Decifre Seu Talento - Paulo Vieira
Decifre Seu Talento - Paulo Vieira
Decifre Seu Talento - Paulo Vieira
Vieira, Paulo
Decifre seu talento : guia prá co para acertar na sua escolha profissional / Paulo Vieira e Deibson Silva. - São
Paulo : Editora Gente, 2019.
Bibliografia
ISBN 9788545203780
1. Negócios 2. Sucesso nos negócios 3. Orientação profissional I. Título II. Silva, Deibson
19-2472 CDD 650.1
Índice para catálogo sistemá co:
1. Negócios : Sucesso
Dedico este livro a todos os jovens e àqueles que nham um sonho profissional. A
todas as pessoas que um dia escolheram uma carreira e lá na frente descobriram
que não fizeram a escolha certa, pois perceberam que eram mais habilitados, mais
efe vos, mais vocacionados para outro caminho.
Perceberam que usaram muito tempo e que não viveram seu melhor potencial
porque não conheciam a sua verdadeira vocação, suas verdadeiras habilidades, não
foram capazes de despertar seu verdadeiro e maior potencial por não poderem se
dedicar completamente a ele.
Dedico este livro para essas pessoas e também a todas que não vão mais passar por
isso, que verão o seu melhor potencial, que vão escolher a profissão certa e
progredir de maneira extraordinária e trafegar horizontalmente em outras pessoas,
porém, sendo habilitadas, vocacionadas, efe vas no resultado, porque elas
conhecem a si e a seus predicados maiores.
E, assim, essas pessoas serão mais felizes, mais realizadas, mais produ vas e se
tornarão outras pessoas, proporcionando um mundo mais próspero e abundante,
subindo a régua do desempenho, possibilitando que outras pessoas também
produzam e gerem resultados.
Paulo Vieira
Dedico este livro, em primeiro lugar, a Deus. Em seguida, como não podia ser
diferente, dedico e agradeço a minha família e aos meus filhos, Davi Germano e
Anna Sophia, duas joias às quais devo toda a minha inspiração. Com eles e para
eles, sei que dou o meu máximo todos os dias.
Dedico também ao meu me CIS Assessment e aos meus colaboradores do Goowit,
com quem divido as mais variadas e ousadas ideias, projetos, desafios e conquistas.
Dedico também ao meu sócio e parceiro de pesquisas, Paulo Vieira, uma referência
que se tornou um grande irmão nessa trajetória de sonhos e realizações.
E, para completar, dedico para todos os jovens e adultos, que passam ou já
passaram constantemente por esse obstáculo gigantesco de decifrar o seu talento e
a melhor escolha de carreira profissional. Este livro foi feito para essas pessoas. As
palavras escritas aqui personificam a tamanha admiração e o carinho que tenho por
todo eles, visto que o meu propósito é contribuir com a educação do nosso País.
Estou aqui para mostrar que eles não estão sozinhos! Não estão! E com uma
educação disrup va, moderna, inovadora e tecnológica, podemos aplicar e mudar
os conceitos ultrapassados de educação.
Por fim, agradeço e dedico a todos os educadores que também estão nessa
belíssima e apaixonante missão de mudar o mundo. Tenho grande paixão por esses
profissionais que se dedicam ao aprimoramento de todos aqueles que entram em
uma sala de aula. Essa foi a minha inspiração durante o desenvolvimento desta
metodologia. Esse momento é nosso, amigos! Vamos aproveitar. A mudança está
logo ali. Com amor em tudo que criamos, é inevitável: vamos voar alto!
Estão prontos para isso?
Deibson Silva
Sumário
Prefácio
Int odução
Capítulo 1
Autoconhecimento
Capítulo 2
Decifre e influencie pessoas
Capítulo 3
Autorres- ponsabilidade
Capítulo 4
Foco - disciplina e decisão
Capítulo 5
Conheça as suas múltiplas inteligências
Capítulo 6
Estratégia
Capítulo 7
Soft Skills: as habilidades do futuro
Capítulo 8
Determinação
Mensagem final
Referências bibliográficas
Prefácio
Você certamente já notou que as profissões estão se transformando. Carreiras tradicionais, antes
privilegiadas, ficam hoje em segundo plano, quando não desaparecem. Ao passo que outras nascem
a par r de novos conhecimentos que surgem quase que em tempo real. O mundo em que estamos
hoje é veloz, incerto, complexo e está em profunda transformação. Para compreendê-lo e decifrá-lo,
você, estudante, deve se valer de todo o suporte necessário para iden ficar seu talento. Pais,
professores, amigos influenciam nas escolhas, mas somente você será capaz de tomar suas próprias
decisões. É nesse cenário que trazemos um guia para lhe orientar na descoberta do seu talento; um
livro que o ajudará a se conscien zar dos desafios impostos pelas rápidas mudanças no mercado de
trabalho.
O livro que está em suas mãos é este guia: um instrumento poderoso para ajudá-lo a perceber,
iden ficar e analisar as diferentes possibilidades de carreira que se apresentam. Isso o direcionará
não apenas para uma profissão, mas para um propósito de vida, que lhe permi rá ser um
profissional capaz, produ vo e extraordinário em qualquer área escolhida.
Não apresentaremos aqui apenas um cardápio descri vo de profissões e deixar a seu cargo a
escolha daquela que mais lhe interessar. Falaremos de um processo completo de orientação de
carreira. Um método único que trará acesso a ferramentas exclusivas, pensadas e organizadas para a
descoberta de sua carreira profissional.
Nossas experiências de vida podem ser uma direção para que você não cometa os mesmos erros
que cometemos. Eu, Deibson Silva, logo quando terminei o Ensino Médio, fiquei saturado da
maratona de estudos que cumprira e também de toda a cobrança familiar, da escola e dos amigos
para ingressar na faculdade. Hoje vejo que me sabotei fazendo o ves bular sem a preparação
adequada, mesmo estudando muito. Mas não passar no ves bular foi libertador para mim, pois o
que realmente queria era ingressar no mercado de trabalho e ganhar o meu próprio dinheiro
deixando, assim, de depender dos meus pais.
Contudo, essa liberdade me custou um preço: fiquei sem direcionamento e clareza no meu
propósito, não sabendo qual caminho escolher como carreira e não concluindo quatro cursos
diferentes de graduação até encontrar minha verdadeira paixão: a educação. Em razão de tudo isso,
perdi muitas oportunidades e só me formei em Pedagogia quase aos 30 anos, quando descobri
outra grande paixão: o comportamento humano, chegando até a me especializar em
Neuropsicologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Daí a importância de passar por uma orientação profissional. Quem de nós nunca pensou uma,
duas, dez... mil vezes antes de escolher qual área cursar na faculdade, qual carreira seguir? Todos
buscamos uma profissão que nos permita desenvolver todo o nosso potencial de aprendizagem e
realização, e com a qual nos iden ficamos. Afinal, serão pelo menos quatro anos de estudo e
preparação, período em que seremos moldados para a vida adulta e profissional. E, depois disso,
teremos de seguir uma carreira com inúmeros desafios, cobranças, vitórias, conquistas, prêmios e
celebrações.
É nesse contexto que o processo de orientação de carreira proporciona um caminho seguro e
poderoso de autoconhecimento e aprendizagem. É importante ter claro que não basta pensar
apenas no retorno financeiro decorrente dessa escolha, mas, em primeiro lugar, na iden ficação
com a área escolhida e com a possibilidade de realização – pessoal e profissional!
O que torna esse trabalho mais preciso é o processo de autoconhecimento que você iniciará a
par r de nosso método: olhando para dentro de si primeiro, você entenderá suas potencialidades e
vulnerabilidades, habilidades e comportamentos. Em seguida, no cenário veloz e dinâmico de nossa
sociedade, alcançará o empoderamento de sua iden dade, ou seja, a valorização de sua essência,
proporcionando maior clareza de seu propósito e missão.
Os bene cios desta obra estão concentrados na relação entre experiência e prá ca, em que nossas
vivências aplicadas ao método que desenvolvemos e testamos lhe farão compreender as
competências fundamentais para o sucesso, trazendo à tona a consciência de quem você
verdadeiramente é e quem deverá ser durante o desenvolvimento de sua carreira profissional.
Esse é o sen mento com o qual este guia foi planejado e organizado. Queremos abrir espaço para
que as suas múl plas inteligências aflorem – você sabia que existem ao menos oito pos de
inteligência reconhecidas cien ficamente? – e que seja possível que você a compreenda a ponto de
usufruir de cada uma delas em prol de seus interesses e obje vos, em todas as áreas da sua vida.
Prepare-se para descobertas extraordinárias e grandes conquistas ao longo da leitura.
O melhor ainda está por vir!
Int odução
Até onde poderíamos chegar se soubéssemos a extensão de nossas
inteligências? Será que aqueles rabiscos que você ou algum de seus irmãos
faziam quando eram pequenos não poderiam ser o início de um processo de
desenvolvimento ar s co? Ou aquela “mania” de ficar construindo castelos
e pontes no quintal de casa não poderia também ser o indício de alguma
futura ap dão? Se olhar para sua história, pode descobrir uma série de
momentos em que algumas dessas caracterís cas ou habilidades se
revelaram. Eram sinais midos, mas que, talvez, não tenham sido
considerados.
Não haver desenvolvido uma ou outra dessas eventuais habilidades em sua
infância e pré-adolescência não quer dizer que você fez alguma escolha
errada. Talvez você ou os seus pais não tenham dado sequência a um
desenvolvimento natural de alguma ap dão sua. Contudo, isso não é um
problema agora. O que importa nesse momento é perceber a existência
desses potenciais como manifestações naturais do seu ser. Considerar esse
aspecto é fundamental para que você comece a pensar sobre as diferentes
formas de conceber esse ins gante tema: a inteligência em suas múl plas
expressões.
RESPONDA ÀS PERGUNTAS A SEGUIR
E VEJA SE CONSEGUE SE IDENTIFICAR COM ALGUMAS DESSAS SITUAÇÕES:
Não entende como alguns dos seus colegas conseguem falar tão bem
na frente da sala e até na frente do diretor?
Acha o seu amigo, que leva o violão para a sala de aula, um futur
grande ar sta?
Esses são apenas alguns exemplos que fazem parte de sua ro na na sala de
aula. E sabe o que eles têm em comum? A Teoria das Inteligências Múl plas.
Howard Gardner, psicólogo, pesquisador e professor de Harvard, defende a
tese de que todos os indivíduos têm, em maior ou menor grau, oito pos de
inteligência, e não apenas uma inteligência geral; ele defende ainda que
todas podem ser desenvolvidas e aprimoradas.
Ciente de que suas ideias não eram adequadas para o padrão pedagógico
da época, ele escreveu o livro Estruturas da mente: a teoria das inteligências
múl plas (Artmed, 1983), com o qual levou para a comunidade acadêmica
uma nova perspec va para a compreensão da mente humana.
A lista de Gardner compreendia sete inteligências; depois foi ampliada,
chegando a oito:
Cada uma dessas inteligências guarda uma especialidade, e, como já vimos
nas situações listadas, podemos perceber sua manifestação em
acontecimentos co dianos. Uma sala de aula, por exemplo, é um verdadeiro
laboratório de aprendizagem sobre as inteligências múl plas. Essas
inteligências se manifestam de diferentes formas, em diferentes pessoas.
Tente perceber como os seus amigos se expressam e como suas habilidades
e gostos estão ligados a uma dessas inteligências – em geral, a mais
desenvolvida.
Ao perceber quais inteligências afloram no seu desenvolvimento
educacional, abre-se a possibilidade do descobrimento de seus talentos em
relação às diferentes carreiras. Por exemplo, estudantes que têm a
inteligência lógico-matemá ca como a principal tendem a preferir cursos na
área de exatas. Já os que apresentam de modo mais destacado a inteligência
linguís ca manifestam predileção por cursos nas áreas de Ciências Humanas.
O mesmo acontece com as demais inteligências. Essa perspec va de
compreensão da escolha de uma profissão é o que propomos neste livro.
Uma revolução em seu caminho, a par r da simples, mas poderosa e real,
descoberta de suas habilidades.
AS CHAVES DA DECISÃO
Existem vários meios e recursos que podem ajudar a escolher qual, entre as
inúmeras opções de carreira, é a que melhor atende as suas expecta vas de
realização profissional. Qualquer que seja o caminho pelo qual você optar, se
quiser mesmo escolher com maturidade qual carreira seguir, será essencial
conhecer e usar as cinco chaves para a tomada de decisão:
1 AUTOCONHECIMENTO
2 AUTORRESPONSABILIDADE
3 FOCO
4 ESTRATÉGIA
5 DETERMINAÇÃO
Essa metodologia permi rá dar início a uma aventura única na busca por
uma carreira promissora, na qual escolherá não apenas uma profissão, mas
também seu verdadeiro propósito.
Nos próximos capítulos, você aprenderá a usar cada um desses cinco
instrumentos, de maneira lúdica, prazerosa e profunda. Queremos trazer
para a sua realidade assuntos que parecem distantes (e que muitas vezes
estão em jogos e filmes de super-herói), criando, assim, oportunidades de
análise que darão mais fundamentos para suas escolhas.
Para que tudo isso ocorra, porém, você precisa de ESTRATÉGIA , a chave que
o faz pensar sobre os melhores e mais adequados caminhos para chegar
aonde deseja! Com ela, você encontrará os meios mais eficazes de se
organizar, e, de maneira consciente, estabelecer metas e etapas, alocando os
recursos necessários para a empreitada, e se preparando para os desafios do
dia a dia. Com estratégia, é fácil desenvolver e elaborar um plano
consistente para a sua carreira, visualizando de maneira clara aonde quer
chegar.
Por úl mo, DETERMINAÇÃO – o motor de todas essas chaves. Com ela você
aprenderá como sair de sua zona de conforto, vencer o comodismo e
transformar o seu esforço em resultados exponenciais. Apenas com preparo
e dedicação será possível alcançar os seus sonhos mais ousados. No entanto,
é preciso entender que nossa trajetória não se faz com uma linha reta ou em
um voo tranquilo sem turbulências. Precisamos estar cientes de que desafios
surgirão e que deveremos estar preparados para eles, de modo a reajustar a
rota e, muitas vezes, até estar dispostos a escolher um novo des no.
DREAMLIST
O primeiro passo para uma vida extraordinária é visualizar essa realidade.
Com a ferramenta Dreamlist é possível listar seus maiores obje vos. Quais
são seus dez sonhos para uma vida abundante?
Escreva-os a seguir, sem limites, sem contenções para o tamanho de cada
um ou para a ousadia necessária para realizá-los. Não se preocupe se algum
deles parecer impossível aos seus olhos neste momento. Liste-os.
CHANCES DE REALIZAÇÃO
DOS SEUS SONHOS MAIS OUSADOS
SUGESTÃO:
PARE POR ALGUNS INSTANTES O QUE ESTÁ
FAZENDO E RESPONDA DE MANEIRA CLARA E
OBJETIVA À PERGUNTA: “QUEM É VOCÊ?”.
É claro que levará algum tempo para responder de maneira clara, sincera e
obje va. Afinal, quantas possibilidades de resposta essa pergunta permite, não
é?
Já parou, honestamente, para se perguntar
Conhecer o seu “eu”, requer uma imersão profunda. Não é uma tarefa fácil,
mas é essencial para alcançar o seu sucesso pessoal e profissional, de modo
que possa desenvolver tudo o que é necessário para aprimorar suas
habilidades. E, com isso, explorar 100% de sua potencialidade para chegar ao
topo.
