O Encilhamento
O Encilhamento
O Encilhamento
O ENCILHAMENTO
T158e maio/1977
01551/BC
à memória de meu pai
I
Acredito na sensibilidade das pessoas para
nos perceber além da razão e da palavra ...
fNDICE
Introdução
C) O Reajustamento Econômico . . • . • . . . . • • . . . • . . • . • • . . 61
dem ser explicadas, apenas até certo ponto~ por esses mesmos
contexto.
São Paulo.
da economia paulista.
V~le a pena observar que, ao darmos os primeiros
passos na elaboração desse trabalho, in tencionávamos alarg:3.-
no exterior.
Com a liquidação do tráfico externo de escravos}
em 1850, apesar de se íntensificar o inter-regional~ a cafei
ta ( 1) •
11
A Última grande expansão do plantio se deu
nos primeiros sete anos da década de 1870/188Dqu~
do os preços internacionais do café retomam níveis
fortemente crescentes, passando de (f/saca) 1~68
tal mercantil.
Como sabemos, até 1864) o financiamento da cafci-
cultura do Vale era redlizado, principalmente) pelas C?.SUS
lações da taxa ele desconto da "t·'lXC', de juro~ n.l&m (lo onus re-
gula.r representado pelas comissões. Estas também oscilavam
11
Tem se falado mui to na criação de um banco
hipotecário para oferecer crédito rural com garan-
tia fundiiiria ... Pois bem, examinemos se a maioria
daqueles que realmente necessitam de capi t,-11 par-a
liquidar suas dÍvidas ... oferecem garantias suficie~
tes para amortização a longo prazo, com seus cafe-
zais e planteis de escravos. t evidente quQ no fim
de vinte anos n maioria dos cafezais envelhecidos
e exauridos •.. levat"ão o banco projetado à rui na n
( 2) •
-
Este crescente endividamento interno gerara cons e
quências distintas em São Paulo c no Rio de Janeíro.Poisi se
o grande mercado para colocação desses títulos er?L o
por outro lado, São Paulo foi, pelo menos durante a Gue~~a ~
termos:
-
Como vimos, apos a crise de 1864, o segmento na-
cional do setor bancário vai perdendo importância,
feita ao Banco do Brasil. Este fato resulta de feroz conc,Jr'"
to (novembro de 1888).
res 11 .que ela recebe podemos citar a inscrição das te.rifas nil
11
••• a situação preponderante, adquirida pe-
lo London and Brazilian Bank 1 que se tem constitui
do virtualmente o árbitro único do câmbio 11 (1).
presas estrangeiras.
Desfrutando da posição de verdadeiros árbitros dQ
taxa cambial e munidos de liquidez em papel-moeda, ns portas
ao jogo de câmbio são abertas aos bancos estrangeiros e as
altas e baixas dessa taxa se sucedem no curto prazo, permi-
tindo-lhes operações financeiras bastante rentáveis.
Em meio a esse quadro, a solidez financeira dos
bancos ingleses convive com o esvaziamento do segmento banc2
rio nacional, abarrotado de títulos da dÍvida pÚblica. Isto
permite assegurar o relacionamento daqueles com a grande in·· .
operaçoes de desconto.
Quadro 1
Evolução da DÍvida PÚblica Interna do Brasil
Anos Mil-réis
1864 80.376.400
1869 234.312.000
1885 405.640 .1!00
1889 534.988.300
postos.
O aumento da dÍvida externa foi realmente expres~
Quadro 2
Evolução da Di:vida Externa do Br•asil
1883 - 1888
1883 4.000.000
1886 6.000.000
1888 6.000.000
Deságio referente a todo
o perÍodo L 327.900
Total 17.327.900
meio circulante,
B) A Reativação da Economia
11
Qual era a situação da lavoura, em seguida
à abolição do cativeiro? A safra de 1888 5 especial
mente a de café, fora abundantíssima 9 mas não pode
ser toda aproveitada~ por falta de braços para co-
lheita e preparo do solo.
