Ginastica

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UNIVERSIDADE SANTA CRUZ

SAÚDE DO TRABALHADOR

GINÁSTICA LABORAL

CURITIBA-PR
2022
UNIVERSIDADE SANTA CRUZ
SAÚDE DO TRABALHADOR

GINÁSTICA LABORAL

Trabalho realizado para a disciplina de


Saúde do Trabalhador, para o curso de
bacharelado em Enfermagem, da Universidade
Santa Cruz.

CURITIBA-PR
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................04
2. DESENVOLVIMENTO................................................................................05
2.1 História....................................................................................................05
2.2 Objetivos e beneficios...........................................................................05
2.3 Tipos de ginástica laboral ...................................................................06
2.4 Dados cientificos..................................................................................07
3. CONCLUSÃO.............................................................................................08
4. REFERÊNCIAS..........................................................................................09
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar a ginastica laboral,


abordando seu conceito como exercício laboral, elencando seus passos durante a
história, em seu nascimento na Polônia e sua chegada ao Brasil.
Neste artigo também serão elencados os 4 principais tipos de ginástica
laboral divididos em preparatória, compensatória, corretiva e de relaxamento,
definindo-as e apresentando suas peculiaridades.
Para embasar o conhecimento científico, foram apresentados artigos
científicos que demonstram os benefícios ao se empregar a prática dentro das
instituições, apresentado ao final um compilado do saber produzido.
2. DESENVOLVIMENTO

Segundo Martins (2021), a ginástica laboral pode ser descrita como uma
série de exercícios realizados no ambiente de laboral, ou seja, no próprio local de
trabalho, tendo curta duração com cerca de 10 a 15 minutos. Esses exercícios
envolvem técnicas de alongamento que vão desde a cabeça aos pés,
movimentando e alongando corpo, utilizando-se também de técnicas de
respiração.

2.1 História
A modalidade de exercícios teve seu berço na Polônia, entre 1925 e 1935,
conhecida inicialmente como “Ginástica de Pausa”, que se difundiu rapidamente
até chegar aos Estados Unidos, utilizando o nome de Ginástica laboral em 1968.
Nesta época, os norte-americanos criaram a Internacional Management Review,
uma instituição pensada para avaliar a saúde do trabalhador através dos
exercícios físicos. Esses modelos de exercício chegaram a ser utilizados pela
Nasa em uma pesquisa com mais de 259 voluntários obtendo positivos resultados
(POLITO, 2004).
Segundo Polito (2004) “a modalidade só chegou ao Brasil por volta de
1901, e teve sua proposta divulgada somente em 1973, a Federação de
Estabelecimento de Ensino Superior (FEEVALE), em Novo Hamburgo (RS),
através da Escola de Educação Física, publicou uma proposta de exercícios
baseados em análises biomecânicas, Educação Física Compensatória e
recreação.”
No ano de 1979, a entidade, em uma parceria com o SESI (Serviço Social
da Indústria), criou e implementou a Ginástica Laboral. E, em 1999, a Escola de
Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul inaugurou um
curso visando criar profissionais para o mercado instruídos para a área de
atuação (POLITO,2004).

2.2 Objetivos e benéficos


A ginástica laboral é um exercício de baixa intensidade, apresentando um
baixo risco de lesões ocasionadas por sua prática. Este tem como benefícios a
melhora do sistema cardiovascular, esquelético e respiratório, diminuição da
sensações, como cansaço e fadiga, combate as doenças ocupacionais, melhora
dos níveis de concentração e atenção, maior consciência corporal, criar
momentos de descontração e interação das equipes, reduzir os níveis de
esgotamento ao final do período de trabalho (MARTINS,2021).
O objetivo da ginástica laboral é promover uma série de adaptações nos
âmbitos fisiológicos, psíquicos e físicos através dos exercícios disponibilizados,
trabalhando a educação postural, diminuído o sedentarismo, fortalecimento
muscular (SANTOS, 2013).