Como foi pontuado na “Alegoria da caverna” (o trecho está no livro A
república, de Platão), os filósofos gregos já conheciam o profundo valor que
existe no autoconhecimento para uma vida plena. Sócrates, um dos mais
importantes filósofos de todos os tempos, cunhou essa expressão “Conhece-te
a mesmo e conhecerás os deuses e o universo”. Com essa frase, o filósofo
queria sugerir que se for possível olhar e conhecer a sua essência, com uma
visão crí ca de seus comportamentos e ações, o seu mundo interior e exterior
ganham novas possibilidades e cenários.
Durante a ro na, o medo e nossas zonas de conforto nos paralisam. Quando
isso acontece, viramos presas e passamos apenas a observar as oportunidades
de crescimento, que escapam sem nos dar uma segunda chance. De certa
maneira, nós nos comportamos como aqueles prisioneiros da caverna, pois
estamos presos às nossas limitações, jus ficando a cada dia as oportunidades
perdidas.
Sugestão para escrever sua carta, usando suas respostas a essas perguntas.
DICA DE
FILM HOMEM DE FERRO: UM NOVO HOMEM DEPOIS DA
CAVERNA
E:
Na alegoria da caverna, os indivíduos presos
às sombras desconhecem
o mundo exterior. Um deles consegue sair do
claustro, encontra a luz e o conhecimento
nasce em sua consciência. Ele é um novo
homem após se conhecer.
“Eu sou o Homem de Ferro”. Com essa frase, Tony Stark, um importante
vendedor de material bélico, define-se após sair da caverna em que era
mantido depois de raptado. Os dias presos na caverna foram
desafiadores, longe de casa e do bem-estar diário. Porém, mesmo com
a possibilidade de ter tudo, ele ainda estava nas sombras e não se
conhecia o suficiente para falar de si de maneira positiva, sem
arrogância. Foram necessárias a ida até a caverna, as provações e a
saída para saber qual seu “eu verdadeiro” e tornar-se o Homem de
Ferro.
Um filme que o ajudará a refletir sobre si e sobre o mundo em que vive.
ANOTE AQUI AS COISAS MAIS IMPORTANTES QUE VOCÊ APRENDEU COM O FILME.
Para mais exercícios e conteúdos em áudio e vídeo exclusivos
da nossa plataforma de orientação de carreira,
ACESSE: teens.goowit.com
Para acessar, basta colocar a câmera do seu smartphone sobre o QR code ao
lado.
DECIFRE E INFLUENCIE PESSOAS
Sejamos honestos: se todos nós soubéssemos lidar com as outras pessoas, as nossas
vidas seriam muito mais fáceis, não concorda? Os casamentos seriam mais felizes, não
haveria brigas entre irmãos e as equipes de trabalho seriam mais harmoniosas e mais
produ vas. Você também não teria problemas com seus superiores, nem com seus
subordinados, e seria muito mais fácil alcançar os resultados com que tanto sonha.
O fato é que todos nós queremos descobrir e entender os mecanismos que mo vam os
indivíduos a agirem como agem e a fazerem o que fazem. A verdade é que a maior parte
das pessoas está perdida. Gestores não sabem como gerenciar aqueles que estão sob sua
liderança, familiares não sabem lidar com as pessoas mais próximas.
Preferimos ouvir o que a pessoa está achando, se está ou não aprovando o que estamos
fazendo. Você está começando a trilhar a sua carreira, mas faça um exercício de
imaginação: se o seu colaborador, por exemplo, não ver confiança suficiente para
expressar com sinceridade o que pensa, será que ele realmente expressará seus pontos
de vista com franqueza?
Não tenha dúvida: se ele não se sen r confortável, não falará nada ou dirá apenas o que
você quer ouvir.
Pra camente todas as pessoas expressam sen mentos, afetos e desconfortos por meio
do comportamento e da comunicação não verbal (ou gestual). E isso quase sempre
depende do que estão sen ndo ou pensando. Apenas os indivíduos com inteligência
emocional bem desenvolvida conseguem controlar a espontaneidade de seus
movimentos. No entanto, estes são em menor número. De modo geral, somos iludidos
pela fala das pessoas.
Ou seja: lidar com pessoas não é uma tarefa fácil. Exige conhecimento e o
desenvolvimento de competências que nem sempre temos disponíveis ou estamos
preparados para usar. No entanto, não podemos fugir disso, já que estamos
predes nados a não só caminhar juntos com indivíduos diferentes, mas também a
compar lhar nossos projetos, sonhos e realizações.
Nosso maior desafio é conseguir estabelecer relações harmoniosas com os outros,
compreendendo seus comportamentos e ajudando-os a encontrar espaço e
oportunidades para que possam crescer e se desenvolver. E precisamos fazer isso de
modo que eles nos ajudem a alcançar nossos obje vos, compar lhando talentos e
conhecimentos, e realizando-se plenamente.
Um grande obstáculo para o convívio harmônico e produ vo está no fato de
desprezarmos as caracterís cas que nos dis nguem uns dos outros. Não somos iguais.
Em geral, tratamos os outros como se pensassem e agissem como nós. Ou como
gostaríamos que agissem. Você concorda?
Se isso fosse possível, nossas relações interpessoais seriam bem mais fáceis, até porque
seriam bastante previsíveis. Contudo, só isso não garante que seriam melhores. Afinal,
em um mundo onde os sonhos, os desejos e as formas de pensar e agir fossem os
mesmos para todos, que mo vação teríamos para viver e superar novos desafios? Qual
seria a nossa mo vação? Você pode responder a essa pergunta silenciosamente.
O fato é que, ainda que o mundo seja o mesmo para todos, cada indivíduo o vê e pensa
de modo único e específico, de acordo com os próprios interesses e paradigmas. Isso
torna nossa tarefa desafiadora, pois temos de juntar nossas diferenças, preservando a
individualidade de cada um e sem perder de vista o bem de todos. Tudo isso em prol da
realização dos interesses cole vos, do alcance de nossas metas e obje vos comuns.
Nesse sen do, o que estamos apresentando a você neste livro é a necessidade
fundamental de entender duas coisas:
1
É possível crescer e se desenvolver mesmo entre pessoas que pensam diferente. As adversidades
costumam ser ótimas oportunidades de transformação. Diferenças e divergências não se constituem
necessariamente em obstáculos – se soubermos trabalhar com elas.
2
Também precisamos reconhecer que cada ser humano tem peculiaridades que formam seu caráter e
sua personalidade. São justamente esses aspectos que nos tornam únicos.
É importante compreender que se relacionar com pessoas não significa levar vantagem
sobre elas. A ideia não é dominá-las, nem as manipular para que atendam aos nossos
desejos. Você pode encontrar nossa forma completa de pensar sobre esse assunto no
livro Decifre e influencie pessoas, no qual abordamos de maneira aprofundada como o
entendimento do comportamento humano traz bene cios incontáveis aos
relacionamentos interpessoais.
A condição fundamental para entender o outro é que você seja capaz de se
compreender, conhecendo-se melhor e até se reinventando para que possa realizar seus
projetos e sonhos. Não importa se você está em casa, na empresa ou no convívio com
amigos. A única maneira de contribuir de modo efe vo para o desenvolvimento das
pessoas que estão ao seu lado é a par r do próprio autoconhecimento. Quanto mais
você se conhece, mais você cresce e melhores condições tem de ajudar as pessoas à sua
volta a crescer.
Incríve , nã ?
Com isso, responda às perguntas a seguir:
Pense em suas relações pessoais ou na vida familiar – será que seríamos mais felizes se
percebêssemos os limites do outro? Ou se soubéssemos quando estamos sufocando o outro
com as nossas ansiedades? Será que não haveria menos desentendimentos entre irmãos se
pudéssemos aceitar com tranquilidade diferentes pontos de vista?
E as equipes de trabalho, por exemplo: será que poderiam ser mais harmoniosas e produtivas
se os seus membros deixassem seus egos e vaidades de lado e conversassem mais pensando
Seguindo essa linha de raciocínio, afirmamos que existem três formas de uma pessoa
crescer:
Vamos explicar cada um desses passos de maneira aprofundada agora.
A primeira forma de
crescimento é ter humildade. É
saber que você precisa de ajuda,
que não chegará sozinho a
nenhum lugar. Uma pessoa até
pode correr sozinha, mas não
vai muito longe. O contrário de
ser prepotente é se dispor a
pedir ajuda, é estar perto dos
melhores e perceber como
chegaram aonde estão, é dizer
“eu não sei” e querer aprender,
querer estudar mais, se aplicar,
construir uma nova versão de si,
estar com as pessoas certas ao
seu lado, ter mais flexibilidade
para ser uma pessoa melhor a
cada dia.
A segunda
forma pela
qual uma
pessoa pode
crescer é
cul vando a
modés a.
Uma pessoa
vaidosa não
cresce, não é
capaz de se
aprimorar.
Por isso,
nunca se
envergonhe
de ser quem
você é! Reflita
se você tem
alguma das
caracterís cas
de uma
pessoa
vaidosa.
Pense em
todas as áreas
da sua vida
(financeira,
profissional,
emocional,
saúde etc.).
Você está
mais
preocupado
com os outros
do que
consigo
mesmo?
PARE E PENSE: VOCÊ ESTÁ TROCANDO ATALHOS POR CAMINHOS? Novamente, pedimos que preste
atenção a todas as áreas da sua vida. Escreva nas linhas a seguir o que você aprendeu ao ler o
conceito de atalho. Seja sincero consigo!
Não temos dúvida de que, se você souber tratar adequadamente outras pessoas, será
muito mais fácil construir relacionamentos saudáveis e duradouros, ou alcançar melhores
resultados para o seu negócio, a despeito de eventuais discordâncias com os seus
superiores ou com os seus subordinados. Você poderá comprovar isso ao longo deste
capítulo.
Refle ndo sobre as suas diferenças com as outras pessoas e sobre seus próprios
defeitos, responda a seguinte indagação: se você vesse a oportunidade de escolher,
gostaria de ser feliz ou ter razão? Pense bem! Para você con nuar pensando, leia a
história a seguir.
Imagine que você tem uma discussão com os seus pais por algo banal. Todos estão
exaltados, e, consequentemente, assuntos alheios à discussão começam a surgir. Essas
palavras, ditas fora de hora, acabam deixando marcas e, às vezes, até algum rancor. Em
uma situação dessas, e passado algum tempo, a mais comum das perguntas é: quem
estava certo? Lembra de ter vivido um momento como esse?
Se você não conhece o outro, não compreende a forma dele de ver o mundo, não
entende o que os seus pais falam ou não tem ideia das necessidades e dos desejos do
seu próximo, o conflito se repe rá porque a mágoa sempre estará presente. Isso faz
sen do para você?
Afinal, frequentemente, as pessoas estão olhando para as mesmas coisas e vendo
realidades opostas. Nessas situações, não existem o certo e o errado, mas compreensões
e percepções divergentes dos mesmos aspectos. É isso que todos nós precisamos
entender. Na verdade, esses pequenos incidentes são apenas desculpas para que toda
uma frustração e descontentamento com a vida ou com pessoas (próximas e queridas)
venham à tona. São desculpas e ga lhos que desencadeiam impulsos reprimidos e
sen mentos que estão fora de lugar.
Novamente perguntamos: se pudesse escolher, você preferiria ter razão ou ser feliz ?
Vamos ampliar um pouco mais esses conceitos de “ter razão” e “ser feliz”. Leia as frases
a seguir:
TER RAZÃO pode signi car estar sempre certo, a qualquer custo. É fazer valer suas verdades,
mesmo que isso machuque ou magoe pessoas queridas.
SER FELIZ pode signi car viver em harmonia, ter a capacidade de compreender os outros, dar-lhes
oportunidades de crescimento – sem que você abra mão dos seus valores.
Qual dessas frases melhor descreve o seu comportamento no dia a dia? Com qual delas
você se sen ria mais sa sfeito em sua vida?
A ideia de ser feliz não tem nada a ver com ilusão. Assim como ter razão não significa
necessariamente estar sempre certo. No entanto, por que dizemos isso? Porque, se não
conhecemos as pessoas com as quais nos relacionamos, nossas análises sempre serão
superficiais e baseadas apenas em dados da realidade imediata ou em aspectos que não
estamos sabendo interpretar adequadamente.
É possível que, ao se dar conta de que ter razão é insuficiente para ser feliz, você se
sensibilize e tente repensar algumas a tudes. Contudo, alertamos: tomar essa decisão é
fundamental, mas, por si só, não basta. Conhecer e decifrar pessoas exige dedicação e
interesse sincero por elas. Isso em todos os âmbitos: familiar, profissional, social etc. Por
isso, é preciso aprender e saber o que está por trás dos comportamentos e das
expressões humanas.
EXERCÍCIO
Responda às perguntas a seguir. Se você chegou até este ponto do livro, suas respostas
já podem estar bem delineadas. Porém, a par r dos assuntos novos que leu, com certeza
novos insights devem estar surgindo e o papel é o melhor lugar para registrá-los.
6. E SE VOCÊ PUDESSE EXPLORAR 100% DAS SUAS POTENCIALIDADES, QUEM VOCÊ SERIA?
Isso pode parecer meio óbvio hoje, mas, naquela época, havia muita controvérsia. Esse
foi o ponto de par da dos estudos de Marston. Depois de analisar os padrões de
comportamento e as reações ins n vas de milhares de pessoas, ele classificou o
comportamento humano como o somatório de quatro fatores básicos, que viriam a
formar o acrônimo conhecido como DISC:
“A chave para se comunicar efetivamente com o próximo está em não julgá-lo e nem tentar
mudá-lo, mas decifrar a si mesmo. Para isso, é preciso ser um profundo conhecedor da sua
alma e dos seus comportamentos.”
Deibson Silva
FATOR DOMINÂNCIA (D)
Dominância (D) é o fator do controle e da assertividade. O traço que indica como uma
pessoa lida com adversidades, obstáculos e desafios tentando superá-los. Pessoas com alta
intensidade do fator “D” (alto D) são diretas, ousadas, competitivas e lutam energicamente
para atingir os resultados que desejam.
Lidam bem com situações de risco e de pressão, sobretudo quando é necessário decid
rápido.
PERCEBA SE ALGUM AMIGO SEU ESTÁ PRÓXIMO DESSAS CARACTERÍSTICAS E ANOTE NAS LINHAS A
SEGUIR QUAIS DELAS MAIS SE DESTACAM.
É inflexível e parcial – sempre decide em detrimento de Busque ser mais conciliador, tente agregar diferentes
apenas um lado. pontos de vista.
É individualista,
Tente se abrir mais às ideias e opiniões dos outros.
egocêntrico, fechado.
É reservado, solitário, sente-se como um herói ou Tente agir com mais empa a,
salvador. abra espaço para a par cipação de seus colegas.
O conceito na prática
IDENTIFIQUE EM SEU DIA A DIA PELO MENOS UMA OU DUAS SITUAÇÕES EM QUE VOCÊ
SE PERCEBE COMO CONTROLADOR, EXCESSIVAMENTE CONFIANTE, TEIMOSO ETC.
QUAIS AÇÕES OU MEDIDAS VOCÊ PODERIA TOMAR PARA MELHORAR ESSES COMPORTAMENTOS?
(Tente identi car de modo objetivo os obstáculos que o impedem de se aprimorar
– e as estratégias para superá-los.)
O QUE SERIA MELHOR (em sua vida, no trabalho ou na família) SE VOCÊ PUDESSE MUDAR OU
MELHORAR ESSES COMPORTAMENTOS?
