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Inflamação

O que é inflamação?
1. É uma resposta das células de defesa ao agente agressor, responsável pelo reparo e limpeza de
células mortas - cicatrização, ou seja, resposta inespecífica com uma série de alterações que tendem a
limitar os efeitos da agressão

2. “É uma reação dos tecidos vascularizados a um agente agressor caracterizada morfologicamente pela
saída de líquidos e de células do sangue para o interstício.”

3. A inflamação é uma resposta dos tecidos vascularizados às infecções e aos danos teciduais que
recruta células e moléculas do sistema de defesa do hospedeiro da circulação para os locais onde são
necessários, a fim de eliminar os agentes agressores.

4. As etapas da resposta inflamatória podem ser lembradas na forma de cinco Rs: (1) reconhecimento do
agente prejudicial; (2) recrutamento de leucócitos; (3) remoção do agente; (4) regulação (controle) da
resposta; e (5) resolução (reparo)

● Causas de Inflamação:
- Microrganismos (bactérias, vírus, fungos e parasitas), estresse celular, necrose tecidual. Causas
externas: como acidentes, corpos estranhos, doenças crônicas e agudas, estresse metabólico.
- Os componentes das respostas inflamatórias aguda e crônica: células e proteínas dos vasos
sanguíneos e células e proteínas da matrizes

● Os mecanismos que funcionam para eliminar microrganismos e células mortas (que é a função
fisiológica da inflamação) também são capazes de lesar tecidos normais (consequências patológicas
da inflamação).

● Anti Inflamatório: é usado para diminuir/amenizar a resposta inflamatória do organismo, já que ela
poderá causar danos a diversos tecidos, além de diminuir a dor. Ajudando também a amenizar os
efeitos colaterais da inflamação.

Respostas da inflamação:
- Resposta inespecífica: com uma série de alterações que tendem a limitar os efeitos de agressão,
mesma resposta para toda agressão
- Resposta benéfica (majoritariamente/ na maioria das vezes) que não pode ser confundida com doença
-

Início da Inflamação:
Agente Agressor Alarminas: DAMP e PAMP >>> Produção de mediadores inflamatórios
Iniciam e amplificam a resposta inflamatória:
PAMP = receptor celular de microrganismo
DAMP = receptor celular que identifica moléculas liberadas ou alteradas pelo o dano celular
- Padrão
- Severidade
- Manifestações clínicas e patológicas
OBS: Todo processo inflamatório é iniciado, regulado e terminado por mediadores químicos
inflamatórios

Dependendo do estímulo e da efetividade da reação inicial em eliminar o agente agressor, a


inflamação pode ser caracterizada, como: inflamação crônica e inflamação aguda

INFLAMAÇÃO AGUDA

A inflamação aguda quando acontece superficialmente é possível observar os sinais cardinais que
são representados por:
Sinais cardinais:
- Calor: caracterizado pela febre ocorre devido a vasodilatação e aumento do metabolismo celular.
- Rubor: caracterizado pela vermelhidão ocorre pela vasodilatação e hiperemia (ativa)
- Tumor: caracterizado pelo aumento do tamanho do local (edema), ocorre por extravasamento de
fluído (permeabilidade) e influxo celular (quimiotaxia)
- Dor: liberação de mediadores químicos que afetam as terminações nervosas.
OBS: esses quatros sinais cardinais poderão levar ao quinto: Perda de função
Neutrófilos
● Predominam no sítio inflamatórios nas primeiras 24 horas
● Oriundos da medula óssea respondem prontamente aos estímulos de proliferação e migração ;
● Produzem,armazenam e secretam enzimas lisossomais importantes na resposta inflamatória

Inflamação Aguda - Características


Inflamação aguda - sintomas mais evidentes, resposta mais rápida, principal célula de defesa
envolvida é neutrófilos
Doenças: Independente do órgão os eventos ocorre nos sítios inflamatórios:
● Apêndice
● Pulmão - pneumonia (visto em aula)
● Meninge

Caracterizando inflamação aguda nos casos clínicos apresentados. A inflamação aguda é


composta por eventos vasculares e eventos celulares:

- EXSUDATO >>>> que sai do vaso


- FIBRINO >>>> proteína intravascular
- LEUCOCITÁRIO >>>> células sanguíneas de defesa
- HEMORRÁGICO >>>> hemácias

● Curta duração - entre alguns minutos, horas ou dias


● Alterações de calibre vascular/ vasodilatação,aumento de fluxo sanguíneo caracterizando uma
hiperemia ativa(hiperemia passiva - tecido venoso- também está presente na inflamação).

● Células Endoteliais são ativadas por mediadores que irão realizar a emigração, acúmulo e ativação de
leucócitos - principalmente neutrófilos - para foco inflamatório (caracterizando o edema do tipo
exsudato), aumentando da permeabilidade vascular é induzido por histamina, cininas e outros
mediadores que produzem lacunas entre células endoteliais.

● Extravasamento de líquidos proteínas plasmáticas e leucócitos para resposta inflamatória, eliminando


os agentes ofensivos
● No entanto, se a resposta inicial não conseguir eliminar o estímulo desencadeador, a reação progride
para um tipo de inflamação mais prolongada denominada inflamação crônica

OBS: Neutrófilos respondem mais rápido a resposta inflamatória e estão em maior quantidade na
circulação sanguínea.

Contextualizando:
Alterações simultaneamente
● Alterações Vasculares, sinais de Inflamação (presentes na inflamação crônica e aguda):
- Vasodilatação arteriolar, produzida inicialmente por histamina e substância P mantida por
prostaglandinas, leucotrienos PAF. Em Consequência, há um aumento do fluxo de sangue, gerando
hiperemia ativa e fluxo sanguíneo rápido
- As vênulas menores dilatam-se, mas as maiores sofrem pequena contrição, aumentando a pressão
hidrostática na microcirculação- edema exsudato. Ao lado disso, os mediadores aumentam a
permeabilidade vascular, iniciando a saída de plasma para o interstício

● Alterações Celulares: Mediadores químicos promovem a Emigração - quimiotaxia (processo de


migração das células - leucócitos- em direção ao gradiente químico e local da lesão), antecedido
pelos processos de marginação leucocitária, rolamento e transmigração.

