Aula 11 Retificação SEM-0560 2017

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SEM-0560

Fabricação Mecânica por Usinagem

Retificação
Professor:
Alessandro Roger Rodrigues
Renato Goulart Jasinevicius
Processos Abrasivos
O uso de abrasivos como meio para remover material de
superfície não é um processo novo.
Exemplo: lapidação e polimento de metais e gemas
Processos Abrasivos

Os processos abrasivos são aqueles que usam


ferramentas com geometria não definida,
geralmente, a apresentação são pós com
diferentes granulometrias.
Nos processos abrasivos, os pós podem ser
usados soltos, imersos em algum meio liquido,
ou impregnando um tecido apropriado ou presos
através de um ligante.
O ligante pode ser metálico, vítreo ou resinóide,
dependendo da aplicação e do material.
Processos Abrasivos

Retificação: Abrasivos presos Lapidação: Abrasivos soltos


Amostra Amostra

Abrasivos

Polimento

Amostra
Abrasivos
• Pequenas partículas não metálicas, duras, com arestas
afiadas e formas irregulares;
• Remove quantidades pequenas de material, produzindo
cavacos muito pequenos (sobre metal de décimos a
centésimos de mm);
• Processos abrasivos produzem superfícies bem acabadas
e tolerâncias dimensionais mais exatas.
Ferramentas Abrasivas - Pastas
Ferramentas Abrasivas - Pedras
Ferramentas Abrasivas - Rebolos

Pontas
Por que usar processos abrasivos

• Redução de Atrito: calor - mancais

• Redução de desgaste: Buchas/mancais

• Aparência

• Afiação de Ferramentas
Processos Abrasivos
Esmerilhamento

Superfície
Rebolo frontal

Tampa

Superfície Mesa de apoio


lateral
Processos Abrasivos
Outros processos abrasivos:
a) Brunimento
Processos Abrasivos
Brunimento é um processo abrasivo realizado por um
conjunto de seguimentos abrasivos ligados.
Produz superfícies com riscos cruzados, que tendem a
manter lubrificação durante funcionamento do
componente, contribuindo para função e durabilidade.
Brunimento “Honing”
Lapidação
O processo de Lapidação é um processo de
usinagem com partículas abrasivas soltas
suspensas em uma lama a base de água ou
querosene
O processo de Lapidação é capaz de remover de
forma econômica até 1,27 mm (Sobremetal) em
peças de materiais dúcteis.
Geralmente, remoção ocorre na faixa de 0,05 a
0,250 mm.
Processo envolve pouca geração de calor e de
rebarbas
Processos Abrasivos

b) Lapidação – com abrasivo solto

Diamante + Água
Lapidação
b) Lapidação – com abrasivo solto

SiC + Querosene
Processos Abrasivos
b) Lapidação (Gemas e Pedras Preciosas)
Processos Abrasivos
b) Lapidação – Peças Mecânicas Planas – Selos Mecânicos
Polimento
O processo de polimento é utilizado para remover riscos
e rebarbas e suavizar superfície irregulares por meios de
grãos abrasivos aderidos a uma discos de polir que
giram em altas velocidades (até 2300 m/min).
As superfícies desses discos podem ser revesticas com
feltro ou papel onde os grãos abrasivos são alimentados
juntamente com algum tipos de líquido.
Granulometrias de 20 a 80 – polimento grosseiro
Granulometria acima de 120 – polimento fino
Operação de polimento muitas vezes são realizadas
manualmente
Polimento
Processos Abrasivos
Aplicações:

c) Polimento pedras preciosas


Processos Abrasivos
Aplicações:

c) Polimento de Moldes para injeção de polímeros


Processos Abrasivos
Aplicações:

c) Polimento moldes para embalagens em vidro


Polimento de Wafers
Aplicações:
Processos Abrasivos
Outros processos abrasivos:

c) Polimento de
wafer de Silício
Processos Abrasivos
Outros processos abrasivos:
d) Superacabamento

