CTBMF Ii

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Tratamento de emergência no E - exposição

politrauma (ATLS) *prioridade absoluta é a prevenção de hipóxia

ATLS é uma rotina, sequência de passos para


Evidências clínicas:
garantir a vida do paciente. - taquipnéia
- estridor (puxando o ar)
Objetivo: - trauma facial e acima das clavículas
➯ Avaliar condições do paciente de forma
- cianose (lábios roxo)
rápida.
- tiragem intercostal (linhas nas costas
➯ Reanimar e estabilizar o paciente em
causada pela força de tentar respirar)
obediência às prioridades.
- vômito
Mortalidade dividida em: Imediata (morre
Causas que levam a morte:
antes do tratamento), precoce (morre logo - queda da língua
após receber os primeiros tratamentos) e - obstrução vias aéreas
tardia (chega na instituição mas não resiste). - bronco respiração
Hora de ouro: - pneumotórax hipertensivo (sangramento)
↳ 15 minutos = são decisórios (familiares).
- pneumotórax aberto
↳ 15-30min = equipe atende o paciente.
- hemotórax maciço (pulmão não movimenta)
↳ + 30 min = profissionais devem solucionar
- tórax flácido
o problema (reanimação, intubação…). Abertura das vias aéreas:
➯Etiologia das fraturas: atualmente as ➯ Subir o mento, tracionando a mandíbula
fraturas decorrentes por motocicletas são as para traz na região do ângulo para facilitar a
principais. passagem de ar (após colocar o colete
➯ Em crianças as fraturas são mais comuns cérvico-espinhal)
nos côndilos do que no corpo mandibular, ➯ Alternativas:
isso porque o corpo mandibular está repleto ↳ Intubação
de germes dentários que diminuem o Vias cirúrgicas:
impacto. ↳ Cricotireotomia (emergência)
➯ Estruturas alojadas no aparelho ↳ Via submandibular
respiratório (vias aéreas) é a principal causa ↳ Traqueostomia
de morte, a 2° causa é na via ventilatória ➯Indicações: trauma encefálico grave,
(pulmões). diminuição do nível de consciência, escore de
Glasgow igual ou menor a 8.
Exame primário do ATLS ↳ Edema de glote ou obstrução total
A - via aérea livre
↳ Trauma de face, fratura de laringe
B - ventilação adequada
↳ Grave hemorragia orofaríngea
C - circulação\hemorragia
D - estado neurológico
↳ Emergência: desobturação de vias aéreas, próprio hematoma tampona o sangramento,
ventilação, controle de hemorragia, muitas vezes quando o paciente vai para a
estabilidade do pescoço. cirurgia e os tecidos são manipulados, o
sangramento aumenta, pois esse tampão é
Exame secundário mexido.
- com o paciente estabilizado ➯ A ocorrência de vômitos em pacientes com
- entrevista (alergias, medicamentos, trauma facial é corriqueira, isso ocorre porque
vacinação…) o paciente deglute sangue, o que irrita a
- avaliar ferimentos e perda de líquor (ruptura parede gástrica, causando náuseas e vômito.
da dura máter, causa gotejamento nasal) -> Por isso, deve ser investigado se os vômitos
faz-se teste de glicose com o líquido, se for + são de causa central ou em razão da
é liquor. deglutição de sangue.
Histórico do paciente: ➯ A dor ocorre quando há movimentação
➯ A - Alergias
dos fragmentos da fratura, como por
➯ M - Medicamentos de uso habitual
exemplo na deglutição. Porém a dor se
➯ P -Passado médico
mistura a uma área de anestesia decorrente
➯ L - Se ingeriu líquidos e alimentos
da parestesia.
➯ A assimetria facial pode ocorrer pelo
Lesões Maxilo-faciais
volume de hematoma ou pela alteração e
➯ As mesmas podem estar associadas à
degrau nos segmentos ósseos.
obstrução das vias aéreas ou sangramentos
➯ É importante que as vias aéreas sejam
volumosos
mantidas permeáveis. No nariz podem haver
➯ Se há suspeita de fratura da base do
coágulos que dificultam a respiração, por isso
crânio, todas intubações e acessos serão via
é importante manter a via nasal umectada
oral
com soro, para soltar as crostas.
➯ É importante considerar que os pacientes
Abordagem das Vias Aéreas – Conclusões:
que têm fratura de base de crânio não podem
➯ Diagnóstico e tratamento rápidos
➯ Desobstruir protegendo a coluna cervical ter sondas nasais pois elas podem fazer uma
falsa via indo em direção a base de crânio.
➯ Oxigenar a 100% sempre
➯ Se a via aérea não é segura devemos ➯ Os pacientes que têm muito
volume/edema são mantidos sedados devido
entubar.
➯ De forma geral, o sangramento está a intubação, o paciente só será desentubado
quando houver regressão do edema da via
presente em traumas faciais e é decorrente
de 3 grandes artérias, artéria maxilar, artéria aérea.
➯ Infecção é uma situação que não ocorre
temporal superficial e artéria facial. Dessas 3,
a artéria com maior capacidade de auto- nas primeiras 24 – 48h. Normalmente
começam a aparecer sinais infecciosos a
hemostasia é a artéria facial. A existência de
hematoma facilita a hemostasia, pois o partir do 5o dia, causando aumento de
temperatura, tremores e frio microbiota ➯ Fósseis de homens primitivos mostram
mista aeróbia e anaeróbia, cocos e bacilos consolidação de fraturas em bom
gram positivos e gram negativos. alinhamento
➯ Retarda a cicatrização e tem origem ➯ Múmias do antigo egito foram encontradas
multifatorial com talas de bambu enroladas em linho em
➯ Causa complicações cicatriciais ossos longis fraturados
➯ As infecções são maiores em pacientes ➯ Papiro de smith = roubado de uma tumba
que têm dentes, pois fraturas em do antigo egito em 1862, escrito por Imhotep,
desdentados têm uma microbiota mais médico. Classificava os traumas conforme
restrita, diminuindo a taxa de infecção, já que autoria e prognóstico - foi a primeira menção
não tem o componente do sulco gengival a uma fratura de mandíbula.
para fazer a contaminação. ➯ Etruscos (600 a.C.) - uso de ouro e solda
➯ Higiene Bucal é muito importante pois a para unir dentes para fixação de fraturas.
intubação facilita aspiração da microbiota. ➯ Hipócrates (400 a.C.) = colocar uma
➯ Suporte nutricional também é muito bandagem em uma fratura de mandíbula
importante, e o paciente deve ingerir em causará melhora quando bem feita, porém
torno de 2500 kcal diárias, pela via grande dano quando mal feita. - refere-se a
convencional ou sonda. redução e imobilização.
➯ As condições de saúde pré-existentes irão ↳ Ainda descreve que deve-se ligar vários
interferir no pós operatório, doenças de base dentes nos lados da fratura com fio de outro
como a diabetes aumentam o risco de ou linho, o que favorece o tratamento desde
infecção secundária, por exemplo. que as extremidades estivessem unidas
corretamente.
—----------------------------------- ➯ Idade média - árabes - no séc X usa gesso
para imobilizações de fraturas e ferro em

