Sistemas de Proteção Elétrica
Sistemas de Proteção Elétrica
Sistemas de Proteção Elétrica
Sumário
BIBLIOGRAFIA
vii
PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS
O cuidado nos estudos, projetos e instalações da proteção elétrica, tem grande
importante para o sistema elétrico mundial, pois esse sistema é responsável pelo
fornecimento de energia elétrica a milhares de consumidores e por estar interligado
com equipamentos caros
27
Filosofia da Proteção de Sistemas Elétricos
Como operação normal pode ser entendida a ausência de falhas nos equipamentos
de operação e falhas aleatórias.
No caso de situação anormal, são situações que podem provocar distúrbios na rede
elétrica, tais como oscilações de tensão, sem, contudo, apresentar elevações de
corrente elétrica em termos de curto-circuito.
28
- propagação do defeito: evitar que o defeito possa atingir outros
equipamentos da rede, causando danos a esses ou interferindo na operação
normal do sistema;
- tempo de inoperância: minimizar o tempo da não disponibilidade do
fornecimento de energia.
29
- Segurança na proteção – É uma expressão usada para identificar a
habilidade de um sistema ou equipamento de deixar de operar
desnecessariamente. Porém, assim como confiabilidade da proteção, o termo
muitas vezes é usado para indicar que um sistema está operando
corretamente.
- Sensibilidade na proteção – É a habilidade que um sistema tem de identificar
uma situação de funcionamento anormal em que exceda o nível normal ou
detectar o limiar em que a proteção deve atuar.
- Seletividade na proteção – É uma expressão associada ao arranjo dos
dispositivos de proteção de forma que somente o elemento em falta seja
retirado do sistema. Isto é, os demais elementos devem permanecer
conectados ao sistema. A característica de seletividade restringe a
interrupção somente dos componentes, do sistema, que estão em falta.
- Zona de proteção – São as regiões de sensibilidade. Na Figura 3.1, mostra-
se um exemplo de zonas de proteção.
- Coordenação dos dispositivos de proteção – Determina os ajustes com o
objetivo de conseguir a sensibilidade de coordenação entre os dispositivos de
proteção, de forma que as proteções adjacentes só atuem no caso de falha
das proteções responsáveis por prover proteção à zona específica.
- Falso desligamento – Este fato ocorre, quando o relé opera provocando o
desligamento desnecessário em decorrência de uma falta fora da zona de
proteção ou quando não há a ocorrência de falta.
30
Proteção Geragor
V VIII
Proteção
VI VII de Barra
Os relés podem ser classificados de acordo com a grandeza com a qual atuam,
como por exemplo: tensão, corrente ou freqüência.
31
implementados nos últimos anos sejam digitais [23], ainda hoje existe grande
quantidade dos demais relés em operação.
Tipos de Relés
Relés de Sobrecorrente
5
4
3
A
Tempo em seg.
C Moderado inverso
1
0,1
0,1
0,5
0,4
E Muito Inverso
0,3
0,2
32
A operação do relé deve ser preferencialmente escolhida na região mais inversa da
curva, de forma que haja variação do tempo em relação aos valores de corrente. Na
região mais plana da curva praticamente não há variação do tempo de operação do
relé.
Relés Diferenciais
São relés projetados para atuar, quando a diferença entre a entrada e saída da
grandeza associada ao elemento (equipamento ou circuito) de proteção excede o
valor previamente estabelecido.
Relés de Distância
33
Desta relação, determina-se a impedância vista pelo relé. Sabe-se que a impedância
de uma linha (ou trecho de linha) é proporcional ao comprimento da mesma.
Relé de reatância
resistência
Relé de
R
Relé de impedância
34
Proteção Piloto
Relés Eletromecânicos
Os relés eletromecânicos, primeiro tipo de relés, têm sido usados por muitos anos. O
princípio de funcionamento destes relés pode ser visto na Figura 3.6.
No desenho da Figura 3.6 vê-se que uma corrente com valor superior ao valor
ajustado, circulando pelo solenóide, fará com que o dispositivo acoplado ao
solenóide se desloque fazendo com que o contato se feche.
Este tipo de mecanismo é dito como sendo instantâneo, ou rápido, pois não possui
retardo de atuação proposital.
A corrente que circula nos pólos cria um fluxo que, por sua vez, cria uma corrente
induzida no disco. Esta corrente interage com o fluxo produzindo o torque que leva o
disco a girar. O torque de amortecimento, produzido pela mola, é proporcional à
velocidade angular de rotação.
35
I 0
Ciclo de tempo
I 4
3
2
1
0 1 2 3 4 5
0
I
I 0
Pólo superior 10
Inverso
Tempo em seg.