Superacabamento é uma operação de extrema


precisão, onde se considera quantidade
extremamente pequena de remoção superficial
de material. Em alguns casos a remoção sequer
existe teoricamente, o que ocorre de fato é a
formação da superfície de assentamento com a
redução dos picos
Processos Abrasivos

Superacabamento é uma operação conhecida na


atualidade com outras denominações, tais como:
Micro-acabamento;
Super-brunimento;
Brunimento de ciclo curto e até mesmo; Polimento.
Entretanto o superacabamento não pode ser confundido
com essas operações
O superacabamento ocorre geralmente após a operação de
retificação.
São consideradas remoções de 0,25 a 2.5 microns, para se
obter a superfície com a qualidade e acabamento de que se
trata na técnica de superacabamento.
Processos Abrasivos

Por que necessitamos do super-acabamento?


A resposta está na própria natureza da operação de
retificação. A retificação é uma operação classificada como
de "alta temperatura". Além disso, ela produz uma
superfície formada de "picos" e "vales".
Processos Abrasivos

Por que necessitamos do super-acabamento?


Retificação: sendo uma operação de "alta temperatura"
(atinge níveis de até 1000 ºC). O resfriamento subseqüente
causa alteração na estrutura metalúrgica do metal. É um
revenimento, que afeta a superfície, alterando a micro
estrutura do metal, que resta sobre ele, sob a forma de uma
"pele" ou casca, denominada de "camada amorfa".
Processos Abrasivos
O que faz o super-acabamento?
O super-acabamento remove os "picos" da superfície acabada, e
a "pele" ou camada da amorfa gerada durante a retificação. Ela
é uma operação de "baixa velocidade" e "baixa temperatura". O
resultado é um bom condicionamento de assentamento e a
preservação da micro-estrutura metalúrgica do material, quanto
a manutenção das suas características de dureza, composição,
estrutura, etc. As ondulações e outras milesimais imperfeições ,
geométricas são também reduzidas a limites mínimos, ou
eliminadas.
Acabamento e Tolerâncias
Processo

Corte maçarico
Esmerilhamento rebarba
Serra
Plaina
• Alguns processos podem
Furação alcançar a classe de rugosidade
N1 (0,025 m ou 1 -in) e
Fresamento químico
Eletro erosão
Fresamento
Brochamento
qualidades de trabalho IT5 a IT9.
Alargamento
Feixe de elétrons
Laser
Ataque eletroquímico
Mandrilammento, torno
• Velocidades de corte maiores
Acabamento em tambor que as do torneamento (30 m/s,
Retífica eletrolítica
Brunimento cilíndrio podendo chegar a 120 m/s).
Retificação
Honing (brunimento)
Polimento eletrolítico
Polimento
Lapidação
Superacabamento
Fundição em areia
Laminação a quente
Forjamento
Fund. em molde fechado
Fund. por cera perdida
Extrusão
Lamina. a frio, trefilação
Fund. Sob pressão
As faixas apresentadas acima são típicas dos processos listados Aplicação Média

Valores menores ou maiores podem ser obtidos sob condições especiais Aplicação menos freqüentes

CARTA DE PROCESSOS VERSUS ACABAMENTOS


Acabamento

Lapidação plana
Alargamento

Retificação
Geometrias de peças típicas para brunimento,
lapidação, polimento e superacabametno

Processo Geometria de Peças Acabamento


(µm)
Retificação, tamanho Superfícies planas, cilindros externos, furos redondos 0,4-1,6
de grão médio
Retificação, tamanho Superfícies planas, cilindros externos, furos redondos 0,2-0,4
de grão Fino

Brunimento Furos redondos (por ex.: furo do cilindro do motor) 0,1-0,8

Lapidação Superfícies planas ou levemente esféricas (p.e., lentes) 0,025-0,4

Superacabamento Superfícies planas, cilindros externos 0,013-0,2

Polimento Miscelânea de formas 0,025-0,8

Polimento fino Miscelânea de formas 0,013-0,4


Processos Retificação
Retificação: processo de remoção de material no qual
partículas abrasivas imersas em um meio ligante
(rebolo) operam a altas velocidades superficiais.
• Rebolo geralmente tem formato de disco e é
precisamente balanceado para elevadas velocidades.
• Pode ser usado para todo tipo de material.