Medos comuns encontrados no fator Dominância
Um aspecto interessante no fator Dominância, e que muitas vezes nos ajuda a entender
o que está por trás de um comportamento tão intenso e pouco flexível, são os medos
que assombram, às vezes de maneira inconsciente, essas pessoas. Indivíduos com
predominância do fator Dominante têm medo de:
Falhar.
Perder o poder e a autoridade.
Perder a autonomia e a liberdade de agir.
Submeter-se ou subordinar-se a alguém.
Perder posição para outra pessoa (compe vos).
Reconhecer os próprios erros.
Já quando a pessoa se torna refém desse po de medo, toda sua atuação fica
comprome da. São sen mentos di ceis de dominar, pois envolvem ques onamentos
interiores para os quais nem sempre essas pessoas estão preparadas. No entanto, é
fundamental desvendá-los, descobrir o que está por trás de comportamentos que
destoam ou se excedem, prejudicando e impedindo que a pessoa desenvolva suas
potencialidades e supere esses obstáculos.
São também cria vos e ágeis em suas ações, adoram expressar ideias e raramente se
permitem ficar entediados. Um Influente, por exemplo, valoriza o status, gosta de ser
reconhecido e homenageado por amigos e familiares e de sen r que é importante.
Interagir também é uma mo vação do indivíduo com alta influência.
De modo geral, pessoas definidas com o fator “I” têm grande capacidade de
comunicação. Justamente por isso – e também por gostarem muito de usar essa
habilidade –, tendem a ser bastante persuasivas, em um grau às vezes até exagerado. A
palavra-chave desse perfil é “sociável”. Decorre daí, naturalmente, a facilidade com que
eles influenciam aqueles que os cercam. Assim, é rela vamente fácil reconhecer pessoas
com essas caracterís cas, pois são bastante animadas, posi vas – transbordam energia.
Outro aspecto marcante é a capacidade de socialização desse perfil.
Eles buscam reconhecimento e, talvez até como uma estratégia inconsciente, valorizam
muito a opinião alheia, e isso é algo bastante posi vo em uma relação, pois, mesmo que
haja divergências, propiciam ao grupo trocas, interação e espaço para que todos possam
se colocar. Além disso, são facilmente reconhecíveis por seus modos e comportamento.
PERCEBA SE ALGUM AMIGO SEU ESTÁ PRÓXIMO DESSAS CARACTERÍSTICAS E ANOTE NAS LINHAS A
SEGUIR QUAIS DELAS MAIS SE DESTACAM.
É exibicionista, vaidoso ou
Tente se concentrar mais em resultados do que na sua
se preocupa de maneira excessiva com sua imagem
popularidade.
pessoal.
Não escuta os outros, se preocupa apenas com o que Dê mais atenção ao que as outras pessoas estão dizendo.
dirá. Ouça mais.
É desordenado, vai misturando o que precisa ser Planeje suas metas e liste suas ações
feito, sem se preocupar muito com prioridades. para ter maior controle e poder, assim, realizar mais.
Quer agradar a todos, mesmo quando isso é É preciso aprender a dizer “não”.
impossível.
Sempre tenta dar “um passo maior que a perna”. Assuma apenas os compromissos que poderá cumprir.
Perde muito tempo com distrações. Foque mais na realização de seus obje vos.
O conceito na prática
IDENTIFIQUE EM SEU DIA A DIA PELO MENOS UMA OU DUAS SITUAÇÕES EM QUE VOCÊ SE PERCEBE
COMO IMPULSIVO, DESORDENADO, QUERENDO DAR “UM PASSO MAIOR QUE A PERNA” ETC.
QUE AÇÕES OU MEDIDAS VOCÊ PODERIA TOMAR PARA MELHORAR ESSES COMPORTAMENTOS?
(Tente identi car de modo objetivo os obstáculos que o impedem de se aprimorar – e as estratégias
para superá-los.)
O QUE SERIA MELHOR (em sua vida, no trabalho ou na família) SE VOCÊ PUDESSE MUDAR OU
MELHORAR ESSES COMPORTAMENTOS?
Medos
Como ocorre em todos os fatores, os medos e as dificuldades estão quase sempre por
trás dos excessos. De modo geral, são fantasmas que nos assombram – sobretudo
quando nos paralisam ou nos fazem agir de modo excessivo. Nem sempre é possível
eliminá-los e, em um certo sen do, eles até têm um lado posi vo quando nos
impulsionam para a ação. Contudo, é fundamental iden ficá-los para que possamos
controlá-los – e não sermos controlados por eles.
Ser rejeitado.
Ficar sozinho.
Frustrar as expecta vas dos outros.
Não ser reconhecido e valorizado (como gostaria).
Não se sen r apoiado.
Perder o prazer em suas ações e ro na.
Os estáveis, como são chamados nesse fator, assim como os Influentes, têm bastante
propensão para os relacionamentos interpessoais, porém com uma grande diferença em
relação aos Influentes: para o indivíduo estável, é realmente importante o bem-estar do
outro – mesmo que ela, a pessoa estável, fique em desvantagem ou em segundo plano.
PERCEBA SE ALGUM AMIGO SEU ESTÁ PRÓXIMO DESSAS CARACTERÍSTICAS E ANOTE NAS LINHAS A
SEGUIR QUAIS DELAS MAIS SE DESTACAM.
Percebe que está privilegiando muito seus colegas Aja no sen do de atender também a suas próprias
– em seu próprio detrimento. necessidades e desejos.
Preocupa-se demais com o que pensam os outros, a Expresse mais os seus pensamentos e posições, sem
ponto de ter receio de se expor. medo da opinião de terceiros.
Não gaste tanto suas energias com questões que não lhe
Mistura os seus problemas com os dos outros.
dizem respeito.
O conceito na prática
IDENTIFIQUE EM SEU DIA A DIA PELO MENOS UMA OU DUAS SITUAÇÕES EM QUE VOCÊ SE PERCEBE
COMO RESISTENTE, COMO ALGUÉM QUE PENSA MUITO MAIS NOS OUTROS DO QUE DEVERIA, EM
DETRIMENTO DE SI PRÓPRIO, OU MUITO CUIDADOSO, LENTO ETC.
QUAIS AÇÕES OU MEDIDAS VOCÊ PODERIA TOMAR PARA MELHORAR ESSES COMPORTAMENTOS?
(Tente identi car de modo objetivo os obstáculos que o impedem de se aprimorar –
e as estratégias para superá-los.)
O QUE SERIA MELHOR (em sua vida, no trabalho ou na família) SE VOCÊ PUDESSE MUDAR OU
MELHORAR ESSES COMPORTAMENTOS?
Como você já sabe, aqui também encontramos medos, aqueles obstáculos que muitas
vezes paralisam nossas a tudes. No caso das pessoas iden ficadas com o fator
Estabilidade, esse sen mento está muito ligado a aspectos que as ameaçam de alguma
forma ou que possam re rar delas a estabilidade de sua condição, expondo-as a
situações desconhecidas. De modo geral, destacamos como medos comuns nesse fator:
Cenários imprevisíveis.
Ter de ousar e arriscar.
Decepcionar ou ser decepcionado.
Perder o autocontrole.
Par cipar e envolver-se demais.
Ter de lidar com conflitos.
Por serem mais abertos a opiniões, costumam ser mais conciliadores. Frequentement
tomam decisões de maneira compar lhada, já que não gostam de se expor a riscos.
Dessa forma, aumentam as possibilidades de par cipação em sua liderança, o que
contribui para que o grupo se sinta mais valorizado.
Introspec vos. Têm facilidade em agir com mais paciência para orientar e acompanha
execução das tarefas com equilíbrio. Raramente agem com impulsividade ou
autoritarismo, não emi ndo ordens impera vas.
Apresentam facilidade para aconselhar com base em suas vivências, passando
conhecimentos com paciência e dedicação. É desse modo que guiam a equipe para
a ngir os obje vos.
Diante de possíveis adversidades, tendem a reagir com mais equilíbrio e persistência.
Realizam planejamentos estruturados em orientações claras e constroem métodos qu
contribuem para o bom direcionamento da equipe, eliminando eventuais dúvidas e
evitando erros processuais.
Essas pessoas têm grande capacidade para realizar trabalhos minuciosos, para os quais
estabelecem processos com regras claras e bem definidas. Sentem muito prazer ao
executar tarefas com o máximo de perfeição possível, e têm preferência por trabalhar
com pessoas disciplinadas.
Buscam seguir todas as regras e procedimentos para garan r a exa dão do que
propõem a fazer.
Têm padrões de exigência muito elevados, tanto para si como para seus colegas.
PERCEBA SE ALGUM AMIGO SEU ESTÁ PRÓXIMO DESSAS CARACTERÍSTICAS E ANOTE NAS LINHAS A
SEGUIR QUAIS DELAS SE DESTACAM.
No quadro a seguir, observe como atuar frente a estes traços.
Vê-se como o principal responsável pelos trabalhos que Busque valorizar também as pessoas envolvidas no
sua equipe entrega. processo.
Tem dado exagerada atenção à realização das tarefas – Procure observar as necessidades e sen mentos dos
independentemente do que pensam as pessoas. outros.
Gasta muito do seu tempo com discursos e detalhes que Seja mais pragmá co e menos exigente com questões
pouco ou nada alterarão a essência das coisas. sem grande importância.
O conceito na prática
IDENTIFIQUE EM SEU DIA A DIA PELO MENOS UMA OU DUAS SITUAÇÕES EM QUE VOCÊ SE PERCEBE
COMO MUITO PERFECCIONISTA, CENTRALIZADOR, DETALHISTA ETC.
QUE AÇÕES OU MEDIDAS VOCÊ PODERIA TOMAR PARA MELHORAR ESSES COMPORTAMENTOS?
(Tente identi car de modo objetivo os obstáculos que o impedem de se aprimorar –
e as estratégias para superá-los.)
O QUE SERIA MELHOR (EM SUA VIDA, NO TRABALHO OU NA FAMÍLIA) SE VOCÊ PUDESSE MUDAR OU
MELHORAR ESSES COMPORTAMENTOS?
São formais, disciplinados e têm foco nas a vidades relacionadas ao trabalho, por isso
são extremamente exigentes e esperam que seus liderados tenham a mesma a tude.
Preferem que os obje vos sejam alcançados por meio de trabalho árduo. Costumam s
incomodar quando seus liderados perdem o foco em conversas ou exageram na
informalidade.
Apresentam-se com racionalidade, sendo mais cautelosos, e preferem tomar decisões
com segurança depois de muita análise baseada em fatos concretos.
Sempre cuidadosos e organizados, gostam de especificidade, evitando, assim, possíve
erros decorrentes da falta de preparo e controle.
São preciosistas e preocupam-se em acertar com atenção na entrega de resultados co
alta qualidade.
Após essa jornada de descoberta sobre como você e as pessoas ao seu redor pensam,
agem e interagem, temos certeza de que entender os perfis comportamentais lhe abrirá
novos horizontes de interpretação em relação aos seus familiares, amigos e colegas de
classe. Logo você poderá aplicar de maneira prá ca em sua vida e reconhecer muitos dos
traços que discu mos aqui em situações co dianas.
No próximo capítulo con nuaremos acompanhando essa fascinante descoberta da sua
carreira, olhando para o seu presente e o seu futuro, entendendo quais as principais
habilidades você precisa desenvolver para sair na frente e ficar constantemente
atualizado no mercado de trabalho, e as so skills, principais competências que são o
“pote de ouro” do novo mercado de trabalho.
Quer saber qual seu estilo comportamental? Preparamos uma
avaliação para você, ACESSE:
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AUTORRES-
PONSABILIDADE
“Autorresponsabilidade é um estilo de vida, é uma chave tremenda de
transformação humana.”
Paulo Vieira
A mitologia grega é uma das fontes mais ricas de inspiração para a nossa vida.
Por seu intermédio, conhecemos as histórias dos deuses e mitos gregos, além
de como funcionava a sociedade daquele período, sua divisão polí ca, social e
geográfica, e muito também sobre suas prá cas, sua filosofia e modo de ver e
pensar o mundo.
Os mitos gregos, ao falar sobre a origem do mundo, ou sobre o modo de vida
de seus heróis, nos ensinam muito sobre como o ser humano se comporta
quando precisa vencer desafios e superar obstáculos. Vale lembrar que 3.000
anos atrás não havia explicação cien fica para a maior parte dos fenômenos da
natureza, e tampouco para os eventos históricos do período.
Aproveitando a imensa riqueza dessas narra vas, quero trazer aqui a história
do jovem Teseu, um dos grandes heróis da cidade de Atenas, cujo nome
significava “o homem forte por natureza”.
A HISTÓRIA DE TESEU
A pessoa tem uma aula que começa às 8h00 da manhã. A distância de sua
casa até a escola é pouco mais de 3 quilômetros, um percurso que, de carro, é
feito em 15 minutos, em uma velocidade de 50 quilômetros por hora. Bem, se
a pessoa mora em uma grande capital brasileira, ela sabe (ou deveria saber)
que essas contas não funcionarão – não dá para seguir à risca essa es ma va.
Contudo, o que a pessoa faz? Sai de casa às 7h40. Obviamente, pegará um
trânsito bastante engarrafado, porque é por volta desse horário que a maioria
dos automóveis está nas ruas.
Portanto, um percurso que seria feito em 15 minutos pode levar de
40 minutos a 1 hora. É claro que a pessoa chegará atrasada e também se
irritará ao longo do caminho com todo aquele engarrafamento, com buzinas,
com len dão, com xingamentos e indisposições gerais.
Afinal, é isso o que acontece quando há mais carros na rua do que tempo
para se chegar aonde é preciso. Só que a pessoa não se dá conta disso. Ela não
considera que saiu tarde de casa, por exemplo, e age como se tudo aquilo,
aquele trânsito pesado, fosse um cas go, uma praga que alguém jogou em sua
vida. É meio irracional, mas é assim que as pessoas agem quando estão
atrasadas, quando discutem no trânsito e quando não se dão conta de que
elas, e mais ninguém, são as únicas responsáveis por chegarem atrasadas a
seus compromissos.
Então, perguntamos: de quem é a culpa? Isso vira um fes val. Começa-se a
culpar o prefeito (que tem sua parcela de culpa); depois chega-se ao vizinho;
passa-se para o farol que leva uma eternidade para abrir; briga-se com o
motorista do ônibus, que não parou no ponto; reclama-se do pedestre, que
quase é atropelado por não correr o suficiente para escapar da fúria dos
motoristas; repreende-se os pedintes, que ficam nos cruzamentos e atrasam o
fluxo; pragueja-se contra os carros que enguiçam no caminho, contra a cidade
e até contra Deus, em úl ma instância.
Como dissemos, são pensamentos irracionais (sem base lógica), gerando
comportamentos ou a tudes sem um pingo de bom senso. É claro que a
pessoa apaga tudo o que diz respeito a ela, suas eventuais falhas, distrações e,
digamos, sua total falta de comprome mento com a sua própria agenda!
O que fazer? Se há a chance de você perceber que algo está errado, e que
nem sempre o outro é o culpado pelas suas falhas, talvez seja a hora de
começar a repensar os seus atos. Nessa situação que narramos, a do atraso,
tente se fazer estas perguntas:
DICA DE
FILM HOMEM-ARANHA: COM GRANDES PODERES, VÊM
GRANDES RESPONSABILIDADES
E:
Você já conhece a história do surgimento do
“Homem-Aranha” – o que inclui a morte do
Tio Ben, a picada da aranha radioativa e o
balançar das teias nos arranha-céus de Nova
York.