Osteossínteses brasa para amputações.


Trauma (grego) = ferida
Odontossínteses
↳ Um ou mais acontecimentos que
➯ Método utilizado para estabilização de
produzem lesão ou dano, podendo ou não
fraturas faciais, e para tratamento de fraturas
levar a óbito.
dento alveolares que consiste na união dos
↳ Lesões de tecidos moles ou mole + ósseo
dentes com fio de aço.
Fratura é então: uma solução de continuidade
➯ Método capaz de promover uma fixação
óssea
interna rígida diretamente sobre os
Tratamento: redução ⇀ imobilização
fragmentos ósseos e que permitirá o uso
Para ter a cicatrização prévia correta é
ativo da função durante o processo de reparo
necessário fazer primeiro a redução.
e consolidação do tecido ósseo.
História:
Tipos de parafusos

↪Barra de eliche: se usada apenas em maxila


ou mandíbula se usa na horizontal (apenas
➯ Parafusos de emergência são um pouco
em uma arcada), se usada em ambas as
mais calibrosos.
arcadas deve ser fechada com anel de
borracha.
↪ Usado em ambiente hospitalar
Materiais utilizados:
➯Fios de aço
➯ Parafusos
➯ Placas e parafusos - absorvíveis e não
absorvíveis
—-----------------------------------
➯ Micro placas (1 mm, 1,2 mm, 1,5 mm e 1,7
mm)
➯ Mini placas (2 mm)
Tratamento de fraturas de mandíbula
➯ Placas de reconstrução (2,4 mm, 2,7 mm,
3mm e 4 mm) ↪ Difícil fraturar só a mandíbula pois o nível
de impacto deve ser muito grande, por isso

↪ Região orbitária = usa-se normalmente é comum encontrar fraturas

micro placas de 1mm → em outros lugares


↪ Crianças fraturam mais o côndilo (por
conta dos germes dentários) - impacto no

↪ Região terço médio da face mento (caem de queixo)

= mini placas de 2 mm →

Distribuição

↪ Grandes áreas = usa-se as anatômica

telas (perda de substâncias) → das fraturas


mandibulares

↪ Perda de estruturas = placas de


reconstrução
↪ Placas simples (sem ranhuras do parafuso) Ponto de clivagem = zonas de fragilidade

e placas bloqueada, com ranhuras (evita que conduzem a fratura (em pacientes edêntulos

o parafuso rode) é difícil localizar pois os dente nos dá pontos


de referência)
↪ forame mentoniano é uma zona de ➯ Necessita de 2 placas para estabilizar esse
fragilidade movimento (entre um mento e outro 2 placas,
↪ germe do 3° molar é uma zona de fraturas posteriores ao mentoniano 1 placa é
fragilidade suficiente)
Traço de fratura - pode separar (desfavorável)
ou unir (favorável) os fragmentos Fratura de Côndilo:
➯ Comum em quedas por hipotensão
Sec XXV a. C. ➯Fraturas em 1 côndilo pode-se optar por
↪ Primeiras escritas sobre fraturas de face tratamento conservador (mandíbula é
↪ Hipócrates - 460 a 375 a. C. = uso de couro deslocada para o lado da fratura)
e bandagem para estabilizar ➯ Fraturas em 2 côndilos paciente fica com
↪ Wiliam de Saliceto 1210-1228 = fixação mordida aberta → perde o apoio da base do
intermaxilar crânio que dá estabilidade.
↪ Dispositivos extra e intraorais → ligaduras Quando se faz interferência cirurgia em
(amarrias intra ósseas) crianças?
↪ O que dói é o movimento da fratura no ➯ 90% tem rotação medial por conta do
periósteo (que é inervado) músculo pterigóideo
➯ Isso faz com que em crianças há a abertura
Perfil do paciente com fratura mandibular e fechamento de boca → difícil ter
↪ A mandíbula e sua localização na face interferência de abertura mas sim de desvio
facilitam que ela seja uma área bastante ➯ Só irá ter interferência de abertura se o
acometida pelo trauma côndilo ficar lotado para frente → se faz
↪ Envolvimento de estruturas da face e áreas tratamento cirúrgico
do corpo ➯ O côndilo é o local de crescimento da face
↪ Estudos fragmentam a mandíbula em
várias partes para caracterizar as fraturas

Fraturas dependem de:


↪ Intensidade da força
↪ Direção da força e linha da fratura
↪ Agente traumatizante
↪ Local de fratura (inserções musculares)

Fraturas entre mentonianos:


➯ Fratura em bisel
➯ Movimento de torção - mesma que gera o
apinhamento
Distúrbios decorrentes do trauma
(etiologia):
➭ Absorção da energia oriunda de impactos
diretos sobre a região do côndilo
➭ Indiretamente de impactos sobre a região
de sínfise e/ou parassínfise mandibular
(paciente bate o mento)
➭ Divididas anatomicamente em
Exame clínico intracapsulares (fraturas altas) e
➯ dor e sangramento extracapsulares (foras da cápsula).
➯ Assimetrias, dor ao deglutir Diagnóstico:
—----------------------------------- ➭ História do trauma
➭ Edema e equimose na área da articulação