2.3 Tipos de ginástica laboral


Segundo Lorenzi (2021), a ginastica laboral pode ser divida em 4 pilares
principais: preparatória, realizada antes do ofício; compensatória, alivia tensões;
relaxamento, deve ser realizada no final do ofício; e corretiva, oportunidade em
que são corrigidas estruturas ergonômicas inadequadas.
A ginástica de aquecimento ou também conhecida como ginástica
preparatória, costuma ter duração de 5 a 10 minutos e tem por objetivo preparar
os colaboradores para sua jornada de trabalhado, aquecendo e preparando a
musculatura que será necessária para o desenvolvimento de suas atividades e
proporcionando mais disposição para o início do turno (LIMA,2019).
A compensatória ou de pausa também possui duração de 10 minutos e
deve ser realizada durante a jornada de trabalho, isso faz com que se interrompa
a monotonia laboral com a realização de exercícios específicos voltados para os
esforços que são repetitivos ou estruturas que são mais sobrecarregadas durante
a jornada. É um tipo de ginástica que beneficia muito trabalhadores que
desempenham funções que utilizam posturas estáticas por longas horas e com
baixa alternância postural, ou com maior esforço físico. São realizados exercícios
voltados para o alongamento da musculatura e mobilização, a fim de relaxar as
estruturas sobrecarregadas e promover um padrão postural contrário ao adotado
pelo colaborar durante a sua estadia no trabalho (LIMA,2019).
A ginástica de relaxamento, ou de final de expediente, é baseada em
práticas voltadas para o relaxamento e alongamento aliviando a tensão muscular,
oxigenando as musculaturas que são utilizadas para realização das tarefas
laborais, podem ser realizadas meditações e posições de yoga, estas vão trazer ao
colaborador maior conhecimento sobre sua estrutura corporal, vão promover um
aprendizado motor significante para o relaxamento e uma diminuição palpável da
ansiedade e a tensão no retorno para casa (LIMA,2019).
Já a ginástica laboral corretiva é direcionada, segundo Lorenzi (2020), a
situações de trabalho que possam existir estruturas ergonômicas desfavoráveis
para o colaborador. O que pode acabar causando consequências negativas para
o corpo do indivíduo. No sentido de combater esses efeitos, a ginástica laboral
corretiva busca encontrar um equilíbrio muscular. Baseada em exercícios que têm
como objetivo fortalecer os músculos fragilizados e alongar os encurtados com
duração de aproximadamente 10 minutos.