ANOTE AQUI AS COISAS MAIS IMPORTANTES QUE VOCÊ APRENDEU COM O FILME.
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FOCO - DISCIPLINA E DECISÃO
Vamos começar este capítulo com uma indagação fundamental: qual o
seu nível de concentração neste momento em que está lendo este livro?
De zero a dez, que nota daria?
Depois de dez anos lutando na guerra de Tróia (também contada por Homero
em “Ilíada”), o astuto Ulisses começa sua longa jornada de volta para casa, a ilha
de Ítaca, no mar Jônico, onde estavam sua esposa Penélope e o seu filho
Telêmaco. Ele levou dez anos para concluir o seu retorno, passando pelos mais
difíceis infortúnios e provas que os deuses puseram em seu caminho.
Ulisses só conseguiu retornar porque tinha enorme determinação e foco – ele
sabia onde estava e aonde queria chegar; tanto que todas as aventuras narradas
têm por finalidade fazer o herói superar os desafios para então alcançar suas
metas. E as desventuras no caminho não foram poucas, e muito menos fáceis.
Logo no início da jornada, a frota de Ulisses, em uma grande tempestade, se
perde no mar, com todos os navios naufragados, e seus respectivos guerreiros,
a maioria, afogados ou desaparecidos. Mesmo assim, Ulisses não desiste. Ele
exorta os poucos companheiros que lhe restam a manter o foco e a seguir com
ele. Ele acaba sendo acolhido por Calipso, uma ninfa sedutora e caprichosa, que
se apaixona por Ulisses e o quer perto de si. Durante todo o período em que fica
na ilha – em uma espécie de cativeiro –, Ulisses é bem tratado e seduzido de
todas as formas, mas resiste a ceder seu amor a ela.
Em um certo momento, a ninfa chega a oferecer a imortalidade a Ulisses, caso
ele concordasse em passar o resto de sua vida com ela. O herói, entretanto, não
aceita a proposta e se mantém firme, com foco em sua decisão de voltar. Ele
tem saudades da pátria, da esposa (Penélope) e do filho (Telêmaco).
Passados 7 anos, o grande Zeus, compadecido da sina do herói, ordena a
Calipso que liberte o seu hóspede e sua pequena tripulação. Mesmo contra a
sua vontade, a ninfa obedece ao deus e ajuda Ulisses a construir uma nova
embarcação, dando-lhe provisões e assegurando-lhe as condições mais
favoráveis para o caminho de volta ao lar. Ulisses, mantendo o foco, sabe o que
quer e aonde quer chegar. E mesmo depois de 7 anos, seu projeto e suas metas
estão intactos.
Em um outro episódio, o herói chega à terra dos ciclopes, pastores de ovelha
gigantes, que têm um só olho na cara. Ulisses e seus companheiros são feitos
prisioneiros, mas com astúcia o herói consegue escapar, ferindo o ciclope
(Polifemo) que queria devorá-lo.
Mais para frente, depois de enfrentar uma nova grande tempestade, eles
chegam à ilha da feiticeira Circe, que transforma metade dos homens de Ulisses
em porcos, após alimentá-los com vinho e queijo. O herói também seria
transformado em um animal, não fosse um antídoto que o faz resistir à magia de
Circe. Ulisses consegue se safar, mas precisa ir até Hades, o mundo dos mortos,
para receber instruções do sábio Tirésias com o objetivo de encontrar o melhor
caminho de retorno à casa.
Superando todas as dificuldades, mas com o foco dirigido ao único objetivo que
tinha, ele e seus companheiros passaram pelas sereias – no famoso episódio é
amarrado ao mastro de seu navio para não ser encantado pelo maravilhoso
canto daquelas estranhas criaturas –, chegando então à ilha do Sol, onde perde
mais alguns de seus companheiros.
Ao fim da jornada, ainda restava uma parada até sua tão sonhada Ítaca: a ilha
dos Feácios. Depois de enfrentar tantas provações e manter o foco aonde
queria chegar, ele não teve dificuldades em contar com a ajuda dos moradores
daquele local, que passaram a ajudá-lo em sua missão.
Se você parar para pensar em suas próprias conquistas feitas até aqui,
perceberá que não as alcançou em razão das distrações e dispersões, que
diluem o foco e diminuem a perspec va sobre o que é importante. É
justamente o contrário. Quando os ruídos, as distrações e as inúmeras
interrupções às quais todos estamos sujeitos são eliminados, o que sobra é
aquilo que se quer alcançar.
Assim, é preciso saber em quê e onde manter-se focado. Se você anseia
estudar em uma boa universidade pública ou privada, você deve colocar
todo o seu foco nessa direção, e toda a sua força deve ser empreendida e
concentrada nesse sen do. Para descobrir onde devemos estar focados,
com a nossa energia no nível máximo, precisamos antes basear nossas
mudanças em duas questões primordiais: a primeira diz respeito aos
nossos problemas e às nossas limitações; a segunda está relacionada aos
nossos sonhos e às nossas metas.
Reflita sobre os problemas que vem enfrentando hoje e que estão rando
o foco do que mais importa. Ao alcançar essa descoberta, você saberá
onde ou em que focar para alcançar e realizar seus potenciais.
MAPEIE SUAS METAS COM O FOCO ATIVADO
Meta B:
Prioridades para alcançar essa meta:
Meta C:
Prioridades para alcançar essa meta:
Mentalize suas metas, imagine como será o
processo, exercite-se mentalmente no sentido de visualizar a
conquista ou a realização do que está buscando.
A ngir a meta A
permi rá conquistar
A ngir a meta B
permi rá conquistar
A ngir a meta C
permi rá conquistar
DICA DE
FIL X-MEN: FOCO EM EQUIPE
ME:
Um filme que descreve bem a importância
e o uso do foco é X-Men, que conta a saga
de super-heróis humanos que passaram
por mutações genéticas, os quais são
chamados de mutantes.
ANOTE AQUI AS COISAS MAIS IMPORTANTES QUE VOCÊ APRENDEU COM O FILME.
Ú
CONHEÇA AS SUAS MÚLTIPLAS
INTELIGÊNCIAS
A rinha abaixo exemplifica de maneira didá ca conceitos da teoria das
Inteligências Múl plas. Como poderiam animais diferentes ter a mesma
capacidade para subir na árvore? Da mesma forma, como poderiam seres
humanos, com suas diferentes personalidades, ter o mesmo po de
inteligência?
Principais características
Pensamento abstrato.
U lização do método cien fico para encontrar respostas.
Observação e relação entre ações.
Capacidade de manipulação de símbolos, que correspondem a objetos,
relações, funções ou outras operações, sempre com base na lógica.
APLICAÇÃO PRÁTICA
Você conhece alguns colegas de classe que resolvem cálculos
complicados, ou que logo se antecipam para responder questões de
Matemá ca, Física ou Química. Esses indivíduos se sentem confortáveis
em estudar e aplicar em situações prá cas a fórmula de Bhaskara, o
teorema de Pitágoras, e em fazer cálculos da força, de aceleração, de
gravidade etc. Todos esses exercícios exigem grande abstração e um rigor
enorme na hora de calcular de maneira correta e lógica esses problemas.
Você se enxerga em uma situação dessas?
Qual a sua sensação em relação a essas experiências?
INTELIGÊNCIA LINGUÍSTICA
A inteligência linguís ca está relacionada ao domínio das palavras e das
linguagens escrita e falada. É a habilidade de comunicar e expressar ideias e
que permite também aprender idiomas com facilidade.
Howard Gardner considera a inteligência linguís ca a mais ampla e a mais
“democra camente compar lhada” na espécie humana. A Linguís ca já se faz
presente logo nos primeiros meses de vida de uma criança, quando ela começa
a balbuciar os seus primeiros sons. Mesmo pessoas com severos quadros de
surdez conseguem emi r sons que remetem à sua língua materna. Com o
passar do tempo, essa a vidade se desenvolveu rápida e naturalmente, de tal
forma que as crianças se tornam capazes de elaborar as primeiras frases mais
completas, depois mais complexas, aproximando-se, assim, da sintaxe adulta já
a par r dos 5 anos.
O amor pela linguagem e a facilidade técnica com as palavras, que vai além do
desejo de expressar ideias, são as principais caracterís cas de pessoas com
inteligência linguís ca desenvolvida. No entanto, Gardner destaca outros
quatro aspectos do conhecimento linguís co inerentes a pessoas que não são
“poetas pra cantes” – como ele diz –, mas que usam a linguagem com
excelência.
Principais características
INTELIGÊNCIA ESPACIAL
É a capacidade de pensar em três dimensões para compreender o mundo
sico (visual) com precisão. É uma habilidade que permite interpretar, criar e
modificar imagens e experiências por intermédio da mente. Segundo Gardner,
a inteligência espacial se baseia na capacidade de perceber formas e objetos e
destaca-se em pessoas com habilidades para navegação e mapas.
Jovens com este po de inteligência mais desenvolvida são capazes de
reconhecer vários exemplos de um mesmo elemento, transformar ou dis nguir
a transformação de um objeto em outro. São capazes ainda de produzir formas
mentais e transformá-las, além de produzir informações espaciais. Tendem
também a pensar em imagens e fotografias, visualizando-as ou desenhando-as.
Esse po de inteligência está ligado ao mundo concreto, ao mundo dos
objetos e à sua localização no espaço. De modo geral, ainda há poucas
informações sobre o seu desenvolvimento, talvez por ser mais di cil testar
essas habilidades espaciais, diferentemente do que acontece com as
inteligências linguís ca e lógico-matemá ca.
Principais características
O CONCEITO NA PRÁTICA
Será que algum de seus colegas tem facilidade em fazer desenhos em
paredes? Grafiteiros, pessoas que conseguem pôr no papel uma
complexa ideia abstrata, ou que apresentem uma predileção por arrumar
e dispor móveis em ambientes, e admiram profissionais que projetam
edi cios e grandes obras públicas – todos eles podem ter desenvolvidas
sua inteligência espacial.
Você se enxerga em uma situação dessas?
Qual a sua sensação em relação a essas experiências?
Consulte nosso guia de carreiras e saiba quais são as
pro ssões que necessitam desta inteligência para ter uma
melhor performance, ACESSE: carreiras.goowit.com
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lado.
INTELIGÊNCIA CORPORAL-CINESTÉSICA
A grande contribuição dessa inteligência está no potencial de u lização do
corpo, realização de movimentos com equilíbrio e agilidade. Gardner explica
que “a caracterís ca dessa inteligência é a capacidade de usar o próprio corpo
de maneiras diferenciadas e hábeis para propósitos expressivos”, além de
facilitar o manuseio de objetos com destreza.
Nadadores, artesãos, jogadores de futebol e instrumen stas, de acordo com
Gardner, têm essa inteligência em maior grau, pois conseguem realizar
movimentos refinados com seus corpos. Grandes jogadores de futebol, como
Pelé, Lionel Messi, Cris ano Ronaldo e Neymar, conseguem realizar
movimentos rápidos em espaços curtos, sempre levando perigo para a defesa
adversária. Esta, aliás, é a caracterís ca do futebol brasileiro.
Atletas, em geral, e atores, como os de teatro, também são indivíduos com
esta inteligência, pois u lizam o corpo com destreza no desempenho de suas
tarefas. Essa é a inteligência ideal para os pra cantes de esportes em qualquer
super cie.
A inteligência corporal-cinestésica permite também a expressão de ideias e
sen mentos ao produzir um grande desenvolvimento na capacidade de u lizar
as mãos, ou outras partes do corpo, para transformar elementos. O corpo
torna-se a principal parte a va de pessoas com essa inteligência desenvolvida,
o que promove o impulso necessário para levá-las da intenção para a ação.
Na Grécia an ga, por exemplo, a inteligência corporal-cinestésica já era
venerada por meio das a vidades atlé cas e ar s cas, em que os gregos
buscavam “desenvolver um corpo que fosse proporcional e gracioso em
movimento, equilíbrio e tonicidade”. Ou seja, buscava-se uma harmonia entre
corpo e mente.
Principais características
O CONCEITO NA PRÁTICA
A u lização do corpo em movimentos precisos demonstra a habilidade de
seu ator em manipular objetos com refinamento. Quando estamos
jogando uma par da de futebol, nadando, ou até pra cando corrida com
os amigos, nosso corpo precisa estar afiado em seus movimentos, para
que não tropecemos, possamos nos desvencilhar dos marcadores em
busca do gol, ou, ainda, conseguir maior propulsão embaixo d’água.
Você se enxerga em uma situação dessas?
Qual a sua sensação em relação a essas experiências?
Principais características
O CONCEITO NA PRÁTICA
Em sala de aula, o ser interpessoal é aquele que conversa com todos,
até com o professor sobre os assuntos mais variados. Na hora de estudar,
preferem os trabalhos em equipe e são os primeiros a serem escolhidos
pela facilidade de comunicação e mo vação de todos.
Você se enxerga em uma situação dessas?
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INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL
Capacidade de compreender a si mesmo. É o entendimento das próprias
crenças, potencialidades e limitações. Controle dos vícios emocionais,
iden ficando comportamentos inconscientes.
Para Howard Gardner, a caracterís ca principal deste po de inteligência é a
facilidade, de quem a tem, em compreender e iden ficar suas próprias
emoções e em lidar com elas de maneira adequada às várias situações e aos
seus obje vos pessoais. Estudantes caracterizados por esse po de inteligência
responsabilizam-se pela sua própria aprendizagem, autorregulando o seu
estudo. Gostam de estudar sozinhos, pois isso implica a necessidade de refle r
e de avaliar seu nível de desempenho.
Pessoas com essa inteligência mais desenvolvida conhecem os seus pontos
fracos e os fortes, o que lhes permite definir obje vos e desafios adequados,
sem alimentar expecta vas irreais em seus processos de busca. Eles tendem a
ver o sucesso como o resultado do seu esforço, do seu trabalho consciente e
planificado, e da sua persistência.
Como exemplo, Gardner diz que escritores romancistas são ó mos arqué pos
de indivíduos com essa inteligência, pois em suas obras eles são capazes de
definir e explicar os sen mentos mais profundos de cada personagem, o que,
na maioria das vezes, se reflete em sua própria vida.
Principais características
O CONCEITO NA PRÁTICA
Essa é a inteligência daqueles que pensam duas e até mais vezes sobre o
próximo passo. Em sala de aula, o aluno que tem essa inteligência em
maior grau costuma realizar fichamentos, escrever resumos, buscando,
assim, o próprio insumo do estudo que faz. Suas a tudes são sempre
planejadas, o que inclui anotações das tarefas que precisam fazer.
Você se enxerga em uma situação dessas?
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INTELIGÊNCIA MUSICAL
Essa inteligência é, segundo Gardner, o talento que surge mais cedo e tem
relação com outros pos de inteligência. É reconhecida pela facilidade de
dis nguir tons, notas musicais e padrões rítmicos, além da facilidade para
composições musicais e habilidade para tocar instrumentos.
Compositores, instrumen stas, cantores e maestros são indivíduos
musicalmente inteligentes, pois têm como principal habilidade escutar, sen r e
entender uma música, o que, por sua vez, relaciona-se com a criação musical.
No entanto, Gardner explica que a organização rítmica “pode exis r de
qualquer realização audi va”, por meio de um grupo de dança, por exemplo.
Desse modo, é possível dizer que alguns aspectos da experiência musical estão
acessíveis a pessoas que não podem apreciar seus aspectos audi vos.