Tratamento cirúrgico da ATM ➭ Possível laceração ou contusão no mento


➭ Hemorragia conduto auditivo externo

Mandíbula: ➭ Sensibilidade a palpação da atm

➭ Único osso móvel da face ➭Contato prematuro dos dentes no lado

➭ Sustenta os elemento dentários envolvido

➭Inervação sensitiva pela aurículo temporal ➭ Mordida aberta anterior (fratura bilateral)

ramo do trigêmeo ➭ Desvio para o lado fraturado (unilateral)

➭ Faz parte de uma complexa articulação ➭ Dor na função

➭Devemos saber sobre a osteologia, ➭ Paciente não consegue ficar de boca

vascularização e inervação desta zona aberta quando o CD força, há fratura do


côndilo

Anatomia aplicada
➭ Incisão em: Pele → tecido celular Exames de imagem:

subcutâneo → fáscia temporal superficial ➭ Lateral oblíqua de mandíbula

(abaixo dela há N. AT, vasos temporais ➭ Towe

superficiais e nervo facial) → tecido areolar ➭ Panorâmica

(conj frouxo) → fáscia temporal profunda → ➭ Tomografia computadorizada

periósteo → cápsula articular, ATM e disco


articular) Tratamento
➭ Fechado: BMM (bloqueio

Posição anatômica maxilomandibular) por 7-14 dias + fisioterapia

normal: até o estabelecimento da função


mastigatória.
➭ Mobilização imediata: sem qualquer ➡ desvio da linha média ausente ou no
período de contenção. Teoria do espasmo máximo de 2 mm
muscular. Desaparecido o espasmo, o ➡ palpação da atm com boca aberta e
paciente volta para a sua oclusão normal. fechada sem dor e sem estalido
➭ Cirurgia aberta: acesso pré-auricular ou ➡ ausência de dor ao abrir a boca
submandibular, redução e fixação com ➡ ausência de dor ao alimentar-se
miniplacas, fio de aço ou parafuso lag screw.
Tratamento condilar em crianças
➡ Trauma é a principal causa de morte em
crianças
A fratura mandibular é a 2° mais comum, a 1°
é nasal.
➡ zona de crescimento mandibular é na área
do côndilo, por isso devemos atentar a
batidas no mento

➭ Quando mais baixa a fratura mais fácil de


acessar e tratar.
➯ Fraturas no côndilo podem gerar anquilose
pois sangra e gera processo de cicatrização
óssea.

➯ O côndilo é capaz de modificar a sua forma


e adaptar-se conforme as solicitações
funcionais.

➡ Disco ou placa epifisária = Cartilagem de


crescimento presente na epífise de ossos
longos em todo côndilo mandibular que
modula seu crescimento em comprimento →
está sempre neoformando osso (por isso não
se faz em crianças)
O que avaliar pós tratamento de fratura
mandibular? Artroplastia biconvexa
➡ abertura bucal > ou = 40 mm ↪ Propões a reconstrução da ATM por meio
da instalação de duas superfícies convexas de
polimetilmetacrilato autopolimerizável,
manipuladas durante o ato cirúrgico, em
contato entre si.

Distúrbios decorrentes da função


↪ Hábitos parafuncionais
↪ Edentados
➯ há uma séries de tratamentos não ➭ Deslocamento do disco articular: quando

cirúrgicos que devem ser considerados, esta anteriorizado (com redução) casos não

sempre evitando a cirurgia. cirúrgicos.

