Artigo Core
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FCS/ESS
LICENCIATURA EM FISIOTERAPIA
Projeto de Investigação
Adérito Seixas
Docente da Escola Superior de Saúde – UFP
[email protected]
Sandra Rodrigues
Docente da Escola Superior de Saúde – UFP
[email protected]
Abstract
Objective: This study aims to evaluate the muscle activity of the rectus abdominis and
spinal erector muscles during the exercise of plank, with different variations of stability.
Methods: The muscle electromyographic activity of 15 participants, 11 males and 4
females (mean age: 22.00 (± 2.00 years); BMI: 23.41 (± 3.83 kg / m2)) was analyzed
during six plank positions. Results: It is possible to observe that the muscle that was most
activated was the Rectus Abdominis (94.01% CMV), and there were no significant
differences between the right side and the left side. Conclusion: The electromyographic
activity of the muscles studied was dependent on the type of variation of plank requested.
Key-words: EMG, core, plank position, prone plank position, prone bridge, unstable
surface.
Introdução
O core é o conjunto de músculos da região lombo-pélvica e tronco, responsáveis pela
estabilidade da coluna. A estabilidade desta região é fundamental para facilitar e transferir
força durante os movimentos dos membros superiores e inferiores, suportar cargas e
proteger a espinal medula e as suas raízes neurais (Snarr e Esco, 2014).
A manutenção de uma musculatura do tronco forte permite uma base estável para os
músculos mobilizadores dos membros superiores e inferiores desempenharem atividades
de vida diária e atividades desportivas (Behm, et al., 2011).
Através da estabilidade do tronco conseguimos promover uma maior estabilidade
proximalmente e facilitar a mobilidade a nível distal (Escamilla et al., 2010). O trabalho
especifico dos músculos estabilizadores da coluna lombar facilita a realização das tarefas
diárias e a reabilitação de disfunções lombares. Em reabilitação, o fortalecimento destes
músculos não atua diretamente na redução da dor, mas fornece maior estabilidade para
um desempenho funcional adequado (Behm, et al., 2010).
1
coluna. Nestes casos a atividade do músculo antagonista aumenta quando há incerteza na
execução da tarefa provocando aumento da rigidez articular pela co-contração,
contribuindo para o aumento da estabilidade (Behm e Colado, 2012). Assim, exercícios
que têm por base a posição de prancha, que implicam uma co-contração dos músculos
anteriores e posteriores do tronco, poderão ser promotores de maior estabilidade da coluna
(Behm e Colado, 2012).
Metodologia
De forma a dar resposta ao objetivo definido foi implementado um estudo quase-
experimental nas instalações da Universidade Fernando Pessoa.
Amostra
Relativamente aos critérios de inclusão, foram incluídos adultos jovens, sem lesão
anterior no último ano no membro superior e na coluna. Como critérios de exclusão deste
estudo foram definidos o auto-reporte de sintomatologia álgica nos últimos 7 dias no
membro superior ou coluna; de utilização de medicação (AINES ou relaxantes
musculares) em igual período e de patologias metabólicas, cardíacas, neurológicas e
cardiorrespiratória (Snarr e Esco, 2014).
Considerações éticas
O presente estudo foi inicialmente submetido à aprovação da Comissão de Ética da
Universidade Fernando Pessoa. Todos os participantes que realizam este estudo
assinaram a Declaração de Consentimento Informado após terem sido esclarecidas todas
as intervenções a que seriam sujeitos ao longo do estudo, sendo-lhes dada a possibilidade
2
de recusa em participar a qualquer momento, sem que daí decorresse qualquer prejuízo
pessoal. Todos participantes foram também informados sobre a confidencialidade e
anonimato que foram mantidos ao longo da investigação, sendo no final informados sobre
potenciais benefícios ou riscos que poderiam existir, de acordo com as normas e
princípios referidos pela Declaração de Helsínquia e a Convenção de Direitos do Homem
e a Biomedicina. Todos os documentos e dados utilizados na realização desta investigação
foram mantidos até que não fossem necessários para efeitos de investigação.
