4 - Fichamento
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Belém-PA
2023
IDENTIFICAÇÃO DA OBRA
MATUS, C. El actor en situación. In: MATUS, C. Teoría del juego social. Buenos Aires,
Ediciones de la UNLa, 2007. p. 165-192. Disponível em:
http://panel.inkuba.com/sites/2/archivos/Teor%C3%ADa%20del%20Juego%20Social%20-
%20Carlos%20Matus.pdf. Acesso em: 01 mar 2021
OBJETIVOS DA OBRA
Destacar a situação como parte elementar das dinâmicas que compreendem o jogo
social;
Destrinchar o conceito de situação, considerando as distinções entre o eu e o outro;
Apontar a compreensão das múltiplas situações como parte fundamental do processo
de planejamento estratégico;
2. EL CONCEPTO DE SITUACIÓN:
2.1. O cientista/pesquisador:
a) Observação impessoal (terceira pessoa) e objetiva em relação ao objeto;
Diagnóstico;
2.2. Dirigente político (exemplo):
a) Um ator social, protagonista do jogo social (primeira pessoa);
b) Seu julgamento e suas ações são “contaminados” pelas variáveis que o
circundam;
c) Seu propósito final é sua ação, a explicação serve somente de fundamento;
Não diagnostica, explica situações;
2.3. A teoria da ação exige uma teoria das situações:
a) “Uma teoria da explicação contaminada, motivada e comprometida” (p. 168);
2.4. Conceito em Gramsci:
a) Análise de correlações de forças e dos conceitos de estratégia, tática e plano
estratégico;
2.5. Há motivos por detrás das causas das ações, para além dos efeitos;
a) Verstehen de Max Weber: “compreender por dentro”;
2.6. Explicação situacional:
a) Tem valor político: vale mais quem diz que o que é dito;
b) O diagnóstico e a situação são apenas ingredientes da explicação situacional;
c) Não contribui com a ciência, não cria conhecimento aplicável a outros casos;
d) Composta por:
Diagnóstico (conhecimento científico);
Intuição;
Motivação e valores;
e) Tem a ação como produto.
2.7. Contribuições para o conceito de situação:
a) Heidegger (1927), Sartre (1943), Gadamer (1988), e Ortega e Gasset (1936);
2.8. Heidegger permite propor que compreender a realidade encontrando-se nela é a
forma de conhecer do homem de ação;
a) Juízo intuitivo/juízo humano;
b) Diagnóstico: remoto ou que está distante do seu alcance;
c) A razão científica se desenvolve em outro jogo, e em outro tempo, paralelo ao
jogo social;
2.9. A relação direta entre diagnóstico e ação nunca existiu no mundo da prática;
a) Por meio destes, está a explicação situacional;
Reflexão vital;
2.10. Ortega e Gasset: insuficiência da razão científica na compreensão do mundo
real:
a) Razão vital (situacional) e razão abstrata (científica);
b) Circunstância: o contexto da ação;
2.11. A apresentação do contexto é crucial para o entendimento global da
situação;
a) O que é dito (o texto) pode ser ambíguo, demanda cuidado com o que é subdito
– o contexto ou com aquilo que se cala;
b) O que se dá por subdito, pode gerar equívocos;
c) Nem sempre o que se cala é sabido;
2.12. A situação obriga a distinguir pelo menos dois sujeitos: eu e o outro;
2.13. A situação é um diálogo entre um ator e outros atores, cujos contextos e
explicações coexistem e até mesmo conflitam;
a) A compreensão de cada realidade depende da compreensão da realidade do
outro, para fundamentar a ação;
2.14. O jogo social tem história;
a) A teoria para o passado, presente e futuro não podem estar dissociados, um faz
parte do outro;
b) História viva no presente:
Se é alheio à nossa cultura e não atua em nós, não é história;
Razão narrativa ou razão histórica: explica os fatos antecedentes que tornam o
agora da forma que é;
c) Não há ação distante de nós, somente se atua no presente;
O presente tem marca do passado e algum direcionamento em relação ao
futuro;
2.15. Dinâmica do jogo social: uma trajetória de situações;
a) Cada uma abre ou fecha caminho às que se seguem;
b) Os jogadores podem criar novas situações com vista a alguma situação-objetivo;
c) A história pode ser compreendida como uma série de situações, situadas na
cabeça de um protagonista da história;
d) É possível, portanto, planejar situações, para lutar pelo futuro;
2.16. Gadamer: impossibilidade de explicar a realidade de maneira objetiva e
completa, se estamos situados dentro dela;
a) Pode-se verificar mais de uma verdade;
Verdade relativa;
Varia em função da situação do ator;
Não anula a existência de leis objetivas independentes da nossa
vontade, interesses ou posição perante a realidade;
2.17. Distinção entre situação e fundo cênico ou entorno;
a) Diferenciar o objeto de atenção e aquilo que não é relevante;
Supõe favorecer determinados critérios;
2.18. A situação é uma distinção feita por um ator em relação à sua ação no jogo
social;
2.19. A situação é um espaço de produção social:
a) Jogamos junto a nossos oponentes;
b) Toda produção social depende de nós e deles, em interação com o entorno;
2.20. Quando uma distinção é feita com um propósito concreto, se transforma em
indicação;
a) Separação do que é de interesse para atuar sobre o que é de interesse;
2.21. Conhecer a realidade inclui a compreensão das ideias, crenças e valores, para
além das coisas;
a) Conhecer não só o que eu creio que é, mas o que os outros creem que é;