Segundo Gardner, o padrão de crescimento de um jovem músico pode ser
postulado da seguinte maneira:
Até os 8 anos, ele u liza seu ouvido sensível e habilidade natural para
aprender, mas não depende de muito esforço.
A par r dos 9 anos, ele passa a pra car com mais seriedade.
Chegando na adolescência, ele precisa ter certeza de que quer se dedicar à
música e “expressar para os outros o que é mais importante em sua própria
existência”.
Principais características
Reconhecimento de ritmos e padrões musicais.
Habilidade em interpretação de composições.
Capacidade de abstração musical durante composições.
Associação de situações com melodias.
O CONCEITO NA PRÁTICA
Apesar de ser independente de objetos sicos, e já se mostrar presente
na nossa vida desde a infância de maneira natural, a inteligência musical
está presente em toda sala de aula, especialmente naquele colega que
traz um violão para a classe, ou do compositor da turma, que nunca deixa
a equipe na mão na hora da gincana escolar.
Você se enxerga em uma situação dessas?
Qual a sua sensação em relação a essas experiências?
INTELIGÊNCIA NATURALISTA
É a sensibilidade para reconhecer fenômenos e elementos da natureza,
valorizar o conhecimento sobre toda a variedade da fauna, flora, meio-
ambiente e seus componentes. Gardner descreve a pessoa com esta
inteligência como um indivíduo “apto para reconhecer a flora e a fauna,
fazendo dis nções rela vas ao mundo natural, com capacidade de usar essa
habilidade na agricultura ou nas ciências biológicas”. A habilidade de apreciar a
vida ao ar livre ou de se sen r confortável junto à natureza são aspectos
importantes desta inclinação, mas caracterís cas como a capacidade para
discernir, iden ficar e classificar plantas e animais também integram a
inteligência naturalista, embora demandem estudos mais específicos.
Esse conhecimento mais profundo pode ser adquirido por meio da vivência
co diana, como acontece com pessoas que moram em zonas rurais e re ram
sua sobrevivência da natureza, ou com o estudo acadêmico em áreas como
biologia, agronomia e botânica, por exemplo.
Principais características
O CONCEITO NA PRÁTICA
A inteligência naturalista é fundamental na observação da evolução das
paisagens nas diferentes estações do ano, seja para iden ficar possíveis
riscos de ex nção de determinado po de animal, seja para iden ficar
fatores de risco da contaminação ambiental, inclusive para manifestar nas
empresas a importância da ecologia sustentável e promover decisões
é cas no cuidado do meio ambiente.
Você se enxerga em uma situação dessas?
Qual a sua sensação em relação a essas experiências?
Hoje, isso mudou. Se o emprego está com os dias contados, o trabalho está
em alta. Contudo, qual é a diferença?
Por trabalho, entende-se a disposição para tarefas e projetos, com duração
determinada, e interesse pessoal da pessoa contratada. O que conta, nessa
modalidade, não é o prazo (embora seja importante), mas a conclusão do
projeto e a entrega dos resultados buscados – que são negociados entre
contratantes e contratados.
Para ter uma ideia da amplitude dessa modalidade, pense o seguinte: na época
em que o emprego imperava, o indivíduo tinha apenas uma ou duas
remunerações. Na modalidade de trabalho, ele tem projetos, clientes,
demandas que precisam ser atendidas em diferentes tempos, áreas e
necessidades.
Se pensar nessa questão, seus horizontes se ampliam.
O trabalho é algo construído a partir de um ideal de crescimento pessoal.
Pode ganhar dinheiro com o seu trabalho, mas isso nunca será a razão
propulsora dessa modalidade em sua vida. Se está conectado com sua missão
e propósito, não trabalhará por dinheiro, mas por prazer e vontade própria; o
dinheiro é apenas o justo resultado da aplicação do seu talento.
TIPOS DE PLANOS DE CARREIRA
Agora que já entendemos a diferença entre ter um trabalho e ter um
emprego, con nuamos nossa jornada profissional apresentando os dois
principais pos de plano de carreira:
E por que é importante entender esses dois pos de plano de carreira? Com
esse conhecimento, você descobrirá qual posição melhor se adapta aos seus
interesses, e, a par r daí, trabalhe estratégias e metas asser vas e compa veis
para alcançá-la.
Em um primeiro momento, esse conhecimento pode não estar tão conectado
com seu pensamento, já que o ves bular está próximo, mas tenha certeza de
que adquirir esse conhecimento potencializará suas descobertas e estudos.
PLANO DE CARREIRA Y
Nos sistemas mais an gos e tradicionais de carreira, os profissionais cresciam
de acordo com o cargo que ocupavam. Então, primeiro começava como
assistente e, se nada de extraordinário acontecesse, con nuava progredindo na
carreira até a diretoria. A grande fragilidade desses planos mais an gos é que
algumas pessoas acabam não se adaptando às posições de liderança e toda a
caminhada pode ser perdida. Foi dessa fragilidade que surgiu a necessidade do
plano de carreira Y, como se pode ver na imagem abaixo.
Inspirado pelo próprio desenho da letra Y, o plano sugere que:
PLANO DE CARREIRA W
Já o plano de carreira em W sugere um terceiro caminho, juntando os dois
anteriores (que privilegiavam especialistas e gestores). Em vez de seguir como
um especialista ou gestor, esse profissional também pode se tornar um gestor
específico para projetos. Você tem interesse em organizar as a vidades e
liderar uma equipe? Então esse é o plano de carreira ideal.
Esse modelo (W) não é muito usado, pois funciona bem apenas em setores
bastante específicos, especialmente naqueles ligados ao ramo da tecnologia.
Se deseja trabalhar como cien sta da computação, programador ou analista da
informação, escolha esse plano. Por exemplo, um programador de so ware
sênior pode fazer a gestão de outros desenvolvedores, tornar-se especialista ou
gerir projetos de desenvolvimento de novas tecnologias dentro da empresa.
Resumimos esses planos no quadro a seguir:
11 PASSOS PARA ELABORAR UM PLANO DE CARREIRA
Após conhecer os dois pos de plano de carreira, qual decisão você deve
tomar agora? Escreva nas linhas a seguir:
Para traçar metas precisas, não podemos ficar apenas com a caneta sobre o
papel durante horas esperando o obje vo chegar. Para começar, reflita sobre o
seu estado atual. Responda, de 0 a 10, qual o seu estado atual em relação às
perguntas a seguir.
Como está a sua vida pessoal hoje?
Fale para si mesmo: “EU PRECISO DEFINIR O MEU ESTADO ATUAL”. É a par r da
mentalização dessa frase que você poderá se mobilizar racional e
emocionalmente para a mudança.
Para organizar melhor suas ideias, anote tudo aqui. Anote tudo o que vier à
sua cabeça – sem restrições! Isso o ajudará a ter mais clareza das suas ideias e
reflexões.
Como estão os seus estudos nesse momento? Sente-se feliz e satisfeito com o que está
aprendendo? Sente-se interessado e estimulado a dar o melhor de si? Sente-se
desa ado a se melhorar continuamente? O que você mudaria, caso pudesse?
O que você tem feito para ser um estudante melhor? Tem feito cursos, capacitações?
Escreva aqui.
Como está o seu relacionamento com os seus colegas de sala? Essas relações têm
interferido no seu dia a dia de estudos?
Quais são as suas áreas de interesse e desinteresse da rotina do colégio? Tem algum
hobby especí co que se relaciona (ou não) com a sua rotina? Qual?
Neste momento, você deve refle r sobre qual caminho profissional deseja
seguir nos próximos 6 anos. Esta reflexão é fundamental para o seu plano de
carreira, já que permite que você defina o que precisa fazer para alcançar uma
posição profissional dos sonhos e a ngir a plenitude.
Tenha certeza de que a par r do momento em que esse obje vo for definido,
você será capaz de guiar melhor sua carreira e aproveitar todas as
oportunidades que surgirem no caminho. Isso o fará se posicionar na sua vida
profissional e não ficar à mercê dos acontecimentos.
O que acontece com muitas pessoas é que elas não desejam, não sonham,
não têm metas. E quando o fazem, são guiadas por mo vos materiais. Lembra
quando falamos da diferença entre emprego e trabalho? Portanto, não basta
definir qual é o seu estado desejado; é preciso compreender o que está por
trás dessa vontade. Reflita sobre alguns ques onamentos e deixe tudo
registrado no livro.
AONDE QUER CHEGAR? O QUE ALMEJA PARA A SUA VIDA? DESCREVA COM DETALHES.
POR QUE ESTE ESTADO DESEJADO É IMPORTANTE? POR QUE VALERÁ A PENA? MENCIONE
AS VANTAGENS QUE ENXERGA NESSA POSIÇÃO.
É muito importante que as respostas estejam alinhadas com aquilo que você
acredita e com a vida que deseja no futuro. Dessa forma, será possível se
manter mo vado e focado ao longo da execução do seu plano de carreira.
trace metas
Chegando até aqui acreditamos que você já conhece o lugar onde está e
definiu o des no que quer alcançar com o seu plano de carreira. Nossa missão
agora é rar as pedras do seu caminho que o impedem de prosseguir.
Construiremos juntos, mediante o estabelecimento de algo primordial em
qualquer jornada de sucesso, as metas.
SUCESSO É TER UMA VISÃO POSITIVA DO FUTURO. E UMA VISÃO POSITIVA DO FUTURO
É A MANEIRA MAIS ADEQUADA PARA O ESTABELECIMENTO DE METAS. Algo que é
possível quando consegue verbalizar frases que o condicionam a seguir
adiante.
Verbalize “Minha meta é…”.
EXEMPLO:
Minha meta é passar no ves bular, é estar em uma universidade
desenvolvendo um projeto de pesquisa da minha área (verbalize).
Minha meta é concluir mestrado e doutorado em meu campo de estudo.
Repita essa ação 10 vezes todos os dias e anote seus insights neste livro.
O que mostramos foi a criação de uma visão exata. Pessoas que sabem
estabelecer metas não são acostumadas a dissertar sobre seus sonhos, elas
descrevem suas metas como quem descreve uma fotografia.
É assim que a mente funciona.
No entanto, é preciso estabelecer de quanto tempo precisará para sair do seu
estado atual e alcançar o seu estado desejado, definindo também o que precisa
fazer durante esse período para se preparar. Faça uma análise geral e veja se
esse plano é realista, mas, ao mesmo tempo, ousado. Lembrando que precisa
se desafiar a fazer mais e melhor, sempre!
Esse é o momento de criar a sua visão positiva de futuro. Descreva com detalhes suas
metas de vida – pessoais e pro ssionais. Pense alto e com ambição. Nada de
negatividade! Use o espaço a seguir para pensar e registrar por escrito as metas para a
sua carreira. Se preferir, você pode desenhar uma imagem que ilustra ou representa o
que tem em mente quanto ao seu objetivo.
Detalhes:
Desenho:
relacione-se bem com o seu dinheiro
Você já conviveu com aquelas pessoas que acreditam que o dinheiro é a raiz
de todos os problemas da humanidade? Acreditamos que essa visão não
contribui em nada para o seu desenvolvimento, pois o grande vilão, na
verdade, é o foco excessivo dado ao dinheiro, e não ele em si. Dinheiro não é
fim, é meio! Pensando-se dessa forma, o dinheiro se transforma em uma
ferramenta poderosa para mudar vidas.
Tratando o dinheiro como apenas uma meta-meio, a meta final fica a seu
critério, sempre lembrando do princípio básico que é crescer e contribuir.
Seguindo essa premissa você perceberá que o dinheiro traz conforto e
segurança, além de ser um meio de ajudar os outros e fazer a diferença no
mundo.
Eu, Paulo Vieira, costumo dizer que, em termos financeiros, há três pos de
pessoas:
ESTÁ DISPOSTO A JUNTAR UMA QUANTIA NA POUPANÇA? Essa quantia é su ciente para
as metas que está traçando?
Existem pessoas querendo ser ricas sem pagar o preço: tornarem-se peritas.
Está se dedicando aos estudos ou à profissão? Esta deveria ser sua reflexão
constante e diária. Algumas pessoas não sabem ou ignoram o quanto é
essencial conhecer a fundo a própria área de interesse, aquela na qual querem
crescer e se destacar. Acredite, no mundo compe vo em que vivemos, sem
perícia é impossível alcançar qualquer coisa.
Contudo, o que se entende por perícia? Perícia é fazer o que os outros não
fazem. É aplicar o seu conhecimento e estar acima do especialista, tornando-se
alguém com conhecimento diferenciado dos demais. A pessoa que tem perícia
é aquela que é sempre procurada por ser referência em algo e por saber o que
a maioria não sabe. Não é di cil imaginar que o faturamento dessas pessoas é
sempre superior ao das demais.
Lembrand : perícia é a
aplicação do conheciment .
Um bom exemplo de perito é Stan Lee. Redator, quadrinista, empresário e
ator norte-americano é considerado um dos maiores especialistas quando o
assunto é contar histórias em quadrinhos. Ele fez os primeiros roteiros em
1939, na Timely Comics, editora especializada em ficção cien fica e
quadrinhos. Contudo, foi na década de 1960 que Stan Lee e seus colaboradores
foram responsáveis pela criação de centenas de super-heróis, vilões e histórias
icônicas, muitas das mencionadas aqui.
As décadas foram passando e Stan Lee con nuou se aperfeiçoando,
descobrindo novos talentos no desenho e na forma de apresentar os seus
roteiros, elevando a cultura pop a um outro patamar.
Então chegamos ao ponto da questão: você deseja trilhar um caminho igual
ao de Stan Lee? Então, como está o seu aprendizado? Ser constante é um dos
jeitos mais rápidos para alcançar esse caminho. Não ache que começar um
projeto e não terminá-lo você alcançará seus obje vos.
ONDE ESTÁ A SUA MAIOR FORÇA? FALE SOBRE O QUE VOCÊ FAZ MELHOR.
O QUE PRECISA PARA SE TORNAR PERITO NESTA ATIVIDADE? O QUE TEM FEITO PARA
TORNAR ISSO UMA REALIDADE NA SUA VIDA?
A maioria das pessoas que tem um obje vo na vida – tanto pessoal quanto
profissional – costuma procurar indivíduos mais experientes que possam dar
dicas a elas para alcançar suas metas. Essas pessoas mais experientes, e bem-
sucedidas, se tornam referências e dividem conselhos sobre o que fizeram para
chegar aonde chegaram.
ACIMA DE TUDO, DISTANCIE-SE DAS PESSOAS QUE NÃO O LEVARÃO A LUGAR ALGUM.
Fuja delas como se sua vida dependesse disso. Fuja, na verdade, de qualquer
contato nocivo – sejam ambientes, pessoas ou conteúdo. Não se deixe
influenciar por cargas nega vas. Pessoas ricas selecionam tudo o que chega
para elas; aja, portanto, da mesma forma. Seja sele vo. Que po de pessoa
está ao seu redor? Elas têm os mesmos obje vos que os seus? Querem sempre
mais? Faça essa avaliação.
Os seus projetos, os seus sonhos, o seu futuro e o seu sucesso devem ser
compar lhados com pessoas que, de fato, possam agregar orientações de
valor. Dessa forma, procure sempre os conselhos de pessoas que alcançaram
aquilo que você quer alcançar. Para entender melhor, separamos alguns
exemplos prá cos na vida pessoal, acadêmica e profissional.