Instrumentos
Os instrumentos utilizados foram: lâminas para tricotomia, algodão, gaze, álcool, fita
milimétrica, dois discos de borracha instável, duas bolas pequenas de borracha, colchão
de apoio, computador, balança (Tanita), estadiómetro, mala antropométrica e cronómetro.
Para recolher os dados relativos à atividade mioelétrica foi utilizado um eletromiógrafo
(bioPLUXresearch), um equipamento que recolhe e digitaliza o sinal proveniente de
sensores localizados sobre a pele. Os canais são de 12 bit, com uma frequência de
amostragem de 1000Hz. A eletromiografia de superfície (SEMG) é uma técnica utilizada
para detetar, coletar e monitorizar o sinal mioelétrico recorrendo à colocação de elétrodos
sobre os músculos que se pretende estudar (Ghapanchizadeh, et al., 2017).
O processamento foi realizado offline através do recurso ao software MATLAB® (The
MathWorks Inc., Natick, MA) 2015a.
Foram ainda utilizados o Questionário de Preferência Lateral de Van Strien (2002), para
identificação da preferência lateral e o Questionário Internacional de Atividade Física
(IPAQ) para determinar os diferentes tipos de atividade física praticada e tempo
despendido nessas mesmas atividades no dia-a-dia.
Procedimentos
Depois de obtida a autorização por parte da Comissão de Ética da Universidade Fernando
Pessoa para a realização do estudo, os participantes foram convidados a assinar o
formulário de consentimento informado, tendo por base a declaração de Helsínquia,
sendo assim informados que todos os dados seriam confidenciais, tendo o direito de
desistir do estudo a qualquer momento, sem qualquer prejuízo pessoal. Inicialmente
foram recolhidos dados de caracterização da amostra, onde se registaram as
características antropométricas de cada individuo, nomeadamente a massa corporal e a
estatura e a informação relativa aos critérios de elegibilidade.
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De seguida, recolheu-se as características antropométricas de cada individuo, ou seja, a
estatura, peso, pregas cutâneas (bíceps, tríceps, subescapular, supra-espinal, supra-íliaca,
abdominal, coxa e gastrocnémio), perimetria (braço relaxado, braço contraído, cintura,
região glútea e perna) e os diâmetros (bicôndilo-umeral e bicôndilo-femoral). Para isto
utilizou-se o protocolo recomendado pela Sociedade Internacional para o Avanço da
Cinantropometria (Norton e Olds, 1996). Estes dados foram analisados com o intuito de
identificar potenciais valores extremos que poderiam influenciar os dados de atividade
eletromiográfica.
Antes da colocação dos eletrodos de superfície, a pele dos participantes foi previamente
preparada com recurso a gaze e álcool de modo a haver total contacto entre a superfície
do elétrodo e da pele (Hermens, Freriks, Disselhorst-Klug e Rau, 2000).
Os participantes foram avaliados com um equipamento de análise eletromiográfica para
recolher dados da atividade muscular dos eretores da espinha e reto abdominal. A
captação eletromiográfica foi realizada através da colocação de elétrodos de superfície,
sendo estes posicionados paralelamente entre si no ventre muscular (Hibbs, et al., 2011).
Para o protocolo de normalização, os músculos foram avaliados individualmente e
recorreu-se à avaliação da atividade muscular durante uma contração voluntária máxima
(CMV) com 6 segundos de duração, seguindo o protocolo de teste muscular manual
proposto por Kendall et al. (2009). Já o procedimento para análise dos dados foi feito com
base no protocolo reportado por Fischer, Belbeck e Dickerson (2010). Todas as recolhas
foram realizadas pelo mesmo avaliador de forma a padronizar os procedimentos de teste.