- 1 - Marginação: mudanças hemodinâmicas ( circulação do sangue), mais leucócitos assumem uma


posição periférica ao longo da superfície endotelial, Esse processo de redistribuição dos leucócitos é
chamado de marginação.

- 2- Rolamento: As Células endoteliais são ativadas por citocinas e mediadores localmente,


expressando moléculas de adesão em que os leucócitos que estão próximos se prendem frouxamente,
já que são capazes de detectar e reagir às mudanças do endotélio, após esse ligamento os leucócito
rolam na superfície endotelial. As células finalmente param em algum ponto em que aderem
firmemente (adesão estável)
- Moléculas de adesão: selectinas (adesão fraca); Integrinas (adesão forte)
- 3 - Transmigração: Após a adesão à superfície endotelial, os leucócitos migram através da parede
do vaso, espremendo-se entre as junções intercelulares das células

- Na inflamação aguda irá predominar neutrófilos e na inflamação crônica macrofágos

● Fagocitose e eliminação de Agentes Lesivos


- Fagocitose:
- O reconhecimento dos microrganismos ou de células mortas induz várias respostas nos leucócitos que
são coletivamente chamadas ativação leucocitária. As respostas mais importantes para a destruição
de microrganismos , são: fagocitose e morte celular

- A fagocitose envolve três etapas sequenciais: 1 - Reconhecimento e fixação da partícula a ser ingerida
pelo leucócito (neutrófilo ou macrófago); 2- engolfamento, com subsequente formação de um vacúolo
fagocitico; 3- morte ou material ingerido.

- A destruição de microrganismos e dos materiais ingeridos é realizada por espécies reativas de


oxigênio (ROS) e espécies reativas de nitrogênio, principalmente derivadas de óxido nítrico (NO) e
enzimas lisossômicas

- Há uma atração pela bactéria fagocitada que está no fagossomas aos lisossomas que apresentam
enzimas, formando a fagolisossomas (é um organelo membranar que se forma quando um
fagossoma se funde com um lisossoma).
Estudo de Caso
Caso 1: Jovem 24 anos masculino, apresentou dor abdominal aguda, febre e vômitos. Os exames
laboratoriais mostraram infecção. Com o diagnóstico de abdome agudo infeccioso foi submetido a
cirurgia. A cavidade abdominal foi aberta e verificou-se apêndice cecal envolvido por material
purulento e com revestimento peritoneal opacificado e vasos dilatados.
Achados relevantes: dor, febre, sangue, aumento de leucócitos, apêndice cecal aumentado de
volume, vasos hiperemiados, exsudato de leucócitos (opacificação e pus)
caso 1 = Inflamação Aguda
● -> Quais os mecanismo que determinaram o surgimento desses achados clínicos e morfológicos?

Macroscópica do Apêndice:

-> apêndice cecal com aumento de peso e volume


-> vasos sanguíneos aumentados de volume e muito sangue (hiperemia ativa)

espessamento da parede - LINHA AZUL


-> áreas de necrose (enegrecidas) - CÍRCULO VERDE
-> áreas vermelhas de hemorragia - SETA VERMELHA
-> acúmulo de líquido branco amarelado (pus) - SETA
AMARELA
Característica Microscópica:

Exsudato fibrino leucocitário hemorrágico, onde:


-> fibrino (material rosa amorfo - SETA VERDE
-> leucocitário (presença de neutrófilos) - CÍRCULO AMARELO
-> hemorrágico (hemácias fora do vaso,) - SETA VERMELHA

DIAGNÓSTICO -> Apendicite


Lâmina 46 aula prática

Pneumonia / Inflamação aguda do Pulmão


- 1 -> Hiperemia ativa
- 2 -> Edema do tipo Exsudato presença de neutrófilos
- 3 -> Septos alveolares alargados

INFLAMAÇÃO CRÔNICA
A inflamação crônica é uma resposta de duração prolongada (semanas ou meses), na qual a
inflamação, lesão tecidual e tentativas de reparo coexistem em diferentes combinações. - Robbins
Inflamação Crônica - pode ser uma continuação de uma inflamação aguda ou começar como uma
resposta de aspecto produtivo em função do agente patológico. Causa dano tecidual em algumas
doenças como pneumonia intersticial, artrite reumatóide, aterosclerose e tuberculose
Presença de macrófagos (realiza fagocitose e reparo) e linfócitos

● Característica microscópica:
Infiltrados de células mononucleadas, reparo, inflamação.

Inflamação Crônica - Características

● Inflamação prolongada (semanas ou meses):


- Inflamação ativa; Infiltração de células mononucleadas: macrofagos, linfócitos e plasmócitos.
- Destruição tecidual (agentes agressores persistentes ou pelas células inflamatórias)
- Tentativa de cura (angiogênese e fibrose para o reparo tecidual)
- Os mediadores químicos são produzidos e degradados de acordo com cada função desejada no
momento.
- Fibrose
- Sintomas menos evidentes
- Presença de linfócitos e macrófagos - Há maior quantidade de macrófagos presentes nesta
inflamação, esse fator está relacionado com os monócitos que irão se tornar macrófagos, isto ocorre
pelo fato de os monócitos serem circulantes nos vasos sanguíneos.

Infiltrados de células Mononucleares - inflamação crônica

MACRÓFAGOS: responsáveis pela coordenação do processo de inflamação crônica, são fagócitos


destruindo os agentes agressores, ativam outras células principalmente Linfócitos T, liberam fator de
crescimento (angiogênese) promovendo cicatrização e cura.

● Macrófagos (características)
Parte do sistema mononuclear fagocitico:
- Origem na medula óssea
- Monócitos são as células circulantes na circulação sanguínea que se transformam em macrófagos;
diapedese
- Macrófagos teciduais, espalhados difusamente pelos tecidos conjuntivos e em locais específicos,
como no fígado, chamado de células Kupffer, baço e linfonodos (histiócitos sinusais),

● Macrófagos, são células predominantes na inflamação crônica:


- Célula mais importante
- Recrutamento contínuo da circulação
- Proliferação local
- Responsável por destruir o agente agressor e no processo de reparação.

