NR 23 - Plano de Abandono

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PLANO DE ABANDONO/EVACUAÇÃO DE EDIFICAÇÃO SINISTRADA

Razão Social: Hospital São José


CNPJ: 88/.254.891.0001-53
Endereço: Av. São Miguel, nº 482, Bairro Centro, Dois Irmãos/RS
Ocupação/Atividade predominante: Hospital
Classe de Risco:Médio
Área total construída: 4.017,48²
Características construtivas: “Y” (DEC. EST. 53.280/16)
Altura: II
Nº de pavimentos: 03

Este plano de evacuação tem por objetivo minimizar e prevenir, o máximo


possível, acidentes pessoais e danos na edificação do hospital e áreas vizinhas. É a
eficiência de uma evacuação que evitará as perdas humanas. Deve-se levar em
consideração que na hora de um sinistro o principal inimigo que se tem é o pânico.
Quanto mais preparadas as pessoas estiverem para enfrentar uma situação de
emergência, maiores as chances de se salvarem.

Devemos atentar sempre para a prevenção e o treinamento, a fim de


evitarmos aquela mentalidade de que comigo não acontece.

Porque devemos ter um bom planejamento?

Num desastre as comunicações podem ser interrompidas e as condições


podem ser caóticas, por isso o objetivo de um plano de controle de desastre deve
ser o de desenvolver o planejamento que permitirá aos responsáveis pelo hospital,
durante uma situação de emergência, concentrarem-se mais na solução dos
problemas prioritários do que na tentativa de por alguma ordem ao caos.

Objetivos do Trabalho:

Este trabalho tem por objetivo demonstrar a importância de uma boa


organização e um bom planejamento, sistematizando tecnicamente os planos de
evacuação em especial as rotas de fuga, a fim de que nós como colaboradores da
empresa, saibamos organizar com destreza a evacuação dos prédios em possíveis
situações de emergência.
Situações de Emergência:

Situações inusitadas que fogem as atividades normais do hospital e que


podem trazer prejuízos de qualquer tipo e de diversas proporções. Estas situações
podem ser inesperadas, mas nunca imprevistas.

Plano de Abandono:

Este Plano de abandono foi elaborado baseado no planejamento do que deve


ser feito em situações de emergência, através de um projeto de rotas de fuga
indicado com sinalizadores para que as pessoas possam fugir da situação da
maneira mais segura possível. É este plano que estabelece a hierarquia de
responsabilidades de tomada de decisão, o tipo de orientação e treinamento que
deverá ser feito ao pessoal, bem como a frequência com que devem ocorrer. Enfim
toda a organização da estrutura que garantirá o bom resultado em casos de
evacuação.

Rotas de Fuga:

São caminhos previamente estabelecidos para onde as pessoas devem


seguir em casos de emergência. Estas rotas foram projetadas de acordo com um
estudo de número de pessoas no prédio, suas características físicas e uma análise
do prédio em si.

Brigada de Abandono:

É a equipe de auxílio à evacuação que foi formada por funcionários da própria


empresa que foram selecionados de acordo com sua liderança em relação ao grupo
e que possuem equilíbrio físico e emocional para orientar este grupo numa situação
de emergência. Estes funcionários foram devidamente treinados por equipe
profissional de instrutores, para desenvolver esta atividade.

Sinalizadores:

Dispomos de sinalizadores sonoros (campainhas, alarmes, bips, etc.) e


visuais (placas de orientação e informativas, sinais luminosos, etc.)

Treinamento de Pessoal:

É a orientação às pessoas de como agir em casos extremos. Foram e


continuarão a serem efetuadas através de palestras, orientações, cursos e ainda
simulações periódicas de casos reais.
Situações de emergência

As situações de emergência, na maioria dos casos, podem ser prevenidas ou


pelo menos controladas através de um bom planejamento, fazendo com que suas
consequências possam ser praticamente insignificantes.

Incêndios

Os incêndios geralmente ocorrem sem aviso prévio das formas mais


inusitadas, e em apenas alguns segundos tomam proporções catastróficas.
Normalmente este tipo de evento ocorre por erros humanos como: deixar de se fazer
o que é necessário (omissão), fazer o que é necessário, mas de forma ineficaz,
insuficiente ou incorreta (incompetência), não realizar esta ação em tempo hábil.
Pode ocorrer também por ação criminosa ou mal intencionada.

Foi feita uma análise do entorno da edificação verificando:

A distância e a acessibilidade em casos de possíveis emergências em relação


a recursos médicos (no local), bombeiros, brigada militar...;

Foi efetuada também, uma pesquisa sobre o que existe em termos de


prevenção ou combate a sinistros, de empresas ou organizações independentes,
que possam auxiliar no combate ao sinistro no local.

Levantamentos:

Foi feito um levantamento de informações bem completo e atualizado. Os


principais pontos que foram analisados são:

- Tipo de atividades que são desenvolvidas no local;

- Área construída;

- Número de colaboradores;

- Locais e/ equipamentos que possam causar riscos especiais.