Vida pessoal
Você quer correr uma maratona e pede conselhos a um amigo seu. Esse
amigo até gosta de assis r corridas, mas ele é sedentário e não pra cou corrida
em nenhum momento da vida. Por mais que ele possa falar sobre as
modalidades de corrida, contar histórias de grandes maratonas e incen vá-lo,
tudo o que ele lhe transmi rá é a teoria. Será que você deve dar ouvidos a ele,
alguém que nunca pra cou o que está lhe falando? Será que não seria muito
mais adequado pedir dicas, ver vídeos e palestras ou ler livros de quem corre
maratonas?
Como o segundo ex-professor vivenciou essa experiência que você busca, ele
poderá ir muito além do que apenas indicar uma universidade ou curso:
poderá lhe dar dicas de como se preparar, explicar como é o dia a dia em uma
universidade estrangeira, indicar leituras e muito mais. Os conselhos podem
ser muito mais profundos, realistas e completos.
Vida profissional
Vamos agora para sua vida profissional, em um ponto em que você está
prestes a assumir uma posição de liderança em sua empresa e quer se preparar
melhor para assumir a vaga. Para isso, você lê livros de diversos autores que,
por mais que tenham uma boa bagagem teórica e ministrado diversos cursos,
nunca gerenciaram uma equipe.
Será que esse conhecimento teórico agregará riqueza? O que mais poderia
ser feito para desenvolver suas competências para esse desafio?
Isso se aplica, e muito, na vida profissional. Se você quer saber como ter
sucesso profissional, procure ouvir e ler os depoimentos de pessoas que de
fato alcançaram sucesso profissional e que já conhecem, portanto, o caminho.
Se você quer aprender a falar melhor em público, escolha palestrantes ou
pessoas que ministram cursos de dicção e oratória. Aprenda a falar bem em
público com quem o faz com maestria. Essa pessoa poderá lhe repassar as
experiências que teve, entre erros e acertos, que a levaram a esse caminho de
sucesso.
A teoria sem a prá ca resulta em obje vos incompletos. Por esta razão:
Liste agora 10 grandes referências na área em que você deseja atuar. Podem
ser pessoas ou empresas. O que elas oferecem que as tornam peritas? O que
elas fazem que você pode aprender para se tornar um profissional melhor?
Liste os nomes e escreva ao lado os destaques de cada pessoa ou empresa.
atue com diligência
VOCÊ CONTRATARIA ALGUÉM COM O NÍVEL DE PRODUTIVIDADE QUE HOJE VOCÊ OBTÉM
DOS ESTUDOS?
APÓS ESSAS AÇÕES, VOCÊ SE CONTRATARIA? PENSE COM CALMA NAS RESPOSTAS. COM
ELAS, VOCÊ ENTENDERÁ ONDE ESTÁ E, PRINCIPALMENTE, COMO CHEGAR AONDE DESEJA.
busque motivações
Nesse momento, seu plano de carreira está pronto. Porém, ainda falta uma
ação essencial: definir os prazos para o cumprimento de cada meta. Definir a
data específica é essencial porque você:
Entretanto, para desfrutar de todos esses bene cios é preciso que você defina
prazos realizáveis, já considerando eventuais obstáculos. Lembre-se, porém, de
que isso não pode colocá-lo em uma zona de conforto que não o desafie, afinal
buscar a realização dos seus sonhos é um preço que precisa ser pago.
Para um plano de carreira de sucesso, esteja disposto a correr certos riscos,
tentar novas experiências e abandonar a zona de conforto. Dessa forma, após
traçar as metas, você precisa ir além e es pular prazos para elas.
As pessoas que mais veram sucesso, que mais prosperaram, foram aquelas
que tropeçaram e caíram mais vezes. As pessoas que têm menos sucesso foram
as que menos erraram e menos fracassaram. Foram as que menos
experimentaram. Elas levam uma vida muito segura e tranquila sem
experimentar, sem ousar, com metas muito limitadas. Por isso, não fracassam,
mas também não têm sucesso.
Sabia que a experiência de inves dores, dos CEO de empresas de tecnologia
no Vale do Silício, nos Estados Unidos, é medida pela quan dade de empresas
que esses empreendedores já veram? E aqui não estamos com um olhar
nega vo, mas em uma perspec va de experiência e desenvolvimento
constante.
Por isso, amigo, não tenha medo de fazer o ves bular. “E se eu não passar
agora?” é uma pergunta válida, mas ela está no futuro. Foque no agora e se
pergunte se você está se preparando de maneira adequada. Não se preocupe
se vai passar ou não. Estude agora, porque a jornada também é importante na
construção do obje vo final.
Relax !
Se você sofrer, aprenda com o sofrimento e transforme-o em aprendizado.
As pessoas de maior sucesso foram as que mais quebraram a cara, as que
mais se machucaram. Contudo, foram as que mais chegaram alto em todas as
áreas da vida. Em algum momento, fracassamos. No entanto, não é por isso
que desis remos de experimentar. Em algum momento, receberemos um não.
Se você é daqueles que têm medo de ouvir um não, relaxe. Vamos ouvir um
monte de nãos, porque eles fazem parte da nossa vida. Nós, Paulo e Deibson,
ouvimos muitos “nãos” para chegar até este momento em que você está nos
dando a honra de ler um livro que saiu de nossas cabeças e experiências. Por
isso, não tenha medo da frustração, da rejeição, pois se trata de sen mentos
essenciais para o nosso aprendizado.
“As únicas coisas que nos separam de nossos objetivos são a nossa capacidade de
agir e a qualidade de nossas ações.”
Paulo Vieira
Messi também se tornou o jogador que mais ganhou o prêmio Ballon d’Or,
quatro deles consecu vos. Messi também é recordista do prêmio Chuteira de
Ouro, da UEFA, com cinco premiações, e ganhou por uma vez o prêmio de
melhor jogador da UEFA na Europa.
Levando em consideração o exemplo do jogador argen no, você acha que se
Messi es vesse jogando ainda naquele clube do bairro, ele teria alcançado
tamanho desenvolvimento e premiações quanto alcançou na equipe catalã?
Após refle r e tomar decisões que, com certeza, já estão mudando sua forma
de pensar, chegou a hora de perceber a realidade dos universitários e enxergar-
se como um deles, afinal essa já está se tornando a sua realidade.
EXPERIENCE DAY
Especialistas em educação estão convictos de que visitar uma faculdade ou
universidade em que se deseja estudar traz importantes ganhos ao aluno, não
apenas na autoes ma, mas em uma escolha mais precisa.
As pesquisas pela internet também são importantes, porém uma visita
presencial à universidade e ao seu futuro local de trabalho é a melhor maneira
de definir e conhecer o local onde passará, no mínimo, os próximos 4 anos da
sua vida. Você poderá analisar a infraestrutura dos prédios, as salas,
professores, o currículo e ainda conversar com os universitários, os seus
futuros colegas de campus. Por isso, o Experience Day é tão importante para
conhecer as ins tuições que estão entre suas favoritas. É essencial para uma
escolha certa e um futuro de sucesso.
Listamos a seguir um roteiro direcionado para seu momento extraordinário
de experiências na universidade e na empresa.
Boa visita!
COMO É SUA (DO ESTUDANTE) ROTINA? QUANTAS AULAS VOCÊ (O ESTUDANTE) TEM POR
DIA/SEMANA?
QUAIS SEUS (DO ESTUDANTE) PRINCIPAIS DESAFIOS DO DIA A DIA?
QUAL CONSELHO VOCÊ DARIA A ALGUÉM QUE ESTÁ PENSANDO EM INGRESSAR NESSA
MESMA PROFISSÃO?
OUTRAS PERGUNTAS FEITAS:
QUAL CONSELHO VOCÊ DARIA A ALGUÉM QUE ESTÁ PENSANDO EM INGRESSAR NESSA
MESMA PROFISSÃO?
OUTRAS PERGUNTAS FEITAS:
ESCOLHA DA CARREIRA
Como escolheu essa profissão?
Passou por alguma orientação de carreira?
Sua família interferiu de alguma maneira nessa escolha? De que outras formas
você foi influenciado?
RENDA
Considera sua carreira rentável?
COMPETÊNCIAS TÉCNICAS
COMPETÊNCIAS EMOCIONAIS
Quais competências emocionais são necessárias no seu dia a dia?
RELACIONAMENTOS
EXPECTATIVAS
Quais expectativas você tinha quanto a essa profissão que se
confirmaram?
DICA DE
FIL CAPITÃO AMÉRICA: O PRIMEIRO A TENTAR
ME:
Década de 1930. Em meio ao caos da Segunda
Guerra Mundial, jovens americanos tentam
participar do combate como demonstração de
patriotismo. Um desses jovens, Steve Rogers,
sabe que não tem chances de entrar para a
infantaria: sua magreza e fraqueza não
permitem o alistamento. Apesar disso, Steve
não desiste de tentar participar do confronto.
Com a ajuda do seu amigo Bucky Barnes, ele
consegue um alistamento e segue para o front.
ANOTE AQUI AS COISAS MAIS IMPORTANTES QUE VOCÊ APRENDEU COM O FILME.
SOFT SKILLS:
AS HABILIDADES DO FUTURO
Gostaria de começar este capítulo com uma pergunta sincera: onde você se
imagina trabalhando nos próximos 6 anos? Conforme você já vem percebendo na
leitura, estamos tentando demonstrar como sua escolha de carreira pode ser
precisa, ao mesmo tempo que aproveita a jornada.
É provável que você julgue este capítulo um pouco mais técnico do que os
anteriores, que traziam mais exercícios prá cos, e nós concordamos. No entanto,
não podemos deixar de explicar as mudanças constantes e velozes que o mercado de
trabalho está sofrendo e que está dando uma nova cara para o trabalho e para as
relações pessoais.
Em nossos estudos diários, percebemos que algo estava sofrendo uma
transformação silenciosa. É simples perceber essas mudanças: quando você toma
um ônibus e já não percebe que não há mais uma pessoa ocupando o lugar do
cobrador de ônibus, ou quando está no supermercado e os caixas eletrônicos já não
contam com um funcionário passando para registrar e cobrar suas compras. Esses
exemplos triviais já mostram uma nuance do novo cenário do mercado de trabalho:
Não queremos dizer com isso que elas perderam sua importância. Na verdade,
outras competências estão sendo requeridas para aquele profissional que deseja sair
na frente. Ou seja, é mais do que urgente aliar a bagagem técnica com uma base
emocional e relacional forte. E quais habilidades são essas?
São as so skills que entram no assunto como um grande e importan ssimo
complemento profissional: elas são as habilidades comportamentais que estão
marcando o século XXI e estão fazendo os grandes profissionais voltarem aos
estudos e treinamentos mais importantes do país. Para sua sorte, nós temos esse
arsenal disponível nas próximas páginas e estamos juntos para aprender como
desenvolver essas habilidades ao longo do livro.
De acordo com o Ins tuto Brasileiro de Geografia Esta s ca (IBGE), com base nos
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), do primeiro trimestre
de 2017, 23,6 milhões de jovens, entre 18 e 24 anos, estão desempregados. Você
consegue imaginar a magnitude dessa situação? São 284 mil estádios do Maracanã
lotados. Inacreditável!
E essa realidade pode estar bem perto e você não notou: já percebeu como os
processos sele vos estão ficando mais concorridos? É justamente porque os
candidatos estão fazendo de tudo por uma vaga, seja uma pós-graduação, MBA,
intercâmbios, ou cursos abertos e importantes para uma formação acadêmica
robusta.
Isso tudo é importante, sem dúvidas. Contudo, precisamos deixar uma coisa
bastante clara e queremos que você não a esqueça: CURRÍCULO NÃO É TUDO!
Estamos esquecendo que acumular diplomas não é a única saída para o
crescimento profissional. Insis remos nessa tecla. Não se preocupe! Agora vamos
explicar o que são as so skills.
Desenvolvido por profissionais de recursos humanos para definir caracterís cas
subje vas, o termo so skills nomeia aquelas qualidades que surgiram de acordo
com a criação, a educação, as experiências, a cultura, entre outros fatores. Ao
contrário das hard skills, que são as habilidades ensinadas em uma
profissionalização, ou desenvolvidas durante o curso, com livros e apos las, e no
ambiente de trabalho.
As hard são avaliadas durante os processos sele vos e comparadas com as dos
outros candidatos em entrevistas e testes. Sabendo disso, é importante destacar que
as hard skills não podem ser as principais formas de análise de competências
profissionais e mostraremos o porquê.
EM RESUMO:
hard skills são habilidades técnicas, enquanto as so skills são habilidades
comportamentais.
Entretanto, aí, você pode estar se perguntando: como as so e as hard skills são
percebidas na prá ca?
Para responder a essa pergunta, precisamos imaginar o processo de seleção de
uma empresa. Se ainda não passou por esse momento decisivo, não se preocupe,
ele ainda virá algumas vezes ao longo de sua jornada profissional, o que nossas
próprias vidas podem afirmar.
Tradicionalmente, suas etapas são baseadas apenas na análise do currículo,
composto pelas competências técnicas, como graduação e cursos complementares.
Porém, nas etapas de entrevista, dinâmica, apresentações públicas, treinamentos,
situações criadas para ver como a pessoa age, não é o seu currículo que será
analisado, mas suas a tudes. Em vez de na técnica, esse momento é focado no
comportamento.
“Um indivíduo inteligente é aquele que consegue identificar as emoções com mais
facilidade.”
Paulo Vieira
O controle de impulsos.
Canalização de emoções.
Mo vação das pessoas ao seu redor.
Prá ca de gra dão.
Preste atenção agora em como essa habilidade pode ser dividida em cinco
caracterís cas específicas. Enquanto es ver lendo, marque de 0 a 10 o quanto acha
que cada habilidade está desenvolvida em você. Esses números são importantes
para que você con nue adquirindo autoconhecimento.
Autoconhecimento emocional
Automotivação
Conhecer os sen mentos é o primeiro passo. Em seguida, temos de saber lidar com
eles. Com isso, podemos ter o real domínio de nossas vidas e podemos estar no
controle das emoções.
Empatia
Olhar sem julgamento e entender o que levou alguém a agir de determinada forma,
mesmo que você discorde dela, é um passo para que a pessoa não se sinta retraída.
O controle dessas emoções pode ser considerado um dos principais trunfos para o
sucesso profissional e pessoal, uma vez que a pessoa pode se concentrar mais no
trabalho e finalizar as suas a vidades, mesmo se se sen r ansiosa ou triste com
alguma coisa.
Agora, se você está se perguntando como desenvolver a Inteligência Emocional,
chegou o momento de aprender.
Como todos nós sabemos, a vida é cheia de desafios, metas, reuniões, prazos,
questões de saúde, família, filhos, relacionamentos etc. A par r disso, somos
obrigados a tomar inúmeras decisões. Esse contexto, que pode ser muito
desgastante e estressante, é gerado porque as emoções estão em toda parte.
Isso ocorre porque o cérebro emocional é mais rápido do que o racional, o que faz
o ser humano sempre levar as emoções em consideração, ao passo que a sua razão
con nua analisando e pensando.
Por isso, entender que somos mo vados pela emoção é o primeiro grande passo
para começar a desenvolver a Inteligência Emocional. Os tópicos a seguir
apresentam os principais bene cios de desenvolver a IE em nossas a vidades
co dianas, entre elas, o estudo.
AVALIAÇÃO
COMPETÊNCIAS EMOCIONAIS PESSOAIS
(0 A 10)
TOTAL
AVALIAÇÃO
COMPETÊNCIAS EMOCIONAIS SOCIAIS
(0 A 10)
1) Empa a – Perceber as emoções alheias, compreender seus pontos de vista e
interessar-se por suas preocupações.
4) Liderança inspiradora – Orientar e mo var com uma visão ins gante, conduzindo
pessoas a obje vos de ganhos mútuos.