Retificação Cilíndrica Externa


Rebolos
Retificação é o processo aplicado à peça
após a execução de todos os outros
processos de usinagem.

Cilíndrica Plana
Exemplo - Rota de Fabricação

Operação Final: Retificação

T T Fr Fu R
M M
Recebimento
T Fr R R

T Fr Fu
Expedição

T: Torno, Fr: Fresadora, Fu: Furadeira, R: Retificadora, M: Montagem


Exemplo - Rota de Fabricação
Operação Final: Retificação
Movimentação da peça
HFr VFr

T VFr
Cartão Kanban

T R
Caminho do trabalhador Inspeção
Final
S Posição do trabalhador

Recebimento Expedição

S: Serra, T: Torno, HFr: Fresadora Horizontal, VFr: Fresadora Vertical, R: Retificadora


Retificação - Tipos
Retificação Horizontal

Retificação Vertical
Comparação: retificação convencional X retificação por mergulho.

Rebolo

Velocidade do
Rebolo (V)

D
Profundidade
de corte (d)
Tangencial
b .... b b
peça D – diâmetro do Rebolo
Avanço Velocidade da peça (v)
transversal (w) d – profundidade de corte
a) Vista Frontal b) Vista Lateral b – Largura de corte
Rebolo w – avanço transversal

Velocidade do
V – Velocidade do rebolo
Rebolo (V) v – Velocidade da peça
D
Mergulho Profundidade
de corte (d)

b
Avanço Velocidade da peça (v)
transversal (w)
a) Vista Frontal b) Vista Lateral
Retificação de Megulho “Creep Feeding”

Mergulho

Comparação entre (a) retificação convencional e (b) retificação de mergulho


“creep feeding”
Máquina-Ferramenta

Retifica Plana
Máquina-Ferramenta

Retifica Plana
Retificação - Tipos

Retificação Cilíndrica

Externa Interna
Máquina-Ferramenta
Retificação externa
Retifica Cilíndrica

Retificação interna
Operação

Retifica Cilíndrica Externa Retifica Cilíndrica Interna


Retificação - Tipos

Retificação “Centerless”
Máquina-Ferramenta
Retificação externa
Retifica Centerless

Rebolo de corte

Rebolo de arraste
Operação
Retifica Centerless
Aplicações dos Processos Abrasivos
Retificação de rosca sem fim, de perfis, etc
Aplicações dos Processos Abrasivos

Afiação de Ferramenta
Aplicações dos Processos Abrasivos

Afiação de Brocas
Aplicações dos Processos Abrasivos

Afiação de
Ferramentas
Parâmetros do Rebolo

• Material abrasivo

• Tamanho de grão

• Estrutura do rebolo

• Grau do rebolo

• Material ligante
Material Abrasivo: Propriedades

• Alta dureza

• Resistência ao desgaste

• Tenacidade

• Friabilidade (capacidade de fraturar quando


perde a afiação, de forma que novas arestas
sejam expostas)
Propriedades Materiais Abrasivos

Dureza Condutividade térmica

* Material abrasivo
Corundum subdivide-se em:
Normal: 95% Al2O3
Semiprecioso: 98% Al2O3
Precioso: 99,9% Al2O3
Materiais Abrasivos

• Oxido de Alumínio (Al2O3)

Abrasivo mais comum: cores Branca e Cinza

Cinza – Muito tenaz e é usado para materiais


Cinza
metálicos com alta resistência a tração;

Branco – mais quebradiço e é usado para aços com


alta dureza e sensíveis ao calor; bom acabamento
em menor tempo

Também aplicado em FoFo nodular e maleável


Materiais Abrasivos
Al2O3
Materiais Abrasivos
• Carbeto de Silício (SiC)

Mais duro que Al2O3, porém menos tenaz

Cores Verde ou Preto:


Verde
Verde é usado para afiação de metal duro por serem
mais quebradiços não alteram a estrutura do MD.

