2008, o mundo parece entrar num novo período
da história: a desglobalização.
O protecionismo comercial cresceu e os Estados Unidos travam uma guerra comercial com a
China. O comércio e os investimentos internacionais permanecem retraídos, e muitos países da
União Europeia (UE) ainda estão com o mercado de trabalho estrangulado.
Além do desemprego, os rombos nas contas públicas levaram governos a aprovar reformas
na previdência, aumentando a idade para aposentadoria e reduzindo benefícios sociais.
Nessa situação de aperto, os estrangeiros são cada vez menos bem-vindos.
Frustradas, as sociedades começam a questionar os projetos de integração como o da União
Europeia e voltam a olhar para si mesmas como nações individualizadas, com interesses próprios a
defender. Floresce o nacionalismo – sentimento que valoriza a unidade da nação e sua identidade
cultural, na língua, nos costumes, nas tradições e na religião. Quando exacerbado, esse
nacionalismo enterra o ideal de um mundo em cooperação e passa a prevalecer a competição e as
rivalidades nacionais.
Políticas anti-imigratórias
Em compasso com o crescimento do nacionalismo, em diversos países europeus, a extrema
direita vem obtendo bons resultados nas urnas, em uma ascensão relacionada à defesa que esses
partidos fazem de políticas isolacionistas, protecionistas e contrárias à imigração. Rotular o
estrangeiro como inimigo passou a ser uma estratégia cada vez mais usada para justificar os
problemas internos e obter ganhos políticos.
Nesse sentido, o Brexit, a saída do Reino Unido da UE, foi a maior expressão política do
sentimento anti-imigratório. Mas também é bastante sintomática a postura da Hungria. O
primeiro-ministro conservador, Viktor Orbán, decidiu construir uma cerca na fronteira com a Sérvia
e aprovou um conjunto de leis anti-imigratórias que permite a deportação de imigrantes ilegais e a
detenção de quem tentar entrar no país ilegalmente.
Ao justificar a decisão, o seu governo anunciou que as ações visam “defender a cultura da
Hungria e da Europa”, em referência à chegada de refugiados, em sua maioria muçulmanos, a
países cristãos – é a xenofobia explicitamente se convertendo em política de Estado.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump tem adotado medidas explicitamente anti-
imigratórias. A principal promessa é a de reforçar e alongar o muro na fronteira com o México,
numa tentativa de frear o fluxo de imigrantes ilegais. A postura é de “tolerância zero” com os
imigrantes ilegais. O país também tem endurecido os critérios para a entrada de migrantes
legalmente no país.
Uma ação considerada claramente xenófoba foi a suspensão da entrada de imigrantes de
alguns países de maioria muçulmana: Síria, Líbia, Iêmen, Irã e Somália. Quem chega dessas nações
aos EUA só podem permanecer se comprovar alguma “relação autêntica” com uma pessoa ou
entidade no país – ter um familiar ou ser contratado por uma empresa norte-americana, por
exemplo. O governo dos Estados Unidos alegou razões de segurança para barrar pessoas que
chegam de nações com “inclinações terroristas”.
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Islamofobia
O veto dos Estados Unidos à entrada de cidadãos de países de maioria muçulmana
mostra como essa onda xenófoba tem um forte componente islamofóbico, que é o sentimento de
repúdio ao islamismo. Desde o ataque ao World Trade Center, em 2001, pelo grupo
fundamentalista islâmico Al Qaeda, os muçulmanos passaram a ser associados ao extremismo.
Embora essas ações sejam exercidas por uma ínfima parcela de adeptos, que utilizam o
nome da religião para obter ganhos políticos e territoriais, a repercussão dos atentados afeta
negativamente a expressiva maioria de seguidores, que repudia os atos de violência.
Os atentados terroristas na França, Inglaterra, Espanha, Alemanha, Bélgica e Suécia,
assumidos pelo grupo extremista Estado Islâmico, agravaram ainda mais a islamofobia na Europa.
No momento em que o continente recebia um grande fluxo de refugiados, a maioria vinda de
países islâmicos, como a Síria, cresciam os episódios de ódio e violência contra os adeptos da
religião, que eram estigmatizados como potenciais terroristas.
Nessa difícil convivência, o choque cultural entre os costumes islâmicos e a tradição
ocidental é frequente. O uso em espaços públicos de vestimentas islâmicas que cobrem
integralmente o rosto - burca e nikab - são proibidos na França, Bulgária, Áustria, Bélgica e
Dinamarca.
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2 – ESTADOS UNIDOS
Por ser a maior economia do mundo e a maior potência militar do planeta, o que ocorre nos
Estados Unidos interessa bastante ao mundo como um todo. O país também é o mais importante
ator da política internacional, e o seu poder, a sua influência e a sua liderança se espalham por
todo o globo.
Nas eleições presidenciais de 2016, Donald Trump, candidato do Partido Republicano, foi
eleito Presidente dos Estados Unidos, derrotando Hillary Clinton, candidata do Partido Democrata.
O atual presidente tomou posse no dia 20/01/2017 e em 20/01/2019 chegou à metade do
mandato de quatro anos.
A movimentação eleitoral já está ocorrendo nos Estados Unidos, com vistas a eleição
presidencial de 03 de novembro de 2020. No Partido Republicano, Donald Trump tem um
desafiante, mas é certo que será ele o candidato. No Partido Democrata, há vários pré-candidatos.
De fevereiro a junho de 2020, ocorrerão as primárias (eleições internas) dos partidos e em julho de
2020, as convenções nacionais, que vão formalizar as candidaturas presidenciais.
Vejamos agora, os principais aspectos e fatos ocorridos no governo de Donald Trump até o
presente:
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Imigração
O presidente é um duro crítico da migração ilegal e dos imigrantes que vivem ilegalmente
no país. Também propõe endurecer os critérios para a entrada de migrantes legalmente no país.
A principal promessa é a da construção de um muro na fronteira com o México. Para o
presidente, a obra é necessária para coibir a entrada de imigrantes ilegais e drogas provenientes
do México. Parte da fronteira entre os dois países já está fisicamente separada por um muro.
O decreto autorizando o erguimento da barreira foi assinado em janeiro de 2017. No
entanto, para a construção do muro, é necessário alocar uma vultosa quantia de recursos no
orçamento federal, o que Trump não tem conseguido até o momento, pois o Congresso norte-
americano não aprova essa medida.
Outra promessa de campanha encaminhada foi a suspensão da entrada de imigrantes
muçulmanos nos Estados Unidos. O presidente justifica que a medida é necessária para evitar a
entrada de terroristas no país.
Trump assinou decretos que suspendiam temporariamente a entrada nos Estados Unidos de
imigrantes provenientes de alguns países de maioria muçulmana. Muito criticada por organismos
internacionais e por governantes de outros países, as medidas acabaram sendo bloqueadas como
inconstitucionais pela Justiça dos EUA.
Após idas e vindas judiciais, a Suprema Corte validou a última versão do decreto que proíbe
em diferentes graus a entrada em território americano de cidadãos de 7 países - sendo 5 deles de
maioria muçulmana: Coreia do Norte, Iêmen, Irã, Líbia, Síria, Somália e Venezuela. As restrições de
venezuelanos se centram em funcionários do governo.
O presidente tomou outras medidas em relação à imigração, como o fim do programa Daca
e o encerramento do status de proteção que permite que mais de 200 mil cidadãos de El Salvador, Haiti e
Nicarágua permaneçam nos Estados Unidos. O programa Daca foi criado em 2012, durante a gestão de
Barack Obama, para regularizar temporariamente imigrantes em situação ilegal que chegaram aos
Estados Unidos quando eram menores de idade.
A política migratória de “tolerância zero” com imigrantes irregulares adotada pelo governo
foi muito criticada quando imagens de crianças que foram separadas de seus pais e detidas em um
armazém texano vieram à tona. Pressionado, Trump teve que dar um passo atrás em sua política
migratória, assinando um decreto que ordena a detenção daqueles que entram ilegalmente no
país, porém proíbe que estas pessoas sejam separadas de seus filhos e filhas.
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Saúde
Nos Estados Unidos, não há um sistema de saúde pública, mas, sim, planos privados de
saúde. No governo de Barack Obama, foi aprovada e entrou em vigor a Lei de Proteção ao Paciente
e Serviços de Saúde Acessíveis (“The Patient Protection and Affordable Care Act”, em inglês), que
ficou conhecida como Obamacare.
A legislação estabelece que todo aquele que vive nos EUA está obrigado a ter um seguro de
saúde – quem não tiver terá de pagar uma taxa (chamada de “imposto” pelo texto da lei). O
governo se encarregou de subsidiar o pagamento dos planos de saúde para os mais pobres. A
reforma da saúde propiciou a 32 milhões de americanos, que não tinham nenhuma cobertura de
saúde, a ter um plano privado de saúde.
Para Trump, o Obamacare é uma afronta à livre iniciativa e à liberdade das pessoas, por isso
prometeu rever a reforma da saúde de Obama. Um projeto foi aprovado na Câmara dos
Representantes, mas não pelo Senado da República.
O presidente se mobilizou de outras maneiras para mudar o sistema criado por seu
antecessor. E suspendeu os pagamentos governamentais às companhias de seguro de saúde, que
ajudavam a diminuir os preços de planos de saúde para cidadãos de baixa renda e cortou o
financiamento para incentivar os americanos a se cadastrarem nos planos de saúde.
No final de 2017, o Congresso norte-americano suspendeu a obrigatoriedade do seguro de
saúde, eliminando a multa imposta aos americanos sem plano de saúde.
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Meio Ambiente
Donald Trump retirou os Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris, relativo à mudança
do clima e ao aquecimento global. Também revogou o Plano de Energia Limpa, implantado por
Barack Obama. O Plano foi adotado para que os Estados Unidos pudessem cumprir com as suas
metas voluntárias de redução de emissões de gases intensificadores do efeito estufa, perante o
Acordo de Paris. O governo tem adotado medidas que favorecem a indústria do petróleo e do
carvão e enfraquecem a regulação ambiental dos Estados Unidos.
Política Externa
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Por fim, diante da crise na Venezuela e das ações do governo de Maduro, Trump disse que
poderia considerar a opção militar, caso seja necessário.
São sinais de que Trump mudou de posição e de que os EUA não devem abdicar de sua
postura intervencionista.
Economia
O desemprego seguiu caindo nos Estados Unidos. Quando George W. Bush deixou o
governo, a taxa de desemprego era de 8%. Caiu durante todo o governo de Obama, chegando a
4,8% no final do seu mandato. Em setembro de 2019, atingiu o seu menor índice, desde 1969,
ficando em 3,5%.
O crescimento do PIB vai bem, que cresce em bons índices durante o governo de Donald
Trump. O índice Dow Jones, da Bolsa de Valores, atingiu o seu recorde histórico, com 26,6 mil
pontos em setembro de 2018. Nos oito anos do governo Obama, o Dow Jones mais que duplicou,
passando de 9 mil pontos para mais que 18 mil pontos.
Outra promessa de campanha cumprida foi a reforma tributária assinada em lei no final de
dezembro. A reforma reduz a carga fiscal das empresas de 35% para 21% e diminui os impostos
sobre a renda dos cidadãos individuais, ao mesmo tempo que dobra os descontos-padrão.
A maior parte desses cortes, no entanto, beneficia empresas e grandes rendas: os
contribuintes que ganham mais de 700 mil dólares por ano, que representam 1% do total,
receberão 20% do corte de impostos. E enquanto as reduções de impostos para as empresas são
permanentes, os cortes para os contribuintes individuais expirarão após dez anos. As reduções
fiscais são financiadas com crédito, levando a um aumento do déficit orçamentário americano de
cerca de 1 trilhão de dólares nos próximos dez anos.
Investigação
Donald Trump também estava sob investigação devido à acusação de que o governo russo
interferiu nas eleições norte-americanas, com o objetivo de ajudá-lo a derrotar Hillary Clinton na
eleição presidencial. A interferência teria se dado por meio do ataque de hackers ao sistema de e-
mails da campanha e da divulgação de informações falsas sobre Hillary nas redes sociais, por meio
de perfis falsos criados pelos russos.
Em março de 2019, o procurador especial do caso, Robert Mueller, enviou uma carta ao
Congresso norte-americano informando que não houve interferência russa nas eleições dos EUA
em 2016 e que não houve conluio do presidente Donald Trump com a Rússia. Donald Trump
comemorou. Pela sua conta do Twitter, postou uma mensagem com o seguinte texto: nenhum
conluio, nenhuma obstrução, completa e total absolvição.
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3 – AMÉRICA LATINA
O continente americano ou a América se divide em América do Sul, América Central e
América do Norte. É uma classificação meramente geográfica.
Já a expressão “América Latina” é usada comumente para se referir a todos os países do
continente americano com exceção dos Estados Unidos e do Canadá. Contudo, não há nenhuma
“lista” oficial de países “latino-americanos” e as diversas fontes de informação divergem um pouco
quanto aos países que realmente fariam parte da América Latina.
Porém, aceita-se largamente que a América Latina é composta pelos países da América do
Sul, América Central (istmo e ilhas) e México (América do Norte). Nesse espaço geográfico, grande
parte da população é falante de línguas latinas, em países ou territórios colonizados por Portugal,
Espanha e França.
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Uruguai
A Frente Ampla, de esquerda, governa o Uruguai desde 2005, tendo alternado o poder
entre o atual presidente Tabaré Vázquez (2005-2010 e 2015-2020) e o ex-presidente José “Pepe”
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Mujica (2010-2015). No país, o mandato presidencial é de cinco anos, sem reeleição, depois pode
se candidatar novamente.
A Frente Ampla aprovou no legislativo várias medidas consideradas polêmicas, que dividem
opiniões. Desde 2012, o aborto legal é legal, podendo ser feito por qualquer mulher até a 12ª
semana de gestação. Em casos de estupro, o prazo é até a 14ª semana, e não há limite de tempo
quando a gestante corre risco de morte ou em caso de má formação do feto. O uso recreativo e o
plantio da maconha foram legalizados para consumo próprio.
Ao longo do período em que está no poder, o país convive com a estabilidade política, sem
grandes escândalos de corrupção. O PIB cresce continuadamente desde 2003, mas passa por uma
desaceleração no seu ritmo desde 2015. O Uruguai apresenta bons indicadores sociais. A Frente
Ampla governa com pragmatismo econômico, com responsabilidade fiscal e sem
intervencionismos na economia.
Contudo, longos períodos no poder geram um desgaste natural e a coalizão enfrenta o
desafio da mudança geracional, já que suas principais lideranças possuem idade elevada. Ao
mesmo tempo, questões como segurança e educação tomam espaço no debate, revelando
descontentamentos da população uruguaia. O país registrou em recorde no número de homicídios
em 2018: foram 414 crimes, uma alta de 45% em relação a 2017.
O primeiro turno das eleições presidenciais foi realizado em 27 de outubro de 2019 e
definiu uma disputa entre o governista Daniel Martínez, que recebeu 39,2% dos votos e Luis
Lacalle Pou, do Partido Nacional, de centro-direita, com 28,6% dos votos. O segundo turno está
marcado para o dia 24 de novembro. Uma possível coalizão de partidos de direita pode levar a
uma mudança no comando do país.
Bolívia
O longevo Evo Morales, do Movimento ao Socialismo, de esquerda, governa o país desde 22
de janeiro de 2006. Em 2009, uma nova Constituição foi instituída, estabelecendo o mandato
presidencial de cinco anos, com uma reeleição. Como a Constituição era nova, a eleição de Evo
Morales não entrou na contabilidade como sendo o seu primeiro mandato presidencial.
Assim, Evo Morales concorreu a presidente e se elegeu em 2010 e reelegeu-se em 2014,
sendo este seu segundo mandato, não podendo mais concorrer à reeleição. Desejando concorrer a
um quarto mandato, o governo propôs um referendo para mudar a Constituição, em 2016, para
permitir a segunda reeleição presidencial no país. A campanha entre o "sim" à emenda, promovida
pelo governo, e o "não", promovida pela oposição, foi acirrada, assim como o resultado final: o
"não" venceu com 51,3% dos votos, contra 48,7% para o "sim".