Causas da Inflamação Crônica:


- Infecções persistentes de difícil erradicação (bactéria, fungos e parasitas)
- Doenças inflamatórias imunomediadas: doenças autoimunes (artrite reumatóide) e doenças alérgicas
(asma brônquica)
- Exposição a agentes tóxicos: exógenos (sílica particulada, silicone) ou endógenos (colesterol)
- Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos exógenos ou endógenos: aterosclerose,
Alzheimer, Diabetes tipo 2, diferentes cânceres.

Ativação resulta em:


- Aumento do tamanho celular
- Aumento de enzimas lisossomais, EROS, ERNs e citocinas;
- Maior capacidade fagocítica
- Secreção de produtos biologicamente ativos que podem causar lesão tecidual e fibrose.
○ Monócitos - presentes na circulação sanguínea, e tecidos, se transformam em macrófagos na ação da
resposta inflamatória> >> a entrada de monócitos sanguíneos nos tecidos é coordenada pela
emigração.
- Os produtos dos macrófagos ativados matam agentes nocivos, como microrganismos, e iniciam o
processo de reparo, mas também são responsáveis por grande parte da lesão tecidual na inflamação
crônica.

● Outras células da inflamação Crônica:


○ Linfócitos proporciona defesa contra patógenos infecciosos
○ Eosinófilos: apresenta citoplasma rosado e grânulos na microscopia, abundantes nas reações
imunomediadas IgE (imunoglobulinas E) e nas infecções parasitárias.
○ Mastócitos: observa-se a diferença entre núcleo e citoplasma, célula grande
○ Neutrófilos - Em menor quantidade quando tem: microrganismo persistentes, mediadores de
macrofagos ativados e linfócitos T. Não é uma célula majoritariamente presente em inflamação crônica.
○ Células endoteliais
○ Produção de VEGF diretamente relacionado à angiogênese, com habilidade de promover o
crescimento das células endoteliais derivadas de artérias e veias
○ Neoformação vascular

● Tipos de inflamação Crônica:


1 - Inflamações crônicas inespecíficas
(pneumonia intersticial, hepatite viral de corpo estranho)
- Apresentam células inflamatórias espalhadas na região: linfócitos e plasmócitos
○ Microscopicamente:
- Células sem padrão de organização
- Septos alveolares com tamanho aumentado (edema), nódulos de regeneração

2- Inflamações crônicas granulomatosas


Tipo especial da inflamação crônica que se caracteriza pelo acúmulo focal de macrófagos ativados
formando granuloma, muitas vezes com linfócitos T, e as vezes associadas à necrose central. .
(tuberculose paracoccidioidomicose, hanseníase )
○ O que são granulomas? São arranjos especiais de células inflamatórias mononucleadas
construindo agregados com diferenciação local e que delimitam o agente agressor.

○ Formação de granulomas:
- Lembram células epiteliais, chamadas de células Epitelioides - macrofágos ativados desenvolvem
um citoplasma abundante e passam a se assemelhar a células epiteliais.
- Alongadas, citoplasma granular
- macrofagos epitelióides com tamanho alongado formando células gigantes multinucleadas
- Apresenta necrose caseosa, formando o granuloma e fibrose na periferia.
○ Células Gigantes:
- Fusão de células epitelióides (macrófagos)
- Atividade fagocitaria
- Formam célula gigantes multinucleadas: célula gigante de langhans, célula gigante de corpo estranho
(apresentam a mesma função)
- Microscopicamente o granuloma apresenta área amorfa, acidófila (cor rosa), de células necróticas,
com restos nucleares basofílicos (fragmentos e núcleos picnóticos (condensado))

- Exemplo: Granuloma tuberculoso


- 1- Células gigantes multinucleadas; 2- necrose caseosa; 3- linfócitos, plasmócitos, macrófagos (células
epitelióides
-

Estudo de caso aula 2 mod 3 - foto no cel

Tuberculose (inflamação crônica granulomatosa) - Necrose Caseosa dentro do Granuloma,


Apresenta células gigantes (não ilustrada na imagem), presença de linfócitos e plasmócitos

Estudo de Caso
Estudo de caso 2 Paciente masculno com 65 anos, com história pregressa de tabagismo, morador
em zona rural apresentou quadro progressivo de dificuldade respiratória associada a cansaço aos
mínimos esforços e percepção de cianose nos lábios e nos leitos ungueais . O paciente relatou que os
sinais e sintomas vêm progredindo nos últimos 20 anos. O exame de sangue mostrou hematócrito e
PCO2 elevados. O raio X de tórax exibiu padrão pulmonar de “favo de mel” com fibrose intercalada
por espaços alveolares dilatados e rebaixamento da cúpula diafragmática, demonstrando expansão
pulmonar. O paciente foi diagnosticado com insuficiência respiratória cronica de causa não
determinada e sugerido biopsia pulmonar
Achados relevantes: Falta de ar, cansaço, cianose, PCO2 elevada, fibrose pulmonar, quadro
progressivo por mais de 20 anos, fibrose pulmonar e alvéolos alargados
CASO 2 = INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Microscópia do pulmão:

-> parênquima com espaços alargados (seta verde) delimitados por tecido conjuntivo denso
(fibroso - seta azul)

- o pulmão apresenta consistência firme com perda de padrão habitual (esponjoso)


- pulmão com aparência de favos de mel

Microscopia do pulmão:

-> alvéolos de tamanhos variados (seta verde)


-> septos muito espessos com pouca hiperemia (retângulo vermelho)
-> mononucleadas, predominantemente nos septos alveolares (círculo azul).
-> o infiltrado mononuclear pode preencher os espaços alveolares

DIAGNÓSTICO -> Pneumonia intersticial

CASO 3: Paciente masculino, 60 anos, com história de febre, sudorese, perda de peso. Evoluiu com
tosse produtiva, aumento de linfonodos na região cervical e dificuldade para respirar. Durante a
internação hospitalar para investigação diagnóstica, o raio X mostrou infiltrado pulmonar multinodular,
confluente com áreas de destruição do parênquima pulmonar e aumento dos linfonodos do hilo
pulmonar. Foi solicitada biópsia de nódulo pulmonar guiada por tomografia. O laudo da biópsia revelou
infiltrado inflamatório granulomatoso delimitado por halo linfocitário e necrose caseosa central. Na
coloração especial foi possível observar bacilos álcool-ácido resistente em meio à necrose. No sangue
periférico evidenciou-se leucocitose importante com aumento dos linfócitos circulantes.

