Cancer de Mama

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Faculdade Anhanguera - Unidade Centro

Curso de enfermagem

Câncer de mama

Equipe: Talita Rodrigues, Ingrid Oliveira, Jardeo.


Disciplina: Saúde da mulher
Turno: Noite.
Professor (a): Anna Paula

Fortaleza - CE
2023
Introdução
O câncer não é uma doença nova. O fato de ter sido detectado em múmias
egípcias comprova que ele já comprometia o homem há mais de três mil anos
antes de Cristo.

Câncer e crescimento celular


As células normais que formam os tecidos do corpo humano são capazes
de se multiplicar por meio de um processo contínuo que é natural. A maioria das
células normais cresce, multiplica-se e morrer de maneira ordenada, porém, nem
todas as células normais são iguais; algumas nunca se dividem, como os
neurônios; outras – as células do tecido epitelial – dividem-se de forma rápida e
contínua.
O crescimento das células cancerosas é diferente do crescimento das
células.

Fonte: Google Imagens

Atualmente, o câncer é um dos probemas de saúde pública mais


complexos que o sistema de saúde brasileiro enfrenta, dada a sua magnitude
epidemiologica, social e econômica.

Mama
A mama é o órgão desenhado para amamentação. Ela também tem
importante papel na feminilidade e na sexualidade da mulher.
A arquitetura da mama foi programada para a amamentação. O leite é
produzido pelas células que revestem os lóbulos (alvéolos). Arredondados, tais
estruturas desembocam nos ductos mamários e levam o leite até o bico do seio
(Papila mamária).

Fonte: Vencer o câncer de mama. 2ª edição 2020.

A mama é constituída pelos ductos mamários, que desembocam na


papila, e pela gordura de sustentação do parênquima mamária. A pele mais
pigmentada que circunda a papila é chamada de aréola. O conjunto de papila
(ou mamilo) e aréola é chamada de complexo aréola-papilar.

Fonte: Vencer o câncer de mama. 2ª edição 2020.


Câncer de mama
O câncer de mama é o tipo mais comum entre mulheres no Brasil e no
mundo. O INCA, em acordo com o Ministério da Saúde, alerta que o câncer de
mama é uma das principais causas de morte por câncer em países
desenvolvidos e em desenvolvimento. É uma doença causada pela multiplicação
desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial
de invadir outros órgãos.

Fisiopatologia do câncer de mama


O câncer de mama invade localmente e se dissemina através dos
linfonodos regionais, da corrente sanguínea, ou de ambos. O câncer de mama
metastático pode afetar qualquer órgão do corpo — mais comumente pulmões,
fígado, ossos, cérebro e pele.
Alguns tipos de câncer de mama podem recidivar mais precocemente do
que outros; muitas vezes, pode-se predizer a recorrência com base em
marcadores tumorais. Por exemplo, o câncer de mama metastático pode ocorrer
em 3 anos nas pacientes cujos marcadores tumorais são negativos ou ocorrem
> 10 anos após o diagnóstico inicial e tratamento para pacientes com tumor
positivo para receptor de estrogênio.
Os receptores de estrogênio e progesterona, presentes em alguns
cânceres de mama, são receptores nucleares de hormônios que promovem a
replicação do DNA e a divisão celular quando estão ligados aos hormônios
apropriados. Assim, os fármacos que bloqueiam esses receptores podem ser
úteis no tratamento de tumores que tenham esses receptores positivos. Cerca
de dois terços das pacientes na pós-menopausa com câncer apresentam tumor
positivo para o receptor de estrogênio (RE+). A incidência de tumores RE+ é
mais baixa nas pacientes em pré-menopausa.
Outro receptor celular é a proteína do receptor do fator de crescimento
epitelial humano 2 (HER2, também chamado HER2/neu ou ErbB2); sua
presença está relacionada a um prognóstico reservado em qualquer estágio do
câncer. Em cerca de 20% das pacientes com câncer de mama, os receptores de
HER2 são superexpressos. Fármacos que bloqueiam esses receptores são
parte do tratamento padrão para essas pacientes, Anti-HER-2.
Mutações genéticas BRCA1 e BRCA2 aumentam o risco de desenvolver câncer
de mama para 70%. A mastectomia profilática bilateral reduz o risco de câncer
de mama em 90% dos casos e deve ser oferecida a mulheres com a mutação
BRCA. Outras mutações genéticas que aumentam o risco de desenvolver câncer
de mama. Incluem mutações em CHEK2, PALB2, ATM, RAD51C, RAD51D,
BARD1 e TP53, que geralmente fazem parte dos painéis de testes genéticos.