Preto
Preto é usado para metais não ferrosos alumínio, latão,
FoFo cinzento, aço inox e determinadas cerâmicas
Materiais Abrasivos

SiC
Novos Materiais Abrasivos

• Nitreto de Boro Cúbico (CBN)


Muito duro e caro
Apropriado para aços
Usado para materiais duros, tais como aço
ferramenta e ligas aeroespaciais

• Diamante
Mais duro e mais caro
Natural ou sintético
Não aplicado para aço
Usado em materiais duros, abrasivos, tais como
cerâmicas, metal duro e vidro
Novos Materiais Abrasivos

Rebolos de CBN Rebolos de diamante


Tamanho de Grãos Abrasivos

Tamanho de grão é medido usando o procedimento de peneira screen


mesh

– Tamanhos pequenos refere-se a peneiras com números elevados


para o screen mesh e vice-versa

– Tamanhos de grãos em rebolos geralmente entre 8 (muito grosso) e


250 (muito fino)

Tamanho de peneiras para


seleção de tamanho de grãos.
Quanto maior o número da
peneira (no. de aberturas por
polegada quadrada), menor será
o tamanho de grão Peneira 8 Peneira 24 Peneira 60
tamanho de grão 8 tamanho de grão 24 tamanho de grão 60
Tamanho de Grãos Abrasivos (mm)

Muito grosso Grosso Médio

No. Tam. grão No. Tam. grão No. Tam. grão


8 2,830-2,380 14 1,680-1,410 30 0,710-0,590
10 2,380-2,000 16 1,410-1,190 36 0,590-0,500
12 2,000-1,680 20 1,190-1,000 46 0,420-0,350
24 0,840-0,710 50 0,350-0,297
60 0,297-0,250

Fino Muito fino Muitíssimo fino


No. Tam. grão No. Tam. grão No. Tam. grão
70 0,250-0,210 150 0,105-0,188 280 0,040-0,030
80 0,210-0,77 180 0,088-0,074 320 0,030-0,020
90 0,177-0,149 200 0,074-0,062 400 0,020-0,016
100 0,149-0,125 220 0,062-0,053 500 0,016-0,013
120 0,125-0,105 240 0,053-0,040 600 0,013-0,010
800 0,007-0,003

*Dimensões em milímetro
Tamanho de Grãos Abrasivos

Tamanho Tipo Aplicações


10,12,14,16,20,24 Grosseiro Remoção rápida de material
30,36,46,54,60 Médio Remoção de material e acabamento
80,100,120,150,180 Fino Menos remoção e melhor acabamento
220,240,280,320,400,500,600 Muito fino Acabamento muito fino e retificação de
materiais duros e superduros
Tamanho de Grãos Abrasivos

• Grãos pequenos produzem melhores acabamentos

• Grãos grandes permitem maior remoção de material


(TRM maior)

• Materiais mais duros exigem tamanhos de grão


menores para corte mais eficaz

• Materiais mais dúcteis exigem granulometrias


maiores
Estrutura do Rebolo

Refere-se ao espaçamento relativo dos grãos abrasivos


no rebolo

•Além do grão abrasivo e do material ligante, os rebolos


também possuem vazios ou poros

•Proporções volumétricas de grãos (g), ligante (b do


inglês “bond”) e poros (p) podem ser expressas como:

Pg  Pb  Pp  1
Estrutura do Rebolo

Pg  Pb  Pp  1
Pb: Poros (espaços
Pb: Ligante abertos)

Pg: Grãos
Abrasivos
Estrutura do Rebolo: Quantificação

Pg  Pb  Pp  1
Medida em uma escala que varia entre “aberta" e “densa”.

• Estrutura aberta significa Pp é relativamente grande e Pg é


relativamente pequeno (recomendado como “bolsões” para cavaco
de materiais dúcteis).
Estrutura densa significa Pp é relativamente pequeno e Pg é grande
(recomendado para obtenção de melhores acabamentos e controle
dimensional).