No processamento dos dados relativos à atividade eletromiográfica, os registos foram
filtrados com um filtro de banda com frequência de corte de 10 a 350Hz, buterworth, e
posteriormente foi removida a constante contida no sinal e ajustada a unidade de medida
para volts, recorrendo-se ao cálculo posterior do valor eficaz. Os dados da atividade
eletromiográfica de cada músculo, nos vários exercícios, foram normalizados tendo em
conta a sua atividade eletromiográfica durante a CMV.
A análise foi efetuada na posição de prancha, e nesta posição com algumas variações,
utilizando bolas (fig.1), discos (fig.2) e o TRX de forma a criar maior instabilidade na
execução do exercício pretendido.
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Figura 1 Bolas Figura 2 Discos
Antes dos participantes executarem as posições, foi-lhes dada uma breve instrução a cerca
de cada uma das posições, sendo a seguinte:
1. Posição normal de prancha em que a cabeça mantem-se na posição neutra, a
coluna mantem-se alinhada, cintura pélvica na posição neutra, ombros em flexão
a 90º, cotovelos em flexão apoiados no solo, joelhos em extensão sem estar em
contacto com o solo e pontas dos pés apoiados no chão. A partir desta posição,
alterou-se as bases de suporte, por superfícies instáveis ou reduzindo o número de
apoios (fig.3.1).
2. Na segunda posição utilizou-se os discos para alterar a base de suporte, ou seja os
participantes irão estar na posição de prancha como foi a cima descrita mas terão
como apoio dois discos (um para cada mão) mantendo o punho na posição neutra
(fig.3.2).
3. Na terceira posição utilizou-se as bolas para alterar a base de suporte. Mais uma
vez os participantes estiveram na posição de prancha descrita inicialmente, mas
com apoio de duas bolas (uma para cada mão) (fig.3.3).
4. Na quarta posição os participantes estiveram na posição de prancha já descrita,
porém os pés dos participantes encontravam-se suspensos através da utilização do
TRX. Os cotovelos em flexão em contacto com o solo, utilizando apenas isso
como apoio (fig.3.4).
5. Na quinta posição os participantes continuaram com os pés suspensos no TRX e
utilizaram os discos como apoio nas mãos, e manter a posição de prancha que foi
descrita (fig.3.5).
6. Na sexta e ultima posição, os participantes estiveram com os pés suspensos no
TRX e utilizaram as bolas como apoio nas mãos e mantiveram-se na posição de
prancha (fig.3.6).
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Figura 3.1 Figura 3.2 Figura 3.3
Prancha1 Prancha2 Prancha3
Tarefa
Os participantes realizaram 6 exercícios com a duração de 10 segundos cada, com período
de repouso entre exercícios de 30 segundos, realizando-os apenas uma vez. A ordem de
execução dos exercícios decorreu de forma aleatória.
Procedimentos Estatísticos
A análise de dados foi efetuada recorrendo ao software de análise estatística IBM SPSS®
23 para o Windows. Através da estatística descritiva (mediana e distancia interquartil) foi
feita a caraterização da amostra e das variáveis em estudo. Para calcular a probabilidade
das variáveis estarem normalmente distribuídas foi utilizado o teste Shapiro-Wilk e tendo
em conta o resultado foram utilizados os testes não paramétricos para um α de 0,05. Para
comparar a atividade eletromiográfica desenvolvida pelos músculos em cada um dos
exercícios estudados e para comparar a atividade de cada músculo nos diferentes
exercícios recorreu-se ao teste não paramétrico de Friedman two way analysis of variance.