Artrocentese ➭ Sem redução - discopexia - casos

↪ Limitação dos movimentos mandibulares cirúrgicos

↪Deslocamento de disco com ou sem


redução
↪ Falha no tratamento conservador
↪ Adesões ou problemas inflamatórios
↪ Dor
↪ Ruído articular
↪ Sinovites e capsulites
↪ Outros desarranjos internos da articulação
➭ Exame de escolha sempre é a tomografia

16. expor o côndilo mandibular e achar o


disco articular (manipulando a mandíbula).
17. pinças o disco e soltar todas as aderências
com deslocador → tentar trazê-lo sobre o
côndilo)
18. Perfurar a cabeça do côndilo ou colocar
âncora e suturar o disco articular com
prolene 2 ou 3.
19. suturas
—-----------------------------------

Tratamento das fraturas do complexo


zigomático
3 ossos que constituem a órbita fratura fronto-zigomática.
1- osso zigomático ➭ Fronto orbitária - com bordas supra-
2- osso frontal orbitárias.
3- osso etmoidal ➭ Blow out - Restrita ao assoalho (olho cai)
Como se fosse uma pirâmide onde a base ocorre uma explosão, encarcerando o
está voltada para anterior músculo da órbita → causa enoftalmia
(afunda o olho - fratura da bola de tênis).
↳ Sinais: Equimose periorbitária, Equimose
subconjuntival, Assimetria facial,
Encarceramento muscular (trismo severo)
Enoftalmia, Enfisema, Sangramento nasal,
➭ Cavidades orbitárias → como se fosse uma Epistaxe unilateral (sugere que não há
pirâmide fratura) e Hematoma.
➭ Assoalho da cavidade orbitária (se ↳ Sintomas: diplopia, parestesia do nervo
relaciona com o seio maxilar) - lâmina infra orbitário, desnível de foco (paciente
delgada que qualquer tipo de pressão na perde a noção de profundidade).
órbita, a lâmina explode e o olho cai. ↳ Enfisema (presença de ar nos planos
teciduais) pode ocorrer quando há
envolvimento de seio maxilar, que é uma
cavidade contendo ar, causando
extravasamento de ar no plano tecidual,
resultando em pequenas bolhas e vesicular
na região de pálpebra inferior.
➭ Herniação -
➭ Muitas vezes sangra o nariz pois há o Quando será necessário tratamento
rompimento do seio maxilar cirúrgico?
Área de fragilidade da cavidade ➭ Quando há alterações funcionais,
➭ Forame infraorbitário encarceramento ósseo, desalinhamento
3 pontos para ter uma boa alinhamento interpupilar (perda do foco - falta de
tridimensional profundidade).
➡ Sutura frontozigomática
➡ Pilar zigomático (relação do zigoma + ➡ Temos que investigar a seguinte situação:
maxila) a diplopia mecânica (externa) está
➡ Sutura maxilar zigomático (assoalho da relacionada quando o indivíduo olha com os
órbita) dois olhos desarmados, e enxerga de forma
dupla. Mas existe a diplopia em que o olho
Tipos que não sofreu trauma fica coberto e mesmo
➭ Zigomático Orbitária - Acomete somente a assim o indivíduo tem diplopia, isso significa
que houve um dano ao nervo oftálmico e 1. Tratamento conservador - acompanhar o
nesses casos é necessária investigação paciente e indicar cirurgia apenas quando não
neurológica e oftalmológica. ocorre regressão dos sintomas.
⇒ Se paciente estiver, por exemplo, com
Exame clínico avaliação dos sinais e sintomas parestesia mas todas as outras funções
Exames por Imagem radiografia e sendo exercidas corretamente, não há
tomografias computadorizadas necessidade de fazer cirurgia
➭ Incidência de Waters
➭ PA de Face 2. Tratamento Cirúrgico em todos os casos
➭ Tomografia computadorizada: plano axial, 3. Tratamento cirúrgico baseado na presença
