Cartilha CCAF 03 02 09
Cartilha CCAF 03 02 09
Cartilha CCAF 03 02 09
Cartilha
Conciliar a Soluo!
2 edio
Cartilha
Copyright 2008 - Advocacia-Geral da Unio Advogado-Geral da Unio Jos Antonio Dias Toffoli Consultor-Geral da Unio Ronaldo Jorge Arajo Vieira Jnior Diretora da Cmara de Conciliao e Arbitragem da Administrao Federal Helia Maria de Oliveira Bettero Diretora Substituta Vera Ins Werle Coordenadora-Geral Svia Maria Leite Rodrigues Gonalves Conciliadores Adalberto do Rgo Maciel Neto, Maurcio Braga Torres, Patricia Batista Bertolo, Paula Morais Brito Santana da Soller e Thas Helena Ferrinho Pssaro Consultoras da Unio - Conciliadoras Clia Maria Cavalcanti Ribeiro e Alda Freire de Carvalho Servidores Marcos Gomes de Oliveira, Marilane Santos, Paulo Roberto Vasconcelos, Renata Coelho Ferreira Bartos Matos, Rita de Cssia Melhorana Cardoso e Vanessa Arruda Passos Estagirios Bruno Aaro Santana, Diogo Bergmann e George Duarte Capa e Editorao: Escola da AGU Disponvel no stio: www.agu.gov.br Permitida a Reproduo parcial ou total desta publicao, desde que citada a fonte.
Brasil. Advocacia-Geral da Unio. Consultoria-Geral da Unio. Cmara de Conciliao e Arbitragem da Administrao Federal CCAF: cartilha. 2. ed. Braslia: AGU, 2008 19 p.: il. I. Ttulo. II. Consultoria-Geral da Unio.
QUE
CCAF?
A Cmara de Conciliao e Arbitragem da Administrao Federal - CCAF, rgo da Consultoria-Geral da Unio, foi criada pelo Ato Regimental n 05, de 27 de setembro de 2007, e tem sua forma de atuao regulamentada pela Portaria AGU n 1.281, de 27 de setembro de 2007, cujo objetivo principal evitar litgios entre rgos e entidades da Administrao Federal. Com a edio da Portaria AGU n 1.099, de 28 de julho de 2008, as controvrsias de natureza jurdica entre a Administrao Pblica Federal e a Administrao Pblica dos Estados ou do Distrito Federal tambm so matrias de competncia da CCAF.
APRESENTAO
FINALIDADE: a CCAF foi concebida para dar continuidade s atividades conciliatrias j desenvolvidas com sucesso pelas cmaras de conciliao ad hoc, instaladas pelo Advogado-Geral da Unio, conforme Medida Provisria n 2.180-35, de 24 de agosto de 2001. NORMATIVOS:
- art. 4, incisos I, X, XI, XIII, XVIII e 2, da Lei Complementar n 73, de 10 de fevereiro de 1993; - art. 8- C da Lei n 9.028, de 12 de abril de 1995; - art. 11 da Medida Provisria n 2.180-35/2001; - Ato Regimental AGU n 5/2007; - Portarias ns 1.281/2007 e 1.099/2008.
COMPETNCIA:
- identificar os litgios entre rgos e entidades da Administrao Federal; - manifestar-se quanto ao cabimento e possibilidade de conciliao; - buscar a conciliao entre rgos e entidades da Administrao Federal; - supervisionar as atividades conciliatrias no mbito de outros rgos da Advocacia-Geral da Unio.
OBJETIVOS:
- conciliar os interesses divergentes dos diversos rgos e entidades da Administrao Federal, e entre estes e a Administrao Pblica dos Estados e do Distrito Federal, bem como evitar a judicializao de novas demandas; e - encerrar processos j judicializados, harmonizando os interesses dos rgos envolvidos, por meio de conciliaes.
MISSO
Solucionar, em mbito nacional, por conciliao ou arbitragem, mediante cooperao e dilogo, controvrsias entre rgos e entidades pblicas federais, bem como solucionar, por conciliao, controvrsias de natureza jurdica entre a Administrao Pblica Federal e a Administrao Pblica dos Estados ou do Distrito Federal, visando ao atendimento do interesse pblico, com observncia dos princpios da Administrao Pblica.
VISO
DE
FUTURO
Tornar-se o marco e a referncia na cultura da conciliao da Administrao Pblica, promovendo a sua disseminao em todo o Brasil.
VALORES
- interesse pblico - pacificao - eficincia - imparcialidade - tica
CONCEITOS BSICOS
CONCILIAO: mecanismo de soluo de conflitos mediante o qual terceiro(s), nomeado(s) pelas partes, interfere(m) no conflito existente, apresentando sugestes, propostas, modos e formas de dirimi-lo. MEDIAO: meio extrajudicial de soluo de conflitos, em que a funo do terceiro basicamente direcionada aproximao e orientao das partes para que alcancem entre si a melhor soluo para suas divergncias.