Fatores de risco
O câncer de mama é uma doença multifatorial. A idade é o principal fator
de risco e se relaciona ao acúmulo de exposições ao longo da vida e às próprias
alterações biológicas com o envelhecimento.
Além da idade, os fatores de risco bem estabelecidos dividem-se em: fatores
endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores
genéticos/hereditários;
 Fatores endócrinos/história reprodutiva estão relacionados
principalmente ao estímulo estrogênico (endógeno ou exógeno). São
eles: história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor
que 12 anos), menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez
após os 30 anos, nuliparidade, uso de contraceptivos orais (estrogênio-
progesterona) e terapia de reposição hormonal pós-menopausa
(estrogênio-progesterona). O risco aumenta quanto maior for a exposição.
 Os fatores comportamentais/ambientais com evidências mais sólidas
incluem a ingesta de bebida alcoólica, Excesso de gordura corporal
(sobrepeso e obesidade), inatividade física e exposição à radiação
ionizante.
Entre os mecanismos reconhecidos que explicam a associação do álcool com
o câncer, está o fato de o etanol ser convertido em acetoaldeído no organismo.
Ambos são classificados como agentes carcinógenos para humanos. Além
disso, o etanol funciona como solvente, facilitando a entrada de outras
substâncias carcinogêneas nas células.
Em relação à atividade física, alguns mecanismos biológicos envolvidos
são a promoção do equilíbrio nos níveis de hormônios (os sexuais e os
relacionados ao metabolismo da glicose, por exemplo) e o fortalecimento do
sistema imune. A pratica de atividade física é considerada um fator protetor,
segundo o Ministério da saúde.
O tabagismo, fator mais controverso nos estudos, é atualmente
classificado pela International Agency for Research on Cancer (IARC) como
agente carcinogênico com limitada evidência para câncer de mama em
humanos. São evidências sugestivas, mas não conclusivas, de que ele
possivelmente aumenta o risco desse tipo de câncer. De acordo com o ministério
da saúde, o tabagismo, por sua vez, não é considerado fator de risco para o
câncer de mama; todavia, o seu controle pode ajudar a minimizar o risco de
câncer de colo do útero.
O risco da radiação ionizante é proporcional à dose e à frequência. Doses
altas ou moderadas de radiação ionizante (como as que ocorrem nas mulheres
expostas a tratamento de radioterapia no tórax em idade jovem) ou mesmo
doses baixas e frequentes (como as que ocorrem em mulheres expostas a
dezenas de exames de mamografia) aumentam o risco de câncer de mama.
 Fatores genéticos/hereditários referem-se a mutações em certos
genes, como BRCA1 e BRCA2, os mais frequentes, e também nos
genes PALB2, CHEK2, BARD1, ATM, RAD51C, RAD51D e TP53.
As situações que podem indicar predisposição hereditária ao câncer de
mama, e que conferem risco elevado de desenvolvimento da doença, são:
possuir vários casos de câncer de mama e/ou pelo menos um caso de câncer
de ovário em parentes consanguíneos, sobretudo em idade jovem, ou câncer de
mama em homem também em parente consanguíneo. O câncer de mama de
caráter hereditário corresponde de 5% a 10% do total de casos.