Muito Densa Médio Poro Poro muito


densa aberto aberto
1, 2 3, 4 5, 6, 7, 8 9, 10, 11 12, 13, 14
Estrutura do Rebolo: Quantificação

Poros Ligante
Partículas (vazios) interligando
de abrasivos os abrasivos

Direção
do corte

Bolsões para Cavidade Cavidade


Cavidade
acomodar cheia de parcialmente
cavaco cavacos cheia de
cavacos
Estrutura do Rebolo: Quantificação
Denso Aberto (“Poroso”)
Denso

Aberto (“Poroso”)
Grau do Rebolo

Indica a resistência do ligante para reter os grãos durante o corte


•Depende da quantidade de ligante na estrutura do rebolo (Pb)
•Medida de escala entre macio e duro
o “Macios" perdem grãos prontamente (usados para baixas TRM
e materiais duros)
o “Duros” retém grãos (usados para altas TRM e materiais
dúcteis)
o Graduação de dureza de rebolos segundo a Norma DIN 69100

Muito Macio Médio Duro Muito Extrema/e


macio duro duro
EFG HIJK LMNO PQRS TUVW XYZ
Ligante

• Deve suportar elevadas temperaturas e altas


forças centrífugas

• Deve resistir à trepidação durante o choque do


contato do rebolo/peça

• Deve segurar os grãos abrasivos rigidamente no


lugar para o corte e também permitir que grãos
desgastados “soltem-se” para que grãos novos e
afiados trabalhem
Ligante
Nome do ligante Característica Designação
Vítreo Boa resistência e alta porosidade V
silicato A prova d’agua, usado para rebolos de S
grandes diâmetros. Retificação de arestas
de ferramentas
Shellac Rebolo fino, alta elasticidade, não é E
adequado para aplicações pesadas
Resinoide Retificação de desbaste, alta velocidade B
Borrachoso Discos finos, acabamento fino e R
polimento, ex.: trilhas de mancais de
esferas
Oxicloreto Menos frágil, retificadores de discos O
BIANCHI, E. C. et al. Estudo comparativo entre a agressividade superficial obtida na retificação com rebolos
de óxido de alumínio e CBN, fabricados com ligantes resinóide e vitrificado. Cerâmica [online]. 2011, vol.57,
n.344 [cited 2017-06-18], pp.431-437. Available from:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0366-69132011000400010&lng=en&nrm=iso>.
ISSN 0366-6913. http://dx.doi.org/10.1590/S0366-69132011000400010.
Ligante

• Vítreo:

• maior precisão de forma

• Não sofre ataque de água, óleo ou ácido

• Velocidade de trabalho 33 m/s (pode


chegar a 60 m/s em situações especiais)
Ligante
• Resinóide:

• Resina sintética por isso não possui


poros

• Serviços pesados como corte e


desbaste de materiais

• Velocidade de trabalho 80m/s

• Borracha corte de metais e transporte


como no caso das retíficas centerless
Ligante

Borrachoso
Sistema de Codificação do Rebolo
Sistema de Codificação do Rebolo

Velocidade
máxima do rebolo

Código: A60 N5V1


A: Óxido de Alumínio comum
60: Tamanho de grão : Médio
N: Dureza: Média
5: Estrutura : Média
V: Aglomerante:Vitrificado Dimensões do rebolo:
Diâmetro externo x largura x diâmetro do furo
Sistema de Codificação do Rebolo
Aplicação do Rebolo

• Para metais dúcteis:

– Tamanhos de grão grande e rebolo de grau duro

• Para metais mais duros:

– Tamanhos de grão pequenos e rebolo de grau macio


Configurações do Rebolo

Face de retificação
Face de retificação

Plano Cilindro
Face de retificação Face de retificação

Copo Plano Copo

Face de retificação
Face de retificação

Prato
Montado
Face de retificação
Configurações do Rebolo
Configurações do Rebolo

