Instrucao-Normativa DEAP 001.2019.DEAP

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ESTADO DE SANTA CATARINA

SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PRISIONAL E SOCIOEDUCATIVA


DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO PRISIONAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 001, de 12 de dezembro de 2019.

Dispõe sobre os procedimentos operacionais de


segurança a serem adotados pelas unidades
prisionais do Estado de Santa Catarina no âmbito
do Departamento de Administração Prisional e dá
outras providências.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO


PRISIONAL E SOCIOEDUCATIVA, no uso das atribuições que lhe conferem os artigos 74 da
Constituição do Estado de Santa Catarina, 106 da Lei Complementar Estadual nº 741/2019, 73
e 74 da Lei nº 7.210/1984, bem como o Manual de Redação Oficial do Estado de Santa
Catarina que foi instituído pelo Decreto Estadual nº 840/99 e de acordo com o que consta nos
autos do processo SJC 91441/2018,

RESOLVE:

Art. 1º Fica instituídaa presente Instrução Normativacom o


objetivo de uniformizar e padronizaros procedimentos operacionais de segurança a serem
adotados pelas unidades prisionais do Estado de Santa Catarina no âmbito do Departamento
de AdministraçãoPrisional, na forma do Anexo Único desta Instrução Normativa.

Art. 2º Cabe à Secretaria de Estado da Administração Prisional


e Socioeducativaregulamentar os procedimentos de seus órgãos internos através de Instrução
Normativa, ante a necessidade de disciplinar as suas atividades.

Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua


publicação.

§1º As unidades prisionais e demais setores no âmbito do


Departamento de Administração Prisional terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados
da publicação do ato, para adotarem as providências necessárias para implantação e
implementação do disposto neste documento.

§2ºEsgotado o prazo descrito no §1º deste artigo, todas as


unidades prisionais e demais setores no âmbito do Departamento de Administração Prisional,
deverão estar totalmente adaptadas e adequadas às normas descritas neste documento.

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Rua Fulvio Aducci, nº 1214 – Bairro Estreito – A&A Philippi Business Center – CEP 88075-001
Fone: (48) 3664-5806 / [email protected]

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Art. 4º Este documento revoga a Instrução Normativa nº


001/2010/DEAP/GAB/SSP.

Florianópolis/SC, 12 de dezembro de 2019.

[Assinado Digitalmente]
LEANDRO ANTÔNIO SOARES DE LIMA
Secretário de Estado de Administração Prisional e
Socioeducativa

[Assinado Digitalmente]
DEIVEISON QUERINO BATISTA
Diretor do Departamento de Administração Prisional

[Assinado Digitalmente]
PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA
Diretor da Academia de Administração Prisional e
Socioeducativa

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ANEXO ÚNICO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 001, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2019, QUE DISPÕE


SOBRE OS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DE SEGURANÇA A SEREM
ADOTADOS PELAS UNIDADES PRISIONAIS DO ESTADO DE SANTA CATARINA NO
ÂMBITO DO DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO PRISIONAL E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

TÍTULO I
DOS PROCEDIMENTOS INTERNOS DAS UNIDADES PRISIONAIS

CAPÍTULO I
DA ENTRADA EM ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS

Seção I
Dos Agentes de Segurança e Dos Veículos Oficiais

Art. 1º Fica aprovada aInstrução Normativa, no âmbito do


Departamento de Administração Prisional (DEAP), órgão interno da Secretaria de Estado
da Administração Prisional e Socioeducativa, na forma deste Anexo Único.

Art. 2º A entrada nos estabelecimentos prisionais do Estado de


Santa Catarina ocorrerá mediante autorização do gestor ou chefe de segurança da
unidade, devendo ser apresentado documento de identificação civil ou carteira funcional.

Parágrafo único. No caso da entrada de promotores, juízes,


defensores públicos e membros da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, não será
necessária a autorização, devendo nesta hipótese ser comunicado à chefia imediata.

Art. 3º Em se tratando de órgãos da segurança pública


estadual e federal, será obrigatória a solicitação antecipada de autorização mediante
ofício, no qual deverão constar identificação do veículo e os respectivos nomes dos
servidores.

Parágrafo único. Não será necessária a autorização, prevista


no caput, para agentes de segurança em casos de transferências de presos, movimentos
subversivos, inspeções do Departamento de Administração Prisional – DEAP e da
Corregedoria da Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa -
SAP.

Art. 4º O funcionário que estiver na guarita de entrada da


unidade prisional deverá, sem exceção, solicitar identificação funcional ou civil do
visitante.

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Parágrafo único. No caso do estabelecimento prisional não


possuir guarita, o funcionário solicitará a identificação junto ao portão de entrada da
unidade, para posterior autorização.

Art. 5º É proibida a entrada na unidade prisional, inclusive de


agentes penitenciários e de segurança pública, portando arma de fogo, ou arma de
qualquer espécie, bem como telefone celular, máquina fotográfica e aparelhos de
filmagens.

§ 1º Somente será permitida a entrada prevista no caput, nas


áreas intramuros, onde não houver circulação de presos.

§ 2º A proibição do caput não é aplicável aos agentes


penitenciários e de segurança pública, nos casos de motim, rebelião, operações
integradas de segurança prisional, intervenções do Departamento de Administração
Prisional e da Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa - SAP.

§ 3º O gestor da unidade prisional poderá autorizar o ingresso


dos objetos descritos neste artigo em casos de visitas oficiais de autoridades que se
fizerem presentes com escolta própria, observando a segurança do local.

§ 4º Quando os meios de comunicação entre os servidores


através de rádio ou telefone forem interrompidos por conta de caso fortuito ou força
maior, poderá o gestor autorizar, excepcionalmente, a utilização de aparelho celular por
tempo determinado.

§ 5º A autorização do § 4º, deste artigo, deverá ser justificada


por escrito e encaminhada ao Departamento de Administração Prisional.

Art. 6º O gestor da unidade prisional deverá disponibilizar local


seguro para o armazenamento dos materiais constantes do artigo antecedente.

Art. 7º O acesso de todas as pessoas ao estabelecimento


prisional, sejam elas servidores do Departamento de Administração Prisional ou
servidores de outros órgãos públicos, deverá ser registrado no livro plantão do sistema i-
PEN, na opção observação, constando horários de entrada e saída.

§ 1º O registro previsto no caput poderá deixar de ser realizado


nos casos de motim, rebelião, operação integrada de segurança prisional, intervenção do
Departamento de Administração Prisional e da Secretaria de Estado da Administração
Prisional e Socioeducativa - SAP.

Art. 8º Os veículos que adentrarem nos estabelecimentos


prisionais serão inspecionados, na entrada e saída, salvo veículo oficial caracterizado em
condução de preso.

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Art. 9º A revista nos veículos será realizada de forma


minuciosa, consistindo na abertura das portas, do porta-malas e do capô do motor.

Parágrafo único. No caso de veículos com compartimento de


carga isolado e fechado (tipo baú ou similar), este será também inspecionado, inclusive, a
parte inferior do veículo.

Art. 10 Os dados do veículo deverão ser registrados no livro


plantão do sistema i-PEN, devendo constar o número da placa, horários de entrada e
saída, procedência, destino e nome dos ocupantes com a devida identificação.

Art. 11. Enquanto o veículo estiver estacionado na área


reservada das unidades prisionais, deverá permanecer devidamente fechado e sem
qualquer ocupante no interior.

Art. 12. As pessoas que adentrarem na unidade prisional,


inclusive servidores, passarão pela inspeção mediante o uso de detector de metais.

Seção II
Dos Prestadores de Serviços

Art. 13. Quando ingressarem na unidade prisional os


prestadores de serviço deverão ter seus dados preenchidos no livro plantão do sistema i-
PEN, contendo os dados pessoais, do veículo, o motivo da visita e os horários de entrada
e saída.

Art. 14. A administração da unidade prisional acordará


previamente, por escrito, com fornecedores e prestadores de serviço, para que a entrega
de material ou prestação de serviço seja realizada em horários estabelecidos, mediante
identificação dos funcionários das empresas contratadas.

Parágrafo único. Havendo necessidade de alteração a empresa


deverá acordar previamente com o gestor da unidade.

Art. 15. Os prestadores de serviço serão submetidos,


preferencialmente, à revista mecânica, que será executada individualmente, em local
reservado, por meio de escâner corporal.

§ 1º Na falta, inoperância ou excesso de uso recomendável do


aparelho de escâner, o prestador deverá ser submetido a outros recursos tecnológicos
disponíveis, tais como detectores de metal do tipo raquete, banco e portal.

§ 2º A pessoa interessada no ingresso, que se negar ao


cumprimento dos procedimentos impostos, terá sua entrada proibida.

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Art. 16. Os materiais necessários para a realização de serviços


no interior da unidade prisional deverão ser vistoriados e, se possível, submetidos a
escâner.

§ 1º Após a vistoria, deverá ser realizada a conferência e


anotação dos itens que entrarem, constando nome, tipo, detalhamento e quantidade.

§ 2º O procedimento deverá ocorrer na entrada e saída dos


técnicos.

§ 3º É expressamente proibida a entrada de aparelhos


celulares, ressalvados os casos que sejam indispensáveis à realização do serviço, com
autorização do chefe de segurança.

Art. 17. Obrigatoriamente os prestadores de serviço deverão


estar sob a supervisão de um servidor enquanto perdurar a prestação de serviço.

Seção III
Do Controle de Tráfego de Veículos Oficiais

Art. 18. Os deslocamentos de veículos oficiais pertencentes à


unidade prisional serão registrados no livro plantão do sistema i-PEN, devendo ser
identificada a viatura, o nome do condutor, o destino, a quilometragem, a data e os
horários de saída e retorno.

§ 1º O condutor deverá possuir habilitação compatível com a


categoria do veículo.

§ 2º O condutor ao assumir o controle do veículo, deverá fazer


vistoria visual do estado em que se encontra, verificando os seguintes itens: água, óleo,
faróis, pneus, palhetas, combustível e luz de freio.

Art. 19. O condutor deverá utilizar a viatura exclusivamente


para o serviço público, não sendo permitido conceder carona a terceiros.

Art. 20. Sempre que necessário, o condutor providenciará o


abastecimento do veículo, completando o tanque, sob pena de incorrer nas sanções dos
artigos 27 e 180, do Código de Trânsito Brasileiro - CTB, em caso de falta de
combustível.

Art. 21. Infrações de trânsito serão de responsabilidade do


condutor, facultado nos termos legais, a ampla defesa junto aos órgãos de trânsito.

Art. 22. Em relação aos veículos oficiais é vedado:

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I - realizar qualquer alteração na numeração ou identificação


das placas, devendo permanecer de acordo com o Certificado de Registros de Veículos -
CRLV;

II - retirar quaisquer das placas (dianteira ou traseira);

III - descaracterizar o veículo, retirando seus adesivos ou


equipamentos que comprovem sua condição de viatura oficial;

IV - colocar sobre as placas originais outras placas com


palavras e termos que, mesmo informando a finalidade do tráfego, dificultam sua
identificação.

CAPÍTULO II
DO INGRESSO DE PRESOS

Art. 23. O preso poderá ingressar na unidade prisional por:

I - prisão em flagrante;

II - mandado de prisão;

III - transferência definitiva ou provisória;

IV - recaptura.

Art. 24. Poderá ser realizada a transferência provisória do


preso para assegurar a preservação da ordem e da segurança da unidade prisional, ou
para a garantia da integridade física dele ou de outrem.

Parágrafo único. A transferência provisória não poderá consistir


em sanção disciplinar ao preso, devendo tal remoção ser realizada por prazo
determinado.

Seção I
Da Competência para Recebimento

Art. 25. A competência para o recebimento do preso em


flagrante delito, mandado de prisão ou por evasão/fuga, será da unidade que atende a
comarca do local da prisão.

Parágrafo único. Caso o preso seja recolhido exclusivamente


por mandado de prisão, expedido por comarca diversa daquela que foi cumprida a
ordem, ou evadido/foragido de outra unidade, deverá o gestor, após o recebimento,
solicitar a Gerência de Execuções Penais do Departamento de Administração Prisional -
GEPEN/DEAP a remoção.

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Art. 26. O preso que for evadido/foragido de unidade prisional


diversa, ao ingressar em virtude de prisão em flagrante delito, deverá ser recebido pela
unidade que atende a comarca do local da prisão.

§ 1º Após o recebimento, o gestor da unidade deverá solicitar à


Gerência de Execuções Penais do Departamento de Administração Prisional a remoção
do preso para a unidade que ocorreu a evasão.

§ 2º Compete a unidade que ocorreu a evasão ou fuga


custodiar o preso evadido/foragido que foi preso em flagrante delito em outra comarca.

§ 3º Nos casos de extrema necessidade decorrentes da


complexidade da causa ou da segurança prisional, a permanência do preso no local da
prisão provisória poderá ser excepcionalmente autorizada pela GEPEN/DEAP.

§ 4º Cessados os motivos que ensejaram a permanência do


preso na forma do parágrafo antecedente, o preso deverá imediatamente ser removido
para a unidade prisional que estava evadido.

Seção II
Dos Documentos Obrigatórios

Art. 27. Somente será autorizado o ingresso do preso


condenado na unidade prisional após o setor de execução penal realizar a conferência
dos documentos abaixo relacionados1:

I - cópia da guia de recolhimento;

II - cópia da denúncia;

III - cópia da sentença condenatória;

IV - cópia de acórdão, se houver;

V - autorização da Gerência de Execução Penal do DEAP,


através do i-PEN;

VI - comunicação interna de apresentação;

VII - histórico prisional e boletim penal informativo atualizado,


disponibilizado no i-PEN;

VIII - comunicação interna sobre a situação clínica do preso,


com cópia atualizada do prontuário médico, receitas e remédios de uso contínuo;

1
Nos termos do artigo 107, da Lei de Execução Penal, Enunciado 10 do I FEMEPE – Fórum Estadual de Magistrado de Execução Penal, artigo 380, do CNCGJ – Código de Normas
da Corregedoria Geral de Justiça e artigo 3º, § 1º, da Resolução 113/10, do CNJ – Conselho Nacional de Justiça.

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IX - decisões exaradas na execução da pena;

X - apresentação de grades de remições ainda não


homologadas, emitidas através do sistema i-PEN.

Parágrafo único. Caso todos os documentos citados nos


incisos anteriores constarem eletronicamente no sistema i-PEN, não será necessária a
sua apresentação através de cópia, devendo apenas ser apresentado fisicamente
Comunicação Interna - CI de apresentação do preso.

Art. 28. Entre as unidades prisionais do Estado, é vedada a


remoção do preso que esteja respondendo a Processo Administrativo Disciplinar - PAD,
sem a conclusão administrativa.

Parágrafo único. Será permitida a remoção sem a conclusão


administrativa do Processo Administrativo Disciplinar - PAD, somente nos casos de
urgência comprovados pelo gestor da unidade prisional.

Art. 29. Quando se tratar de preso provisório, será necessária a


apresentação de nota de culpa ou de mandado de prisão.

Art. 30. Ocorrendo recaptura de presos foragidos ou evadidos,


serão necessárias a apresentação de boletim de ocorrência, a impressão da ficha de
recaptura do sistema i-PEN e demais procedimentos cabíveis ao ingresso de preso
previstos nesta seção.

Art. 31. Quando do ingresso definitivo de preso oriundo de


outra unidade prisional, mediante transferência definitiva, deverão ser apresentados os
seguintes documentos:

I - mandado de prisão;

II - denúncia,se houver;

III - autorização da GEPEN/DEAP, através do i-PEN;

IV - comunicação interna de apresentação;

V - histórico prisional disponibilizado no i-PEN;

VI - comunicação interna sobre a situação clínica do preso,


com cópiaatualizada do prontuário médico, receitas e remédios de uso contínuo.

Parágrafo único. Serão dispensadas as cópias citadas neste


dispositivo, caso todos os documentos estejam eletronicamente no sistema i-PEN. Neste

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caso, deverá apenas ser trazida fisicamente a comunicação interna de apresentação do


preso.

Art. 32. O ingresso temporário do preso para manutenção da


ordem, disciplina e segurança da unidade de origem será realizado mediante a
apresentação dos seguintes documentos:

I - nota de culpa, mandado de prisão ou guia de recolhimento;

II - autorização da Gerência de Execução Penal do DEAP,


através do i-PEN;

III - comunicação interna de apresentação;

IV - comunicação interna sobre a situação clínica do preso,


com cópia atualizada do prontuário médico, receitas e remédios de uso contínuo.

§ 1º Caso todos os documentos citados nos incisos anteriores


constem eletronicamente no sistema i-PEN, serão desnecessárias as cópias listadas,
devendo apenas ser entregue fisicamente a comunicação interna de apresentação do
preso.

§ 2º Deverá também ser observado, as portarias das Varas de


Execução Penais locais, referentes aos procedimentos de transferência de presos.

Art. 33. O ingresso de preso nas unidades prisionais ficará


condicionado à realização de exame de corpo de delito, somente quando da existência
de lesões e/ou sintomas aparentes, conforme legislação estadual.

§ 1º Quando o preso não apresentar lesões ou sintomas


aparentes deverá ser constado no recibo de entrega tal informação, o qual será assinado
pelo servidor que entregar e pelo servidor que receber o preso na unidade prisional,
devendo constar no recibo de entrega a seguinte expressão: “Em condições físicas
aparentemente normais”.

§ 2º O preso que necessitar atendimento médico decorrente de


lesões ou sintomas prévios ao seu ingresso na unidade prisional, deverá,
obrigatoriamente, ter seu encaminhamento realizado pela autoridade condutora.

Seção III
Do Recebimento de Presos

Art. 34. Cumpridos os requisitos documentais constantes na


seção anterior, o ingresso de presos ocorrerá diariamente sem limitação de horários,
ressalvada a hipótese de decisão judicial que autorize referida delimitação.

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Parágrafo único. O horário para recebimento de preso oriundo


de outra unidade prisional será entre 08 (oito) e 19 (dezenove) horas, de segunda-feira à
sexta-feira, salvo casos excepcionais autorizados pelo gestor da unidade, pela Gerência
de Execução Penal do Departamento de Administração Prisional ou pelo diretor do
DEAP.

Art. 35. O agente penitenciário receberá o preso e, em local


adequado, realizará revista pessoal e verificará as condições físicas do preso, que
deverão constar na ficha de recebimento de presos no módulo “detentos” do sistema i-
PEN.

§ 1º A ficha de recebimento de presos será emitida em duas


vias, através do sistema i-PEN, que constarão os nomes, assinaturas e as matrículas dos
servidores públicos condutores e recebedores.

§ 2º Os procedimentos de revista para ingresso na unidade


prisional de travestis ou transexuais deverá ser realizada por agente penitenciário
conforme sexo biológico.

§ 3º Caso o preso tenha feito à cirurgia de transgenitalização,


deverá ser identificado (a) e revistado (a) por servidor do mesmo sexo.

Art. 36. Imediatamente após o ingresso do preso, o servidor


responsável deverá realizar o cadastramento completo no sistema i-PEN.

§ 1° No cadastramento serão realizadas fotografia, coleta


dactiloscópica, registro das imagens de tatuagens e outros sinais, preenchimento de
todos os dados e alocação da cela.

§ 2° Caso o preso possua cadastro no sistema i-PEN deverá


ser realizada a atualização completa dos dados.

Art. 37. É vedada a realização de cadastros, preenchimento e


emissão de documentos com abreviações de nomes e sobrenomes.

Art. 38. Os pertences do preso serão revistados e cadastrados


na ficha de recebimento no módulo “detentos” do sistema i-PEN, expedindo-se recibo que
será assinado pelo preso e pelo agente penitenciário responsável.

§ 1º Os pertences não autorizados serão encaminhados ao


setor rouparia.