TOTAL
Solução de problemas complexos
É tudo prátic .
Quem está fazendo a a vidade é de fato a melhor pessoa para resolver problema
complexos?
Esse profissional é treinado técnica e emocionalmente para a função?
Ele sabe os porquês do que está fazendo?
Pensamento crítico
Criatividade
Apesar de ser um grande desafio para a maioria, a cria vidade é uma importante
a tude se o indivíduo quer fazer parte da indústria 4.0 que está em andamento. Em
um mercado compe vo como este que vivemos, quem se mostra mais sagaz na
elaboração de soluções da forma mais inovadora e rápida possível terá, sem dúvida
alguma, a preferência das empresas.
RESPONDA DE 0 A 10:
O quanto estou desenvolvendo minha cria vidade?
Relacionamento interpessoal
Aqui é importante usar a capacidade analí ca para tomar decisões. Com uma boa
análise de cenários e acompanhamento dos resultados, seguidos de uma
autoavaliação, o indivíduo garante para si a experiência necessária para decidir com
segurança e autoridade.
Conhecendo-se e tendo visão completa do trabalho da equipe, é possível que o
funcionário tome as melhores decisões. É preciso ter sabedoria o suficiente para não
tomar a tudes precipitadas e não se arrepender. O pulso forte, em casos como esse,
funciona para organizar a equipe do melhor modo possível. Em certas ocasiões, o
funcionário ou o colega de trabalho não aprova a decisão, sobretudo quando isso
pode desfavorecê-lo. Para evitar esse problema, é preciso dialogar e explicar para
deixar claro o que quer, uma vez que só por meio da boa comunicação é possível se
evitar problemas.
A todo momento, em nossas vidas, exercemos a capacidade de julgar e escolher; do
que comer até aonde ir e o que fazer. Apesar do caráter banal dessa habilidade, sem
ela não seria possível ler este livro, ou escolher quais conteúdos se adequam mais a
sua vida. De toda forma, essa habilidade é encontrada de maneira clara nos
ambientes de gestão, nos quais os líderes precisam tomar decisões que muitas vezes
exigem análises de diversos cenários e perspec vas em que um lado sempre sairá
perdendo, como um processo de admissão ou demissão, ou uma gestão de crise.
Os profissionais que têm essa habilidade são os mais capacitados para ajudar os
outros em qualquer cenário, favorável ou adverso; nutrem bastante empa a e um
desejo intrínseco de auxiliar em resultados melhores para todos os envolvidos. A
resolução das a vidades acaba tornando as empresas ainda mais eficientes. Esse
valor fideliza o consumidor e garante um serviço promissor para ambas as partes.
Com a orientação apropriada, o profissional é reconhecido pelo potencial de realizar
novas ações e pela capacidade de executá-las com maestria.
Para o desenvolvimento pleno dessa habilidade, é preciso ter o desejo não apenas
de contribuir com o próximo, fazendo de si um mero personagem no jogo da vida,
mas também é preciso querer crescer como indivíduo ou como funcionário, em
qualquer área de sua vida.
Negociação
Se comunicar é algo muito mais complexo do que falar a mesma língua. É preciso
ter isso em mente, visto que através da comunicação conseguimos precisão em
nossos desenvolvimentos interpessoais. Por isso que, quando temos um modo eficaz
de se comunicar, conseguimos enfa zar um bom diálogo entre interlocutor e
receptor, gerando, assim, um entendimento compreensível do que é dito. Assim,
garan mos uma asser vidade em nosso universo, cheio de momentos importantes,
como na sala de aula ou no mercado de trabalho, que exigem uma comunicação
precisa para o melhor resultado de carreira.
Consequentemente, se diz “a maioria das profissões exige uma boa comunicação”.
Erro comum. O correto seria apontar que todas as profissões e funções precisam de
uma interação adequada, e apresentam uma comunicação própria dentro de suas
caracterís cas. Uma boa comunicação inclui escutar, escrever bem, saber se portar,
compreender o que é dito e realizar trabalhos em equipe. O poder de influenciar
nasce desse conjunto de habilidades, inclusive.
Empatia
Agora é a sua v z!
Elencamos, nas próximas páginas, outras so skills. A seguir, escreva de
0 a 10 qual é o seu nível de compa bilidade em cada uma delas. Logo depois de
preencher a tabela, responda às perguntas.
Área de interesse:
( ) Ciências Humanas
( ) Ciências Exatas
( ) Ciências Naturais
( ) Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Comunicação
Escuta
Negociação
Persuasão
Falar em público
Decifrar pessoas
Contar histórias
Comunicação visual
Adaptabilidade
Aptidão artística
Criatividade
Desejo de aprender
Flexibilidade
Inovação
Pensamento lógico
Solucionador de problemas
Pesquisa
Desenvoltura
Gerenciamento de conflitos
Solucionador de conflitos
Fazedor de negócios
Tomador de decisões
Delegador de tarefas
Resolução de conflitos
Facilitador
Feedback preciso
Inspirador
Gerenciamento
Gerenciamento de projetos
Gerenciamento de talentos
Gerenciamento remoto
Gerenciamento de reuniões
Mentoria
Motivação
Coaching
Supervisor
Confidente
Cooperação
Cortesia
Energia
Entusiasmo
Simpatia
Honestidade
Comicidade
Paciência
Respeitabilidade
Trabalho em grupo
Aceitar feedback
Colaboração
Atendimento ao cliente
Inteligência emocional
Empatia
Relações interpessoais
Interculturalidade
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Networking
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Atenção
Dedicação
Confiabilidade
Colaborador
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Planejador
Pontualidade
Autorresponsável
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Treinável
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Gerenciamento de performance
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Ã
DETERMINAÇÃO
Ter um sen do, ou encontrar uma razão para fazer as coisas que fazemos, é o
que nos alimenta de esperança quando buscamos realizar um sonho ou
alcançar um obje vo. Parece algo trivial dizer isto, de tão óbvio: fazer as coisas
em razão de um sen do ou de um propósito, não é? No entanto, nem todos
percebem assim aquilo que fazem. Muitos, talvez a maioria, estão tão
atrelados às ro nas formais de suas próprias vidas, que acabam automa zando
tudo e mal se dão conta da falta de sen do ou de perspec va.
Alguns trabalham com o único intuito de buscar o sustento para a família;
outros usam toda a sua força e tempo simplesmente porque não têm outra
opção de vida, a não ser encontrar um emprego, qualquer emprego, e passar
ali os seus dias, um atrás do outro, sem a menor chance ou perspec va de
mudança.
Outros ainda, em situação las mável, nem sequer percebem que existe vida
além do seu previsível co diano. Para estes, buscar sen do, razão de
existência, ou o significado da vida, muitas vezes, soa como uma espécie de
luxo filosófico. Afinal, a pessoa tem tanta coisa importante para fazer, que
pensar na vida, no sen do da vida especificamente, parece até uma zombaria.
Contudo, há situações que surpreendem ainda mais, em que, pelo menos
teoricamente, não haveria razões para que isso acontecesse. Por exemplo, um
aluno que estuda porque vê no estudo uma obrigação pessoal, ou um herdeiro
que se sente obrigado a tocar os negócios da família, mesmo contra a sua
vontade, ou a mulher ou homem que se casam em razão de um acordo ou de
interesses econômicos ou sociais.
São situações estranhas, irrefle das e, por incrível que pareça, bastante
comuns, em que as pessoas se sentem obrigadas a fazer o que não querem, e
não conseguem imaginar uma vida diferente da que têm.
Já parou para pensar no porquê faz as coisas que faz? Como as pessoas à sua
volta enxergam as próprias vidas? Você consegue encontrar um sen do claro
nas suas tarefas, nos seus desejos, nos seus sonhos?
O curioso nisso é que esse comportamento parece ser um traço humano que
se repete ao longo de gerações. Em diferentes épocas e lugares, pessoas, às
vezes até populações inteiras, passaram suas vidas fazendo coisas para as quais
não nha ap dão alguma, ou sem saber o porquê faziam aquilo, para qual
finalidade e até, o que era muito pior, sem querer fazer, mas sendo obrigadas a
fazer.
É um absurd , nã ? É t ist .
Se pensarmos em épocas ou situações em que essas pessoas não nham de
fato escolha – e, mesmo que vessem, seriam obrigadas a fazer o que quer que
fosse contra sua vontade –, talvez seja possível compreender um pouco esse
po de comportamento.
Contudo, como explicar isso nos dias de hoje, em que temos à disposição
tantos canais de informação, oportunidades incríveis de conhecimento, e,
mesmo assim, muitas vezes nos vemos repe ndo tarefas sem o menor sen do,
atuando como se fôssemos movidos por um piloto automá co invisível?
Prova de que essa é uma angús a humana das mais ancestrais, recorremos
mais uma vez aos an gos gregos, que, com a riqueza de seus mitos e lendas,
também aqui poderão nos ajudar a compreender melhor esse sen mento e
nos guiar para a busca de sen do em nossas ações. Veja a história de Sísifo,
considerado como o mais astuto dos mortais, cujo cas go a que foi condenado
inspirou o ensaio filosófico “O mito de Sísifo”, do escritor existencialista Albert
Camus.
Há muito tempo, Enarete, esposa de Éolo, rei da Tessália, deu à luz um
menino forte e predes nado, cujo nome era Sísifo, considerado pelos próprios
deuses o mais astuto dos mortais. Sua fama é conhecida em todo o mundo, em
par cular pela pena a que foi condenado para toda a eternidade. É
considerado um dos maiores ofensores dos deuses.
Sísifo era muito inteligente, cheio de malícias, e em todas as situações que se
envolveu tratou de dar um desfecho que sempre lhe foi favorável, à custa de
alguma trapaça, que o pusesse em vantagem em relação ao seu oponente.
Entre tantas aventuras, a mais notável foi sem dúvida a que começa, certo dia, com
o estranho voo de uma grande águia sobre Corinto, a cidade de Sísifo, em cujas
garras encontrava-se a bela jovem Egina, filha de Asopo, um deus-rio. Asopo, por
sua vez, dando-se conta do sumiço de sua filha, Egina, começou a procurá-la e a
indagar em toda parte por seu paradeiro. Sísifo, que tinha visto Egina nas garras da
águia, sabia o que tinha acontecido, fez um acordo com o deus-rio Asopo, dizendo-
lhe que contaria do rapto de Egina, desde que ele, o deus-rio, providenciasse uma
fonte de água permanente para sua cidade, que vivia secas terríveis. O acordo foi
cumprido à risca, a cidade recebeu sua fonte e Sísifo contou a Asopo do rapto de
sua filha pelo grande Zeus.
Com essa revelação, Sísifo despertou a ira de Zeus, que pediu a Tânatos, o deus da
Morte, que levasse o astuto Sísifo para o Hades, o mundo dos mortos. Contudo,
Sísifo conseguiu enganar a própria Morte, seduzindo-a por sua vaidade. Ele elogiou
sua beleza e pediu para que o deixasse enfeitar seu pescoço com um colar. O colar,
na verdade, era uma corrente encantada, com a qual Sísifo manteve a Morte
aprisionada por muito tempo.
Durante esse período ninguém mais morreu. Logo, porém, novas encrencas
surgiram, dessa vez com Hades, que precisava da Morte para consumar suas
batalhas, e com Ares, o deus da guerra, que não conseguia mais matar ninguém.
Sabendo do que havia acontecido com Tânatos, Hades o liberou e ordenou-lhe que
trouxesse Sísifo imediatamente para as mansões da morte. Sísifo, sabendo de seu
inevitável destino, ao se despedir da esposa, teve o cuidado de pedir a ela que não
enterrasse o seu corpo.
Quando já estava nos braços de Hades, ele reclamou da falta de respeito da esposa,
que havia deixado o seu corpo na Terra insepulto. Suplicou então à Morte (Tânatos)
que o liberasse por um curto período, para que pudesse castigar a mulher e, assim,
cumprir os rituais fúnebres. Hades concedeu o pedido e Tânatos o liberou. E, desse
modo, ele voltou ao seu corpo, fugindo depois com a esposa. Era a segunda vez que
Sísifo enganava a morte.
Usando de todos os truques para viver, Sísifo acabou morrendo de velhice. Contudo,
Zeus não o perdoou. Ele enviou Hermes, o deus mensageiro, para conduzir sua alma
ao Hades, e de lá ao Tártaro, um dos reinos mais profundos da morte. Ali ele foi
julgado como um grande rebelde e castigado, assim como aconteceu com
Prometeu, outro herói mitológico, que havia roubado o fogo do Olimpo, e tantos
outros.
Como punição, Sísifo foi condenado, por toda a eternidade, a empurrar uma grande
pedra com suas próprias mãos até o cume de uma montanha, mas de modo que a
cada vez que ele se encontrasse próximo de alcançar o topo da montanha, a pedra
rolava montanha abaixo, até o ponto de partida, o que invalidava todo o esforço
despendido por Sísifo, e ele tinha de começar tudo de novo. Por essa razão, a
expressão “trabalho de Sísifo” é empregada para denotar tarefas que envolvam
esforços longos e repetitivos, e sempre fadados ao fracasso, como um infinito ciclo
de trabalhos que, além de nunca levarem a nada de útil ou proveitoso, não
permitem quaisquer opções de desistência ou de recusa em fazê-los.
A par r dessa experiência, a existência de Sísifo tornou-se uma realidade
absurda, de modo que tudo o que ele fazia não nha sen do nem propósito.
Ele comia, mas permanecia com fome, dormia, mas con nuava com sono, suas
feridas eram curadas, mas con nuavam a doer, assim como o lugar onde vivia,
e que ele sempre limpava, mas con nuava sempre sujo. Era assim sua
sensação da vida, esplendidamente ilustrada na pedra que ele, dia e noite,
nha de levar ao cume da montanha. Os mitos gregos, com o intuito de
apresentar uma moral con nua, dotavam os cas gos de um sen do eterno de
realização. Por exemplo, como no mito de Sísifo quanto à con nuidade de uma
situação, também Prometeu teve seu gado devorado, e regenerado,
eternamente por um corvo. As transformações eram con nuas, mas não
avançavam nunca.
Sísifo convivia diariamente com a pedra caindo e necessitava levá-la de volta
para o topo. Essa ro na é o que acontece atualmente com o homem que tem
de sair todo o dia e refazer sua jornada. Mesmo que Sísifo não vesse
oportunidade de escolher entre aguentar ou não o cas go, não seguimos esse
padrão e podemos construir e seguir nossa ro na de forma abundante.
Já percebeu que os mitos que apresentamos até agora têm em si um caráter
trágico que os impulsiona para a vida? E que essa tragédia emerge pela tomada
da consciência desses heróis? Na alegoria da caverna, a tragédia acontece
quando aqueles homens ali presos não sabem ou não conseguem (ou não
aceitam) compar lhar a luz do Sol (a realidade) – optando pelas trevas, pela
ignorância, pela zona de conforto. Na Odisseia, Ulisses precisa voltar para casa,
mas tem de enfrentar a tragédia de uma jornada permeada de provações – é
em um certo sen do a razão de sua sina e o único caminho possível para o seu
retorno. E o que falar de Teseu e sua inicia va de enfrentar um monstro
metade homem, metade touro? A tragédia, apesar do ethos (caráter e
disposições morais) que carrega, de algo triste, deprimente, carrega uma
transformação, algo novo ao humano que dela faz parte. Ademais, há algo que
todos esses heróis compar lham: todos procuram ser bem-sucedidos em seus
obje vos. Tornando-se conscientes, eles querem superar seus obstáculos,
assim como Ulisses quer voltar para a casa, Teseu quer vencer o monstro e
Sísifo quer viver. Esse é o sucesso que buscam em suas vidas.