Resultados
Comparação geral da ativação eletromiográfica
A tabela 1 é relativa à comparação da atividade eletromiográfica de cada músculo, em
cada exercício efetuado. Nesta tabela estão descritos os valores percentuais relativos à
contração voluntária máxima (CVM) de cada músculo avaliado, nas diferentes variações
dos exercícios executados. Como tal, podemos observar os valores da %CVM do reto
abdominal direito, reto abdominal esquerdo, eretor da espinha direito e eretor da espinha
6
esquerdo, em seis posições de prancha. Em relação ao reto abdominal direito, notou-se
uma maior ativação muscular durante a prancha 6 (76.75%) e uma menor ativação durante
a prancha 1 (24.64%). No reto abdominal esquerdo, a posição de prancha 6 foi novamente
a mais ativada (94.01%) e o exercício com menor ativação foi a prancha 1 (39.51%). No
eretor da espinha direito verificou-se uma maior ativação na prancha 5 (8.23%) e
verificou-se também uma menor ativação na prancha 1 (5.60%). Por fim, no eretor da
espinha esquerdo houve uma maior ativação, na prancha 5 (5.56%) e novamente uma
menor ativação na prancha 1 (4.13%).
Ativação Muscular em cada Exercício
A avaliação par a par, em cada exercício pode ser observada na tabela 2 do lado esquerdo,
todas as posições de prancha apresentam diferenças significativas por todos os pares
musculares, exceto na prancha 1, em que o par ECD/ABE e na prancha 2 o par ECE/ABE.
Tendo em conta a ativação muscular entre exercícios, o músculo que apresentou maior
variação de ativação foi o reto abdominal direito e os eretores da coluna esquerdo. Em
todas as diferenças significativas e muito significativas que podemos observar no lado
direito da tabela 3 referente a ativação muscular entre exercícios, podemos observar que
as diferenças significativas surgem quando comparamos a prancha normal, isto é, sem
destabilizadores, com as pranchas que apresentam maior instabilidade (as que usam as
bolas, discos e TRX). Podemos também observar que existem diferenças muito
significativas quando comparamos a prancha 1 com a prancha 5 e 6, sendo estas as
pranchas que têm tanto o membro inferior, como superior apoiados em superfícies
instáveis.
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Tabela 2 - Valores relativos à comparação para a par da atividade muscular (Teste de Friedman) para
valores de significância p ≤ 0,05
Prancha 5
ECE/ABD p<0.01
ECE/ABE p<0.01
ECD/ABD 0.004
ECD/ABE 0.001
Prancha 6
ECE/ABE p<0.01
ECE/ABD 0.001
ECD/ABE 0.001
ECD/ABD 0.002
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Discussão
Este estudo tem como objetivo analisar a atividade eletromiográfica dos músculos do
core, neste caso o reto abdominal e os eretores da coluna, avaliando a sua ativação durante
a posição de prancha com diferentes níveis de estabilidade.
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extensão do tronco e rotação pélvica, mas devido ao trabalho isométrico do Reto
Abdominal a força da gravidade é contrariada, de modo a conseguir manter-se numa
posição neutra (Escamilla, et al., 2010). Os eretores da coluna são ativados para manter a
posição de prancha, assim como a co-contração com os músculos anteriores para prevenir
a rotação e extensão do tronco (Snarr e Esco, 2014). No entanto, estes músculos não
apresentam valores significativos referentes à atividade eletromiográfica, podendo ter
como motivo, não serem agonistas deste tipo de exercício (Imai, et al., 2010).
Quando fazemos a prancha em superfícies instáveis, vamos estar a provocar mais
perturbações do que no solo, o que indica que haverá uma maior atividade dos músculos
estabilizadores do tronco e sinergistas de modo a manter o tronco alinhado (Snarr e Esco,
2014), podendo ser visto isso neste estudo, em que há um notório aumento da ativação
muscular quando comparamos a prancha 1, que é prancha no solo, a qualquer outra
prancha efetuada em superfícies instáveis. Quando comparamos a prancha 1 com a
prancha 6, em praticamente todos os músculos estudados, apresentam diferenças
significativas, havendo maior ativação muscular na prancha 6, sendo esta executada com
as mãos apoiadas nas bolas e os pés no TRX.