Os conceitos de mediao e de conciliao so utilizados como sinnimos por no produzirem efeitos jurdicos distintos. Essa nova viso j est sendo adotada em diversos pases como Canad, Reino Unido e Austrlia.
CONCEITOS UTILIZADOS
NA
CCAF
Artigo 9 da Portaria n 1.281, de 27 de setembro de 2007: O conciliador e os representantes dos rgos e entidades em conflito devero, utilizando-se dos meios legais e observados os princpios da Administrao Pblica, envidar esforos para que a conciliao se realize.
Artigo 13 da Portaria n 1.281, de 27 de setembro de 2007: Podero ser designados conciliadores: I - Os integrantes da Consultoria-Geral da Unio, por ato do Consultor-Geral da Unio; II - Os integrantes da Advocacia-Geral da Unio, por ato do Advogado-Geral da Unio.
TERMO DE CONCILIAO: instrumento que oficializa a conciliao firmada pelos representantes dos rgos e entidades envolvidos. Os efeitos jurdicos da conciliao passam a vincular os interessados aps a homologao do Advogado-Geral da Unio.
Artigo 10 da Portaria n 1.281, de 27 de setembro de 2007: Havendo a conciliao, ser lavrado o respectivo termo, que ser submetido homologao do Advogado-Geral da Unio. Pargrafo nico. O termo de conciliao lavrado pelos rgos referidos nos incisos II e III do art. 1 e homologado pelo AdvogadoGeral da Unio ser encaminhado CCAF.
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Artigo 11 da Portaria n 1.281, de 27 de setembro de 2007: A Consultoria-Geral da Unio, quando cabvel, elaborar parecer para dirimir a controvrsia, submetendo-o ao Advogado-Geral da Unio nos termos dos arts. 40 e 41 da Lei Complementar n 73, de 10 de fevereiro de 1993.
PROCEDIMENTOS
DE
CONCILIAO
Inicia-se por solicitao do rgo federal ou entidade federal interessado em solucionar um conflito estabelecido com outro ente da Administrao, direta ou indireta, por intermdio dos Ministros de Estado, dos dirigentes de entidades da Administrao Federal indireta, do Procurador-Geral da Unio, do Procurador-Geral da Fazenda Nacional, do Procurador-Geral Federal e dos SecretriosGerais de Contencioso e de Consultoria.. Com o advento da Portaria n 1.099/2008, nos casos de controvrsias de natureza jurdica entre a Administrao Pblica Federal e a Administrao Pblica dos Estados ou do Distrito Federal, a iniciativa se dar, alm das autoridades j listadas acima, por solicitao dos Governadores ou dos Procuradores-Gerais dos Estados e do Distrito Federal. A solicitao dever ser acompanhada dos seguintes documentos: - indicao de representante(s) para participar de reunies e trabalhos;
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- manifestao conclusiva que externe a controvrsia e o entendimento jurdico do rgo ou entidade; e - cpias dos documentos necessrios ao deslinde da controvrsia. Caber ao conciliador designado analisar preliminarmente a pertinncia do procedimento conciliatrio........................... Na hiptese de cabimento, ser dada cincia da controvrsia ao orgo ou entidade apontada pelo solicitante, para que apresente sua manifestao e documentos (Art. 4 da Portaria n 1.281/2007). Recebida(s) a(s) resposta(s), se o Conciliador entender possvel a conciliao, os representantes indicados sero convidados a participar de reunio conciliatria. Em qualquer fase do procedimento, podero ser realizadas outras reunies conciliatrias e solicitados novos documentos aos interessados, visando soluo do conflito. Quando o conflito for local/setorial, as atividades conciliatrias podero ser deslocadas para os Ncleos de Assessoramento Jurdico (NAJs), que integram a Consultoria-Geral da Unio, ou para outra unidade da AGU, sob superviso da CCAF. Quando se tratar de conflitos entre rgos e entidades da Administrao Federal, frustrada a conciliao, passa-se ao arbitramento, que a submisso ao crivo do Advogado-Geral da Unio, nos moldes do artigo 40 da LC 73/90, de um parecer elaborado no mbito da CCAF ou da Consultoria da Unio, para dirimir o conflito.
