Tema 5 - Ecologia de Populações e Comunidades
Tema 5 - Ecologia de Populações e Comunidades
Tema 5 - Ecologia de Populações e Comunidades
Considerações iniciais
1
populações e comunidades. Essa estrutura pode influenciar a dinâmica populacional, a
adaptação das espécies e a resposta a perturbações ambientais.
Além disso, a sucessão ecológica é outro conceito importante na ecologia de
populações e comunidades, que se refere às mudanças na composição de espécies em
uma comunidade ao longo do tempo. Perturbações naturais e atividades humanas podem
influenciar a sucessão ecológica, afetando a estrutura e a função das comunidades.
A compreensão desses conceitos e princípios fundamentais é essencial para
entender como os organismos interagem em um ecossistema. Esses conhecimentos são
aplicados em diversas áreas, como conservação e manejo de ecossistemas, controle de
pragas, ecologia aplicada, manejo de recursos naturais e tomada de decisões
relacionadas à conservação e gestão ambiental.
A ecologia de populações e comunidades também é fundamental para entender
os efeitos das atividades humanas no meio ambiente, como a degradação de habitats, a
introdução de espécies exóticas, a poluição e as mudanças climáticas, e como esses
impactos podem afetar a biodiversidade e a estabilidade dos ecossistemas.
Ecologia de populações
2
condições ambientais, o que pode aumentar sua adaptabilidade a mudanças no
ambiente.
A idade e a estrutura genética são aspectos importantes na compreensão da
dinâmica populacional. A distribuição etária, ou seja, a proporção de indivíduos em
diferentes faixas etárias, pode indicar a taxa de crescimento da população, a reprodução
e a mortalidade. A estrutura genética, por sua vez, pode influenciar a variabilidade
genética, a adaptabilidade e a evolução da população. Populações com maior
variabilidade genética têm maior potencial para se adaptar a mudanças ambientais e
resistir a doenças e outros desafios.
A compreensão desses aspectos da estrutura populacional é fundamental para a
compreensão das interações ecológicas. Por exemplo, a estrutura etária de uma
população de presas pode influenciar a pressão de predação exercida por predadores,
enquanto a estrutura genética pode afetar a competição intraespecífica e a coevolução
entre espécies. Além disso, a distribuição geográfica de uma população pode afetar a
dispersão de polinizadores, a migração de espécies migratórias e a formação de
metapopulações.
A importância desses aspectos da estrutura populacional vai além da
compreensão teórica da ecologia. Eles têm implicações práticas na conservação e
manejo de populações de espécies ameaçadas, na gestão de recursos naturais, no
controle de pragas e na tomada de decisões relacionadas à conservação da
biodiversidade. A consideração desses aspectos pode contribuir para o desenvolvimento
de estratégias eficazes de manejo e conservação, bem como para a tomada de decisões
mais embasadas em relação à gestão ambiental.
A exploração da estrutura de populações, incluindo tamanho, distribuição
geográfica, idade e estrutura genética, é fundamental para compreender a dinâmica
populacional e as interações ecológicas em um ecossistema. O tamanho populacional
influencia a estabilidade e a resiliência da população, enquanto a distribuição geográfica
afeta a disponibilidade de recursos e a conectividade entre subpopulações. A estrutura
etária e genética está relacionada à taxa de crescimento, reprodução, mortalidade e
adaptabilidade da população. Esses aspectos têm implicações práticas na conservação e
manejo de populações e na tomada de decisões relacionadas à gestão ambiental. A
compreensão da estrutura populacional é essencial para entender a ecologia das
populações e comunidades, contribuindo para a conservação da biodiversidade e a
sustentabilidade dos ecossistemas.
3
Dinâmica de populações
4
populacionais em diferentes contextos e a fazerem previsões sobre o comportamento
futuro das populações.