Fatores de Risco
História familiar; idade; Nuliparidade; obesidade;
Menarca precoce; menopausa Associação do uso de
tardia; contraceptivos orais;
Primeira gravidez depois dos 30 Terapia de reposição
anos; hormonal;
Álcool e sedentarismo Exposição à radiação
Sinais e sintomas
Na fase inicial da doença, pode não apresentar nenhum sintoma. Pode-
se notar um nódulo na mama. Esse nódulo é geralmente indolor.
Nos casos de câncer avançado, o tumor tende a ocupar a maior parte da
mama, podendo infiltrar a pele e os músculos peitorais (que ficam atrás das
mamas). A paciente pode sentir dor nessa região, mas este é um sintoma tardio.
Se o câncer se espalha pelo corpo (metástase), os sintomas irão
depender do órgão atingido. Por exemplo, se atingir os ossos pode dar dor
óssea. Se atingir o fígado, pode dar dor na região do fígado e cansaço. Se atingir
os pulmões, pode dar falta de ar e tosse.
Detecção Precoce
A estratégia de diagnóstico precoce contribui para a redução do estágio de
apresentação do câncer. Nessa estratégia, destaca-se a importância da
educação da mulher e dos profissionais de saúde para o reconhecimento dos
sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama, bem como do acesso rápido e
facilitado aos serviços de saúde tanto na atenção primária quanto nos serviços
de referência para investigação diagnóstica. São considerados sinais e sintomas
suspeitos de câncer de mama e de referência urgente para a confirmação
diagnóstica:

 Qualquer nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos.


 Nódulo mamário em mulheres com mais de 30 anos, que persistem
por mais de um ciclo menstrual.
 Nódulo mamário de consistência endurecida e fixo ou que vem
aumentando de tamanho, em mulheres adultas de qualquer idade.
 Descarga papilar sanguinolenta unilateral.
 Lesão eczematosa da pele que não responde a tratamentos
tópicos.
 Homens com mais de 50 anos com tumoração palpável unilateral.
 Presença de linfadenopatia axilar.
 Aumento progressivo do tamanho da mama com a presença de
sinais de edema, como pele com aspecto de casca de laranja.
Retração na pele da mama.
 Mudança no formato do mamilo.
Sinais e sintomas do câncer de mama;

Fonte: Google Imagens


O autoexame das mamas surgiu como estratégia para diminuir o
diagnóstico de tumores de mama em fase avançada. Ao final da década de 1990,
ensaios clínicos mostraram que o autoexame não reduzia a mortalidade pelo
câncer de mama. A partir de então, diversos países passaram a adotar a
estratégia de breast awareness, que significa estar consciente para a saúde das
mamas.
A orientação é que a mulher observe e palpe suas mamas sempre que se
sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em
outra situação do cotidiano), sem necessidade de aprender uma técnica de
autoexame ou de seguir uma periodicidade regular e fixa, valorizando a
descoberta casual de pequenas alterações mamárias suspeitas. É necessário
que a mulher seja estimulada a procurar esclarecimento médico, em qualquer
idade, sempre que perceber alguma alteração suspeita em suas mamas. O
sistema de saúde precisa adequar-se para acolher, informar e realizar os
exames diagnósticos em tempo oportuno. Prioridade na marcação de exames
deve ser dada às mulheres sintomáticas, que já apresentam lesão palpável na
mama ou outro sinal de alerta.
Localização mais frequentes do câncer de mama
A localização mais comum do câncer de mama é no chamado quadrante
superior externo (45%), seguido da região justa areolar (25%) e do quadrante
superior Interno (15%) ou quadrante inferior interno (5%).

Fonte: Google Imagens

Rastreio
No Brasil, conforme as Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de
Mama, a mamografia é o único exame cuja aplicação em programas de
rastreamento apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade por
câncer de mama.

A mamografia de rotina é recomendada para as mulheres de 50 a 69


anos uma vez a cada dois anos. A mamografia nessa faixa etária na
periodicidade bienal são rotinas adotadas na maioria dos países que
implantaram o rastreamento organizado do câncer de mama e baseiam-se na
evidência científica do benefício dessa estratégia na redução da mortalidade
nesse grupo e no balanço favorável entre riscos e benefícios. Em outras faixas
etárias e periodicidades, o balanço entre riscos e benefícios do rastreamento
com mamografia é desfavorável.

Aproximadamente 5% dos casos de câncer de mama ocorrem em


mulheres com alto risco para desenvolvimento dessa neoplasia. Ainda não
existem ensaios clínicos que tenham identificado estratégias de rastreamento
diferenciadas e eficazes para redução de mortalidade nesse subgrupo.
Portanto, recomenda-se acompanhamento clínico individualizado para essas
mulheres.
Alto risco de câncer de mama relaciona-se à forte predisposição
hereditária decorrente de mutações genéticas. As mais comumente associadas
são as dos genes BRCA 1 e 2 (síndrome de câncer de mama e ovário
hereditários), que representam de 30 a 50% dos casos. Mas mutações
genéticas também foram encontradas em outros genes como: PALB2, CHEK2,
BARD1, ATM, RAD51C e RAD51, TP53D (síndrome de Li-Fraumeni) e PTEN
(síndrome de Cowden). Também constitui alto risco o histórico de radioterapia
supra diafragmática antes dos 36 anos de idade para tratamento de linfoma de
Hodgkin.

