Demonstracoes Financeiras de 2016 Editavel
Demonstracoes Financeiras de 2016 Editavel
Demonstracoes Financeiras de 2016 Editavel
FINANCEIRAS
2016
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
SUMÁRIO
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
BALANÇO PATRIMONIAL......................................................................................................... 2
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO........................................................................................4
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE..............................................................4
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO..........................................5
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA............................................................................6
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO..........................................................................7
NOTAS EXPLICATIVAS
BALANÇO PATRIMONIAL
CNPJ 34.028.316/0001-03
Controladora Consolidado
ATIVO Nota Reclassificado Reclassificado
2016 2015 2016 2015
Circulante 4.386.777 4.372.506 4.417.674 4.404.655
Caixa e Equivalentes de Caixa 4 1.689.027 1.164.313 1.718.673 1.196.100
Contas a Receber 5 2.134.685 2.570.820 2.134.685 2.570.820
Estoques 6 81.257 71.777 81.257 71.777
Outros Valores e Bens 7 481.808 565.596 483.059 565.957
Créditos com Pessoas Ligadas 7.1 55.227 61.786 55.199 61.704
Adiantamentos 7.2 130.649 122.742 130.649 122.774
Impostos e Encarg. Sociais a
7.3 276.952 348.638 278.231 349.049
Compensar
Cobrança Jurídica/Inadimplência 7.4 5.347 967 5.347 967
Outros Créditos 7.5 13.633 31.463 13.633 31.463
Não Circulante 8 10.101.670 11.136.671 10.070.773 11.104.554
Realizável a Longo Prazo 2.773.394 3.833.721 2.771.035 3.831.868
Aplicações 4.3 354.956 790.578 354.956 790.578
Outras Aplicações - DPV 8.1 4.411 4.411 4.411 4.411
Imóveis Funcionais Vendidos 8.2 18 2 18 2
Tributos Diferidos 2.1.b 661.268 2.687.195 661.268 2.687.195
Depósitos Judiciais, Recursais e 107.776 107.776
8.3 111.875 111.875
Administrativos
Valores a Compensar 8.4 1.535.650 139.492 1.535.650 139.492
Convênio Postal Saúde 8.5 100.000 100.000 100.000 100.000
Outros 8.6 5.216 4.267 2.857 2.413
Investimentos 9 575.838 556.902 547.300 526.638
Investimentos Permanentes 9.1 547.334 526.672 547.334 526.672
(-) Perda ao Valor Recuperável (34) (34) (34) (34)
CorreiosPar 9.2 28.538 30.264 - -
Imobilizado 10 6.646.491 6.632.705 6.646.491 6.632.705
Imóveis 5.671.243 5.680.945 5.671.243 5.680.945
(-) Depreciação Acumulada (329.909) (297.352) (329.909) (297.352)
(-) Perda ao Valor Recuperável (50.926) (50.926) (50.926) (50.926)
Móveis 3.115.612 3.104.294 3.115.612 3.104.294
(-) Depreciação Acumulada (1.759.529) (1.804.256) (1.759.529) (1.804.256)
Intangível 11 105.947 113.343 105.947 113.343
Softwares 351.928 326.717 351.928 363.717
(-) Amortização (245.981) (250.374) (245.981) (250.374)
TOTAL DO ATIVO 14.488.447 15.509.177 14.488.447 15.509.209
2 2
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
BALANÇO PATRIMONIAL
CNPJ 34.028.316/0001-03
Controladora Consolidado
Reclassificado Reclassificado
PASSIVO Nota 2016 2015 2016 2015
Circulante 12 3.932.684 4.112.402 3.932.684 4.112.434
Fornecedores 12.1 785.733 700.630 785.733 700.630
Salários e Consignações 12.2 1.192.310 1.097.590 1.192.310 1.097.622
Encargos Sociais 12.3 260.903 213.097 260.903 213.097
Impostos e Contribuições 12.4 162.322 154.250 162.322 154.250
Arrecadações e Recebimentos 12.5 48.480 58.595 48.480 58.595
Adiantamentos de Clientes 12.6 5.433 3.680 5.433 3.680
Contas Internacionais a Pagar 12.7 86.149 104.460 86.149 104.460
Precatórios Judiciais 12.8 89.145 87.840 89.145 87.840
Provisões com Patrocinadas/Mantidas 12.9 410.054 398.501 410.054 398.501
Empréstimos e Financiamentos 12.10 999 - 999 -
Participação nos Lucros e Resultados 12.11 26.600 29.667 26.600 29.667
Receitas a Apropriar 12.12 19.068 17.537 19.068 17.537
Benefício Pós-Emprego 13.1 421.992 331.107 421.992 331.107
Obrigações Financeiras a Pagar 12.13 290.720 864.391 290.720 864.391
Convênio Postal Saúde 12.14 76.857 20.632 76.857 20.632
Outros Débitos 12.15 55.919 30.425 55.919 30.425
Não Circulante 13 10.269.681 9.934.188 10.269.681 9.934.188
Empréstimos e Financiamentos 12.10 720.924 - 720.924 -
Benefício Pós-Emprego 13.1 8.006.643 7.204.117 8.006.643 7.204.117
Passivos Contingentes 13.2 474.740 438.939 474.740 438.939
Tributos Compensados 13.3 11.203 10.911 11.203 10.911
Tributos Diferidos 13.4 473.321 1.755.386 473.321 1.755.386
Mandados e Precatórios 13.5 18.642 38.163 18.642 38.163
Obrigações Financeiras a Pagar 12.13 564.208 486.672 564.208 486.672
Patrimônio Líquido 14 286.082 1.462.587 286.082 1.462.587
Capital 14.1 3.179.458 3.179.458 3.179.458 3.179.458
Ajuste Avaliação Patrimonial-AAP 14.2 4.488.380 3.275.631 4.488.380 3.275.631
Outros Resultados Abrangentes 14.3 (3.965.979) (3.036.788) (3.965.979) (3.036.788)
Prejuízos Acumulados 14.4 (3.415.777) (1.955.714) (3.415.777) (1.955.714)
TOTAL DO PASSIVO 14.488.447 15.509.177 14.488.447 15.509.209
3 3
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
CNPJ 34.028.316/0001-03
Controladora Consolidado
Reclassificado Reclassificado
Nota 2016 2015 2016 2015
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS E SERVIÇOS 15.1 18.216.901 17.138.728 18.216.901 17.138.728
Custo dos Produtos Vendidos e dos Serviços
15.2 (15.429.599) (14.611.729) (15.429.599) (14.611.729)
Prestados
LUCRO BRUTO 2.787.302 2.526.999 2.787.302 2.526.999
Despesas com Vendas/Serviços 15.3 (875.282) (1.204.293) (875.282) (1.204.293)
Despesas Gerais e Administrativas 15.4 (3.782.856) (3.753.241) (3.788.380) (3.754.792)
Resultado de Participação em Controlada 15.5 (1.479) 346 - -
Outras Receitas Operacionais 15.6 1.209.724 248.127 1.209.732 248.127
Outras Despesas Operacionais 15.7 (198.701) (170.206) (198.901) (170.302)
LUCRO LÍQUIDO ANTES DO RESULTADO
(861.292) (2.352.268) (865.529) (2.354.261)
FINANCEIRO
Receitas Financeiras 15.8 761.261 824.918 765.538 827.164
Despesas Financeiras 15.9 (557.049) (554.294) (557.089) (554.304)
RESULTADO FINANCEIRO 204.212 270.624 208.449 272.860
RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O
(657.080) (2.081.644) (657.080) (2.081.401)
LUCRO
Imposto de Renda 16.1 (821.115) (29.113) (821.115) (29.291)
Contribuição Social 16.1 (11.310) (10.481) (11.310) (10.546)
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (1.489.505) (2.121.238) (1.489.505) (2.121.238)
4 4
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
RESERVA DE LUCROS
OUTROS AJUSTE
RESULTADOS
CAPITAL RESULTADOS AVALIAÇÃO TOTAL
LUCROS A ACUMULADOS
LEGAL ABRANGENTES PATRIMONIAL
REALIZAR
Saldo em 31/12/2014 (Reapresentado) 3.179.458 274.303 33.934 (185.234) (4.120.962) 3.296.110 2.477.609
Aumento de Capital:
Resultado do período - - - (2.121.238) - - (2.121.238)
Destinação do Lucro/Absorção Prejuízo:
- Reserva Legal - (274.303) - 274.303 - - -
2015
Aumento de Capital: - - - - - - -
Resultado do Período - - - (1.489.505) - - (1.489.505)
2016
5
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
6
6
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
7
7
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
8 8
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
Em 10/11/2016 foi assinado contrato CRT 226/2016 entre os Correios e a Accenture do Brasil
LTDA, para a prestação de serviços de consultoria técnica-especializada, para implantar o
Programa DEZ em 1.