§ 2º O setor de rouparia, ao receber os objetos não


autorizados, deverá efetuar o cadastro de todos os pertences do preso, na opção
Rouparia no módulo detentos do i-PEN, sendo este setor responsável pela guarda dos
materiais.

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§ 3º Os familiares do preso serão comunicados sobre os


objetos não permitidos, que deverão ser retirados junto ao setor de rouparia, no prazo de
60 (sessenta) dias, a contar da data da comunicação. Caso não sejam retirados no
período estabelecido, os objetos poderão ser doados para instituições filantrópicas,
quando autorizado pelo preso.

§ 4º Quando não houver a autorização descrita no parágrafo


antecedente, os objetos deverão permanecer no setor de rouparia.

§ 5º Caso o preso seja removido para outro estabelecimento


prisional, os pertences que estiverem guardados no setor de rouparia deverão ser
enviados para a unidade prisional respectiva.

§ 6º As medicações somente permanecerão com o preso se


houver receituário médico, aquelas que não estiverem prescritas serão encaminhadas ao
setor de saúde.

Art. 39. O número do prontuário do sistema i-PEN deverá


constar no uniforme do preso, sendo vedada a utilização de uniforme com número
diverso da matrícula do sistema.

Art. 40. A chefia de segurança ou supervisão de plantão


informará as regras internas na ocasião do ingresso do preso, providenciando ainda a
entrega do Conjunto de Atenção Básica, mediante recibo.

Art. 41. O Conjunto de Atenção Básica descrito no artigo


antecedente é composto por:

§ 1º Conjunto de Atenção Básico masculino:

I - 01 (um) aparelho de barbear, tipo descartável composto por


02 lâminas de aço inoxidável, cabo confeccionado em material plástico e anatômico;

II - 01 (um) creme dental em tubo ou bisnaga de 50 gramas


com composto de flúor aceito pelo Ministério da Saúde;

III - 01 (um) escova dental de segurança com cerdas retas;


cabo ovalado, achatado, com ranhuras e de formato anatômico que facilita sua
empunhadura; com medidas aproximadas de 4,5cm; cabeça de escovação com medidas
aproximadas de 2,5x0,8cm; cabeça composta de 36 a 40 tufos de cerdas do tipo média.
Escova com medida total de aproximada de 7,5cm com variação de 0,5cm, embalada
individualmente em plástico transparente;

IV - 02 (dois) rolos papel higiênico folha simples, com 60


metros de comprimento por 10cm de largura;

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V - 02 (dois) sabonetes em barra para uso geral com


aproximadamente de 90g., embalagem individual;

VI - 01 (uma) embalagem plástica para acomodação dos itens


pertencentes aos kits de higiene, confeccionada em plástico resistente e transparente.

§ 2º Conjunto de Atenção Básico feminino:

I - 01 (um) aparelho de barbear, tipo descartável composto por


02 lâminas de aço inoxidável, cabo confeccionado em material plástico e anatômico;

II - 01 (um) creme dental em tubo ou bisnaga de 50 gramas


com composto de flúor aceito pelo Ministério da Saúde;

III - 01 (um) escova dental de segurança com cerdas retas;


cabo ovalado, achatado, com ranhuras e de formato anatômico que facilita sua
empunhadura; com medidas aproximadas de 4,5cm; cabeça de escovação com medidas
aproximadas de 2,5x0,8cm; cabeça composta de 36 a 40 tufos de cerdas do tipo média.
Escova com medida total de aproximada de 7,5cm com variação de 0,5cm, embalada
individualmente em plástico transparente;

IV - 03 (três) rolos papel higiênico folha simples, com 60 metros


de comprimento por 10 cm de largura;

V - 02 (dois) sabonetes glicerinado em barra para uso geral


com aproximadamente de 90g, embalagem individual;

VI - 03 (três) pacotes de absorvente íntimo externo pacote c/8


unidades, sem abas, aderente, alta absorção, com formato anatômico, em embalagem
individual;

VII - 01 (um) shampoo para cabelo normal embalagem de 200


ml;

VIII - 01 (um) condicionador para cabelo normal embalagem de


100 ml;

IX - 01 (uma) embalagem plástica para acomodação dos itens


pertencentes aos kits de higiene, confeccionada em plástico resistente e transparente.

§ 3º Deverá ser assegurado às travestis e transexuais o uso de


peças íntimas, feminina ou masculina, conforme seu gênero.

Art. 42. O preso será informado dos seus deveres,


especialmente quanto a higiene, o asseio pessoal e a limpeza da cela onde estiver
recolhido. Em caso de descumprimento do referido dever, os fatos serão apurados de

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acordo com o estabelecido na Lei Complementar Estadual n° 529/11 e Lei n° 7.210/84 -


Lei de Execução Penal.

Art. 43. Ao ingressar na unidade prisional, o preso condenado


deverá raspar a barba e aparar bigode. Os cabelos deverão ser cortados com máquina
de corte tamanho 02 (dois).

Art. 44. Se o preso estiver custodiado cautelarmente, em


virtude de prisão preventiva, deverá raspar a barba, aparar bigode e cortar cabelos com
máquina de corte tamanho 02 (dois), somente após o prazo de 10 (dez) dias.

§ 1º O processo de higienização poderá ser efetuado antes do


prazo, por questões de saúde e salubridade, através de prévia justificativa, após
autorização do gestor ou chefe de segurança.

§ 2º Na referida justificativa deverá o servidor elencar as razões


que levaram a ser efetuado o processo de higienização.

§ 3º É vedado realizar os procedimentos de corte a que alude


este e o artigo antecedente aos custodiados decorrentes de prisões civis.

Art. 45. Se o preso estiver custodiado cautelarmente, em


virtude de prisão temporária, o procedimento referido no artigo anterior não deve ser
realizado2.

§ 1º O processo de higienização no preso temporário, somente


será efetuado, mediante prévia justificativa por questões de saúde e salubridade,
autorizada pelo gestor ou chefe de segurança.

Art. 46. Na hipótese de ingresso de preso transexual ou


travesti, deverão ser preservados os cabelos compridos, garantido seus caracteres
secundários de acordo com sua identidade de gênero.

Art. 47. Diariamente deverá o agente penitenciário observar a


necessidade de o preso raspar a barba, aparar o bigode e cortar os cabelos com
máquina de corte, respeitada a condição de preso provisório.

Seção IV
Da Alocação nas Celas

Art. 48. Após a realização dos procedimentos previstos na


seção anterior, o preso será encaminhado à cela de triagem e permanecerá pelo prazo
máximo de 10 (dez) dias, sendo respeitado o direito ao banho de sol diário.

§ 1º É vedado o emprego de cela escura.

2
Portaria nº 1.191, de 19 de junho de 2008.
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§ 2º Neste período serão realizados os primeiros atendimentos


de saúde, social e jurídico.

Art. 49. O preso que ingressar na unidade prisional pela prática


de crime contra a dignidade sexual será alocado, obrigatoriamente, com presos que
estejam recolhidos pela prática de mesmo tipo penal ou similar.

Art. 50. O preso que ingressar na unidade prisional e solicitar


alocação em celas de seguro, ainda que não acusado ou condenado pela prática de
crime contra a dignidade sexual, deverá requerê-lo por escrito à chefia de segurança.

Parágrafo único. Neste caso, o preso deverá ser isolado para


preservação de sua integridade física, aguardando manifestação da chefia de segurança,
sendo respeitado o prazo máximo de 10 (dez) dias.

Art. 51. A pessoa presa, que se reconheça como LGBT, será


garantida sua manutenção em espaço próprio destinado a custódia desta população.

§ 1º Denominam-se:

a) Lésbicas: denominação específica para mulheres que se


relacionam afetiva e sexualmente com outras mulheres;

b) Gays: denominação específica para homens que se


relacionam afetiva e sexualmente com outros homens;

c) Bissexuais: pessoas que se relacionam afetiva e


sexualmente com ambos os sexos;

d) Travestis: pessoas que pertencem ao sexo masculino na


dimensão fisiológica, mas que socialmente se apresentam no gênero feminino, sem
rejeitar o sexo biológico;

e) Transexuais: pessoas que são psicologicamente de um sexo


e anatomicamente de outro, rejeitando o próprio órgão sexual biológico.

§ 2º As pessoas travestis, gays e bissexuais masculinos serão


alocadas em unidades prisionais masculinas.

§ 3º As pessoas transexuais masculinas e femininas, lésbicas e


bissexuais femininas serão alocadas em unidades prisionais femininas.

§ 4º Será facultado aos gays, lésbicas e bissexuais, alocação


em local específico, dentro das respectivas unidades, conforme manifestação de vontade.

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§ 5º As pessoas que passaram por procedimento cirúrgico de


transgenitalização deverão ser incluídas em unidades prisionais do sexo correspondente.

Art. 52. O preso com idade superior a 60 (sessenta) anos,


observada a estrutura de cada unidade prisional será recolhido em local adequado e
separado dos demais.

Art. 53. A presa gestante ou lactante deverá ser alocada em


cela específica de acordo com a sua condição.

Art. 54. O preso decorrente de prisão civil ou temporária deverá


ser alocado em cela separada compatível com a natureza da respectiva prisão.

Art. 55. O preso somente poderá ser trocado de cela, após


determinação da chefia de segurança, de ofício, ou mediante autorização desta, após
requerimento do preso.

§ 1º O pedido será realizado através de memorando destinado


ao chefe de segurança.

§ 2º A cada transferência interna do preso será obrigatória a


atualização no sistema i-PEN.

CAPÍTULO III
DAS MOVIMENTAÇÕES DIÁRIAS

Seção I
Do Acesso do Agente Penitenciário nas Galerias e Alojamentos

Art. 56. Nas unidades prisionais onde é necessário o contato


direto entre servidor e preso, as movimentações nas galerias serão realizadas por, no
mínimo, 02 (dois) agentes penitenciários.

§ 1º Somente 01 (um) agente penitenciário entrará na galeria


para realização dos procedimentos, sendo ele o operador do procedimento.

§ 2º Durante o procedimento é obrigatória a permanência de,


pelo menos, 01 (um) agente penitenciário no quadrante de acesso à galeria, separado
pelas grades, sem contato físico direto com os presos da ala, sendo ele o responsável
pelo apoio e vigilância do operador da ala.

§ 3º As atividades realizadas no interior das galerias deverão


ocorrer sempre de portões de acesso fechados, com as respectivas travas e cadeados
acionados.

§ 4º As chaves de acesso deverão permanecer com o agente


penitenciário responsável pela prestação de apoio e vigilância.

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Seção II
Dos Horários Diários das Movimentações

Art. 57. As movimentações elencadas serão realizadas


diariamente nos horários determinados pela direção da unidade prisional através de
Portaria:

I - café da manhã;

II - início do banho de sol matutino;

III - chamada nominal matutina;

IV - conferência estrutural das celas;

IV - almoço;

V - início do banho de sol vespertino;

VI - café da tarde;

VII - encerramento do banho de sol;

VIII - janta;

IX - chamada nominal noturna;

X - horário de silêncio: 22h00min às 06h00min.

§ 1º Os períodos de banho de sol serão organizados pelo


gestor ou chefe de segurança, de acordo com as características próprias da unidade
prisional, respeitado o tempo mínimo de 02 (duas) horas.

§ 2º A conferência nominal matutina será realizada pelo agente


penitenciário que estiver assumindo o serviço, juntamente com o servidor do plantão
anterior.

§ 3º É obrigatória a conferência nominal de todos os presos


mesmo que não estejam recolhidos nas celas.

§ 4º É obrigatória a vigilância do preso em tempo integral


durante a permanência no banho de sol.

§ 5º É obrigatória a realização diária de revista estrutural nas


celas.

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§ 6º Durante o recolhimento do banho de sol, deverá ser


realizada a conferência nominal.

Art. 58. Os horários para as atividades de cozinha e lavanderia


serão organizados pela chefia de segurança juntamente com a direção da unidade
prisional, conforme a necessidade.

Art. 59. O supervisor ou chefe de plantão realizará escala de


revezamento no horário noturno (quarto de hora), entre às 23h e 06h, conforme
organização prévia da chefia de segurança, para vigilância das galerias e demais setores.

Parágrafo único. O agente penitenciário que não estiver em


seu turno de vigilância também deverá permanecer uniformizado e em condições de ação
imediata.

Art. 60. O gestor da unidade prisional, obrigatoriamente, deverá


realizar um cronograma de atividades diárias, observando as peculiaridades da unidade,
que deverá ser enviado ao Departamento de Administração Prisional – DEAP, sempre
que houver alteração.

Seção III
Das Movimentações Internas

Art. 61. As portas de celas, portas de alojamentos, portões de


quadrantes e portões dos demais setores deverão ser mantidos fechados, com as travas
acionadas e com os cadeados fechados.

Art. 62. Antes de abrir a cela, o agente penitenciário deverá


certificar-se que os portões dos corredores e portas de outras celas estejam fechados.

Art. 63. As movimentações internas deverão sempre ocorrer


com uso de algemas e marca-passos, observada a estrutura de cada unidade prisional.

§ 1º Para a colocação de algemas e marca-passos, sempre


que a estrutura da unidade prisional permitir, deverá ser utilizado espaço que impeça o
contato direto entre o preso e o agente penitenciário, através de quadrantes ou portas de
grades.

§ 2º Nas colônias penais agrícolas, industriais/similares


somente serão utilizados algemas e marca-passos, para a manutenção da ordem e
segurança.

§ 3º Nas unidades mistas que possuam ala destinada


exclusivamente para presos em cumprimento de pena no regime semiaberto, o
deslocamento interno dos presos será realizado com a utilização de algemas.

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Art. 64. Não será permitido ao preso retirar da cela colchão ou


roupas de cama, salvo por ocasião de transferência, encaminhamento para lavanderia ou
substituição, ressalvados os casos excepcionais de acordo com a necessidade e
estrutura física, mediante autorização do gestor.

Art. 65. O preso não poderá levar para o pátio qualquer objeto,
além de sua própria vestimenta, ressalvados os casos excepcionais de acordo com a
necessidade e estrutura física, mediante autorização do gestor.

Art. 66. Nos deslocamentos para o parlatório que possuírem


interfones, desde que necessário, o preso será algemado para frente, observado os
procedimentos previstos no artigo 62.

Art. 67. Os deslocamentos de presos para atendimentos


técnicos deverão ser previamente autorizados pela supervisão de plantão ou chefia de
segurança, em local apropriado.

Art. 68. Deverá ser realizada revista pessoal e minuciosa no


preso, em local reservado, em todas as movimentações na saída e no retorno à cela.

Art. 69. A movimentação coletiva de presos será organizada


pelo supervisor de plantão, observado o número máximo de 12 (doze) presos por
deslocamento.

Parágrafo único. Nas movimentações entre prédios que


pertençam à mesma unidade, o limite será de 06 (seis) presos, respeitados os
procedimentos de algemação.

Art. 70. Durante qualquer movimentação interna, não poderá


haver circulação de presos que prestam serviços de manutenção ou limpeza, sendo
obrigatória a permanência em local diverso ou recolhido na cela.

Art. 71. Em situações de indisciplina durante as


movimentações, deverá ser realizado o fechamento de todos os portões, se houver, e
acionada a chefia imediata, permanecendo o agente penitenciário no local.

Art. 72. O deslocamento de preso que exerce função de


manutenção deverá ser previamente autorizado pelo supervisor de segurança.

Parágrafo único. Quando houver a utilização de ferramentas


deverá ser realizada a conferência dos materiais antes e após as atividades.

Seção IV
Do Uso de Algemas

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Art. 73. A algema e o marcapasso devem ser utilizados em


presos provisórios e condenados no regime fechado, considerando o fundado receio de
fuga e segurança da unidade prisional.

§ 1º Em caso de indisciplina, resistência, fundado receio de


fuga ou perigo à integridade física própria ou alheia, causada pelo preso, poderão ser
utilizadas algema e marcapasso em preso de regime semiaberto, justificada a
excepcionalidade da medida por escrito.

§ 2º Nas unidades mistas que possuam ala destinada


exclusivamente para presos em cumprimento de pena no regime semiaberto, o
deslocamento interno dos presos será realizado com a utilização de algemas.

Art. 74. O preso deve, preferencialmente, de acordo com a


estrutura física da unidade prisional, ser algemado com as mãos para trás, com a
algematravada e com o acesso da fechadura voltado para o lado de dentro.

Parágrafo único. As unidades prisionais a quais a estrutura


física somente possibilite a retirada do preso da cela algemado com as mãos para frente,
assim que o preso estiver em local adequado, as algemas serão passadas para trás, nos
moldes descritos no caput deste artigo.

Art. 75. A algema e o marca-passo devem ser utilizados tanto


nas movimentações internas quanto nos deslocamentos extramuros.
Parágrafo único. Nos deslocamentos extramuros o preso deve
ser algemado para frente quando for conduzido em viatura.

Art. 76. Fica dispensado o uso de algema e marca-passo


durante a execução das atividades laborativas em manutenção, conservação predial e
limpeza.

Art. 77. O uso de algemas em gestantes está disciplinado no


Capítulo XIII.

Seção V
Da Revista Estrutural e Conferência Nominal

Art. 78. A estrutura física das celas deve ser inspecionada


diariamente, verificando-se as grades, paredes, pisos e tetos.

§ 1º O preso que permanecer na cela, durante o horário de


banho de sol, será conduzido ao quadrante seguinte ou a local seguro para que seja
efetuada a revista, retornando após o término.

§ 2º Durante o procedimento, o preso deverá aguardar sentado


com suas mãos visíveis e direcionado ao lado oposto a movimentação de segurança.

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Art. 79. No interior das celas são vedadas a colocação de


papéis nas paredes e a prática de qualquer espécie de dano.

§ 1º Constatada a ocorrência de dano, o fato será comunicado


à chefia de segurança através de comunicação interna, devendo ser registrado Boletim
de Ocorrência na delegacia de Polícia Civil da circunscrição e solicitado laudo pericial do
dano.

§ 2º Deverá a ocorrência ser registrada no sistema i-PEN, no


módulo penal, aba “infração”.

Art. 80. Caso seja encontrada substância ilícita ou objeto


proibido no interior da cela, será recolhido e comunicado os fatos à chefia de segurança
através de comunicação interna.

§ 1º O material apreendido, se caracterizar ilícito penal, deverá


ser apresentado na delegacia de Polícia Civil da circunscrição para registro de Boletim de
Ocorrência.

§ 2º No caso da apreensão de aparelhos de telefonia móvel,


chips, cartões de memória, manuscritos, dentre outros similares, estes materiais deverão,
obrigatoriamente, ser analisados pelo Núcleo de Inteligência Penitenciária - NIPE da
unidade prisional, antes de qualquer encaminhamento, inclusive o previsto no parágrafo
anterior.

Art. 81. Ao preso é vedado:

I - colocar roupas, cobertores e demais pertences nas janelas e


portas das celas;

II - utilizar cordas artesanais;

III - jogar lixo pela janela da cela, no vaso sanitário ou no


lavatório;

IV - manter roupas penduradas no horário noturno.

Parágrafo único. Quando constatada a violação de quaisquer


dos incisos deverá o fato ser comunicado à chefia de segurança através de comunicação
interna para providências cabíveis e cadastrado no sistema i-PEN no módulo penal, na
aba “infração”.

Art. 82. As revistas nas celas deverão ser organizadas pelo


supervisor de plantão e registradas no livro do sistema i-PEN indicando:

I - o horário de início e término das atividades;

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II - os objetos ilícitos e proibidos encontrados;

III - o nome dos agentes penitenciários participantes.

Art. 83. É de responsabilidade do agente penitenciário de cada


setor, a realização diária de revista estrutural e conferência nominal dos presos
recolhidos no respectivo local.

Parágrafo único. A conferência nominal deverá ser realizada no


mínimo 02 duas vezes por dia, nos períodos matutino e noturno, sendo aquela,
obrigatoriamente realizada na troca de serviço.