2.4 Dados científicos


Para corroborar com o saber científico foram introduzidos três artigos que
demonstraram a eficácia da ginástica laboral na vida do trabalhador, durante a
pesquisa não foram encontrados artigos contrários ao exercício, apenas artigos
que expõe a necessidade de maior produção cientifica sobre o assunto.
No estudo de Silva e Cunha (2017) realizado através de um estudo de
caso em uma indústria de cerâmica com o objetivo de analisar o nível de
desmotivação dos colaboradores e o ganhos a empresa após a implementação
do uso da ginastica laboral, foram demonstrados resultados positivos
relacionados ao aumento de motivação por parte dos funcionários, diminuição de
atestados e afastamentos médicos em cerca de 90% em relação ao período em
que não era utilizada a pratica de ginástica laboral; melhorias na saúde e
produtividade dos participantes e até na imagem da empresa perante a
sociedade, pela utilização de métodos inovadores e por demonstrar a
preocupação com a qualidade de vida dos trabalhadores.
Em um outro estudo realizado por Lima e Nogueira (2017) através de
questionários aplicados em um polo industrial de Manaus, demonstrou-se
novamente a ligação entre a qualidade de vida do trabalhador e a produtividade
da empresa, tornando-se item indispensável de discussão e implementação para
os profissionais responsáveis pelo planejamento e estratégias de gestão.
Corroborando com o estudo demonstrado acima, também foram encontrados
pontos importantes que relacionam a ginástica laboral a queda do absenteísmo,
desenvolvimento de relações saudáveis entre as equipes de trabalho e ambiente
profissional, com melhora na ajuda mútua e cooperação entre as partes, e em
melhorias relacionadas à saúde dos colaboradores.
A área da Saúde, em um hospital privado, também demonstrou bons
resultados ligados a implementação da ginastica laboral em seus setores desde a
unidade de terapia intensiva, unidade coronária ao setor de faturamento. Um
estudo realizado por Juliano et al (2015), formulado em quatro fases, demonstrou
que diversas áreas podem se beneficiar com o método, com resultados favoráveis
a qualidade de vida, redução do estresse, melhora da consciência corporal,
aumento do desempenho e entrosamento entre colegas.
3. CONSIDERAÇÕES
A ginastica laboral pode ser descrita como prática nova no Brasil tendo sua
chegada nos anos 1990, mesmo recentemente demonstrou bastante abrangente
e útil dentro dos setores de trabalho.
Abordando tanto a chegada, o percurso de trabalho e o final do expediente,
a ginástica laboral pode ser utilizada em várias fases o período laboral, recebendo
e preparando o colaborador para o seu dia de trabalho, interrompendo a
monotonia laboral com interrupção de posturas viciosas, e, no final do dia,
preparando-o para retornar ao lar, diminuindo seus níveis de estresse e tensão,
colaborando para um descanso efetivo e retorno mais eficaz as atividades no dia
seguinte.
Os artigos apresentados demonstram melhorias em várias faces das
instituições que optam por trabalhar com esse método, com dados palpáveis
como queda do absenteísmo, de afastamentos por atestados médicos, qualidade
de vida dos trabalhadores, e não palpáveis como melhora no ambiente laboral,
entrosamento de equipes, e visão externa da empresa.
O presente trabalho conclui que tal prática pode e deve ser aplicada em
diversas áreas laborais, trazendo benefícios não só aos trabalhadores, mas a
população geral e empresarial, ainda há um déficit de produção cientifica que
necessita de atenção por parte do mundo acadêmico, mas esta não é suficiente
para tirar o mérito da utilização da ginástica laboral nos ambientes de trabalho.
REFERÊNCIAS
LIMA, Fabiana e NOGUEIRA, Ricardo. A Efetividade do programa de ginástica
laboral. UFRR, 2017. Disponível em: http://revista.ufrr.br/index.php/adminrr/.
Acesso em 17 de outubro de 2022 às 12:10.
LORENZI, Thiago. 4 tipos de ginástica laboral e os benefícios para os
trabalhadores de sua empresa. SST Online, 2020. Disponível em:
https://www.sstonline.com.br/4-tipos-de-ginastica-laboral-e-os-beneficios-para-
trabalhadores-de-sua-empresa/. Acesso em 17 de outubro de 2022 às 11:00.
JULIANO, Maria et al. Implantação e avaliação de um programa de ginástica
laboral: Um estudo piloto realizado junto a colaboradores de um hospital
privado. Santa Paula, 2015. Disponível em:
http://www.santapaula.com.br/Arquivos/IEP_fisioterapia_trabalho003.pdf. Acesso
em 17 de outubro de 2022 às 12:30.
MARTINS, Carina. Ginástica laboral: o que é, tipos e principais benefícios
para os colaboradores. BEECORP, 2021. Disponível em:
https://beecorp.com.br/ginastica-laboral/#Hist%C3%B3ria. Acesso em 17 de
outubro de 2022 às 10:20.
POLITO, Eliane, Ginástica Laboral. CONFEF, 2004. Disponível em:
https://www.confef.org.br/confef/comunicacao/revistaedf/3529. Acesso em 17 de
outubro de 2022 às 10:27.
SANTOS, Josenei. Objetivos da Ginástica Laboral. UGF, 2013. Disponível em:
http://www.posugf.com.br/noticias/todas/2082-objetivos-da-ginastica-laboral.
Acesso em 17 de outubro de 2022 às 10:40.
SILVA, Ihenyffer e CUNHA, Lorival. Ginástica Laboral: Benefícios e melhoria
da qualidade de vida – Estudo de caso. GETEC, 2017. Disponível em:
https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/getec/article/view/1019. Acesso em 17 de
outubro de 2022 às 11:40.

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