O referido Programa consiste em um conjunto de iniciativas, com duração de 36 meses, que tem
como objetivo principal reverter a atual situação econômico-financeira em que se encontra a
Empresa. Ele contempla as seguintes etapas: revisão do Plano Estratégico; implantação da
metodologia Orçamento Base Zero (OBZ); adequação do Modelo Operacional (Cadeia de Valor e
Estrutura), priorização e otimização de 22 processos-chave. Ações que dado a complexidade
destas serão acompanhadas em toda a duração dos trabalhos, de um Plano de Gestão da Mudança
e do Monitoramento de Resultados.
A administração tem desenvolvido medidas para redução de suas despesas na busca do equilíbrio
econômico e financeiro, dentre as quais, estão o plano de saúde e o pós-emprego que representa
um passivo de R$ 8,4 bilhões no qual foi reconhecido no resultado do exercício de 2016, R$ 1,3
bilhão a título de provisão com o pós-emprego saúde e previdência.
Com realação ao Plano de Saúde no qual as despesas no exercício de 2016, foram na ordem de R$
1,7 bilhão, a Empresa, em 07/04/2017, registrou Pedido de Mediação e Conciliação Pré-Processual,
no Tribunal Superior do Trabalho, solicitando mediação para alteração na forma de custeio do
benefício, cujo modelo atual atribui à empresa participação de 93% das despesas, enquanto os
empregados arcam com 7%. A proposta contempla um modelo de custeio das despesas com
paridade, onde a ECT arcaria com 50% e os empregados com 50%. Ainda não houve acordo e as
negociação continuam, caso aprovada, haverá a redução nas despesas com saúde e pós-emprego.
Os Correios, na figura de mantenedor e patrocinador do Plano de Saúde e Fundo de Pensão,
respectivamente, realizam acompanhamento por meio da realização de auditorias internas.
As auditorias realizadas no fundo de pensão são de caráter obrigatório, com fundamento no art. 25
da Lei Complementar 108, de 29/05/2001 e § 2º do art. 41 da Lei Complementar 109, de
29/05/2001, bem como da Resolução CGPAR 09/2016 de 10/05/2016. Dessa forma, as auditorias
ocorrem anualmente e prioritariamente sobre as unidades com base em seus riscos totais de modo
que aquelas com maior risco total são auditadas primeiro que as de menor risco.
O acompanhamento consiste na avaliação da eficácia e da tempestividade das providências
adotadas pelos gestores visando a eliminação das causas, nos termos das recomendações e
determinações formuladas pela Auditoria Interna, pelas Auditorias Externas contratadas para
avaliação nessas entidades, pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar
(PREVIC), pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal (CGU) e pelo Tribunal de
Contas da União (TCU).
Outra iniciativa de grande vulto encontra-se na imunidade tributária recíproca validada pela
sistemática de repercussão geral pelo STF. A tese reiterada diversas vezes pela Corte estabelece
que os Correios são imunes aos impostos incidentes sobre renda, patrimônio e serviços, seja como
delegatária de serviço público essencial, seja como prestadora de serviços em regime
concorrencial.
Os Correios, enquanto longa manus da União, não fazem jus ao direito de suscitar o desequilíbrio
econômico-financeiro na prestação do serviço público nos termos das Leis nº 8.987/1995 e
8.666/1993, possuindo a obrigação legal de prestar os serviços públicos a ela delegados,
independentemente da remuneração percebida. Logo, preexcluída de qualquer imposto, a Empresa
passa a ter custos menores e consegue manter de maneira mais saudável o serviço que lhe é
atribuído.
No atual cenário, os Correios encontram-se amparados pelo direito de não ter contra si a cobrança
do IPTU, IPVA e ISS, assumindo de maneira plena, em 2016, os efeitos da imunidade por meio do
registro no patrimônio do direito relativo aos créditos tributários de pagamento indevido de IRPJ e
de PIS e COFINS pagos pela sistemática não cumulativa, fato de fundamental importância para
auxiliar na manutenção dos serviços públicos delegados aos Correios.
9 9
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
O resultado prático da imunidade tributária recíproca ocasionará uma economia financeira salutar,
pois verte para benefício do próprio serviço público a parcela que seria destinada para os entes
federativos na forma de impostos.
Apesar dos resultados negativos apresentados, os Correios, por serem uma empresa pública, não
se submetem aos regimes falimentar e de recuperação disciplinados pela Lei de Falência, n.º
11.101/2005. A Empresa equipara-se à Fazenda Pública visto que presta serviços públicos,
seguindo rito distinto dos aplicáveis aos empresários e as sociedades empresárias.
Mesmo em estado de insolvência, não pode ser decretada à organização pública a situação de
falência, uma vez que a mesma é tida como um braço da União. Desse modo, os compromissos
assumidos por ela são garantidos pelo Estado na condição de “subsidiário”. Portanto, numa
situação de falência, mesmo que não decretada, cabe ao Estado fazer aportes de capital em suas
organizações para que elas possam se reafirmarem no mercado e voltem a apresentar resultados
positivos e contribuir novamente para a economia do país.
1.2 Programa de Integridade
Os Correios iniciam processo para implantação e aprimoramento do Programa de Integridade dos
Correios, reforçando a atuação empresarial conforme o interesse público e demais princípios que
regem a Administração Pública, com a finalidade de:
Aprimorar os padrões de ética e conduta, além da criação e aprimoramento das demais
políticas, normas e procedimentos que forem necessários;
Realizar ações de comunicação, cursos e treinamentos efetivos para disseminação das
normas e conteúdo de que trata o item anterior;
Aprimorar os canais de denúncias e de fluxos e processos para seu tratamento;
Aprimorar o procedimentos e instâncias responsáveis pelas ações de responsabilização
disciplinar;
Implementar ações de remediação necessárias, que contemplem o constante
aprimoramento dos processos de trabalho.
O programa de integridade dos Correios tem o comprometimento da alta direção da empresa
conforme Termo de Compromisso assinado em 2016.
Os Correios e o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria Geral da União – CGU
assinaram acordo de cooperação técnica com o objetivo de ampliar as ações de articulação, com
vistas ao aprimoramento das respectivas atribuições institucionais, por meio de ações integradas,
apoio mútuo e intercâmbio de experiências e informações.
