Artigo Metodologia Final
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REVISÃO SISTEMÁTICA
INTRODUÇÃO
O Alzheimer é uma doença crônica e degenerativa, relacionada à cognição e à memória e que gera
comprometimento neuropsiquiátrico e comportamental, resultando em perda progressiva da capacidade
funcional, diminuindo a autonomia e a independência, além de gerar sintomas como ansiedade, depressão,
apatia, desinibição, irritabilidade, alucinações e delírios, atingindo, principalmente, a população idosa. Tal
grupo em questão apresenta, portanto, dificuldade de interação social, representada pelo não
reconhecimento de rostos familiares, problemas na formulação de ideias, assim como a dificuldade em
manter um diálogo e se orientar. No Brasil, segundo um dado divulgado pela Associação Brasileira de
Alzheimer, existem cerca de 1,2 milhão de pessoas com essa doença, mas a maioria dos casos ainda está
sem diagnóstico (FRONZA JL, et al., 2018; BOTTINO CM, et al., 2002).
Atualmente, o Alzheimer é uma doença sem cura, com medicamentos de mínimo impacto na
doença e que servem apenas para retardar a progressão, proporcionando apenas alívio dos sintomas. A
prevenção do Alzheimer também ainda não é um fator de alcance, entretanto, alguns estudos mostram,
dentre diversas experiências e casos, que um efeito preventivo talvez possa advir de um melhor estilo de
vida, em específico no que diz respeito à alimentação. Existem evidências de que o stress oxidativo, as
vitaminas relacionadas com o metabolismo da homocisteína, as gorduras e o álcool têm um papel
significativo na patogênese em questão, visto que um dos fatores primordiais para a saúde dos neurônios,
envolvidos na doença, é o fornecimento dos nutrientes necessários à manutenção do normal funcionamento
do cérebro (SOUZA RM, et al., 2018).
Neste sentido, torna-se necessário discutir uma abordagem tendo em vista fatores nutricionais.
Visto que, diversos estudos demonstram que a deficiência de alguns micronutrientes acelera o
envelhecimento e a deterioração dos neurônios, principalmente em pacientes que possuíam menores níveis
plasmáticos de vitaminas A, C, E, B-12 e ácido fólico. Além disso, percebe-se que o consumo de alimentos
antioxidantes, assim como as atividades físicas e sociais, parece ter um papel crucial na prevenção da
deterioração cognitiva (SILVA MJ, et al., 2016; CANEVELLI M, et al., 2016; ABBATECOLA AM, et al., 2018).
Ademais, é válido destacar que os cuidados com relação à alimentação do paciente com Alzheimer
são essenciais para a manutenção de um bom quadro clínico da doença. Neste caso, tal manutenção da
alimentação cabe, na maioria das vezes, ao cuidador e/ou familiar do paciente, já que os pacientes com
Alzheimer podem ter diversos níveis de demência. Estudos indicam que uma alimentação não adequada ao
paciente pode agravar a perda de massa magra, que é acelerada na doença de Alzheimer e está associada
à atrofia cerebral e desempenho cognitivo (GOES VF, et al., 2014; LECHETA DR, et al., 2017).
Neste sentido, a relevância deste artigo está no fato de compreender que a alimentação e o estilo
de vida são fatores primordiais para que se possa prevenir o Alzheimer e também reduzir os efeitos
causados pelos déficits cognitivos. Objetivando, portanto, analisar os efeitos da alimentação e sua relação
com a doença de Alzheimer, por meio de uma revisão sistemática da literatura.
MÉTODOS
Por meio deste método, foram achados, no dia da pesquisa e no site analisado, 278 artigos
potencialmente elegíveis para integrar esta revisão. Em seguida foram seguidas as recomendações do
PRISMA (Principais Itens para Relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises), juntamente com a aplicação
dos artigos aos seguintes critérios de exclusão: (a) bibliografias eletrônicas compatíveis com os descritores
enumerados acima; (b) cronologia a partir do ano 2009; (c) textos completos e resumos do tipo tese, artigos
originais, ensaios clínicos, estudos de rastreamento, prevalência, incidência, prognóstico e observacional
obtidos nas plataformas indexadoras e nas bases de dados científicos da área médica supracitados; textos
nos idiomas português, inglês. Foram selecionados apenas textos cujo assunto principal fosse acerca da
“Doença de Alzheimer”.