Art. 84. Nas unidades prisionais em que as movimentações


internas sejam realizadas pela parte superior da galeria, os presos deverão ser retirados
da cela, uma por vez, para a realização da conferência nominal.

§ 1º As unidades prisionais que possuam estrutura física


diversa, a conferência nominal ocorrerá através da porta ou portinhola das celas.

§ 2º Durante a chamada nominal é dever do agente


penitenciário visualizar fisicamente os reclusos.

§ 3º O preso deve atender a chamada pessoalmente, sendo


vedado que outro faça por ele.

§ 4º Compete ao agente penitenciário atualizar o relatório


emitido pelo sistema i-PEN, quando constatada irregularidades.

Art. 85. Os agentes penitenciários deverão realizar rondas


noturnas no período compreendido entre 23h e 06h a fim de conferir visualmente a ordem
e disciplina na unidade, devendo o procedimento organizado pelo supervisor ou chefe do
plantão.

Parágrafo único. Caso seja necessária a confirmação dos


alocados na cela, deverá ocorrer a chamada nominal.

Seção VI
Do Cumprimento de Alvará de Soltura

Art. 86. A unidade prisional que receber ordem de soltura do


preso deverá imediatamente cumpri-la, seja por o alvará de soltura apresentado e
cumprido por oficial de justiça ou documento encaminhado através de malote digital.

Art. 87. O preso que receber alvará de soltura, será colocado


imediatamente em liberdade, salvo se estiver preso pela prática de outro crime ou houver
mandado de prisão expedido em seu desfavor.

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§ 1º Caberá ao servidor responsável pelo setor penal, ou


designado pelo gestor da unidade, receber o alvará de soltura e verificar no sistema i-
PEN e banco de informações processuais, a existência de eventual mandado de prisão
em desfavor do preso, ou o cumprimento de pena em outro processo.

§ 2º Em caso de existência de mandado de prisão ou


cumprimento de pena em outro processo, não deverá ser efetuada a liberação do preso.

Art. 88. O supervisor do plantão do dia em que ocorreu o


cumprimento do alvará de solturadeverá encaminhar a documentação ao responsável
pelo setor de execução penal, o qual deverá atualizar o sistema i-PEN, prontuário físico e
demais comunicações administrativas necessárias.

Seção VII
Do Livro de Registro Diário das Movimentações

Art. 89. Todas as movimentações diárias serão registradas em


livro próprio do sistema i-PEN e deverá o agente penitenciário plantonista efetuar as
anotações, observando o texto padrão anexado no referido sistema.

Art. 90. O livro plantão se inicia às 08h00m01s do dia e termina


às 08h00m do dia seguinte, não sendo permitido a exclusão de qualquer informação
inserida no livro.

Parágrafo único. Ocorrendo algum erro, deverá ser inserida


nova informação com a observação da correção do referido equívoco.

Art. 91. Em casos de falta de energia elétrica ou de acesso a


internet, todas as informações do livro digital deverão ser registradas no livro físico e
posteriormente inseridas no sistema i-PEN.

Art. 92. O supervisor de plantão fiscalizará e autenticará o livro


eletrônico, determinando ao agente responsável a complementação das informações
registradas, quando insuficientes.

Art. 93. O supervisor de plantão efetuará a passagem do


plantão com todas as alterações anotadas no livro de registro diário.

Seção VIII
Das Guardas de Muralha

Art. 94. A guarda de muralha compreende toda atividade de


segurança realizada no entorno da unidade prisional, inclusive os portões.

Parágrafo único. A atividade de guarda consiste em guarnecer


as muralhas do estabelecimento prisional.

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Art. 95. A atividade de muralha será estabelecida em períodos


determinados pelo gestor da unidade, devendo assegurar ao servidor o descanso
suficiente para bem cumprir o trabalho de guarda.

Art. 96. Durante a guarda de muralha, o servidor designado


deverá estar devidamente fardado nos termos deste documento, bem como portando
arma de fogo de munição letal e colete balístico.

Parágrafo único. A espécie e o calibre do armamento deverão


ser observados pela guarda de muralha, considerando as especificidades de segurança
de cada unidade e as recomendações da doutrina de armamento e tiro.

CAPÍTULO IV
DOS ITENS AUTORIZADOS AOS PRESOS

Art. 97. O preso poderá receber através do setor de pecúlio ou


de seus visitantes, conforme sua escolha, em dias previamente estabelecidos pelo gestor
da unidade prisional, os materiais relacionados nas seções deste capítulo.

Parágrafo único. No caso de impossibilidade do recebimento


de materiais na forma do caput o gestor poderá autorizar a entrega por outras pessoas.

Art. 98. O preso somente poderá receber os itens autorizados


de seu visitante, mediante a apresentação da carteira de visitação da unidade.

Art. 99. Nas unidades prisionais que possuam berçário, além


dos itens autorizados neste capítulo, é permitido o ingresso de outros materiais,
necessários para a subsistência da criança, observada prévia autorização do gestor.

Art. 100. É vedado ao preso o uso, acesso ou ingresso de anel,


aliança, pulseira, brinco, corrente ou quaisquer outros acessórios.

Art. 101. É vedado ao preso o uso, acesso ou ingresso de


cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado
ou não do tabaco.

Seção I
Dos Materiais de Higiene Pessoal e Limpeza

Art. 102. O preso poderá receber ou, quando gastos, trocar, os


seguintes materiais de higiene:

§ 1º Mensalmente:

I - 08 (oito) rolos de papel higiênico em embalagem lacrada;

II - 04 (quatro) sabonetes;

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III - 04 (quatro) aparelhos de barbear descartáveis;

IV - 01 (um) uma escova dental (cabo flexível);

V - 02 (dois) géis dentais, com embalagem e conteúdo


transparentes;

VI - 01 (um) desodorante rolon, com embalagem e conteúdo


transparentes;

VII - 01 (um) xampu de até 500 ml, com embalagem e


conteúdo transparentes;

VIII - 01 (um) condicionador de até 500 ml, permitido apenas


para as mulheres, com embalagem e conteúdo transparentes;

IX - também somente para as mulheres, 02 (dois) pacotes de


absorvente íntimo, sendo vedada a entrada de absorvente interno, com embalagem e
conteúdo transparentes;

XI - 01 (um) detergente líquido de até 500 ml, com embalagem


e conteúdo transparentes;

XII - 01 (um) desinfetante líquido de até 500 ml, com


embalagem e conteúdo transparentes;

XIII - 01 (um) sabão líquido para roupa de até 500 ml, com
embalagem e conteúdo transparentes;

XIV- 01 (uma) esponja de louça, exceto dupla face;

XV - dez sacos de lixo com capacidade para 15L (exceto cor


preta).

§ 2º Trimestralmente:

I - 01 (um) balde de plástico com capacidade de até 10 litros


(alça plástica);

II - 01 (uma) jarra de plástico transparente com capacidade de


até 2 litros.

§ 3º Semestralmente:

I - 01 (um) cortador simples de unhas pequeno, sem lixa;

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II - 01 (uma) caixa com 100 unidades de haste flexível


(cotonete);

III - 01 (uma) máquina de cortar cabelo, conforme a


necessidade e desde que na ala em que esteja recolhido não tenha o material.

Seção II
Do Enxoval

Art. 103. Constituem parte do enxoval do preso:

I - 02 (duas) bermudas de tactel na cor laranja;

II - 03 (três) camisetas de algodão com manga (curta ou longa)


na cor laranja;

III - 02 (duas) calças de agasalho (moletom) na cor laranja;

IV - 02 (duas) blusas de agasalho (moletom) na cor laranja;

V - 03 (três) pares de meia;

VI - 06 (seis) peças íntimas (cuecas ou conjunto calcinha/sutiã);

VII - 01 (uma) toalhas de banho;

VIII - 01 (um) travesseiro de espuma inteira (única) e sem capa;

IX - 02 (dois) lençóis, sem elástico e sem barra/bainha;

X - 01 (uma) fronha, sem elástico e barra/bainha;

XI - 02 (dois) cobertores sem barra, de cor clara, sem


acabamento nas bordas, não podendo ser duplo;

XII - 01 (um) colchão de espuma, sem capa, com densidade


máxima 28;

XIII - 01 (uma) sandália de borracha (solado baixo), sem


acessórios e estampas;

XIV - para as mulheres, 01 (um) pente de cabelo de cor clara.

§ 1º Os itens descritos acima não poderão possuir estampa,


bolso, capuz, cordão, zíper, velcro e botão.

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§ 2º Os itens descritos nos incisos V, VI, VII, IX, X e XIII


deverão, obrigatoriamente, ser nas cores branca ou laranja.

§ 3º O sutiã não poderá conter arame e bojo.

§ 4º Os materiais listados nos incisos I a VII que não forem


fornecidos pela unidade prisional poderão ser entregues pelas pessoas autorizadas neste
capítulo e trocados trimestralmente.

§ 5º Os materiais listados nos incisos VIII a XIV que não forem


fornecidos pela unidade prisional, poderão ser entregues pelas pessoas autorizadas
neste capítulo e trocados semestralmente.

Art. 104. O quantitativo de materiais previsto no artigo anterior


inclui os fornecidos pela unidade prisional e pelas pessoas autorizadas, sendo vedado ao
preso possuir, no enxoval, número de peças superior ao estabelecido no dispositivo.

Seção III
Dos Alimentos

Art. 105. É autorizado o ingresso mensal dos seguintes


alimentos:

I - 01 (um) pacote de bolacha salgada (tipo água e sal) de até


01 kg;

II - 01 (um) pacote de bolacha doce, sem cobertura e recheio,


de até 01 kg;

III - 02 (dois) chocolates em barra, sem recheio, flocos,


amendoim e similares (até 250g cada);

IV - 01 (um) chocolate em pó (pacote de até 800g);

V - 01 (um) leite em pó (pacote de até 800g);

VI - 10 (dez) unidades de suco em pó (pré-adoçado) com até


45g cada;

VII - 01 (um) pote de doce de leite de até 500g (embalagem


plástica);

VIII - 01 (um) pacote de pão fatiado de até 500g (embalagem


transparente).

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Parágrafo único. Os alimentos previstos nesta seção deverão


ser apresentados em embalagens lacradas na casa de revista da unidade, a fim de que
eles sejam transferidos para recipientes transparentes fornecidas pelo visitante.

Seção IV
Dos Itens Para Correspondência

Art. 106. Poderão ingressar, mensalmente, os seguintes


materiais de correspondência

I - 10 (dez) folhas de papel, tamanho A4 com pauta (na cor


branca);

II - 10 (dez) envelopes de carta, tamanho 10x15 (na cor


branca);

III - 10 (dez) selos de carta;

IV - 01 (uma) caneta esferográfica vermelha (transparente).

Seção V
Dos Itens de Uso Coletivo

Art. 107. Ressalvadas as celas destinadas às sanções


disciplinares, será permitida, por cela, a instalação de 01 (um) aparelho televisor (LED ou
LCD) de até 21 polegadas.

Art. 108. Nas celas com até 08 (oito) presos, poderão ser
instalados até 02 (dois) ventiladores de até 40 cm de diâmetro.

Parágrafo único. Nas celas em que estiverem alocados mais de


08 (oito) presos, a quantidade de ventiladores ficará a critério do gestor da unidade,
observada a necessidade e a estrutura física.

Art. 109. Os objetos descritos nos artigos 106 e 107 serão


adquiridos através do setor de pecúlio da unidade prisional.

Parágrafo único. O responsável pelo referido setor, mediante


autorização expressa do preso, efetuará a compra após a realização de, no mínimo, 03
(três) orçamentos compatíveis com os valores de mercado.

Art. 110. Após prévia autorização do gestor da unidade


prisional, a aquisição dos objetos descritos nos artigos 106 e 107 poderá se dar através
do visitante do preso, mediante a apresentação de nota fiscal ou cópia autenticada desta.

Seção VI

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Dos Medicamentos

Art. 111. Os medicamentos somente poderão entregues por


pessoas que possuam carteira de visitação, sempre acompanhados de receita médica,
nos seguintes casos:

I - após a realização de atendimento médico pela unidade


prisional;

II - existência de receita médica anterior à data de entrada do


preso na unidade prisional, devendo o setor de saúde providenciar o imediato
atendimento médico para nova avaliação.

§ 1º A entrega dos medicamentos contraceptivos dispensam a


apresentação de receita médica.

§ 2º Somente serão recebidos os medicamentos que estejam


lacrados.

§ 3º Não serão recebidos medicamentos encaminhados por


correspondência.

Art. 112. Os medicamentos serão recebidos por um servidor do


setor de saúde, ou pessoa designada pelo gestor da unidade prisional, em dias e horários
previamente estabelecidos.

CAPÍTULO V
DO DIREITO DE VISITAS

Art. 113. Idosos, gestantes e portadores de necessidade


especiais terão prioridade em todos os procedimentos previstos neste capítulo.

Seção I
Das Pessoas Autorizadas

Art. 114. O preso poderá receber visita do cônjuge,


companheiro, dos ascendentes, dos descendentes e irmãos, pelo período de (02) duas
horas em dias e horários previamente agendados pela unidade prisional.

Art. 115. Quando o preso não receber visitas das pessoas


elencadas no artigo anterior, será permitida a visitação de 01 (um) amigo, devendo ser
realizada em parlatório.

Art. 116. As visitas somente ocorrerão após a emissão da


carteira de visitante, que será, obrigatoriamente, emitida através do sistema i-PEN.

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Art. 117. A pessoa que preencher os dispostos nos artigos


antecedentes que estiver no período de prova do livramento condicional, cumprindo pena
em regime aberto, saída temporária ou em prisão domiciliar, com ou sem monitoramento,
somente poderá exercer o direito de visita mediante autorização do juiz corregedor
competente.

Art. 118. Para a emissão da carteira de visitante deverão ser


apresentados:

I - 02 (duas) fotos 3x4 iguais e recentes;

II - cópia autenticada de carteira de identidade e CPF, caso


este não se encontre informado na carteira de identidade, ou carteira de identificação
equivalente;

III - cópia autenticada da certidão de nascimento do filho menor


que não possuir RG;

IV - cópia autenticada de comprovante de residência;

V - cópia autenticada do contrato de locação ou declaração do


proprietário, devendo este não pertencer ao visitante.

§ 1º O cônjuge, além dos documentos previstos no caput,


apresentará certidão de casamento ou escritura pública bilateral de união estável,
contendo a assinatura do preso e de duas testemunhas com firma reconhecida em
cartório.

§ 2º A cópia autenticada poderá ser substituída pela


apresentação de cópia simples acompanhada do documento original, a qual será
autenticada por servidor público da repartição.

§ 3º A emissão da carteira de visitação somente ocorrerá após


concordância expressa do preso.

§ 4º Deverá ser realizado o registro fotográfico no sistema i-


PEN.

§ 5º O setor responsável da unidade deverá escanear toda


documentação apresentada pelo visitante para a confecção da carteirinha e anexar no
prontuário i-PEN do preso a ser visitado.

§ 6º Dentro do período de validade, a carteira de visitação é


válida em todo o Estado de Santa Catarina.

Art. 119. A entrada de criança ou adolescente somente será


permitida quando acompanhado de um dos pais ou responsável legal.

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Parágrafo único. O responsável legal é aquele que detém a


guarda do menor, ainda que provisoriamente, comprovado por documento subscrito pelo
juiz competente.

Art. 120. A visita íntima dos maiores de 14 (quatorze) e


menores de 18 (dezoito) anos somente será permitida com autorização judicial, sem
prejuízo da apresentação dos documentos previstos no artigo 117.

Parágrafo único. A autorização judicial prevista no caput deverá


ser concedida ao menor de 18 (dezoito) anos, independentemente de emancipação.

Art. 121. O preso que se encontrar internado em hospital


somente receberá visitas com autorização do gestor da unidade prisional, observadas as
regras previstas nesta seção e o disposto nas guardas hospitalares.

Art. 122. A visitação será imediatamente interrompida, quando


o preso ou visitante praticarem quaisquer atos que atentem contra a segurança interna ou
disciplina, sendo tomadas as devidas providências administrativas.

Art. 123. No caso de reingresso do preso, será obrigatória a


emissão de nova carteira de visitação, obedecidas as regras desta seção.

Art. 124. Não será autorizado o ingresso de visitantes com


gesso, curativos, ataduras e outros materiais que não possam ser removidos para o
procedimento de revista.

Art. 125. É vedado o ingresso de visitantes:

I - que apresentem visível estado de embriaguez;

II - que não possuam higiene pessoal condizente;

III - que estejam utilizando aparelho dentário móvel;

IV - que estejam utilizando absorvente íntimo;

V - que estejam com sangramento aparente.

Art. 126. As gestantes e os portadores de necessidades


especiais, quando não possuírem condições de passar pelo procedimento de revista,
deverão realizar as visitas em parlatório.

Parágrafo único. Muletas e cadeira de rodas deverão ser


inspecionadas, ainda que a visita ocorra em parlatório.

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Art. 127. Não será permitida a entrada do visitante que se


negar a realização do procedimento de revista.

Art. 128. No caso de flagrante delito cometido no interior da


unidade por visitante, deverá o servidor acionar a Polícia Militar para efetuar a condução
à autoridade policial.

§ 1º Na ocasião, se possível, será imediatamente comunicada


à autoridade policial sobre o fato ocorrido, solicitando o seu comparecimento ao local.

§ 2º Em todos os casos deverá ser observado o disposto na


Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal nº 11, quanto ao emprego do uso de
algemas, utilizando-as somente em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou
de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros,
justificada a excepcionalidade por escrito.

Seção II
Da Identificação dos Visitantes

Art. 129. O visitante será identificado na entrada da unidade


prisional, através da apresentação da carteira de visitação e documento de identificação
válido e com foto (carteira de identidade, carteira de motorista ou carteira de trabalho).

§ 1º Os menores de 12 (doze) anos que não possuírem carteira


de identidade poderão apresentar certidão de nascimento original.

§ 2º No caso do § 1º, o responsável deverá, no prazo de 06


meses contados da confecção da carteira de visitação, providenciar o Registro Geral do
menor.

Art. 130. O ingresso de visitantes na unidade prisional deverá


obrigatoriamente ser registrado a visitação no módulo “Portaria” do sistema i-PEN.

Seção III
Das Vestimentas

Art. 131. Somente poderão ingressar na unidade prisional para


realizar visitas aos presos, homens e mulheres que estiverem utilizando as seguintes
vestimentas:

I - camiseta com manga, na cor branca;

II - blusa de moletom, na cor branca ou cinza claro (sugestão);

III - calça de moletom, ou de tactel, na cor cinza claro;

IV - meias na cor branca;

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V - sandália de borracha com solado baixo e flexível, em


qualquer cor clara, exceto nas cores branca e laranja.

§ 1º Camisetas e blusas femininas deverão possuir


comprimento abaixo das nádegas;

§ 2º Os itens previstos nos incisos de I a IV não poderão


possuir bolso, zíper, botão, estampa, bordado, forro, capuz e cordão;

§ 3º Fica vedada a entrada de roupas em duplicidade.

Art. 132. As regras previstas no artigo anterior não se aplicam


aos visitantes com idade inferior a 05 (cinco) anos, sendo liberado qualquer tipo de
vestimenta.

Seção IV
Da Revista Pessoal do Visitante

Art. 133. O visitante será submetido, preferencialmente, à


revista mecânica, que será executada individualmente, em local reservado, por meio de
escâner corporal, com o emprego de equipamentos auxiliares capazes de garantir a
segurança e preservar a integridade física, psicológica e moral do visitante.

§ 1º Em situações excepcionais, o gestor do estabelecimento


prisional poderá dispensar autoridades ou seus representantes dos procedimentos de
revista de que trata o caput.

§ 2º É obrigatória a publicação de aviso sobre a existência de


eventual risco desses equipamentos para os portadores de marcapasso cardíaco.