Outra ação da empresa é a troca de informações, conhecimentos, iniciativas e experiências
nacionais e internacionais no combate à corrupção. Essa troca de experiências ocorrem nas
reuniões do grupo de trabalho anticorrupção do Pacto Global que é uma iniciativa desenvolvida pelo
ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial
internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, de valores fundamentais e
internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e
combate à corrupção.
NOTA - 2 RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS E POLÍTICAS CONTÁBEIS
2.1 Declaração de conformidade
As Demonstrações Financeiras foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil, tomando por base a legislação societária (Lei 6.404/76, alterada pelas
Leis 11.638/07 e 11.941/09) e as normas e pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis – CPC, aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM e
recepcionado pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC.
A preparação das Demonstrações Financeiras requer que a administração utilize estimativas e
premissas que afetem os valores reportados de ativos e passivos, a divulgação de passivos
contingentes na data das Demonstrações Financeiras, bem como os valores reconhecidos de
receitas e despesas durante o exercício.
10 10
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
As estimativas adotadas pela administração incluem perdas estimadas com créditos de liquidação
duvidosa, provisões passivas, fundos de pensão e a determinação de vida útil econômica dos
ativos. Contudo, embora os Correios utilizem suas melhores estimativas e julgamentos, os
resultados reais podem apresentar diferenças em relação às mencionadas estimativas, em
decorrência de possíveis eventos futuros.
Alguns valores relativos aos exercícios anteriores foram reclassificados para melhor
comparabilidade com o exercício atual e estão apresentadas na nota 3.
As Demonstrações Financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto por
determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos, benefício pós-
emprego e distrato do Banco Postal evidenciados a valor presente, conforme descrito nas práticas
contábeis. O custo histórico geralmente é baseado no valor justo das contraprestações pagas em
troca de ativos na data de aquisição.
Estimativas e julgamentos contábeis críticos:
As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na
experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas
razoáveis para as circunstâncias.
Com base em premissas, a Empresa faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as
estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais.
As estimativas e premissas que apresentam risco significativo e julgamentos críticos, com
probabilidade de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o
próximo exercício social, estão contempladas a seguir:
a) Imunidade Tributária Recíproca
Nos últimos anos o Supremo Tribunal Federal reiterou e pacificou sua jurisprudência no sentido de
que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos está amparada pelo art. 150, VI, “a” da
Constituição Federal, sendo a não incidência do tributo sobre a renda, o patrimônio e os serviços o
resultado prático do imperativo constitucional.
Fundamenta a Corte que a imunidade aplica-se tanto às finalidades essenciais (exclusivas) quanto
àquelas que não são finalísticas do próprio serviço público (concorrenciais). Destaca-se que as
decisões do Pleno são sui generis, uma vez que todas as receitas auferidas pelos Correios
abrigam-se sob o manto da imunidade.
A Diretoria Executiva, amparada na consolidada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal na
sistemática de repercussão geral de Recursos Extraordinários e nos Pareceres Técnicos dos
assessores tributários decidiu reconhecer no patrimônio os efeitos da cobrança indevida, em
tempos pretéritos, do Imposto de Renda e da parcela paga indevidamente a título de PIS e COFINS
por força do enquadramento em regime de apuração não aplicável aos entes imunes a impostos.
O registro dos créditos tributários de IRPJ foi efetuado em 2016, concomitantemente ao início do
pleito de restituição dos valores na esfera administrativa, enquanto os relativos ao PIS e à COFINS
serão compensados no decorrer dos exercícios seguintes.
Como reflexo da decisão, foram revertidos todos os ativos fiscais diferidos de IRPJ, assim como
todos os passivos fiscais diferidos relativos a este imposto, por considerar que a matéria Imunidade
Tributária Recíproca dos Correios resta definida e reiterada e não representa riscos contingenciais
por existir precedentes favoráveis emitidos pelo STF em sede de recursos dotados de repercussão
geral.
Os impactos da imunidade estão refletidos conforme quadro a seguir:
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Reversão de IR
Reversão de IR Diferido 1
(1.997.606) 1.290.725
Diferido2
Constituição Ganhos Contingenciais Imunidade 3
1.396.158 Patrimônio Líquido
Aumento 689.277
1) A reversão de ativo fiscal diferido de R$ 1.997.606 é soma de 872.298 de reversão de IR diferido sobre movimentação
11 11
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
temporária detelhado na nota 16.2 mais R$1.125.307 dos 1.165.261 das reversões de IR diferido sobre ORA detalhados
na nota 16.3;
2) A reversão de passivo fiscal diferido de R$ 1.290.725 é soma de 51.184 de reversões de IR sobre movimentações
temporárias detelhado na nota 16.2 mais R$1.239.541 dos(1.242.141) das reversões de IR diferidos sobre ORA
detalhados na nota 16.3;
3) O valor detalhado na nota 8.4.
12 12
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
A prestação de contas entre a Postal Saúde e Correios é realizada com base nos atendimentos
efetuados na rede credenciada, momento em que a despesa executada é reconhecida como
definitiva e a diferença como provisão.
Com relação aos repasses efetuados, a diferença entre estes e a prestação de contas é
reconhecida como adiantamento ou obrigação a pagar.
2.9 Investimentos
2.10 Participações Societárias
O investimento na controlada - Correiospar, é avaliado, mensalmente, pelo método de equivalência
patrimonial, com base no seu Patrimônio para o devido reconhecimento no balanço da controladora.
2.11 Propriedades para Investimento
Composto pelos imóveis mantidos para geração de renda ou para valorização (cedidos, alugados,
desocupados) estando esses reconhecidos pelo custo de aquisição acrescido do custo atribuído,
quando houver.
As políticas de classificação adotadas pela Empresa para classificação dos imóveis como de
propriedades para investimento são:
a Cedidos/alugados - Imóveis próprios com 50% ou mais da área edificada, ocupada por
terceiros;
b Desocupados - Imóveis próprios sem uso pelos Correios ou com 50% ou mais da área ocupada
por terceiros em processos de desocupação.
A depreciação dos imóveis e instalações cedidas e alugadas é calculada pelo método linear, com
base na vida útil econômica e valor residual, conforme laudo de avaliação emitido por empresa
contratada para este fim em 2014. Entretanto, anualmente há uma avaliação da consistência dos
percentuais praticados.
2.12 Demais Investimentos
Os demais investimentos que não se enquadrem nas categorias acima são avaliados pelo custo
histórico.
2.13 Imobilizado
A depreciação é calculada de forma linear, baseando-se na vida útil econômica e no valor residual
quando houver, conforme demonstrado na tabela a seguir:
TEMPO DE VIDA ÚTIL
NATUREZA DO IMOBILIZADO MÉDIO
Fiscal Econômica
Imóveis 25 anos 29 anos
Demais Equipamentos de Proc. de Dados 5 anos 5 anos
Computador e Impressora 5 anos 4 anos
Máquinas e Equipamentos. 10 anos 10 anos
Motocicletas 4 anos 3 anos
Veículos Leves - Carga até 1.000 Kg 5 anos 6 anos
Veículos Leves - Carga acima de 1.000Kg 5 anos 7 anos
Veículos Motorizados Pesados 6 anos 10 anos
Veículos Não-Motorizados 5 anos 5 anos
Moveis e Utensílios 10 anos 10 anos
Ferramentas e Instrumentos 5 anos 5 anos
O método de depreciação, a vida útil econômica e os valores residuais serão revistos a cada
encerramento de exercício financeiro e eventuais ajustes reconhecidos como mudança de
estimativas contábeis. Terrenos não são depreciados.
