Aquisição e Desenvolvimento Da Fala e Da Linguagem
Aquisição e Desenvolvimento Da Fala e Da Linguagem
Aquisição e Desenvolvimento Da Fala e Da Linguagem
SUMÁRIO
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 46
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1 DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
Fonte: www.paramim.com.pt
Fonte: www.image.slidesharecdn.com
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Fonte: www.image.slidesharecdn.com
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Fonte: www.4.bp.blogspot.com
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Fonte: www.centropsicopedagogicoapoio.com.br
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Fonte: www.image.slidesharecdn.com
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Fonte: www.image.slidesharecdn.com
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Fonte: www.1.bp.blogspot.com
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Fonte: www.i.ytimg.com
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Fonte: www.4.bp.blogspot.com
Sabe-se, por exemplo, que crianças pequenas, com idade inferior a 5 anos e
atraso na aquisição da linguagem irão apresentar importantes e persistentes
anormalidades neuropsicológicas quando avaliadas com a idade de 9 anos, entre elas
a dislexia.
A linguagem, em termos amplos, relaciona-se com o vasto sistema de
comunicação através de códigos simbólicos utilizados para expressão de ideias,
significados e emoções constituídos por palavras, gestos, música, elementos auditivos
e visuais diversos.
O processo de aquisição da linguagem verbal envolve o desenvolvimento
de quatro sistemas interdependentes:
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O sistema fonológico e gramatical confere à linguagem a sua forma. O sistema
pragmático descreve o modo como a linguagem deve ser adaptada a situações sociais
específicas, transmitindo emoções e enfatizando significados.
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Fonte: www.image.slidesharecdn.com
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Fonte: www.scielo.br
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Durante as 6 semanas e os 3 meses de vida, os bebês começam a produzir
sons quando estão contentes emitindo murmúrios e sons vocálicos.
Dos 3 aos 6 meses, os bebês começam a brincar com os sons da fala e tentam
ajustá-los de acordo com as pessoas que encontram à sua volta.
Entre os 6 e os 10 meses, a criança começa a repetir sequências de
consoantes-vogais como “ma-ma, da-da, pa-pa”. Sendo que está fala não é uma
verdadeira linguagem, na medida em que não comporta significado.
O desenvolvimento da linguagem prossegue com a imitação acidental dos sons
da fala que as crianças ouvem e depois reproduzem. Com cerca de 9 a 10 meses de
vida, os lactentes imitam deliberadamente sons sem os compreenderem. Acredita-se
que lactentes começam a reconhecer os sons da fala ainda no útero. São capazes de
distinguir sons da fala da língua materna. Estudos com potenciais evocados mostram
que recém-nascidos têm lateralização hemisférica para a linguagem e familiaridade
para fonemas comuns na língua materna.
Fonte: www.manuelafischer.com.br
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Aparentemente, ao prepararem-se para compreender o discurso, começam por se
familiarizar primeiro com os sons das palavras e, mais tarde, associam-lhes
significados.
Fonte: www.turmadatiamari.com.br
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Fonte: www.f.i.uol.com.br
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Por volta dos 3 anos, o discurso é fluente, mais extenso e complexo, apesar
das crianças, muitas vezes, omitirem partes do discurso, conseguem manter o seu
significado.
Fonte: www.image.slidesharecdn.com
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Fonte: www.3.bp.blogspot.com
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Fonte: www.image.slidesharecdn.com
A linguagem e fala não são sinônimas, tanto que muito antes do bebê emitir
suas primeiras palavras, já é capaz de utilizar-se de codificação para inter-relacionar-
se com o meio e seus semelhantes. Ainda assim, acreditamos que o desenvolvimento
da linguagem e da fala não precisam ser considerados separadamente, pois um tem
muita relação com o outro.