Escasseavam os capitais~ não tanto pelo re-
traimento devido à falta de confiança em qualquer
empresa, num pa!s que acabava de passar por tama-
nha transformação, cujas consequências não eram ain
da conhecidas, mas pela maior procura de numerário
para pagamento de salários aos que recolhessem a
safra daquele ano e cuiCassem do amanho da terra
para a de 1889.
A esta safra pois estava reservada sorte i-
gual a de 1888; seria ~m grande parte perdida. Era
geral o desânimo dos lE.vradores. Não poucós dos que
tinham compromissos, preferiam arrendar suas fazen
das, por quantias mõct=..cas, a continuar no cultivo~
reCEosos de sacrificarem as economias feitas ( ... ) ·
. 2 4.
c..oncedidos pelo Governo. Por 0utro lado, era comum -::1. pr-:::.tic-:c
coeva:
279/16.
11
A Lei e seu regulamento nn.o foram cnmpree;2
didos ou nao satisfizeram a espectativa pÚblic2. O
Governo, que tem algumas propostas e planos para o
resgate do papel-moeda e para criação de grandes
bancos, não recebeu um projE.~to sequer para. orgemi-
zação de companhins emissoras de bilhetes ao port~
(l).
de ágio.
12.000 (l).
tou, -
porem~ para que o ide,l.l do regime me:b1lico fosse nova-·
mente tentado.
11
Se a emissão bancár,iu. constituiu uma neces
sidade, o que, em nossos dias, difÍcil seria con-
testar, a espécie que nos resta é, das duas admiti
das na lei de 1888, a que n~o foi executada: ~ cir
culação sobre títulos do Estado. A consciência n2t-
cional impÕe-nos a esse caminho. Dela se fez -5rp:iio
desde os primeiros dias ime(tiatos ã. revolução) em
brilhante movimento de propuganda, a classe mili
tarn (1).
11
0 vulto da atividade de capitais para fins
de indústria é facilmente avaliado ao se saber que,
durante os sessenta anos decorridos atê a lei de
13 de maio, o movimento da praça do Rio, represen-
tado pela cifra investida em sociedades anônimas ~
circunscreveu-se à soma de 410.879 contos~ ao pas-
so que, nos dezoito meses compreendidos entre 13
de maio de 1888 e 15 de novembro de 1889j as asso-
ciações do mesmo genero, constituÍdas no Rio, ti-~
nham, como fundo social} a alta somare 402.000 con
tos, dos quais mais de três quartas partes subscri
tas entre junho e novembro" ( 1) .
se configurava em 1889.
Quadro 3
juros.
lizado.
•
o pa1s:
11
••• não se podia fazer 21. monoemissão nos primeiros
dias da RepÚblica; já porque convinha dar às v,1r.Lus
regiões ar~as dos sentimentos descentralizadores
do governo ... já porque aindu nã.o havia n-:'! es·tabilJ:.
dade da situação nascente bastante confi·1.nça, para
lançar os fundamentos de uma reorg,:mização b'lnei'..ria
definitiva, apoiadas em sólidos pontos de ação ce~
tral ..• Era preciso termos satisfeito o melindre do.s
justas reivindicações locaes, expondo <1 na.çao o nos
11
so grande programa federativo ( 2) .
São Paulo, o qual atuaria numa outra região compost0 v)r Siio
tos) distribui dos re gionalmLmte ( 100. O00 para a regi ?to dr)
-
O meio circulante, apos a Reforma de Rui, em ja-
neiro de 1889, sofreu significativos incrementos. Pois em
11
Nada mais eloquente do que estes algaris-
mos. No longo curso de mais de sessenta anos, de-
corrido até a lei de 13 de maio, o movimento in-
dustrial desta praça, representado no capital das
sociedades anônimas, circunscreve-se à soma de
410.879.000$000. Nos dezoito meses compreendidos
entre 13 de maio de 1888 e 15 de novembro de 1889
as associações do mesmo gênero, constituídas nes-
ta cidade, exprimem um capital de 402.000.000$000.
De 15 de novembro de 1889 a 20 de outubro de 1890
as sociedades anônimas formadas nesta capitala~
gema importância descomunal de 1.169.386.600$000"
( 2) •
-
ou em mao de pessoa abonada, a escolha da maioria dos subs-
critores. A conjJgação desse evento com o das fundações dos
seja, 86,71%.
de empreendimento.