Entretanto, o presidente não desistiu e o seu partido entrou com uma ação no Tribunal
Constitucional contra o limite de reeleições, com base na Declaração Universal de Direitos
Humanos, segundo a qual não se pode impedir um cidadão de se candidatar. Em novembro de
2017, o Tribunal decidiu que o limite de dois mandatos presidenciais era "uma violação dos
direitos humanos", e autorizou uma nova candidatura do presidente. Para a oposição, Morales
quer se perpetuar no poder
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El Salvador
As eleições presidenciais ocorreram em fevereiro de 2019. O candidato Nayib Bukele foi
eleito no primeiro turno. Com 37 anos, o jovem presidente concorreu pela Grande Aliança pela
União Nacional (Gana), de direita. A sua eleição pôs fim a um quarto de século de alternância no
poder dos partidos ARENA, de direita, e Farabundo Marti de Libertação Nacional (FMLN), de
esquerda.
Nayib Bukele venceu com um discurso contra a corrupção, contra a política tradicional e
pelo combate a violência no país. El Salvador é um dos países com os maiores índices de violência
do mundo.
4 – VENEZUELA
Hugo Chávez governou a Venezuela de 1999 até sua morte, em 2013. No seu governo, ele
aplicou políticas estatizantes e antiliberais, especialmente após 2005, quando declarou seu apoio
ao que chamou de “Socialismo do século XXI”. Apesar de governar por eleições regulares, sofreu
uma tentativa de golpe de Estado em 2002.
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O petróleo responde por 96% das receitas de exportação da Venezuela. Quando Hugo
Chávez assumiu a presidência, o valor do barril estava em 10,75 dólares. Em 2008, durante o auge
do chavismo (uma alusão a era Chávez e como são chamados os seus seguidores – chavismo/chavistas), o
barril chegou a superar os 120 dólares. Nos anos subsequentes, o seu valor caiu significativamente,
recuperando em boa parte a sua cotação a partir de 2017. Porém a produção e a exportação de
petróleo conheceram uma significativa queda nos últimos anos. Ou seja, o barril pode ter
recuperado o seu preço, entretanto a grande queda nas exportações faz com que as receitas
obtidas com a venda do óleo sejam muito menores.
Com menos recursos provenientes das receitas do petróleo, o governo perdeu a capacidade
de importar muitos itens de necessidade básica e reduziu os investimentos sociais. Se a economia
fosse mais diversificada, o país não ficaria tão vulnerável à flutuação do preço do petróleo.
Uma outra ação tomada desde o período do governo Chávez impediu o desenvolvimento de
um setor empresarial mais dinâmico: o controle de preços. Adotado inicialmente como medida
paliativa para conter a inflação e garantir que a população mais pobre tivesse acesso a produtos
essenciais, o congelamento se prolongou por muitos anos sem resolver o problema. Pior: a medida
acabou desestimulando os investimentos da iniciativa privada, uma vez que, em muitas situações,
os itens acabavam sendo vendidos a preços inferiores ao custo de produção. Consequentemente,
os produtos sumiram das prateleiras, gerando a atual crise de abastecimento.
O controle do Estado sobre o câmbio, adotado desde 2003 com o objetivo inicial de impedir
a fuga de dólares do país e controlar a inflação, também desestruturou a economia. Esse complexo
sistema funciona assim: o governo mantém duas taxas de câmbio, uma delas com a cotação do
dólar mais barata para ser utilizada apenas na importação de insumos de primeira necessidade. O
problema é que boa parte desses dólares é desviada ilegalmente por militares e membros do
governo, que os revendem no mercado paralelo, cuja cotação é dezenas de vezes maior que o
câmbio oficial. Essa medida não apenas alimenta a corrupção, como provoca uma escassez de
moeda estrangeira que deveria ser utilizada para as importações e para os investimentos do setor
produtivo, agravando o problema de abastecimento.
Para Maduro, boa parte da responsabilidade pela crise é da oposição, acusada de
desestabilizar o país e cooptar empresários para reter seus produtos. O presidente também culpa
os Estados Unidos, cujo governo declarou, em 2015, que a Venezuela representa uma “ameaça à
segurança nacional e à política externa” do país. No entender de Maduro, essa é uma forma de os
norte-americanos pressionarem investidores estrangeiros a desistir da Venezuela e impedir que
bancos internacionais concedam empréstimos ao país.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a inflação chegará à casa dos
10.000.000% no ano de 2019. Isso mesmo pessoal, a altíssima inflação na Venezuela chegou na
estratosfera.
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Protestos
O governo de Maduro enfrenta protestos desde seu início e responde violentamente.
Como não surtem o efeito desejado e são violentamente reprimidos, a população passou a
boicotar ainda mais os processos eleitorais, como as eleições para prefeito (nas quais muitos
partidos foram proibidos de concorrer) e para vereador em dezembro de 2018.
Êxodo
Mesmo os venezuelanos que têm emprego não conseguem adquirir produtos básicos há
anos. Em alguns lugares, pessoas chegam a comprar carne estragada para consumir proteína,
a escassez de medicamentos em hospitais alcança 88% e é difícil até enterrar ou cremar os
mortos. Em fevereiro de 2018, uma pesquisa mostrou que nove em cada dez venezuelanos
viviam abaixo da linha da pobreza, e mais da metade deles estavam no patamar da pobreza
extrema.
De acordo com a Pesquisa sobre Condições de Vida (Encovi), realizada anualmente pelas
principais universidades da Venezuela, os venezuelanos perderam em média 11 quilos em 2017.
Seis em cada dez admitiam já terem ido dormir com fome por falta de comida.
Mais preocupados do que em votar e tentar mudar o país, muitos têm decidido
simplesmente ir embora. A ONU calcula que, até o final de 2019, haverá 5,3 milhões de refugiados
e migrantes venezuelanos em outros países.
Alba
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A Venezuela lidera a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba). Além do país, fazem parte
do bloco: Cuba, Bolívia, Granadinas, São Vicente, Antígua e Barbuda, Dominica e Nicarágua. O
Equador, que fazia parte, anunciou a sua retirada em agosto de 2018.
A Alba foi criada em 2004, em oposição à Área de Livre Comércio das Américas (Alca),
proposta norte-americana para a região, que não chegou a se constituir como um bloco
econômico. O acordo de cooperação econômica prioriza o fornecimento de mercadorias e serviços
entre os países do bloco. A Venezuela vende a essas nações petróleo a preços subsidiados, em uma
estratégia que fez a sua influência na região crescer, com diversos governos adotando linhas
políticas semelhantes à sua.
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ONU
A Organização das Nações Unidas (ONU) tem como objetivo manter a paz, defender os
direitos humanos e as liberdades fundamentais e promover o desenvolvimento dos países. Surgiu
após a II Guerra Mundial, em substituição à antiga Liga das Nações.
A organização é constituída por várias instâncias, que giram em torno do Conselho de
Segurança e da Assembleia Geral. A ONU atua em diversos conflitos por meio de suas forças
internacionais de paz.
A partir da ONU, foram criadas agências especializadas em temas que requerem
coordenação global. As agências são autônomas. Além do Banco Mundial e do FMI na área
econômica, e da UNESCO, na de educação, algumas das mais conhecidas são: Organização para a
Agricultura e a Alimentação (FAO), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização
Mundial da Saúde (OMS).
O Conselho de Segurança (CS) é considerado o centro do poder político mundial. A criação
da ONU foi arquitetada pelas potências que venceram a II Guerra Mundial: os Estados Unidos, a
França, o Reino Unido, a antiga União Soviética (atualmente a Rússia) e a China. Esses países
desenharam a distribuição do poder na ONU e até hoje são os únicos membros permanentes do
CS.
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O CS é o órgão que toma as decisões mais importantes sobre segurança mundial. Tem poder
para deliberar sobre o envio de missões de paz para áreas em conflito, definir sanções econômicas
ou a intervenção militar num país.
Além dos cinco membros permanentes, outras dez nações participam do CS como membros
rotativos (que se revezam a cada dois anos). Todos participam das discussões, mas apenas os
membros permanentes têm poder de veto. Ou seja, quando um desses países não concorda com
alguma resolução, ele pode barrar a medida, mesmo que a decisão tenha sido aprovada pela
Assembleia Geral ou por todos os outros 14 membros do CS. Assim, é comum os países do CS
vetarem medidas contra seus aliados.
Esse poder de veto dos membros permanentes do CS provoca longos impasses entre as
principais potências, o que impede a organização de cumprir sua missão prioritária de garantir a
paz. O caso da Síria é um exemplo disso.
Desde 2011, o país está mergulhado em uma cruel guerra civil. O antagonismo entre os EUA
e seus aliados, que apoiam os rebeldes sírios, e a Rússia e China, que são aliadas do ditador sírio
Bashar al-Assad, tem impedido a ONU de ter um papel mais ativo no conflito. Dentro do CS, órgão
que teria legitimidade para impor sanções ao governo sírio ou autorizar missões militares a intervir
no conflito, medidas contra al-Assad são vetadas por Rússia e/ou China.
Outro caso que ilustra a estrutura engessada do CS, que impede a tomada de ação em
qualquer matéria que afete interesses de um dos membros permanentes, foi a crise militar entre a
Rússia e a Ucrânia, em 2014, que resultou na anexação da península da Crimeia pelos russos. A
questão nem sequer chegou ao debate no CS devido à óbvia rejeição de Moscou.
No mesmo ano, o bombardeio de Israel na Faixa de Gaza, que matou mais de 2 mil pessoas
e atingiu instalações e funcionários da própria ONU, resultou apenas em uma nota para a imprensa
por parte da organização pedindo o fim das hostilidades. Nesse caso, os EUA vetariam qualquer
medida de sanção a Israel, seu maior aliado no Oriente Médio.
Outra crítica que a divisão de poder na ONU sofre é a de não refletir as transformações
pelas quais o mundo passou desde a criação da entidade. O Japão e a Alemanha, derrotados na II
Guerra Mundial, tornaram-se duas das economias mais ricas do mundo atualmente e não
participam das principais decisões da ONU. Por sua vez, economias emergentes, como o Brasil e a
Índia, ganharam peso político no cenário internacional e reivindicam uma vaga permanente no CS,
mesmo sem direito a veto.
Com o fim da Guerra Fria (1945-1991) e um novo cenário mundial, países de fora do
conselho, como Alemanha, Japão, Brasil e Índia, passam a reivindicar uma cadeira permanente. As
propostas de alteração encontram resistência entre os membros permanentes e a objeção de
países preteridos pelas propostas. Argentina e México, por exemplo, uniram-se contra o Brasil,
receosos de que o país assuma um assento permanente como representante da América Latina.
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OEA
A Organização dos Estados Americanos (OEA) reúne os 35 países das três Américas e do
Caribe. A entidade possui quatro pilares de atuação: democracia, direitos humanos, segurança e
desenvolvimento.
Dentro dessas áreas, trabalha de muitas formas, como na observação independente de
pleitos eleitorais, acompanhamento de denúncias de violação aos direitos humanos em
negociações comerciais entre os países e ajuda econômica e humanitária em desastres naturais.
Em 2013, por exemplo, a Venezuela se retirou do Sistema de Direitos Humanos da OEA, alegando
que as decisões do órgão não são isentas. Nos últimos anos, a Comissão de Direitos Humanos da
OEA denunciou o país por não punir os casos de violação de direitos humanos.
CELAC
A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) foi criada em 2010 para
agrupar as 33 nações da América Latina e Caribe. Sua composição é equivalente à da OEA, sem
Estados Unidos nem Canadá. Teve como origem o Grupo do Rio – criado em 1986 para ampliar a
cooperação política e ajudar na resolução de problemas internos das nações participantes – e a
Calc – Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e o Desenvolvimento, formada em
2008.
UNASUL e PROSUL
A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) foi criada em 2008 e entrou em vigor em 11 de
março de 2011, quando dez países haviam ratificado a adesão à organização. Surgiu com o objetivo
de articular os países sul-americanos em âmbito cultural, social, econômico e político. No seu auge
era composta pelos 12 países da América do Sul.
A Unasul foi criada em um momento de maioria de governos de esquerda na América do
Sul. Situação que se inverteria a partir de 2015. Na atualidade, a maioria dos países têm governos
de direita, conservadores e liberais. Essa mudança de rumos políticos se refletiu na entidade,
resultando em divergências entre os países na tomada de decisões.
Em função dessas divergências, em abril de 2018, o Brasil, a Argentina, o Chile, a Colômbia,
o Peru e o Paraguai suspenderam as suas participações na entidade. O estopim foi a falta de um
acordo sobre a escolha do novo secretário-geral.
O Equador anunciou, em março de 2019, a saída da entidade e pediu a Unasul que devolva o
edifício sede da organização, sediada em Quito, sua capital. Em abril de 2019, o Brasil seguiu o
caminho do Equador e formalizou a saída da Unasul.
Ato contínuo, foi lançado, em março de 2019, em uma reunião de cúpula, em Santiago, no
Chile, o Fórum para o Progresso e Desenvolvimento da América do Sul (Prosul). O documento de
lançamento foi assinado pela Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Guiana.
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O Chile, autor da iniciativa, vai presidir o Prosul pelos primeiros 12 meses. A seguir, a presidência
será ocupada pelo Paraguai.
Bolívia, Uruguai e Suriname não assinaram o documento, mas enviaram representantes que
apenas observaram a reunião. A chancelaria chilena informou que estes podem vir a assinar
depois, se desejarem. A Venezuela não foi convidada a participar da reunião, nem a assinar o
documento.
A ideia é que o Prosul não mantenha a atual estrutura da Unasul, ao buscar soluções mais
leves para o aparato que hoje inclui uma sede física em Quito, no Equador, além de secretariados e
quadro de funcionários. As nações signatárias entenderam que a Unasul, da forma como funcionou
desde seu lançamento em 2008, perdeu efeitos práticos, mantendo custos, e passou a disputar
decisões sobre temas que já são tratados em outras instâncias, como o Mercosul. A ideia inicial é
que o Prosul não deva ser um tratado e ou um organismo, como a Unasul, e sim, seguir os moldes
de um agrupamento de países no formato de um fórum.
Nos debates e decisões, os temas de integração em matéria de infraestrutura, energia,
saúde, defesa, segurança e combate ao crime, prevenção de e resposta a desastres naturais serão
abordados prioritariamente e de maneira flexível pelo grupo.
Para participar do organismo anunciado, o documento exige como requisitos a "plena
vigência da democracia", estratégia que coloca a Venezuela em uma situação de isolamento do
grupo, além do respeito ao princípio de separação dos Poderes e o respeito aos direitos humanos,
assim como a soberania e a integridade territorial dos Estados.
FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização financeira criada para promover
a estabilidade monetária e financeira no mundo e oferecer empréstimos a juros baixos a países em
dificuldades financeiras. Os empréstimos são concedidos em troca do comprometimento dos
países com metas, como equilíbrio fiscal, reforma tributária, desregulamentação, privatização e
concentração de gastos públicos em educação, saúde e investimento em infraestrutura, entre
outras políticas que são denominadas como Consenso de Washington.
Banco Mundial
O Banco Mundial tem como objetivo oferecer financiamento e assistência técnica a países
para promover seu desenvolvimento econômico. Criado em 1944 e composto por duas instituições
principais – o Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird) e a Associação
Internacional de Desenvolvimento (ADI) –, o Banco Mundial é formado por 189 países-membros.
Iniciou suas atividades auxiliando na reconstrução dos países da Europa e da Ásia após a II Guerra
Mundial.
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OCDE
OTAN
A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) ou NATO (North Atlantic Treaty
Organization) é uma aliança política e militar composta, atualmente, por 29 países. A organização
foi criada após a Segunda Guerra Mundial, em 1949, nos primeiros anos da Guerra Fria, por
iniciativa dos norte-americanos e pauta-se pelo princípio da defesa coletiva, pelo qual um ataque
armado contra um ou mais países membros será considerado uma agressão contra todos.
O Conceito Estratégico de 2010 definiu as tarefas fundamentais da aliança na atualidade,
como, por exemplo a defesa coletiva, a gestão de crises e a segurança cooperativa.
Países membros: Albânia, Alemanha, Bélgica, Bulgária, Canadá, Croácia, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Itália,
Islândia, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Montenegro, Noruega, Polônia, Portugal, Reino Unido,
República Tcheca, Romênia e Turquia.
BRICS
A sigla BRIC foi criada em 2001 pelo economista britânico Jim O’Neill e se refere aos quatro
mais importantes países emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China. O estudo que cunhou a
expressão estima que em 2050 o grupo poderá constituir a maior força econômica mundial,
superando a União Europeia.