§ 3º Deverá ser fixado em local visível, próximo à entrada do


equipamento de inspeção corporal, de cópia do Ofício n. 7262/2016-CGMI/CNEN,
advindo da Comissão Nacional de Energia Nuclear, que dá ciência às pessoas a serem
inspecionadas acerca do limite de exposição radiológica.

Art. 134. Somente poderão operar os aparelhos eletrônicos de


raio-X e equipamento de inspeção corporal os funcionários devidamente habilitados com
homologação do certificado do curso conferido pelo fabricante dos equipamentos.

Art. 135. O visitante submetido ao procedimento de revista


eletrônica deverá seguir as orientações do servidor habilitado.

§ 1º A pessoa a ser revistada não poderá ingressar no aparelho


de raio-X portando objetos nos bolsos, bolsas, jaquetas, sapatos, bonés ou chapéus.

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§ 2º O visitante, antes de ingressar no equipamento de


inspeção corporal, deverá submeter-se à vistoria dos cabelos, chacoalhando-os, de
maneira a permitir a visualização pelo servidor.

§ 3º A pessoa a ser revistada deverá, obrigatoriamente, se


posicionar sobre a esteira do aparelho de raio-X com as pernas afastadas, braços junto e
alinhado ao corpo, mãos espalmadas, dedos afastados e cabelos soltos.

§ 4º A pessoa a ser revistada deverá permanecer imóvel


durante o processo de escaneamento.

§ 5º Em caso de não observância das orientações, o visitante


não poderá ingressar na unidade prisional e poderá ter o direito de visitação suspenso,
conforme deliberação do estabelecimento penal.

§ 7º A pessoa somente poderá entrar ou sair da esteira do


aparelho de raio-X quando não estiver em movimento.

Art. 136. As crianças menores que ainda não caminham para


serem submetidas ao aparelho, deverão ser postas em cadeirinha tipo bebê conforto a
ser disponibilizada pela unidade prisional.

Art. 137. Os deficientes físicos cadeirantes para serem


submetidos ao aparelho raio-X deverão ser colocados em cadeira plástica fornecida
unidade prisional.

Art. 138. O equipamento de inspeção corporal, destinados à


revista das pessoas que ingressarão nas unidades prisionais, operará no MODO
OPERAÇÃO - 3 (inspeção de corpo inteiro), sendo autorizado o máximo de 175
inspeções anuais para cada pessoa a ser revistada.

Art. 139. Caso seja encontrada alguma inconsistência nas


imagens do equipamento de scanner não passíveis de identificação, poderá ser
autorizado ao visitante, conforme o caso, a realização de visita através de parlatório por
período a ser estabelecido pelo gestor da unidade.

Parágrafo único. Na falta de parlatório disponível, a visitação


não será realizada. O fato deverá ser comunicado pelo gestor da unidade ao juiz
corregedor da unidade.

Art. 140. Será admitida a realização de revista pessoal, desde


que não vexatória, de forma individual, em local reservado e por agente público do
mesmo sexo, quando ocorrerem as seguintes situações:

I - inexistência dos equipamentos previstos no artigo anterior;

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II - o equipamento apresentar falha, inconsistência técnica ou,


por qualquer outro motivo, estiver inoperante ou indisponível;

III - o estado de saúde impedir que a pessoa a ser revistada se


submeta a determinados equipamentos de revista eletrônica.

Parágrafo único. Os casos previstos no inciso III deverão ser


comprovados mediante apresentação de laudo médico expedido em até 60 (sessenta)
dias antes da visita, exceto quando atestar enfermidade permanente.

Art. 141. A revista pessoal será realizada da seguinte forma:

I - utilização dos detectores de metal do tipo raquete, banco e


portal;

II - inspeção pessoal tátil;

III - revista de cabelos, boca, orelhas, sandálias e sola dos pés;

IV - deverá o visitante abaixar a cabeça e passar os dedos


entre os cabelos, devendo estes permanecer soltos durante o procedimento de revista;

V - deverá o visitante abrir a boca, levantar e abaixar a língua;

VI - a prótese dentária, se houver, será retirada pelo visitante


durante a realização da revista.

§ 1º É vedada a realização da revista vexatória, aquela que


consiste no desnudamento e realização de agachamentos.

§ 2º Nos visitantes menores de 12 (doze) anos será realizado


apenas o procedimento previsto no inciso I deste artigo.

§ 3º As crianças de colo deverão passar pelo portal junto com


seu responsável e submetido apenas ao uso de detector de metal tipo raquetes.

§ 4º A revista nos menores de 12 (doze) anos ocorrerá na


presença de seu responsável legal, independente do sexo deste.

§ 5º A revista nos menores de 18 (dezoito) anos e maiores de


12 (doze) anos ocorrerá na presença de seu responsável legal, de acordo com o sexo
deste.

§ 6º A revista, obrigatoriamente, será realizada por um


funcionário do mesmo sexo do menor.

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§ 7º No caso dos maiores de 12 (doze) anos que não possuam


responsável do mesmo sexo deverá ser solicitado junto ao Conselho Tutelar um
representante para acompanhar o menor.

§ 8º Os procedimentos de revista para ingresso na unidade


prisional de visitantes travestis ou transexuais deverá ser realizada por agente
penitenciário conforme sexo biológico.

§ 9º Caso o visitante tenha realizado cirurgia de


transgenitalização, deverá ser identificado e revistado por servidor do mesmo sexo.

§ 10 O processo de revista deve evitar qualquer forma de


constrangimento para os servidores e população assistida. Constitui-se obrigação do
servidor comunicar ao gestor do estabelecimento eventuais ocorrências existentes no
procedimento.

Seção V
Da Visita Social

Art. 142. Nos dias de visita social será permitida a entrada de


até 03 (três) visitantes por preso, contabilizando os menores.

Art. 143. A entrada de menores nas unidades prisionais só será


permitida aos filhos, netos e irmãos do preso, acompanhados pelo responsável legal ou
pessoa autorizada por ele.
Parágrafo único. Será permitida a entrada do enteado do preso
desde que, acompanhado pelo responsável legal.

Art. 144. Os menores de idade, emancipados ou não, deverão


ser acompanhados pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal, independente do
gênero.

Parágrafo único. Nas unidades que as visitas social e íntima


são realizadas no mesmo momento, o menor de 18 (dezoito) anos, emancipado ou não,
para realizar a visitação, deverá obter autorização judicial.

Art. 145. Aos visitantes de até 05 (cinco) anos de idade, serão


autorizados os seguintes itens: 01 (uma) mamadeira de plástico ou acrílico transparente,
leite em pó, ou suco em embalagem lacrada e transparente.

Parágrafo único. No caso de mamadeira de leite em pó, a


mistura será preparada sob a supervisão de um funcionário do setor da casa da revista
ou pessoa designada pelo gestor.

Art. 146. Para a higienização das crianças que fazem uso de


fraldas descartáveis poderão entrar os seguintes materiais:

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I - 10 (dez) folhas de lenço umedecido;

II - 04 (quatro) fraldas descartáveis;

III - 04 (quatro) peças de roupa;

IV - 01 (uma) manta sem costura e forro, tipo soft.

Art. 147. O visitante poderá ingressar com os seguintes itens:

I - 01 (uma) água ou 01 (um) refrigerante (laranja, limão ou


guaraná) de até 02 (dois) litros;

II - 01 (um) pão de forma fatiado de até 500gr;

III - 150gr de presunto fatiado;

IV - 150gr de queijo fatiado;

V - 01 (um) chocolate em barra, sem recheio, flocos, amendoim


e similares, de até 250g cada.

§ 1º Gêneros alimentícios deverão ser apresentados nas


embalagens originais sem violação do rótulo.

§ 2º Os alimentos destinados para o consumo na visitação


social não poderão ser levados para a cela, devendo retornar com a visita ou serem
descartados no local de visitação.

Art. 148. Os itens autorizados serão inspecionados na


presença do visitante.

Art. 149. São vedados o ingresso e o retorno do preso da sala


de visitação social portando quaisquer objetos.

Art. 150. O visitante não poderá deixar a sala de visitação


social com roupas ou objetos diversos daqueles que portava no ingresso.

Seção VI
Da Visita Íntima

Art. 151. A visita íntima ocorrerá após 60 (sessenta) dias do


ingresso do preso na unidade prisional, desde que apresentebom comportamento
carcerário.

Art. 152. A visita íntima terá a duração máxima de até 03 (três)


horas e ocorrerá a cada 30 (trinta) dias.

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Art. 153. Quando o preso solicitar o cancelamento da carteira


de visitação do cônjuge ou companheiro somente poderá requerer a visita de nova (o)
cônjuge/companheira (o) após o prazo de 12 (doze) meses.

Parágrafo único. Quando o preso cancelar a visitação de seu


cônjuge e posteriormente solicitar a visita da mesma pessoa, o prazo será reduzido para
06 (seis) meses.

Art. 154. A visita íntima será previamente agendada através do


setor responsável da unidade prisional.

Art. 155. O cônjuge poderá ingressar com os seguintes itens:

I - 03 (três) preservativos;

II - 01 (um) sabonete;

III - 01 (um) rolo de papel higiênico;

IV - 01 (uma) toalha de banho;

V - 01 (um) lençol;

VI - 01 (uma) manta sem costura e forro, tipo soft;

VII - 01 (uma) água ou 01 (um) refrigerante (laranja, limão ou


guaraná) de até 02 (dois) litros;

VIII - 01 (um) pão de forma fatiado de até 500gr;

IX - 150gr de presunto fatiado;

X - 150gr de queijo fatiado;

XI - 01 (um) chocolate em barra, sem recheio, flocos,


amendoim e similares, de até 250g cada.

Parágrafo único. Gêneros alimentícios deverão ser


apresentados nas embalagens originais sem violação do rótulo.

Art. 156. Os itens autorizados serão inspecionados na


presença do visitante.

Art. 157. São vedados o ingresso e o retorno do preso da sala


de visitação íntima portando quaisquer objetos.

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Art. 158. O cônjuge não poderá deixar a sala de visitação


íntima com roupas ou objetos diversos daqueles que portava no ingresso.

Art. 159. As regras desta seção também se aplicam aos presos


incluídos no Regime Disciplinar Diferenciado - RDD.

Seção VII
Da Suspensão da Visita

Art. 160. O visitante deverá respeitar os servidores,


funcionários, presos e demais pessoas que se encontram no interior da unidade, além de
cumprir as normas estabelecidas no presente documento.

Art. 161. São considerados atos que contrariam a segurança e


a disciplina interna, cometidos por visitantes:

I - promover tumulto, gritaria ou algazarra no interior ou nas


dependências externas da unidade prisional;

II - recusar-se a realizar o procedimento de revista;

III - praticar atos ou ações que motivem a subversão à ordem e


a disciplina das unidades prisionais, a discriminação de qualquer tipo e a incitação ou
apologia ao crime ou contravenção;

IV - desobedecer ou desrespeitar servidores, funcionários,


presos e demais pessoas que se encontram no interior da unidade;

V - fazer uso ou estar visivelmente sob efeito de bebida


alcoólica ou substância entorpecente;

VI - tentar ingressar ou ingressar na unidade prisional portando


objetos proibidos;

VII - praticar ações definidas como crime ou contravenção.

§ 1º Os atos de indisciplina praticados por visitantes acarretará


na suspensão do direito de visitas em qualquer unidade prisional pelo prazo de:

I - até 30 (trinta) dias para o previsto nos incisos I e II do caput;

II - até 60 (sessenta) dias para o previsto no inciso III, do caput;

III - até 30 (trinta) a 90 (noventa) dias para os previstos nos


incisos IV e V, do caput;

IV - até 90 (noventa) dias para o previsto no inciso VI do caput;

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V - até 360 (trezentos e sessenta) dias para o previsto no inciso


VII do caput.
§ 2º Para os atos definidos como crime ou contravenção
deverão ser tomadas as medidas legais cabíveis, além do registro do Boletim de
Ocorrência.

§ 3º A decisão de suspensão de que trata o caput deverá ser


motivada pelo gestor da unidade prisional.

Art. 162. Os atos de indisciplina, praticados por visitantes não


afetam a avaliação do comportamento carcerário do preso, salvo se praticados em
concurso.

Seção VIII
Da Permissão de Saída para o Velório

Art. 163. Para obter a permissão de saída para o velório, o


familiar ou advogado do preso deverá contactar o gestor, assistente social ou
responsável do dia, encaminhando documentação pertinente.

§ 1º A documentação consistirá em cópia de atestado de óbito


ou declaração do médico competente.

§ 2º O preso poderá obter a permissão de saída nos casos de


falecimento do cônjuge, companheiro, ascendente, descendente ou irmãos.

Art. 164. Recebido o requerimento pertinente, que poderá ser


encaminhado por e-mail, a autoridade analisará o pedido e providenciará o deslocamento
do preso.

Art. 165. A autoridade verificará a viabilidade do deslocamento,


condições de segurança do local, histórico do preso, condições da morte do de cujus e
outras questões atinentes ao caso.

Parágrafo único. Constatada a impossibilidade de


deslocamento, a autoridade deverá, de maneira fundamentada e por escrito, comunicar o
solicitante, o juízo competente e o DEAP sobre os motivos que ensejaram a negativa da
saída.

CAPÍTULO VI
DOS DEVERES E DOS DIREITOS DO PRESO

Art. 166. Os deveres e direitos dos presos estão previstos nos


artigos 39 e 41 da Lei de Execução Penal n° 7.210/84 e são de observância obrigatória.

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Parágrafo único. Constitui obrigação do agente penitenciário


conhecer os dispositivos descritos, a fim de conceder os direitos e exigir os deveres do
preso previstos na legislação.

Art. 167. As prerrogativas inerentes ao preso estão previstas no


art. 100 da Lei Complementar 529/2011.

Parágrafo único. Constitui obrigação do agente penitenciário


conhecer o dispositivo descrito, a fim de assegurar as prerrogativas inerentes à
personalidade do preso previstas na legislação.

CAPÍTULO VII
DA DISCIPLINA PRISIONAL

Seção I
Da Classificação das Faltas Disciplinares

Art. 168. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias


e graves, nos moldes do artigo 49, da Lei de Execução Penal.

Seção II
Da Tipificação das Faltas Disciplinares

Art. 169. As faltas disciplinares de natureza grave estão


estabelecidas nos artigos 50 e 52 da Lei de Execução Penal, conforme legislação
vigente.

Art. 170. As faltas disciplinares de naturezas leve e média


estão previstas nos artigos 95 e 96, da Lei Complementar nº 529, de 17 de janeiro de
2011, que aprova o Regimento Interno dos Estabelecimentos Penais do Estado de Santa
Catarina.

Art. 171. As condutas dos presos que, supostamente,


caracterizem faltas disciplinares, obrigatoriamente, deverão ser cadastradas no sistema i-
PEN, módulo penal, na aba “infração” e comunicadas por escrito à chefia de segurança
para análise e providências pertinentes.

Seção III
Das Sanções Disciplinares

Art. 172. As sanções disciplinares encontram-se previstas na


Lei de Execução Penal, conforme artigo 53, constituindo-se em advertência verbal,
repreensão, suspensão ou restrição de direitos, isolamento na própria cela, ou em local
adequado inclusão no regime disciplinar diferenciado.

§ 1º A advertência verbal e repreensão serão aplicadas nos


casos de faltas leves.

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§ 2º A repreensão será aplicada por escrito, nos casos de


reincidência em falta que tenha resultado na pena de advertência.

Art. 173. Para a aplicação das sanções previstas no item


anterior, será observado o artigo 54 da Lei de Execução Penal.

Art. 174. As sanções disciplinares cabíveis para a prática de


faltas leves e médias estão previstas no Regimento Interno dos Estabelecimentos Penais
do Estado de Santa Catarina (Lei Complementar nº 529/2011), nos seguintes moldes:

Art. 98. São sanções disciplinares leves:

I - advertência verbal; e

II - repreensão.

Art. 99. São sanções disciplinares médias:

I - restrição de direitos; e

II - recolhimento na própria cela por período de 5


(cinco) a10 (dez) dias a ser sugerido pelo Conselho
Disciplinar e aprovado pelo Diretor-Geral.

Art. 175. Em obediência ao Regimento Interno dos


Estabelecimentos Penais do Estado de Santa Catarina (Lei Complementar nº 529/2011),
para a imposição de sanções disciplinares devem ser observados os seguintes
dispositivos:

Art. 72. Na aplicação das sanções disciplinares, serão


levados em conta os antecedentes do preso, o motivo
que determinou a falta, as circunstâncias em que
ocorreu e as consequências que acarretou.

Art. 73. As sanções disciplinares na própria cela ou em


cela especial de isolamento não ultrapassarão o prazo
de 30 (trinta) dias, para cada falta cometida.

Art. 74. Compete ao gestor do estabelecimento penal,


ouvido o Conselho Disciplinar, aplicar as sanções
disciplinares.

Art. 75. As sanções disciplinares poderão ser


aplicadas isolada ou cumulativamente.

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Art. 76. São circunstâncias que sempre atenuam a


sanção:

I - a personalidade abonadora do preso;

II - a ausência de faltas anteriores;

III - ser maior de 60 (sessenta) anos;

IV - haver sido de somenos importância sua


cooperação na falta;

V - ter confessado, espontaneamente, a autoria da


falta ignorada ou imputada a outrem;

VI - haver agido sob coação a que não podia resistir; e

VII - ter procurado, logo após a falta, evitar ou minorar


suas consequências.

Art. 77. São circunstâncias que agravam a sanção:

I - a personalidade desabonadora do preso;

II - a reincidência disciplinar;

III - promover ou organizar a cooperação na falta ou


dirigir a atividade dos demais reclusos;

IV - haver coagido ou induzido outro à prática de falta;

V - ter praticado a falta quando, em virtude de


confiança nele depositada pelas autoridades
administrativas, gozava de liberação de alguma ou
algumas normas gerais de segurança; e

VI - haver agido em conluio com funcionário.

Art. 78. A execução da sanção disciplinar aplicada


poderá ser suspensa por 6 (seis) meses quando, a
critério do gestor do estabelecimento penal, as
circunstâncias, a gravidade e a personalidade do
recluso autorizarem a presunção de que não voltará a
praticar falta.

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Art. 79. Cometendo o interno nova falta durante o


período de suspensão, será a sanção suspensa
executada cumulativamente com a que vier a sofrer.

Art. 80. A execução da sanção disciplinar será


suspensa quando o órgão médico do Sistema
Penitenciário a desaconselhar por motivo de saúde,
em parecer acolhido pelo gestor do estabelecimento
penal.

Art. 81. Ao preso submetido à sanção disciplinar será


assegurado banho de sol e visita médica, nos dias e
horários fixados pela Direção do estabelecimento
penal.

Art. 82. O tempo de isolamento preventivo do infrator


será sempre computado no prazo de duração da
sanção disciplinar aplicada.

Seção IV
Da Instauração do Processo Administrativo Disciplinar

Art. 176. Após a prática de fato previsto como falta disciplinar,


para instauração do processo disciplinar, deverão ser adotadas as medidas previstas na
Lei Complementar nº 529/2011, assegurado o direito ao contraditório e a ampla defesa.

§ 1º Cometida a infração, deverá o preso ser conduzido ao


agente penitenciário, chefe de plantão ou supervisor para a lavratura da ocorrência.

§ 2º O chefe de plantão ou supervisor deverá, tendo em vista a


gravidade da falta, adotar as providências preliminares que o caso requeira e, sendo
necessário, determinar o isolamento preventivo do preso.

Art. 177. O chefe de plantão ou supervisor comunicará


imediatamente a ocorrência ao gestor do estabelecimento penal, a fim de que este
mantenha ou revogue as providências inicialmente tomadas em parecer expedido através
de registro no módulo “penal”, aba infração do sistema i-PEN ou por comunicação
interna.