Após essa seleção, foram encontrados 73 artigos possíveis de seleção. Com a leitura dos títulos, e
em seguida, a leitura dos resumos, nos trabalhos cujo os títulos foram considerados relevantes, ao final,
foram selecionados 23 artigos, os quais foram lidos na íntegra. E após esta leitura, os 23 títulos foram
considerados passíveis de inclusão na presente revisão. Destes, foram retiradas apenas informações
consideradas úteis para a inserção no presente artigo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A seguir são apresentadas informações gerais acerca dos 23 estudos incluídos, publicados no período de
2009 a 2020. Os estudos utilizaram instrumentos de pesquisas variados e os seus principais resultados
serão compilados na presente revisão.
Alguns estudos demonstram um possível papel protetor contra o desenvolvimento do Alzheimer por
meio de uma dieta saudável rica em frutas, verduras, legumes, gorduras monoinsaturadas e reduzidas em
gorduras saturadas. Porém, é válido ressaltar ainda, que há poucos estudos relacionados ao uso dessas
dietas, o que torna evidente uma necessidade de mais estudos para que se tenha uma base científica sólida
a respeito desse tema. Porém, ainda assim é válido analisar os promissores resultados obtidos na atual
revisão.
As dietas mais abordadas em todos os artigos foram a dieta Mediterrânea, Dietary Approaches to
Stop Hypertension (DASH) e a Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay (MIND). A
adesão à dieta Mediterrânea (caracterizada por uma alta ingestão de vegetais, legumes, frutas, cereais e
azeite de oliva extra virgem, assim como ácidos graxos insaturados, também uma ingestão moderadamente
alta de peixes, uma ingestão baixa a moderada de produtos lácteos, um baixo consumo de carnes e aves e
uma quantidade moderada de etanol, principalmente na forma de vinho durante as refeições) mostrou-se
eficaz em reduzir os riscos cardiovasculares, o estresse oxidativo e o estado inflamatório, os quais são
alterações relacionadas à progressão da doença de Alzheimer. Um estudo realizado com 1393 participantes
sugere que uma forte adesão à dieta Mediterrânea está relacionada à tendência de redução do risco de
desenvolver algum tipo de prejuízo cognitivo leve (Mild Cognitive Impairment- MCI) e também, uma redução
nos riscos de conversão do MCI para a doença de Alzheimer (GUERCHET M, 2014; SCARMEAS N, 2009).
Ademais, outros estudos também demonstraram que a dieta DASH (caracterizada pela ingestão
elevada de nutrientes provenientes da dieta, como cálcio, potássio, magnésio e fibras, aliado ao baixo
consumo de sódio, gorduras saturadas e açúcar simples), também pode promover efeito de proteção
neuronal. Porém, nas dietas Mediterrânea e DASH, apenas uma adesão fiel ao modelo foi capaz de trazer
resultados, enquanto que, no caso da dieta MIND, uma adesão moderada ao modelo já foi capaz de
demonstrar resultados. Além disso, um estudo observacional que se utilizou da dieta MIND, dieta esta que
combina os dois planos dietéticos da dieta DASH e Mediterrânea, observou-se uma redução de 53% na
taxa de doença de Alzheimer, sugeriu-se que a dieta MIND retarda substancialmente o declínio cognitivo
com a idade (MORRIS MC, 2015; MORRIS MC, et al., 2015)
. A doença de Alzheimer apresenta, como um dos fatores importantes para processos de prevenção
e progressão da doença, o estado nutricional de cada indivíduo. Tal fator inclui cálculos de IMC e conceitos
como obesidade e desnutrição e, analisando os dados propostos nos estudos, ao longo de um tempo, é
possível relacioná-los com fatores preventivos da doença, além de possibilitar interpretações que, por sua
vez, ratificam alguns facilitadores ou não da progressão da mesma e da qualidade de vida dos indivíduos
que apresentam a doença de Alzheimer como uma realidade que altera, também, o seu estado nutricional.
Estudos comprovam que, com a progressão da doença, tem-se o aumento da desnutrição dos
pacientes, fato que é comprovado pela diminuição no valor do IMC das pessoas envolvidas. Além disso, é
notório que o aumento da desnutrição está amplamente relacionado com a perda mais rápida de
independência e com o agravamento da doença que, portanto, dificultam ainda mais o processo de
alimentação. Tal realidade está relacionada com o fato de que a diminuição de ingestão de alimentos tem
relação com a perda de apetite, problemas digestivos ou dificuldades na mastigação e deglutição por parte
dos pacientes.