Em 2009, Brasil, Rússia, Índia e China formalizaram um grupo diplomático para discussão de
iniciativas econômicas e posições políticas conjuntas, que realiza reuniões anuais com seus chefes
de Estado. Em 2011, a África do Sul, na época a maior economia da África, foi convidada e passou
a integrar o grupo.
Os cinco países dos BRICS têm características comuns: são países com indústria e economia
em expansão, seu mercado interno está crescendo e incluindo milhões de novos consumidores.
Quatro possuem territórios extensos e entre os maiores do mundo: Brasil, Rússia, China e Índia.
Também ancoram a economia desses países importantes fatores para o comércio
internacional. A Rússia é rica em recursos energéticos e fornece petróleo, gás e carvão à União
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Europeia. O Brasil é grande exportador de minérios, como a África do Sul, e é o segundo maior
exportador mundial de alimentos. China e Índia estão se tornando os maiores fabricantes e
exportadores de produtos industriais na globalização.
O grupo criou o seu próprio banco de desenvolvimento, o Banco dos Brics (Novo Banco de
Desenvolvimento – NDB) e um fundo financeiro de emergência, o Arranjo Contingente de
Reservas. A criação do banco não significa que os países-membros do grupo não vão mais
participar do Banco Mundial. O banco dos BRICS se coloca como mais uma alternativa de fomento
ao desenvolvimento e está aberto a qualquer país do mundo.
O Arranjo Contingente de Reservas é um fundo financeiro de emergência para ajuda mútua
e servirá para ajudar no controle do câmbio quando houver crises financeiras globais. Em
momentos de especulação internacional, a tendência é o dólar disparar. O dinheiro do fundo
servirá para segurar a cotação do dólar.
Há tempos, os países dos BRICS reclamam uma maior participação no poder de decisões do
Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Essas instituições foram criadas um ano
antes do final da Segunda Guerra Mundial, em 1944, na Conferência de Bretton Woods, nos
Estados Unidos. Até hoje, quem detém o poder nelas são os Estados Unidos e a União Europeia.
A ordem econômica global atual não é mais a mesma do pós-guerra e do período da Guerra
Fria, em que Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França e Alemanha dominavam o mundo
capitalista. A criação do Novo Banco de Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas,
de certa forma, é uma resposta dos BRICS ao não atendimento das reivindicações dos países
emergentes por maior distribuição do poder de decisões no Banco Mundial e FMI.
G20
O G-20 (Grupo dos Vinte) foi criado como consequência da crise financeira asiática de 1997.
Os seus membros representam 90% do PIB mundial, 80% do comércio global e dois terços da
população mundial. Discute medidas para promover a estabilidade financeira mundial, alcançar
crescimento e desenvolvimento econômico sustentável. Após a eclosão da crise financeira mundial
de 2008, tornou-se o mais importante fórum internacional de países para o debate das questões
políticas e econômicas globais.
Os membros do G-20 são Argentina, Austrália, Brasil, China, Canadá, França, Alemanha,
Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia,
Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.
O grupo realizou a sua 14ª Cúpula em 28 e 29 de junho de 2019, em Osaka, no Japão. O
documento final do encontro faz um pronunciamento em favor do livre-comércio e com um texto
que cobre temas que interferem na economia: meio ambiente, criptomoedas, desigualdade de
gênero, mudança climática, sistemas de impostos, comércio internacional etc. Há diretrizes de
como o grupo das maiores economias do mundo entende que deve ser a solução de cada uma das
preocupações, ainda que não sejam descritas em detalhe.
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G8 e G7
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6 - QUESTÕES COMENTADAS
1. (CEBRASPE/TJDFT/2019)
A respeito das imigrações internacionais, julgue os itens a seguir.
I - A imigração internacional resulta da insatisfação econômica e é também consequência de
situações de conflito civil.
II - Muitas das restrições impostas à imigração resultam do receio do impacto cultural que o
recebimento de estrangeiros pode provocar em determinadas culturas, além dos possíveis
impactos econômicos e sociais.
III - Por ser uma questão humanitária, a imigração internacional é tratada no âmbito dos
direitos humanos sem gerar grandes controvérsias na política internacional.
IV - Apesar de não adotar políticas restritivas, o Brasil não é um país de interesse para os
imigrantes, sendo os maiores fluxos de imigrantes destinados aos países europeus.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.
COMENTÁRIOS:
I - Certo. As pessoas imigram em busca de uma vida melhor, de uma renda melhor, de um
trabalham pelo qual tenham uma melhor remuneração e possam viver melhor do que o país ou
região que viviam. A imigração também ocorre por situação de sobrevivência, de garantia da
integridade física, em função de conflitos bélicos, perseguições, discriminações ou catástrofes
naturais.
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II - Certo. Os principais argumentos utilizados por aqueles que defendem restrições à imigração se
relacionam a motivos econômicos ou sociais. Argumenta-se que imigrantes podem tomar vagas de
emprego ou sobrecarregar o sistema de seguridade social dos nacionais dos países para os quais
imigraram. Em segundo plano estão os impactos culturais e sociais, baseados na crença de
superioridade de uma cultura em relação a outra ou da aversão e do medo do contato com
pessoas de cultura diferente.
III - Errado. O tema da imigração internacional é tratado no âmbito dos direitos humanos, é
considerado uma questão humanitária. Devido aos diferentes posicionamentos dos estados
nacionais, organizações e grupos internacionais em relação à imigração internacional – alguns mais
permissivos, outros mais intolerantes -, esse é um tema que tem gerado grandes controvérsias na
política internacional. Um bom exemplo disso foi a postura de tolerância zero dos Estados Unidos,
que consistia em separar os pais de filhos que fossem detidos atravessando ilegalmente a fronteira
dos Estados Unidos com o México. Devido às críticas que recebeu, os EUA alteraram essa sua
política. Na União Europeia, também têm sido muito controversas as posições e opiniões dos
líderes de estado em relação à entrada de imigrantes no continente europeu.
IV - Errado. Historicamente, o Brasil apresenta uma política de acolhimento de imigrantes, não
sendo restritivo à imigração. Apesar de não ser um país de interesse migratório tão grande quanto
os de países europeus e os EUA, o Brasil recebe bons fluxos migratórios regionais, de países da
América Latina que sofrem com a pobreza ou desastres naturais, como o Haiti e a Bolívia e, mais
recentemente, da Venezuela, ou de países de outros continentes.
Gabarito: A
COMENTÁRIOS:
De maneira geral, os imigrantes internacionais não são bem-vindos nos países
desenvolvidos. Basta vermos a postura dos Estados Unidos ao longo dos anos, e, também, de
muitos países europeus, que dificultam a entrada de imigrantes de menor qualificação profissional
e renda.
Gabarito: Errado
3. A globalização tem facilitado as migrações, tanto pela redução do custo dos transportes
quanto pela expansão da utilização da internet e das telecomunicações.
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COMENTÁRIOS:
De fato, a expansão da internet e das telecomunicações facilitam as migrações, na medida
em que as pessoas têm maior acesso às informações sobre outros países, contatos com pessoas
que imigraram e com familiares e amigos dos países de origem. O desenvolvimento tecnológico
também levou a redução de custos de transportes, tornando mais barato o deslocamento para
outros países.
Assim, a globalização e seus avanços teoricamente facilitam as migrações, contudo, países,
principalmente os ricos, impõem muitos obstáculos ao ingresso de estrangeiros em seus
territórios.
Gabarito: Certo
4. Em geral, as exigências e o controle sobre a imigração são menores para a mão de obra de
baixa e média qualificação, pois, geralmente, imigrantes recebem salários menores do que os
nacionais dos seus países, o que diminui o custo de mão de obra de empresas dos países de
destino.
COMENTÁRIOS:
Em geral, as exigências não são menores para mão de obra de baixa e média qualificação.
São maiores. O acesso de pessoas com alta qualificação é mais facilitado, pois sua maior
qualificação pode gerar, potencialmente, mais fomento à economia e ao desenvolvimento do país.
A entrada de imigrantes com baixa e média qualificação é, geralmente, mais restrita, pois
possuem menos a oferecer para o país. Esses imigrantes costumam receber salários menores que o
de nacionais dos países que imigram, principalmente se forem imigrantes ilegais, pois não terão
acesso aos direitos trabalhistas.
Gabarito: Errado
5. Entre as estratégias utilizadas pelos Estados Unidos para endurecer o controle da entrada
de ilegais no maior corredor migratório bilateral do mundo estão a mobilização de militares na
fronteira e a ameaça de imposição de sobretaxas para produtos importados.
COMENTÁRIOS:
O maior corredor migratório bilateral do mundo que a questão se refere é a fronteira
Estados Unidos-México. A mobilização de militares na fronteira e a ameaça de imposição de
sobretaxas para produtos importados estão entre as estratégias utilizadas pelos Estados Unidos,
no governo de Donald Trump, para endurecer o controle da entrada de ilegais.
Uma das situações em que os Estados Unidos mobilizaram militares foi para conter a grande
marcha de latino-americanos para a fronteira dos Estados Unidos. Além disso, no mês de junho de
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2019, Donald Trump ameaçou a imposição de sobretaxas para o México caso o país não tome
medidas para controlar a sua fronteira. Donald Trump chegou a impor as sobretaxas, mas retirou-
as após o governo mexicano adotar medidas de controle de fronteira consideradas satisfatórias
pelo governo norte-americano.
Gabarito: Certo
6. (VUNESP/CÂMARA DE PIRACICABA/2019)
O Grupo de Lima decidiu, nesta sexta (03.05.19), convidar Cuba e o Grupo de Contato
Internacional (GCI) para participar de maneira conjunta de uma solução para a crise política
na Venezuela. A decisão ocorreu após uma reunião de emergência do bloco na sede do
Ministério de Relações Exteriores do Peru.
(Folha de S.Paulo – https://bit.ly/2V1PicT – Acesso em 04.05.19. Adaptado)
O Grupo de Lima
(A) recebe apoio de Trump e reúne todos os países americanos que defendem a saída de
Maduro via apoio das Forças Armadas venezuelanas.
(B) tem sido um foro no qual apareceram sugestões ou articulações na esfera militar para o
retorno da democracia na Venezuela.
(C) tem seguido a tendência de buscar saídas que passem por ajuda humanitária e sanções
econômicas à Venezuela.
(D) sustenta o grupo liderado por Juan Guaidó e defende a tomada de poder pela força, com
a dissolução da Assembleia Constituinte pró-Maduro.
(E) conta com o apoio da Rússia e da Turquia, países que, até o final de 2018, eram aliados
incondicionais de Maduro.
COMENTÁRIOS:
O Grupo de Lima é um grupo diplomático criado em 2017, na capital do Peru, Lima, que
reúne ministros das relações exteriores de 14 países para buscar formas de contribuir com a
estabilização da Venezuela. Na ocasião, representantes de 12 países americanos (Argentina, Brasil,
Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru)
firmaram o documento conhecido como Declaração de Lima, no qual o grupo definiu sua posição
acerca da "situação crítica na Venezuela", condenando a existência de "presos políticos", a "falta
de eleições livres" e a "ruptura da ordem democrática no país". Além disso, o grupo manifesta sua
"preocupação com a crise humanitária" venezuelana.
Posteriormente, Guiana e Santa Lúcia se juntaram ao grupo. Os Estados Unidos, embora não
integrem oficialmente o grupo, participam das reuniões.
a) Incorreto. O Grupo de Lima e os Estados Unidos concordam em muitos posicionamentos a
respeito da Venezuela, mas não se trata propriamente de receber apoio. Possuem boas relações
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diplomáticas. Com exceção do México, todos os países do Grupo defendem a saída de Maduro,
mas não pela via militar. Busca-se uma solução pacífica para a Venezuela.
b) Incorreto. O Grupo de Lima tem sido um foro no qual apareceram sugestões ou articulações
para o retorno da democracia na Venezuela, mas não por meio da esfera militar.
c) Correto. O Grupo de Lima tem seguido a tendência de buscar saídas que passem por ajuda
humanitária e sanções econômicas à Venezuela.
d) Incorreto. Com exceção do México, o Grupo de Lima se posiciona a favor de Juan Guaidó.
Entretanto, o Grupo de Lima não busca a tomada de poder pela força.
e) Incorreto. Turquia e Rússia não apoiam o Grupo de Lima. Esses dois países apoiam o governo de
Nicolás Maduro.
Gabarito: C
COMENTÁRIOS:
A notícia envolve a tensão entre os Estados Unidos e o Irã, que se intensificou em 2018, com
a saída dos americanos do acordo sobre o programa nuclear iraniano. Como os EUA saíram, Donald
Trump determinou a retomada de duras sanções econômicas ao país persa.
A crise entre os dois países escalou, em junho 2019, quando o Irã derrubou um drone de
vigilância norte-americano no Estreito de Ormuz. Em retaliação, os americanos realizaram um
ataque cibernético que derrubou computadores militares do Irã.
A questão também poderia ser resolvida por meio de algumas pistas: no primeiro parágrafo,
o enunciado transcreve o diálogo do ministro de Relações Exteriores da Alemanha com Mike
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Pompeo, Secretário de Estado norte-americano, sobre sua preocupação com uma escalada da
tensão no Golfo. Os EUA aparecem em uma das alternativas, a Alemanha não. Aqui já temos uma
pista.
O golfo referido no diálogo é o de Omã, um caminho marítimo no Oriente Médio, que dá
acesso a outro golfo, o Pérsico, de onde é escoada grande parte da exportação de petróleo da
Arábia Saudita, Qatar, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Iraque e Irã.
Pelos dois golfos e o estreito de Ormuz passam diariamente cerca de um terço das
exportações mundiais de petróleo, o que os torna um dos locais mais estratégicos do mundo.
Gabarito: E
COMENTÁRIOS:
Em março de 2019, em uma reunião de cúpula, em Santiago, no Chile, foi lançado o Fórum
para o Progresso e Desenvolvimento da América do Sul (Prosul). O documento de lançamento,
denominado Declaração de Santiago, foi assinado pela Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador,
Paraguai, Peru e Guiana. O Chile, autor da iniciativa, vai presidir o Prosul pelos primeiros 12 meses.
A seguir, a presidência será ocupada pelo Paraguai.
De acordo com líderes desta articulação, o Prosul se constitui em um fórum regional de
diálogo organizado por países sul-americanos frente aos impasses e divergências da Unasul (União
de Nações Sul-Americanas).
A Unasul se consolidou em um momento de maioria de governos de esquerda na América
do Sul. Na atualidade, em 2019, a maioria dos países têm governos de direita, conservadores e
liberais. Essa mudança de rumos políticos se refletiu na entidade, culminando com a suspensão das
participações de diversos países da entidade, em 2018, incluindo o Brasil.
O Equador se manteve alinhado a esse bloco de governos de esquerda, e situava em sua
capital, Quito, o edifício sede da Unasul. Com a ascensão de Lenin Moreno à presidência do
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9. Por decisão dos integrantes do futuro fórum, a Venezuela não integrará o Prosul, haja vista
o governo de Nicolás Maduro ser considerado como ilegítimo pelos mandatários presentes no
encontro.
COMENTÁRIOS:
A Venezuela não foi convidada a participar do encontro de criação do Prosul, sob a
justificativa de não ser uma democracia. O governo de Nicolás Maduro é considerado ilegítimo
pelos mandatários presentes no encontro.
Gabarito: Certo
10. Com a abertura do processo de sua criação, o Prosul deverá substituir a União das Nações
Sul‐Americanas (Unasul), criada em 2008, quando os governos de esquerda eram maioria na
região.
COMENTÁRIOS:
A Unasul foi criada em 2008, quando os governos de esquerda eram ampla maioria na
América do Sul. A intenção dos países signatários do Prosul é que ele venha a substituir aquela
entidade.
Gabarito: Certo
11. Bolívia e Uruguai integram o grupo de países que assinaram a declaração conjunta de
criação do Prosul.
COMENTÁRIOS:
Representantes do Uruguai e da Bolívia participaram da reunião em Santiago, mas não
assinaram a declaração conjunta de criação do Prosul. Apesar disso, os dois países se colocaram
dispostos ao diálogo.
Gabarito: Errado
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COMENTÁRIOS:
Nos meses finais de 2018, caravanas de migrantes, provenientes de países pobres da
América Central, principalmente de El Salvador, Honduras e Guatemala, deslocaram-se até a
fronteira dos Estados Unidos para pedir asilo no país. Entretanto, devido às duras políticas anti-
imigratórias de Donald Trump, grande parte dos migrantes não conseguiu refúgio no país. A
manchete da notícia "Fugir das gangues já não é suficiente para obter asilo" faz referência a uma
das causas pelas quais os migrantes buscavam refúgio no país.