Por volta dos 2 anos a maioria das crianças já tem um número de vocábulos
que lhes permite expressar-se verbalmente com facilidade. Algumas nessa idade, e
até um pouco antes, já utilizam frases simples, com verbos, adjetivos e preposições,
relatam fatos e criam seus próprios vocábulos.
Contudo, além das diferenças individuais, que devem ser respeitadas,
precisamos estar atentos à fatores determinantes na aquisição, e que quando
alterados, podem interferir no desenvolvimento normal da linguagem. Esses fatores
podem ser subdivididos em biológicos, psicológicos e sociais.
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2.2 O que é esperado para cada etapa do desenvolvimento de linguagem?
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- Gosta de música.
- Compreende verbos que representam ações concretas (dá,
acabou, quer).
- Identifica objetos familiares através de nomeação.
- Identifica parte do corpo em si mesma.
- Utiliza-se de palavra-frase (usa uma palavra que corresponde a um
enunciado completo).
- Repete palavras familiares.
- Tenta contar.
- Surgimento de frases de dois elementos.
- Localiza fonte sonora em todas as direções.
- Presta atenção e compreende estórias.
18 a 24 - Identifica parte do corpo no outro.
- Inicia o uso de frases simples.
- Usa gesto representante.
- Usa o próprio nome.
- Iniciam-se sequências de três elementos, por ex.: "nenê come pão"
(fala telegráfica.
- Aponta gravura de objeto familiar descrito por seu uso.
- Identifica objetos familiares pelo nome e uso.
- Aponta cores primárias quando nomeadas (vermelho, azul,
amarelo...)
2a3
- Compreende o "Onde ? " "Como?"
anos
- Pergunta o que?
- Nomeia ações representadas por figuras.
- Refere-se a si mesmo na 3ª pessoa.
- Combina objetos semelhantes.
- Constitui frase gramatical simples (com verbos, preposições,
adjetivos e advérbio de lugar).
Fonte: www.alienado.net
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O desenvolvimento lexical é condição fundamental no processo de
desenvolvimento e aquisição de novos saberes, cabendo à escola, a partir dos 6 anos,
a responsabilidade de potenciar o alargamento do capital lexical das crianças e
promover o desenvolvimento progressivo da sua consciência lexical.
O conhecimento lexical faz parte do conjunto de conhecimentos que todos os
falantes possuem acerca da sua língua materna. Na medida em que a capacidade de
linguagem supõe, entre outros saberes gramaticais, o domínio do léxico da língua,
pode dizer-se que qualquer falante, escolarizado ou não, possui este conhecimento.
Cada comunidade linguística consome, transforma e cria palavras, pelo que o
léxico de cada língua, longe de constituir um fundo estático, pode antes ser concebido
como uma base de dados em atualização permanente, como refere Duarte.
Nesta ordem de ideias, integram o conhecimento lexical quer o conjunto de
palavras que cada sujeito conhece e às quais atribui significado quer as palavras que
virtualmente podem vir a fazer parte da língua. Entende-se, assim, que o
conhecimento lexical seja parcialmente diferente de falante para falante, dado que o
conhecimento das palavras e a sua utilização são fortemente influenciados pelo
contexto vivencial dos falantes.
Nesta perspetiva, torna-se clara a distinção entre léxico e vocabulário. O léxico
é composto pelo conjunto de todas as palavras possíveis de uma determinada língua,
enquanto o vocabulário é o conjunto de palavras usadas num determinado contexto e
numa determinada situação.
É neste sentido que se pode afirmar que, o conhecimento e utilização de um
determinado vocabulário é imagem de marca do meio social a que se pertence, daí
que em termos de desenvolvimento da linguagem seja um dos domínios mais
afetados pelo ambiente sociocultural em que se cresce.
O conhecimento lexical que cada sujeito detém depende de um conjunto de
fatores, nomeadamente: do meio socioeconómico de origem, do nível de
escolarização, do meio em que se insere, da atividade profissional que desempenha,
dos seus gostos e preferências, da idade e do sexo. São inúmeros os fatores que,
articulados entre si, determinam a amplitude e diversidade do conhecimento lexical
dos falantes de uma mesma língua.