14 14
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
15 15
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
17 17
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
18 18
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
19 19
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
financeiros na categoria de “Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes” são
registrados no balanço pelo seu valor justo (para refletir os fluxos de caixas esperados pela venda),
sendo a parte relativa ao custo amortizado registrada no resultado do exercício (para refletir o
recebimento dos fluxos de caixa contratuais), sendo a diferença registrada em Outros Resultado
Abrangentes, devendo ser posteriormente reciclada para o resultado do exercício quando da
venda/baixa do instrumento financeiro. A outra principal alteração está relacionada ao “impairment”
de ativos financeiros, como por exemplo as provisões para créditos de liquidação duvidosa, em que
o modelo de “perda esperada” substitui o modelo de “perda incorrida”. O novo modelo de “perda
esperada” deve impactar materialmente todas as entidades que detenham instrumentos financeiros
nas categorias de “Custo Amortizado” e “Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes”.
IFRS 15 Revenues from contracts with customers:
O IFRS 15 estará vigente para exercícios findos a partir de 1° de janeiro de 2018. Esta nova norma
contém significativamente mais orientações e requerimentos em comparação às normas e
interpretações existentes. Na nova norma, a receita deverá ser reconhecida levando-se em
consideração os cinco critérios a seguir que precisam ser atendidos de forma cumulativa: (i)
identificar o contrato; (ii) identificar as obrigações de “performance”; (iii) determinar o preço da
transação; (iv) alocar o preço da transação para cada obrigação de “performance”; e (v) reconhecer
a receita somente quando cada obrigação de “performance” for satisfeita. A adoção desta nova
norma pode resultar no fato de que em muitas entidades o momento e a natureza do
reconhecimento de receita deverão ser modificados.
IFRS 16 Leases:
O IFRS 16 estará vigente para exercícios findos a partir de 1° de janeiro de 2019. Esta nova norma
substitui IAS 17 Leases, IFRIC 4 Determining whether an Arrangement contains a Lease, SIC-15
Operating Leases – Incentives e SIC-27 Evaluating the Substance of Transactions Involving the
Legal Form of a Lease. Os requerimentos de contabilização para os arrendadores permanecem
substancialmente os mesmos em comparação às normas atualmente vigentes. Entretanto, há
alterações significativas para os arrendatários na medida em que o IFRS 16 determina um modelo
único apenas para os arrendatários ao eliminar a distinção entre arrendamento financeiro e
operacional de forma a resultar em um balanço patrimonial refletindo um “direito de uso” dos ativos
e um correspondente passivo financeiro. Assim, para muitas entidades o efeito de registrar todas as
operações de leasing no balanço patrimonial poderá ser muito significativo.
Os efeitos do IFRS 15 Revenues from Contracts with Customers e IFRS 9 Financial Instruments
ainda estão sob análise da administração da Empresa, uma vez que os mesmos poderão gerar
impactos significativos nas Demonstrações Contábeis.
21 21
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
22 22
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
A Empresa e sua controlada aplicam suas disponibilidades financeiras em títulos públicos de curto e
longo prazo marcados a mercado e com vencimentos até 2027, de acordo com a tabela a seguir.
Contudo, esses títulos são negociados conforme as demandas do fluxo de caixa da Empresa,
sendo classificados como mantidos para negociação.
Composição do Curto Prazo (Circulante)
Ajustes
Cotas Provisão
Vencimento LTN NTN-F NTN-B do Totais
Fundo de IR
Fundo
2017 901.916 9.822 77.165 29.722 (2.232) (1.586) 1.014.807
TOTAIS 901.916 9.822 77.165 29.722 (2.232) (1.566) 1.014.807
Composição do Longo Prazo (Não Circulante)
Ajustes
Cotas Provisão
Vencimento LTN NTN-F NTN-B do Totais
Fundo de IR
Fundo
2018 32.223 1.998 97.685 - - - 131.906
2019 15.940 1.436 57.656 - - - 75.032
2020 15.331- - 20.974 - - - 36.304
2021 - 12.877 74.005 - - - 86.882
2023 - 11.930 - - - - 11.930
2025 - 8.395 - - - - 8.395
2027 - 4.507 - - - - 4.507
TOTAIS 63.494 41.143 250.319 - - - 354.956
23 23
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
Por possuírem dados observáveis em mercado ativo, a totalidade da carteira é considerada nível 1
de hierarquia de valor justo.
4.3.1.2 Composição do Patrimônio Líquido dos Fundos em 31/12/2015
Consolidado
Não
Circulante Total do
Circulante
Instituição Fundo Patrimônio
Aplicações Líquido
Provisão
Caixa² (líquidas da Aplicações
do IR
Provisão do IR)
BB 13 A 20.857 574.116 1.055 - 596.028
BB 13 B 90.935 239.303 2.356 572.423 905.017
CEF Fundo X 108.962 124.379 2.172 218.155 453.668
BB Cotas Fundo¹ - 31.787 84 - 31.871
Totais 220.754 969.585 5.667 790.578 1.986.584
¹ Refere-se ao valor registrado no Fundo BB Extramercado FAE 2, não exclusivo, da Controlada.
² Refere-se a soma entre os valores das operações compromissadas e as disponibilidades dos fundos, que na consolidação
são classificados na conta "caixa".
A Empresa e sua controlada aplicam suas disponibilidades financeiras em títulos públicos de curto e
longo prazo marcados a mercado e com vencimentos até 2020, de acordo com a tabela a seguir.
Contudo, esses títulos são negociados conforme as demandas do fluxo de caixa da Empresa,
sendo classificados como mantidos para negociação.
Composição do Curto Prazo (Circulante)
Cotas Provisão Ajustes
Vencimento LTN NTN-B Totais
Fundo de IR do Fundo
2016 575.185 368.243 31.871 (5.667) (47) 969.585
TOTAIS 575.185 368.243 31.871 (5.667) (47) 969.585
24 24
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
25 25
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
Para fins fiscais, o saldo de PECLD ajustado pelas perdas não dedutíveis é adicionado à apuração
do Lucro Real.
5.2 Serviços Faturados: correspondem aos direitos a receber de clientes, por serviços prestados
ou produtos vendidos.
5.3 Serviços a Faturar: representam os direitos a receber por serviços prestados ou produtos
vendidos a clientes, em processo de emissão de fatura.
5.4 Cartões de Crédito: crescimento de R$ 2.661 registrado na rubrica referente ao aumento dos
recebíveis pagos na modalidade de Cartão de Crédito, quando da venda de produtos e serviços.
5.5 ACF/Prestação de Contas: referem-se aos direitos junto aos franqueados, correspondentes à
arrecadação da última quinzena do mês.
5.6 ACC/Prestação de Contas: referem-se aos direitos junto aos permissionários,
correspondentes à arrecadação da última quinzena do mês.
5.7 Débitos Internacionais: : o valor de R$ 437.547 corresponde aos direitos decorrentes das
relações dos Correios e outros Correios mundiais. O saldo de 2016 ainda traz influência de saldos
de anos anteriores, tendo em vista a própria dinâmica temporal das regras estabelecidas pela
convenção da União Postal Universal – UPU, da qual o Governo Brasileiro é signatário e os
Correios estão obrigados a seguir. Para esta conta foi constituída uma PECLD na ordem de R$
5.812, referente aos valores a receber em 2016 que os Correios ainda aguardam o pagamento.