Assim, nossa alternativa é a letra "C". No contexto norte-americano, a notícia refere-se
particularmente às pessoas que caminham desde países da América Central até a fronteira norte-
americana.
Se você não estava por dentro da situação retratada pelo enunciado, poderia resolver a
questão por eliminação de alternativas. Vamos analisar o erro de cada uma das demais
alternativas:
a) Incorreta. Dissidentes de grupos radicais islâmicos não têm buscado proteção em território
americano. Desde o atentado de 7 de setembro, os Estados Unidos são extremamente hostis com
grupos radicais islâmicos. Além disso, Donald Trump suspendeu a entrada de migrantes de alguns
países de maioria islâmica: da Síria, Líbia, Iêmen, Irã e Somália.
b) Incorreta. Se houvesse uma onda de violência causada por atiradores intercambistas nos EUA,
nós saberíamos, pois certamente seria um dos fatos mais noticiados pelas mídias do mundo
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inteiro. Em fevereiro de 2018, um atirador matou 17 pessoas em uma escola da Flórida, mas não
há uma onda de violência causada por atiradores intercambistas nas escolas da Flórida, e o
atirador desse massacre em questão era norte-americano.
d) Incorreta. Não houve recessão nos EUA. A economia do país está estável e a taxa de
desempregos chegou a atingir seu menor índice em abril de 2019, ficando em 3,6%
e) Incorreta. Como mencionado anteriormente, Donald Trump suspendeu a entrada de migrantes
da Líbia nos Estados Unidos. Quem chega da Líbia aos EUA só pode permanecer se comprovar
alguma “relação autêntica” com uma pessoa ou entidade no país – ter um familiar ou ser
contratado por uma empresa norte-americana, por exemplo.
Gabarito: C
COMENTÁRIOS:
A doença que a questão se refere é a difteria. A difteria é uma doença causada por uma
bactéria que se instala nas amídalas, faringe, laringe e nariz, provocando dificuldade de respirar.
Ela é transmitida pelo contato direto, por meio de gotículas eliminadas pela tosse, espirro e ao
falar.
A Venezuela passa por um surto de difteria, que teve início em 2016. Foram registrados
1.559 casos de 2016 até janeiro de 2019, sendo que 270 resultaram em morte. Devido à situação
socioeconômica da Venezuela, a cobertura vacinal do país está muito baixa e várias doenças estão
ressurgindo. A forma mais eficaz de prevenção da difteria é a vacina.
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Gabarito: E
COMENTÁRIOS:
Donald Trump é um duro crítico da migração ilegal e dos imigrantes que vivem ilegalmente
no país. Durante sua campanha presidencial e após assumir a presidência, uma de suas principais
promessas é a da construção de um muro na fronteira com o México para coibir a entrada de
imigrantes ilegais, contrabando e drogas provenientes do México.
Para a construção do muro, é necessário alocar uma vultosa quantia de recursos no
orçamento federal, o que Trump não tem conseguido até o momento, pois o Congresso norte-
americano não aprova essa medida.
Em dezembro de 2018, Donald Trump se recusou a concordar com a aprovação do projeto
de orçamento para 2019, pelo Congresso americano, já que não incluía o financiamento do muro
na fronteira mexicana. Devido a não aprovação em tempo hábil do orçamento, os serviços de
muitos ministérios e agências governamentais dos EUA, tiveram de parar suas atividades, o que é
conhecido como "shutdown".
Essa não foi a única paralisação da história, mas foi a mais longa: durou 35 dias.
Posteriormente, sem possibilidade de vitória, Trump concordou com a aprovação do orçamento
sem a inclusão do montante de recursos que desejava para a construção do muro.
Gabarito: A
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(E) Colômbia.
COMENTÁRIOS:
Quem é o tal de Juan Guaidó, pessoal? Ele é o líder da oposição na Venezuela, que se
autoproclamou como presidente interino e que busca tirar Nicolás Maduro do poder por
considerá-lo um governante ilegítimo. Facílima essa questão.
Gabarito: D
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(E) a rivalidade comercial entre os EUA e a China, parceira da Coreia do Norte, representou
entrave às negociações.
COMENTÁRIOS:
As reuniões foram suspensas porque a Coreia do Norte propôs o fim de todas as sanções
políticas e econômicas impostas pelos EUA ao regime de Kim.
Na reunião realizada em Hanói, os Estados Unidos queriam o desmantelamento completo
do Complexo de Yongbyon – parque nuclear considerado chave para a Coreia do Norte. Trump
disse que Kim, em contrapartida, queria o fim de todas as sanções impostas ao regime norte-
coreano. Na avaliação do presidente norte-americano, isso seria um "desnível" na expectativa
entre os dois países.
Apesar disso, segundo Donald Trump, Kim Jong-un se comprometeu a não retomar os testes
com mísseis balísticos.
Gabarito: A
COMENTÁRIOS:
A situação política na Venezuela é de instabilidade, com fortes divergências entre o governo
de Nicolás Maduro e a oposição. Em janeiro de 2019, Juan Guaidó, líder oposicionista,
autoproclamou-se presidente interino do país, tendo o reconhecimento internacional de mais de
cinquenta países, entre eles o Brasil e os Estados Unidos.
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A oposição possui um grande apoio social, mas quem tem o controle da estrutura
administrativa é o governo de Nicolás Maduro. Politicamente, o país está cindido e fraturado.
Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
A questão pode ser resolvida tendo conhecimento do fato do enunciado ou do
conhecimento do contexto geopolítico dos EUA na atualidade sob o governo de Donald Trump.
Não houve nenhuma proposta de Donald Trump para realizar um ataque militar dos EUA
tendo a Coreia do Norte como alvo. Os dois países estão em um processo de aproximação
diplomática.
A retomada das relações diplomáticas entre os EUA e Cuba ocorreu no governo do ex-
presidente Barack Obama. Donald Trump, um crítico do regime cubano e do socialismo, congelou a
gradativa aproximação diplomática e comercial entre os dois países.
O governo de Donald Trump instituiu sobretaxas em relação a uma grande quantidade de
produtos importados da China, mas isso não caracteriza um boicote às relações comerciais entre
os dois países, que são grandes parceiros comerciais.
A decisão de Donald Trump de retirar as tropas norte-americanas da Síria no mês de
dezembro de 2018 recebeu algumas críticas, mas não causou impasse entre o congresso e Donald
Trump. Diante das críticas, o presidente voltou atrás na sua decisão. Os EUA ainda mantêm tropas
no Iraque.
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COMENTÁRIOS:
A notícia aborda a crise política na Venezuela, um assunto que tem despencado nas provas
de atualidades nos últimos anos. Creio que ninguém errou essa questão, que ainda trouxe como
dica o nome de Juan Guaidó, líder da oposição ao governo de Nicolás Maduro. Juan Guaidó se
autodeclarou presidente interino da Venezuela e conta com apoio dos Estados Unidos. Maduro
acusa os EUA de uma tentativa de golpe para derrubar o seu governo.
Gabarito: E
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COMENTÁRIOS:
Cristina Kirchner, ex-presidente que governou a Argentina entre 2007 e 2015, é acusada de
ter liderado uma rede de corrupção com a qual recebia pagamentos em dólares por parte de
empresários que desejavam obter licitações de construção de obra pública. A acusação estimou
em pelo menos 160 milhões de dólares o montante dos subornos que também teriam sido pagos
entre 2003 e 2007, durante o governo de seu marido, o já falecido Néstor Kirchner.
O caso ficou conhecido como "os cadernos das propinas", devido a uma série de anotações
feitas em cadernos por anos por um motorista do Ministério de Planejamento que transportava as
propinas. Nas páginas, ele anotava onde buscava a propina, de quem, a quantia, para quem e onde
era entregue.
À medida que o caso avançou, vários acusados se declararam arrependidos e começaram a
colaborar com a justiça em troca de liberdade ou redução de pena.
Gabarito: A
21. Um momento de crucial importância para a crise atual foi a vitória de Nicolás Maduro nas
eleições de 2018, em um processo que foi boicotado por boa parte da oposição.
COMENTÁRIOS:
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Nicolas Maduro assumiu pela primeira vez como presidente da Venezuela, em 2013,
sucedendo Hugo Chávez. Em maio de 2018, foi reeleito presidente, em eleições antecipadas,
consideradas ilegítimas por segmentos da oposição e não reconhecidas pela Organização dos
Estados Americanos (OEA) e diversos países no mundo, inclusive o Brasil.
Grande parte da oposição boicotou a eleição por considerar o processo eleitoral ilegítimo e
por ter sofrido restrições a sua livre participação por parte de instituições oficiais da Venezuela,
alinhadas com o regime de Nicolás Maduro.
A abstenção foi recorde: cerca de 54% dos eleitores venezuelanos não foram votar.
Gabarito: Certo
22. Após o anúncio da reeleição de Maduro, os Estados Unidos anunciaram sanções contra
importantes membros do governo e contra empresas venezuelanas.
COMENTÁRIOS:
Logo após o anúncio da reeleição de Maduro, em maio de 2018, os Estados Unidos
anunciaram mais sanções à Venezuela. O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva
proibindo cidadãos norte-americanos de participarem de negociações de títulos da dívida pública
venezuelana e de outros ativos.
Gabarito: Certo
23. Juan Guaidó, até então presidente da Assembleia Nacional, se autoproclamou presidente
em 23 de janeiro último, assumindo o compromisso de convocar novas eleições.
COMENTÁRIOS:
Em 23 de janeiro de 2019, o presidente da Assembleia Nacional, único poder que não é
controlado pelo chavismo, Juan Guaidó se declarou presidente interino do país e assumiu os
compromissos de estabelecer um governo de transição e de organizar eleições livres.
O país conta atualmente com dois presidentes (Maduro e Guaidó), dois parlamentos
(Assembleia Nacional e Assembleia Constituinte) e duas supremas cortes (uma em Caracas e outra
no exílio).
Gabarito: Certo
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COMENTÁRIOS:
A Argentina e a Colômbia, membros do Grupo de Lima, não reconhecem o novo governo de
Nicolás Maduro, reconhecem o autoproclamado Juan Guaidó como presidente. Cuba, presidida
por Miguel Díaz-Canel, aliada de primeira hora do chavismo, reconhece o segundo governo de
Nicolás Maduro.
Gabarito: Errado
25. O dia 23 de fevereiro último, que ficou conhecido como o “Dia D” da chegada da ajuda
humanitária à Venezuela, foi marcado por confrontos e mortes, inclusive em áreas próximas à
fronteira com o Brasil.
COMENTÁRIOS:
O dia 23 de fevereiro de 2019, que ficou conhecido como o "Dia D" da chegada de ajuda
humanitária estrangeira à Venezuela, principalmente dos EUA, foi marcado por confrontos e
mortes, inclusive em áreas de fronteira com o Brasil.
A operação foi articulada pelo líder da oposição e autodeclarado presidente interino da
Venezuela, Juan Guaidó, em coordenação com a Colômbia, Estados Unidos e Brasil. A ajuda
humanitária era para ter ingressado no país pelas cidades de Cúcuta, na Colômbia, e por
Pacaraima, em Roraima, no Brasil.
No entanto, Nicolás Maduro ordenou o fechamento das fronteiras com o Brasil e com a
Colômbia. O presidente chavista considerou a ajuda humanitária como sendo uma forma de
preparar uma intervenção estrangeira no país.
Como resposta, os manifestantes lançaram coquetéis molotov contra base do Exército da
Venezuela na fronteira com o Brasil. Na fronteira com a Colômbia, 2 caminhões com ajuda
humanitária foram incendiados. Os caminhões não conseguiram atravessar a fronteira e tiveram
que voltar. Três pessoas morreram e ao menos 15 ficaram feridas em Santa Elena de Uairén,
cidade venezuelana a 15 km da fronteira com o Brasil
Gabarito: Certo
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COMENTÁRIOS:
BRICS é um acrônimo que define o grupo formado por cinco importantes países
emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Os cinco países dos BRICS têm algumas
características comuns: são países com indústria e economia em expansão, seu mercado interno
está crescendo e incluindo milhões de novos consumidores. Quatro possuem territórios extensos e
entre os maiores do mundo: Brasil, Rússia, China e Índia.
Gabarito: C
COMENTÁRIOS:
A política de tolerância zero foi implementada na fronteira dos Estados Unidos com o
México e uma de suas características era o fato de separar filhos menores de 18 anos de
imigrantes ilegais de seus pais.
A política de tolerância zero de Donald Trump foi posta em prática em abril de 2018. Por
meio dessa política, se um adulto fosse pego atravessando a fronteira sem um visto, ele era levado
a um centro federal de detenção de imigrantes até que fosse apresentado a um juiz e seu caso
avaliado.
Como as crianças não podiam ser mantidas nessas instalações junto aos adultos, elas foram
separadas dos pais e levadas a abrigos, enquanto se aguardava a apresentação ao juiz do caso.
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A política de tolerância zero causou caos nas cortes federais americanas e lotou os centros
de detenção de imigrantes, além do fato de separar filhos de imigrantes ilegais de seus pais. Com
isso, poucas semanas após a sua implementação, o governo desistiu de dar continuidade a ela.
Gabarito: E
28. A maioria dos membros do G20, em especial os que integram a União Europeia, fez, na
última reunião do grupo, uma enfática defesa do unilateralismo.
COMENTÁRIOS:
Unilateralismo ocorre quando uma decisão é tomada apenas por um lado, sem aprovação
ou resposta de terceiros. Essa prática tem norteado várias tomadas de decisão de alguns países no
mundo atual, em contraposição ao multilateralismo, característico do mundo pós-Segunda Guerra
Mundial, intensificado na fase atual da globalização.
No cenário geopolítico internacional, os Estados Unidos, comandado por Donald Trump, um
crítico de aspectos da globalização, têm tomado decisões políticas, econômicas e sociais de
relevância internacional de forma unilateral, como as sobretaxas para produtos importados, a
retirada do país do Acordo do Clima de Paris e da Parceria Transpacífica. O protecionismo
econômico é uma prática unilateral, pois não é adotada por meio de acordo ou negociação
comercial.
A União Europeia é defensora do multilateralismo na esfera internacional. Na 13ª reunião
de cúpula do G20, realizada em 30 de novembro e 1º de dezembro de 2018, em Buenos Aires,
Argentina, a grande maioria dos seus membros fez uma defesa do multilateralismo.
Gabarito: E
29. Embora abordada de maneira superficial na última reunião do G20, a questão das tarifas
sobre aço e alumínio é um dos temas candentes do comércio internacional.
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COMENTÁRIOS:
O governo norte-americano estabeleceu sobretaxas a diversos produtos importados de
outros países, como o aço e o alumínio. A medida prejudicará diretamente a economia dos
principais exportadores desses insumos para os EUA, como União Europeia (UE), México, China,
Coreia do Sul e o Brasil.
Sendo assim, a questão das tarifas sobre aço e alumínio é um dos temas cadentes do
comércio internacional. É uma decisão que foi tomada de forma unilateral pelos Estados Unidos e,
para alguns países, violou acordos sobre o comércio internacional no âmbito da Organização
Mundial do Comércio (OMC).
Gabarito: C
30. Refugiados, imigração e mudanças climáticas, temas espinhosos, não foram abordados na
reunião citada no texto, cujo foco foi o livre comércio.
COMENTÁRIOS:
Os temas dos refugiados, da imigração e das mudanças climáticas foram abordados na
reunião do G20.
Ao final do encontro, foi divulgado um documento de 40 páginas, assinado por todos os
países, detalhando pontos como a reforma do sistema tributário, acordos comerciais e climáticos,
igualdade de gênero e fluxos migratórios.
No documento, o grupo afirma que "grandes movimentos de refugiados são uma
preocupação global com as questões humanitárias, políticas, sociais e consequências econômicas".
Em relação às mudanças climáticas, o documento diz que "continuaremos a combater as mudanças
climáticas, promovendo o desenvolvimento sustentável e crescimento". Outro ponto abordado foi o
estímulo a fontes limpas de energia.
Gabarito: E
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(D) a pequena participação do eleitorado, a menor dos últimos 30 anos, garantiu a vitória dos
candidatos apoiados pelo presidente Trump.