coronal e reconstrução 3D. a TC está ou não de sintomatologia
indicada quando as radiografias não
apresentam resultados conclusivos. Elas são
muito importantes pois dão uma ideia do Objetivos do Tratamento cirúrgico
número de fragmentos e localização. 1. Reconstituir o volume orbitário
Também é possível visualizar as estruturas 2. Liberar os tecidos encarcerados por meio
anatômicas. de uma pequena intervenção precoce
➭ A decisão pela realização da cirurgia será 3. Reconstituir tecidos moles e restabelecer a
tomada com a redução do edema e do anatomia multifuncional
hematoma.
➭ Por ser uma região anatômica que incha Tratamento Cirúrgico
rapidamente há uma rápida formação de 1. Reconstrução da borda infra-orbitária (para
edema, um fator que dificulta o diagnóstico proteção do globo ocular)
pois ele dá movimento à região. No momento 2. Dissecção subcutânea
em que há regressão desse edema, 3. Incisão periostal
conseguiremos ver as sequelas de forma 4. Encarceramento muscular
mais fidedigna. 5. Borda infra-orbitária visualização da linha
➭ Assim, é muito importante aguardar a de fratura e fixação de mini implantes
regressão do edema pois ele dificulta o 6. Reconstrução do assoalho infra-orbitário.
diagnóstico e dificulta a própria cirurgia já
que pode ter deslocamento das incisões, o ⇒ O zigoma é visto com 3 pontos de fixação:
que será visto apenas depois da regressão do fronto-zigomática, infra-orbitária e pilar-
edema. ziomática. Quando há 2 desses pontos
posicionadas, é possível pressupor que os 3
Tratamento pontos estão posicionados.
O ideal para a realização de cirurgia é até 14
dias do acidente. —-----------------------------------
Modalidades
Fraturas do tipo Le Fort manual é extremamente importante pois
permite a percepção de degraus, crepitação e
➭ Nas fraturas de mandíbula, muitas vezes, movimentação. Por isso, é fundamental
os fragmentos ósseos sofrem ação muscular examinar o paciente clinicamente, palpando
e, outras vezes, a musculatura comprime o os malares e movimentando a maxila, essa
fragmento ósseo. Assim, a diferença básica manipulação gera a crepitação.
das fraturas da mandíbula e maxila é que na ➭ Deve-se fazer a redução e imobilização,
maxila não há musculatura. usando como guia de redução a oclusão. A
➭ No que isso implica? O deslocamento do imobilização pode ser feita com duas
fragmento na maxila é determinado pela miniplacas no palato e, provavelmente, ainda
intensidade e direção da força aplicada, além será necessário fazer a fixação intermaxilar. A
do peso do fragmento. FIM fornece estabilidade para que haja
➭ A parte mais resistente do osso é sempre a correta consolidação da fratura.
região da sutura, por ser a região de união. A ➭ É ideal que, qualquer fratura de Le Fort II
maxila é muito frágil em relação ao crânio, seja tratada por fixação interna de redução
pois o crânio protege uma parte nobre do aberta. O número de abordagens depende da
nosso corpo que é o cérebro; já a principal extensão, do grau de fragmentação e
função do esqueleto facial é amortecer estabilidade após a redução.
traumas. ➭ A causa mais frequente de hemorragia em
➭ O tratamento das fraturas consiste em fraturas Le Fort nível I é o septo fraturado.
REDUÇÃO E IMOBILIZAÇÃO → se usa a Esse sangramento pode ser tratado
oclusão para por em posição! colocando-se compressas nasais de diversos
materiais, incluindo gaze.