Achados relevantes: Febre, Perda de peso, Dificuldade respiratória, Tosse reprodutiva, Aumento de
linfócitos, Infiltrado granulomatoso em pulmão , Alvéolos alargados
CASO 3 = INFLAMAÇÃO CRÔNICA GRANULOMATOSA

-> pulmão amarelado


-> aumento de peso e volume
-> consistência firme
-> formação nodulares irregulares com coloração branca/amarelada -> necrose caseosa
Microscópia pulmão:

-> Lado esquerdo: parênquima pulmonar com granulomas espalhados (setas)


-> Lado direito: célula gigante multinucleada (união de muitos macrofágos com formato epitelióico
com nucleos ovalados) - vermelho
-> halo linfocitário periférico (verde)
- células epitelióides estão dispostas lado a lado juntam-se ao redor da área de necrose caseosa
que geralmente ocupa o centro do granuloma

-> células gigantes multinucleadas são formadas pela união de macrofágos que adquiriram
um formato epitelioíde com núcleos ovalados - verde
DIAGNÓSTICO -> Tuberculose (inflamação crônica granulomatosa)

REPARO

● A resposta inflamatória a microrganismos e tecidos lesados também é um fator que inicia processos de
reparo

● O reparo ocorre por meio de dois tipos de reações: regeneração por proliferação das células residuais
(não lesadas) e maturação de células tronco teciduais e deposição de tecido conjuntivo para formar
uma cicatriz.
● Os macrófagos são os principais agentes no processo de reparo celular

Capacidade proliferativa dos tecidos - Regeneração das células


● Alguns tecidos são capazes de substituir os componentes lesados e retornar ao estado normal; esse
processo é chamado regeneração, ocorre por meio da proliferação das células que sobrevivem à lesão
e que mantêm a capacidade proliferativa.
● Dependente da integridade da matriz extracelular e do desenvolvimento de células maduras a partir
de células-tronco
● A proliferação celular é controlada pelo ciclo celular, e é estimulada pelos fatores de crescimento e
interações entre células e matriz extracelular.

REGENERAÇÃO - Cura com restituição da integridade


● Organização tecidual com substituição das células mortas ou lesadas por novas células, idênticas às
originais
- destruição discreta
- absorção completa do exsudato ou área de necrose
- células lábeis e estáveis (só acontecem nesses tecidos)

Exemplo de aula: hafta: a lesão do tecido conjuntivo é exposto e o tecido epitelial é retirado, gerando
dor e inflamação.

Deposição de tecido conjuntivo (Formação de Cicatriz)


● Na cicatrização, o tecido original é substituído por um tecido conjuntivo.
● Tecidos lesados são incapazes de regeneração completa ou se as estruturas de suporte do tecido são
gravemente lesadas, o reparo ocorre por deposição de tecido conjuntivo (fibrose - alta produção de
colágeno para cicatrização de tecidos), sendo a formação de cicatriz

CICLO CELULAR:
● No nosso organismo temos tecidos com capacidade proliferativas diferentes:
Tecidos Lábeis:
Em divisão contínua
- Substituídas por novas células (diferenciadas) derivadas de células-tronco.
- Exemplo: epitélio estratificado escamoso da pele. Estão sempre no ciclo celular se proliferando

Tecidos Quiescentes/ Estáveis:


- Estáveis;
- Baixo nível de replicação;
- Proliferam em resposta estímulos.
- Ex: fígado, rim, pâncreas
- Constituídos por células que normalmente estão no estágio G0 do ciclo celular e, portanto, não
proliferam, mas são capazes de se dividir em resposta à lesão ou à perda de massa tecidual.

Tecidos Permanentes:
- Não se dividem
- Células que não participam do Ciclo celular.
- Ex: neurônios, células musculares cardíacas. Respondem sempre com hipertrofia
OBS: a natureza da célula vai determinar o tipo de cura que irá acontecer nos tecidos após a lesão.

● Cura por regeneração ou cicatrização:


- capacidade proliferativa do tecido
- integridade da matriz extracelular
- resolução ou cronicidade da inflamação e da lesão

OBS: células hepáticas apresentam capacidade regenerativa no entanto constantes inflamações


podem alterar e diminuir o processo de regeneração, em que será substituído pelo tecido conjuntivo -
pacientes com cirrose)

Exemplo de aula: hafta: a lesão do tecido conjuntivo é exposto e o tecido epitelial é retirado, gerando
dor e inflamação.

● CURA POR CICATRIZAÇÃO

- Alguns minutos após uma lesão, um tampão hemostático composto por plaquetas é formado o que
interrompe o sangramento e proporciona uma estrutura para as células inflamatórias infiltrativas.
- Quando o tecido lesado é substituído por um tecido conjuntivo . As células epiteliais respondem a
fatores de crescimento produzidos localmente e migram sobre a ferida para cobri-la.
- As células endoteliais e outras células vasculares proliferam para formar novos vasos sanguíneos, um
processo conhecido como angiogênese (A angiogênese é o processo de desenvolvimento de novos
vasos sanguíneos a partir de vasos existentes)
- Os fibroblastos proliferam e migram para o local da lesão e repousam sobre as fibras colágenas que
formam a cicatriz. Proliferação de células endoteliais e fibroblastos.
- A combinação de fibroblastos em proliferação, tecido conjuntivo frouxo, novos vasos sanguíneos e
células inflamatórias crônicas espalhadas formam um tipo de tecido ímpar para a cicatrização das
feridas, chamado tecido de granulação.
- Cicatrização pode afetar a função do órgão