(E) os republicanos reconquistaram a maioria tanto na Câmara dos Representantes como no
Senado.
COMENTÁRIOS:
a) Incorreto. Os republicanos não elegeram quase todos os governadores dos estados. Os
republicanos ganharam em 18 estados e os democratas em 15 estados.
b) Incorreto. Nas eleições legislativas de 2018, dos Estados Unidos, o número de mulheres eleitas,
foi recorde. Ao todo, 118 mulheres foram eleitas; na Câmara, elas, que até então ocupavam 84
assentos, conquistaram 98 das 435 cadeiras. A participação feminina foi impulsionada por pelo
menos três grandes questões nacionais: o movimento #Metoo contra o assédio; a visão de que o
governo Trump é machista; e o número recorde de mulheres candidatas em todo o país. A
aprovação do nome de Brett Kavanaugh, indicado pelo presidente para a Suprema Corte mesmo
sendo acusado de assédio sexual, ajudou ainda mais no engajamento feminino.
c) Correto. Os democratas retomaram a maioria na Câmara dos Representantes (equivalente a
Câmara dos Deputados, no Brasil), e os republicanos mantiveram a maior parte dos assentos do
Senado.
d) Incorreto. A participação do eleitorado não foi pequena e nem a menor dos últimos 30 anos.
Invenção do examinador.
e) Incorreto. Os republicanos já possuíam maioria no Senado e a mantiveram. Na Câmara dos
Representantes, os republicanos perderam a maioria para os democratas.
Gabarito: C
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COMENTÁRIOS:
Nas eleições legislativas de novembro de 2018, nos Estados Unidos, na metade do mandato
presidencial, os Democratas elegeram a maioria dos deputados, voltando a ter o controle da
Câmara dos Representantes, que estava sob o controle dos Republicanos, que mantiveram o
controle do Senado.
Na Câmara dos Representantes, o número de mulheres eleitas foi recorde. Pela primeira
vez, foram eleitos representantes de minorias como muçulmanos, indígenas e refugiados. Também
foi escolhido o primeiro governador abertamente homossexual. Ou seja, as eleições simbolizam
um Congresso mais diverso.
Gabarito: A
COMENTÁRIOS:
A notícia citada está relacionada às eleições nos EUA, marcadas pelo recorde de mulheres
eleitas, pela eleição das duas primeiras deputadas federais muçulmanas, da primeira mulher
indígena, da deputada mais jovem da história e do primeiro governador assumidamente
homossexual.
Gabarito: C
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COMENTÁRIOS:
Acusado de desenvolver tecnologia de enriquecimento de urânio com a intenção de fabricar
armas nucleares, o Irã recebeu duras sanções econômicas dos EUA e da União Europeia, além de
sanções de outros países. Em 2015, foi assinado um acordo que limitou e condicionou o programa,
de forma que não seja possível ao país desenvolver armas nucleares em troca da retirada das
sanções econômicas internacionais.
Em maio de 2018, os Estados Unidos anunciaram a sua retirada do acordo e retomaram as
sanções econômicas ao Irã.
O Irã, país islâmico de vertente xiita, disputa influência e hegemonia no Oriente Médio com
o seu principal rival regional, a Arábia Saudita. A retirada dos EUA do acordo tem sim influência
direta na geopolítica do Oriente Médio. Americanos e sauditas são tradicionais aliados e estão
preocupados com a crescente influência do Irã no Oriente Médio. Com a saída, os EUA esperam
enfraquecer novamente a economia iraniana.
Gabarito: Certo
COMENTÁRIOS:
A “tolerância zero” consistia na separação de famílias de imigrantes que cruzam ilegalmente
a fronteira com o México. Os pais eram enviados para centros de detenção (prisões) e processados
criminalmente. Os filhos, menores de 18 anos, eram enviados para abrigos. Essa separação foi
fortemente criticada nos Estados Unidos e no exterior.
Gabarito: B
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COMENTÁRIOS:
Em junho de 2018, em Singapura, foi realizado o primeiro encontro entre um presidente
estadunidense e um líder norte-coreano. Na ocasião, foi assinada uma declaração conjunta que
prevê a desnuclearização da península coreana e o compromisso dos dois países com a paz e a
prosperidade na região. Entretanto, a declaração do encontro não trouxe prazos nem passos
concretos para a obtenção de seus objetivos.
A reunião foi realizada após um período anterior de ameaças e uma dura retórica belicista
entre Donald Trump, presidente dos EUA, e Kim Jong-un.
Gabarito: A
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COMENTÁRIOS:
A notícia presente no enunciado trata da reunião realizada por líderes da União Europeia
em Bruxelas, onde se discutiu o que seria feito com relação aos refugiados que chegam ao bloco.
Os líderes da União Europeia concordaram em compartilhar, de maneira voluntária, os refugiados
que chegarem ao bloco europeu e em criar "centros controlados" dentro da UE para processar
solicitações de asilo.
Apesar disso, os compromissos feitos para fortalecer o controle da fronteira europeia foram
vagos e a chanceler alemã, Angela Merkel, admitiu que ainda há divergências.
A banca marcou o gabarito "B" como correto. Entretanto, há um erro nessa alternativa. Não
está aumentando o número de refugiados que chegam à Europa. Está diminuindo em relação ao
pico de imigração para a Europa, que foi no ano de 2015. Na própria notícia utilizada pelo
enunciado está dizendo que diminuiu o número de imigrantes para a Europa.
Gabarito: B
38. O texto retrata um tipo de problema agravado pela atual política norte-americana, que tem
agido duramente contra a imigração ilegal.
COMENTÁRIOS:
Sob comando de Donald Trump, os Estados Unidos têm adotado uma política de tolerância
zero à imigração ilegal. O controle nas fronteiras tem sido muito rígido, e Donald Trump ainda quer
alongar a reforçar o muro na fronteira com o México para combater de forma mais dura a
imigração ilegal. No caso retratado pelo enunciado, os imigrantes ilegais adultos que eram
flagrados atravessando a fronteira eram enviados para a prisão, e os seus filhos, que não poderiam
ser presos, eram separados dos pais e enviados para albergues. Essa medida recebeu duras críticas
e foi revogada, mas reflete o que é a política de tolerância zero à imigração ilegal do governo
estadunidense.
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Gabarito: Certo
39. Milhares de imigrantes, sobretudo africanos, que atravessam o mar Mediterrâneo têm
recebido integral apoio de governos europeus do Leste, que os têm acolhido sem reservas.
COMENTÁRIOS:
Salta os olhos o erro da questão. Os imigrantes não têm recebido integral apoio, tampouco
têm sido acolhidos sem reservas, seja por governos europeus do leste ou do oeste. Na verdade, há
muitas resistências de governos e países.
Gabarito: Errado
40. Em geral, as atuais correntes migratórias são formadas por pessoas com alta qualificação
educacional e técnica, em busca de salários mais altos.
COMENTÁRIOS:
Em geral, as atuais correntes migratórias são formadas por pessoas com baixa qualificação
educacional e técnica, em busca de salários mais altos. São pessoas que saem de um país pobre ou
em desenvolvimento em direção a um país desenvolvido ou em desenvolvimento, em busca de
melhores salários e melhores condições de vida.
Também são formadas por pessoas que fogem de guerras, conflitos, perseguições e
desastres ambientais que ameaçam à sua existência e sobrevivência.
Gabarito: Errado
41. A Copa do Mundo da FIFA – Rússia 2018 demonstrou que o futebol também se globalizou,
mas não o suficiente para aceitar que atletas de origem familiar estrangeira, como os
afrodescendentes, pudessem integrar seleções europeias.
COMENTÁRIOS:
O futebol é um esporte bastante globalizado e a Copa do Mundo da FIFA – Rússia 2018
demonstrou mais uma vez isto. É só verificarmos a quantidade de jogadores de origem familiar
estrangeira em várias seleções, como os afrodescendentes. Exemplo muito comentado é o da
seleção da França, campeã da Copa do Mundo de 2018. Dos 23 jogadores dessa seleção, dois são
nascidos em outros países, outros dois são nascidos em territórios que pertencem à França, mas
possuem seleções próprias, 11 têm pais nascidos em outros países e quatro têm avós e
antepassados em outros países.
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Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
A República Bolivariana da Venezuela se encontra atualmente suspensa do MERCOSUL. O
bloco entendeu que há uma ruptura na ordem democrática do país e que os poderes não estão
funcionando de modo harmônico e independente, o que vai contra o que está disposto no
Protocolo de Ushuaia.
Durante a suspensão, a Venezuela não pode participar de votações e de exercer a
presidência rotativa do bloco. A suspensão não afeta as trocas comerciais entre a Venezuela e os
demais países do bloco. Os acordos comerciais continuam em vigor.
Gabarito: Certo
43. Entre os países sul-americanos, o Brasil é o que mais recebe imigrantes venezuelanos, que
buscam livrar-se da crise econômica de seu país.
COMENTÁRIOS:
A Colômbia é o país sul-americano que mais têm recebido imigrantes venezuelanos. Estima-
se que entre 700 mil e um milhão de venezuelanos entraram no país desde 2014. Outros países
sul-americano também recebem mais venezuelanos do que o Brasil, como o Peru e a Argentina.
Gabarito: Errado
44. Apesar da crise econômica, o governo venezuelano tem conseguido controlar a inflação no
país.
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COMENTÁRIOS:
A Venezuela passa por um crítico cenário de hiperinflação. Em julho de 2018, o Fundo
Monetário Internacional (FMI) divulgou uma projeção de que a Venezuela terá uma inflação de até
1.000.000% em 2018 e comparou a situação do país à enfrentada pela Alemanha em 1923 e pelo
Zimbábue no fim dos anos 2000.
No relatório, o FMI prevê que a economia da Venezuela recuará 18% em 2018, três pontos
percentuais acima da última projeção, e 5% em 2019, um ritmo menos intenso do que o calculado
pela organização em abril.
Para tentar conter esta inflação, o governo lançou um plano econômico em agosto de 2018. A
principal mudança do chamado "Madurazo" foi o corte de cinco zeros da moeda local, que passa a
se chamar bolívar soberano. A nova moeda está ancorada na criptomoeda Petro criada pelo
governo, por sua vez garantida pelo petróleo venezuelano.
Gabarito: Errado
45. Embora muito criticada pela comunidade internacional, a Venezuela não foi submetida a
sanções econômicas por outros países, como as impostas, por exemplo, a Cuba e ao Irã.
COMENTÁRIOS:
Sob o governo de Donald Trump, os Estados Unidos já aplicaram uma série de sanções
econômicas à Venezuela.
Foram proibidos de entrar nos Estados Unidos cerca de 60 funcionários e ex-funcionários do
governo venezuelano, entre eles, Maduro e outros de alto escalão, acusados de corrupção e
narcotráfico.
Trump também proibiu entidades americanas de negociar a dívida do Estado venezuelano
ou de sua petroleira, PDVSA, e de comercializarem o “petro”, a criptomoeda lançada pelo governo
venezuelano.
Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
O petróleo responde por 96% das receitas de exportação da Venezuela. Com a diminuição
no preço do barril de petróleo, as finanças públicas definharam. A economia venezuelana é muito
dependente de petróleo.
Gabarito: Certo
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COMENTÁRIOS:
A Venezuela possui as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo. Na sequência
vem a Arábia Saudita e o Irã. Apesar disso, os maiores produtores mundiais de petróleo são,
respectivamente, Rússia, Arábia Saudita e Estados Unidos.
O país é um exportador de petróleo, mas a sua produção e exportação caíram
significativamente nos últimos anos. A gravíssima crise econômica atingiu a produção venezuelana
de petróleo.
Gabarito: Certo
Em um mundo globalizado, nada mais natural que inúmeras equipes de futebol atuem, na
Copa do Mundo, com um número considerável de jogadores naturalizados. Contudo, se há
alguma seleção que represente a mistura entre povos de origens distintas, essa é a da França.
Finalista do Mundial da Rússia de 2018, a seleção francesa é praticamente um apanhado de
etnias diferentes, com atletas não só descendentes de etnias, classes e religiões variadas, mas
até mesmo nascidos em outros países. Em suma, um retrato fiel da heterogeneidade que
marca a própria França. Fernando Barros.
Folha de Pernambuco, 15/7/2018. Internet: (com adaptações).
Tendo como referência a imagem e o assunto abordado no texto, julgue os itens
subsequentes.
48. O alinhamento ocidental entre França e Estados Unidos da América é o que motiva esses
países a adotarem políticas internas muito semelhantes com relação ao controle de imigrantes.
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COMENTÁRIOS:
França e Estados Unidos não adotam posturas muito semelhantes em relação ao controle
de imigrantes.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é um forte crítico da imigração. Desde que
assumiu a presidência do país, ele tomou várias medidas para endurecer os critérios de entrada de
migrantes, especialmente os ilegais, e propôs até mesmo a construção de um muro na fronteira
com o México.
A França também é um país com muitas resistências à entrada de imigrantes no país. Mas
não é tão rígida e inflexível como os Estados Unidos em relação aos imigrantes. O país tem os
aceitado de forma controlada, o que mostra que possui uma postura menos rígida do que a dos
Estados Unidos.
Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
A figura não expressa uma relação diplomática e anticolonialista. Observe na figura uma
grande mão saindo da França em direção à taça da copa do mundo, dando a entender que a
França quer a taça da copa, sem levar em consideração as pessoas que estão na embarcação
superlotada. Relações colonialistas são parecidas com essa analogia que a imagem faz. Um país só
tira de sua colônia as riquezas, aquilo que pode ser usufruído para o seu próprio crescimento, sem
se preocupar com o desenvolvimento econômico-social dos colonizados. É uma relação de
expropriação e de usurpação de riquezas.
A figura faz uma alusão à seleção francesa, campeã da Copa do Mundo de 2018. Grande
parte dos jogadores dessa seleção não tinham a origem francesa. Eram jogadores de origem étnica
e familiar negra, asiática e outras. Grandes craques do futebol, muitos de ex-colônias da França.
Ou seja, essa riqueza de craques de outras etnias a França quer, não reclama. Mas o imigrante
comum, sem grandes especialidades e talentos profissionais, é alvo de preconceitos e de
resistências ao seu ingresso e de sua vivência na França.
Gabarito: Errado
50. A mobilidade demográfica ilustrada na figura se justifica pelas mesmas razões do problema
migratório que perdura na Síria.
COMENTÁRIOS:
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O principal motivo que leva os sírios a migrarem é a guerra civil da Síria. Na África,
migrantes também fogem de conflitos armados entre governos e grupos extremistas e conflitos
armados entre etnias. Mas esses não são os únicos motivos. Fogem também da pobreza, de
desastres naturais e de perseguições religiosas. Por isso, não se pode dizer que são as mesmas
razões que causam a migração de sírios e de africanos.
Gabarito: Errado
51. Um país que sedia uma copa do mundo vivencia a experiência de tornar-se um espaço
multiétnico temporário.
COMENTÁRIOS:
A copa do mundo de futebol atrai pessoas de todos os continentes que vão para
acompanhar o evento. Durante a sua duração, o país que sedia a copa torna-se um espaço
multiétnico.
Gabarito: Certo
52. Nos últimos anos, intensificaram‐se as correntes migratórias vindas, sobretudo, da África e
do Oriente Médio em direção à Europa, onde têm sido bem recebidas por todos os países.
COMENTÁRIOS:
Nos últimos anos, intensificaram-se, de fato, as correntes migratórias vindas da África e do
Oriente Médio em direção à Europa, deflagradas por conflitos étnicos-religiosos e guerras nessas
regiões, em especial, a guerra civil da Síria. Entretanto, via de regra, estes imigrantes não têm sido
bem recebidos em países europeus. Veja que o comando da questão generaliza: todos os países. Já
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dava para desconfiar. Desconfie deste tipo de generalização, via de regra são pegadinhas utilizadas
pelas bancas.
Diversos países tentam barrar a entrada de imigrantes e tornam mais rígidas as suas
fronteiras. Movimentos de cunho xenofóbico têm ganhado força no continente, inclusive obtendo
ou ampliando a sua representatividade política em parlamentos nacionais e no parlamento da
União Europeia.
Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
O texto não diz que as manifestações nacionalistas de atletas e de torcedores deixaram de
existir. Isto já torna a questão incorreta.