5.8 Débitos Negociados de AGF: referem-se a valores em atraso, a receber de AGF, com termo
de confissão de dívida e acordo de parcelamento.
5.9 Direito a Receber de AGF – Lei postal: corresponde às operações de vendas de produtos da
Lei Postal para as AGF.
5.10 Valores a Receber de AGF: referem-se aos direitos junto aos franqueados correspondentes
à arrecadação da última quinzena do mês.
NOTA - 6 ESTOQUES
Os estoques estão armazenados em dois grandes centros de distribuição de materiais,
responsáveis por suprir, as unidades administrativas, as unidades de atendimento e demais
unidades operacionais. As perdas com estoque estão constituídas para os materiais que se
encontram obsoletos, danificados ou vencidos.
MATERIAIS ESTOCADOS 2016 2015
Material para consumo 60.327 48.058
Material para revenda/almoxarifados 23.060 24.311
Material em consignação 565 326
Perdas com estoque (2.695) (918)
TOTAL 81.257 71.777
26 26
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
7.3.1 IR e CSLL a Restituir: as contas abrigam os saldos dos tributos retidos por clientes e não
utilizados até o final do exercício por ocasião de apuração de prejuízo fiscal. Estes valores passam
a adquirir a característica de saldo negativo de imposto de renda e base negativa de CSLL e serão
utilizados no exercício seguinte para pagamentos de débitos administrados pela Secretaria da
Receita Federal.
7.3.2 PIS e COFINS a Restituir/Compensar: refere-se a créditos fiscais atualizados decorrentes
da parcela paga indevidamente sobre as regras do regime não-cumulativo, cujo alcance não atinge
os entes imunes conforme artigo 150, VI, “a” da CF.
7.4 Cobrança Jurídica/Inadimplência
Representam os direitos, cuja cobrança está no âmbito judicial.
27 27
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
PECLD – 2015
99% da diferença entre fatura em cobrança jurídica e perdas dedutíveis 47.956
100% das perdas dedutíveis (Lei 9.430/96) 68.782
Saldo final da PECLD em 31/12/2015 116.738
28 28
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
29 29
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
30 30
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
O saldo de R$ 139.492 corresponde ao valor dos tributos federais retidos na fonte remanescentes
da resilição contratual com o Banco do Brasil S/A. Os créditos fiscais foram solicitados,
tempestivamente, em 2016 à Receita Federal mediante pedido de restituição.
O montante de R$ 1.396.156 refere-se aos créditos tributários de IRPJ, PIS e COFINS, pagos
indevidamente nos últimos 5 anos e corrigidos monetariamente até 31/12/2016. A empresa,
baseada nos julgamentos proferidos pelo Pleno do STF em matéria de repercussão geral, iniciou
em 2016 o pleito dos valores na esfera administrativa por meio de pedidos de restituição, por
entender ser imune a impostos conforme 150, VI, “a” da Constituição Federal e não se sujeitar a
sistemática da não cumulatividade para cálculo do PIS e da COFINS.
8.5 Convênio Postal Saúde: Representa o valor repassado à operadora para a constituição do
ativo garantidor das provisões técnicas, em especial a Provisão de Eventos/Sinistros a Liquidar –
PEL, por exigência da IN nº 10/2007 da ANS.
8.6 Outros:
2016 2015
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
Outros Créditos a Realizar 3.228 1459 2.080 571
Débitos de Ex-Empregados 333 333 1.136 1.136
Outros Débitos de Empregados 1.065 1065 739 706
Ressarcimentos da Correiospar 400 - 134 -
Despesa Estrutura e Serv. Gerais
190 - 178 -
Correiospar
TOTAL 5.216 2.857 4.267 2.413
8.6.1 Outros Créditos a Realizar: do montante de R$ 3.228 nesta rubrica, R$ 1.769 refere-se a
direito a receber da Correiospar, referente a folha de pagamento e tributos.
8.6.2 Débitos de ex-empregados: refere-se a débito de ex-empregados não recuperados na
rescisão contratual, anteriormente registrados em conta de outros débitos de empregados no curto
prazo.
8.6.3 Ressarcimentos da Correiospar: refere-se ao ressarcimento de atividades administrativas
estabelecido conforme convênio entre a Correiospar e os Correios.
8.6.4 Despesa Estrutura e Serviços Gerais a Correiospar: refere-se a utilização da estrutura e
serviços gerais dos Correios para execução das atividades operacionais da Correiospar.
NOTA - 9 INVESTIMENTOS
Estão compostos conforme a seguir:
31 31
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
2016 2015
INVESTIMENTOS
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
CorreiosPar 28.538 - 30.264 -
Museus e Coleções 1.001 1.001 1.001 1.001
Imóveis Mantidos para Investimento 550.406 550.406 529.012 529.012
Perda ao Valor Recuperável (34) (34) (34) (34)
Deprec. de Imóveis Mantidos para
(4.073) (4.073) (3.341) (3.341)
Investimento
TOTAL 575.838 547.300 556.902 526.638
9.1 Investimentos Permanentes
9.1.1 Imóveis Mantidos para Investimentos: Os imóveis cedidos, alugados ou desocupados, ou
seja, que não são utilizados na produção ou fornecimento de bens e serviços ou finalidades
administrativas são caracterizados como mantidos pelo proprietário para obter rendas ou
valorização do capital, ou ambas, e, nos termos do Pronunciamento Técnico CPC 28 –
Propriedades para Investimentos são classificados como Investimentos.
Os critérios para classificação e os métodos e taxas de depreciação são os mesmos utilizados para
o imobilizado, constantes na nota 2.10. conciliação.
32 32
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
NOTA - 11 INTANGÍVEL
Corresponde aos softwares não integrados às máquinas e equipamentos registrados no
imobilizado.
Os critérios de mensuração, métodos de amortização estão detalhados na nota 2.14.
Depreciação Valor
Valor Líquido Transferência Transferência
Rubrica Adições Baixas / Líquido em
em 31/12/2015 entrada saídas
Amortização 31/12/20161
Software, Licenc. Similares 113.343 26.147 (1) 18.312 (22.887) (28.967) 105.947
TOTAL INTANGÍVEL 113.343 26.147 (1) 18.312 (22.887) (28.967) 105.947
1 O valor líquido em 31/12/2016 corresponde ao valor líquido de 31/12/2015 somado às adições e subtraído das baixas e
amortização;
O aumento de R$ 94.720 neste grupo deve-se, principalmente, aos valores descontados dos
empregados, relativos à contribuição para o Postalis BD e Postalis (Postalprev), ocorridas em
função do não pagamento, em dezembro/2016, da parcela apropriada referente ao 13º salário e à
33 33
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
12.5 Arrecadações e Recebimentos: as obrigações que compõem esse grupo estão detalhadas
no quadro a seguir. Cabe salientar que essas obrigações são liquidadas, mensalmente, e na forma
pactuada nos contratos com terceiros.