Dimensões de rebolos de acordo com norma DIN 69100

Principais dimensões do rebolo (mm)

Tipo de Rebolo d
D (diâmetro) B (espessura) (diâmetro do
furo)
Exemplo Disco Forma A e B 80-250 8-21 20-32
d

B Cônico Forma C 80-250 8-19 20-32


D

Rebolo reto (DIN 69120) Copo Forma D 50-150 32-80 13-20

Copo Cônico Forma E 50-150 25-50 13-20

Copo cônico 50-150 25-50 13-20


Configurações do Rebolo

Formas de rebolos de acordo com Norma DIN


d D D

B B B
D d d

Rebolo reto (DIN 69120) Rebolo reto com lado rebaixado (DIN 69123) Rebolo reto com dois lados rebaixados

d D
D B

B
B
D d

Rebolo cilíndrico (DIN 69138) Rebolo cônico (DIN 69123) Rebolo cônico copo

D D
D

B B
B
d d
d
Rebolo Disco (DIN 69149) Rebolo Disco forma B (DIN
Rebolo disco Forma A (DIN
69149)
69149)
D D
d B

B B

D d d

Rebolo com dois lados cônicos Forma C (DIN Rebolo copo forma D (DIN Rebolo cônico copo Forma E (DIN 69149)
69149) 69149)
Configurações do Rebolo

R
R
60º 60º
65º 45º 60º
90º

B B
R=3B/10 R=B/2

R R R
R 3 3 R
65º 65º 80º 23º 23º
80º 60º 60º

B B B B B
R=B/8 R=B/8 R=B/8 R=7B/10 R=B

Perfis dos Rebolos


Montagem do Rebolo

Rebolo

Flange interna Flange externa

Porca
Chaveta
Eixo

Ajuste do rebolo
com o eixo
Folga
Folga
Superfície
do flange
Montagem do Rebolo - Configuração
Rebolo - Superfície e Microestrutura
Mecanismos de Desgaste de Rebolo

• Fratura de grão

• Attrition – Causado por mecanismos similares


entre si: atrito, difusão e reações químicas.

• Fratura do ligante – depende do grau do


rebolo – grãos se desgastam por attrition e a
força aumenta muito.
Mecanismos de Desgaste de Rebolo

Ligante

Grão
abrasivo

Fratura do
grão
Fratura do Ligante
Cavaco

Microfratura do grão

Desgaste do grão
Peça
Quantificação do Desgaste de Rebolo
Mecanismos de Desgaste

Desgaste de Rebolo

Curva típica do desgaste do rebolo. O desgaste é lançado no gráfico como


função do volume de material removido, ao invés de ser em função do tempo.
Rebolo - Reafiação
Rebolo - Reafiação
Rebolo - Reafiação

Dressador rotativo

Dressador com ponta


Rebolo - Reafiação

Dressador com ponta


Rebolo - Reafiação
Velocidade de
Dressagem

Dressagem Rápida

Dressagem média

Dressagem Lenta
Mecanismo de Remoção de Material

Três tipos de ação dos grãos


na retificação:
(a) Corte (Chipping),
(b) Sulcamento (Ploughing), e
(c) Atrito (Rubbing).
Mecanismo de Remoção de Material

Três tipos de ação dos grãos na retificação:


(a) corte, (b) sulcamento, e (c) atrito.
Formação do Cavaco
Formação do Cavaco

Mecanismo de Formação do cavaco e


geometria da ferramenta

+ - Grão abrasivo

cavaco  


peça peça
Geometria da Formação do Cavaco
Geometria da Formação do Cavaco

Fotos de microscopia eletrônica de


varredura de cavacos com diferentes
velocidades de corte (v)
Geometria da Formação do Cavaco

Fotos de microscopia eletrônica de


varredura de cavacos com diferentes
velocidades equivalentes (veq = vw/v)
Geometria do cavaco

• Com o comprimento de contato longitudinal, o comprimento do cavaco, l:


D = diâmetro do Rebolo, d = profundidade de penetração

l = (D⋅ d)1/2 (1)


• Taxa de remoção de material, TRM
TRM= v ⋅ d ⋅b (2)
– v = velocidade da peça, d = profundidade de penetração, b = largura de corte
(equivale ao avanço transversal)
Comparação: retificação convencional X retificação por mergulho.