⇒ Le Fort I - passam pelas paredes lateral


do seio, lateral nasal e pelo terço inferior do
septo, e se separam nas placas pterigóideas.
Assim, todo o segmento mobilizado consiste
em uma base alveolar maxilar, do osso
palatino, do terço inferior do septo nasal e do
⇒ Le Fort II - englobam a maioria dos ossos
terço inferior das placas pterigóideas. Os dois
nasais, dos ossos da maxila, ossos palatinos,
terços superiores desses ossos permanecem
os dois terços inferiores do septo nasal, a
associados à face. → altura da espinha nasal
região dentoalveolar e as placas pterigóideas.
➭ TRATAMENTO
Tem formato piramidal. A fratura se estende
➭ No tratamento do trauma, o exame
da parte inferior da sutura nasofrontal,
radiográfico é muito importante, mas o
passando pelos ossos nasais da maxila, até a
exame
sutura zigomaticomaxilar e inclui o terço
médio inferior da órbita. A fratura continua,
então, ao longo da sutura zigomaticomaxilar → força suficiente para separar a face do
e pelas placas pterigóideas. O septo também crânio
é separado superiormente. Os segmentos ➭ TRATAMENTO
podem estar intactos abaixo dessa linha de ➭ Colocar o paciente em oclusão, imobilizar e
fratura, mas quase sempre estão cominuídos restabelecer a anatomia.
→ Na altura da sutura nasofrontal ➭ De modo geral, para fraturas de Le Fort III,
➭ TRATAMENTO (tardio) a fixação da placa é aplicada às fraturas no
➭ Usa-se um instrumento chamado Fórceps arco zigomático, nos processos fronto
de Rowe, com um mordente apoiado na fossa zigomática e fronto nasal.
nasal e outro mordente curvo apoiado no
palato, assim é feita a refratura
bilateralmente.
➭ Faz-se a imobilização de acordo com
normas cirúrgicas específicas, colocando o
paciente em oclusão.