Nossa vida não é diferente, desejamos o sucesso em todas áreas em que
estamos, no âmbito profissional, familiar e educacional. E com você, como as
coisas têm acontecido? Depois de levar a sua pedra até o topo, o que
acontece? Ela fica lá, parada? O seu obje vo é alcançado? Você já deve ter se
deparado com algum amigo em situações parecidas. Ele faz vários planos de
estudo, organiza todo o conteúdo para os dias de prova, dá o máximo de si,
mas quando chegam os desafios, quando ele está subindo a montanha e o
cume está bem próximo, ele parece perder o controle, e lá se vai a pedra morro
abaixo. Isso pode se dar por uma nota ruim depois de um esforço desmedido,
decorrente, por exemplo, de um “branco” na hora da prova, ou de uma noite
sem dormir, exatamente na véspera do exame, o que o impede de se
concentrar na hora do exame. Sem dúvida, temos aqui uma a vidade vazia,
cujo obje vo nunca se realiza.
Contudo, o que é uma transformação poderosa da realidade? É perceber que
a pedra que rola é a mesma que subirá de novo ao topo. Que essa descida
tanto pode ser para a tristeza, quanto para a alegria, depende de como cada
um enxerga esse movimento e de como reage diante dos infortúnios. Veja o
exemplo de um jogador de futebol. Seu obje vo é marcar um gol e vencer a
par da contra o adversário. Porém, ainda existe um adversário para vencer
dentro de campo e, com certeza, não será algo fácil vencer uma defesa bem
postada, ou um goleiro em um dia inspirado, sobretudo porque o oponente, do
outro lado do campo, tem o mesmo obje vo. São, aproximadamente, 33% de
chances de vitória, 33% de chances de empate e 33% de chances de derrota.
Para conseguir três pontos em uma par da, as chances são apenas de 33%. As
chances de empate e derrota somam 66%. Ou seja, os números mostram que a
tragédia sempre está mais próxima do que o sucesso.
Apesar disso, como acha que as equipes entram em campo? Será que elas
jogam pensando nas esta s cas do jogo? Provavelmente não. O que as move é
a possibilidade de vencer. Se perderem (e isso é possível), elas treinarão mais
durante 1 semana e se prepararão para o próximo confronto. O ciclo é
con nuo até a perfeição.
Sísifo usou sua perspicácia para desafiar o status quo dos deuses e viver uma
vida à margem de forças poderosas. Por isso man nha a esperança em fazer o
que fazia. Ele nha poder para escolher o seu próprio caminho, e não seguir o
caminho traçado pelos deuses. E assim seguia sua vida. São essas lições que
podemos rar de sua história. O mesmo acontece com o Sol, que apesar de
nos aquecer todos os dias, não impede que a noite venha e traga seus sopros
gélidos e a escuridão – a qual o homem tratou de enfrentar com suas luzes
ar ficiais. É uma criação humana. Toda história tem muitos lados, descobri-los
e reinterpretá-los é um esforço con nuo.
Como afirma Paulo Vieira, “pessoas limitadas perguntam se vão conseguir;
pessoas vencedoras perguntam o que vão fazer para conseguir; e super-
humanos perguntam quem vão se tornar ao conseguir”. A busca do sucesso
depende de suas ações e de sua saída da zona de conforto. Conte conosco para
transformar o seu esforço em resultados exponenciais.
O PODER DO PROPÓSITO
O QUE É TER UM PROPÓSITO?
É conseguir um futuro confortável? É ser bem-sucedido em sua futura
profissão? É construir uma família harmoniosa com todas as opções
anteriores?
Para Mar n Seligman, o pai da Psicologia Posi va, o senso de propósito está
nas respostas a essas perguntas. Segundo ele, esse componente de bem-estar,
ou de se estar bem consigo e com os outros, é essencial em diversas culturas e
está ligado a um sen mento de felicidade. Em miúdos, é isto: ter um propósito
na vida é sen r-se feliz.
Viver começa com a descoberta desse propósito, pois tê-lo será uma
verdadeira libertação. E o mo vo é simples: TODA ESCOLHA ESTARÁ JUSTIFICADA,
E CADA AÇÃO TERÁ UM MOTIVO SEM QUE SEJA NECESSÁRIA MUITA REFLEXÃO.
Por exemplo: se uma pessoa tem como propósito cuidar de animais
abandonados, não será um sacri cio passar por todo o processo necessário
para se tornar veterinária. A escolha por dedicar horários da semana para o
trabalho voluntário em uma ONG, em vez de se dedicar apenas na própria
clínica, fará todo o sen do.
É preciso saber que cada indivíduo desenvolve o seu propósito pessoal e
começa a vivê-lo ainda cedo, mesmo sem percebê-lo. Ou seja, o propósito é
seu, e não dos seus pais ou tampouco de seus familiares ou colegas de sala de
aula. Mesmo que todos possam ajudar em seu desenvolvimento, não serão
eles que farão o esforço necessário para você alcançar o sucesso. Por isso, uma
vida não examinada afasta a maioria das pessoas de seus propósitos, deixando-
os escondidos por baixo de camadas e mais camadas de sofrimento.
Um propósito pode ser iden ficado mediante uma visão que representa tudo
o que se considera um mo vo para viver. Esse sen mento, por sua vez,
con nua se renovando e se fortalecendo a cada dia enquanto esse propósito
não for a principal razão por trás das ações.
O propósito é a âncora que manterá o indivíduo seguro, pois estará firme
mesmo com o surgimento de adversidades. Basta lembrar o que diz o psicólogo
Mar n Seligman:
“Viver uma vida plena requer que cada indivíduo responda para si o que significa
viver.”
10. QUAL CONSELHO PODE DAR A ALGUÉM QUE ESTÁ PENSANDO EM ESCOLHER A
MESMA PROFISSÃO QUE VOCÊ?
(...) E também era isso o que significava para mim o sucesso. Tive uma vida muito
boa até os 17 anos, na cidade do Rio de Janeiro. Até que o negócio do meu pai faliu
e, de repente, a vida se tornou muito, muito, mas muito difícil. Dos 17 aos 30 anos, a
palavra que melhor se encaixa para a minha vida é “desespero”.
Aos 30 anos, quando entendi como a mente funcionava e os princípios do coaching,
minha vida mudou. Muito. Eu tinha dois carros e um apartamento quitado, com
minha esposa e meus dois filhos ao meu lado.
A partir daí, esse se tornou meu maior empenho, levar as pessoas e as empresas a
terem esse sucesso. Eu lutava por isso, empenhava-me por isso. A minha empresa se
chamava Spy Store. Era uma consultoria de gestão de varejo, que ajudava as pessoas
a crescerem. O negócio foi um sucesso nessa época.
Meus clientes começavam a prosperar e isso consumia todo o tempo deles. Era
trabalhando, produzindo, ganhando dinheiro. Comprando carro e prosperando cada
vez mais. E eu também, da mesma forma. Trabalhava muito. Tinha clientes
dobrando, triplicando o faturamento.
No entanto, eles estavam felizes? Estavam ganhando dinheiro, trocando de casa e
de carro. E a felicidade? Comecei a olhar para os meus clientes e a maioria deles
quanto mais dinheiro ganhava, quanto mais avançava na carreira, quanto mais
sucesso fazia, mais estressada se tornava. Mais irritada ficava, com pouco sono, com
pensamentos acelerados. Problemas conjugais, filhos usando drogas etc. Clientes
casais, que eram sócios, brigando por dinheiro. Problemas de saúde, irritação,
insatisfação. Não tinham tempo para nada, nem ao menos para serem... felizes.
A ficha caiu: essa definição tradicional de sucesso não era suficiente para fazer
pessoas felizes.
Em 2003, minha empresa tinha 5 anos e estava no auge do sucesso. Tínhamos mais
de 30 funcionários, filiais em quase todas as partes do Brasil e mais de 50 clientes ao
mesmo tempo. Dormia 3 horas por noite. Chegava em casa e ia estudar meu
material de vendas para fazer propostas aos clientes. Depois, ia estudar o conteúdo
de um MBA muito puxado. Dormia pouquíssimo e ia todo feliz, apesar de ter
necessitado ir várias vezes ao hospital em decorrência das poucas horas de sono.
Contudo, minha ficha caiu quando minha filha nasceu, em 2003. Minha vida mudou
radicalmente. Comecei a planejar a mudança da empresa. Não queria mais trabalhar
com consultoria de empresas, queria trabalhar com pessoas. Esta é minha paixão:
levar pessoas a também mudarem suas vidas. Chega de fazer o cara ganhar dinheiro
e perder a esposa. Chega de fazer o cara ganhar mais dinheiro e abandonar o filho.
Isso é loucura. Não quero ser vetor desse “sucesso”. Então comecei a estabelecer
uma nova definição para mim.
Sucesso não é apenas financeiro e profissional. É estar de bem consigo, é estar bem
com seus pais, com seus irmãos; é amar e ser amado. Sucesso é ter amigos de
verdade; é ter saúde, disposição física; é ajudar o próximo, o desabrigado, a criança
carente, o faminto, o doente. Sucesso é estar perto de Deus. Cada um na sua
religião, mas perto do seu deus. Isso é sucesso.
PLANO DE CARREIRA
Qual o seu plano para os próximos 6 anos? Passar no ves bular mais
concorrido do Brasil? Estudar em uma universidade fora do país? E, após fazer
a faculdade, o que vai fazer? Como pensa em conseguir aquele emprego dos
seus sonhos? São perguntas que nos a ngem como uma pedra na cabeça
quando não temos um plano de carreira bem definido. Sim, porque se você
pensar, faz uma enorme diferença sair para algum lugar sem um mapa, sem
uma rota, sem um caminho definido que o leve aonde quer chegar. Saiba que
de maneira organizada, consciente, com preparação e dedicação, é possível
alcançar qualquer obje vo. Para tanto, é necessário elaborar um plano de
carreira, que lhe permita visualizar de maneira clara o seu des no, de tal modo
que possa se sen r mo vado no seu dia a dia para chegar lá.
Vamos começar esse processo extraordinário em busca do seu sucesso, com
estratégia e dedicação. Veja uma rápida explicação:
Você encontrará a seguir um plano completo para traçar sua carreira nos
próximos 6 anos. À sua disposição estão três blocos: o primeiro chamaremos
de “bloco Ingressar”, referente ao período anterior do seu curso na
universidade; o segundo será o “bloco Durante”, e se refere aos cursos e
estágios que você fará; por fim, há o “bloco Depois”, que tratará da empresa e
do cargo que você almeja.
Preparad ?
Semestre
Ações
FAÇA UMA AVALIAÇÃO DOS LUGARES ONDE PODERIA ESTAGIAR (NOS QUAIS TERIA UM
APROVEITAMENTO MELHOR), E DEFINA PELO MENOS DUAS EMPRESAS. Onde você
estagiará:
Empresa 1:
Empresa 2:
De quais eventos participará:
FAÇA UMA ANÁLISE DOS EVENTOS, FEIRAS E SEMINÁRIOS QUE SE REALIZAM NESSA
ÁREA. Quais você acha fundamentais para conhecer?
PENSAMENTO CRÍTICO:
aqui valem, e muito, lições de estratégia, dinâmica de tá cas, análise
pormenorizada da situação, mas sem perder de vista o conjunto da situação
seu contexto, avaliando pontos sensíveis, vulneráveis e poderosos.
CRIATIVIDADE:
situações similares exigem respostas diferenciadas. Essa é a síntese do
benchmarking, um sistema que permite desenvolver a cria vidade a par r d
análise de diferentes soluções para problemas similares. Exemplo: quer
melhorar sua equipe de futebol? Que tal conhecer como são feitos os treino
desse esporte em uma piscina?
GESTÃO DE PESSOAS:
aprenda a entender de gente. Se quer ter uma equipe unida e focada em
determinado obje vo, é preciso conhecer o que une essas pessoas, o que a
mo va e o que as realiza enquanto grupo e individual.
COORDENAÇÃO:
liderar pessoas é outro desafio importante. A maior lição de um líder é sua
capacidade de formar novos líderes – em diferentes situações da
vida/empresa.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL:
o pensamento cartesiano é importante, mas ele sozinho não dá conta de lid
com as emoções dos indivíduos, sobretudo quando as emoções falam mais
que o raciocínio. Estude a fundo esse tema.
NEGOCIAÇÃO:
entenda “negociação” como uma arte. É preciso desenvolver empa a,
capacidade de persuasão, respeito e é ca.
FLEXIBILIDADE COGNITIVA:
às vezes, ceder, colocar-se no lugar do outro, compreender os obje vos que
estão em jogo ajudam muito no desenvolvimento dessa competência.
Quando se formar:
DICA DE
FIL THOR, O DEUS TROVÃO OU DOS MARTELOS?
ME:
Thor é o deus do trovão, herdeiro de Odin, pai de todos, e irmão de
Loki, o deus da trapaça. Como desígnio de sua posição, seu pai lhe dá
de presente o Mjolnir, martelo capaz de potencializar todo o seu poder
e, ainda, torná-
-lo capaz de voar. Contudo, as boas notícias param por aí, pois Thor
tem um grande problema: sua arrogância. Com o poder dos deuses,
não escuta os conselhos do pai e inicia guerras como respira. Ao
causar uma destruição em massa em um dos nove mundos da
mitologia nórdica, ele acaba sendo enganado pelo irmão e banido para
a Terra, perdendo a dignidade para tocar o martelo e ter seu poder. O
que o deus do trovão não sabia é que o seu poder não estava nesse
artefato, tampouco a possibilidade de transformação única estaria em
seu exílio terrestre.
Ao conhecer a cientista Jane Foster, que estudava as conexões entre os
mundos através de portais quânticos, ele logo se apaixona por ela e
começa a perceber o quanto tinha de deixar sua arrogância de lado
para se tornar o verdadeiro rei de Asgard. A jornada não é fácil, pois o
seu irmão Loki tomou o trono e agora não deseja o retorno daquele
que ajudou a banir. Esse é o momento em que Thor percebe o objetivo
de ter sido enviado ao nosso Planeta e por que isso aconteceu. Sua
realidade sofre uma transformação extraordinária e, com a volta da
possibilidade de tocar o Mjolnir, o deus está pronto para a sucessão do
trono asgardiano.
ANOTE AQUI AS COISAS MAIS IMPORTANTES QUE VOCÊ APRENDEU COM O FILME.
DICA DE LEITURA
Preparamos uma dica de leitura especial para essa reta final: este livro. Isso
mesmo. Depois de tantas leituras, exercícios, rascunhos e sonhos desenhados
no papel, chegou a hora de reler todo o seu processo. E por que essa leitura?
Ela é essencial para a sua autoavaliação nesse percurso, por tudo aquilo que
passou durante a leitura deste livro. Será importante descobrir como evoluiu
desde que leu o prefácio, no início do livro, e chegou até aqui. Talvez ao reler
os seus escritos, surja um sen mento de nostalgia. Isso é comum. O mais
importante é que perceba que esse sen mento de retorno é a certeza viva de
que alcançou os seus limites e realizou os seus sonhos – os quais, não fossem
as reflexões e as impressões que escreveu e deixou aqui, certamente não
teriam sido nem sequer imaginados.
“Cuidado! As três maiores características de uma pessoa com crença de não
merecimento são: perder, não terminar o que começou e, depois de tudo isso,
recomeçar.”
Paulo Vieira