OBS: O tecido de granulação é caracterizado pela proliferação de fibroblastos e novos capilares


delicados, de parede fina, em uma matriz extracelular frouxa, muitas vezes em meio a células
inflamatórias, principalmente macrófagos

● Cura de feridas cutâneas - Protótipo


● Cura por primeira intenção
- Morte de poucas células
- Formação de cicatrização (juntas as bordas da ferida)

● Cura por segunda intenção


- Feridas extensas
- Reação inflamatória intensa
- Formação abundante de tecido de granulação
- Formação de grande cicatriz, com contração da ferida
● Cicatrização - Ferida Cirúrgica
● Fase inflamatória:
- Coágulo composto por hemácias, leucócitos e fibrina
- Coágulo tem função de estancar o sangramento - ocupa o espaço da ferida
- Serve de suporte para células inflamatórias atraídas para a região
- Fibrinas e leucócitos liberam citocinas que iniciam a fase inflamatória da cicatrização

Inicialmente ocorre o aumento de células de defesa e coágulos (adesão plaquetária com fibrina) que
estancam o sangramento, servindo também para as células inflamatórias se apoiarem.

OBS: Quelóide ou cicatriz hipertrófica: causadas pelo processo de inflamação mais acentuado do que
o normal.

● Fase proliferativa:
- Neutrófilo em maior número;
- Neutrófilos são totalmente substituídos por macrófago/linfócito a partir de 18h;
- Angiogênese com formação de tecido de granulação - é formado por uma grande quantidade de
fibroblastos, vasos sanguíneos neoformados em meio conjuntivo frouxo edemaciado. (Aumento das
células de defesa, linfócitos e fibroblastos que formam um tecido conjuntivo frouxo vascularizado
sendo o tecido de granulação (tecido rosa) - Início do processo de cicatrização embaixo da casca é o
tecido de granulação )
- Quantidade de colágeno aumenta
- Fibras produzidas são mais grossas e compactadas
- Tecido epitelial prolifera para fechar a lesão

● Fase de maturação
- Infiltrado inflamatório de edema e vasos excessivos desaparecem
- Ocorre contração da ferida para auxiliar o fechamento da lesão
- Mudanças na composição da matriz extracelular (remodelação)

● Fase da cicatrização
- Inflamação; formação do coágulo quimiotaxia
- Proliferação
- Maturação

➔ O processo de cicatrização ocorre inicialmente formação de coágulo com a quimiotaxia das


células inflamatórias, seguida por uma reepitelização do epitélio de superfície e uma proliferação
de vasos sanguíneos e fibroblastos que inicialmente produzem um tecido conjuntivo frouxo
edemaciado caracterizado como tecido de granulação, e na sequência ocorre a maturação dessa
cicatriz com a formação de uma matriz de colágeno mais espessa e grossa e a contração da
ferida.
● Fatores que influenciam no processo de cura:
- Nutrição (deficiência proteica)
- Metabolismo (diabetes mellitus)
- Hormônios (glicocorticóides )
- Circulação (aterosclerose )
- infecções (bactérias, vírus )
- fatores mecânicos (tração, compressão)
- tabagismo nicotina e monóxido de carbono)

● CICATRIZ HIPERTRÓFICA E QUELÓIDE

Condição em que há formação excessiva de tecido conjuntivo em cicatriz cutânea, processo de


reparo pode originar cicatrizes hipertróficas e quelóides.
- Cicatriz hipertrófica - tende a regredir

- Quelóide - tumores mesmo em áreas pequenas; - pode não regredir ou regredir muito
lentamente. Se o tecido cicatricial cresce além dos limites da ferida original e não regride, é
chamado queloide.

Fibrose: Aumento do estroma conjuntivo de um órgão resultante de cicatrização ou de um


processo reacional em que a produção de MEC não está relacionada com o reparo de lesões.
- Pode alterar a estrutura do órgão e resultar em distúrbios funcionais, caracterizando uma nova
doença.

● Mecanismo
Resposta inflamatória: fatores de crescimento e citocinas = formação excessiva de tecido
conjuntivo (fatores fibrogênicos)
Evolução: equilíbrio entre os fatores fibrogênicos e fibrolíticos (metaloproteinases)

Estudo de caso
Estudo de Caso 4 Paciente masculino, 60 anos, com história pregressa de infarto agudo do miocárdio
(necrose coagulativa), sentiu forte palpitação (arritmia cardíaca) apresentou perda de consciência e
morte súbita. Foi chamado o SAMU que constatou o óbito, considerado como natural. O paciente foi
encaminhado para o serviço de verificação de óbito para necropsia. No exame sistema cardiovascular
observou-se coração aumentado de volume e vasos coronarianos semi ocluídos por placas de
ateroma. O coração exibia dilatação da parede ântero lateral do ventrículo esquerdo com afinamento
da mesma e substituição das camadas do endocárdio e miocárdio por tecido fibroso.

O atestado de óbito constou: Causa da morte - arritmia cardíaca por sequela de IAM- infarto
agudo do miocárdio (fibrose do endocárdio e miocárdio). Doenças de base: cardiopatia isquêmica,
coronariopatia aterosclerótica.
Macroscopia:

-> coração aumentado de volume


-> afinamento da parede vascular
-> placas fibrosas brancacentas revestindo o endocárdio -> representam a cicatriz da área
infartada
Microscopia da área descrita brancacenta na macroscopia:

-> proliferação de fibroblastos (verde)


-> neoformação vascular (amarelo)
-> células inflamatórias mononucleadas (azul)
-> estroma frouxo de tecido conjuntivo (vermelho) caracterizando uma fase de cicatrização = tec.
de granulação
Caso 5 Paciente feminino, chegou ao hospital com quadro de hemorragia digestiva alta, perda
volumosa de sangue (choque hipovolêmico) e anemia aguda. Feita a reposição sanguínea (
volemia) foi encaminhada imediatamente para o centro cirúrgico. Realizou-se uma endoscopia alta
que demonstrou rotura vascular da transição gastroesofágica (varizes esofágicas) e insucesso na
cauterização. Seguiu-se com abertura torácica abdominal e da cavidade esôfago gástrica. Apesar
de todas as manobras, a paciente faleceu por hipovolemia e anemia aguda.

