Capítulo I
Capítulo I
Capítulo I
I – Introdução.
A lesão celular é decorrente de um intenso processo de estresse com o qual a célula não
é capaz de lidar, ou quando elas são expostas a agentes perniciosos. Há dois tipos de lesões
celulares:
Lesão Reversível: alterações funcionais e morfológicas podem ser reversíveis, caso a fonte
nociva seja retirada.
A célula em adaptação muda seu metabolismo, sua função e sua relação com o meio
onde se encontra. Dependendo do estímulo, as respostas podem ser divididas em dois grandes
grupos: adaptações fisiológicas e patológicas.
Atrofia: consiste na redução do tamanho da célula, podendo ocorrer por redução da carga de
trabalho, perda de inervação, diminuição do suprimento sanguíneo, nutrição inadequada, perda
de estimulação endócrina e por pressão. Ocorre diminuição progressiva de sua função e o
catabolismo celular supera o anabolismo, levando a célula a redução e atrofia. Pode ser,
também, fisiológica, durante as fases iniciais do desenvolvimento.
Metaplasia: ocorre mudança do tipo celular e tecidual sob estímulo danoso por reprogramação
genética da célula tronco. Ocorre no pulmão de fumantes, no qual o epitélio ciliado brônquico
é substituído por pavimentoso na tentativa de prover proteção, e no esôfago de pessoas com
refluxo, no qual o epitélio esofágico é substituído por epitélio de tipo intestinal com células
caliciforme.
ACÚMULOS E PIGMENTOS
Acúmulo proteico: ocorre devido a reabsorção renal, acúmulo de intermediários proteicos por
excesso de síntese ou por falha no transporte e no dobramento proteico, acúmulo de proteínas
em emaranhados neurofibrilares e acúmulo de proteínas anormais por defeito de produção.
Por fim, há dois tipos de calcificação que podem ocorrer em uma célula. São elas:
calcificação distrófica e calcificação metastática. A calcificação distrófica ocorre em tecidos
mortos ou que estão em morte, alterando apenas a quantidade de cálcio no local da lesão. Na
calcificação metastática, o cálcio acumula-se em tecidos normais por distúrbio metabólico do
íon, alterando a concentração de cálcio no corpo inteiro.
II – Aspectos macroscópicos.
Imagem 1.
Imagem2.
Prostatectomia aberta.
Diagnóstico de hiperplasia
nodular. Note a presença de
vários nódulos pardo-claros,
alguns apresentando pequenas
cavidades císticas. A causa
normalmente é por estímulo do
DHT sobre o FCF.
Imagem 3.
Imagem 4.
Hiperplasia nodular de
tireoide.
Imagem 5.
Imagem 7.
Colesterolose.
Imagem 8.
Esteatose hepática.
Imagem 9.
Antracose pulmonar.
Calcinose cútis.
Imagem 11.
Aterosclerose em aorta.
Imagem 1.
À esquerda, glândulas
endometriais normais. À direita, as
glândulas estão mais próximas e
mais dilatadas. O estroma é menos
abundante, mas não há atipias.
Imagem 2.
Esôfago de Barrett.
Nota-se tranformação do epitélio plano para epitélio glandular de tipo intestinal com células
calicifirmes.
Imagens 3.
Imagem 5.
Bócio.
Imagem de tireoide com hiperplasia nodular ou bócio multinodular. Nota-se aumento dos
folículos tireoidianos com grande quantidade de coloide no seu interior. Aumento mais bem
percebido quando comparado o folículo com o estroma.
Imagem 6.
Hiperplasia prostática.
Nota-se grande aumento das glândulas prostáticas,algumas contendo muco no seu interior
Imagem 7.
Esteatose hepática.
Imagem 8.
Colesterolose.
Nota-se a grande quantidade de macrófagos com vacúolos lipídicos em seu interior na mucosa
da vesícula biliar.
Imagem 9.
Imagem 10.
Placas amiloides.
Hemossiderose.
IV. Exercícios.
1) Caso clínico:
Paciente fem.,30 anos, relata aumento na região cervical anterior, percebida há 2 anos.
Ao exame físico, palpa-se aumento simétrico de volume na região cervical que se move
à deglutição, compatível com aumento da glândula tireoide. A textura da tireoide é
fibroelástica sem nódulos palpáveis nem dor. Função tireoidiana normal.
Responda qual o dignóstico e explique o mecanismo de desenvolvimento desta lesão.
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2) Caso clínico:
Paciente masc.,68 anos, com história de infecções do trato urinário. Relata que acorda
de 4-5x/noite com vontade de urinar, mas quando chega ao banheiro, apenas goteja e,
às vezes, não consegue chegar a tempo no banheiro. A biópsia demonstra hiperplasia.
Após cirurgia, o patologista examina o espécime de prostatecmia aberta e faz cortes
para confecção das lâminas.
Qual o diagnóstico?
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3) Caso clínico:
Mulher de 43 anos com sangramento uterino anormal que não cede com
medicamentos. Na ecografia, observa-se aumento da espessura endometrial (8mm). Foi
realizada biópsia endometrial que afastou neoplasia. Paciente submetida à
histerectomia.
Avalie a macroscopia e a microscopia e responda: qual o diagnóstico?
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4) Caso clínico:
Na endoscopia de um paciente com refluxo gastroesofágico vemos uma área
avermelhada e erosada. É realizada endoscopia e encaminhado o material para
processamento e diagnóstico na patologia.
Qual o diagnóstico microscópico e qual o mecanismo de desenvolvimento?
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6) O fígado abaixo está aumentado de volume e tem aspecto gorduroso. Essa situação
aparece em indivíduos obesos, com hepatite e até hepatocarcinoma. Qual o diagnóstico
e que tipo de acúmulo é este?
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7) Caso clínico:
No espécime de colecistectomia, observamos a mucosa vesicular e, após, os cortes
histológicos:
a) Descreva os achados macroscópicos:
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b) O que visualizamos na microscopia e como chamamos?
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c) Se encontrássemos esse achado no estômago chamaríamos de:
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11) O que você entende por metaplasia? Quais as principais causas? Cite exemplos.
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Estrutura: ______________________
Coloração: _____________________
Objetiva: ______________________
Legenda: ______________________
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