Hda Não Varicosa PDF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 29

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA

HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA


NÃO VARICOSA

Enfª esp. Maiana Lopes


HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA (HDA)

ÂNGULO DE TREITZ

PAPILA DE VATER Classificação:


 Não Varicosa;
 Varicosa.
EPIDEMIOLOGIA

• HDA: Emergência gastrointestinal mais frequente


em todo o mundo;

• Altas taxas de mortalidade;

• EUA, 750 milhões de dólares/ano (2000);

• HDA não varicosa mais prevalente.


ETIOLOGIA HDA NÃO VARICOSA

• EROSIVAS OU ULCERATIVA: Doença Ulcerosa Péptica,


Esofagite, Gastrite;

• TRAUMÁTICAS: Mallory-Weiss, Intoxicação Exógena,


Ingestão de Corpo Estranho, Anastomose Cirúrgica,
Fístula Aortoentérica;

• MALFORMAÇÕES: Lesão de Dieulafoy,


angiodisplasisas, tumores benignos (Lipoma,
Polipóide), Maligno (Adenocarcinoma & Linfoma).
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM (SAE)
HISTÓRICO:

• Sangramentos prévios; Tempo/duração da queixa;


• Dispepsia; Vômitos de repetição;
• Uso frequente: AINES, AAS, anticoagulantes, álcool, tabaco;
• Cirurgias prévias do TGI; Perda de peso importante;
• Hematêmese; Melena ou Enterorragia;

EXAME FÍSICO:

• Avaliar nível de consciência; mucosas oculares; abdome;


extremidades;
SAE
Diagnósticos de enfermagem de acordo com a Taxonomia da
Associação Norte Americana de Diagnósticos de enfermagem (NANDA)
2018
DOMÍNIO/
DIAGNÓSTICO DE
CLASSE/ FATORES ASSOCIADOS
ENFERMAGEM
CÓDIGO
Risco de volume de
2/5/00027 Perda ativa de sangue
líquidos deficiente
Resíduo gástrico
11/2/00039 Risco de aspiração
aumentado
Risco de débito cardíaco
4/4/00240 Alteração da FC
diminuído
Desidratação
5/4/00173 Risco de confusão aguda

11/2/00205 Risco de choque Hipovolemia


SAE

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

• Monitorização Multiparamétrica;

• Proteger vias aéreas;

• Acesso Venosos Calibrosos;

• Reposição volêmica criteriosa;

• Controle de diurese;

• Coleta de sangue
ESTABILIZAÇÃO CLÍNICA

• Hb> 7mg/dL ou ≥9mg/dL (idosos, doenças cardiovasculares);


• Ht maior que 25 a 30%;
• Plaquetas > 50 mil;
• Coagulograma (TTPA, RNI < 1,5 )
• Função hepática, Função renal;

• Inibidor de Bomba de Prótons: Omeprazol;


• Zerar dieta;
• EDA nas primeiras 24HS;
ASSISTÊNCIA NA SALA DE EXAMES
Antes da EDA

• Identificação do paciente;
• Preenchimento do formulário de anamnese;
• Orientar sobre o procedimento;
• Termo de consentimento;
• Avaliar exames laboratoriais;
• Drogas para sedação/antagonista;
• Material de vias aéreas, IOT;
• Disponibilização de materiais e checagem dos
equipamentos.
ASSISTÊNCIA NA SALA DE EXAMES

Na sala de EDA:

• Monitorização multiparamétrica;
• Oxigenioterapia – O2 sob cateter nasal;
• Checar AVP calibroso;
• Posicionar bocal;
• Lateralizar paciente;
ASSISTÊNCIA NA SALA DE EXAMES

Após realização da EDA:

• Elevar grades;
• Acompanhar paciente na RPA;
• Avaliação contínua dos SSVV;
• Orientações para o paciente e
familiares;
ÚLCERAS PÉPTICAS

Lesão de continuidade, atinge pelo menos a submucosa;


• 35 – 75% das
HDA não
varicosas;
• UD maior
prevalência;
• H. pylori;
• AINES ( AAS etc); Úlcera gastroduodenal

• Anticoagulantes,
• Idosos.
• Álcool
ÚLCERAS PÉPTICAS (UP)
Classificação de Forrest
Ia Ib
Ia – sangramento em
FORREST I jato
Hemorragia ativa Ib – sangramento em
babação

IIa IIb IIc

IIa – vaso visível


FORREST II
IIb – coágulo aderido
Hemorragia recente
IIc – hematina

III

FORREST III
Lesão com base
Sem Hemorragia
limpa
HEMOSTASIA ENDOSCÓPICA PARA UP

INJEÇÃO TÉRMICO

Adrenalina
Plasma de argônio

MECÂNICO

Adrenalina + Ethamolin

Hemoclip
Cianocrilato
SÍNDROME DE MALLORY-WEISS (SMW)

Lacerações longitudinais, que ocorrem na junção esofagogástrica,


com lesão do plexo venoso e/ou arterial.