Na Copa do Mundo de 2018, ocorreram algumas pequenas manifestações nacionalistas de
atletas e torcedores, sendo esse o segundo erro da questão. O mais marcante foi durante um jogo
da Suíça contra a Sérvia, onde jogadores suíços comemoraram os dois gols da partida fazendo uma
manifestação política em favor de suas origens: com as mãos, imitaram o símbolo da bandeira da
Albânia, uma águia negra de duas cabeças.
A ação foi considerada uma grande provocação pela Sérvia, contrária à independência do
Kosovo, região onde a maioria da população é de origem albanesa, há décadas.
Gabarito: Errado
54. O atual governo dos Estados Unidos da América, liderado pelo presidente Donald Trump,
tem demonstrado extrema tolerância e apoio aos imigrantes que chegam ao país.
COMENTÁRIOS:
Pelo contrário, as medidas tomadas pelo governo do presidente Donald Trump demonstram
nenhuma tolerância e grande resistência em apoiar imigrantes que entram nos Estados Unidos.
O presidente norte-americano, Donald Trump, possui um projeto de construção de um
muro na fronteira dos Estados Unidos com o México. Suspendeu, também, a entrada de
imigrantes de 7 países (5 deles de maioria muçulmana).
Determinou o fim do programa Daca e o encerramento do status de proteção que permite
que mais de 200 mil cidadãos de El Salvador, Haiti e Nicarágua permaneçam nos EUA. O programa
Daca foi criado em 2012, durante a gestão de Barack Obama, para regularizar temporariamente
imigrantes em situação ilegal que chegaram aos Estados Unidos quando eram menores de idade.
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Entre o início de abril e o fim de maio de 2018, o governo de Trump separou mais de dois
mil meninos e meninas dos pais que tentavam entrar ilegalmente nos Estados Unidos, mandando
os pais para uma prisão federal e as crianças para um abrigo.
Gabarito: Errado
55. Talvez pela situação de crise que vem atravessando, o Brasil não tem sido procurado por
imigrantes que estejam fugindo da situação caótica de seus respectivos países, a exemplo do Haiti
e da Venezuela.
COMENTÁRIOS:
A crise pela qual passa ou passou o Brasil nos anos de 2015 a 2018 não fez com que
imigrantes que estejam fugindo da situação caótica de seus respectivos países deixassem de
procurar o Brasil como um local de refúgio. Exemplo são os sírios e africanos que vieram para o
Brasil fugindo de conflitos bélicos nos seus países.
De 2010 a 2016, cerca de 40 mil haitianos vieram para o Brasil. O país tem passado por
crises ininterruptas ao longo das últimas décadas. É o país mais pobre da América Latina, marcado
pela pobreza e miséria, que ainda têm sofrido com catástrofes de origem natural, como
terremotos e ciclones, abalando ainda mais a sua estrutura socioeconômica.
A migração de venezuelanos é mais recente. Intensificou-se a partir do ano de 2017. A
Venezuela passa por severa crise política, econômica e social.
Gabarito: Errado
56. Perseguições religiosas e guerras constantes são dois dos principais motivos a explicar as
ondas de correntes migratórias que se multiplicam no mundo contemporâneo.
COMENTÁRIOS:
A busca por oportunidades de emprego e geração de renda, as catástrofes naturais, as
perseguições por motivos étnicos, religiosos ou as guerras são o que mais motivam a emigração
(saída) de pessoas de diversos países.
Sendo assim, as perseguições religiosas e as guerras constantes são dois dos principais
motivos que explicam as ondas de correntes migratórias que se multiplicam no mundo
contemporâneo.
Gabarito: Certo
57. A busca de “melhores condições de sobrevivência”, como afirma o texto, é fator decisivo
para impulsionar as atuais correntes migratórias.
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COMENTÁRIOS:
A busca de melhores condições de sobrevivência é fator decisivo para impulsionar as atuais
correntes migratórias. No seguinte trecho: "[...] as viagens são mais viáveis e não dá para segurar a
vontade de subir na vida e ter melhores condições de sobrevivência. [...]", o texto infere que a
vontade de subir na vida e ter melhores condições de sobrevivência motivam as migrações
internacionais.
Gabarito: Certo
COMENTÁRIOS:
Durante o seu trajeto, diversos imigrantes enfrentam riscos de morte para tentar chegar ao
seu destino, vítimas de traficantes de pessoas, que fazem parte de complexas redes criminosas
internacionais. Os imigrantes, desesperados para fugir de sua região, acabam se vendo obrigados a
pagarem elevadas quantias em um serviço de transporte que, em muitos casos, acaba de forma
trágica.
Casos assim vieram muito à tona em 2015, durante o auge da crise imigratória na Europa.
Na travessia do Mar Mediterrâneo, muitos imigrantes desapareceram, vítimas dos traficantes de
pessoas. Em um dos casos, cerca de 800 pessoas se afogaram após um barco virar na costa Líbia.
Gabarito: Certo
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(C) os EUA acusaram o Irã de financiar as ações do Estado Islâmico e dar abrigo a grupos
fundamentalistas.
(D) a União Europeia colocou em dúvida o acordo nuclear com o Irã por sentir-se ameaçada
pelo país persa.
(E) o presidente Donald Trump retirou os EUA do acordo nuclear das potências mundiais com
o Irã.
COMENTÁRIOS:
As tensões entre o Irã e o Ocidente ressurgiram desde que o presidente Donald Trump
retirou os EUA do acordo nuclear estabelecido entre potências mundiais com o Irã.
Em 2015, o Irã e o grupo de países denominado de 5+1 (EUA, França, Reino Unido, Rússia e
China + Alemanha) chegaram a um acordo sobre o programa nuclear do país. O Irã se
comprometeu a limitar suas atividades nucleares em troca do alívio em sanções internacionais,
abrindo o caminho para uma normalização da presença do país no cenário internacional.
Em 2018, entretanto, os Estados Unidos anunciaram a sua retirada do acordo articulado
pelo ex-presidente Barack Obama. Com a saída do acordo, os EUA retomaram a aplicação de
sanções econômicas ao Irã em seu mais alto nível.
Gabarito: E
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COMENTÁRIOS:
A Venezuela é questionada por diversos países e pelo Secretário Geral da OEA em função da
situação da democracia no país. Para esses atores políticos a democracia está violada no país e a
eleição que reelegeu o presidente Nicolás Maduro, em maio de 2018, foi ilegítima, pois não teria
sido um processo eleitoral livre. Na Assembleia da organização, realizada em junho de 2018, foi
aprovada uma resolução que pode levar a expulsão da Venezuela da OEA.
Pela Carta Democrática Interamericana, para um país ser membro da OEA, ele deve ser uma
democracia. Diante das muitas críticas que vem sofrendo e de movimentações para punir o país no
âmbito da organização, a Venezuela solicitou a sua saída da entidade regional em abril de 2017.
Pelo regulamento da organização a saída não é imediata e será efetivada em abril de 2019.
Gabarito: C
COMENTÁRIOS:
As promessas de campanha de Donald Trump representam um desafio ao paradigma da
globalização, pois rompem com a ideia de um mundo no qual deveria prevalecer a integração
econômica e cultural, com o livre movimento de pessoas, mercadorias e capitais.
A teoria da globalização propõe o livre comércio, a livre circulação de capitais (dinheiro) e de
pessoas entre os países e pelo globo. Ou seja, é um movimento que leva a uma maior integração
econômica, social e cultural entre pessoas, povos, regiões e países. A multiplicação de blocos
econômicos é uma das características da fase atual da globalização.
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Medidas que Donald Trump vem adotando, como a retirada dos EUA do Tratado Trans-
Pacífico, a adoção de sobretaxas a produtos importados, a sobretaxação de produtos importados
da China, maiores restrições para a entrada de imigrantes nos EUA vão no sentido oposto da fase
atual da globalização, o que o caracterizam como um governante nacionalista, protecionista e
antiglobalização.
Gabarito: B
COMENTÁRIOS:
O texto refere-se à decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como a
capital de Israel. O Estado judeu considera Jerusalém sua capital eterna e indivisível. Mas os
palestinos reivindicam parte da cidade (Jerusalém Oriental) para ser a capital do seu futuro Estado.
Sendo assim, muitos países e organismos internacionais não reconhecem a decisão de Israel de
declarar a totalidade da cidade de Jerusalém como sendo a sua capital, concordando com o pleito
palestino.
Gabarito: D
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COMENTÁRIOS:
Em dezembro de 2017, o presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos
reconheciam Jerusalém (na sua totalidade) como a capital de Israel e a transferência da embaixada
americana para a cidade. Em 14 de maio de 2018, no mesmo dia que se comemorou os 70 anos da
fundação do estado de Israel, a embaixada americana foi inaugurada em Jerusalém.
Atualmente, a grande maioria dos países mantêm suas embaixadas em Tel Aviv, justamente
pela falta de consenso na comunidade internacional sobre o status de Jerusalém.
Os EUA são um forte opositor do Irã e são aliados da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes.
O Egito é um país amigo da Arábia Saudita, que se opõe ao regime de Bashar al-Assad na Síria, que
é apoiado pelo Irã. Os EUA também se opõem ao regime de Assad.
O Conselho de Segurança da ONU não aprovou nenhuma resolução favorável ao
reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel, pelo contrário, por 14 votos a 1 condenou a
decisão dos Estados Unidos. A Ucrânia não reconhece Jerusalém como a capital de Israel, mas
Vanuatu, Taiwan e República Checa estão entre os poucos países que reconhecem.
A alternativa “e” é uma invenção do examinador.
Gabarito: C
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COMENTÁRIOS:
Questão complicada. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é conhecido por suas
declarações polêmicas e por medidas polêmicas, que são, muitas vezes, consideradas
preconceituosas e extremistas por parte de segmentos da sociedade. Quem está atualizado
provavelmente sabe que todas as alternativas apresentam fatos sobre os quais Trump realmente
fez declarações, com exceção da alternativa “D”, que é uma invenção do examinador. Portanto, o
enunciado traz a data como a “chave” para a resolução da questão. Vamos analisar as alternativas:
a) Incorreta. O anúncio sobre a proibição da entrada de refugiados de origem islâmica foi em
janeiro de 2017.
b) Correta. Em dezembro de 2017, Donald Trump anunciou a transferência da embaixada norte-
americana para Jerusalém, que se concretizou, de fato, em 14 de maio de 2018. O anúncio foi
largamente criticado por líderes mundiais de dezenas de países, entre eles os da França e Reino
Unido.
c) Incorreta. De fato, os EUA estabeleceram novas sanções econômicas à Coreia do Norte, em
fevereiro de 2018. Isso está correto, mas não é o que está descrito nos fragmentos das notícias,
que são de dezembro de 2017.
d) Incorreta. Apesar de criticar a Rússia pelo seu apoio ao regime de Bashar al-Assad e de expulsar
60 diplomatas russos após o envenenamento de Skripal, um ex-espião russo, em março de 2018,
Trump não cortou relações diplomáticas com a Rússia.
e) Incorreta. A construção do muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México é uma das
promessas de campanha de Donald Trump. Ressalta-se que parte deste muro já foi construído por
governos anteriores. No governo de Trump, ele segue em construção de forma lenta. Em janeiro
de 2017, Trump assinou uma ordem para a construção do muro, mas não há nenhuma evidência
de que as obras de construção se aceleraram para o muro ficar totalmente construído no governo
do republicano.
Gabarito: B
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limpa. A produção de energia, a partir de fontes mais limpas e eficientes, visa contribuir para
a solução de grande parte das atuais preocupações relacionadas com a energia e a
conservação do meio ambiente. Entende-se como energia limpa
a) aquela energia que foi obtida a partir de fontes que geram poluentes na atmosfera e
trazem malefícios para o meio ambiente e para a saúde das pessoas.
b) aquela que libera, durante seu processo de produção ou consumo, resíduos ou gases
poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. As fontes de energia que
liberam quantidades muito baixas destes gases ou resíduos também são consideradas fontes
de energia limpa.
c) aquela que não libera, durante seu processo de produção ou consumo, resíduos ou gases
poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. As fontes de energia que
liberam quantidades muito baixas desses gases ou resíduos também são consideradas fontes
de energia limpa.
d) aquela que não libera, durante seu processo de produção ou consumo, resíduos ou gases
poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. As fontes de energia usadas
para a geração de energia elétrica (caso das usinas termelétricas que usam carvão mineral)
ou em meios de transportes (caso da gasolina e do diesel) também são consideradas fontes
de energia limpa.
e) aquela que libera, durante seu processo de produção ou consumo, resíduos ou gases
poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. As fontes de energia usadas
para a geração de energia elétrica (caso das usinas termelétricas que usam carvão mineral)
ou em meios de transportes (caso da gasolina e do diesel) também são consideradas fontes
de energia limpa.
COMENTÁRIOS:
a) Incorreta. Esta é a definição de energia suja, não de energia limpa.
b) Incorreta. Energia limpas NÃO liberam, durante seu processo de produção ou consumo,
resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. Entretanto, a
segunda frase está correta: também são consideradas fontes de energia limpa as que liberam
quantidades muito baixas desses gases ou resíduos.
c) Correta. Energia limpa é aquela que não libera, durante seu processo de produção ou consumo,
resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. As fontes de
energia que liberam quantidades muito baixas desses gases ou resíduos também são consideradas
fontes de energia limpa.
d) Incorreta. Carvão mineral, gasolina e diesel não são consideradas fontes de energia limpa. A
combustão desses produtos libera muitos resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa e
do aquecimento global na atmosfera.
e) Incorreta. Energia limpa é aquela que NÃO libera, durante seu processo de produção ou
consumo, resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global.
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Entretanto, as fontes de energia que liberam quantidades muito baixas desses gases ou resíduos
também são consideradas fontes de energia limpa.
Gabarito: C
COMENTÁRIOS:
Entre os países listados nas alternativas, qual deles possui um programa nuclear em
andamento, realizando, inclusive, testes nucleares que são criticados por boa parte dos chefes de
Estado no mundo? É a Coreia do Norte, país que Donald Trump, desde que assumiu, tem tido uma
postura ofensiva, incluindo até mesmo a possibilidade de se iniciar uma guerra contra.
Gabarito: E
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III. Antes da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas, os alicerces
da globalização já haviam sofrido os primeiros abalos na Europa. Em plebiscito realizado em
junho de 2016, os britânicos votaram pela saída do Reino Unido da União Europeia (EU), o
maior e mais importante bloco econômico do planeta.
IV. Uma das primeiras ações de Donald Trump como presidente norte-americano foi a
assinatura de um decreto que retirou o país do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio
(NAFTA, na sigla em inglês).
Analisando as proposições, pode-se afirmar:
a) Somente as proposições I e IV estão corretas.
b) Somente as proposições II e IV estão corretas.
c) Somente as proposições I e III estão corretas.
d) Somente as proposições II e III estão corretas.
COMENTÁRIOS:
I - Incorreta. A chamada crise dos refugiados, a pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra
Mundial, teve seu auge no ano de 2015 e 2016, em decorrência da escalada de violência na guerra
civil da Síria. O erro do enunciado está em dizer que a imigração de sírios e curdos começou em
2017, ela teve início em 2011, ano em que se iniciou o conflito.
II - Correta. O presidente norte-americano Donald Trump é considerado um crítico da globalização,
da cooperação entre as nações e possui uma postura rígida contra imigrantes.
III - Correta. A formação de blocos econômicos é uma das principais características da globalização
atual. O Brexit, isto é, a saída do Reino Unido da União Europeia, é considerado um movimento
que questiona pilares da globalização. A eleição de Donald Trump também foi vista como um
questionamento à globalização atual.
IV - Incorreta. Uma das primeiras ações de Donald Trump como presidente norte-americano foi a
assinatura de um decreto que retirou o país do TTP, o Tratado Trans-Pacífico. O presidente é um
crítico do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA, na sigla em inglês), cujos termos
estão em renegociação. Os EUA continuam fazendo parte do NAFTA.