2016 2015
Controlador
ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTOS Consolidado Controladora Consolidado
a
Emissão Vale Postal Nacional 5.632 5.632 10.786 10.786
Vale Postal Internacional - Importação 239 239 291 291
Vale Postal Internacional - Exportação 192 192 70 70
Reembolso Postal – Entrega 20 20 85 85
Venda de Título de Capitalização 2.131 2.131 1.651 1.651
34 34
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
2016 2015
Controlador
ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTOS Consolidado Controladora Consolidado
a
Venda de Produtos de Terceiros e
193 193 402 402
Consignados
Recebimento de Contas – Serviços
20 20 24 24
Públicos
Recebimento de Contas – Serviços
55 55 63 63
Particulares
Recebimento para o Postalis 31.631 31.631 31.538 31.538
Recebimento de Imposto de
6.184 6.184 11.605 11.605
Importação
Serviços Virtuais 229 229 259 259
Certificado Digital 1.814 1.814 1.690 1.690
Outros Recebimentos/Arrecadações 140 140 131 131
TOTAL 48.480 48.480 58.595 58.595
35 35
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
12.11 Participação nos Lucros e Resultados – PLR: dos R$ 26.600 registrados nesta rubrica,
R$ 2.513 referem-se a valores pendentes de pagamento a empregados afastados ou desligados
dos Correios, R$ 1.066 à PLR de 2012 e 2013 dos dirigentes, R$ 772 refere-se a dedução do Índice
de Desempenho Operacional - IDO, pelo não atingimento de metas, R$ 1.448 relativos à reserva
técnica de exercícios anteriores provisionada para fazer face a possíveis questionamentos de
empregados na justiça, referente ao critério utilizado para definição dos empregados elegíveis e
inelegíveis, em 2012, 2013 e 2014, R$ 20.801 refere-se a valores pendentes de pagamento a
empregados ativos no qual não houve acordo com o sindicato respectivo.
12.12 Receitas a Apropriar: do montante de R$ 19.068, registrado nesta rubrica, R$ 19.065
decorrentes de aluguéis de caixas postais que, tendo em vista o regime de competência, devem ser
apropriadas no curso de 2016; e R$ 3 de valores repassados por órgãos públicos antecipadamente
para serem descontados quando da prestação de serviços postais pelos Correios.
12.13 Obrigações Financeiras a Pagar:
Em face do Distrato, os Correios reconheceram um custo gerado pela resilição no valor de
R$405.233, derivados da atualização monetária do valor principal a ser devolvido de R$ 1.460.017,
constituindo, em 31/05/2014, uma dívida de R$ 1.865.250.
DISTRATO DO BANCO POSTAL
Data do Distrato Valor Principal Valor da Atualização Valor Total
30/05/2014 1.460.017 405.233 1.865.250
Verifica-se que o custo gerado com este Distrato está condicionado à assinatura do novo contrato, o
qual enseja um aumento de receita com o serviço de Banco Postal. Assim, seguindo o princípio da
confrontação da Receita com a Despesa, o custo da operação, deverá ser apropriado na despesa à
medida que a receita do novo Contrato é reconhecida, durante o período de 30 meses.
Até 2016, foi pago o montante de R$ 1.411.848, referente às duas primeiras parcelas do Distrato (a
primeira parcela, paga em 02/01/2015, no valor de R$ 662.014 e a segunda parcela , paga em
04/01/2016, no valor de R$ 749.834), restando a parcela com vencimento estabelecido para
02/01/2017.
36 36
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
12.15.1 Convênio Sesi/Senai: o montante de R$ 7.905 refere-se à parcela retida, pelos Correios,
dos pagamentos a serem efetuados ao SESI/SENAI, conforme contrato, para aplicação em
programas assistenciais de treinamento e lazer.
12.15.2 Caução de Fornecedores: o valor de R$ 27.745 corresponde aos depósitos em dinheiro
recebidos como garantia para participação de licitação ou para cumprimento de contratos.
12.15.3 Valores a Regularizar: os R$ 18.021 são referentes a venda de bens do ativo fixo, no
valor de R$ 17.627 e o montante de R$ 394 refere-se a movimentação de numerários para agências
próprias.
NOTA - 13 PASSIVO NÃO CIRCULANTE
13.1 Benefício Pós-Emprego
13.1.1 Composição da provisão para benefícios pós-emprego
As provisões para benefícios pós-emprego referem-se às expectativas (cálculos atuariais) de
despesas com os planos de aposentadoria, pensão, assistência à saúde sob responsabilidade dos
Correios.
37 37
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
Despesas
Descrição 2016 2015
A CorreiosSaúde Ativos 1.522.482 1.617.056
B CorreiosSaúde Aposentados 218.029 164.024
C=A+B CorreiosSaúde Total 1.740.511 1.781.080
D Despesa com Provisão Pós-Emprego Saúde 1.059.265 901.873
E=B+D Total da Provisão do Pós-Emprego Saúde 2
1.277.294 1.065.897
F Despesa Postalis Empregador 192.444 99.350
G Despesa Administrativa/outros Postalis (20.810) (39.607)
H Despesa com Provisão Pós-Emprego Previdência 148.824 381.855
I=F+G+ Total das Despesas com Pós-Emprego
320.458 441.598
H Previdência3
J=E+I Total Provisão Pós-Emprego 1.597.752 1.507.495
1 Devido às peculiaridades do Plano Postalis – BD, para compor o total da obrigação atuarial aqui descriminada, deve-se somar as
obrigações de curto e longo prazo de benefício pós-emprego com o valor de R$ 17.822 em 2016 Nota 12.3., registrados na
conta Postalis – Empregador em encargos sociais e R$ 20.678 referente a Postalis Empregador registrado no subgrupo
Provisões com Patrocinadas/Mantidas – Nota 12.9.
2 Valores projetados como custo do serviço e custo do juros da Correios Saúde para 2016;
3 Valores projetados como custo do serviço e custo do juros da Postalis - BD para 2016
38 38
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
39 39
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
40
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
PREMISSAS ATUARIAIS
Descrição CorreiosSaúde PostalPrev - CV Benefício Definido - BD
2016 2015 2016 2015 2016 2015
Expectativa de retorno dos ativos do plano
N/A N/A 10,58% 19,31% 11,39% 19,31%
(anual)
Taxa de crescimento real dos custos por
1,58% 2,52% - - - -
envelhecimento
1,04% até a 2,81% até 48 1,04% até a 2,81% até 48 anos 0,71% até 0,80% até 48
Taxa de rotatividade aposentadoria e anos e 1,00% aposentadoria e e 0% após 48 aposentadoria e anos e 0%
0,00% após após 48 anos 0,00% após anos 0,00% após após 48 anos
41
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
PREMISSAS ATUARIAIS
Descrição CorreiosSaúde PostalPrev - CV Benefício Definido - BD
2016 2015 2016 2015 2016 2015
Taxa de crescimento real dos custos com
2,00% a.a. 1,81% a.a. - - - -
saúde
Para o CorreiosSaúde, foram considerados apenas os empregados ativos que alcançaram mais de dez anos de serviço no momento da aposentadoria,
conforme estabelecido no acordo coletivo de trabalho.