Foi solicitada a presença do patologista na sala cirúrgica que em discussão com os cirurgiões
concluíram: Hemorragia digestiva alta por rotura de varizes esofagianas decorrentes de
hipertensão portal. A paciente, que era etilista, apresentou um quadro de cirrose hepática com
mudança do padrão arquitetural vascular.

Macroscopia do fígado:

-> fígado reduzido de tamanho


-> superfície multinodular com tamanhos variados e consistência petra - fígado com cirrose

Microscopia

-> perda do padrão lobular hepático habitual


-> presença de traves fibrosas espessas (setas pretas) subdividindo o parênquima e criando
nódulos de regeneração exclusivamente de hepatócitos (verdes)

CONSIDERAÇÕES:
-> a fibrose do parênquima causou um aumento da pressão sanguínea nos vasos com dilatação,
tortuosidade e fragilidade (varizes esofágicas), que se romperam causando hemorragia e morte da
paciente.

Caso 6 Paciente masculino, 22 anos, estudante, queixou-se de dor abdominal intensa. Durante
atendimento médico foi diagnosticado com doença gástrica péptica. Foram realizados vários
exames e a endoscopia mostrou lesão ulcerada de antro gástrico. A biópsia da área apresentou
área de ulceração com material necrótico e restos celulares ocupando a mucosa e submucosa,
presença de tecido de granulação sobre área de fibrose na camada muscular.

Microscopia

-> úlcera grande - ápice para camada muscular (apoiada a um tecido com neoformação vascular)
-> necrose + restos celulares
-> tecido de granulação
-> fibrose -> vasos neoformados + célula inflamatória mononucleadas
-> úlcera péptica crônica -> relacionado à estressei

CONSIDERAÇÕES:
-> Paciente portador de doenças péptica com liberação de suco gástrico que erodiu a mucosa
expondo a submucosa. A ação constante do suco gástrico contribuiu para o quadro de necrose,
enquanto os mecanismos de reparo promoveram a formação de tecido de granulação e fibrose na
mesma área.

-> Úlcera péptica crônica

NEOPLASIAS - MÓDULO 4

1. Neoplasia significa “novo crescimento” - massa anormal do tecido, ou seja, tendem a aumentar de
tamanho independente de seu ambiente local, além de dependerem do órgão ou tecido hospedeiro
para nutrição e suprimento sanguíneo

2. Lesão constituída por proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, geram com perda ou
redução da diferenciação…
3. Proliferação celular , sendo diferentes do tecido de origem apresentando mudanças genéticas.

4. Toda vez que houver alterações nas células já maduras que culminam na proliferação celular
descontrolada autônoma e que caracteriza uma lesão irreversível = NEOPLASIA

● Pode se dividir ou pertencer a um grupo de neoplasia benigna ou maligna


- Neoplasias benignas: recebem o sufixo “OMA” ligada a origem da célula ou recebem o nome de
acordo com o padrão macro ou microscópico que apresentam, suas características (macro e micro)
têm uma mudança sutil do tecido de origem, são consideradas relativamente inocentes, indicando que
permanecerá localizado, sendo tratável com remoção cirúrgica.
- Linfoma e melanoma são malignas que terminam com OMA, sendo exceções

- Neoplasias malignas: a partir do surgimento poderão causar a morte do indivíduo.


- Indica que a lesão pode invadir e destruir estruturas adjacentes, disseminar-se para locais distantes
(metástases) e levar à morte
- Origem no tecido mesenquimal: SARCOMA
- Origem no tecido epitelial: CARCINOMA
- Blastoma é uma neoplasia maligna com sufixo OMA; Reproduz estruturas com características
embrionário (neuroblastoma) Células de origem desconhecida: tumor maligno diferenciado

- Presentes nas células neoplásicas:


Parênquima: Células neoplásicas clonais, determinantes principalmente no comportamento
Estroma: tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, macrófagos, linfocitos e células inflamatórias - não
neoplásico e derivado do hospedeiro.Crucial para o crescimento da neoplasia, pois contém suprimento
sanguíneo e proporciona suporte ao crescimento das células parenquimatosas.

Nomenclatura das neoplasias:


Uniformização é importante: comparação de dados e comunicação, OMS
Comportamento clínico: benigno e maligno; Morfologia: critério histomorfológico; origem tecidual:
critério histogenético

Do Ponto de vista clínico, evolutivos e de comportamento


/ \
Neoplasias benignas Neoplasias malignas
(podem virar maligna em % pequenas dos casos)
OBS: toda neoplasia precisar ser retirada/removida com cirurgias, porém há exceções (como na
mama) sendo acompanhada. Há também a remoção por quimioterapia e radioterapia quando a
neoplasia é maligna.

● Existem três características fundamentais pelas quais a maioria dos tumores benignos e malignos
pode ser distinguida: diferenciação e anaplasia, invasão local e metástase.
Crescimento (multiplicação da neoplasia)

Características:

Benigno Maligno

Taxa de crescimento: Lenta Rápida

Tipo de Crescimento: Expansivo Infiltrativo

Cápsula Presente Ausente

Limite/ delimitação: Bem delimitado Ausente

Precisa avaliar; o tipo de crescimento, invasão local, diferenciação e anaplasia, metástases

Célula benigna: ainda se especializou em sua função, devido a isto, as transformações da neoplasia
são lentas, permanecendo ainda em suas funções, crescimento expansivo, obtendo um crescimento
de células unidas, formam cápsulas de tecidos conjuntivos e limites precisos
Célula maligna: perdem a diferenciação de forma rápida, se multiplicando, sendo indiferenciada. Além
de se infiltrar em outros tecidos, crescimento solto. Se infiltra nos tecidos não apresentando cápsulas,
limites imprecisos

● Diferenciação e Anaplasia:
- A diferenciação refere-se à extensão na qual as neoplasias se assemelham às células
parenquimatosas de origem, tanto morfologicamente como funcionalmente; a perda da diferenciação
é denominada anaplasia.
- Neoplasias benignas são compostas por células bem diferenciadas que se assemelham
estreitamente com as células dos órgãos ou tecidos que elas estão alojadas.
- Apresentam ainda diferenciação e por isso ainda realizam atividades da célula diferenciada

- Características microscópicas:

- Célula será arredondada.


