As Escravidões e A Servidão Medieval

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As escravidões e a servidão medieval.

Escravidão na Antiguidade:

A escravidão na Antiguidade, foi uma estrutura social comum nas


sociedades daquele período.
Os escravizados, poderiam ser qualquer etnia ou raça. Geralmente,
eram capturados através das guerras mas, em algumas sociedades como a
romana, por exemplo.
Poderiam ser negociados e comprados em mercados, que
aconteciam nas cidades.
Normalmente, os escravos eram utilizados em serviços variados.
Podendo exercer funções domésticas, nas minas, na agricultura, na
construção, no artesanato, no entretenimento (como gladiador em Roma),
e, até mesmo, no gerenciamento de bens de seu Senhor.
No entanto, em algumas sociedades, como, Roma e Atenas, os
escravizados poderiam comprar a sua própria liberdade. Se tornaria um
homem livre, podendo ter seu próprio negócio e construir uma vida na
cidade em que vivia. No entanto, como ex-escravo, não era permitido
exercer qualquer cargo público.

Algumas características dessa estrutura eram:

 Uma instituição legal. Ou seja, era regulamentada pelo Estado;


 Os escravos eram considerados propriedades de seus senhores.
Podendo serem vendidos e negociados nos mercados de escravos;
 Mesmo livres, não teriam os mesmo direitos políticos que seus
antigos senhores;
 Eram utilizados em uma grande variedade de trabalhos.

Servidão medieval:

Desenvolvida na Europa Ocidental, a servidão medieval era um


sistema sócio-econômico da Idade Média.
Os servos eram camponeses que estavam ligados ao Senhor Feudal
(dono de terras), por meio do trabalho na terra.
Este sistema funcionava por meio de contratos, onde; o servo
trabalharia nas terras do Senhor Feudal, em troca receberia proteção e
alimento para seu sustento. Além disso, os servos também estavam
sujeitos à pagarem taxas e impostos ao seu Senhor.
Tendo origens no colapso do Império Romano do Ocidente (476
d.c.), os camponeses ficaram sem trabalho, com a ordem social desfeita.
Os Senhores Feudais ofereciam as terras em troca dos trabalhos dos
camponeses, por um certo número de dias. Além disso, a maior parte da
produção seria dada ao Senhor Feudal, restando ao servo o suficiente para
o seu sustento.
Devido ao tipo de contrato, o servo não poderia simplesmente
deixar as terras e ou sair delas, quando bem entendesse. Antes, deveria
pedir permissão ao seu Senhor, para fazê-lo.
Não incomum, os servos poderiam ser maltratados pelos seus
Senhores.

Este sistema, começou a desaparecer com o advento do comércio e


das cidades, até ser abolida por volta do século XVI.

Algumas características, são;

 Os servos eram camponeses que estavam vinculados à terra e ao


Senhor Feudal;
 Os servos eram obrigados a trabalhar, em troca de proteção e sustento;
 Os servos estavam sujeitos ao pagamento de impostos e taxas;
 Os servos não poderiam deixar as terras, sem permissão do Senhor
Feudal;
 Os servos poderiam ser maltratados pelos senhores feudais;
 O sistema feudal foi gradualmente desaparecendo, até ser abolido em
meados do século XVI.

Escravidão moderna:

O escravismo moderno, é um sistema de exploração que foi criado


na era das Grandes Navegações e Colonizações. No início, consistia na
captura dos povos originários das terras colonizadas. No entanto, logo
foram escravizadas pessoas negras do continente africano.
O escravismo moderno era baseado na origem étnica e racial. Os
escravizados eram capturados, trazidos às colônias através dos navios
negreiros e dos traficantes de escravos, e negociados nos mercados de
escravos. Para se obter um escravo, era necessária uma grande quantia em
dinheiro. Logo, somente membros da elite podiam ter.
Este sistema existiu e perdurou em todas as colônias europeias
americanas. Os escravizados eram tidos como propriedades de seus
senhores e sofriam diversos maus tratos, como, chicoteamento, fome,
elevadas horas de trabalho, humilhações, abusos sexuais, e muitos outros.
Normalmente, os trabalhos dos escravizados eram nos campos,
construções, serviços domésticos e artesanato.
Os sistemas escravistas modernos, assim como os da antiguidade,
também possibilitavam que os escravos conquistassem sua liberdade,
através da chamada “alforria”. Ela era o ato de libertação do escravizado,
podendo ser comprada, adquirida através do Estado, por mérito, ou,
através da “bondade” do seu senhor.
O escravismo moderno perdurou do século XV ao XIX. No Brasil,
tido como o último país a abolir, ele existiu até o ano de 1888, com a
promulgação da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel.

As principais características do sistema escravista moderno, são;

 É um sistema de exploração baseado na origem étnica e racial;


 Os escravizados são traficados através dos navios negreiros e dos
traficantes de escravos, e negociados nos mercados de escravos;
 Somente as elites podiam obter escravos, devido ao alto custo;
 Tidos como propriedades de outras pessoas, os escravizados sofriam
muitos maus tratos;
 Normalmente trabalhavam nos campos, construções, serviços
domésticos e artesanato;
 O sistema moderno, assim como o da antiguidade, previa a libertação
do escravizado, através da “alforria”;
 O sistema perdurou do séc. XV ao XIX, tendo o Brasil como último a
abolir em 1888.

Apesar de sua extinção, os efeitos da escravidão se fazem sentidos


até hoje.
Mesmo com a libertação, as populações negras foram, e ainda são,
marginalizadas e perseguidas em todo o continente americano, através de
leis segregacionistas, falta de emprego e renda, negação ao direito do
estudo, e, violência policial.
No Brasil, o surgimento das favelas está intimamente ligado à
marginalização do povo negro.

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