13.1.1.7 Valores Reconhecidos no Resultado e em Outros Resultados Abrangentes
Os valores reconhecidos no resultado do exercício e em outros resultados abrangentes, foram os seguintes:
CorreiosSaúde PostalPrev Benefício Definido - BD
Descrição
2016 2015 2016 2015 2016 2015
Custo do Serviço:
Custo de serviço corrente líquido (159.220) (213.264) 45.306 (5.961) (14.455) 47.473
Custo de juros líquido (1.118.074) (852.633) - 5.782 (306.003) (489.071)
Provisão para Planos de Benefícios e Outros Benefícios Pós-
(1.277.294) (1.065.897) 90.241 (179) (320.458) (441.598)
Emprego
Remensurações do Plano de Benefício Definido:
Ganhos e perdas sobre o ativo justo - (63.773) (39.875) 14.217 (585.508)
Reversão da provisão de RTSA - - - -
Ganhos e perdas sobre a obrigação atuarial de benefício definido:
- Ganhos e perdas atuariais decorrentes de ajuste de
789.268 322.462 58.894 6.891 228.184 511.624
experiência
- Ganhos e perdas resultantes da alteração de pressupostos
(440.865) 967.954 (6.330) 37.746 (664.140) 885.264
Financeiros
- Ganhos e perdas resultantes de alteração de pressupostos
95.533 (91.536) 12.267 (16.713) (22.086) (103.696)
demográficos
Mudança da restrição da obrigação atuarial - - 314.566 (163.909)
Juros sobre o efeito da restrição da obrigação atuarial - - - -
Mudança do teto do ativo - 91.299 (54.027) - -
Efeito do não reconhecimento em exercícios anteriores - - - -
42
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
43
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
44
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
benefícios, buscando o equilíbrio atuarial do plano. Para formulação da política são analisados os critérios e objetivos de investimento dos recursos do
plano de custeio e benefícios, considerando:
a Taxa esperada de retorno;
b Preservação de capital;
c Diversificação;
d Tolerância a risco;
e Estabilidade;
f Liquidez; e
g Regra geral de benefícios.
Com base nesses critérios são definidos mecanismos de investimento e a melhor estratégia na diversificação das carteiras: renda fixa, renda variável,
investimentos estruturados, investimentos no exterior, imóveis e operações com participantes.
13.1.1.11 Descrição da Base Utilizada para Determinar a Taxa de Desconto Atuarial
As taxas de desconto atuariais foram definidas considerando a duration dos Planos: de Benefícios Definido – BD em 13,3 anos (NTN-F com vencimento
em 01/01/2027), de Contribuição Variável – Postalprev em 19,4 anos (NTN-B com vencimento em 15/05/2035), e CorreiosSaúde em 14,5 anos (NTN-F
com vencimento em 01/01/2027), ocasionando na definição das taxas percentuais de 6,56% a.a. para o Postalis BD e CorreiosSaúde e 5,78% a.a. para
o Postalprev.
13.1.1.12 Conciliação do Valor Justo dos Ativos do Plano
A tabela a seguir apresenta a conciliação dos saldos do valor justo dos ativos do plano:
CONCILIAÇÃO DO ATIVO DO PLANO
Descrição CorreiosSaúde PostalPrev Benefício Definido - BD
2016 2015 2016 2015 2016 2015
Valor Justo dos Ativos do Plano no Início do Período - - 462.352 356.344 5.085.811 5.152.269
Receita de Juros - - 68.911 48.890 480.974 706.334
Contribuições do Patrocinador 218.029 164.024 44.435 66.156 135.151 61.732
Contribuições dos Participantes - - 52.943 47.576 71.453 64.210
(313.225
Benefícios Pagos pelo Plano (218.029) (164.024) (31.261) (16.740)
)
Despesas Administrativas do Plano - - - - (439.465) -
Ganhos/Perdas sobre os Ativos do Plano (Excluindo a
- - (63.773) (39.875) 14.217 (585.508)
Receita de Juros)
45
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
46
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
47
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
DEMANDAS ADMINISTRATIVAS
Trabalhista - (2) - 2 -
Civil - (34) 2 0 32
Tributária 1 - 1 (2) 2
TOTAL 1 (36) 3 - 34
1 Refere-se à alteração do risco para perda possível ou remota ou conversão para precatório a critério do
departamento jurídico.
Ressalte-se que parte do saldo contingente está suportado por depósitos judiciais, recursais
conforme valores detalhados na nota 9.3.
48
48
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
Em 31/12/2016, os Correios eram réus em 6.268 processos classificados como de perda provável.
Apresenta-se a seguir a situação atual, no âmbito jurídico, dos principais processos:
EXPOSIÇÃO
AUTOR NATUREZA MÁXIMA
ATUALIZADA
Cível
TAF Linhas Aéreas 27.234
Alteração Contratual
Cível
Manhães Advogados Associados Recebimentos de honorários 6.192
sucumbenciais
Cível
Tiefbau-Engenharia 5.263
Correção monetária de faturas
Trabalhista
Pagamento de URP - Unidade de
SINTECT - Ceará 32.546
Referência de Preços de
fevereiro/89(Plano Verão)
Trabalhista
Roberto Mascarenhas das Virgens Anistia Constitucional com reintegração 12.481
e efeitos financeiros
Trabalhista
Edson Tadeu Tavares e Outros 4.291
Anistia Constitucional
Trabalhista
SINTECT – Bahia Adicional de Periculosidade e 3.218
Honorários Advocatícios
Trabalhista
Maria das Dores Oliveira Gratificação por função e Progressão 2.673
Salarial
Fiscal
União Federal (Governo Federal) 915
Contribuição Previdenciária
13.4 Tributos Diferidos: Com base no custo atribuído do ativo imobilizado, foram registrados
impostos diferidos passivos, cuja liquidação acontecerá à medida que as parcelas de depreciação
incidente sobre os bens afetarem o resultado, ou quando da alienação ou baixa destes. Foram
considerados também passivos diferidos sobre as diferenças entre a despesa societária e fiscal
de depreciação e amortização.
Em decorrência da assunção da Imunidade Tributária Recíproca, os saldos dos passivos fiscais
diferidos de IRPJ foram revertidos contra o resultado do exercício, quando a origem se justifica por
49
49
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
50
50
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
CAPITAL
ACIONISTA
SOCIAL
proposta de aumento de Capital Social. O valor do Capital está em processo de
atualização no estatuto.
14.2 Ajuste de Avaliação Patrimonial: valores correspondentes à adoção inicial do CPC 27,
com a implantação do custo atribuído para os bens imóveis, conforme detalhado a seguir:
2016 2015
Consolidad
AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL Controladora Controladora Consolidado
o
Custo Atribuído - Imóveis 4.931.965 4.931.965 4.961.407 4.961.407
Tributo Diferido (443.585) (443.585) (1.685.776) (1.685.776)
TOTAL 4.488.380 4.488.380 3.275.631 3.275.631
51
51
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
52
52
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
2016 2015
Outras Despesas 112.247 180.790
Depreciação e Amortização 72.383 65.501
TOTAL 3.782.856 3.753.241
15.5 Resultado de participação em controlada
Representa valor decorrente do resultado da Correiospar no exercício de 2016.
15.6 Outras Receitas Operacionais
2016 2015
Despesas Recuperadas 25.682 58.160
Multas de Fornecedores 93.222 106.426
Atividades não Continuadas 24.384 23.406
Multas de Clientes 37.680 43.269
Anuidade de ACF's 12.730 10.490
Ganhos Contingenciais de IRPJ 558.204 -
Ganhos Contingenciais de COFINS 370.925 -
Ganhos Contingenciais de PIS 72.774 -
Outras 14.123 6.376
TOTAL 1.209.724 248.127
A assunção da Imunidade Tributária Recíproca decorrente da decisão da alta gestão, pautada na
consolidada jurisprudência do STF e nos Pareceres de ilustres juristas do direito tributário,
ocasionou o registro no patrimônio de créditos tributários.
Os ganhos contingenciais são resultantes da cobrança indevida em tempos pretéritos do imposto
de renda pago e retido indevidamente na fonte, além da parcela paga indevidamente a título de
PIS e COFINS por força de enquadramento em regime de apuração não aplicável aos entes
imunes a impostos.
O registro dos créditos tributários de IRPJ foi efetuado, concomitantemente ao início do pleito de
restituição dos valores na esfera administrativa, enquanto os relativos ao PIS e à COFINS foram
registrados e serão compensados no decorrer do exercício seguinte.