O próprio Rui nos dá o testemunho:
culativos.
Este movimento só se deterá quando a especulação
já estiver saturada e não suportar um aumento da quantidade
de títulos e as elevadas cotações vigentes, quando então~ a
elevada taxa de juros limita os ganhos do lançamento das a-
çoes, e a atividade emissora passa a diminuir .
•
. 61.
c) O Reajustamento Econômico
existentes ( 2 ) •
certo atraso~ pois tiveram que pagar por seus bens de capi-
tal importados~ preços mais elevados ( 2). Vis. tas as coisas p_§_
lo prisma financeiro~ a situação do setor bancário fluminen--
se era singular. Os privilégios que até então o cercavam) rr~
niam-no de poderes controladores e direcionadores da ernissilo
de dinheiro, e creditavam-no como sendo o instrumento capaz
de fomentar e modernizar a economia. Esses bancos, principal
mente os grandes, chegaram a polarizar uma espécie de sindi-
cato financeiro~ que se apropriava de concessões e favores
pÚblicos.
A crescente taxa de juros que vigora no curso da
prosperidade faz com que grande parte do excedente seja. -ap:ro
A nosso
. .
JU~zo, esse comportamentJ nao poder~a
. ser
diferente, pois, do ponto de vista das instituições fimmcei
~ . . -
ras, os croed:L tos so serao concedidos, evidentemente, por CCJ!!
exposto.
Como já vimos no capÍtulo anterior~ o Governo) com''J
qualquer outro importador, não fugia dos canais fornecedores
de cambiais representados pelos bancos ingleses> os quais de
• 6 7.
-
Nesta mesma epoca vejamos como a imprensa denuncia-
va os manejos do jogo.
declinou a 161/2. 11
0 mercado", escrevia ele, 11 contínua a pá ti-_
Participação da tarifa
Câmbio f/valor em mil-réis fixa sobre a ~ de
{pence/mil réis)
câmbio
27 8$888 50%
26 9$230 4 8, 50%
25 9$600 46, 70%
24 10$000 44,44%
23 lO $4 30 42,60%
22 10$900 40,50%
21 11$430 38,80%
20 12$000 37,50%
19 12$6 30 35,00%
18 13$330 33,50%
Brasil, em 1892:
11
0 Banco da RepÚblica emitiu 277.000.000$000 e
tem de depósito títulos no valor de 2t~5.000.000$000.
Tem em carteira, para fazer face ao seu passi-
vo e às suas emissões~ a descoberta dos lastros, as
seguintes parcelas de papel; constam do Último balan
ço em 3 de agosto:
(1) Cf. apud, Antonio C.R.de Andrada, op.citq ps. 303 e 304.
. 7~.
11
0 capital realizado das fábricas de tecidos
de algodão, embora com um aumento equivalente ã m~
ta de do aumento do capital nominal, ainda assim au-
mentou quatro vezes em menos de três anos. Além
disso, das 198 fábricas em operação no ano de 1912,
33 foram fundadas no perÍodo de 1890-1894, e muitill
das 2 3 registradas comO')pertencentes ao perÍodo
1885-1889 foram fundadas sem dÚvida alguma, em 1889"
(1).
cária de então.
ro. :t: neste quadro, também, que devemos nos mover objctivan-
do entender a crise bancária de 1900.
A partir de 15 de novembro de 189 8? com a ns cençao
no ano seguinte.
Quadro 4
Serviço da DÍvida Externa ~ 1891Ml897
11
0 Governo reconhecia nao poder pagar em moe··
da corrente os juros e amortizações da dÍvid~ oxter
na) do empréstimo da Companhia de Estrada de Ferro
Oeste de Minas, por ele garantida em 1893, à razao
de 5% - ouro, do empréstimo interno de 1879, de
1+1/2% ouro, e as garantias de juros estipuladas com
referências 0. diversas estradas de ferro; e, de acor
do com seus banqueiros~ submetia a um novo regime
os emprêstimos e garantias seguintes: empréstimos
externos de 1833 (4 1/2%), de 1888 (41/2%), de 1895
(5%)~ Oeste de Minas, de 1893 (5%), empréstimo in-
terno de 1879 (41/2%) e, às garantias de juros de
uma série de Companhias de Estradas de Ferroo 11 (1).
crevia o Ministro:
11
Estou convencido que nao havendo causo.s de-
primentes de ordem política, o cRmbio subirá ti
.