Se ocorrerem alterações no projeto atual serão identificados os pontos críticos


do(s) prédio(s) que deverão sofrer algum tipo de alteração para tornarem-se mais
seguros;

As circulações principais e secundárias foram identificadas;

Foi identificada a estrutura existente na empresa em termos de prevenção;


Foram levantados os horários de maior pico, o número de pessoas que
circulam pelo prédio e seu perfil (físico e psicológico);

Foi efetuado um levantamento do número de pessoas desabilitadas,


pacientes que podem ser gestantes, idosos, crianças, portadores de algum tipo de
deficiência, ou que se tornem desabilitadas temporariamente devido ao pânico.

Os integrantes da Brigada de Incêndio exercem sua atividade em tempo


integral dentro da empresa, na sua distribuição;

Todos os integrantes da Brigada de Incêndio foram voluntários para


desempenhar a função;

Todos os integrantes da Brigada de Incêndio possuem bom condicionamento


físico; Um dos componentes será responsável pela contagem das pessoas, apesar
de sabermos que só teremos a certeza de que o prédio foi totalmente evacuado
após a primeira busca.

Para as funções de maior importância foi treinado um segundo componente


para substituir as funções do componente designado como principal, caso esteja
desabilitado (ferido, ausente) depois de definidos os integrantes foi determinada a
hierarquia dos que tomam decisões, bem como suas atribuições e
responsabilidades.

Rotas de Fuga:

Foram planejados os sentidos que as pessoas devem seguir, de acordo com


as saídas de emergência existentes e com o número de pessoas bem como suas
características, conforme mapa anexo.

Sinalizadores:

No momento da descoberta do problema, será acionado o alarme geral. E é


ele que desencadeará o início do movimento de abandono, sendo para isso,
conhecido de todos.

O sinal de alarme de incêndio possui uma tonalidade diferenciada da do sinal


de abandono, ficando dessa forma, bem claro a ordem para a evacuação. (Os
sinalizadores foram instalados em todas as dependências da edificação, como hall,
corredores, etc.).
Treinamento:

Foi efetuado treinamento que será mantido sistematicamente para que


consigamos obter condutas e procedimentos padrão, evitando o descontrole o
pânico.

O treinamento foi distribuído em duas etapas:

A primeira etapa foi a de informação, quando foi passada a orientação aos


usuários das instalações através de palestras e cursos a quem recorrer, por onde
seguir e como seguir até ao espaço seguro previamente estabelecido.

- Algumas ações gerais foram observadas, tais como:

- Conhecimento das placas de orientação bem como todos os tipos de


sinalizadores que serão utilizados pela empresa;

- Conhecimento das saídas de emergência e das rotas de fuga;

- Orientação para desligar equipamentos e removê-los dos locais onde


possam bloquear passagens;

- Desimpedir as portas e saídas;

- Entrar em fila e aguardar a ordem do deslocamento;

- Manter uma distância adequada da pessoa da frente, que deve ser demais
ou menos 60 cm;

- Orientação para não tentar salvar objetos, a menos que possam causar um
risco maior;

- Orientação para manter a calma e acalmar os outros também;

- Orientação para manter-se vestido e de preferência molhar-se;

- Orientação para, se houver fumaça, se manter abaixado;

- Orientação para se estiver preso, tentar arrombar as portas, mas antes


testar a temperatura, e ao passar fechar os portas sem tranca-las, para evitara
propagação do fogo;

- Orientação para que se não puder sair, procurar ficar próximo a uma janela
aberta, pois a fumaça sairá por cima e o ar fresco entrará por baixo;
- Orientação para que se não souber combater o fogo, não o faça;

- Orientação para depois de escapar, não retornar de forma alguma. Também


foram dadas orientações específicas quanto a hierarquia de decisões, e
principalmente para deixar bem clara as funções de cada um dos componentes da
brigada de abandono.

A segunda etapa do treinamento são as simulações, que foram e continuarão


a ser praticadas em quatro passos:

Passo 1:

Simulação avisando os colaboradores da empresa sobre o dia e a hora, para


que mantenham toda a infraestrutura ligada. O objetivo deste treinamento é
ambientar todos os usuários da edificação, quanto aos procedimentos e itinerários;

Passo 2:

Simulação avisando os colaboradores sobre o dia e a hora, porém a


infraestrutura da edificação é desligada. O objetivo desta é o de verificar se os
dispositivos de emergência funcionam e ambientar os usuários sem a iluminação
normal. Neste treinamento já foi anotado o tempo em que o prédio é abandonado.

Passo 3:

Simulação avisando somente o dia, sem comunicar a hora, imitando as


condições em que irá se realizar o sinistro. O tempo foi anotado e comparado a da
Segunda simulação.

Passo 4:

Simulação sem avisar o dia nem a hora, para tornar bem realística. A
realização das simulações permite a verificação da eficácia dos procedimentos
adotados.
Alterações:

Depois das simulações verificamos a eficiência do plano e fizemos alguns


pequenos ajustes para obter o melhor desempenho possível. Algumas alterações
poderão vir ao longo do tempo com a viabilização de mais verbas para realizar
adequações no prédio e investimentos em novas tecnologias e treinamentos de
maior número de colaboradores.

Dois Irmãos, 20 de Abril de 2017

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Guilherme Adalberto Braun

CREA RS 209736

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