Sintomas Leucemia

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INFORMATIVO NUMERO Nº 1

Janeiro/2020

LEUCEMIA O QUE É? SEUS SINTOMAS?


QUEM IDENTIFICA?

O que é Leucemia?

Leucemia é um tipo de câncer maligno, que causa o


acúmulo de células doentes na medula óssea,
substituindo as saudáveis. É uma doença dos
glóbulos brancos (leucócitos), e muitas vezes, sua
origem é desconhecida.

Quais os sintomas?

Os sintomas da doença podem variar, de acordo com o


tipo de leucemia, mas existem alguns sinais comuns
que os pacientes apresentam.
São eles:

Febre ou calafrios;

Fadiga e fraqueza persistentes;

Infecções frequentes ou graves;


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Perda de peso sem motivo aparente;

Nódulos linfáticos inchados;

Desconforto abdominal, provocado pelo inchaço do


fígado ou do baço;

Hemorragias ou hematomas recorrentes;

Pequenas manchas vermelhas na pele;

Suor excessivo, principalmente à noite;

Dores nos ossos e nas articulações.

Os principais sintomas decorrem do acúmulo de


células defeituosas na medula óssea, prejudicando ou
impedindo a produção das células sanguíneas
normais. A diminuição dos glóbulos vermelhos
ocasiona anemia, cujos sintomas incluem: fadiga falta
de ar, palpitação, dor de cabeça, entre outros. A
redução dos glóbulos brancos provoca baixa da
imunidade, deixando o organismo mais sujeito a
infecções muitas vezes graves ou recorrentes. A
diminuição das plaquetas ocasiona sangramentos,
sendo os mais comuns das gengivas e pelo nariz e
manchas roxas (equimoses) e/ou pontos roxos
(petéquias) na pele.

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O paciente pode apresentar gânglios linfáticos
inchados, mas sem dor, principalmente na região do
pescoço e das axilas; febre ou suores noturnos; perda
de peso sem motivo aparente; desconforto abdominal
(provocado pelo inchaço do baço ou fígado); dores nos
ossos e nas articulações. Caso a doença afete o Sistema
Nervoso Central (SNC), podem surgir dores de cabeça,
náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação.

Quem identifica?
Médico Generalista ou Clínico Geral.
Médico Hematologista.
Médico Oncologista Clínico ou Cirurgião.

Como o médico diagnostica a Leucemia?


Em consultório através de uma “anamnese” acurada,
ouvindo pacientemente o (a) paciente, realizando
exame físico, associado a exames de imagem,
hemogramas, mielografia, mielograma.1
O diagnóstico precoce desse tipo de câncer
possibilita melhores resultados em seu tratamento
e deve ser buscado com a investigação de sinais
e sintomas específicos.

1
O Diagnóstico pode ocorrer em consultórios, quando da ocorrência das consultas eletivas, ou nos
setores de Urgência e Emergência ( Pronto Socorros ).

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O que causa a leucemia?
As causas exatas da leucemia não são definidas.
Contudo, especialistas suspeitam da relação entre
determinados fatores com o risco de desenvolvimento
de alguns tipos específicos da doença. Dentre as
principais causas que aumentam o risco de
desenvolvimento da leucemia estão:

Radiação e/ou quimioterapia: pacientes que já


realizaram tratamento de câncer em algum momento
da vida podem apresentar um risco aumentado para
desenvolver certos tipos de leucemia, devido à
quimioterapia e as terapias de radiação;

Distúrbios genéticos: anormalidades genéticas também


podem ser responsáveis pelo desenvolvimento de
leucemia, como a síndrome de Down;

Exposições a alguns produtos químicos: o benzeno,


encontrado na fumaça do cigarro, na gasolina e usado
pela indústria química, pode aumentar as chances de
desenvolver leucemia;

Tabagismo: cigarros também aumentam seu risco de


desenvolver algum tipo da doença;

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Histórico familiar: se algum familiar foi diagnosticado
com leucemia, é possível que o risco de desenvolver a
doença seja maior.

Existe Correlação entra a Obesidade e a Leucemia?

A obesidade pode prejudicar o sistema sanguíneo,


aumentando as chances de surgimento de câncer. É o
que mostra um estudo americano divulgado no
Journal of Experimental Medicine. Em testes com
camundongos, os investigadores mostraram que, em
longo prazo, o sobrepeso pode comprometer a
“diversidade saudável” produzida pela fábrica
humana de sangue, as células-tronco hematopoiéticas.
Dessa forma, deixa o corpo mais vulnerável para o
surgimento de leucemias.