⇒ Le Fort III - afetam os ossos nasais, os


zigomas, a maxila, os ossos palatinos e as
placas pterigóideas. Essas fraturas
essencialmente separam a face ao longo da
base do crânio. A linha de fratura se estende
da sutura nasofrontal ao longo da parede
medial da órbita pela fissura orbital superior.
Ela se estende ao longo da fissura orbital
Questão prova:
inferior e da parede lateral da órbita para a
sutura frontozigomática. A sutura
temporozigomática também está separada. A
fratura se estende ao longo do osso
esfenóide, separando as placas pterigóideas.
O septo se separa no nível da placa
cribriforme do etmóide. O perfil do paciente
fica côncavo.
➭ Quanto a musculatura, os ossos próprios
do nariz não possuem nenhuma inserção
muscular, temos apenas a musculatura da
mímica facial. Por isso, não há forças
musculares agindo e a fratura nasal depende
da DIREÇÃO e da INTENSIDADE da força.
Qualquer força que exceda a dos tecidos
ósseos fará a fratura.
—-----------------------------------
Quanto ao Diagnóstico Clínico:
1. Histórico do acidente
2. Exame clínico e palpação

Fraturas de Nariz

➭ Um traço de fratura da face se propaga de


um osso ao outro devido à grande fragilidade
dos ossos da face.
Quanto a anatomia:
Há os 2 ossos maxilares; ⇒ A história de trauma envolvendo a região
➭ Apófise frontal da maxila - que se estende do nariz é fundamental no estabelecimento
ao osso frontal e tem intimidade com os 2 do diagnóstico. A direção do impacto e a sua
ossos próprios do nariz, que são muito intensidade devem ser questionadas e
frágeis. ajudam a entender a localização das fraturas.
➭ Na pirâmide nasal, os dois terços do nariz A presença de epistaxe (sangramento nasal),
são de cartilagem, apenas o terço posterior é de intensidade variável, costuma ser comum.
ósseo. A presença de dor local e obstrução nasal
Fazem parte da pirâmide nasal: também são sintomas frequentes. É
➭ Apófise frontal da maxila importante avaliar uma foto antiga do
➭ Os ossos próprios do nariz paciente para detectar desvios e
deformidades existentes antes do trauma.
➭ Os bordos do osso nasal são mais ⇒ O exame físico do paciente pode
espessos, pois é uma zona de sutura. evidenciar sinais externos indicativos de
➭ Na projeção lateral do nariz podemos ver a fratura nasal, sendo o mais característico o
fratura dos ossos próprios. desvio do nariz. Outros sinais envolvem a
presença de edema (inchaço) local,
equimoses, feridas e lacerações, selamento 4. Cominutiva dos ossos proprios do nariz
(achatamento) do nariz e o telecanto (resulta em vários fragmentos) com
traumático (aumento da distância entre os deslizamento lateral
cantos mediais dos olhos). 5. Cominutiva dos ossos proprios do nariz ou
⇒ A palpação da pirâmide nasal pode da apófise frontal da maxila
identificar degraus ósseos, com áreas de
crepitação e pontos dolorosos. É preciso TRATAMENTO - Redução e imobilização
ainda 1. Redução – devem ser puxados os ossos em
investigar a cavidade nasal, para identificação posição e criado um sistema de imobilização.
de possíveis obstruções nasais, fraturas ou ➯ Coloca-se um instrumento dentro do nariz,
desvios do septo, hematomas septais, levantando os ossos próprios do nariz e
lacerações da mucosa nasal e sangramentos restaurando a anatomia.
ativos.
Clinicamente: 2. Imobilização – preencher a fossa nasal para
⤷Epistaxe (sangramento)/hemorragia sustentação e colocar uma armação metálica
⤷Edema no local maleável para imobilizar o seio.
⤷Pode ter hematoma ➯ Por ser um osso fino, o esquema de