Art. 178. O fato será cadastrado no sistema i-PEN no módulo


“penal”, aba infração, constando, obrigatoriamente, a descrição detalhada do ocorrido,
data e horário da ocorrência, elementos de convicção, agentes envolvidos ou quaisquer
outras pessoas que o tenham presenciado.

Art. 179. O preso somente deverá ser conduzido à Delegacia


de Polícia para a adoção das medidas cabíveis, quando o fato praticado constituir crime
ou contravenção penal.

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Parágrafo único. Em caso de lesões corporais aparentes


deverá o condutor retirar a guia de lesões e conduzir imediatamente o preso envolvido ao
órgão responsável pela perícia.

Art. 180. O gestor do estabelecimento penal munido da


comunicação interna de infração avaliará preliminarmente as questões de fato e de direito
constantes no documento e, verificando motivo justificável para a instauração de
Procedimento Administrativo Disciplinar, expedirá Portaria encaminhando o analisado a
Comissão Disciplinar, mediante despacho fundamentado.

§ 1º Verificada a inexistência do motivo justificável que prevê o


caput, o gestor mediante despacho fundamentado determinará o arquivamento da
comunicação.

§ 2º O arquivamento que trata o parágrafo primeiro, também


deverá ser inserido nas observações da infração no sistema i-PEN.

Art. 181. A apuração dos fatos será realizado pelo Conselho


Disciplinar, conforme o previsto no Regimento Interno dos Estabelecimentos Penais do
Estado de Santa Catarina, nos seguintes termos:

Art. 112. Ao Conselho Disciplinar, instituído pela Lei nº


7.210, de 1984, compete:

I - apurar faltas disciplinares, sugerir sanções, elogios


e recompensas; e

II - realizar estudos para formar o perfil do


comportamento prisional do interno.

Art. 113. O Conselho Disciplinar é composto de:

I - o chefe de segurança;

II - representante do Departamento de Saúde e


Assistência Médica;

III - 1 (um) psicólogo; e

IV- secretário.

Parágrafo único. Na falta ou impedimento de um ou


mais membros, o substituto será designado pelo
gestor do estabelecimento penal dentre funcionários.

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Art. 114. Somente poderá compor o Conselho


Disciplinar quem tiver contato intenso e extenso com
os presos.

Art. 115. O Conselho Disciplinar será presidido pelo


chefe de segurança e se reunir-se-á tantas vezes
quantas forem necessárias, para deliberar sobre as
tarefas a seu cargo.

Art. 182. O Conselho Disciplinar munido da documentação


encaminhada pelo gestor, deverá instaurar o Procedimento Administrativo Disciplinar em
desfavor do preso envolvido.

§ 1º Após a instauração a que alude o caput e enquanto não for


concluído o procedimento, o gestor da unidade prisional ficará impedido de conceituar o
comportamento prisional do recluso autuado.

§ 2º O Conselho Disciplinar deverá imediatamente comunicar o


juiz competente da abertura do Procedimento Administrativo Disciplinar, fazendo constar
o nome do preso, anexando-se cópia da comunicação interna de ocorrência.

§ 3º É vedada a remoção definitiva do preso para outra unidade


prisional do Estado enquanto ele estiver respondendo a Processo Administrativo
Disciplinar que ainda não possua conclusão administrativa.

Art. 183. A autoridade administrativa competente para apurar e


julgar as faltas disciplinares será a do local do fato, independentemente de o preso estar
ou não recolhido na unidade correlata.

§ 1º Caso o juízo competente para a apreciação judicial seja de


comarca diversa da unidade prisional, deverá a autoridade administrativa remeter o
processo àquele juízo.

§ 2º O disposto no caput deste artigo não impede a expedição


de Carta Precatória para outra unidade em que esteja recolhido o preso, devendo a
autoridade deprecante assegurar ao processado o direito de ser assistido por advogado.

Art. 184. O Conselho Disciplinar deverá providenciar a


intimação do preso para que o mesmo seja cientificado dos fatos e indique defensor.

§ 1º O documento de intimação a que alude o caput deverá


conter a descrição sucinta dos fatos a ele imputados.

§ 2º Caso o preso não indique defensor constituído, o mesmo


será assistido pela Defensoria Pública ou, na falta desta, será comunicado o juiz
competente para que seja nomeado defensor dativo.

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Art. 185. O Conselho Disciplinar realizará as diligências


indispensáveis à precisa elucidação do fato, velando pelo direito de defesa do infrator.

Art. 186. Será admitido como prova todo elemento de


informação que o Conselho Disciplinar entender necessário ao esclarecimento do fato.

Art. 187. O Conselho Disciplinar deverá proceder as oitivas dos


envolvidos e as demais diligências necessárias.

Parágrafo único. A oitiva do investigado deverá ocorrer sempre


na presença de defensor público, dativo ou advogado constituído pelo preso.

Art. 188. Instruído os autos do Procedimento Administrativo


Disciplinar, conclusas as oitivas e diligências, será emitido o parecer do Conselho
Disciplinar pelo reconhecimento ou não da falta apurada ou pela desclassificação da
infração.

§ 1º No parecer, o Conselho opinará quanto à culpabilidade do


interno e proporá ao gestor do estabelecimento penal a punição que entender cabível.

§ 2º Deverá constar no parecer:

I - relatório;

II - fundamentação;

III - sugestão punitiva;

IV - votos divergentes se houver decisão não unânime;

V - local e data.

Art. 189. No que se refere ao parecer descrito no artigo


antecedente, será considerado o artigo 116 da Lei Complementar 529/2011:

Art. 116. As decisões serão sempre coletivas e


lançadas por escrito, sendo tomadas por maioria
simples.
Parágrafo único. O empate será desfeito
considerando-se vencedores os votos favoráveis ao
preso.

Art. 190. Após a emissão do parecer que trata o artigo anterior,


o Processo Administrativo será encaminhado ao advogado constituído ou defensor
público, que apresentará defesa técnica no prazo de 05 (cinco) dias.

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Art. 191. Após a juntada da defesa técnica, o Processo


Administrativo será encaminhado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, de
acordo com o artigo 88 da Lei Complementar 529/2011, ao gestor da unidade para que
seja proferido julgamento.

Art. 192. Proferida a decisão administrativa, o preso será


intimado do julgamento, podendo solicitar reconsideração do ato punitivo na forma e
prazo previstos no artigo 92 da Lei Complementar 529/2011.

Art. 193. Encerrado o processo, o ato punitivo será registrado


no prontuário do preso, constando na ficha do autuado o comportamento prisional.

Art. 194. Proferida a decisão administrativa, o diretor da


unidade classificará o comportamento prisional e encaminhará os autos do procedimento
administrativo disciplinar ao Juízo de Execuções Penais para as providências judiciais
cabíveis.

Seção V
Da Classificação do Comportamento do Preso

Art. 195. O comportamento do preso recolhido nas unidades


prisionais será classificado como: BOM, REGULAR ou MAU.

Art. 196. BOM comportamento é aquele decorrente da


inocorrência de falta disciplinar leve, média ou grave até emissão de documento que
conste a respectiva classificação.

Art. 197. REGULAR comportamento é o do preso que praticar


faltas leve ou média.

Art. 198. MAU comportamento é o do preso que praticar falta


grave.

Parágrafo único. Ocorrendo a adoção de 03 (três) ou mais


condutas tipificadas como faltas disciplinares de natureza média no prazo de 06 (seis)
meses o conceito será alterado para MAU.

Art. 199. A partir da data do cometimento da falta, os prazos


para reabilitação do comportamento serão:

I - 60 (sessenta) dias, para falta leve;

II - 90 (noventa) dias, para falta média;

III - 180 (cento e oitenta) dias, para falta grave.

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Art. 200. Em caso de transferência do preso para outro


estabelecimento, a autoridade administrativa que o receber deverá manter o
comportamento prisional estabelecido na unidade anterior, respeitando-se o período de
reabilitação prevista nos dispositivos anteriores.

Parágrafo único. É vedado ao gestor promover a reabilitação


do preso antes dos prazos estabelecidos.

CAPÍTULO VIII
DOS ADVOGADOS

Art. 201. Poderá o advogado realizar atendimento ao preso no


horário compreendido entre 08 (oito) e 20 (vinte) horas, ressalvada a hipótese de
autorização do gestor da unidade prisional (Eficácia do dispositivo suspensa pelo
deferimento da tutela de urgência na Ação Civil Pública nº 5017104-
98.2020.4.04.7200/SC, em trâmite na 3ª Vara Federal de Florianópolis).

Parágrafo único. O advogado será comunicado quando faltar


15 (quinze) minutos para o término do horário limite estabelecido neste item.

Art. 202. (Revogado pela Portaria nº 808/GABS/SAP, de


19/08/2020, publicada no D.O.E nº 21.337 de 21/08/2020).

Art. 203. Na hipótese de haver dois ou mais advogados,


somente ingressarão no parlatório aqueles que forem atender seus respectivos clientes,
os demais deverão aguardar na sala da Ordem dos Advogados do Brasil ou em local
adequado.

Art. 204. Somente poderá ingressar na unidade prisional o


advogado que apresentar documento de identificação da Ordem dos Advogados do
Brasil.

Art. 205. Não será permitido ao advogado ingressar na unidade


prisional acompanhado de familiares de presos ou de terceiros.

§1º O estagiário devidamente inscrito na Ordem dos


Advogados do Brasil poderá ingressar na unidade prisional acompanhado somente do
advogado.

Art. 206. Na casa de revista ou no setor adequado, o advogado


será devidamente cadastrado no sistemai-PEN, registrando-se o preso que será atendido
e os horários de entrada e saída.

Parágrafo único. O cadastramento previsto neste item também


é aplicável ao estagiário.

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Art. 207. O procedimento de revista no advogado será


realizado através de detector manual ou portal detector de metais antes de seu
encaminhamento ao parlatório.

Parágrafo único. Não será permitida a entrada do advogado


que se opor a realização do procedimento de revista, devendo o fato ser comunicado a
Ordem dos Advogados do Brasil e ao juiz corregedor da unidade prisional.

Art. 208. O atendimento ocorrerá de forma individual mesmo


que o advogado solicite o atendimento de mais de um preso.

Parágrafo único. Quando o advogado estiver em atendimento e


solicitar preso diverso do informado na ocasião de sua entrada, deverá retornar à casa de
revista ou ao setor adequado para novo cadastramento, respeitando a ordem de
atendimento existente.

Art. 209. O advogado não poderá realizar atendimentos


portando objetos capazes de ofender a integridade física ou a segurança da unidade,
pasta executiva, chaves, aparelho celular e demais objetos eletrônicos.

§ 1º Os objetos tratados neste item poderão ser deixados em


local apropriado na unidade prisional.

§ 2º Documentos concernentes à situação penal poderão ser


apresentados ao preso no atendimento.

Art. 210. É vedado ao advogado entregar alimentos, materiais


de higiene ou qualquer objeto ao preso, salvo com prévia autorização do gestor da
unidade prisional, respeitadas todas as regras de inspeção e segurança.

Art. 211. Após identificação e cadastramento do advogado no


sistema i-PEN, será informada a supervisão de plantão para encaminhamento do preso
ao parlatório.

Parágrafo único. O advogado será encaminhado ao parlatório


somente após autorização da supervisão de plantão.

Art. 212. Ao término do atendimento, o advogado deverá sair


do parlatório antes do preso, salvo quando existir outro a ser atendido.

Art. 213. Documentos solicitados por advogado concernentes à


situação penal do preso deverão ser requeridos ao gestor da unidade ou ao setor de
execução penal, através de petição acompanhada de procuração.

§ 1º As solicitações tratadas neste item deverão ocorrer com


antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas (Eficácia do dispositivo suspensa pelo

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deferimento da tutela de urgência na Ação Civil Pública nº 5017104-


98.2020.4.04.7200/SC, em trâmite na 3ª Vara Federal de Florianópolis).

§ 2º Os documentos tratados neste item poderão ser


requeridos através de meio eletrônico.

Art. 214. É vedado ao advogado realizar o cumprimento de


alvará de soltura.

Art. 215. É proibido o deslocamento do advogado na unidade


prisional sem o acompanhamento de um servidor.

Art. 216. No caso de flagrante delito cometido no interior da


unidade por advogado no exercício da profissão, deverá o servidor:

I - solicitar a presença de um representante da Ordem dos


Advogados do Brasil - OAB;

II - acionar a Polícia Militar para efetuar a condução à


autoridade policial.

Parágrafo único. O advogado não poderá ser algemado,


observadas as exceções previstas no art. 2º do Decreto nº 8.858, de 26 de setembro de
2016.

Art. 217. Quando o advogado ingressar na unidade prisional na


condição de visitante do preso aplicar-se-á o estabelecido no Capítulo referente ao direito
de visitas.

Art. 218. No caso de flagrante delito cometido por advogado na


condição de visitante, no interior da unidade prisional, deverá o servidor:

I - comunicar expressamente à seccional da OAB;

II - acionar a Polícia Militar para efetuar a condução à


autoridade policial.

Parágrafo único. O advogado não poderá ser algemado,


observadas as exceções previstas no art. 2º do decreto nº 8.858, de 26 de setembro de
2016.

CAPÍTULO IX
DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA

Art. 219. Somente poderá entrar na unidade prisional o oficial


de justiça que apresentar identificação funcional.

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Art. 220. Na casa de revista ou no setor adequado, o oficial de


justiça será devidamente cadastrado no sistemai-PEN, registrando-se o preso e os
horários de entrada e saída.

Art. 221. Não será permitido ao oficial de justiça adentrar na


unidade prisional acompanhado de advogados, familiares de presos ou de terceiros.

Art. 222. O procedimento de revista no oficial de justiça será


realizado através de detector manual ou portal detector de metais.

Parágrafo único. Não será permitida a entrada do oficial de


justiça que se opor a realização do procedimento de revista, devendo o fato ser
comunicado ao juiz corregedor da unidade prisional.

Art. 223. O oficial de justiça não entrará na unidade prisional


portando os seguintes objetos: chaves, aparelho celular, aparelho eletroeletrônico e
objetos capazes de ofender a integridade física ou a segurança da unidade.

Art. 224. Os objetos tratados neste item poderão ser deixados


em local apropriado na unidade prisional.

Art. 225. O oficial de justiça será encaminhado para o


cumprimento da ordem judicial somente após autorização da supervisão de plantão ou do
agente penitenciário responsável.

Art. 226. Após o cumprimento da ordem judicial deverá o oficial


de justiça disponibilizar cópia ao setor penal ou a supervisão de segurança.

Art. 227. É vedado ao oficial de justiça entregar alimentos,


materiais de higiene ou qualquer objeto ao preso.

Art. 228. É proibido o deslocamento do oficial de justiça na


unidade prisional sem o acompanhamento de um servidor.

Art. 229. Quando o oficial de justiça ingressar na unidade


prisional na condição de visitante do preso aplicar-se-á o estabelecido no Capítulo
referente ao direito de visitas.

CAPÍTULO X
DOS ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL

Seção I
Do Conselho da Comunidade

Art. 230. Os integrantes do Conselho da Comunidade poderão


visitar o estabelecimento prisional e entrevistar o preso, respeitada a segurança na forma
deste documento.

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Parágrafo único. Os integrantes do Conselho da Comunidade


realizarão as visitas às unidade prisionais, acompanhados de um agente penitenciário.

Art. 231. Na casa de revista ou no setor adequado, o membro


do Conselho será devidamente cadastrado no sistemai-PEN, registrando-se o preso, se
for o caso, que será atendido e os horários de entrada e saída.

Art. 232. O conselheiro não poderá entrar na unidade prisional


portando os seguintes objetos: chaves, aparelho celular, aparelho eletroeletrônico e
objetos capazes de ofender a integridade física ou a segurança da unidade.

Art. 233. Não será permitido ao membro adentrar na unidade


prisional acompanhado de familiares de presos ou de terceiros.

Art. 234. O procedimento de revista no conselheiro será


realizado através de detector manual ou portal detector de metais antes da visita ou do
atendimento ao preso.

Parágrafo único. Não será permitida a entrada do conselheiro


que se opor a realização do procedimento de revista, devendo o fato ser comunicado ao
juiz corregedor da unidade prisional.

Art. 235. É vedado ao conselheiro entregar alimentos, materiais


de higiene ou qualquer objeto ao preso, sem a prévia autorização do gestor da unidade
prisional, respeitadas todas as regras de inspeção e segurança.

Art. 236. Caberá a direção da unidade, conforme solicitação do


conselho, fornecer os dados necessários para obtenção de recursos materiais e
humanos.

Seção II
Da Defensoria Pública

Art. 237. Somente poderá adentrar na unidade prisional o


defensor público que apresentar identificação funcional.

§ 1ª Os membros da Defensoria Pública não poderão ingressar


na unidade prisional portando os seguintes objetos: chaves, aparelho celular, aparelho
eletroeletrônico e objetos capazes de ofender a integridade física ou a segurança da
unidade;
§ 2º Será permitido o ingresso de materiais eletrônicos
imprescindíveis para as atividades de fiscalização e atendimento, após autorização do
gestor mediante registro no livro plantão.

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Art. 238. Na casa de revista ou no setor adequado, o defensor


será devidamente cadastrado no sistemai-PEN, registrando-se o preso que será atendido
e os horários de entrada e saída.

Parágrafo único. O cadastramento previsto neste item também


é aplicável aos demais servidores da Defensoria Pública.

Art. 239. Os servidores e estagiários da Defensoria Pública


poderão prestar atendimento ao preso desde que acompanhados pelo defensor público,
sendo necessária a apresentação de identificação funcional.

Art. 240. Não será permitido ao defensor público ingressar na


unidade prisional acompanhado de familiares de presos ou de terceiros.

Art. 241. O procedimento de revista no defensor será realizado


através de detector manual ou portal detector de metais antes do atendimento ao preso.

Parágrafo único. Não será permitida a entrada do defensor que


se opor a realização do procedimento de revista, devendo o fato ser comunicado à
Corregedoria-Geral da Defensoria Pública e ao juiz corregedor da unidade prisional.

Art. 242. Na hipótese do defensor solicitar mais de um preso o


atendimento ocorrerá de forma individual.

Art. 243. É vedado ao defensor entregar alimentos, materiais


de higiene ou qualquer objeto ao preso, salvo com prévia autorização do gestor da
unidade prisional, respeitadas todas as regras de inspeção e segurança.

Art. 244. Documentos solicitados pelo defensor público


concernentes à situação penal do preso deverão ser requeridos, através de petição, ao
gestor da unidade prisional.

Parágrafo único. Os documentos poderão ser requeridos


através de meio eletrônico.

Art. 245. É vedado ao defensor público realizar o cumprimento


de alvará de soltura.

Art. 246. É proibido o deslocamento do defensor público no


interior unidade prisional sem o acompanhamento de um servidor.

Art. 247. Quando o defensor público ingressar na unidade


prisional na condição de visitante do preso aplicar-se-á o estabelecido no capítulo
referente a visitas, previsto neste documento.

Seção III
Do Ministério Público

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Art. 248. Somente poderá adentrar na unidade prisional o


promotor de justiça que apresentar identificação funcional.

§ 1ª Os membros do Ministério Público não poderão ingressar


na unidade prisional portando os seguintes objetos: chaves, aparelho celular, aparelho
eletroeletrônico e objetos capazes de ofender a integridade física ou a segurança da
unidade;
§ 2º Será permitido o ingresso de materiais eletrônicos
imprescindíveis para as atividades de fiscalização e atendimento, após autorização do
gestor mediante registro no livro plantão.

Art. 249. Na casa de revista ou no setor adequado, será


registrado a visita do promotor de justiça no sistemai-PEN, com o horário de entrada e
saída.

Art. 250. Os servidores do Ministério Público poderão ingressar


na unidade prisional desde que acompanhados pelo promotor de justiça.

Art. 251. O promotor de justiça ao ingressar na unidade


prisional será submetido ao detector manual ou portal detector de metais.