Rebolo

Velocidade do
Rebolo (V)

D
Profundidade
de corte (d)
Tangencial
b .... b b
peça
Avanço Velocidade da peça (v)
transversal (w)
a) Vista Frontal b) Vista Lateral
Rebolo

Velocidade do
Rebolo (V)

D
Mergulho Profundidade
de corte (d)

b
Avanço Velocidade da peça (v)
transversal (w)
a) Vista Frontal b) Vista Lateral
Volume médio de cavaco

• Os cavacos possuem uma seção transversal triangular, e razão


(r) da largura do cavaco (w) em relação a espessura do cavaco (t) :

r = w/t ≈ 10 a 20 (3)

•Assim, o volume médio de cavaco será

Volcav = (0,5).w . (0,5). t .l = 0,25.w.t.l (4)


Número de cavaco removido por tempo (n)

• O número de cavacos removidos por unidade de tempo


(n), onde c = número de arestas de corte (grãos) por
unidade de área (típico 0,1 a10 por mm2), b é a largura do
corte, e V = velocidade periférica do rebolo:

n =V ⋅b ⋅ c (5)
Espessura do cavaco

Combinando (1), (2) (3), (4) e (5)

TRM = v ⋅d ⋅b = n ⋅Volcav

v . d . b = V.b.c. 0,25 wtl

w = r.t e l = (D.d)1/2

v ⋅ d ⋅ b = V ⋅ c ⋅ b ⋅ (0,25) r ⋅ t ⋅ t ⋅ (D⋅ d)1/2


Espessura do cavaco
Rearranjando:

4vd
t 
2

V  c  r  D  d 
(6)
1/ 2
Espessura do cavaco
Rearranjando:

4v d
t
V cr D
Energia específica do corte

Energia específica da retificação, u

• Consiste da energia da formação do cavaco, do


“plowing”, e do deslizamento (atrito)

u = u c + up + ud (7)
Força Total de Retificação

Força Total de Retificação


• Força obtida a partir da potência

Potência = u . TRM (8)

Potência  Fretif V  u  v  d  b (9)

 v  d b 
Fretif  u   (10)
 V 
Força Total de Retificação

Força total de retificação


• A partir de resultados empíricos, quando t
diminui, a componente de atrito de u aumenta

1
u
t
ou
1
u  K1 
t
1 v  d b 
Fretif  K1   
t V 
Força Total de Retificação
Força total de retificação
• substituindo

1 v  d b
Fretif  K1   (11)
4v V
(d / D )1/ 2
Vcr
rearranjando
d  c  r  v  (d / D )1/ 2
Fretif  K1  b (12)
4 V
Força Total de Retificação
Força sobre um único grão A

• A força por grão pode ser calculada


Fgrã o  u  Área (A =área da seção
transversal do cavaco)
1
Fgrã o  u   wt
2
Como
w  r t
e
1
u  K1 
t
K1
Fgrã o   r t t
2t
Força de corte no grão

Força sobre um único grão


• Substituindo por t, e rearranjando

K1 4v d
Fgrão  r  
2 V cr D
r v d
Fgrão  K1   (13)
V c D
Temperatura na Retificação
Temperatura na retificação
• O aumento de Temperatura ocorre com a
liberação de energia por unidade de área
Unid.energia
T  K 2 
Área
u b l  d 1
T  K 2  K1  K 2   d
b l t
1
T  K1  K 2  d 
4v d (14)