A consciência fonológica pode ser entendida como um conjunto de habilidades
que vão desde a simples percepção global do tamanho da palavra e de semelhanças
fonológicas entre as palavras até a segmentação e manipulação de sílabas e
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fonemas. Fazendo parte do processamento fonológico, que se refere às operações
mentais de processamento de informação baseadas na estrutura fonológica da
linguagem oral. Assim, a consciência fonológica refere-se tanto à consciência de que
a fala pode ser segmentada quanto à habilidade de manipular tais segmentos, e se
desenvolve gradualmente à medida que a criança vai tomando consciência do sistema
sonoro da língua, ou seja, de palavras, sílabas e fonemas como unidades
identificáveis.
Fonte: www.2.bp.blogspot.com
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converter esses sons em escrita e vice-versa, devem ser realizadas de modo a tornar
explícito à criança estas correspondências.
A rota fonológica, que se desenvolve com a estratégia alfabética, é essencial
para a leitura e a escrita competentes, pois faz uso de um sistema gerativo que
converte a ortografia em fonologia e vice-versa, o que permite à criança ler e escrever
qualquer palavra nova, apesar de cometer erros em palavras irregulares.
As características das ortografias alfabéticas, permite a autoaprendizagem pela
criança, pois ao encontrar um novo item a criança poderá fazer leitura/escrita por
codificação fonológica. Esse processo contribuirá para a criação de uma
representação ortográfica do item que posteriormente poderá ser lido pela rota lexical.
A consciência fonêmica pode também ser trabalhada com a síntese de fonemas
em jogos nos quais o aplicador deve apresentar palavras em que cada fonema é
representado por uma forma geométrica.
Adicionam-se, então, formas geométricas no início, fim e meio dos itens para
formar diferentes palavras. O aplicador deverá apresentar os cartões para as crianças
e informar que cada um dos cartões irá representar um fonema distinto. Essa atividade
possui como principal objetivo mostrar que, pela modificação na arrumação dos
fonemas nas palavras pode-se formar outras palavras distintas.
Fonte: www.santiagopaes.files.wordpress.com
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Devemos reconhecer que a linguagem não é simplesmente um meio de
comunicação, mas sim, um sistema de representação, um meio de manipular a
informação que recebemos ao longo da vida. Ou seja, antes de falar temos de ter algo
para dizer e todos os seres vivos têm uma representação do mundo que os rodeia
adequada à sua função. No entanto a parte mais importante da linguagem é a sintaxe,
porque nos distingue dos animais.
A linguagem é articulação lógica de sons, palavras, regras gramaticais e
significados e é um dos pontos mais complicados dos seres humanos dominarem no
seu início de vida. Assim sendo demora cerca de 6 anos a adquirir, sendo a
capacidade metalinguística o fim do processo de aquisição da linguagem. A partir
deste ponto a criança apenas aperfeiçoa as suas estruturas linguísticas.
As estruturas sintáticas desempenham uma função importante na memória,
pois as palavras recordam-se melhor numa estrutura do que em forma de lista. A partir
dos 18 meses aparecem os enunciados de duas ou mais palavras e estas são ligações
faladas mais longas. É nesta fase que as crianças começam a aproximar duas
unidades que se apresentam sob a forma de unidades de duas sílabas: CVCV+CVCV
e até mesmo de combinações menos frequentes VCV+ CVCV. Estas unidades
dissilábicas são geralmente simplificações das palavras mais utilizadas como popó e
papá. A tendência infantil de redobrar as sílabas explica a frequência das produções
tipo dodo, dada, gugu, etc.
Fonte: www.2.bp.blogspot.com
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Esta é a técnica sintática mais utilizada pelas crianças (sucessão), no em tanto
este tipo de enunciado não permite identificar e traduzir com certeza o seu significado
pois pode significar por exemplo: mama pota – mãe fecha a porta, mãe bateram à
porta. Para as crianças estes enunciados são iguais pois partem de uma simples
justaposição.