Art. 252. Na hipótese do promotor de justiça solicitar mais de


um preso o atendimento ocorrerá de forma individual.

Art. 253. É vedado ao promotor de justiça entregar alimentos,


materiais de higiene ou qualquer objeto ao preso, salvo com prévia autorização do gestor
da unidade prisional, respeitadas todas as regras de inspeção e segurança.

Art. 254. Documentos solicitados pelo promotor de justiça


concernentes à situação penal do preso deverão ser requeridos ao gestor da unidade
prisional.

Art. 255. É proibido o deslocamento do promotor de justiça na


unidade prisional sem o acompanhamento de um servidor.

Art. 256. Quando o promotor de justiça ingressar na unidade


prisional na condição de visitante do preso aplicar-se-á o estabelecido na Capítulo -
Direito de Visitas.

Seção IV
Do Juízo da Execução

Art. 257. Somente poderá adentrar na unidade prisional


magistrado que apresentar identificação funcional.

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§ 1ª Os membros do Poder Judiciário não poderão adentrar na


unidade prisional portando os seguintes objetos: chaves, aparelho celular, aparelho
eletroeletrônico e objetos capazes de ofender a integridade física ou a segurança da
unidade;

§ 2º Será permitido o ingresso de materiais eletrônicos


imprescindíveis para as atividades de fiscalização e atendimento, após autorização do
gestor mediante registro no livro plantão.

Art. 258. Na casa de revista ou no setor adequado, será


registrado a visita do magistrado no sistemai-PEN, com o horário de entrada e saída.

Art. 259. Os servidores do juízo da execução penal poderão


ingressar na unidade prisional desde que acompanhados pelo magistrado.

Art. 260. O magistrado ao ingressar na unidade prisional será


submetido ao detector manual ou portal detector de metais.

Art. 261. Na hipótese do magistrado solicitar mais de um preso


o atendimento ocorrerá de forma individual.

Art. 262. É vedado ao magistrado entregar alimentos, materiais


de higiene ou qualquer objeto ao preso, salvo com prévia autorização do gestor da
unidade prisional, respeitadas todas as regras de inspeção e segurança.

Art. 263. Documentos solicitados pelo magistrado concernentes


à situação penal do preso deverão ser requeridos ao gestor da unidade prisional.

Art. 264. É proibido o deslocamento do magistrado na unidade


prisional sem o acompanhamento de um servidor.

Art. 265. Quando o magistrado ingressar na unidade prisional


na condição de visitante do preso aplicar-se-á o estabelecido no Capítulo - Direito de
Visitas.

CAPÍTULO XI
DAS INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS E ASSISTENCIAIS

Art. 266. Os membros de instituições religiosas ou assistenciais


que exercerem atividades auxiliares nas unidades prisionais serão cadastrados no
sistema i-PEN, após entrevista pelo profissional de serviço social ou funcionário
responsável, sendo obrigatória a apresentação dos seguintes documentos:

I - 02 (duas) fotos 3x4 recentes;

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II - cópia autenticada da carteira de identidade ou cópia


autenticada de documento oficial com foto;

III - cópia autenticada do CPF ou, na falta deste, cópia


autenticada de documento oficial que conste o número do CPF;

IV - cópia autenticada de comprovante de residência expedido


no máximo a 90 (noventa) dias;

V - carta de referência da instituição religiosa ou assistencial a


qual pertence.

Parágrafo único. A cópia autenticada poderá ser substituída


pela apresentação de cópia simples acompanhada do documento original, a qual será
autenticada por servidor público da repartição.

Art. 267. A carteira de visitação será emitida através do sistema


i-PEN e possuirá validade de 01 (um) ano a contar da data de expedição.

Art. 268. É vedado o ingresso de integrantes com a carteira de


visitação vencida.

Art. 269. O número máximo de carteiras emitidas por instituição


religiosa ou assistencial será de 06 (seis), contudo, nos dias estabelecidos para os
encontros, somente 03 (três) integrantes por instituição poderão adentrar na unidade
prisional.

Art. 270. Não será permitido o ingresso de integrante de


instituição religiosa ou assistencial que possuir relação de parentesco com presos.

Art. 271. É obrigatória a autorização do chefe de segurança


para as doações realizadas pelas instituições religiosas ou assistenciais, as quais não
poderão ocorrer de forma direcionada.

Parágrafo único. Os itens doados deverão ser inspecionados


na casa da revista.

Art. 272. É vedada aos membros da instituição religiosa ou


assistencial a saída com cartas ou qualquer objeto recebido de preso.

Art. 273. Na casa de revista ou no setor adequado, o integrante


da instituição religiosa ou assistencial será revistado, assim como seus pertences,
através de detector de metais, procedimento este que também ocorrerá na ocasião da
saída.

Art. 274. Não será permitida a entrada do integrante que se


opor a revista estabelecida neste item, devendo ser recolhida sua carteira de visitação,

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com a alteração do sistema i-PEN e, os fatos comunicados ao responsável instituição


religiosa ou assistencial.

Art. 275. O integrante de instituição religiosa ou assistencial


não poderá realizar atendimentos portando os seguintes objetos: aparelho celular,
relógio, cigarro, isqueiro, aparelho eletroeletrônico, pasta, chaves e canetas que não
sejam de tubo transparente.

Art. 276. Em salas ou locais destinados às atividades religiosa


e assistencial, deverá ser observada pelo gestor da unidade prisional, a quantidade
máxima de presos permitidos para permanência no local, de acordo com a estrutura
física e de segurança da unidade.

Art. 277. Somente em casos excepcionais e com autorização


prévia da chefia de segurança, será permitido o uso de equipamentos de sonorização nas
atividades religiosa e assistencial.

Art. 278. A visita de representante de entidade religiosa, que


não esteja previamente cadastrada para prestar assistência, submeter-se-á às regras
gerais de visitação.

Art. 279. A visita de cônsules ou representantes diplomáticos a


preso estrangeiro dar-se-á mediante prévio agendamento entre essa autoridade e o
gestor da unidade prisional.

CAPÍTULO XII
DOS MEMORANDOS

Art. 280. Os presos recolhidos em penitenciárias poderão


solicitar atendimento mediante memorando encaminhado aos seguintes setores:

I - Direção;

II - Gerência de Execução Penal;

III - Gerência Laboral;

IV - Gerência de Saúde, Ensino e Promoção Social;

V - Chefia de Segurança;

VI - Setor de Pecúlio;

VII - Setor de Rouparia;

VIII - Setor de Psicologia;

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IX - Setor de Serviço Social.

Parágrafo único. A periodicidade do recebimento de


memorandos pelos setores não poderá ultrapassar 02 (dois) meses.

Art. 281. Em se tratando de estabelecimentos semiabertos,


presídios e unidades prisionais avançadas poderão os presos, mensalmente, solicitar
atendimento mediante memorando encaminhado aos seguintes setores:

I - Gerência;

II - Chefia de Segurança;

III - Setor Laboral

IV - Setor de Execução Penal;

V - Setor de Psicologia;

VI - Setor de Serviço Social.

Parágrafo único. A periodicidade do recebimento de


memorandos pelos setores não poderá ultrapassar 02 (dois) meses.

Art. 282. A administração da unidade prisional estabelecerá os


dias de recolhimento dos memorandos para cada setor.

Art. 283. O agente penitenciário responsável pela galeria ou


ala, deverá, nos dias previamente elencados, recolher e encaminhar os memorandos ao
respectivo setor.

Art. 284. Os memorandos serão atendidos de forma escrita e


no mesmo mês que foram enviados, sendo recolhida a ciência do preso na resposta,
mediante protocolo de entrega.

Art. 285. Após recolhimento da ciência do preso, o memorando


juntamente com o protocolo de entrega deverá ser escaneado e anexado no sistema i-
PEN, mediante cadastro no módulo “penal”, na aba “jurídico” e posteriormentearquivado
no respectivo setor que realizou o atendimento.

CAPÍTULO XIII
DA MULHER PRESA

Art. 286. A presa gestante ou lactante deverá ser alocada em


cela específica de acordo com a sua condição.

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Art. 287. Deve ser assegurado o acesso à primeira consulta de


pré-natal, logo após a confirmação da gravidez.

Art. 288. Quando ocorrer o ingresso de presa gestante ou


lactante, os setores de saúde e social deverão ser imediatamente informados.

Art. 289. Quando ocorrer o ingresso de presa estrangeira,


deverá ser imediatamente providenciada a comunicação do consulado, informando a
existência de filhos e a sua situação de guarda.

Art. 290. As gestantes e parturientes devem ser


preferencialmente conduzidas ao hospital/maternidade em carro adequado à sua
condição, sendo proibida a condução em carro cofre na parte traseira.

Parágrafo único. Caso a condução não seja realizada pela


administração penitenciária, uma agente penitenciária do sexo feminino deverá realizar a
escolta.

Art. 291. A presença de acompanhante junto à parturiente deve


ser autorizada, durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

§ 1º O acompanhante da mulher presa deve ser indicado com


antecedência e ser cadastrado no rol de visitantes do sistema i-PEN.

§ 2º O acompanhante deve ser avisado quando houver o


encaminhamento da parturiente ao hospital ou maternidade, observadas as normas de
segurança de deslocamento da escolta.

Art. 292. As gestantes, mães com filhos ou em período de


amamentação, não devem ser colocadas em isolamento.

Art. 293. É vedado o emprego de algemas em mulheres presas


durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a
unidade hospitalar e após o parto, durante o período que se encontrar hospitalizada.

Art. 294. Quando necessário o deslocamento da criança da


unidade prisional, deve ser sempre acompanhada pela mãe presa.

Art. 295. Quando necessário o deslocamento da mãe presa da


unidade prisional, deve ser sempre acompanhada pela criança.

Art. 296. O deslocamento da criança deve ser realizado com o


auxílio de dispositivo de retenção infantil (cadeirinha de bebê) no banco traseiro, na
posição específica para respectiva faixa etária, conforme Resolução nº 277/2008, do
Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN.

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Art. 297. Deve ser garantido a toda mulher presa acesso aos
medicamentos e métodos contraceptivos.

CAPÍTULO XIV
DO AGENTE PENITENCIÁRIO

Art. 298. Aos agentes penitenciários aplicam-se os direitos e


deveres descritos no Estatuto dos Servidores Públicos Lei nº 6.745, de 28 de dezembro
de 1985, da Lei Complementar Estadual nº 675/2016, e as disposições deste documento.

Art. 299. O agente penitenciário é o operador de segurança das


unidades prisionais de Santa Catarina.

Art. 300. A carteira funcional expedida pela Secretaria de


Estado da Administração Prisional e Socioeducativa ou antiga Secretaria de Estado de
Justiça e Cidadania é o documento de identificação do agente penitenciário.

Art. 301. O agente penitenciário observará, nas suas relações


com os colegas de profissão, agentes políticos, autoridades, servidores públicos e
terceiros em geral, o dever de urbanidade, tratando a todos com respeito e consideração.

Art. 302. É obrigatório, durante o horário de trabalho, o uso de


uniforme fornecido pela Secretaria de Estado da Administração Prisional e
Socioeducativa.

Parágrafo único. A cor preta identifica o operador de segurança


no interior das unidade prisionais do Estado.

Art. 303. Será admitido o uso de calça operacional preta,


camiseta preta e calçado fechado, diversos do uniforme instituído pela Portaria 077/2016,
ou as que porventura a retificarem, apenas àqueles que não tiverem recebido uniforme
pela Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa.

Parágrafo único. Nos casos descritos neste artigo é


expressamente proibido utilizar, durante o horário de trabalho, bermuda, camisa regata,
chinelos ou qualquer calçado que não seja fechado.

Art. 304. O horário do expediente em plantão, inicia-se às 08h


da manhã, com término às 08h da manhã do dia seguinte.

Parágrafo único. O gestor da unidade, diante da imperiosa


necessidade do serviço público, poderá alterar os horários de início e término do
expediente de plantão, observando-se o período de 24 horas, bem como, garantindo a
compensação futura de eventuais horas excedentes.

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Art. 305. O agente penitenciário antes de receber o plantão ou


assumir o posto, deverá proceder da seguinte forma, sem prejuízo de outros
procedimentos:

I - realizar conferência dos materiais de serviço;

II - conferência nominal dos presos alocados no setor ou


galeria;

III - proceder a leitura das ocorrências dos dias anteriores no


livro plantão;

IV - solicitar informações adicionais ao servidor que estiver


encerrando o serviço.

Parágrafo único. Após a realização dos procedimentos a que


alude este artigo, em caso de constatação de alguma anormalidade, antes de assumir o
posto, deverá o agente penitenciário proceder a comunicação dos fatos a chefia imediata
registrando-as no livro plantão.

Art. 306. É proibido ao agente penitenciário, durante o horário


de trabalho, se ausentar da unidade para a realização de atividades particulares, salvo
em casos de extrema urgência e necessidade, desde que sua saída não comprometa a
segurança da unidade, mediante autorização da chefia imediata, constando a informação
da ausência no livro plantão.

Parágrafo único. Em caso de liberação, deverá o servidor


autorizado realizar a compensação das horas de ausência.

Art. 307. É proibido ao agente penitenciário a realização de


mais de duas trocas de plantão durante o mês, seja na condição de solicitante ou
solicitado.

§ 1º A troca somente poderá ser realizada mediante


autorização do gestor da unidade ou pessoa por ele designada.

§ 2º A solicitação de troca deverá ser realizada mediante


requerimento por escrito assinado pelos servidores envolvidos com antecedência mínima
de 72 (setenta e duas) horas.

§ 3º Nos casos de extrema urgência e necessidade, o pedido


de troca poderá ser realizado fora do prazo a que alude o parágrafo antecedente.

Art. 308. É vedado o ingresso e uso de cigarros, cigarrilhas,


charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco no
interior das unidades prisionais do Estado.

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Art. 309. É proibido o uso indevido, abusivo ou excessivo da


Internet pelos usuários no âmbito das unidades prisionais do Estado, nos termos da
Portaria nº 881/GABS/SJC/2018.

Art. 310.É vedada a divulgação de quaisquer informações,


imagens ou arquivos pertencentes aos sistemas de segurança, controle e registro das
instituições de segurança prisionais do Estado.

TÍTULO II
DOS DESLOCAMENTOS E AS GUARDAS EXTERNAS

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS PARA TODAS AS ESCOLTAS

Art. 311. Ao receberem a determinação de deslocamento


externo do preso, os agentes responsáveis deverão realizar todos os procedimentos
necessários para a efetivação da escolta com segurança desde a saída da unidade até o
retorno.

Parágrafo único. É vedada a retirada do preso da unidade


prisional sem autorização do gestor ou servidor responsável.

Art. 312. Antes de iniciar a escolta deverá ser realizado o


levantamento das informações do preso a ser escoltado, verificando:

I – nome completo e número de i-PEN;

II - liberação para condução do preso no sistema i-PEN;

III – tipificação penal dos crimes a ele imputados;

IV – se há registro de tentativa de fuga ou fuga de escolta ou


de unidade prisional;

V - se é membro de associação ou organização criminosa;

VI - o gênero da pessoa presa;

VII - se mulher, verificar se está gestante, lactante e/ou com


criança junto ao sistema prisional;

VIII - outras informações relevantes.

§ 1º Nas escoltas judiciais deverá ser requisitado pela equipe


junto ao setor penal da unidade, cópia da requisição judicial para apresentação do preso.

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§ 2º Nas escoltas hospitalares e de saúde, além do previsto


nos incisos anteriores, deverá ser observado também prontuário de saúde ou outros
documentos necessários para a realização do procedimento.

§ 3º Nas escoltas de transferências de presos entre unidades


prisionais, além do previsto nos incisos anteriores, é obrigatório contato prévio com a
unidade de destino, informando sobre a realização da transferência do preso, horário de
saída e previsão de horário de chegada ao destino.

§ 4º Nas escoltas para bancos e cartórios de registros civis,


além do previsto nos incisos anteriores, é obrigatório contato prévio com as instituições,
informando sobre a realização do procedimento, horário de saída e previsão de horário
de chegada ao destino.

§ 5º Constitui obrigação dos operadores de segurança


observarem os procedimento de segurança do local de destino.

Art. 313. Nas escoltas de presa mulher ou transexual, deverá


ter no mínimo uma operadora feminina.

Art. 314. São procedimentos a serem adotados pelos agentes


escalados para a escolta:

I - revistar o preso e os seus pertences;

II - algemar o preso, na forma deste documento;

III - inspecionar o armamento de fogo e realizar o


municiamento na forma dos procedimentos repassados pela ACAPS;

IV - orientar o preso sobre o procedimento de escolta;

V - conduzir o preso;

VI - estabelecer a comunicação entre a equipe e o preso;

VII - informar qualquer suspeita ou alteração no procedimento


de revista e condução do preso;

VIII - garantir a segurança da equipe no momento da abertura


ou fechamento do compartimento destinado ao transporte do preso;

IX - o operador de condução deverá estar preferencialmente


desarmado.

X - verificar o local de destino e necessidade de procedimentos


adicionais de segurança.

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§ 1º Os operadores que realizarem o deslocamento, avaliarão a


espécie dos armamentos de fogo e quantidade de munições a serem utilizadas, de
acordo com a necessidade.

§ 2º A avaliação a que alude o parágrafo antecedente deverá


ser realizada de acordo com a necessidade do caso concreto.

Art. 315. São procedimentos a serem adotados pelo condutor


da escolta:

I - possuir habilitação de acordo com o estabelecido no Código


de Trânsito Brasileiro;

II - verificar a condição mecânica e elétrica da viatura;

III - verificar a condição dos pneus, incluindo o estepe da


viatura;

IV - abastecer e calibrar os pneus da viatura, antes de cumprir


qualquer escolta;

V - ter o domínio do funcionamento do veículo que será


conduzido, bem como dos equipamentos, tais como câmeras, luz de sinalização de
emergência, sirene, rádio, entre outros;

VI - zelar pelas boas condições de funcionamento e higiene da


viatura;

VII - registrar no Sistema de Gerenciamento de Frotas (GVE),


todo e qualquer defeito que identificar na viatura, assim como solicitar ao servidor
administrativo o agendamento das revisões e da manutenção;

VIII - verificar o endereço dos postos de abastecimento no


trajeto quando a escolta for fora dos limites do município, evitando imprevistos no
transcorrer na viagem.

Art. 316. Todo procedimento de escolta deverá ser precedido


obrigatoriamente de revista pessoal do preso.

Parágrafo único. A revista pessoal do preso deverá ser


realizada por um dos agentes da escolta.

Art. 317. Em escoltas que também serão transportados objetos


pessoais dos presos, deverá ser verificado se existem remédios, documentos, objetos de
valor ou valores em espécie.

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§ 1º Caso haja algum dos itens relacionados no caput, o


servidor responsável deverá discriminar e solicitar recibo no momento da entrega do
preso, para que seja arquivado junto aos demais documentos da escolta.

§ 2º Os pertences do preso, calçados (chinelo, sandália,


sapato, tênis, etc), aparelhos ortopédicos e próteses removíveis, muletas, bengala,
andador ou similares deverão ser retirados quando o mesmo entrar na cela da viatura, e
não deverão ir com o preso na cela.

Art. 318. A verbalização com preso deverá ser clara, objetiva,


sem uso de gírias, e de forma que o escoltado tenha conhecimento do procedimento ao
qual está sendo submetido.

Art. 319. O padrão da verbalização com o interno deverá seguir


as perguntas:

I - o seu nome e a data de nascimento;

II - filiação;

III - qual a tipificação e condenação que foi submetido;

IV - questionar se possui algum problema físico ou de saúde;

V - se mulher, verificar se está gestante ou lactante com filho


junto da unidade prisional.

Art. 320. Para a realização de escolta deverão ser observados


pela equipe de escolta os requisitos para a necessidade ou não de algemação, nos
termos da Súmula Vinculante nº 11, devendo em caso positivo justificar a
excepcionalidade por escrito.