V c D
Temperatura na Retificação
Temperatura de retificação
• Rearranjando

V cd r
T  K1  K 2   dD (15)
4v

• A Temperatura pode chegar até 1600oC, porém


por um período curto de tempo.
Exemplo 1

Em uma operação de retificação realizada em aço carbono plano, o rebolo, de


diâmetro de 200 mm e largura de 25 mm, gira a 2400 rpm, com profundidade de
usinagem de 0,05 mm e avanço transversal de 3,5 mm. A velocidade da peça é 6
m/min e a operação é realizada a seco. Determine:
(a) O comprimento de contato entre o rebolo e a peça;
(b) A taxa de remoção de material;
(c) O número de cavacos formados por unidade de tempo, considerando que há
64 grãos/cm2 na superfície ativa do rebolo;
(d) O volume médio por cavaco;
(e) A energia específica de corte, sabendo-se que a força de corte é 30 N.

l = (D⋅ d)1/2
TRM= v ⋅ d ⋅b Potência  Fretif V  u  v  d  b
n =V ⋅b ⋅ c  v  d b 
Fretif  u   
Volcav = (0,5).w . (0,5). t .l = 0,25.w.t.l  V 
Exemplo 2

Numa operação de retificação plana, o diâmetro do rebolo é 150 mm e a


profundidade de penetração vale 0,07 mm. A velocidade de corte do
rebolo é 1450 m/min, a velocidade da peça é 0,25 m/s, o avanço lateral é
5 mm e o número de grãos abrasivos ativos por unidade de área da
superfície do rebolo é 0,75 grão/mm2. Determine:

(a) o comprimento médio do cavaco;

(b) a taxa de remoção de material e

(c) número de cavacos formados por unidade de tempo para a porção do


rebolo em contato com a peça.
Exemplo 3

Você está retificando um aço, o qual possui uma


energia específica de retificação (u) de 35 W-s/mm3.
• O rebolo gira a 3600 rpm, diâmetro (D) de 150 mm,
espessura (b) de 25 mm, e (c) 5 grãos por mm2 (c). O
motor tem potência de 2 kW.
• A peça move-se (v) a 1,5 m/min. A razão de
espessura do cavaco (r) é 10.
Calcule:
a) Determine a força de retificação (Fretif) e a força por
grão (Fgrão).
b) Determine a temperatura (K2 é 0.2oK.m/N).
Temperatura ambiente é 20oC.
Exemplo 3: Solução

Primeiro precisamos calcular a prof. de corte. Isso pode ser obtido a


partir do cálculo de potência.

Potência  u  TRM  u  v  d  b
W s m mm 2
min
2000W  35  1,5  d  25 mm  10 6

mm3 min m 2 60 sec
d  91,4 10 6 m
Exemplo 3: Solução

Agora iremos calcular a força de corte total.

v  d b
Fretif  u 
V
mm
 91,4 10 3 mm  25mm
1500
W s min
Fretif  35 
mm3 3600 rev 150   mm  m
min rev 1000 mm
Fretif  70,7 N
Exemplo 3: Solução

Próximo passo é calcular a força por grão.

1
Fgrão  u   w  t
2
w  r t
1
Fgrão  u   r  t  t
2
t ?
mm
4 1500  3
4v d min 91, 4  10 mm
t   
V cr D 3600 150  
mm grãos
5  10 150 mm
min mm2
t  1,32 10 3 mm
Exemplo 3: Solução

Agora substituindo t em Fgrão.

Fgrão  u   r  t  t  35  10  1,32 10 


1 1 3 2

2 2
4
Fgrão  3,05 10 N
Exemplo 3: Solução

Para o cálculo da temperatura é necessário K1 e K2. K2 é dado, então é


necessário calcular K1.

1 1 1 1
Fgrão  u   r  t  t  K1    r  t  t  K1   r  t
2 t 2 2
1
3,05 10 N  K1  10 1,32 10 6 m
4

2
N
K1  46,2
m
Exemplo 3: Solução

Substituindo K1 e K2 teremos

1
T  K 2  K1   d
t
K m N 1 6
T  0,2  46,2   6
 91, 4  10 m  640 o
K
N m 1,32 10 m
20 o C  293 o K
T final  Tinicial  T  293  640  933 o K
Por tan to
T final  660 o C

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