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PROCEDIMENTOS
DE
CONCILIAO
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Art. 3 A solicitao poder ser apresentada pelas seguintes autoridades: I - Ministros de Estado, II - dirigentes de entidades da Administrao Federal indireta, III - Procurador-Geral da Unio, Procurador-Geral da Fazenda Nacional, Procurador-Geral Federal e Secretrios-Gerais de Contencioso e de Consultoria. Art. 4 A solicitao dever ser instruda com os seguintes elementos:...................................................... I - indicao de representante(s) para participar de reunies e trabalhos;................................................................ II - entendimento jurdico do rgo ou entidade, com a anlise dos pontos controvertidos; e.................................................... III - cpia dos documentos necessrios ao deslinde da controvrsia......................................................................................... Art. 5 Recebida a solicitao pela CCAF, ser designado conciliador para atuar no feito........................................................... Art. 6 O conciliador proceder ao exame preliminar da solicitao....................................................................... Pargrafo nico. Na hiptese de cabimento, ser dada cincia da controvrsia ao rgo ou entidade apontado pelo solicitante, para que apresente os elementos constantes do art. 4. Art. 7 Instrudo o procedimento, o conciliador manifestar-se- sobre a possibilidade de conciliao............................................ Pargrafo nico. Aprovada a manifestao, o conciliador, se for o caso, designar data para o incio das atividades conciliatrias, cientificando os representantes indicados............................... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Art. 8 O conciliador poder, em qualquer fase do procedimento: I - solicitar informaes ou documentos complementares necessrios ao esclarecimento da controvrsia;.......................... II - solicitar a participao de representantes de outros rgos ou entidades interessadas;....................................................... III - sugerir que as atividades conciliatrias sejam realizadas por Ncleo de Assessoramento Jurdico ou por outros rgos da Advocacia-Geral da Unio............................................... Art. 9 O conciliador e os representantes dos rgos e entidades em conflito devero, utilizando-se dos meios legais e observados os princpios da Administrao Pblica, envidar esforos para que a conciliao se realize............................................................ Art. 10. Havendo a conciliao, ser lavrado o respectivo termo, que ser submetido homologao do Advogado-Geral da Unio. Pargrafo nico. O termo de conciliao lavrado pelos rgos referidos nos incisos II e III do art. 1 e homologado pelo AdvogadoGeral da Unio ser encaminhado CCAF.. Art. 11. A Consultoria-Geral da Unio, quando cabvel, elaborar parecer para dirimir a controvrsia, submetendo-o ao AdvogadoGeral da Unio nos termos dos arts. 40 e 41 da Lei Complementar n 73, de 10 de fevereiro de 1993.. Art. 12. A Escola da Advocacia-Geral da Unio promover cursos objetivando capacitar integrantes da Instituio e de seus rgos vinculados a participarem de atividades conciliatrias. Art. 13. Podero ser designados conciliadores: I - os integrantes da Consultoria-Geral da Unio, por ato do Consultor-Geral da Unio; II - os integrantes da Advocacia-Geral da Unio, por ato do Advogado-Geral da Unio.
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Art. 14. O Consultor-Geral da Unio poder expedir normas complementares para o desempenho das atividades conciliatrias. Art. 15. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao. Art. 16. Fica revogada a Portaria n 118, de 1 de fevereiro de 2007.
JOS ANTONIO DIAS TOFFOLI Publicada no Dirio Oficial da Unio, seo 1, do dia 28/09/2007.
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Art. 4 O Advogado-Geral da Unio poder determinar, excepcionalmente, que a atividade conciliatria seja promovida por rgo da AdvocaciaGeral da Unio ou vinculado, cuja chefia designar o conciliador. Art. 5 Quando couber o procedimento conciliatrio, o conciliador dar cincia da controvrsia ao rgo ou entidade apontado pelo solicitante para que apresente os elementos constantes do art. 3. Art. 6 Instrudo o procedimento e confirmada a possibilidade de conciliao, o conciliador designar reunio, cientificando os representantes indicados. Art. 7 O conciliador poder, em qualquer fase do procedimento: I - solicitar informaes ou documentos complementares necessrios ao esclarecimento da controvrsia; II - solicitar a participao de representantes de outros rgos ou entidades interessadas; III - sugerir que as atividades conciliatrias sejam realizadas por outros rgos da Advocacia-Geral da Unio. Art. 8 O conciliador e os representantes dos rgos e entidades em conflito devero, utilizando-se dos meios legais e observados os princpios da Administrao Pblica, envidar esforos para que a conciliao se realize. Art. 9 Ultimada a conciliao, ser elaborado termo subscrito pelo Advogado-Geral da Unio e pelos representantes jurdicos mximos dos entes federados envolvidos. Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao. JOS ANTONIO DIAS TOFFOLI
Publicada no Dirio Oficial da Unio, Seo: 1, do dia 29/07/2008.
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Esta Cartilha foi elaborada pelos Conciliadores da Cmara de Conciliao e Arbitragem da Administrao Federal CCAF, Vera Ins Werle, Svia Maria Leite Rodrigues Gonalves, Adriana Aghinoni Fantin, Fbio Conrado Loula, Maurcio Braga Torres e Patrcia Batista Bertolo. Colaboraram com este trabalho Fabiana Marangoni Costa do Amaral, Marcos Gomes de Oliveira, Janete Miranda Torres, Arthur Conde Ewert, Diogo Santos Bergmann e Vitor Brandizzi de Oliveira. Caso tenha sugestes para aprimorar e contribuir com o aperfeioamento deste trabalho, solicitamos nos contatar por email ou por telefone. Os integrantes da CCAF agradecem e se colocam disposio para quaisquer esclarecimentos.
Endereo: Setor de Indstrias Grficas - SIG, Quadra 6, Lote 800 Palcio Alberto de Brito Pereira Braslia/DF - CEP: 70610-460 Contatos: Telefone: (61) 3105-8691 - Fax: (61) 3105-8233 Email: [email protected] Stio: www.agu.gov.br