- Apresentará uma cápsula, ou seja delimitada

- Núcleos ovóides e fusiformes

- Neoplasias Malignas caracterizam-se por ampla gama de diferenciações das células


parenquimatosas (célula do tecido/ órgão específico), exibem alterações morfológicas que atraem sua
natureza maligna.
- Neoplasias malignas, que são compostas por células indiferenciadas, são denominadas
anaplásicas, uma característica que é um marcador confiável de malignidade.
- Células tumorais anaplásicas são menos propensas a manter as atividades funcionais especializadas

- O epitélio displásico é reconhecido pela perda na uniformidade das células individuais e na sua
orientação arquitetônica
- função ser apenas proliferar e manter o estroma (tecido conjuntivo).

- Características Microscópicas:

- Pleomorfismo (variação de tamanho e forma)

- Anormalidades nucleares, hipercromatismo (coloração escura) nuclear. variação no tamanho e forma


nuclear
- Células tumorais gigantes, mitoses atípicas, nucléolos evidentes e múltiplos

- Perda de polaridade, sem reconhecimento de padrões de orientação umas com as outras.

- Necrose, ulceração, …

Foto de um lipoma - caso clínico (neoplasia benigna)


Foto de leiomiossarcoma - caso clínico (neoplasia maligna)
Adenocarcinoma foto

Quanto mais rápido um tumor crescer e quanto mais indiferenciado for, menor a chance de
semelhança funcional e morfológica com o tecido normal de origem.

Fibroadenoma (neoplasia benigna) foto microscópica e macroscópica - as vezes o fibroadenoma


infiltra a cápsula, portanto deve-se atentar ao acompanhamento

Carcinoma ductal Infiltrante (neoplasia maligna)

● Invasão Local
- Neoplasias benignas crescem como massas expansivas coesas que permanecem localizadas nos
seus locais de origem, há exceções.
- Como os tumores benignos crescem e se expandem lentamente, geralmente desenvolvem uma borda
de tecido fibroso comprimido, chamada CÁPSULA, cria um plano de tecido que torna o tumor
bem-definido, facilmente palpável, móvel (não fixo) - também há exceções!

- EXEMPLO: O leiomioma do útero é nitidamente demarcado da musculatura lisa circundante por meio
de uma zona de miométrio normal comprimido e atenuado, mas não há uma cápsula bem
desenvolvida
Benignas apresentam infiltração até a cápsula porém não atravessando-a

- Neoplasias Malignas: crescimento dos cânceres é acompanhado por infiltração progressiva, invasão
e destruição dos tecidos circundantes
- Não possuem cápsulas definidas podem ultrapassar a cápsula, devido a isso, durante a remoção deve
apresentar uma margem de segurança (remover a mais), para que não tenha células malignas;
- A taxa de recidiva das células malignas é alta ( cirurgia para remoção de células que sobraram e
estão se dividindo)

Fotos lipoma (benigno); Lipossarcoma ( maligno)

Carcinoma ductal infiltrante

Características microscópicas:
Núcleos hipercromáticos, muito corados, multinucleação
Células apresentam diferentes formatos
Figura de mitose, excesso de mitose sendo dividida em 3 ao mesmo tempo
Perda de adesão entre as células, nucléolos evidentes no núcleo

● Metástase
- A metástase é definida pela disseminação de um tumor para locais que são anatomicamente distantes
do tumor primário e marca, de forma inequívoca, um tumor maligno, pois, por definição, neoplasias
benignas não metastatizam.
- A formação de um novo tumor a partir do primeiro, mas sem continuidade entre os dois.

- Só neoplasias malignas !

- A invasividade dos cânceres permite que eles penetrem nos vasos sanguíneos, linfáticos e cavidades
do corpo, que fornecem oportunidades de propagação, quanto mais anaplásica e maior for a neoplasia
primária, mais provável é a disseminação metastática, no entanto há exceções
- As neoplasias malignas disseminam-se por uma das três vias: (1) semeadura dentro das cavidades do
corpo; (2) disseminação linfática ou (3) disseminação hematogênica
- As artérias são penetradas menos facilmente do que as veias. Com a invasão venosa, as células
sanguíneas seguem o fluxo venoso de drenagem do local da neoplasia, e as células tumorais
frequentemente param no primeiro leito capilar que encontram.

- A disseminação linfática é mais típica dos carcinomas, enquanto a disseminação hematogênica é


favorecida pelos sarcomas. Embora ambos possam se disseminar tanto via linfática ou hematogênica.
-
● Por via linfática e Disseminação Hematogênica :

1. Deve haver uma proliferação do tumor primário (crescimento infiltrativo), se desprendendo adentrando
aos vasos sanguíneos ou linfáticos, ou seja, o carcinoma primeiramente deve romper a membrana
basal subjacente, depois atravessar o tecido conjuntivo intersticial e, finalmente, obter acesso à
circulação penetrando a membrana basal vascular.

2. A invasão da MEC inicia a cascata metastática e é um processo ativo que pode ser apresentado em
várias etapas sequenciais:
- Afrouxamento das conexões intercelulares entre as células tumorais
- Degradação local da membrana basal e do tecido conjuntivo intersticial.
- Alterações na fixação das células tumorais às proteínas da MEC
- A locomoção é a etapa final da invasão, impelindo as células tumorais através das membranas basais
degradadas e zonas de proteólise da matriz.

3. Em decorrência das propriedades de invasividade, as células tumorais frequentemente escapam dos


seus locais de origem e entram na circulação. (mas apresentam dificuldade para se manter,pela
resposta imunológica, adesão a outro parênquima e formação de estroma ( 90% das células malignas
que caem no vaso sanguíneo são destruídas)

4. A célula maligna se defende do sistema imunológico, unindo-se às plaquetas atraindo para superfície,
se mascarando pelas plaquetas, formando um êmbolo neoplásico envolto por plaquetas.