Uma característica da sintaxe precoce é o número de simplificações que
caracterizam as produções da criança em relação à linguagem que ela ouve. Estas
simplificações não afetam unicamente a sintaxe, mas todos os níveis estruturais das
produções. As modificações formais são de tal modo gerais e constantes que os
primeiros enunciados não têm quase nada a ver com o que diria um adulto nas
mesmas circunstâncias.
Até recentemente, as propostas curriculares da educação infantil e das
primeiras séries foram pensadas e propostas de forma independente.
Fonte: www.amaieski.files.wordpress.com
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Sabemos que os primeiros anos de vida são muito importantes do ponto de
vista da aprendizagem e da socialização das crianças pequenas. O desenvolvimento
da linguagem oral, o amadurecimento motor amplo e fino, as interações entre pares e
entre crianças e adultos, a noção de identidade, o reconhecimento do próprio corpo,
o conhecimento do mundo, a descoberta das múltiplas formas de brincar são alguns
entre muitos aspectos dessa etapa rica em possibilidades que as crianças vivem em
seus primeiros anos.
À medida que se aproxima dos seis anos de idade, a enorme curiosidade e
vontade de aprender da criança comporta uma programação mais dirigida às diversas
áreas do conhecimento, sem que isso signifique uma escolarização precoce nos
moldes tradicionais.
Fonte: www.i.ytimg.com
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Nesse processo, a criança pré-escolar aprende a ser aluno e a ser cidadã, não
há motivos para que sua passagem para a primeira série signifique um rompimento
brusco de um processo vivido intensamente por ela nos anos em que frequentou a
Educação Infantil.
Seria desejável que essa transição ocorresse de forma a ampliar as
possibilidades de aprendizagem das crianças, incorporando novas metas, sem que
para isso seja preciso desconsiderar formas de trabalho pedagógico apropriadas para
cada faixa etária.
Uma criança de cinco, seis, sete anos de idade é a mesma, seja em uma etapa
educacional, seja em outra. Os conteúdos e métodos de ensino devem estar ajustados
às suas características e potencialidades, seja em que escola ela estiver sendo
educada. Quanto mais harmoniosa for essa passagem, mais condições as crianças
terão de manter seu interesse em aprender.
Fonte:www.3.bp.blogspot.com
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claramente que acabou o direito à brincadeira, que a obrigação leva a melhor sobre a
motivação, que a aprendizagem é imposta e não construída, que todos devem seguir
no mesmo ritmo, independentemente de suas diferenças individuais, culturais ou de
nível de conhecimento.
Por sua vez, as instituições de Educação Infantil não gostam de preparar suas
crianças para o Ensino Fundamental. Esse futuro é muitas vezes tratado como um
castigo, como um destino não desejado, levando os educadores a uma atitude de
punição, com base em uma concepção pedagógica idealizada como algo totalmente
à parte do restante da educação básica.
Fonte: www.s-media-cache-ak0.pinimg.com
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4 DISTÚRBIOS NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ORAL E
ESCRITA DA CRIANÇA
Fonte: www.enscer.com.br
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significar o aprofundamento da diferença social entre os indivíduos e mesmo uma
usurpação de direitos.
Fonte: www.image.slidesharecdn.com
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de um domínio pleno da leitura e da escrita por parte dos alunos é um problema que
preocupa políticos, educadores, enfim a sociedade em geral.
Fonte: www.radardaprimeirainfancia.org.br
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Os transtornos de aprendizagem, em contrapartida, podem ser entendidos
como uma disfunção neurológica ou hereditária, responsável pela alteração do
processamento cognitivo e da linguagem.
Pode-se manifestar por meio de dificuldades no processo de decodificação ou
identificação de palavras, como a leitura, compreensão de leitura, raciocínio
matemático, atividades de soletração, escrita de palavras e textos.