Gabarito: D
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a) aquela energia que foi obtida a partir de fontes que geram poluentes na atmosfera e
trazem malefícios para o meio ambiente e para a saúde das pessoas.
b) aquela que libera, durante seu processo de produção ou consumo, resíduos ou gases
poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. As fontes de energia que
liberam quantidades muito baixas destes gases ou resíduos também são consideradas fontes
de energia limpa.
c) aquela que não libera, durante seu processo de produção ou consumo, resíduos ou gases
poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. As fontes de energia que
liberam quantidades muito baixas desses gases ou resíduos também são consideradas fontes
de energia limpa.
d) aquela que não libera, durante seu processo de produção ou consumo, resíduos ou gases
poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. As fontes de energia usadas
para a geração de energia elétrica (caso das usinas termelétricas que usam carvão mineral)
ou em meios de transportes (caso da gasolina e do diesel) também são consideradas fontes
de energia limpa.
e) aquela que libera, durante seu processo de produção ou consumo, resíduos ou gases
poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. As fontes de energia usadas
para a geração de energia elétrica (caso das usinas termelétricas que usam carvão mineral)
ou em meios de transportes (caso da gasolina e do diesel) também são consideradas fontes
de energia limpa.
COMENTÁRIOS:
a) Incorreta. Esta é a definição de energia suja, não de energia limpa.
b) Incorreta. Energia limpas NÃO liberam, durante seu processo de produção ou consumo,
resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. Entretanto, a
segunda frase está correta: também são consideradas fontes de energia limpa as que liberam
quantidades muito baixas desses gases ou resíduos.
c) Correta. Energia limpa é aquela que não libera, durante seu processo de produção ou consumo,
resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. As fontes de
energia que liberam quantidades muito baixas desses gases ou resíduos também são consideradas
fontes de energia limpa.
d) Incorreta. Carvão mineral, gasolina e diesel não são consideradas fontes de energia limpa. A
combustão desses produtos libera muitos resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa e
do aquecimento global na atmosfera.
e) Incorreta. Energia limpa é aquela que NÃO libera, durante seu processo de produção ou
consumo, resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global.
Entretanto, as fontes de energia que liberam quantidades muito baixas desses gases ou resíduos
também são consideradas fontes de energia limpa.
Gabarito: C
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COMENTÁRIOS:
Entre os países listados nas alternativas, qual deles possui um programa nuclear em
andamento, realizando, inclusive, testes nucleares que são criticados por boa parte dos chefes de
Estado no mundo? É a Coreia do Norte, país que Donald Trump, desde que assumiu, tem tido uma
postura ofensiva, incluindo até mesmo a possibilidade de se iniciar uma guerra contra.
Gabarito: E
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junho de 2016, os britânicos votaram pela saída do Reino Unido da União Europeia (EU), o
maior e mais importante bloco econômico do planeta.
IV. Uma das primeiras ações de Donald Trump como presidente norte-americano foi a
assinatura de um decreto que retirou o país do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio
(NAFTA, na sigla em inglês).
Analisando as proposições, pode-se afirmar:
a) Somente as proposições I e IV estão corretas.
b) Somente as proposições II e IV estão corretas.
c) Somente as proposições I e III estão corretas.
d) Somente as proposições II e III estão corretas.
COMENTÁRIOS:
I - Incorreta. A chamada crise dos refugiados, a pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra
Mundial, teve seu auge no ano de 2015 e 2016, em decorrência da escalada de violência na guerra
civil da Síria. O erro do enunciado está em dizer que a imigração de sírios e curdos começou em
2017, ela teve início em 2011, ano em que se iniciou o conflito.
II - Correta. O presidente norte-americano Donald Trump é considerado um crítico da globalização,
da cooperação entre as nações e possui uma postura rígida contra imigrantes.
III - Correta. A formação de blocos econômicos é uma das principais características da globalização
atual. O Brexit, isto é, a saída do Reino Unido da União Europeia, é considerado um movimento
que questiona pilares da globalização. A eleição de Donald Trump também foi vista como um
questionamento à globalização atual.
IV - Incorreta. Uma das primeiras ações de Donald Trump como presidente norte-americano foi a
assinatura de um decreto que retirou o país do TTP, o Tratado Trans-Pacífico. O presidente é um
crítico do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA, na sigla em inglês), cujos termos
estão em renegociação. Os EUA continuam fazendo parte do NAFTA.
Gabarito: D
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COMENTÁRIOS:
Uma questão sem sentido, uma invenção do examinador. O Brasil é membro do BRICS e não
tem a intenção de deixar o grupo. Ser membro do BRICS em nada tem prejudicado a relação entre
o Brasil e os vizinhos sul-americanos que compõem o MERCOSUL.
Gabarito: E
Considerando o texto apresentado como referência inicial, julgue os itens a seguir, que
tratam de aspectos diversos das relações entre os países em um mundo globalizado.
72. A queda na chegada de migrantes à Europa em 2017 mostra que a chamada crise dos
refugiados terminou, principalmente em decorrência da política adotada pela Alemanha, país que
recebeu a maioria dos refugiados no continente.
COMENTÁRIOS:
O número de imigrantes que chegam à Europa caiu drasticamente no ano de 2017. O
examinador está se referindo principalmente aos que chegam na condição de refugiados, fugindo
de conflitos na África e na Ásia. Essa queda está relacionada ao maior controle que está sendo
imposto nas zonas finais de saídas dos refugiados para a Europa: Turquia e Líbia.
Mesmo assim, a chamada crise dos refugiados não terminou. O tema continua gerando
tensões na União Europeia e em alguns países. A Alemanha é um dos países onde a questão
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continua gerando fortes tensões políticas internas. Foi o país que recebeu a maioria dos refugiados
que chegaram ao continente europeu.
Gabarito: Errado
73. Donald Trump foi eleito com uma plataforma que se afastava em diversos aspectos da de
seu antecessor, Barack Obama, mas, no que se refere ao Acordo de Paris, o atual presidente dos
Estados Unidos da América (EUA) está comprometido em manter a política adotada no governo
anterior, já que se trata de tópico que afeta o planeta como um todo e envolve parcerias
econômicas entre os EUA e os demais signatários do acordo.
COMENTÁRIOS:
Donald Trump foi eleito com uma plataforma que se afastava em diversos aspectos da de
seu antecessor, Barack Obama. Como presidente, vem implementando uma série de medidas
revogatórias de políticas e ações instituídas pelo governo anterior. Uma das suas medidas foi a
retirada dos Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris.
Gabarito: Errado
Desde a morte de Hugo Chávez, em 2013, as tensões entre o governo de Nicolás Maduro e a
oposição se intensificaram e o atual presidente está em dificuldade para dar continuidade às
políticas do "socialismo bolivariano" de seu antecessor.
Assinale a opção que identifica corretamente um fator que vem agravando a recente crise
política e econômica da Venezuela.
a) A queda nas exportações de petróleo, em função do avanço da demanda por fontes de
energias renováveis no mercado internacional.
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COMENTÁRIOS:
Das alternativas apresentadas, a única que não possui erro é a letra “e”. A Venezuela passa
por uma grave crise econômica, política e social. Há uma fortíssima disputa entre o governo e a
oposição. Em dezembro de 2015, pela primeira vez, desde a chegada do chavismo ao poder, a
oposição conquistou maioria no poder legislativo venezuelano. Devido ao forte tensionamento
entre governo e oposição, a conquista de maioria pela oposição no legislativo aprofundou o
impasse entre ela própria e o governo de Nicolás Maduro.
A produção de petróleo caiu na Venezuela nos últimos anos. No entanto, a queda está
relacionada a investimentos insuficientes na produção, atrasos em pagamentos a fornecedores, sanções
dos Estados Unidos e fuga de profissionais qualificados da indústria petroleira do país.
A Venezuela tem estatizado, e não privatizado, setores básicos de produção e distribuição
de alimentos e insumos.
Os Estados Unidos não têm instalado bases militares na Venezuela e nem patrulhado o
Pacífico pela quarta frota dos Estados Unidos. Como poderiam instalar bases militares nesse país
se estão em situação de forte divergência política? E a Venezuela não é banhada pelo Oceano
Pacífico, mas pelo Mar do Caribe.
A Venezuela não foi expulsa da OEA, pelo contrário, o país anunciou em abril de 2017 a sua
saída da OEA. O processo de saída poderá durar até dois anos. Enquanto isso, o país continua
sendo um membro pleno, com todos os direitos e organizações inerentes. Se mantiver a decisão,
será o primeiro país na história da OEA a se afastar por vontade própria da entidade regional.
Gabarito: E
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COMENTÁRIOS:
É uma questão que traz informações bem detalhadas sobre iniciativas do governo dos
Estados Unidos para endurecer os controles sobre a imigração ilegal e legal para os Estados
Unidos. Também para direcionar o perfil de imigrantes desejado para ingressarem no país. Na
impossibilidade de acompanhar detalhadamente o desenrolar do tema migratório nos EUA, o
candidato deve procurar a alternativa que mais represente algo contrário à política geral dos
Estados Unidos para países do mundo.
Sabe-se que o governo de Donald Trump é bastante crítico ao regime cubano. Por ser um
país socialista, quase não há empresários em Cuba. Há micro e pequenos empresários em função
de uma muito limitada abertura econômica do regime cubano em relação à livre iniciativa. Por fim,
Donald Trump já manifestou a sua resistência ao ingresso nos Estados Unidos de imigrantes de
países pobres e em desenvolvimento. O presidente prefere imigrantes de alta qualificação e de
países desenvolvidos. Assim, o nosso gabarito é a alternativa C.
Gabarito: C
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COMENTÁRIOS:
A Venezuela passa por uma grave crise política, econômica e social. As tensões entre o
governo e a oposição estão elevadas. O presidente Nicolás Maduro convocou, em maio, eleições
para uma Assembleia Nacional Constituinte. As eleições ocorreram em julho e a Constituinte
iniciou seus trabalhos em agosto de 2017.
Essa Assembleia tem suprapoderes, ou seja, além da missão de elaborar uma nova
constituição, ela está acima dos demais poderes, pode deliberar, como tem feito, sobre qualquer
assunto de competência dos poderes constitucionalmente constituídos.
Devido à convocação da Constituinte, o MERCOSUL suspendeu, pela segunda vez, a
Venezuela do bloco regional. A suspensão tem como base a cláusula democrática do MERCOSUL,
constante do Protocolo de Ushuaia.
Para que a suspensão seja levantada, uma das exigências do bloco regional é que a
Venezuela anule a convocação da Assembleia Constituinte.
Gabarito: D
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a) a Bolívia.
b) a Argentina.
c) o Uruguai.
d) o Paraguai.
e) a Venezuela.
COMENTÁRIOS:
Qual é o país vizinho em que o presidente é um tal de Maduro? Ah ... essa você não pode
errar!!! O país vizinho que enfrenta uma grave crise política, econômica e social, que volta e meia é
sacudido por grandes protestos da oposição e de apoiadores do governo é a Venezuela.
Gabarito: E
COMENTÁRIOS:
Durante o governo de Barack Obama, os EUA e Cuba normalizaram as relações diplomáticas
com a reabertura da embaixada norte-americana, em Havana, e cubana, em Washington. Também
deram início a uma gradativa retomada das relações comerciais entre os dois países.
Os EUA revogaram restrições sobre a operação de voos comerciais e viagens de navios de
cruzeiro do país com destino a Cuba, entre outras medidas na esfera comercial. Donald Trump é
um crítico dos acordos estabelecidos por Barak Obama. No seu governo, revogou parcialmente
algumas medidas de retomada das relações comerciais entre os dois países.
Gabarito: B
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COMENTÁRIOS:
A notícia se refere à crise migratória que vive a União Europeia. Nos últimos anos, fugindo
de guerras e outros conflitos, milhares de africanos e asiáticos buscam refúgio em países da União
Europeia. Uma das rotas utilizadas, principalmente pelos africanos, é a travessia pelo mar
Mediterrâneo. Os migrantes realizam a travessia em embarcações precárias e superlotadas,
contratadas de traficantes de seres humanos. Várias dessas embarcações naufragam e muitos
migrantes morrem afogados ou desaparecem no Mediterrâneo.
Gabarito: E
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COMENTÁRIOS:
Donald Trump é um presidente polêmico. Preste atenção no que ele fala e faz. Não vai cair,
vai despencar nas provas de Atualidades. Presidente eleito dos EUA, empossado em janeiro de
2017, prometeu na campanha eleitoral que vai vetar a entrada de muçulmanos nos EUA,
especialmente de países com histórico terrorista. Correta a alternativa (A), as demais são falsas,
não correspondem a promessas de campanha de Trump.
Gabarito: A
COMENTÁRIOS:
A notícia trata do deslocamento de venezuelanos, fugindo da crise econômica que atinge o
seu país. A Venezuela enfrenta uma grave crise política, econômica e social. O país sofre com a
escassez de gêneros alimentícios, de bens de consumo e de remédios básicos. Milhares de
venezuelanos têm cruzado as fronteiras do Brasil e da Colômbia em busca de alimentos, de
trabalho e de uma vida melhor. No Brasil, deslocam-se principalmente para Boa Vista (Roraima) e
Manaus (Amazonas).
Gabarito: A
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82. Na atualidade, entre os fatores que impelem milhares de pessoas a abandonarem seus
países de origem em busca de abrigo em outros lugares destacam-se perseguições políticas e
religiosas, guerras civis, estruturas de poder opressivas e sofríveis condições materiais de
sobrevivência.
COMENTÁRIOS:
O examinador foi cuidadoso, escreveu “entre os fatores”. Ou seja, além dos relacionados na
questão, poderiam haver outros. As guerras, a pobreza e a repressão política e religiosa são alguns
dos motivos que fazem milhares de pessoas saírem de seus países em busca de uma vida melhor
no estrangeiro.
Gabarito: Certo
COMENTÁRIOS:
Em geral, mas não exclusivamente, a Europa tem sido o destino de migrantes que saem de
países em conflito no Oriente Médio e de várias regiões africanas. Os migrantes fogem de conflitos
armados, da perseguição política e religiosa e de situações de pobreza. Originam-se principalmente
da Síria, do Iraque, do Afeganistão, da Líbia, da Nigéria e da Eritreia. As principais portas de entrada
são a Itália e a Grécia. Os principais destinos são a Alemanha, França, Áustria, Suécia e Inglaterra.
Gabarito: Certo
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84. A União Europeia, pelo conjunto de países que a integram, adotou medidas facilitadoras
para a recepção dos milhares de asiáticos e africanos que atravessam o Mediterrâneo em busca de
um novo lar na Europa.
COMENTÁRIOS:
Em escalas variadas, os países europeus se mostram refratários em acolher os refugiados e
migrantes, com alguns de seus líderes tendo opiniões muito críticas. Alguns países chegaram a
construir muros/cercas fortificadas ao longo de parte das suas fronteiras para bloquear o fluxo de
pessoas buscando asilo no norte da Europa.
Gabarito: Errado
85. A França foi pioneira na abertura das fronteiras aos milhares de refugiados que para elas
acorreram, tendo servido de exemplo a países como a Alemanha, cujo governo, com o apoio da
maioria da população — comprovado pelo resultado das últimas eleições realizadas no país —,
tem adotado políticas de acolhimento de refugiados.
COMENTÁRIOS:
A França é um dos países que impõem restrições e dificuldades para o ingresso de
refugiados que fogem de guerras e situações de perseguição política e religiosa. Inicialmente a
Alemanha foi refratária ao ingresso no país de refugiados. Depois mudou de posição e tornou-se
mais receptiva. A abertura das fronteiras é muito criticada por setores da sociedade alemã. Nas
eleições regionais de Berlim, de setembro de 2016, o Partido de Merkel teve o pior desempenho
da sua história, resultado do crescente descontentamento da população com a política imigratória
do governo alemão.
Gabarito: Errado
86. A xenofobia mencionada no texto tem aparecido de forma pontual, concentrada em países
que, historicamente, mostram-se avessos ao recebimento de migrantes, como, por exemplo, os
Estados Unidos da América, a Argentina e o Brasil.
COMENTÁRIOS:
Em geral, a xenofobia cresce no mundo todo. Brasil e Argentina não são países
historicamente avessos ao recebimento de imigrantes. São países receptivos. Nos séculos e
décadas passadas, os Estados Unidos receberam milhões de migrantes, o que demonstra que não é
um país historicamente avesso ao recebimento de imigrantes. Nas décadas recentes, o país tem
obstaculizado o ingresso de imigrantes no seu território.