Segundo esses pr1.nCJ.. p1.os
.. ~ a 12 de março de 1899 r2_2.
vês desse mecanismo não era suficiente para se obter uma valo
rização apreciável do meio circulante 5 além do que~ seria fei
ta a custo do aumento da nossa dÍvida externa. Daí~ lançam·se
680.415.258$000 om 1902.
ela provoca.
Vieira Souto testemunha:
netâria.
Porêm~ qualquer mGdida nesse sentido cxtrav2sava. os
11
As carteiras do Banco do Brasil e do B0..nco
dos Estados Unidos do Brasil transbordavnm de "-çoes
e debêntures de empresas na mor pcrte falidas c qu0
haviam nascidas ao calor dn.s emissões.
As ações e debêntures caucionadils -10 Bnnco do
Brasil referiam-se a 196 empresas, cujo valor nomi·-
nal desses títulos somava 245.554.311$410, e go.rFJ.~
tiam contas correntes na importância de 182.641.105$0 86 ..
. 87.
Quadro 5
31.10.1891 31.01.1892
Debêntures de Companhias e Em~"
presas Industriais 88 98
Por vendas feitas 49 ll
Ao par 6 3
Acima des-te 7
Abaixo deste 36 8
Sem procura 39 87
Letras Hipotecárias 7 7
Por vendas feitas 6 3
Ao par 3
Abaixo deste 3 3
Sem procura 1 4
Empresas Agrícolas 30 31
Por ações vendidas 8 4
Acima do par 5 3
Abaixo deste 3 1
Sem procura 22 27
Estradas de Ferro 27 27
por ações vendidas 22 4
ao par 1
acima 5 1
abaixo 15 3
sem procura 5 23
Companhias de Navegação 15 15
por vendas feitas 4 o
acima 3
abaixo l
sem procura
Companhie.s de Tecidos 31 30
por vendas feitas 17 ll
ao p3..r 3
abaixo 9 1
sem procura 14 28
Companhias de Seguro
por vendas feitas 17 o
acima lO
ao par 1
abaixo 6
sem procura
Engenhos Centrais 9 7
por vendas feitas o o
Fonte: Dados retirados do livro de Amaro Cavalcante) Políti·~
ca e Finançns~ op.cit.~ ps. 388 e segs.
• 9o•
monet,3.ria.
11
0s balanços dos bancos mensalment<:o publica
dos provam que as caixas dos bJ.ncos sFí.o hoje mais
insignificantes do que eram há qu,J.renta ;qnos ~ e
que chegaram ;1gora ao mais completo estado de ina
nição .•. nq atualidade o dinheiro ê escass!ssimo~
e os descontos não s3.o obtidos, mesmo -:1. tc1xas ele
vadas ... 11
(1).
31 de dezembro de 1897
31 de agosto de 1900
28 de fevereiro de 1902
Letras Descontadns
-las por intermédio dos bancos ingleses. Estes; por sua vez~
rior.
. 94.
11
De fato) o Dr.Murtinho queria que o Banco
da RepÚblica aceitasse o auxilio de um milhão de
esterlinas, o ex-presidente desse estabelecimento
objecté':l.va que ·3. venda de ouro acarretaria graves
prejuízos ao estabelecimento porque os bancos es-
trangeiros, que seriam os compradores, 2levariam
com rapidez a taxa cambial} como haviam feito em
julho, para adquirirem o ouro por preço muito in-
ferior ao que representava dias ant2s" quando o
Gova.rno emprestara ao Banco da RepÚblica. O Mini~
tro da Fazenda opinavo. que não haveria prejuÍzo ;
mas se a. opinião era sincera, porque niio efE:tu,'lva
aquela venda o Governo~ que tinha maior autori
dade e me J..hores meios de ação para .arcar contra os
manejos dos banccs estraneeiros 11 (l).
ram-se 7lS retira.das dos fundos, fazendo diminuir seus depôs i:_
1868 (6% ouro) e de 1889 (4-% ouro), não obst(l.nte :1. dificuld<1.
