25 de Abril
25 de Abril
25 de Abril
Presidente da República
Eleito por sufrágio direto e universal, por maioria absoluta (de 5 anos em 5
anos, só pode ter dois mandatos seguidos).
Representante máximo da soberania nacional.
Comandante Supremo das Forças Armadas.
Nomeia e dá posse ao primeiro-ministro e ao governo.
Pode dissolver a Assembleia da República (ouvidos os partidos).
Tem o poder de promulgar, executar e vetar as leis.
Funcionamento das instituições democráticas - 2
Assembleia da República
Órgão legislativo.
Compõe-se de 230 deputados eleitos por círculos eleitorais.
Cada legislatura tem um período normal de 4 anos.
Os deputados apresentam projetos de lei que depois de discutidos, votados e
aprovados por maioria parlamentar se transformam em leis.
Pode interpelar o Governo; discutir e votar o seu programa; votar moções de
confiança e de censura.
Funcionamento das instituições democráticas - 3
Governo
É o órgão executivo.
Constituído pelo primeiro-ministro; ministros; secretários e subsecretários
de Estado.
Superintende a administração pública do país.
É formado pelo partido vencedor das eleições, na respetiva legislatura).
Conduz a política geral do país através de decretos-lei, propostas de leis
que tem de submeter à aprovação da Assembleia da República.
Conduz a política externa.
Funcionamento das instituições democráticas - 4
Tribunais
Exercem o poder judicial, em total independência do poder político.
Ao Tribunal Constitucional (1982) compete zelar pelo rigoroso
cumprimento dos princípios consagrados na Constituição, ao lado do
Presidente da República.
Garante o funcionamento da Democracia tutelando os vários processos
eleitorais.
Descolonização – 1
Duas propostas:
MFA: “claro reconhecimento do direito à autodeterminação e a adoção acelerada
de medidas tendentes à autonomia administrativa e política dos territórios
ultramarinos”.
António de Spínola e moderados: “lançamento de uma política ultramarina que
conduza à paz”.
A conjuntura era favorável à primeira proposta devido a:
Exigência de uma rápida solução para a questão colonial, por parte dos
movimentos independentistas.
Pressão internacional (ONU e OUA)
Interesse em fazer regressar os militares portugueses e em confirmar o carácter
democrático e anticolonial do regime.
Descolonização - 2
27 de julho de 1974, o Conselho de Estado aprova a Lei n.º 7/74 reconhecendo o direito das
colónias à independência.
Via pacífica:
Guiné – reconhecimento do PAIGC - Acordo de Argel
Cabo Verde – reconhecimento do PAIGC – Acordo de Argel
S. Tomé e Príncipe – reconhecimento do MLSTP
Vertente conflituosa:
Moçambique – reconhecimento da FRELIMO – Acordo de Lusaca – contestação interna e inicio da guerra
civil – fuga dos portugueses (movimento dos retornados)
Angola – reconhecimento do MPLA; FNLA e UNITA – Acordo de Alvor – proposta de criação de Forças
Armadas integradas e de eleições livres e democráticas. Os movimentos de libertação não se entendem e
lançam-se numa guerra interna. MPLA funda a República Popular de Angola – FNLA/UNITA fundam a
República Democrática de Angola. Portugal reconhece o MPLA e assiste a nova vaga de “retornados”
numa ponte aérea criada para retirar os portugueses do local. A paz só chegará em 2002 com o assassinato
de Jonas Savimbi (dirigente da UNITA)
Significado internacional do “25 de Abril”
Revolução não violenta, com um programa liberalizador e descolonizador.
Fim do isolamento e hostilidade internacional contra Portugal.
Na Europa:
Influenciou o abandono do poder pelos militares conservadores na Grécia, levando este país ao retorno à
democracia.
A morte de Franco em Espanha e o exemplo da revolução portuguesa asseguraram o caminho da
democracia.
Em África:
A vitória dos movimentos de libertação nas colónias portuguesas reforçou o empenho na luta das
maiorias negras
Zimbabué – influenciado pela descolonização em Moçambique – constituição de um governo de maioria negra.
África do Sul – influenciado pela pressão internacional – atribuição do Nobel da Paz a Desmond Tutu –
libertação de Nelson Mandela – eleições livres – governo de maioria negra.
Namíbia – A África do Sul retira a sua administração da Namíbia – Independência em 1990.