Diagnostico

Atualmente, os métodos de escolha para se diagnosticar o câncer de


mama são as biópsias percutâneas realizadas por agulha grossa (core biópsia e
biópsia a vácuo - mamotomia). São métodos minimamente invasivos, de boa
acurácia e que permitem a avaliação histopatológica e imuno-histoquímica do
tumor, possibilitando a programação do tratamento. Podem ser realizadas tanto
em lesões palpáveis quanto impalpáveis. Nestas últimas, um exame de imagem
(ultrassonografia, mamografia ou ressonância) deve servir como guia para o
procedimento. A biópsia cirúrgica, hoje, é indicada quando não é possível, por
questões técnicas, a realização da biópsia por agulha. Já a punção aspirativa
por agulha fina (PAAF) tem sua principal indicação na propedêutica do câncer
de mama no que tange à avaliação do linfonodo axilar. Ela permite uma
avaliação citológica do linfonodo, sendo importante para a proposta inicial do
tratamento.

Fonte: Google Imagens


Patologia do câncer de mama
A maioria dos cânceres de mama é constituída por tumores epiteliais que
se desenvolvem das células do interior dos ductos e lóbulos; menos comuns são
os cânceres não epiteliais das células de suporte do estroma (angiossarcoma,
sarcomas primários do estroma, tumor filoide).

O câncer de mama é dividido em carcinoma in situ e câncer invasivo.

Carcinoma in situ é a proliferação das células neoplásicas dentro dos ductos e


lóbulos e sem a invasão do tecido estromal. Há 2 tipos:

 Carcinoma ductal in situ (LCIS): cerca de 85% dos carcinomas


in situ são desse tipo. LCIS é geralmente detectado apenas por
mamografia. Pode envolver uma área pequena ou extensa da
mama; se houver uma área extensa, focos invasivos microscópicos
podem se desenvolver ao longo do tempo.
 Carcinoma lobular in situ (CLIS) muitas vezes é multifocal e
bilateral. Existem 2 tipos: clássico e pleomórfico. CLIS clássico não
é maligno, mas aumenta o risco de desenvolver carcinoma invasivo
em qualquer mama. Essa lesão palpável geralmente é detectada
por biópsia; raramente é visualizado em mamografia. CLIS
pleomórfico tem um comportamento que se parece mais parecido
com CDIS; ele deve ser excisado para margens negativas.
 O carcinoma invasivo é originariamente um adenocarcinoma.
Cerca de 80% são do tipo ductal infiltrativo; a maior parte dos
tumores restantes é do tipo lobular infiltrativo.
 Câncer de mama inflamatório é um câncer de crescimento
rápido, sobretudo agressivo e frequentemente fatal. As células
neoplásicas bloqueiam os vasos linfáticos na pele da mama; como
resultado, a mama parece inflamada, e a pele parece mais
espessa, semelhante à casca de laranja. Geralmente, o câncer de
mama inflamatório se espalha para os gânglios linfáticos na axila.
Os linfonodos se parecem com nódulos duros. No entanto, muitas
vezes nenhuma massa é sentida na própria mama porque esse tipo
de câncer é disperso por toda a mama.
 A doença de Paget mamária é a forma do CDIS que se estende
sobre a pele do mamilo e da aréola, manifestando-se como uma
lesão da pele. As células malignas características, chamadas de
células de Paget, estão presentes na epiderme. Mulheres com
doença de Paget do mamilo muitas vezes têm câncer subjacente
invasivo ou in situ.