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Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
Os BRICS não são um bloco econômico. Trata-se de um grupo diplomático para discussão de
iniciativas econômicas e posições políticas conjuntas, que realiza reuniões anuais de seus chefes de
Estado. Foi criado em 2009 e é integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Gabarito: B
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COMENTÁRIOS:
a) Incorreta. Com a crise econômica mundial de 2008, caíram os fluxos migratórios para boa parte
dos países desenvolvidos e aumentaram para os países em desenvolvimento. Atingidos, no início,
com mais força pela crise, os países ricos mergulharam em recessão. E os altos índices de
desemprego afugentaram os imigrantes. Destinos anteriormente pouco importantes tornaram-se
mais atraentes, como os Emirados Árabes Unidos e o Qatar, países produtores de petróleo do
Oriente Médio.
b) Correto. O contrabando ou tráfico de migrantes é um dos aspectos mais dramáticos dos
movimentos migratórios. É uma atividade criminosa que envolve a obtenção de recursos
financeiros para o ingresso ilegal de um estrangeiro em um país.
c) Incorreto. No processo de migração, é comum os que emigraram enviarem dinheiro para ajudar
na manutenção das suas famílias, que ficaram nos países de origem.
d) Incorreto. Hungria e Áustria tem adotado uma política restritiva, impõem barreiras para impedir
a entrada dos refugiados nos seus países. Alemanha e Suécia têm adotado uma política mais liberal
de acolhimento dos refugiados.
e) Incorreto. De fato, a beligerância ocupa lugar central nas causas dos fluxos migratórios. O erro
da questão está na citação ao Líbano, que não está em guerra civil. É a Síria que está em guerra
civil, o que tem provocado um grande deslocamento interno e a migração de parcela da sua
população para outros países.
Gabarito: B
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7 - LISTA DE QUESTÕES
1. (CEBRASPE/TJDFT/2019)
A respeito das imigrações internacionais, julgue os itens a seguir.
I - A imigração internacional resulta da insatisfação econômica e é também consequência de
situações de conflito civil.
II - Muitas das restrições impostas à imigração resultam do receio do impacto cultural que o
recebimento de estrangeiros pode provocar em determinadas culturas, além dos possíveis
impactos econômicos e sociais.
III - Por ser uma questão humanitária, a imigração internacional é tratada no âmbito dos
direitos humanos sem gerar grandes controvérsias na política internacional.
IV - Apesar de não adotar políticas restritivas, o Brasil não é um país de interesse para os
imigrantes, sendo os maiores fluxos de imigrantes destinados aos países europeus.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.
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3. A globalização tem facilitado as migrações, tanto pela redução do custo dos transportes
quanto pela expansão da utilização da internet e das telecomunicações.
4. Em geral, as exigências e o controle sobre a imigração são menores para a mão de obra de
baixa e média qualificação, pois, geralmente, imigrantes recebem salários menores do que os
nacionais dos seus países, o que diminui o custo de mão de obra de empresas dos países de
destino.
5. Entre as estratégias utilizadas pelos Estados Unidos para endurecer o controle da entrada
de ilegais no maior corredor migratório bilateral do mundo estão a mobilização de militares na
fronteira e a ameaça de imposição de sobretaxas para produtos importados.
6. (VUNESP/CÂMARA DE PIRACICABA/2019)
O Grupo de Lima decidiu, nesta sexta (03.05.19), convidar Cuba e o Grupo de Contato
Internacional (GCI) para participar de maneira conjunta de uma solução para a crise política
na Venezuela. A decisão ocorreu após uma reunião de emergência do bloco na sede do
Ministério de Relações Exteriores do Peru.
(Folha de S.Paulo – https://bit.ly/2V1PicT – Acesso em 04.05.19. Adaptado)
O Grupo de Lima
(A) recebe apoio de Trump e reúne todos os países americanos que defendem a saída de
Maduro via apoio das Forças Armadas venezuelanas.
(B) tem sido um foro no qual apareceram sugestões ou articulações na esfera militar para o
retorno da democracia na Venezuela.
(C) tem seguido a tendência de buscar saídas que passem por ajuda humanitária e sanções
econômicas à Venezuela.
(D) sustenta o grupo liderado por Juan Guaidó e defende a tomada de poder pela força, com
a dissolução da Assembleia Constituinte pró-Maduro.
(E) conta com o apoio da Rússia e da Turquia, países que, até o final de 2018, eram aliados
incondicionais de Maduro.
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9. Por decisão dos integrantes do futuro fórum, a Venezuela não integrará o Prosul, haja vista
o governo de Nicolás Maduro ser considerado como ilegítimo pelos mandatários presentes no
encontro.
10. Com a abertura do processo de sua criação, o Prosul deverá substituir a União das Nações
Sul‐Americanas (Unasul), criada em 2008, quando os governos de esquerda eram maioria na
região.
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11. Bolívia e Uruguai integram o grupo de países que assinaram a declaração conjunta de
criação do Prosul.
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(E) da difteria.
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reuniões em Hanói, no Vietnã, nesta quinta-feira (28.02.19), mas a cúpula acabou antes do
previsto sem nenhum novo tratado.
(G1. https://glo.bo/2BWdKpt. 28.02.19. Adaptado. Acesso em 20.03.2019)
As reuniões foram suspensas porque
(A) a Coreia do Norte propôs o fim de todas as sanções políticas e econômicas impostas pelos
EUA ao regime de Kim.
(B) Trump considerou necessário exigir que Kim flexibilizasse, de imediato, a fronteira entre
as duas Coreias.
(C) Kim negou-se a permitir a entrada de assistência humanitária estadunidense à população
mais pobre do país.
(D) os EUA condicionaram os novos acordos econômicos ao aumento do comércio entre os
dois países.
(E) a rivalidade comercial entre os EUA e a China, parceira da Coreia do Norte, representou
entrave às negociações.
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(B) repassar ilegalmente recursos públicos para financiar a campanha de membros do seu
partido.
(C) conceder isenções fiscais a empresas em troca de vantagens para membros de sua família.
(D) lotear cargos nas empresas estatais como garantia de votos favoráveis ao governo no
Congresso.
(E) se utilizar de suas prerrogativas de ex-chefe de governo para conseguir imunidade
diplomática.
21. Um momento de crucial importância para a crise atual foi a vitória de Nicolás Maduro nas
eleições de 2018, em um processo que foi boicotado por boa parte da oposição.
22. Após o anúncio da reeleição de Maduro, os Estados Unidos anunciaram sanções contra
importantes membros do governo e contra empresas venezuelanas.
23. Juan Guaidó, até então presidente da Assembleia Nacional, se autoproclamou presidente
em 23 de janeiro último, assumindo o compromisso de convocar novas eleições.
25. O dia 23 de fevereiro último, que ficou conhecido como o “Dia D” da chegada da ajuda
humanitária à Venezuela, foi marcado por confrontos e mortes, inclusive em áreas próximas à
fronteira com o Brasil.
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28. A maioria dos membros do G20, em especial os que integram a União Europeia, fez, na
última reunião do grupo, uma enfática defesa do unilateralismo.
29. Embora abordada de maneira superficial na última reunião do G20, a questão das tarifas
sobre aço e alumínio é um dos temas candentes do comércio internacional.
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30. Refugiados, imigração e mudanças climáticas, temas espinhosos, não foram abordados na
reunião citada no texto, cujo foco foi o livre comércio.
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(A) no Canadá.
(B) na Alemanha.
(C) nos EUA.
(D) na França.
(E) na Inglaterra.
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38. O texto retrata um tipo de problema agravado pela atual política norte-americana, que tem
agido duramente contra a imigração ilegal.
39. Milhares de imigrantes, sobretudo africanos, que atravessam o mar Mediterrâneo têm
recebido integral apoio de governos europeus do Leste, que os têm acolhido sem reservas.
40. Em geral, as atuais correntes migratórias são formadas por pessoas com alta qualificação
educacional e técnica, em busca de salários mais altos.
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41. A Copa do Mundo da FIFA – Rússia 2018 demonstrou que o futebol também se globalizou,
mas não o suficiente para aceitar que atletas de origem familiar estrangeira, como os
afrodescendentes, pudessem integrar seleções europeias.
43. Entre os países sul-americanos, o Brasil é o que mais recebe imigrantes venezuelanos, que
buscam livrar-se da crise econômica de seu país.
44. Apesar da crise econômica, o governo venezuelano tem conseguido controlar a inflação no
país.
45. Embora muito criticada pela comunidade internacional, a Venezuela não foi submetida a
sanções econômicas por outros países, como as impostas, por exemplo, a Cuba e ao Irã.
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Em um mundo globalizado, nada mais natural que inúmeras equipes de futebol atuem, na
Copa do Mundo, com um número considerável de jogadores naturalizados. Contudo, se há
alguma seleção que represente a mistura entre povos de origens distintas, essa é a da França.
Finalista do Mundial da Rússia de 2018, a seleção francesa é praticamente um apanhado de
etnias diferentes, com atletas não só descendentes de etnias, classes e religiões variadas, mas
até mesmo nascidos em outros países. Em suma, um retrato fiel da heterogeneidade que
marca a própria França. Fernando Barros.
Folha de Pernambuco, 15/7/2018. Internet: (com adaptações).
Tendo como referência a imagem e o assunto abordado no texto, julgue os itens
subsequentes.
48. O alinhamento ocidental entre França e Estados Unidos da América é o que motiva esses
países a adotarem políticas internas muito semelhantes com relação ao controle de imigrantes.
50. A mobilidade demográfica ilustrada na figura se justifica pelas mesmas razões do problema
migratório que perdura na Síria.
51. Um país que sedia uma copa do mundo vivencia a experiência de tornar-se um espaço
multiétnico temporário.
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cultura, das artes e do espetáculo. Esse panorama confirma que a revolução tecnológica
trouxe mais informação, interação e conhecimento mútuo, mas também é característico de
um momento da História em que as viagens são mais viáveis e não dá para segurar a vontade
de subir na vida e ter melhores condições de sobrevivência.
Ana Maria Machado. Desespero e migrações. In: O Globo, 7/7/2018, p. 12 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial e considerando a amplitude do
tema por ele focalizado, a globalização, elemento marcante e definidor dos tempos atuais,
julgue os itens.
52. Nos últimos anos, intensificaram‐se as correntes migratórias vindas, sobretudo, da África e
do Oriente Médio em direção à Europa, onde têm sido bem recebidas por todos os países.
54. O atual governo dos Estados Unidos da América, liderado pelo presidente Donald Trump,
tem demonstrado extrema tolerância e apoio aos imigrantes que chegam ao país.
55. Talvez pela situação de crise que vem atravessando, o Brasil não tem sido procurado por
imigrantes que estejam fugindo da situação caótica de seus respectivos países, a exemplo do Haiti
e da Venezuela.
56. Perseguições religiosas e guerras constantes são dois dos principais motivos a explicar as
ondas de correntes migratórias que se multiplicam no mundo contemporâneo.
57. A busca de “melhores condições de sobrevivência”, como afirma o texto, é fator decisivo
para impulsionar as atuais correntes migratórias.
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d) aquela que não libera, durante seu processo de produção ou consumo, resíduos ou gases
poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. As fontes de energia usadas
para a geração de energia elétrica (caso das usinas termelétricas que usam carvão mineral)
ou em meios de transportes (caso da gasolina e do diesel) também são consideradas fontes
de energia limpa.
e) aquela que libera, durante seu processo de produção ou consumo, resíduos ou gases
poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. As fontes de energia usadas
para a geração de energia elétrica (caso das usinas termelétricas que usam carvão mineral)
ou em meios de transportes (caso da gasolina e do diesel) também são consideradas fontes
de energia limpa.
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junho de 2016, os britânicos votaram pela saída do Reino Unido da União Europeia (EU), o
maior e mais importante bloco econômico do planeta.
IV. Uma das primeiras ações de Donald Trump como presidente norte-americano foi a
assinatura de um decreto que retirou o país do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio
(NAFTA, na sigla em inglês).
Analisando as proposições, pode-se afirmar:
a) Somente as proposições I e IV estão corretas.
b) Somente as proposições II e IV estão corretas.
c) Somente as proposições I e III estão corretas.
d) Somente as proposições II e III estão corretas.
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Considerando o texto apresentado como referência inicial, julgue os itens a seguir, que
tratam de aspectos diversos das relações entre os países em um mundo globalizado.
72. A queda na chegada de migrantes à Europa em 2017 mostra que a chamada crise dos
refugiados terminou, principalmente em decorrência da política adotada pela Alemanha, país que
recebeu a maioria dos refugiados no continente.
73. Donald Trump foi eleito com uma plataforma que se afastava em diversos aspectos da de
seu antecessor, Barack Obama, mas, no que se refere ao Acordo de Paris, o atual presidente dos
Estados Unidos da América (EUA) está comprometido em manter a política adotada no governo
anterior, já que se trata de tópico que afeta o planeta como um todo e envolve parcerias
econômicas entre os EUA e os demais signatários do acordo.
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Desde a morte de Hugo Chávez, em 2013, as tensões entre o governo de Nicolás Maduro e a
oposição se intensificaram e o atual presidente está em dificuldade para dar continuidade às
políticas do "socialismo bolivariano" de seu antecessor.
Assinale a opção que identifica corretamente um fator que vem agravando a recente crise
política e econômica da Venezuela.
a) A queda nas exportações de petróleo, em função do avanço da demanda por fontes de
energias renováveis no mercado internacional.
b) O desabastecimento crônico, causado pela política de privatização dos setores básicos de
produção e distribuição de alimentos e insumos.
c) O intervencionismo norte-americano, responsável pela instalação de bases militares no
país e pelo patrulhamento do Pacífico pela quarta frota dos Estados Unidos.
d) A expulsão da Venezuela da Organização dos Estados Americanos (OEA) em razão de seu
apoio ao regime de Cuba e Honduras.
e) A perda da maioria no Legislativo, por parte das forças chavistas nas eleições de dezembro
de 2015, o que aprofundou o impasse entre a oposição e o governo de Maduro.
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(B) à situação belicosa existente na Península da Crimeia, que coloca em oposição a Ucrânia e
a Rússia e leva a população a buscar abrigo no Mar Negro.
(C) às tentativas de saída da população da Coreia do Norte, que tenta navegar em direção à
China por conta da situação de fome e miséria no país.
(D) às guerras civis e aos conflitos religiosos no sul do continente africano, que levaram a
tentativas de fuga pelos oceanos Índico e Atlântico.
(E) aos imigrantes e refugiados que morreram afogados ou desapareceram ao tentar cruzar o
Mediterrâneo em busca de asilo na Europa.
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(E) haitianos, fugindo da situação de crise social instalada desde o último terremoto.
82. Na atualidade, entre os fatores que impelem milhares de pessoas a abandonarem seus
países de origem em busca de abrigo em outros lugares destacam-se perseguições políticas e
religiosas, guerras civis, estruturas de poder opressivas e sofríveis condições materiais de
sobrevivência.
84. A União Europeia, pelo conjunto de países que a integram, adotou medidas facilitadoras
para a recepção dos milhares de asiáticos e africanos que atravessam o Mediterrâneo em busca de
um novo lar na Europa.
85. A França foi pioneira na abertura das fronteiras aos milhares de refugiados que para elas
acorreram, tendo servido de exemplo a países como a Alemanha, cujo governo, com o apoio da
maioria da população — comprovado pelo resultado das últimas eleições realizadas no país —,
tem adotado políticas de acolhimento de refugiados.
86. A xenofobia mencionada no texto tem aparecido de forma pontual, concentrada em países
que, historicamente, mostram-se avessos ao recebimento de migrantes, como, por exemplo, os
Estados Unidos da América, a Argentina e o Brasil.
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e) A beligerância ocupa lugar central nas causas dos fluxos migratórios. A guerra civil no
Líbano, por exemplo, provocou a migração de 50% da população do país, dos quais 5 milhões
são refugiados.
8 – GABARITO
1. A 35. B 69. E
2. E 36. A 70. D
3. C 37. B 71. E
4. E 38. C 72. E
5. C 39. E 73. E
6. C 40. E 74. E
7. E 41. E 75. C
8. C 42. C 76. D
9. C 43. E 77. E
10. C 44. E 78. B
11. E 45. E 79. E
12. C 46. C 80. A
13. E 47. C 81. A
14. A 48. E 82. C
15. D 49. E 83. C
16. A 50. E 84. E
17. E 51. C 85. E
18. B 52. E 86. E
19. E 53. E 87. B
20. A 54. E 88. B
21. C 55. E
22. C 56. C
23. C 57. C
24. E 58. C
25. C 59. E
26. C 60. C
27. E 61. B
28. E 62. D
29. C 63. C
30. E 64. B
31. C 65. C
32. A 66. E
33. C 67. D
34. C 68. C
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