• Aumento súbito da pressão intrabdominal;


• Vômitos de repetição;
• 40% são etilistas crônicos;

HEMOSTASIA ENDOSCÓPICA

• Injeção de adrenalina
• Plasma de Argônio
• Ligadura elástica
• Hemoclip
HEMOSTASIA ENDOSCÓPICA PARA SMW

Plasma de
argônio

Ligadura
Hemoclip
elástica

www.gastrointestinalatlas.com
Lesão de Dieulafoy

Artéria de calibre persistente que faz protusão para o lúmen,


através da mucosa;

• 3,7 a 4% das HDA não varicosa;


• Causa rara: diagnóstico difícil/ sangramento maciço;
• Mais frequente na pequena curvatura;
• Adquirida: Idosos;
• Congênita : crianças;
• Múltiplas comorbidades;

HEMOSTASIA ENDOSCÓPICA

• Injeção Hemoclipe Ligadura elástica Plasma


Lesão de Dieulafoy

Ligadura
elástica

Hemoclip
Angiodisplasia/Angiectasias

Acúmulo de vasos ectasiados na submucosa e mucosa do tubo


digestivo;

• HD severas: mais frequente no estômago;


• Lesões simples e múltiplas;
• Processo degenerativo associado à idade;
• Hipoperfusão crônica: doenças cardíacas,
vasculares, renais e pulmonares.

HEMOSTASIA ENDOSCÓPICA

Plasma de argônio Injeções de adrenalina + outro método


Hemoclip
ESOFAGITE

• HDA rara;
• Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) erosiva;
• Lesões esofágicas induzidas por medicamentos;
• Esofagite ulcerativa.

TRATAMENTO

• IBP;
• Mudanças comportamentais;
• Correção Cirúrgica;
GASTRITE

• H.Pylori e outras infecções;


• Idoso;
• Alcool;
• AINES (Gastropatia)

TRATAMENTO:

• Exclusão do agente agressor;


• Uso de IBP;

Gastrolab Endoscopy Picture Archives


CAUSAS TUMORAIS
• Pólipos
• CA gástrico / CA esofágico

• Embora a neovascularização seja comum no câncer, também


pode ser encontrada nos tumores benignos;

• A hemorragia advém da ulceração do próprio tumor pela


necrose ou pela lesão do elemento arterial.

TRATAMENTO

• Radioterapia, quimioterapia;
• EDA terapêutica: hemostasia temporária
• Cirúrgico: tratamento definitivo.
O que não te
desafia, não te
transforma.

Obrigada!
REFERÊNCIAS

CASTRO, Maitê Xavier Frechiani. Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes


atendidos com queixas sugestivas de hemorragia digestiva alta no setor de
emergência de hospital terciário de São Paulo. São Paulo, HSPM, 2014.

CREMERS, M. Isabelle. Hemorragia digestiva alta por úlcera péptica em doentes


de alto risco: O que há de novo?. J Port Gastrenterol., Lisboa , v. 16, n. 3, p. 98-
100, jun. 2009.

CUSTODIO LIMA, Juliana. Hemorragia digestiva alta não varicosa: experiência do


Gastrocentro-Unicamp. Características dos pacientes idosos.. 128 p. Dissertação
(mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de
Ciências Médicas, Campinas, SP. 2013

SHAY, H. & Sun, D. C. H. “Etiology and Pathology of Gastric and Duodenal Ulcer”.
In Bockus, H. L. Gastroenterology, 2a ed., vol 1. Philadelphia, W.B. Saunders,
1964.
REFERÊNCIAS
ARAUJO, Suelayne Martins; ALEXANDRE, Ana Carla Silva; ALBUQUERQUE, Ana
Paula Santos. Achados endoscópicos em usuários acometidos por hemorragia
digestiva alta em situação de emergência. Rev. enferm. UFPE on
line;10(5):1694-1700, maio 2016.

FERNANDES, Paula Ávila; PIRES, Marcelo Soares; GOUVEA, Agostinho Pinto.


Esofagite ulcerativa associada ao uso de alendronato de sódio: achados
histopatológicos e endoscópicos. Arq. Gastroenterol. São Paulo, v.39, n. 3,
p.173 – 176, julho 2002.

North American Nursing Diagnosis Association. Diagnósticos de enfermagem


da NANDA: definições e classificação. 2018-2020. Porto Alegre (RS): Artmed;
2018.

STIFFT, Jonathas; WOLFF, Fernando H. ; SEGAL, Fábio. SOBED. Sociedade


Brasileira de Endoscopia Digestiva. Projeto Diretrizes. Indicações para uso do
Coagulador de Plasma de Argônio no Trato Gastrointestinal. 2010
REFERÊNCIAS
PEIXOTO, P. et al . O Cianoacrilato na Terapêutica Endoscópica de Úlceras
Pépticas em Doentes de Alto Risco: a propósito de 8 casos. J Port
Gastrenterol., Lisboa , v. 16, n. 3, p. 101-108, jun. 2009

MEDRADO, Bruno. Manejo endoscópico da Síndrome de Mallory Weiss.


Endoscopia Terapêutica. Disponível em:
http://endoscopiaterapeutica.com.br/assuntosgerais/manejo-endoscopico-da-
sindrome-de-mallory-weiss/

AREIA, M. et al . Desgarro esofágico espontáneo extenso con hemorragia


digestiva alta tratado con la aplicación de un endoclip. Rev. esp. enferm.
dig., Madrid , v. 99, n. 4, p. 223-234, abr. 2007

BAXTER, M; ALY, E. Dieulafoy’s lesion: current trends in diagnosis and


management. Annals of The Royal College of Surgeons of England. 2010.
REFERÊNCIAS

LIMA, David Corrêa Alves. et al.. Hemorragia gastrointestinal obscura. SOBED.


Projeto Diretrizes. Gestão 2009-2010.

MOLINA INFANTE, J.; MATEOS RODRIGUEZ, J. M.. Angiodisplasias. Rev. esp.


enferm. dig., Madrid , v. 102, n. 11, p. 667, nov. 2010

HENRY, Maria Aparecida Coelho de Arruda. Diagnóstico e Tratamento da


Doença do Refluxo Gastroesofágico. ABCD Arq Bras Cir Dig. 2014

Você também pode gostar