Outros estudos comparam a ativação destes músculos, os eretores da coluna e o reto
abdominal, em superfícies instáveis, mas utilizando outros exercícios como: push up,
supine bridge, e outras variações da prancha, não abordadas neste estudo.
McGill e Karpowicz (2009) analisaram vários exercícios para verificar quais ativavam
mais os eretores da coluna e reto abdominal. Um desses exercícios era a prancha lateral,
que de seguida passava para a prancha e por fim voltava para a prancha lateral contra
lateral. Na posição de prancha lateral apresentava uma maior ativação do eretor da
espinha do lado que a prancha estava a ser executada. Quando havia o rolamento para a
posição de prancha o reto abdominal aumentava a sua atividade, e havia uma diminuição
na atividade dos eretores da coluna. Porem não foi como objetivo do presente estudo
avaliar a prancha lateral.
Outro estudo em que abordaram mais variações da posição de prancha e da prancha
supinada (posição de decúbito dorsal, joelhos fletidos, pés apoiados no chão, braços ao
longo do corpo e elevação da pelve), os autores concluíram que a prancha é um dos
exercícios que recruta mais o reto abdominal, logo a seguir a prancha lateral com uma
perna elevada. Os eretores da coluna na posição de prancha apresentam pouca ativação
muscular, mas o mesmo não acontece na prancha supinada, em que há uma maior ativação
destes músculos (Okubo, et al., 2010). Quando os participantes executam a prancha com
10
um braço levantado há maior ativação do reto abdominal contra lateral ao braço que foi
elevado, de modo a impedir a rotação ipsilateral (Okubo, et al., 2010; Kim, et al., 2016).
Após observarmos os resultados destes dois estudos e comparamos com o efetuado,
podemos reparar que há uma maior ativação muscular do reto abdominal quando a
superfície instável encontra-se no membro superior, e há um maior aumento da atividade
muscular dos eretores da coluna quando a superfície instável esta no membro inferior.
Por isso, para haver uma maior atividade muscular de ambos os músculos devemos criar
instabilidade tanto a nível de membro superior como de membro inferior, como acontece
na prancha 5 e na prancha 6 deste estudo.
Durante o push-up com os apoios das mãos em superfícies instáveis, Desai e Marshall
(2010) não apresentaram aumento de atividade significativa nos abdominais nem nos
extensores do tronco, porém Snarr et al (2013) concluiu que quando usamos superfícies
instáveis durante o push up, o reto abdominal é mais ativado, com o objetivo de estabilizar
o tronco.
Como limitações deste estudo podemos considerar o reduzido tamanho da amostra, o
facto de apenas se ter usado material de instabilidade nos membros superiores e material
de suspensão nos membros inferiores, havendo a possibilidade de também fazer o oposto,
e um reduzido numero de variações e exercícios.
Conclusão
Este estudo sobre a análise eletromiográfica do exercício de prancha, com diferentes
variações de estabilidade, tanto a nível de membro superior como inferior, possibilitou a
análise da atividade muscular dos músculos reto abdominal e dos eretores da coluna. Após
a apresentação, e discussão dos resultados obtidos, podemos concluir que existem
diferenças de valores da atividade muscular dos músculos analisados, e acrescentando as
variações de estabilidade estamos a contribuir para essas alterações. Foi possível observar
que o reto abdominal foi o mais ativado em todas as posições.
Com a introdução de superfícies instáveis, obseva-se um aumento no recrutamento
muscular tanto do reto abdominal como dos eretores da coluna, estando relacionado com
a manutenção da estabilidade do tronco.
Os resultados deste estudo são relevantes porque permitem perceber que exercício, ou
que sequência de exercícios poderão ser utilizados se pretendermos recrutar de forma
sequencial a musculatura do core analisada.
11
Em trabalhos futuros era importante analisar outros músculos durante estas variações do
exercício de prancha e também estudar outros exercícios e variações que sejam ainda mais
exigentes, recorrendo ou não a superfícies instáveis.
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