⤷Dilacerações na pele imobilização varia de 10 a 14 dias, durante
⤷Edema na pálpebra esse período o paciente deve respirar pela
⤷Equimose interorbitária boca.
⤷Obstrução nasal ➯ Além disso dever ser colocada vaselina
⤷Enfisema subcutâneo para impedir que a mucosa da fossa nasal
⤷Mobilidade dos fragmentos com crepitação resseque, o que pode ser feito com uma gaze.
(à palpação)
3. O tratamento vai ficando mais crítico de
➯ O tipo e a localização das fraturas de nariz acordo com a fratura. Muitas vezes é
estão relacionados com o local do impacto, necessário refraturar para reduzir e imobilizar,
com a idade do paciente e com a direção e a por ser um tratamento tardio.
intensidade da força envolvida no trauma.
Dependendo desses fatores podemos ter ⇒ O tratamento pode ser realizado de forma
fratura: precoce, imediatamente após o trauma, antes
1. Apenas 1 dos ossos proprios do nariz com que se instale o edema local. Em geral,
deslizamento inferior realizamos o tratamento tardio, após 3 dias
2. Corte transversal com fratura dos 2 ossos do trauma, dentro de um prazo de até duas
próprios do nariz semanas. Com isso, esperamos que o edema
3. Fratura anterior (de soco) local seda, podendo visualizar melhor os
fragmentos ósseos. Após duas semanas, já se
inicia a consolidação (cicatrização) das
fraturas e o tratamento passa a ser o de uma masseteres e temporais no fragmento
sequela. ⇒ Em crianças, o tempo de proximal quando incidindo no plano
consolidação é mais rápido e o tratamento horizontal. Uma linha de fratura verticalmente
deve ser realizado dentro dos primeiros sete favorável resiste à tração medial do músculo
dias após o trauma. pterigóideo medial.
⇒ Após a redução das fraturas, realiza-se o ➯ É quando, por meio dos músculos, direção,
tamponamento das cavidades nasais para local da fratura, a linha de fratura se uni
promover um suporte interno para os (favorável) ou se separa (desfavorável).
fragmentos ósseos que foram
reposicionados. ⇒ Além disso, utiliza-se um Osteossíntese é a fixação interna rígida dos
curativo externo com gesso ou material segmentos ósseos e pode ser feito com mini
similar, para a imobilização externa da região placas. Justifique a afirmação e explique as
nasal. vantagens dela em relação ao uso de fio de
⇒ A redução aberta, dita cruenta, é reservada aço.
para as fraturas cominutivas (em diminutos ➯
fragmentos) e em alguns casos selecionados
de deformidade septal. O que define o deslocamento de fratura.
➯ O deslocamento do fragmento na maxila é
determinado pela intensidade e direção da
Questões: força aplicada, além do peso do fragmento. Já
Depois do ATLS, o CTBMF é chamado para na mandíbula existem as forças da
avaliar o paciente politraumatizado. O que ele musculatura que efetuam grande influência
deve fazer? em seu deslocamento.
➯ Com o paciente estabilizado, deve-se fazer
exames secundários. Como entrevistas Exames radiográficos.
(alergias, medicamentos, vacinação…), avaliar
ferimentos e perda de líquor (ruptura da dura Quais são as áreas de disfunção do zigoma e
máter, causa gotejamento nasal) -> faz-se explique como podemos acessar.
teste de glicose com o líquido, se for + é ➯
liquor. Verificar histórico do paciente como
alergias, medicamentos, passado médico e se
ingeriu líquidos (AMPL).

O que é deslocamento favorável à fratura.


Justifique seus componentes.
➯ Uma linha de fratura horizontal favorável
resiste às forças de deslocamento
ascendentes, como a tração dos músculos

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