15.6.1 Despesas Recuperadas: referem-se as despesas recuperadas no exercício de 2016.
15.7 Outras Despesas Operacionais
Representam as transações que não constituem atividades principais da Empresa, conforme
detalhado a seguir:
2016 2015
Impostos Vinculados à Receita 184.645 158.766
Prejuízos na Alienação de Bens 14.056 11.440
TOTAL 198.701 170.206
15.8 Receitas Financeiras
A redução de R$ 63.656 no total do grupo deve-se, principalmente, ao decréscimo dos
rendimentos das aplicações financeiras e a variação cambial internacional.
2016 2015
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
Rentabilidade de Aplicações
183.275 187.540 366.599 368.845
Financeiras
Variação Cambial Internacional 108.884 108.884 393.499 393.499
Juros 429.419 429.419 37.320 37.320
IRPJ Imunidade 291.401 291.401 - -
PIS/COFINS Imunidade 102.853 102.853 - -
53
53
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
2016 2015
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
Outros 35.165 35.165 37.320 37.320
Variação Monetária 30.451 30.463 18.597 18.597
Outras Receitas Financeiras 9.222 9.222 8.256 8.256
Variação Cambial Financiamentos 11 11 647 647
TOTAL 761.262 765.539 824.918 827.164
15.9 Despesas Financeiras
2016 2015
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
Encargos Financiamento Dívida
256.008 256.008 337.896 337.906
Interna
Variação Cambial 245.569 245.569 194.321 194.321
Perdas em Aplicações
39.734 39.734 7.397 7.397
Financeiras
Outras 15.739 15.779 14.680 14.680
TOTAL 557.049 557.089 554.294 554.304
54
54
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
2016 2015
DEMONSTRATIVO DA DESPESA DE IR E
CSLL Controlador
Consolidado Controladora Consolidado
a
Diferidos
Baixa de Imposto de Renda não
(821.115) (821.115) - -
recuperável
16.2 Imposto de Renda e Contribuição Social no Diferido
Os valores de Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido - CSLL diferidos são provenientes de diferenças temporárias, de prejuízo fiscal e de base
de cálculo negativa de CSLL, conforme demonstrado a seguir:
Ano Valores
2017 1.080
2018 53.000
2019 64.080
2020 56.000
2021 63.900
2022 68.000
2023 69.840
2024 72.000
2025 73.080
2026 74.000
Total do Diferido 594.980
As estimativas de lucro tributável são baseadas nos orçamentos anuais e no plano estratégico,
ambos revisados periodicamente e aprovado pela Alta Gestão.
16.3 Contribuição Social Diferida Reconhecida sobre Outros Resultados Abrangentes e
Ajuste de Avaliação Patrimonial, no Patrimônio Líquido:
Os tributos ativos diferidos sobre outros resultados abrangentes, assim como os tributos passivos
diferidos sobre o Patrimônio Líquido originaram-se dos efeitos da adoção dos pronunciamentos
emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
Em decorrência da decisão da alta gestão por assumir os efeitos da imunidade tributária atribuída
aos Correios pelo Pleno do STF, em matéria de repercussão geral, foram revertidos todos os
créditos e obrigações diferidas de IRPJ, frente ao entendimento de que a empresa não se sujeita
ao pagamento deste imposto.
Os reflexos dessa decisão serão aplicados a partir dos exercícios seguintes, assim a existência de
precedentes constitucionais que afastam a incidência do IRPJ do lucro fiscal apurado pelos
Correios, ocasiona a reversão do saldo de direitos e obrigações tributárias diferidas sobre este
imposto, pela falta de perspectiva de realização/liquidação futura.
O quadro a seguir demostra o saldo dos ativos e passivos fiscais diferidos de CSLL em
31/12/2016 após a reversão dos saldos diferidos de IRPJ:
56
56
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
Somado a este entendimento, existe a expectativa de realização de outros lucros previstos nas
premissas estratégicas.
O saldo destes ativos é revisado a cada ano e pode ser alterado a qualquer tempo.
NOTA - 17 SEGURO DOS BENS
Os Correios não mantém política de contratar seguros para os seus bens móveis e estoques
mantidos nos Centros de Distribuição, tendo em vista a expectativa do custo não cobrir o benefício
que se possa a ter com a adoção desse instrumento, exceto imóveis (prédios) discriminados a
seguir, que são cobertos por seguros contra incêndio, raio, explosão, alagamento e danos
elétricos.
VALOR
IMÓVEL SEGURADORA
SEGURADO
Edifício Sede/BSB Tokio Marine Seguradora S/A 335.903
Edifício Taurisano Tokio Marine Seguradora S/A 14.373
Edifício Pasteur Tokio Marine Seguradora S/A 6.889
Universidade Correios Tokio Marine Seguradora S/A 23.719
Edifício Sede e anexos/BA Mapfre Vera Cruz Seguradora 75.655
TOTAL SEGURADO 456.539
Com relação aos veículos, existe apólice específica com a empresa AIG Seguros Brasil S.A.
relativa à responsabilidade civil por danos materiais e corporais, referente às operações
aeronáuticas dos Correios, incluindo a responsabilidade civil de veículos e equipamentos de
propriedade da Empresa e do serviço por ela prestado quando em circulação e/ou operação na
área interna dos aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
– INFRAERO, cujo limite máximo de indenização (LMI) é de R$ 2.500.
NOTA - 18 PARTES RELACIONADAS
18.1 Entidade Controladora
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT é uma organização constituída sob a forma
de empresa pública, nos termos do Decreto-Lei nº 509, de 20 de março de 1969, e está vinculada
ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC, sua controladora, com
capital social exclusivamente integralizado pela União.
18.2 Partes Relacionadas
Considerando a existência de transações com partes relacionadas no período coberto pelas
Demonstrações Financeiras de 2016, apresenta-se no quadro a seguir as sociedades
enquadradas como partes relacionadas dos Correios, bem como seus respectivos
relacionamentos:
Entidade Relacionamento
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações –
Controladora
MCTIC
Correiospar - Correios Participações S/A Controlada
Postal Saúde - Caixa de Assistência e Saúde dos Empregados
Patrocinadora Mantenedora
dos Correios
Postalis - Instituto de Seguridade Social dos Correios e
Patrocinadora
Telégrafos
18.3 Transações com Partes Relacionadas
As transações destacadas nos desdobramentos seguintes, com partes relacionadas dos Correios,
foram realizadas no curso das atividades cobertas pelas Demonstrações Financeiras em questão.
18.3.1 Transações com a Correiospar:
A Correios Participações S/A – CORREIOSPAR, sociedade por ações, trata-se de subsidiária
integral da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, constituída em 2014, com objetivo
de constituir subsidiárias, adquirir controles ou participações acionárias em sociedades
57
57
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
58
58
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
Total de Postal
Correios Correiospar Postalis
Membros Saúde1
2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015
TOTAL 58 58 4.290 5.063 1.292 910 - - 2.456 2.632
(1) Postal saúde não há remuneração considerando que os integrantes do Conselho Deliberativo, Fiscal e a Diretoria são empregados
dos Correios.
(2) A estrutura da Postal Saúde e Postalis são definidas por Conselho Deliberativo.
Guilherme Campos Júnior Francisco Arsênio de Mello Esquef Heli Siqueira de Azevedo
Presidente e respondendo Vice-Presidente de Finanças e Vice-Presidente de Gestão de
interinamente pela Vice- Controles Internos Pessoas
Presidência do Negócio Postal
59
59
Demonstrações Financeiras
Exercício 2016
R$ milhares
60
60