Amortecimento
Magnético 8
Muito Inverso
6
Mola
Extremamente
Disco 4 Inverso
2
I 0 1
0 5 10 15 20
Pólo Inferior
I
Figura 3.6 – Relé de sobrecorrente com solenóide instantânea e unidade de tempo inverso [20]
36
Pólo superior
Amortecimento
Magnético Referência
E
+ Ø
-E Disco I
Operação
Pólo Inferior Restrição
Torque = kEI cos Ø
Dianteira Traseira Z
Z 0 Z
1 2
I
-E+
Relés Estáticos
Por não possuírem partes móveis são extremamente rápidos, comparados aos relés
eletromecânicos. Além disto, apresentam uma melhora nas características de
sensibilidade e repetibilidade (as partes móveis dos relés eletromecânicos se
desgastam como tempo, enquanto os relés estáticos não apresentam danos para
37
atuação repetidas vezes). Devido aos componentes estáticos, tem-se também
menor consumo de potência, menor tamanho e um grau de manutenção menor.
Os relés estáticos podem ser usados para a maioria dos tipos de proteção, tais
como: proteção de linha de transmissão, de transformadores, de barramentos, de
geradores síncronos, etc.
Relés Digitais
Os relés digitais são considerados a terceira geração dos relés estáticos. Estes relés
utilizam como base os microprocessadores.
38
A seguir, uma estrutura mostrando a integração dos sistemas de supervisão,
controle, medição e proteção com o sistema de energia elétrica [13].
Servidor
Nível 3
Computador de Subestação
Nível 2
Nível 1
- funções de medição, controle, automação e proteção;
- funções de diagnóstico através de informações vindas do sistema;
- informações fornecidas aos equipamentos do sistema;
- interface homem-máquina;
- comunicações com o nível 2.
Nível 2
- funções de suporte aos processadores no nível 1;
- aquisição, processamento e armazenamento de dados;
- análise de seqüência de eventos;
- comunicação com os níveis 1 e 3.
39
Nível 3
- ações de controle de sistema;
- coleta e processamento de dados;
- análise de seqüência de eventos;
- montagem de registros dos dados adquiridos;
- elaboração de relatórios;
- organização das comunicações com os níveis 1 e 2;
- proteção adaptativa.
O relé digital é formado por subsistemas que desenvolvem funções específicas, tais
como: armazenamento de dados, processamentos dos dados, filtros, conversão
analógico/digital [24]. Os subsistemas são apresentados na Figura 3.10.
40
Com o objetivo de se extrair a componente de freqüência fundamental dos sinais
amostrados, a proteção digital faz uso da Transformada Discreta de Fourier (TDF),
entre outras transformadas, tais como cosseno e seno. Essas transformadas podem
ser aplicadas na descrição do conteúdo de freqüência dos sinais de entrada de
forma a obter o fasor associado a esse sinal [25].
Maiores detalhes de proteção digital e outros subsistemas podem ser vistos em [24,
26].
Conversor A/D
Porta Paralela
Processador
Porta Serial
Alimentação
41
Disjuntores
Com a finalidade de se entregar aos relés corrente e tensão com valores reduzidos,
mas proporcionais aos valores do circuito de potência, são utilizados os TC
(transformadores de corrente) e TP (transformadores de potencial).
42
Transformadores de corrente (TC)
43
Precisão dos TC
44
110 – 110 /√3 (IEC)
Os geradores são equipamentos do sistema elétrico sujeitos aos mais variados tipos
de falhas devido a sua grande complexidade. Podem ocorrer falhas no isolamento
45
da laminação magnética, problemas de sobreaquecimento que levam à redução da
vida útil do isolamento ou falha devido à sobretensões.
46
Proteção de Motores
As proteções de motores podem ser inseridas nos controladores dos motores ou nos
próprios motores (motores pequenos com proteções térmicas embutidas).
Proteção de Barramentos
A atuação de uma proteção de barras que seja rápida é de grande importância para
o sistema elétrico, pois associadas às barras existe uma concentração elevada de
potência que poderia danificar equipamentos e provocar distúrbios na rede [27].
A proteção de barras, além de ser rápida não deve também operar para faltas fora
de zona de proteção ou manobras feitas voluntariamente. Deve também permitir
monitoramento dos TC (transformador de corrente).
47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
91
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Qualificações-Chaves.
Documento SENAI-DN, 2000.
FREIRE, Paulo., Pedagogia do Oprimido. 16ª Ed. RJ: Editora Paz e Terra
Ltda., 1983.
92
PUC-MINAS, Laboratório LEEV (Laboratório eletro-eletrônico veicular).
Disponível em http://www.ipuc.pucminas.br/leev/contato.html. Acesso em: 15
maio 2007.
PHADKE A. G., Thorp J. S., Computer Relaying for Power Systms. Research
Studies Press, 1988.
93
Gonzaga, E. G., Localização Digital de Faltas em Linhas de Transmissão com
Utilização de Dados de um Terminal. 2001. Dissertação de Mestrado, UFMG,
Belo Horizonte.
94
SOKOLOFF, L., Apllications in Labwiew. Prentice Hall, 2003.
95