“Hoje, compreendemos que as células-tronco do


sangue são constituídas por inúmeros subconjuntos de
células. Manter esses compartimentos saudáveis é
essencial para a saúde humana, o que inclui a
manutenção do vasto conjunto de estruturas
hematopoiéticas”, ressalta, em comunicado, Damien
Reynaud, autor principal do estudo e pesquisador do
Hospital Infantil de Câncer do Sangue de Cincinnati.

No experimento com roedores, os cientistas


identificaram que o estresse oxidativo relacionado à

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obesidade altera a arquitetura celular das células-
tronco hematopoiéticas e reduz progressivamente a
aptidão funcional dessas estruturas. O pior é que
alguns desses prejuízos persistiram mesmo depois que
os animais tiveram o peso normalizado por meio de
dietas.

Para os autores, essas alterações parecem estar ligadas


a alta expressão de um fator de transcrição chamado
Gfi1 — um gene regulador, responsável por “dizer” a
outros genes o que fazer. Os estresses oxidativos
causados pela obesidade levam à superexpressão de
Gfi1 no corpo, que gera “um caos celular” na fábrica de
sangue.

Segundo a equipe, a pesquisa fornece bases para


investigar como escolhas de estilo de vida, como a
dieta e a prática de exercícios físicos, podem afetar de
forma duradoura a formação de sangue e também
procedimentos médicos para o combate à doença.
“Pouco se sabe sobre como a obesidade em doadores
de medula pode afetar a qualidade do compartimento
das células-tronco hematopoiéticas”, explica Reynaud.
“Queremos entender melhor as alterações moleculares
na obesidade para prever riscos potenciais associados
ao uso terapêutico de células-tronco isoladas de
doadores obesos.”

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Mudança de função

Geralmente de origem desconhecida, a leucemia ocorre


quando os glóbulos brancos deixam de lado a função
de defesa do corpo e passam a se produzir
descontroladamente na medula óssea. Entre os
principais sintomas estão anemia, fadiga, infecções
recorrentes, sangramentos nas gengivas e no nariz e
manchas roxas na pele.

DIAGNÓSTICO.

Diante da suspeita de um quadro de leucemia, o

paciente deverá realizar exames de sangue e deverá

ser referenciado para um hematologista, para

avaliação médica específica.

O principal exame de sangue para confirmação da

suspeita de leucemia é o hemograma. Em caso

positivo, o hemograma estará alterado, mostrando

na maioria das vezes um aumento do número de

leucócitos (na minoria das vezes o número estará

diminuído), associado ou não à diminuição das

hemácias e plaquetas. Outras análises laboratoriais

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devem ser realizadas, como exames de bioquímica e

da coagulação, e poderão estar alteradas.

CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA.

A confirmação diagnóstica é feita com o exame da

medula óssea (mielograma). Nesse exame, retira-se

uma pequena quantidade de sangue, proveniente do

material esponjoso de dentro do osso, para análise

citológica (avaliação da forma das células),

citogenética (avaliação dos cromossomos das

células), molecular (avaliação de mutações genéticas)

e imunofenotípica (avaliação do fenótipo das

células).

BIÓPSIA.

Algumas vezes pode ser necessária a realização da

biópsia da medula óssea. Nesse caso, um pequeno

pedaço do osso da bacia é enviado para análise por

um patologista.

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Depois de instalada, a doença progride rapidamente,

exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o

diagnóstico e a classificação da leucemia.

TIPOS DE LEUCEMIA.

Leucemia linfoide crônica: afeta células linfoides e se


desenvolve vagarosamente. A maioria das pessoas
diagnosticadas com esse tipo da doença tem mais de 55
anos. Raramente afeta crianças.

Leucemia mieloide crônica: afeta células mieloides e se


desenvolve vagarosamente, a princípio. Acomete
principalmente adultos. A idade média dos pacientes
diagnosticados é de aproximadamente 60 anos.

Leucemia linfoide aguda: afeta células linfoides e agrava-


se rapidamente. É o tipo mais comum em crianças
pequenas, mas também ocorre em adultos.

Leucemia mieloide aguda: afeta as células mieloides e


avança rapidamente. Ocorre tanto em adultos como em
crianças, sendo mais comum em pacientes idosos.

Não é fácil o Diagnóstico.

Os sintomas da leucemia costumam ser vagos e não


específicos, podendo, muitas vezes, ser confundidos com

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os da gripe ou de outras doenças comuns. Por isso, se
você apresenta algum sinal suspeito, o ideal é procurar o
seu médico.

A leucemia crônica pode ser identificada em um exame


de sangue de rotina, antes mesmo do aparecimento
dos sintomas. Caso haja alguma suspeita, relacionada
ou não a sintomas, você pode ser submetido aos
seguintes exames de diagnóstico:

Exame físico: sinais físicos que indiquem leucemia serão


procurados por seu médico, como pele pálida devido à
anemia, inchaço dos linfonodos e aumento do fígado e do
baço;

Exames de sangue: por meio de uma amostra de sangue,


o médico pode determinar se você possui níveis anormais
de células vermelhas e brancas ou plaquetas;

Teste de medula óssea: uma amostra de sua medula


óssea é enviada para um laboratório, com o objetivo de
procurar células alteradas.