A compreensão dos processos que influenciam a dinâmica populacional e o uso
de modelos matemáticos são essenciais para a gestão e conservação de populações de
espécies ameaçadas, a tomada de decisões relacionadas à utilização de recursos naturais
e a compreensão das interações ecológicas em um ecossistema. A análise cuidadosa
desses processos e a aplicação de modelos matemáticos podem fornecer informações
valiosas para a tomada de decisões informadas e a promoção da sustentabilidade dos
ecossistemas.
Ecologia de comunidades
Ecologia das comunidades, ou sinecologia, é um ramo da ecologia que estuda as
interações entre espécies em comunidades, em diferentes escalas espaciais e temporais,
incluindo a distribuição, estrutura, abundância, demografia e interações entre
populações de espécies coexistentes e das suas respectivas comunidades.
A biosfera é compartilhada por muitos organismos conectados uns aos outros por
meio de interações, formando um complexo frequentemente denominado de
comunidade biológica. As interrelações dentro das comunidades governam o fluxo de
energia e a reciclagem de alimentos dentro do ecossistema. Eles também influenciam os
processos populacionais e, ao fazer isso determinam a abundância relativa de cada
espécie.
Estrutura da comunidade
5
arbitrários em relação às distribuições geográficas e ecológicas de suas espécies-
membro, que podem estender suas abrangências independentemente, para dentro de
outras associações. Ainda, foi desenvolvida uma terceira teoria, a Teoria Neutra, que
busca unificar essas duas teorias.
Teoria Holística
A teoria holística, proposta por F. E. Clements, introduz o conceito de
comunidade fechada. Isto é, comunidades são como "superorganismos”, com limites
bem definidos. Clements, ao estudar florestas norte-americanas, observou que florestas
de pinheiros de lugares húmidos são diferentes das florestas de arbustos em campos
mais secos. Deste modo, as fronteiras entre essas comunidades distintas tornam-se
visíveis.
Teoria Individualista
6
Teoria Neutra
Ecótones
Área de transição entre fronteiras de comunidades. Quando há uma mudança
brusca de ambiente, mas também pode se estender por alguns quilômetros. Como
exemplo, um ambiente aquático logo termina nas margens do rio. Em contrapartida há
um longo ecótono entre cerrado e floresta amazônica.
Definições de comunidade
7
animais encontrados num certo lugar, dominado pelo nome da espécie da comunidade.
Usado desta forma, o termo não é ambíguo: uma comunidade que está espacialmente
definida inclui todas as populações dentro de suas fronteiras. Os ecólogos têm também
um conceito de comunidade que abrange as interações entre as populações que
coexistem. Isto implica um uso mais funcional do que descritivo do termo.
Quanto as populações se estendem além das fronteiras arbitrariamente espaciais,
ambos o conceito e a realidade da comunidade se tornam mais difíceis de definir. As
migrações de aves entre regiões temperadas e tropicais conectam os diferentes
conjuntos de espécies em cada área; em algumas localidades tropicais, até a metade das
aves presentes durante o inverno do norte são migratórias. As salamandras, que
completam seu desenvolvimento larval em curso de água e poças, mas continuam suas
existências adultas nos bosques circundantes, conectam os mundos terrestre e aquático,
assim como o fazem as arvores quando descartam suas folhas nas correntes, e dessa
forma sustentam cadeias alimentares aquáticas baseadas em detritos.
A estrutura e o funcionamento comunitário misturam um conjunto complexo de
interações, direta ou indiretamente conectando todos os membros de uma comunidade
numa teia intricada. A influência de cada população se estende a partes ecologicamente
distantes da comunidade. As aves insetívoras, por exemplo, não comem arvores, mas
elas predam muito dos insetos que se alimentam da folhagem ou polinizam as flores.
Os efeitos ecológicos e evolutivos numa população se estendem em todas as
direções através da estrutura trófica de uma comunidade por meio de sua influência nos
predadores, competidores e também presas.
Considerações finais
8
9