No Brasil, a Política Nacional de Educação Especial, na Perspectiva da
Educação Inclusiva, estabeleceu critérios para a participação dos alunos da educação
especial, nas classes da rede de ensino regular.
No entanto, as crianças com transtornos de aprendizagem não foram
contempladas nesta nova política.
Com a finalidade de iniciar cada vez mais precocemente a identificação destes
transtornos de aprendizagem, estudos apontam para a necessidade de se realizar a
identificação e intervenção precoce nos escolares em fase inicial de alfabetização
para que os fatores preditivos para o bom desempenho em leitura, como a consciência
fonológica e a nomeação seriada rápida, possam vir a ser trabalhadas nos escolares
que apresentam desempenho abaixo do esperado em relação ao seu grupo.
Fonte: www.4.bp.blogspot.com
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Nos transtornos de aprendizagem, nota-se que há uma tendência bastante
prevalente entre os educadores, de encaminhar, desnecessariamente, toda e
qualquer criança com alguma dificuldade para serviços extraescolares.
Consequentemente, como reflexo de tal situação, o Sistema Único de Saúde
(SUS) está completamente sobrecarregado com filas de espera em todos os serviços
especializados que prestam atendimento a crianças e adolescentes, sendo que, com
diagnóstico adequado, poderiam estar recebendo apoio pedagógico na própria escola.
Somente os casos mais graves necessitam de acompanhamento especializado
na Saúde. Assim, acredita-se que os gastos desnecessários com procedimentos
avançados, demorados e caros, em hospitais e clínica-escolas poderiam ser evitados
com um programa de prevenção e identificação precoce no próprio ambiente
educacional.
Estudos atuais mostram a possibilidade de implementar programas de
identificação precoce de crianças em situação de risco para os transtornos de
aprendizagem.
Fonte: www.malucasporpedagogia.files.wordpress.com
Programas desta natureza necessitam ser realizados no Brasil, uma vez que
quanto mais cedo forem reconhecidos os transtornos de aprendizagem, menores
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serão os prejuízos no processo ensino-aprendizagem a serem compensados tanto
pela criança, quanto pela escola.
Quando eles são identificados e tratados precocemente, a criança consegue
suprir suas dificuldades e prosseguir no processo de alfabetização.
Além disso, estes programas possibilitarão ao profissional fonoaudiólogo
apropriar-se das habilidades envolvidas e das dificuldades apresentadas pelas
crianças no processo de diagnóstico, podendo reunir recursos para orientar a equipe
pedagógica para uma intervenção mais adequada em cada caso.
Analisar a fase de desenvolvimento da escrita e correlacionar com a
consciência fonológica e nomeação seriada rápida de crianças da Educação Infantile
do 1º ano do Ensino Fundamental I.
Fonte: www.malucasporpedagogia.files.wordpress.com
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A aquisição da escrita parece ser uma tarefa simples, uma vez dominada a
sequência de letras, seu traçado e nomeação, bastaria apenas o conhecimento do
som que corresponde a cada uma destas letras, depois, combinando-as, pudessem
ser formadas palavras e frases.
O funcionamento desse sistema exige que os aprendizes associem um
componente auditivo fonêmico a um componente visual gráfico.
Esta concepção reduz a escrita a um mero código de transcrição gráfica, não
resiste, no entanto, a um exame mais detalhado, do ponto de vista psicológico, do
processo de sua aquisição por parte do aprendiz. Neste sentido, a língua escrita é
mais do que um mero código de transcrição gráfica, é um sistema de representação,
e como todo sistema de representação requer do aprendiz não apenas o domínio dos
aspectos pragmáticos, mas também o conhecimento das convenções próprias ao
sistema.
Fonte:www.slideplayer.com.br
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Sendo a linguagem escrita um sistema simbólico, a sua apropriação vai
requerer que o aprendiz reconstrua as relações entre representações fonológicas e
as representações ortográficas.