OUVIR, OUVIR, INVESTIGAR É PRECISO.

O médico provavelmente fará uma série de perguntas,


tais como:

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Quando você começou a notar os sintomas pela

primeira vez?

Seus sintomas foram contínuos ou ocasionais?

Quão graves são os seus sintomas? (ESCALA DE

DOR E DESCONFORTO).

Alguma coisa parece melhorar seus sintomas?

Alguma coisa parece piorar seus sintomas?

Você já teve resultados anormais de exames de

sangue? Se sim, quando?

Quais exames detecta a leucemia?

Os médicos podem encontrar leucemia crônica em

um exame de sangue de rotina, antes do início dos

sintomas. Se isso acontecer, ou se você já tiver sinais

ou sintomas que sugerem leucemia, você pode se

submeter aos seguintes exames de diagnóstico:

Mielograma = O mielograma é um dos exames para

avaliação da medula óssea. Como a medula óssea

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está localizada anatomicamente no interior dos

ossos, o mielograma é realizado através de uma

punção óssea, seguida de aspiração, sendo realizada

sob anestesia local (pode-se também usar sedação

e/ou analgesia sistêmica).

Mielografia = A mielografia é uma técnica através da

qual se tira uma radiografia da medula espinal após

uma injeção de um meio de contraste radiopaco na

zona que se pretende examinar.

A mielografia permitirá analisar as anomalias do

interior da coluna vertebral, como uma hérnia discal

ou um tumor canceroso.

COMO É FEITA A PUNÇÃO DA MEDULA

ÓSSEA?

A punção aspirativa é feita no osso esterno ou no

ilíaco (na bacia), com anestesia local, e consiste na

coleta de material medular que varia de uma gota a

seis mililitros. Já a biópsia consiste na retirada de

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fragmento da medula (aproximadamente 2 cm) do

osso ilíaco.

Convivendo/ Prognóstico

Os cuidados são diferentes de acordo com o tipo de

leucemia. Mas, nas leucemias agudas e/ou durante

tratamento com quimioterapia, os pacientes:

Devem evitar aglomerações de pessoas durante a

fase mais intensiva do tratamento por causa do risco

de infecção.

Quando estiverem em uma fase de baixa imunidade,

não devem comer alimentos crus, como verduras,

legumes e frutas. A carne crua também não pode ser

consumida durante todo o tratamento por causa do

risco de toxoplasmose

Não podem tomar as vacinas compostas por vírus

vivos atenuados

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Devem consultar o médico em caso de programação

de viagem.

Como lidar com a doença?

O diagnóstico de leucemia pode ser devastador -

especialmente para a família de uma criança recém-

diagnosticada.

PROCURE.

Informação sobre a doença e prognóstico.

Se achegue mais a Deus. Mais, muito mais. ( Não

importa a sua religião, se achegue mais a ele).

Converse com os seus médicos e toda a equipe que

irá cuidar de você, interaja com eles de forma

positiva. Acredite no tratamento, isso ajuda a todos.

VOCÊ NÃO É SUPER HERÓI EU TAMBÉM NÃO

SOU.

Fale dos seus medos (incluindo a morte).

Fale dos seus sonhos.


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Chore.

Grite

Peça ajuda não tenha medo eu e você não somos

SUPER-HEROIS.

Encontre grupos de pacientes e ex-pacientes, isso

ajuda na travessia do vale.

Referências

Ministério da Saúde

(1) Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (2)

Dra. Maria Cecilia Cordeiro Lima, oncologista da

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. (3)

Mayo Clinic

(2) Vague symptoms in leukemia diagnosis in

childhood.

(3) Sociedade Brasileira de Cancerologia XXI

CONCAN.
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(4) Revista Brasileira de Cancerologia

(5)https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/leucemia

Matéria vinculada pelo Professor Doutor José Jaime

do Valle, especialista em Direito Médico, Biodireito,

Bioética, Administração Hospitalar, Congressista

Palestrante da Sociedade Brasileira de Cancerologia,

Pós Graduado pela Faculdade de Medicina do ABC

FMABC, Pós graduando em Oncologia – Turma de

2020.

Professor da Faculdade de Medicina do ABC no

período de 2017 até Setembro de 2019.

Parecerista na área de Saúde e Gestor de Conflitos

Médicos.

Autor do Livro Diagnóstico de Câncer o Tratamento

que não pode esperar. ( lançamento 2020).

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