Parágrafo único. Nos procedimentos de escolta,


excepcionalmente, as algemas deverão ser postas para frente, juntamente com
marcapasso.

Art. 321. É vedado o emprego de algemas em mulheres presas


durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a
unidade hospitalar e após o parto, durante o período que se encontrar hospitalizada.

Parágrafo único. Preferencialmente deverá ser utilizada a


viatura destinada a transporte de gestante, parturiente ou lactante.

Art. 322. Terminado o procedimento de revista, verbalização e


algemação, o preso deverá ser conduzido até a viatura que será transportado.

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Art. 323. É dever da equipe de escolta assegurar ao preso o


fornecimento suficiente de água potável, alimentação e acesso ao sanitário, considerando
proporcionalmente o tempo de deslocamento.

Art. 324. Em todos os procedimentos de escolta a equipe


velará pela imagem da pessoa presa, devendo resguardar ao máximo a exposição ao
público, evitando qualquer forma de sensacionalismo.

Art. 325. O procedimento de entrada e saída da viatura nas


unidades prisionais e demais paradas ao longo da escolta deverá ser realizado da
seguinte forma:

I - os escoltantes, com exceção do motorista, deverão proceder


ao desembarque do veículo, verificando o perímetro, fazendo a segurança da viatura e do
condutor;

II - ao ser liberada a entrada da escolta, um dos operadores


deverá verificar o perímetro interno do local, seguindo a viatura em baixa velocidade;

III - em caso de longas distâncias entre os portões principais


até o bloco prisional, os operadores poderão retornar ao interior da viatura, repetindo o
procedimento de desembarque em todos os portões que existirem até o local para
recebimento de presos.

Art. 326. Durante o deslocamento da escolta, os responsáveis


deverão manter-se atentos a possíveis ocorrências internas e externas, visando
identificar possíveis ameaças e/ou agressões.

Art. 327. É vedado ao agente penitenciário, nos mesmos


termos dos artigos antecedentes referentes a utilização de uniforme, realizar qualquer
deslocamento de escolta sem uniforme, identificação e equipamentos de segurança.

CAPÍTULO II
DAS ESCOLTAS JUDICIAIS

Art. 328. As escoltas para a realização de atos judiciais


deverão ser realizadas por, no mínimo, 02 (dois) agentes penitenciários.

§ 1º Além de observar as disposições gerais, os procedimentos


de deslocamento para cartórios e bancos deverão ser realizados na forma deste capítulo.

Art. 329. Nos casos de deslocamento para júri popular, o preso


que estiver na condição de réu deverá ser conduzido com roupa civil e calçado fechado.

Parágrafo único. Caso a unidade não possua roupa civil para


fornecer ao preso, os familiares do mesmo poderão fornecê-lo exclusivamente para o

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procedimento, devendo os materiais serem devidamente revistados pela equipe de


escolta.

Art. 330. Ao chegar à instituição judiciária, a equipe de escolta


deverá proceder ao desembarque nos mesmos moldes dos procedimentos gerais de
escolta (Capítulo I deste Título).

Art. 331. Os servidores deverão garantir o desembarque da


equipe e do preso de maneira adequada e em local seguro, conduzindo-o até a
carceragem instalada no Fórum.

Parágrafo único. Não havendo carceragem instalada no prédio,


o preso poderá ser mantido na caixa-cela da viatura, devidamente ventilada ou em outro
local que disponha de segurança adequada.

Art. 332. Os presos durante todo o procedimento deverão ser


mantidos separados de acordo com o sexo.

Art. 333. É vedado o contato do preso com quaisquer pessoas


durante o período que estiver aguardando a audiência, ressalvados os casos de
autorização judicial (O dispositivo não se aplica a advogados, conforme deferimento da
tutela de urgência na Ação Civil Pública nº 5017104-98.2020.4.04.7200/SC, em trâmite
na 3ª Vara Federal de Florianópolis).

Parágrafo único. Constitui obrigação dos servidores da escolta,


enquanto operadores de segurança do procedimento, notificar o juízo dos riscos de
eventual autorização a que alude o caput deste artigo.

Art. 334. Após a alocação do preso, um dos operadores deverá


realizar contato com o responsável da vara que requisitou a presença do preso.

Art. 335. Realizado o pregão, após a solicitação da vara, a


equipe conduzirá o preso até a sala de audiência e apresentará o interno ao juiz
solicitante.

Art. 336. Sempre que possível, durante o ato judicial, um dos


escoltantes permanecerá ao lado do preso, enquanto o outro guardará o perímetro em
média distância dentro da própria sala de audiências.

Parágrafo único. É vedado se ausentar da sala de audiências


durante a realização do ato, devendo os escoltantes manterem a postura condizente.

Art. 337. Apresentado o preso ao juízo e determinado por ele a


retirada das algemas, constitui obrigação dos escoltantes verificar a viabilidade da
liberação e, antes de cumprir a determinação judicial, comunicar a autoridade sobre
eventual risco a segurança do procedimento.

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§1º A comunicação a que alude o caput deste artigo, poderá,


se possível, ser consignada na ata de audiências.

§2º Terminada a audiência, as algemas deverão ser


recolocadas ainda na sala de audiências ou Tribunal do Júri.

Art. 338. Expedido alvará de soltura em favor de algum dos


presos escoltados, o servidor responsável deverá contatar imediatamente a unidade
prisional para que - nos termos da seção VI, do Capítulo III, do Título I deste documento -
verifique a possibilidade ou não de liberação do mesmo.

§1º Constatado pela unidade que o custodiado não está preso


por outro motivo, deverá o escoltante cumprir imediatamente a decisão judicial.

§2º Caso seja verificada a existência de outra prisão, o servidor


responsável deverá informar imediatamente o juiz sobre a impossibilidade da soltura,
repassando a autoridade as informações necessárias.

§3º Independentemente de liberação ou não do preso, deverá


uma cópia do alvará de soltura retornar com a escolta para que a equipe entregue a
documentação ao setor penal da unidade.

Art. 339. Cumprida a ordem judicial, o liberado não poderá


retornar a unidade com a escolta.

Parágrafo único. Caso o juiz determine que o cumprimento da


liberação seja realizado na unidade, a escolta seguirá seu procedimento de segurança
regular devendo preso ser transportado no compartimento adequado.

CAPÍTULO III
DAS CONDUÇÕES E GUARDAS EM VELÓRIOS

Art. 340. As escoltas para condução do preso ao velório


deverão ser realizadas considerando as circunstâncias do caso concreto.

Parágrafo único. Os procedimentos de saída, deslocamento,


algemação, embarque e desembarque deverão ser observados nas disposições gerais
no Capítulo I, deste Título.

Art. 341. Recebida a ordem para deslocamento, a equipe


designada deverá buscar o servidor responsável pelo contato com a família do preso, a
fim de que ele os advirta - sem precisar detalhes - sobre os procedimentos de segurança,
sob pena de interrupção do procedimento.

Art. 342. Para a realização da condução ao velório, ao menos


um dos operadores deverá portar armamento menos letal, nos termos da Lei Federal nº
13.060/2014.

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Art. 343. Chegando ao local, antes do desembarque, os


escoltantes analisarão brevemente a situação, a fim de ajustar as medidas de segurança
de momento.

§ 1º Após a breve varredura, a equipe procederá ao


desembarque na forma das disposições gerais deste Título, permanecendo na viatura o
motorista e o preso.

§ 2º Realizado o desembarque, um dos operadores deverá


contactar um parente do preso para adverti-lo dos procedimentos de segurança, sob
pena de encerramento da condução e retorno da equipe.

§ 3º Por meio do contato será solicitado o afastamento de


todos os presentes para que no local permaneçam somente a escolta, o preso e o de
cujus.

§ 4º Após a saída de todos, o local deverá ser averiguado por


um dos servidores da escolta.

§ 5º Constatado pela equipe que o local ou a situação não


oferecem condições seguras para a realização do procedimento, a escolta deverá
retornar a unidade, devendo os servidores presentes relatarem por meio de Comunicação
Interna os motivos da impossibilidade.

Art. 344. A viatura deverá ser colocada no local mais próximo


possível e em condições de se deslocar rapidamente em caso de necessidade.

Art. 345. Somente após a realização de todos os


procedimentos anteriores, o preso poderá ser desembarcado.

§ 1º Durante o velório, não será permitido ao preso:

I - manter qualquer contato físico com o de cujus ou o caixão;

II - contatar outras pessoas que não os operadores da escolta;

III - alimentar-se ou fazer uso de qualquer equipamento ou


artefato do local.

§ 2º A duração do procedimento não poderá ultrapassar 15


minutos.

§ 3º Verificada qualquer anormalidade por parte da equipe, o


procedimento deverá ser imediatamente interrompido.

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Art. 346. A equipe durante o velório deverá permanecer


distribuída de tal forma que sejam guarnecidas todas as saídas e entradas, devendo um
dos operadores ser o responsável pela condução do preso.

Art. 347. Encerrado o período a equipe deverá retornar com o


preso para a unidade prisional.

Parágrafo único. As pessoas presentes no velório somente


poderão retornar ao local após a saída da viatura.

CAPÍTULO IV
DAS CONDUÇÕES E GUARDAS DE SAÚDE

Seção I
Dos deslocamentos e conduções de saúde

Art. 348. As escoltas de condução do preso para tratamento de


saúde deverão ser realizadas considerando as circunstâncias do caso concreto.

§ 1º Os procedimentos de saída, deslocamento, algemação,


embarque e desembarque deverão ser observados nas disposições gerais no Capítulo I,
deste Título.

§ 2º Os procedimentos de deslocamento para perícia médica,


além das disposições gerais de escolta, deverão ser realizados na forma deste capítulo.

§ 3º É vedado o emprego de algemas em mulher presa durante


e após o parto, durante o período que se encontrar hospitalizada.

Art. 349. Nos casos de atendimento de emergência prestados


pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e pelo Auto Socorro de
Urgência (ASU) durante todo o deslocamento da ambulância, um dos operadores deverá
acompanhar o preso dentro do veículo de emergência, enquanto o outro escoltante
seguirá com a viatura de escolta.

Art. 350. Recebida a ordem para deslocamento, a equipe


designada deverá, sem prejuízo do Capítulo I deste Título, verificar o local de destino.

§ 1º Os horários de agendamentos de atendimento de saúde


não poderão, em hipótese alguma, serem comunicados aos familiares do preso.

§ 2º Constitui obrigação dos operadores da escolta levar a


documentação necessária para o atendimento de saúde.

Art. 351. Para a realização da condução, se disponível, ao


menos um dos operadores portará armamento menos letal, nos termos da Lei Federal nº
13.060/2014.

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Art. 352. Chegando ao local, antes do desembarque, os


escoltantes analisarão brevemente a situação, a fim de ajustar as medidas de segurança
de momento.

§ 1º Após a breve varredura, a equipe procederá o


desembarque na forma das disposições gerais deste Título, permanecendo na viatura o
motorista e o preso.

§ 2º Realizado o desembarque, um dos operadores deverá


averiguar o local e entrar em contato com os servidores do nosocômio ou casa de saúde
para adverti-lo dos procedimentos de segurança.

Art. 353. A viatura deverá ser colocada no local mais próximo


possível e em condições de deslocamento rápido, se necessário.

Art. 354. Somente após a realização de todos os


procedimentos anteriores, o preso poderá ser desembarcado.

Art. 355. A equipe conduzirá o preso ao agente de saúde


responsável pelo cadastramento, mantendo o escoltado em local seguro.

Parágrafo único. Após as diligências, o preso será


encaminhado para atendimento.

Art. 356. Considerando a segurança de todos os presentes, a


equipe de escolta deverá providenciar o atendimento prioritário do preso, a fim de que o
procedimento seja realizado com a maior brevidade possível.

Art. 357. Na sala de atendimento deverá o agente condutor


permanecer ao lado do preso, enquanto o outro guardará o perímetro em média distância
dentro da própria sala ou consultório.

§ 1º Antes de ingressar no consultório um dos operadores


verificará o local e a existência de objetos capazes de ofender a integridade física de
outrem.

§ 2º Encontrado qualquer objeto a que alude o § 1º deste


artigo, o operador deverá solicitar ao responsável que os remova, a fim de manter a
segurança dos envolvidos.

§ 3º Não sendo possível a remoção dos materiais, os


escoltantes tomarão todas as providências necessárias para que o preso não tenha
acesso aos objetos, mantendo-o em distância segura.

§ 4º As algemas poderão ser retiradas somente nos casos


imprescindíveis para a realização do procedimento médico.

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Art. 358. Durante todo o período de deslocamento e guarda,


não será permitido ao preso:

I - manter qualquer contato com outras pessoas estranhas ao


procedimento;

II - permanecer desacompanhado dos operadores de


segurança.

Art. 359. Encerrado o atendimento, a equipe deverá retornar


com o preso para a unidade prisional.

Seção II
Da Guarda Hospitalar

Art. 360. Realizado o atendimento do preso e determinado pelo


médico responsável a internação, inicia-se a guarda hospitalar.

§ 1º Os agentes da escolta deverão proceder todo o


cadastramento de internação do preso.

§ 2º Os agentes escoltantes deverão solicitar a equipe de


saúde responsável a guia de internação do preso para encaminhamento ao gestor da
unidade.

§ 3º O gestor da unidade, munido da documentação de


internação, deverá comunicar o fato ao juízo da execução ou da ação penal competente,
juntando a guia ao processo do preso.

§ 4º Quando o preso for de alta periculosidade, o gestor da


unidade prisional deverá, por escrito, informar ao diretor da casa de saúde sobre a
situação do internado e dos procedimentos que serão adotados pela equipe de guarda.

Art. 361. Estabelecido o quarto ou compartimento coletivo de


permanência do preso no hospital, um dos operadores deverá antes de alojá-lo analisar a
segurança do local.

§ 1º Sem prejuízo de outras medidas, a verificação


compreende:

I - observar se existem outras pessoas internadas no mesmo


ambiente;

II - analisar a existência de janelas e se as mesmas possuem


acesso fácil ao ambiente externo;

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III - revista do local e de todos os objetos existentes no


compartimento.

Art. 362. Considera-se espaço adequado, o local com as


seguintes características:

I - alojamento individual;

II - somente uma porta de acesso;

III - preferencialmente sem janelas;

IV - que não tenha objetos capazes de ofender a integridade


física de outrem;

V - localização de fácil deslocamento em caso de necessidade


de evacuação;

VI - preferencialmente distante dos demais pacientes.

Parágrafo único. Os quesitos citados não excluem outros que


venham a surgir no caso concreto e que deverão ser verificados pela equipe de escolta e
guarda.

Art. 363. Caso seja verificado pelos operadores que o local não
possui a segurança compatível com a guarda, deverão solicitar à equipe do
estabelecimento de saúde a troca do local de internação.

Art. 364. Se a equipe da casa de saúde não efetivar a troca


solicitada e o preso permanecer em local que não cumpra as disposições dos artigos
anteriores, os agentes penitenciários da guarda deverão informar o gestor da unidade
prisional por escrito, relatando detalhadamente os fatos e os motivos da negativa.

§ 1º Mesmo permanecendo em local inadequado, constitui


obrigação dos servidores permanecerem na guarda.

§ 2º Nos casos a que alude o disposto no parágrafo


antecedente, os operadores deverão realizar o procedimento da maneira mais segura
possível, considerando-se o caso concreto.

Art. 365. Durante toda a guarda hospitalar, considerando que


os prédios de saúde não são destinados à guarda de custodiados e à movimentação de
pessoas, o preso deverá permanecer algemado e com marcapassos.

Parágrafo único. A algemação prevista no caput deste artigo


poderá ser dispensada total ou parcialmente em razão do estado grave de saúde do

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preso, devendo o fato ser comunicado por escrito ao gestor da unidade pelos agentes da
guarda.

Art. 366. Durante todo o período de internação, não será


permitido ao preso:

I - manter qualquer contato com pessoas estranhas ao


procedimento;

II - fazer uso de alimentação diversa da fornecida pelo


estabelecimento de saúde;

III - receber materiais de familiares e amigos;

IV - utilizar qualquer equipamento eletrônico ou de


comunicação;

V - permanecer desacompanhado dos operadores de


segurança;

VI - receber visitas.

§ 1º O preso, embora internado, deve manter-se nos mesmos


moldes dos deveres de disciplina previstos na Lei de Execuções Penais, Lei
Complementar Estadual 529/2011 e este documento.

§ 2º Caso ocorra determinação ou autorização judicial para a


visitação, os operadores cumprirão a ordem após encaminhamento do gestor, que por
sua vez deverá - de maneira técnica e fundamentada - informar o juízo dos riscos do
procedimento.

§ 3º O gestor da unidade poderá, de maneira fundamentada,


conceder a visitação, desde que respeitados os protocolos de segurança e não coloque
em risco a guarda hospitalar.

§ 4º No caso de gestante ou parturiente, deverão ser


observados os procedimentos previstos no Capítulo XIII, do Título I deste documento (Da
Mulher Presa).

§ 5º O advogado somente poderá visitar o preso internado,


mediante prévia comunicação e agendamento junto ao gestor da unidade prisional.

Art. 367. Os agentes de guarda deverão, sempre que possível,


manter contato visual com o preso internado.

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Parágrafo único. Nos casos de isolamento do preso o agente


deverá cumprir o procedimento a que descreve o caput deste artigo, observada a
viabilidade e as condições físicas da casa de saúde.

Art. 368. Havendo necessidade de encaminhamento do preso


ao banheiro ou qualquer outro deslocamento interno, os operadores deverão fazê-lo no
momento mais adequado possível.

§ 1º Considera-se momento adequado:

I - de menor movimentação no local;

II - quando houver o maior número de operadores possível,


preferencialmente no momento da troca de guarda.

§ 2º Não sendo possível aguardar, o procedimento deverá ser


realizado imediatamente pelo operador disponível, observando-se a forma mais segura
possível.

Art. 369. A troca da guarda hospitalar deverá seguir os


seguintes procedimentos:

I - inicialmente, considerando o maior número de operadores,


os agentes deverão verificar a necessidade de algum deslocamento do preso para
procedimentos de saúde ou necessidades fisiológicas;

II - o operador que assumir a guarda deverá:

a) realizar a verificação do espaço de internação;

b) fazer identificação pessoal do preso;

c) observar a condição das algemas e marcapassos;

d) verificar com o colega a ser rendido se houve alguma


alteração ou outra informação relevante.

Parágrafo único. Os procedimentos citados não excluem outros


a serem adotados pelos operadores conforme as necessidades do caso concreto.

Art. 370. Quando da ocorrência de qualquer situação adversa


no interior da casa de saúde, deverão ser observados os procedimentos previstos no
Capítulo I, do Título III deste documento.

Art. 371. Quando o preso receber alta hospitalar, a equipe


deverá proceder ao retorno para a unidade prisional.

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§ 1º Antes de se deslocarem os agentes escoltantes deverão


solicitar à equipe de saúde responsável o documento de desinternação do preso para
encaminhamento ao gestor da unidade.

§ 2º O gestor da unidade, munido da documentação do § 1º,


deverá comunicar o fato ao juízo da execução ou da ação penal competente, juntando a
guia ao processo do preso.

Art. 372. Em caso de óbito do preso em unidades hospitalares,


os operadores da guarda hospitalar deverão comunicar o fato ao diretor da unidade
prisional:
Parágrafo único. A guarda do preso será dispensada após a
entrega da declaração de óbito pelo médico responsável.

Art. 373. O diretor, ciente do óbito do preso, adotará as


seguintes providências:

I - comunicar o fato à autoridade policial, com a realização do


Boletim de Ocorrência, se a morte não houver ocorrido por causas naturais;

II - localização e contato com a família pelo setor social;

III - localização da documentação do preso na unidade ou junto


à família;

IV - após a liberação do corpo, retirar a declaração de óbito;

V - comunicar o DEAP, Poder Judiciário e Ministério Público do


ocorrido, com cópia dos documentos relativos ao óbito e prontuário de saúde;

VI - com a documentação do preso e a declaração de óbito, dar


entrada na certidão de óbito no cartório da comarca que ocorreu a morte.