•• J::.
~
evl"den t e que csse.s lmportantes
. opero.çoes
nao foram ultimadas, s2não .am meio de uma A.vaLm-
che de acusações e agressões" (1).
11
Ao desembarcar em São Paulo Campos SFües e_12
contra à sua espera, com efusivos abraços, o Pre-
sidente da Província, Bernardino de Campos~ porta
dor de boas-vindas do Partido Republic0no. Há
aplausos e vivas, tudo tão contrário d0 noite ~n
teriorH ( 2).
CAP1TULO II
11
pois este capi tal-dinheiro 11 vai mobilizar os recursos reais
vias.
Dentro desse quadro, cresce a necessidade de~or
rios elucidativos:
11
Enumerou porcentagens e comissões" fianças,
formalidades diversas, gastos de estiva, praxes cor-
rentes no Rio de Janeiro e em Santos, impostos de
taxas provinciais e gerais, termos e prazos, con-
tas de capatazias) taxas de embarques e fretesj e
despesas diversas.
Reduziu todos estes gastos a tabelas~ chega~
tas interioranos.
Voltemos à situação desfrutada pela camada infe-
Quadro 6
Ano de
Fundação Nome do Estabelecimento Sede
11
A economia ca.feeira cupitalista. cria, por-
tanto,_ as condições bâsictls ao nascimento do capi-
tal industrial ( ... ) a grande indústria não A. traiu
capitais do complexo cafeeiro num momento de crise~
porque lhes remunerasse melhor, mas pel0 contrário~
num momento de auge exportador, em que il rentabili
dade do ccpital cafeeiro há de ter alcançado ní-
veis verdadeiramente extraordinários. Ocorreu quej
entre 1890 e 1894, a taxa de acumulaç(io financeira
sobrepassou, em muito, a taxa de acumul,J.ç::Í.o produ-
tiva. Era suficiente~ portanto~ que os projetos in
dustriais assegurassem, simplesmente~ umw taxa de
rentabilidade csperftd,::t positiva para que se trans-
formassem em decisões de investír 11 (1).
tivo, que nessa época, surgem ba.ncos em S2,o Paulo sem tl mini
o
produçQo industrial.
mil-réis).
.
Po1.s bem, como
.
anter~ormente
.~ ~
11
trar deficits" orçamentários vultosos, após 1892. Dado que
o impacto desta situação, no que tange à economia carioca
''vis-a-vis" a polÍ:tica econômica de Campos Sales, já ter si-
mos um pouco mais sua análise. Não obstante a qued:\ dos pro~~
diárias11 e 11
Velhas 11 (1), Daí os novos cafez.J.is permiti·.""'JTI mi2Y'
salários.
~ dentro desse quadro que se pode caructerizar _-,
estrangeiros.
cos.
Com a pol!tica contencionista 5 há uma clevaçiio
taxa de juros~
Giuseppe Pu8;lisi Carbrme, banco esse que, sem dÚvid2., mui te'
crise (1).
ram 11
deficientes" e muito menos, retardaram ·) 11
crescimento 11 r_:;
(l) Cf. Wilson Cano, op.cit. ~ p. 144 e Dean~ \1/., on.cit. Jp.G4.
.127.
a " mo d ernlzaç,J.o
' - 11 (1) . A nosso JUlZO,
. "' el;J.s · ·
partlCl(Vlr2.m cl~) de
CONCLUSÃO
conclusão.
conduta.
Essa polÍtica era conduzida pelo Estado a partir
meiros anos da nascente RepÚblica.' :t: por isso que com a Abo-·
tava.
de inversões habituais.
Rui Barbosa, ao implantar sua reforma~ fornece no
vo Ímpeto à acumulação financeira, fazendo desta, mais do que
nunca., uma alternativa mais atraente do que o investimento
conferiam~-'.l.Os
11
vos ganhos de emissão 11 nas aquisições de ações,
investimentos bancários~ uma alta rentabilidade; assim, es-
tes constituíam-se no centro do circuito financeiro em que
operava a acumulação.