5. Este o êmbolo neoplásico das células tumorais se transporta e “extravasa” em um local distante e
gerando também o crescimento de estroma (...) para ocorrer metástase deve haver formação de
estroma, para proliferação e oxigenação destas células que só sobrevivem desta forma.
Nódulos metastáticos: no início formam nódulos delimitados, ao longo do tempo irão se infiltrando,
parecem necrose caseosa

Invasividade e metástase: características mais

Estudo De Caso
CASO 1: Paciente feminino, 36 anos, procurou o serviço médico com dor abdominal baixa. Relatou
recorrência da dor em períodos menstruais. Os exames de imagem revelaram útero aumentado de
volume com vários nódulos circunscritos e sem necrose ou hemorragia (neoplasia benigna) .
Paciente foi encaminhada para cirurgia para remoção dos nódulos. O maior mediu 05 * 04 * 04 cm
apresentou limites precisos (metástase também apresenta, no entanto, cápsula somente em neoplasia
benigna) e presença de cápsula.
Leiomioma (sangramento abundante e tendo o escape entre duas menstruações) >> é a neoplasia
benigna causada por vários nódulos devido aos hormônios sexuais
-> Neoplasia benigna de músculo liso
-> Lesões múltiplas = crescimento estimulado pela variação hormonal
-> Leiomioma uterino, neoplasia múltipla

Características microscópicas: lesão delimitada, cápsula de tecido conjuntivo (não há uma


cápsula bem desenvolvida), células musculares lisas continuam com núcleos fusiformes, grande
quantidade de fibras musculares em várias direções (entrelaçamento de fibras)

Lâmina 217 - aula prática

CASO 2: Paciente masculino, 56 anos, tabagista crônico com queixa de perda de peso e
dificuldade respiratória. Os exames de imagem demonstraram hilo pulmonar alargado com vários
linfonodos aumentados de tamanho. Associada às vias aéreas notou-se uma massa irregular
infiltrativa e de limites imprecisos com área central de necrose e hemorragia. O paciente foi
submetido a uma pneumectomia parcial.

-> Neoplasia maligna


- metástase de carcinoma
- presença de muitos linfócitos
- pleomorfismo , hemorragia, hipercromatismo
Lâmina 111
Metástase - Carcinoma de células escamosas (Carcinoma epidermóide)
- Apresenta pérola córnea (queratina), pleomorfismo celular, nucléolos evidentes, figuras de mitose,
hipercromatismo.
- Linfonodos estão com epitélio de revestimento (não apresentam quando são saudáveis) formando
pérolas de queratina

Lâmina 127
Neoplasia Maligna -
Não se reconhece o tecido, figuras de mitoses (típicas ou atípicas), pleomorfismo celular, multinuclear,
hipercromatismo nuclear, nucléolos evidentes e múltiplos, hemorragia pela alta taxa de crescimento
rompendo o estroma (tecido conjuntivo)
● Características do Câncer
• Autossuficiência nos sinais de crescimento
• Insensibilidade aos sinais inibitórios de crescimento
• Alteração do metabolismo celular
• Evasão da apoptose
• Potencial replicativo ilimitado (imortalidade)
• Angiogênese sustentada
• Capacidade de invasão e metástase
• Evasão da vigilância imune

➔ Os cânceres podem secretar seus próprios fatores de crescimento ou induzir células estromais a
produzir fatores de crescimento no microambiente tumoral.

➔ Mesmo na presença de oxigênio suficiente, as células cancerosas demonstram uma forma distinta de
metabolismo celular caracterizada por altos níveis de absorção de glicose e maior conversão de
glicose em lactato (fermentação) através da via glicolítica. Este fenômeno, chamado efeito Warburg
➔ Conclui-se que as células em crescimento dependem do metabolismo mitocondrial. No entanto, uma
função importante das mitocôndrias nas células em crescimento não é gerar ATP, mas realizar reações
que geram intermediários metabólicos que podem ser desviados e utilizados como precursores na
síntese de blocos (substratos) para a construção celular.

➔ A autofagia é um estado grave de deficiência de nutrientes no qual as células não apenas interrompem
seu crescimento, mas também canibalizam suas próprias organelas, proteínas e membranas como
fontes de carbono para produção de energia

➔ As células tumorais frequentemente apresentam mutações em genes que regulam a apoptose,


tornando as células resistentes à morte celular.

➔ Assim como os tecidos normais, os tumores necessitam de suprimento de oxigênio e nutrientes e


remoção de resíduos, devido a isto, o s cânceres em crescimento estimulam a (neo)angiogênese,
durante a qual os vasos “brotam” de capilares previamente existentes. Ao permitir que as células
tumorais tenham acesso a esses vasos anormais, a angiogênese também contribui para a metástase.

❖ Mas o que é angiogênese? Angiogênese é o processo de formação de novos vasos sanguíneos a


partir dos já existentes¹. Esse processo é essencial para a cura, crescimento, desenvolvimento e
manutenção do corpo humano². O corpo controla a angiogênese equilibrando fatores estimuladores e
inibidores².
Infecções persistentes de difícil erradicação ; micobactérias, fungos e parasitos
Doenças inflamatórias imuno…. olhar no resumo da raquel

DICIONÁRIO:
Parênquima é um termo que pode ser usado tanto em anatomia quanto em botânica. Em anatomia, o
parênquima é a parte específica de um órgão que é oposta à parte de substrato conjuntivo, célula
específica de algum órgão tecido ou mutação como a neoplasia

As quimiocinas/ Quimiotaxia determinam as células que atravessaram o endotélio e para onde,


quando nos tecidos, elas devem migrar. Além do domínio para seu receptor específico, as quimiocinas
tem outro domínio que permite que elas se liguem à superfície luminal do endotélio (lado sanguíneo),
pronta para ativar os leucócitos inativos.

ESTROMA: tecido conjuntivo vascularizado que forma o tecido nutritivo e de sustentação de um órgão,
glândula ou de estruturas patológicas, como um tumor maligno

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