TÍTULO III
DAS SITUAÇÕES ADVERSAS

CAPÍTULO I
DOS PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS EM SITUAÇÕES ADVERSAS

Art. 374. Movimentos de subversão, fugas, evasões, óbitos e


outros incidentes serão imediatamente informados ao supervisor de plantão, à chefia de
segurança e ao gestor da unidade prisional, para que sejam adotadas as providências
legais, sendo obrigatório o registro dos fatos no Sistema i-PEN.

Parágrafo único. Caberá ao gestor da unidade comunicar os


fatos ao gerente regional e ao Departamento de Administração Prisional.

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Art. 375. Os fatos serão posteriormente narrados em


comunicação interna dirigida à chefia de segurança, na qual constará a data, o horário
(início e fim), os envolvidos, as testemunhas do incidente e as providências adotadas.

Art. 376. Quando houver falta de energia elétrica em horário


noturno, fuga, tentativa de fuga ou movimento subversivo, restabelecida a segurança,
obrigatoriamente será realizada conferência nominal.

Art. 377. Durante o horário de visitas, na ocorrência de


movimento subversivo, quando necessário para preservação da segurança, os familiares
serão retirados do local de visitação. Logo após, serão conduzidos a um local seguro
para conferência, identificação e liberação.

Art. 378. Em caso de tumulto ou conflito entre presos no interior


da cela, o agente penitenciário deverá comunicar a supervisão de plantão, visando à
adoção das providências cabíveis.

§ 1º O agente penitenciário deverá manter-se alerta, visando à


identificação dos fatos e dos envolvidos, realizando o isolamento do local, fechando todas
as passagens que possibilitem acesso de outros presos.

§ 2º Nos casos de movimentos subversivos coletivos ou


individuais no interior das unidades prisionais, tomadas as medidas descritas neste artigo
e nos antecedentes, em caso de necessidade, constitui obrigação dos agentes
penitenciários presentes, realizar a contenção e isolamento do local, baseando-se na
doutrina do uso diferenciado da força.

Art. 379. Em caso de movimentos de subversão de maiores


proporções (rebeliões ou motins), inclusive com reféns, deverá ser realizada a contenção
e o isolamento do local, sendo solicitado apoio da supervisão de plantão para adoção
dessas primeiras medidas e outras que porventura forem necessárias no momento.

Parágrafo único. Durante este período, não poderão ser


abertos os portões de acesso para saída de presos, salvo se tal conduta for
imprescindível para preservação da segurança da unidade prisional ou dos envolvidos no
incidente.

Art. 380. Nos casos de prevenção a incêndios deverão ser


observadas as seguintes medidas:

I- a existência de sistemas preventivos de incêndio instalados


na unidade;

II- a existência de documentação vigente relacionada à


prevenção de incêndio, junto aos órgãos competentes;

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III - a existência de corpo técnico habilitado para o manuseio


dos equipamentos;

IV- existência de Procedimento Operacional Padrão - POP de


acordo com a estrutura física da unidade;

Art. 381. Nos casos de combate a incêndios deverão ser


tomadas as seguintes providências, observado o POP de cada unidade.

I - comunicar o supervisor de plantão para acionar os órgãos


externos, Corpo de Bombeiros Militar ou equivalente, SAMU e Polícia Militar, conforme
necessidade;

II - realizar o primeiro combate ao foco do incêndio, se de


pequena proporção com extintor de incêndio adequado;

III - caso o incêndio seja de maior proporção, utilizar


mangueiras de incêndios, se houver;

IV - acionar o corpo técnico de saúde, se necessário;

V - comunicar o órgão competente para a emissão de Boletim


de Ocorrência e Guia do IGP;

VI - emitir relatório de informação de incêndio para posterior


encaminhamento ao DEAP.

Art. 382. Nos casos de combate a incêndios além das


providências elencadas no artigo antecedente, caso haja óbito, deverão ser observados
os procedimentos do artigo 386.

Art. 383. O agente penitenciário que presenciou o ocorrido


emitirá comunicação interna endereçada à gerência de segurança, constando: local,
horário, envolvidos, testemunhas, provas da materialidade e/ou autoria dos fatos, bem
como as providências adotadas.

Art. 384. Em se tratando de presos em greve de fome,


respeitada a segurança, será realizada inspeção nas celas, inclusive para conferência de
itens alimentícios.

§ 1º Serão monitorados os presos em greve de fome durante


todo o período de recusa à alimentação, para se observar o estado de saúde dos
envolvidos.

§ 2º Será emitida comunicação interna à gerência de


segurança sobre todas as alimentações recusadas pelos presos.

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Art. 385. Em casos de lesões de presos na unidade prisional


deverão ser adotados os seguintes procedimentos:

I - encaminhar o preso para atendimento de saúde.

II - comunicar o fato à autoridade policial, com a realização do


Boletim de Ocorrência e emissão de Guia de Lesões;

III - acionar o Instituto Geral de Perícias- IGP;

IV - comunicar o fato ao diretor da unidade prisional.

Parágrafo único. O fato deverá ser comunicado por escrito ao


diretor da unidade, bem como registrada a ocorrência no livro plantão.

Art. 386. Em casos de morte de presos na unidade prisional


deverão ser adotados os seguintes procedimentos:

I - comunicar o fato ao diretor da unidade prisional;

II - acionar o Instituto Geral de Perícias - IGP;

III - comunicar o fato à autoridade policial, com a realização do


Boletim de Ocorrência e emissão de Guia Cadavérica;

IV - localização e contato com a família pelo Setor Social;

V - localização da documentação do preso na unidade ou junto


à família;

VI - após a liberação do corpo, retirar a declaração de óbito;

VII - com a documentação do preso e a declaração de óbito,


dar entrada na certidão de óbito no cartório da comarca que ocorreu a morte;

VIII - entregar a certidão de óbito, a roupa para vestir o corpo e


os pertences do preso para a funerária, para serem entregues aos familiares;

IX - entrar em contato com as funerárias para solicitação de


três orçamentos e certidão negativa daquela que apresentar melhor preço, para
realização do serviço de preparação do corpo, caixão e deslocamento até a cidade de
origem.

Parágrafo único. As atribuições previstas nos incisos V a IX


deverão ser realizadas pelo Serviço Social da unidade prisional ou pessoa responsável
indicada pelo gestor.

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Art. 387. A administração da unidade prisional após tomar


conhecimento das situações descritas neste capítulo ou de outras similares dos fatos,
adotará as medidas cabíveis, informando o Departamento de Administração Prisional o
mais breve possível.

Art. 388. Quando o gestor da unidade prisional agendar


procedimento de revista programada, deverá comunicar a direção do Departamento de
Administração Prisional para que ele, por meio da Coordenadoria de Operações, acione
os grupos especializados competentes.

Art. 389. As atividades de intervenção prisional e escoltas de


alto risco serão reguladas por meio de decreto, conforme artigo 71, inciso VI da Lei
Complementar Estadual 675/2016.

CAPÍTULO II
DA INTERVENÇÃO ADMINISTRATIVA NAS UNIDADES PRISIONAIS DO ESTADO

Art. 390. O Departamento de Administração Prisional - DEAP


deverá auditar, conferir, interferir, intervir e auxiliar em situações que demonstram
irregularidades, por má gestão ou por excesso de demanda administrativa nas unidades
prisionais.

Parágrafo único. A intervenção tem por objetivo apresentar


soluções e trazer transparência à gestão da coisa pública.

Art. 391. As atividades de intervenção serão exercidas por uma


Comissão de Intervenção Prisional Administrativa – CIPA, formada por ato do diretor do
Departamento de Administração Prisional, especificamente para atuar na unidade
designada e por tempo determinado.

§ 1º Os integrantes da CIPA serão designados por portaria do


diretor do DEAP para atuarem na unidade prisional requisitada.

§ 2º A CIPA será composta por 03 (três) agentes


penitenciários, os quais ocuparão respectivamente as funções de Presidente, Secretário
e Membro.

§ 3º A CIPA também terá por objetivo orientar os gestores


prisionais e os operadores do sistema prisional sobre os procedimentos a serem
adotados em situações de intervenção administrativa e a continuidade da gestão após o
encerramento da mesma.

§ 4º Ao final da intervenção, a CIPA deverá elaborar um


relatório geral, informando as reais condições da unidade, atos praticados durante a
intervenção e apresentar sugestões de boas práticas na gestão.

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Art. 392. A qualquer tempo, a Corregedoria Geral da Secretaria


de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa, poderá propor ações de
intervenção administrativa e operacional ao diretor do DEAP ou ao Secretário da SAP.

Art. 393. As atividades realizadas pela CIPA, poderão ser


utilizadas na implantação de novas unidades prisionais.

Art. 394. Na ocorrência de intervenção, a CIPA analisará as


seguintes áreas de administração prisional:

I – execução penal;

II – operacional;

III – laboral;

IV – saúde, ensino e promoção social;

V – segurança;

VI - sistemas e estatísticas;

VII - núcleo de inteligência.

Art. 395. Na gerência ou setor de execução penal da unidade


serão analisados:

I - a existência de alvarás não cumpridos;

II - a confecção e atualização dos Boletins Penais Informativos


– BPI, dos presos reclusos na respectiva unidade;

III - o quantitativo de dias a remir dos presos que realizam


atividades laborais e educacionais e seu envio ao judiciário para homologação;

IV - os pedidos de progressão para os regimes semiaberto e


aberto;

V - os pedidos de livramento condicional;

VI - os pedidos de término da execução da pena;

VII - a conclusão dos atendimentos penal aos presos por meio


de memorandos;

VIII- a existência na unidade de presos com mandado de prisão


ou execução de pena exclusiva de outro Estado;

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IX - a existência de ofícios advindos do Poder Judiciário,


Ministério Público, Defensoria Pública e Ordem dos Advogados do Brasil, pendente de
resposta; e,

X - Processos Administrativos Disciplinares – PAD, ainda não


conclusos.

Art. 396. Na gerência ou setor operacional da unidade serão


analisados:

I - quais são as viaturas pertencentes à unidade junto ao


Gerenciamento de Veículos e Equipamentos - GVE;

II - se as viaturas possuem multas pendentes, e caso tenha,


identificar e notificar o servidor infrator;

III - as condições de tráfego das viaturas, inspecionando pneus,


óleo, filtro, lataria e para brisas;

IV - junto ao setor de recursos humanos a listagem de


servidores da unidade e verificar quais estão de férias, licença prêmio e afastamento por
motivo de doenças;

V - como é realizado o controle de ponto e das convocações


extraordinárias da unidade;

VI - a forma que são encaminhadas mensalmente o controle de


horas de cada servidor, se cada servidor preenche e assina a ficha ponto mensal e de
que forma esta fica arquivada;

VII - se existe cadastro funcional atualizado dos servidores


lotados na unidade;

VIII - se existem servidores lotados na unidade que trabalham


em outra unidade prisional;

IX - se o lançamento da escala de férias e licença prêmio está


ocorrendo de maneira correta;

X - se existem compras realizadas pela unidade, pendentes de


pagamentos;

XI - se há cartão CEPESC na unidade, quem é o servidor


responsável pelo cartão e se a prestação de contas está sendo feita de maneira correta;

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XII - se as notas fiscais de compra estão devidamente


certificadas;

XIII - de que forma será realizado o pagamento das compras,


por cartão CEPESC ou empenhos;

XIV - se ocorre a fiscalização dos serviços terceirizados;

XV - se as notas de pagamento dos contratos de terceirização


estão certificadas;

XVI - se ocorre o preenchimento e o devido encaminhamento


das folhas ponto dos serviços terceirizados;

XVII - se há o cumprimento dos contratos vigentes, vinculados


a unidade;

XVIII - verificar quais os materiais que estão no almoxarifado e


se há controle de entrada e saída;

XIX - conferir se a entrega de gêneros alimentícios ocorre em


conformidade com o descrito nas notas de recebimento e nos contratos;

XX - verificar se a alimentação fornecida aos presos segue o


cardápio estabelecido pelo setor de nutrição da SAP;

XXI - verificar se a alimentação fornecidas aos funcionários


segue o estabelecido em contrato;

XXII - conferir o quantitativo de presos segregados na unidade


prisional, por meio de conferência nominal;

XXIII - verificar a existência de sistemas de controle de presos


e informações prisionais paralelos ao i-PEN;

XXIV - verificar se as imagens do presos no sistema i-PEN


estão atualizadas e cadastradas de forma correta;

XXV - verificar se as ferramentas do sistema i-PEN estão


alimentadas corretamente;

XXVI - verificar o estoque de materiais a serem entregues ao


presos existente na rouparia;

XXVII - verificar junto ao setor de rouparia, se as roupas,


objetos e materiais pertencentes ao presos, estão devidamente identificados;

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XXVIII - vistoriar as condições estruturais da unidade dando


ênfase a parte hidráulica, elétrica e sanitária;

XXIX - vistoriar as obras em andamento e conferir se está


sendo cumprido o cronograma e o projeto previsto;

XXX - conferir se as obras em andamento possuem as


autorizações necessárias.

Art. 397. Na gerência laboral da unidade serão analisados:

I - conferir o quantitativo de presos que exercem atividades


laborais na unidade;

II - verificar no sistemai-PEN, se há o correto preenchimento


das informações relacionadas às atividades laborais;

III - conferir se as atividades laborais são conveniadas e se o


pagamento corresponde ao determinado por Lei;

IV - verificar se existe pagamento em atraso para os presos


que exercem atividade laboral e se a empresa conveniada foi devidamente notificada do
atraso;

V - conferir o fornecimento dos equipamentos de proteção


individual - EPIs;

VI - verificar o quantitativo de presos que exercem atividades


não conveniadas;

VII - verificar o quantitativo de presos que exercem atividades


não remuneradas;

VIII - verificar as despesas pendentes de pagamento;

IX - conferir qual a dotação orçamentária e financeira da


unidade;

X - verificar se existem notas fiscais empenhadas, pendentes


de pagamento;

XI - verificar o saldo existente da conta do Fundo Rotativo;

XII - verificar o saldo da conta pecúlio, conferindo o valor


correspondente a cada preso;

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XIII - verificar qual o valor da dotação orçamentária e financeira


correspondente ao fundo rotativo;

XIV - verificar a existência de valores pré-empenhados, ou


empenhados;

XV - verificar a existência de valores de outras unidades sendo


administrados pelo respectivo fundo;

XVI - realizar controle mensal dos valores acumulados


referente a cada unidade prisional pertencente ao fundo;

XVII - verificar quais licitações foram realizadas durante o


exercício fiscal;

XVIII - verificar se os valores de dispensa de licitação estão de


acordo com aqueles previstos na Lei 8663/1993.

Art. 398. Na gerência saúde, ensino e promoção social da


unidade serão analisados:

I - em relação à saúde:

a) verificação do vínculo dos profissionais de saúde em nível


municipal, estadual ou terceirizado (cogestão);

b) verificar se estão sendo realizados e inseridos no sistema i-


PEN e no prontuário físico os procedimentos de “porta de entrada”, previstos no ingresso
na unidade prisional;

c) verificar o controle de estoque e distribuição de


medicamentos realizados pelos profissionais de saúde;

d) verificar se estão sendo cumpridas as campanhas de saúde,


ofertadas pela Vigilância Epidemiológica do Município;

e) verificar se está sendo alimentado na aba saúde do sistema


i-PEN, os procedimentos referente a saúde;

f) verificar carga horária e quantitativo de profissionais


destinados ao quadro da unidade que aderiram à política PNAISP;

II- em relação ao ensino:

a) realizar levantamento de quais atividades educacionais são


desenvolvidas na unidade;

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b) verificar a existência do equipe do CEJA- Centro de


Educação de Jovens e Adultos;

c) verificar o quantitativo de internos que realizam atividades


educacionais internas e externas;

d) verificar o controle de presença dos internos nas atividades


educacionais;

e) verificar no sistema i-PEN, se há o correto preenchimento


das informações relacionadas às atividades educacionais;

f) verificar a existência de cursos profissionalizantes, projetos


como Despertar pela Leitura e certificações como ENEM - Exame Nacional do Ensino
Médio e ENCCEJA- Exame Nacional de Certificação de Competências de Jovens e
Adultos

g) verificar a existência de convênio nas atividades realizadas


no modo à distância e se a mesma é conveniada junto ao MEC.

III - em relação à promoção social:

a) verificar se existe profissional habilitado para o exercício da


atividade de assistência social;

b) verificar se existe o controle do atendimento social aos


apenados;

c) verificar se existe cadastro físico dos visitantes;

d) verificar se as carteiras de visitantes são emitidas através do


sistema i-PEN;

e) verificar se existe atendimento dos visitantes pelo setor


social;

Art. 399. Os procedimentos referentes à fiscalização e controle


de material bélico, acautelado para unidade prisional e para os agentes penitenciários,
deverá ser realizado pela Gerência de Material Bélico.

Art. 400. No setor de segurança da unidade serão analisados:

I - a estrutura de segurança da unidade prisional;

II - se os procedimentos e protocolos de segurança são


realizados de forma adequada e de acordo o Módulo II de Procedimentos da Instrução
Normativa;

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III - se o número de armamentos, munições (letais e menos


letais), granadas, coletes, espargidores, Taser, Spark, tonfa, algema e marcapasso
corresponde com o número de materiais acautelado pela unidade;

IV - a existência de comunicações e ou registros de ocorrência


referentes a parte disciplinar da unidade, sem o devido encaminhamento e materiais
ilícitos apreendidos sem o devido encaminhamento legal;

V - se o sistema de trocas de plantão está de acordo com o


previsto no Módulo II de Procedimentos da Instrução Normativa;

VI - se os atendimentos aos presos são realizados


regularmente;

VII - a existência de presos em cumprimento de sanção


disciplinar e seu respectivo prazo de conclusão;

VIII - o critério utilizado pela chefia de segurança para a


escolha de presos aptos para o trabalho;

Art. 401. No setor de sistema e informação da unidade serão


analisados:

I - se a quantidade de presos existentes na unidade confere


com o que está constando no sistema i-PEN;

II - se a conferência de internos nominal e visual está sendo


realizada;

III - se existe alguma inconsistência, ou seja, se existe


diferença entre o que está no IPEN e os presos existentes nas celas;

IV - se estão atualizadas as fotos e o nome completo dos


internos, não podendo existir abreviaturas, e se todas as informações penais estão
constando em seu histórico, bem como faltas disciplinares, fugas, evasões e
participações em motins e rebeliões;

V - se existe gestor do sistema para manter o controle a


atualização de eventuais inconsistências que surgirem;

VI - se todas as informações do Sisdepen estão sendo


alimentadas mensalmente, e quem é o responsável pelo envio das informações;

VII - se existe responsável pelo Sisdepen, se não o gestor deve


designar servidor responsável para tal;

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Art. 402. No núcleo de inteligência da unidade serão


analisados:

I - se existe agente penitenciário gestor do Núcleo de


Inteligência da unidade - NIPE;

II - se o gestor do NIPE acumula algum tipo de função;

II - se existe agente de inteligência no Núcleo de Inteligência da


unidade - NIPE;

III - se existe colaborador na área de inteligência;

IV - se existe material, equipamentos e veículos de uso


exclusivo do NIPE da unidade;

V - se existem relatórios relacionados à área de inteligência;

Parágrafo único. Para verificação dos relatórios relacionados à


inteligência deverá ser indicado um servidor pela Diretoria de Inteligência e Informação -
DINF.

Art. 403. Ao final da intervenção, deve ser feito um relatório


final, demonstrando todas as inconsistências encontradas e as possíveis soluções para
saná-los, devendo ser entregue ao diretor do DEAP.

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