Com a derrocada da especulação bursâtil (l89l)rom
sagem do século,
desenvolvimento.
.131.
Taxa.s Extremns
Anos
do Câmbio
Janeiro 10 1/16 - lO 15/16 10 15/32 9 3/32 - 9 3/16 9 5/32 8 13/32 - 8 31/32 8 23/32
Fevereiro 9 17/32 - 10 5/32 9 27/32 8 7/8 - g 3/32 9 D 3/8 - 8 13/16 G 1/2
Harço 9 7/16 -9 5/16 9 5/8 8 5/8 - 9 3/32 D 7/D 7 13/16 - 3 7/16 8
Abril 9 5/16 - 9 23/32 9 9/16 8 7/8 - 9 l/2 9 3/16 7 21/32 - 7 31/32 7 13/16
Maio 9 - 9 11/32 9 5/32 9 1/2 - 10 5/16 9 5/16 7 7/16 - 7 23/32 7 5/8
Junho 9 7/32 - lO 9 1/2 9 13/16 - lO 5/16 lO l/16 7 9/16 - 7 13/16 7 ll/16
Julho lO 3/32 - 11 13/32 lO 23/32 9 9/32 - 9 7/G 9 17/32 7 5/16 - 7 23/32 7 15/32
Agosto 10 1/2 - 10 15/16 10 23/32 ,, 27/32 -
0 9 5/16 9 1/16 7 1/16 - 8 7/32 7 29/64
Setembro lO 3/8 - ll 5/32 lO 23/32 8 23/32 - 9 o 27/32 7 l/4 - 7 31/32 7 19/32
Outubro 10 9/32 - lO 17/32 lO 7/32 8 - 8 25/32 8 7/16 7 8/32 - 7 15/32 7 3/G
Novembro 9 l/8 - 9 23/32 9 3/8 7 7/3 -
8 11/4 g l/16 6 7/8 - 7 ll/32 7 7/64
DeiD~mbro 9 l/32 - 9 5/16 9 5/32 8 3/16 - 9 9/32 8 11/16 7 1/32 - 7 7/32 7 7/64
continuacão
,
Janeiro 6 25/32 - 7 1/32 5 7/8 7 9/32 ·-·~ 7 11/16 7 7/16 7 1/3 - 7 7/8 7 l/2
Fevereiro 6 21/32 .. 6 13/16 6 23/32 6 29/32 - 7 7/15 7 15/64 7 23/32- 8 3/16 7 15/15
Março 6 - 6 21/32 6 l/4 6 11/16 - 7 6 27/32 8 - 8 13/32 8 l/4
Abril 5 5/8 - 6 5 53/64 6 25/32 ~. 7
' 5/16 7 8 1/8 - 8 13/32 8 9/32
Maio 5 21/32 - 7 1/16 6 1/32 7 3/8 - 7 29/32 7 21/32 8 3/8 - 9 7/32 8 21/32
Junho 5 15/16 ·- 7 25/32 7 13/32 7 7/8 - 8 1/8 7 31/32 9 1/8 - 11 l/32 9 23/32
Julh0 7 1/32 - 7 17/32 7 1/4 8 1/32 - 8 7/32 3 5/32 lO 1/15- 14 1/16 12 3/32
Agosto 7 7/32 - 7 1/2 7 5/16 7 15/16 - 7 7/32 3 1/16 10 1/32 - 11 1/32 10 13/32
Setembro 7 15/32 - 8 3/16 7 4 7/54 7 1/2 - 7 15/16 7 11/16 9 21/32- 10 15/32 10
Outubro 7 15/16 - 8 27/32 8 1/2 7 - 7 15/32 7 1/4 9 15/16- 10 19/32 10 9/32
Novembro 8 7/16 - 8 3/4 8 17/32 6 29/32 - 7 l/B 7 l/32 9 29/32- 10 23/32 10 7/16
Dezembro 7 13/32 ·- 8 9/32 7 25/32 6 15/16 - 7 1/15 7 9 5/8 -- 10 1/16 9 7/8
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Fonte: J.Pandia Caloge':"as, gp.Clt. .
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