Outros estudos também sugerem que, além do baixo estado nutricional, o alto nível global de
comorbidade, assim como deficiência física, são fatores de risco para mortalidade em indivíduos que
apresentam a doença, principalmente se estes forem de idade avançada. Tal fato está associado à pequena
massa muscular que, por sua vez, favorece o declínio funcional e a fragilidade do paciente. Além disso, o
IMC reduzido aumenta o risco de desenvolvimento de demência e a idade mais avançada apresenta maior
relação com um possível funcionamento cognitivo inferior e deficiências sensório-motoras, como, por
exemplo, perda de audição e alguns problemas de visão, de velocidade e de potência motora (CHEN TB, et
al., 2019; LECHETA DR, et al., 2017).
Além disso, foi verificado que nutrientes como vitaminas, polifenóis e ácidos graxos poli-insaturados
têm grande importância em relação ao processo neurodegenerativo presente na doença em questão.
Embora ainda não existam estudos que comprovem que a ingestão desses possam se relacionar com a
redução dos riscos de desenvolver a doença, é notório que hábitos dietéticos saudáveis podem exercer
efeitos neuroprotetores importantes (SUNIL K, et al., 2019).
No que tange o papel das vitaminas na dieta, é possível afirmar que vitaminas do complexo B (B12,
B6 e B9), C, D e E foram associadas a uma menor incidência da doença, de declínio cognitivo e de
demência. Segundo estudos realizados em animais, a sugestão foi de que a ingestão de vitamina B1
poderia trazer benéficos em relação à doença de Alzheimer, haja vista sua íntima relação com a liberação
pré-sináptica de acetilcolina, onde a tiamina se liga aos receptores nicotínicos possuindo uma atividade
anticolinesterase. Tal fato pode ser considerado positivo já que a memória e algumas funções intelectuais
são mediadas pela acetilcolina (TERESA C, et al., 2015).
Ainda consoante aos resultados apresentados pela ingestão de vitamina B, afirmou-se que a
mesma possui significativa redução de atrofia nas regiões cerebrais posteriores dos pacientes que a fazem.
Por outro lado, ao analisar os efeitos da vitamina E, não foram encontrados resultados positivos, mas, se
essa estiver associada à vitamina C, passa a demonstrar eficiência, podendo ela ser decorrente da ingestão
da dieta ou por meio de suplementos (KALLI EG, 2017).
Estudos recentes sugerem que a deficiência de complementos nutricionais na alimentação,
principalmente a vitamina D, podem estar associados com o declínio do desenvolvimento cognitivo.
Sabendo que essa vitamina está associada à expressão de diferentes proteínas e células essenciais para a
função cerebral e que ainda atua em vias inflamatórias, é possível ressaltar sua importância na redução da
velocidade de progressão da doença. Concomitante a isso, nota-se que baixos níveis ou déficit de vitamina
D podem resultar em mecanismos que envolvem as vias da proteína Aβ, vasculares, metabólicas, anti-
inflamatórias e antioxidantes (CARDOSO AS, et al., 2017).
Em relação aos ácidos graxos, constatou-se que uma ingestão de ômega-6 inferior à de ômega-3
pode melhorar a resposta inflamatória e prever uma memória espacial dependente do hipocampo, sendo
capazes de reduzir significativamente os riscos da doença de Alzheimer (SZCZECHOWIAK K, et al., 2019).
A partir de estudos embasados em aconselhamento de atividade física, treinamento cognitivo e
aconselhamento nutricional, combinados a suplementação de ômega-3, não foram obtidos efeitos
significativos na prevenção de declínio da capacidade intrínseca entre os idosos residentes na comunidade
sem distúrbios cognitivos. Apesar disso, múltiplas vias sustentam a hipótese de como o ômega-3 agiria
nesse sentido. Acredita-se, portanto, que seria possível combater os sintomas depressivos, como a
interação com a neurotransmissão serotoninérgica e dopaminérgica, influenciando a fluidez da membrana e
regulando a transdução de sinais das células cerebrais (GROSSO G, et al., 2014). Contudo, é possível
afirmar que o papel protetor desse ácido graxo deve-se à sua capacidade de reduzir as emissões de
oxidantes mitocondriais, aumentar a síntese de proteína muscular pós-absortiva e melhorar as respostas
anabólicas ao exercício (LAILA AZ, et al., 2017).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dessa forma, a partir do presente estudo e de suas abordagens através dos artigos analisados,
conclui-se que a Doença de Alzheimer é uma realidade muito importante e que deve ser considerada uma
problematização de saúde relevante, sobretudo em relação ao idosos. Além disso, é preciso ressaltar ainda
a necessidade de novas pesquisas e discussões a respeito do assunto, visto que muitos são os pontos que
precisam ser descobertos e melhor analisados. No que diz respeito aos fatores de prevenção, cura e de
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