Estágios do câncer de mama

 Estágio 0 – Câncer de mama in situ


É considerado o câncer de mama em estágio inicial mais precoce,
também é chamado de carcinoma intraductal, carcinoma ductal in
situ ou câncer não invasivo.
Neste estágio, os tumores são limitados aos ductos mamários.
Apesar de poder se apresentar em uma ou em várias partes da
mama, por estar dentro do ducto que se estende por toda a mama,
este câncer de mama em estágio inicial não entra em contato com
os vasos presentes na glândula mamária. Ou seja, ele não
atinge outros órgãos.
Seu tratamento normalmente é realizado por uma cirurgia na área
comprometida e, em alguns casos, radioterapia e hormonioterapia.
 Estágio 1 – Câncer de mama em estágio inicial
Normalmente o câncer ainda possui um crescimento lento e possui
menos propensão a atingir outros órgãos.
Apresenta tumores menores ou iguais a 2 cm que ainda se limitam
à mama, sem atingir os linfonodos. Com um diagnóstico realizado
precocemente, as chances de cura são ótimas e o paciente tende
a responder bem ao tratamento.
Neste caso, a cirurgia frequentemente é o tratamento indicado,
assim como a radioterapia em conjunto com a quimioterapia, ou
ainda utilizar outros tratamentos após a cirurgia.
 Estágio 2 – Câncer de mama em estágio inicial
Aqui, pode significar tumores menores ou iguais a 2 cm, com
linfonodos comprometidos, ou entre 2 e 5 cm, atingindo ou não os
linfonodos, ou ainda tumores maiores do que 5 cm sem atingir os
linfonodos.
Ele ainda pode ser curado com certa facilidade, com os mesmos
tratamentos indicados para o estágio 1, apenas variando a
intensidade e tempo de realização do processo.
 Estágios avançados do câncer de mama
Ao atingir os estágios 3 e 4, os cânceres de mama já podem ser
considerados avançados, mas possuem diferentes características
que devem ser conhecidas.
O câncer de mama em estágio 3 é classificado como localmente
avançado, o que significa que ele se espalhou para os nódulos
linfáticos e/ou outros tecidos da mama, mas não para outros locais
do corpo. Normalmente ainda pode ser tratado das mesmas
maneiras que aqueles casos em estágio 1 e 2.
Já o câncer em estágio 4, conhecido como câncer de mama
metastático, caracteriza-se pela chegada de células com câncer
em outros locais do corpo, como fígado, pulmões, ossos, cérebro
e outros tecidos. Nesses casos, o paciente deve fazer uso de
tratamentos que percorrem o corpo todo em busca de células
comprometidas, conhecidos como terapias sistêmicas —
quimioterapia, imunoterapia, terapia hormonal ou terapia alvo.

Câncer de mama em homens

O câncer de mama é uma doença em que a multiplicação desordenada


de células da mama gera células anormais, formando um tumor. É o tipo de
câncer que mais acomete as mulheres no Brasil (excluídos os tumores de pele
não melanoma) – e pode atingir os homens também, apesar de isso ocorrer na
incidência baixíssima de até 1% do total de casos da doença.
Em números, isso significa que em 2020 deve ter havido cerca de 662
diagnósticos de câncer de mama em homens no Brasil, uma vez que a estimativa
do INCA (Instituto Nacional de Câncer) foi de 66.280 novos casos totais no país.

Sintomas

Fonte: Google Imagens

Diagnostico em homens

Justamente por ser mais raro, não existe rastreamento de câncer de


mama (ou seja, não há recomendação para fazer a mamografia de rotina), a não
ser que cheguem ao médico com alguma queixa na mama. Portanto, o mais
importante: que cada homem preste atenção ao seu corpo.

Ao primeiro sinal de um caroço na mama e alterações no mamilo, é bom


agendar uma consulta com um mastologista. O aumento da mama no homem,
ou mesmo o caroço, pode ser só uma ginecomastia – o que é mais comum –,
que significa um aumento totalmente benigno da glândula mamária do homem,
sem risco para câncer de mama.

Tratamento

Importantes avanços na abordagem do câncer de mama aconteceram nos


últimos anos, principalmente no que diz respeito a cirurgias menos mutilantes,
assim como a busca da individualização do tratamento. O tratamento varia de
acordo com o estadiamento da doença, suas características biológicas, bem
como as condições da paciente (idade, status menopausal, comorbidades e
preferências).
Iniciar ou manter a prática de atividade física é recomendado tanto pela
redução da mortalidade geral e específica por câncer, quanto pelos benefícios
em sintomas como a fadiga, qualidade do sono, dentre outros.