Esta é uma tarefa complexa, tanto por sua natureza social, quanto pelas
características dos fonemas e letras. A detecção de um fonema não depende apenas
da boa acuidade auditiva, envolve construções mentais, sendo sua apropriação por
parte do aprendiz produto de uma elaboração cognitiva intensa e gradual.
No desenvolvimento da linguagem escrita, a criança passa a diferenciar o
desenho da forma escrita usual, buscando conhecer o desenvolvimento do conceito
relativo à escrita.
Fonte: www.image.slidesharecdn.com
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Neste sentido, Marchesan e Zorzi afirmam que ‘’a aprendizagem da escrita
pode ter início na vida da criança muito antes de que qualquer tentativa formal de
ensino seja proposta’’.
Nos estudos sobre a aquisição da linguagem escrita existem diferentes
modelos teóricos que descrevem esse processo. Lacerda por exemplo, considera que
a habilidade de falar bem é um fator importante para o bom desenvolvimento da
criança durante o aprendizado da linguagem escrita.
Fonte: www.image.slidesharecdn.com
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Para que seja possível intervir de forma satisfatória nos problemas que surgem
no aprendizado da linguagem escrita torna-se necessário compreender os processos
de aquisição da mesma, o conhecimento do processo normal é um alicerce firme no
qual o bom profissional pode apoiar-se ao deparar-se com algo alterado.
Diziam que compreender a natureza dos processos de aquisição de
conhecimento sobre a língua escrita, se faz necessário para que seja possível
contribuir na solução dos problemas de aprendizagem, ‘’evitando que o sistema
escolar continue produzindo futuros analfabetos’’.
Fonte: www.oglobo.globo.com
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Um modelo é o comportamentalista e o inatista em suas concepções sobre
aprendizagem. Para o modelo comportamentalista (behaviorista) a criança é um ser
vazio que se preenche a partir da somatória de respostas aos estímulos a que está
sujeita. Existe nesse caso uma relação entre estímulos e resposta. Já os teóricos
inatistas buscam elucidar estruturas potenciais de desenvolvimento que são
desencadeadas ao longo da vida da criança, pelo meio que a circunda; estes
consideram a criança como um ser potencial, e sua linguagem como um mecanismo
que se manifesta no momento oportuno de seu amadurecimento, já que é algo próprio
do ser humano.
Fonte: www.1.bp.blogspot.com
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Fonte: www.atividadeparaeducacaoespecial.com
Os teóricos cognitivistas não acreditam que o fato de uma pessoa ter passado
por várias experiências pode ser a garantia para a solução de qualquer problema, pelo
contrário, acreditam que a forma como o problema é apresentado permite uma
estrutura perceptual que leva à compreensão interna das relações essenciais do caso
em questão.
Como construtivista, Piaget relata que o desenvolvimento intelectual é
resultado de um equilíbrio entre assimilação e acomodação, o que propicia o
aparecimento de novas estruturas mentais, ou seja, a interação com o ambiente
permite a organização dos significados construídos.
Drouet afirma que várias são as condições necessárias para a aprendizagem,
mas seja qual for a teoria de aprendizagem a ser considerada, apenas “sete fatores
são fundamentais para que a aprendizagem se efetive”, a saber a saúde física e
mental, motivação, prévio domínio, maturação, inteligência, concentração ou atenção
e memória.
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Fonte: www.lh3.googleusercontent.com
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Fonte: www.3.bp.blogspot.com
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BIBLIOGRAFIA
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MIRANDA, Neusa Salim. A Reflexão Metalinguística do Ensino Fundamental.
Disponível em:
<http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/files/uploads/Col.%20Alfabetiza%C3%A7
%C3%A3o%20e%20Letramento/Col%20Alf.Let.%2016%20Reflexao_Metalinguistica
.pdf> Acesso em 28 de março de 2017.
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