O prognóstico do câncer de mama depende da extensão da doença


(estadiamento), assim como das características do tumor. Quando a doença é
diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. Quando há
evidências de metástases (doença a distância), o tratamento tem por objetivos
principais prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:

 Tratamento local: cirurgia e radioterapia (além de reconstrução


mamária)
 Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia
biológica

Cirurgias

A escolha do tipo de cirurgia para mulheres com câncer de mama


depende basicamente da relação entre o tamanho do tumor e o tamanho da
mama. Também é preciso levar em conta se a paciente já tem indicação de
tratamentos complementares, como radioterapia, quimioterapia e
hormonioterapia. O objetivo principal da cirurgia é remover o tumor e uma
quantidade de tecidos normais em volta, para garantir uma margem de
segurança.

Tudo começa com um diagnóstico em feito, especialmente em relação ao


tamanho do tumor. Para tumores menores, existem tratamentos mais
conservadores, como a quadrantectomia (também chamada de
segmentectomia, tumorectomia alargada ou cirurgia parcial da mama), que é a
remoção de apenas uma parte da mama. Os tipos de cirurgia para tumores
denominados localmente avançados, que são os de tamanho maior ou que
comprometem a pele ou músculo, são a mastectomia radical e a mastectomia
radical modificada. Para tumores que não comprometem a pele ou para lesões
aparentemente pequenas no exame físico, mas extensas pela mamografia,
podem ser feitas mastectomias modificadas: mastectomia com preservação de
pele (mas com retirada de aréola e papila) e mastectomia com preservação de
pele, aréola e papila (também chamada de adenectomia).

Existem dois tipos principais de cirurgia para o câncer de mama:

 Cirurgia Conservadora da Mama: Também chamada de


tumorectomia, quadrantectomia, mastectomia parcial ou
mastectomia segmentar, consiste na retirada do segmento ou setor
da mama, que contém o tumor. O objetivo é retirar o tumor, com
algum tecido normal adjacente. O quanto da mama é removida,
depende do tamanho e localização do tumor e de outros fatores.

 Mastectomia: Neste procedimento toda a mama é retirada,


incluindo todo o tecido mamário e às vezes outros tecidos
próximos. Existem vários tipos diferentes de mastectomias.

Reconstrução da mama

Há dois tipos mais comuns de reconstrução da mama: a reconstrução com


implantes e a reconstrução com retalhos. Os implantes são as próteses de
silicone, as próteses expansoras e os expansores de tecidos, espécies de bexiga
que podem ter seu volume aumentado gradativamente. Esta é a técnica mais
utilizada. Os retalhos usados para reconstrução podem ser de pele, gordura e
músculo transferidos de outras regiões do corpo. Atualmente, o uso de enxerto
de gordura na reconstrução das mamas está sendo cada vez mais indicado na
reparação parcial e algumas vezes até na reconstrução total das mamas.

A escolha do tipo de reconstrução a ser feito dependerá do tipo de cirurgia,


do tamanho das mamas e de seu formato. Além disso, a necessidade ou não de
radioterapia após a cirurgia influencia a escolha.
Prevenção ao câncer de mama

A prevenção do câncer de mama baseia-se no controle dos fatores de


risco modificáveis e na promoção de fatores de proteção. Estima-se hoje que
seja possível reduzir o risco de a mulher desenvolver câncer de mama por meio
de medidas como: praticar atividade física, manter o peso corporal adequado,
adotar uma alimentação mais saudável e evitar ou reduzir o consumo de bebidas
alcóolicas. Amamentar é uma prática protetora e deve ser incentivada e realizada
pelo maior tempo possível. Não fumar e evitar o tabagismo passivo também
podem contribuir para reduzir o risco de câncer de mama.
Referencias

https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/mama - INCA

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-
obstetr%C3%ADcia/doen%C3%A7as-mam%C3%A1rias/c%C3%A2ncer-de-
mama – Manual MSD.

https://neo.med.br/cirurgia-para-cancer-de-mama/ - Neo Med

ABC DO CANCER – Rio de Janeiro – Instituto Nacional Do Câncer/Ministério da


Saúde – 2011.

VENCER O CÂNCER DE MAMA - Antonio Carlos Buzaid, Fernando Cotait Maluf


e Debora de Melo Gagliato - São Paulo: Dendrix, 2020.

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