Relatório de Física

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Mecânica

Lançamento horizon
Disciplina: Física

31 OUTUBRO 2022

Afonso Costa, 1
Matilde Lucena, 14
Ricardo Simões, 21
2022/2023

1
Índice
Introdução...................................................................................................................................3
Material........................................................................................................................................6
Procedimento experimental......................................................................................................6
Registo de resultados...............................................................................................................7
Tratamento de resultados.........................................................................................................7
Análise de resultados..............................................................................................................13
Bibliografia...............................................................................................................................15

Índice de tabelas
Tabela 1: Tabela dos resultados obtidos................................................................................7
Tabela 2: Tabela dos resultados obtidos e respetivos valores médios............................10
Tabela 3: Tabela do alcance médio e do módulo da velocidade média............................12
Tabela 4: Tabela da velocidade prática e da velocidade teórica........................................13

Índice de gráficos

Gráfico 1: gráfico do alcance máximo em função do módulo de velocidade...................12

Índice de figuras
Figura 1: Lançamento horizontal.............................................................................................5

2
Introdução

No âmbito da disciplina de Física, abordando a temática “movimentos sob ação de uma força
resultante constante”, foi realizada uma atividade experimental, cujo o objetivo é obter um
lançamento horizontal para uma certa altura, o alcance do projétil e a sua velocidade inicial. Esta
é determinada com o auxílio de alguns instrumentos, entre eles uma célula fotoelétrica e uma
craveira. A célula é utilizada para que se possa medir o tempo de passagem da esfera pela
mesma que quando dividido pelo diâmetro do corpo, com a craveira, resultará no valor da
velocidade.
Um projétil, sendo ele um corpo sujeito a uma força constante, a sua gravidade, quando
disparado horizontalmente, resulta num movimento curvilíneo de queda livre da qual a sua
velocidade inicial tem direção horizontal (perpendicular à força gravítica). O alcance máximo do
projétil pode ser influenciado pela velocidade inicial do mesmo, no entanto, o tempo queda do
corpo não é de maneira alguma alterado por esta.
Um movimento deste tipo é uma composição de dois diferentes movimentos: um segundo a
direção horizontal e outro segundo a direção vertical conforme o eixo Ox e o eixo Oy
respetivamente. A componente escalar da velocidade, com o tempo não apresenta qualquer
variação em conformidade com a direção horizontal, sendo este caracterizado como um
movimento uniforme. A seguinte expressão define a coordenada da posição em função do tempo:

x=vo ×t

Perante a direção vertical o movimento caracteriza-se como uniformemente acelerado, uma vez
que a componente escalar da velocidade aumenta linearmente com o tempo. A expressão
seguidamente apresentada descreve a posição do corpo em função do tempo:

2
gt
y=h−
2

3
Abandonando uma esfera numa determinada altura da rampa são desprezadas todas as forças
não conservativas, neste caso a força de atrito na rampa. É possível igualar a energia mecânica
inicial e final. Através de uma dedução podemos chegar à expressão que permite relacionar,
qualitativamente, o valor da velocidade.

Em ( i )=Em ( f ) ⇔

Ec ( i ) + Ep (i )= Ec ( f ) + Ep ( f ) ⇔

Ep ( i )=Ec ( f ) ⇔
1 2
m× g ×h= ×m× v ⇔
2
2
v =2× g × h ⇔

v=√ 2 gh

Deste modo é possível verificar que a velocidade apenas depende da altura a que o corpo é
largado, isto porque “2g” é uma constante. Logo, é possível inferir que a velocidade de saída da
base da rampa é maior quando a esfera é largada da posição mais alta.
Para se comparar o alcance de dois lançamentos qualitativamente é possível deduzi-lo através
das equações da posição em função do tempo. Desta maneira chegaremos a uma equação que
relacionará o alcance máximo com a velocidade de saída da esfera da base da rampa.

{
x=vo ×t
1 2⇔
y=h− g t ( voo )
2

{
x=vo ×t
1 2⇔
0=h− g t ( voo )
2

{
x=vo × t
t ( voo )=
√2h ⇔
g
x ( máx )=vo ( x ) ×t ( voo ) ⇔

4
x (máx)=vo( x )×
√ 2h
g

Desta forma, é possível perceber, que quanto maior for a velocidade de saída da base da
rampa, maior será o seu alcance. Através da expressão deduzida anteriormente, concluímos que
quanto maior a altura a que o corpo é abandonado maior será a sua velocidade de saída da base.
Deste modo, quanto maior a altura a que o corpo é abandonado, maior será o seu alcance.

O tempo de voo, analisando a expressão anterior, depende apenas de


√ 2h
g
. Isto faz com que o

tempo de voo seja igual tanto quando a esfera é lançada de uma altura maior da rampa como de
uma altura menor, uma vez que “h” representa a altura da mesa, desde a base da rampa até ao
solo, e esta não se altera ao longo de toda a atividade experimental.

Figura 1: Lançamento horizontal

5
Material
Craveira digital;
Rampa apoiada sobre uma mesa;
Suporte universal;
Célula fotoelétrica;
Cronometro digital;
Esfera (berlinde);
Caixa de areia;
Fita métrica.

Procedimento experimental

Efetuou-se a montagem como mostra a figura 75 do manual:


1- Fixou-se a calha ao suporte universal;
2- Instalou-se a célula fotoelétrica na base da rampa;
3- Ligou-se a célula fotoelétrica ao cronómetro digital;
4- Posicionou-se a caixa de areia no solo;
5- Colocou-se uma fita métrica ao longo do solo de modo a determinar o alcance da
esfera.
Mediu-se, usando uma craveira digital, o diâmetro da esfera;
Determinou-se e registou-se as diferentes alturas ao longo da rampa em que o corpo vai
ser abandonado;
Abandonou-se a esfera três vezes de cada altura;
Registou se o alcance máximo e o tempo de passagem da esfera pelo o feixe de luz;
Repetiu se o procedimento para 5 alturas diferentes.

6
Registo de resultados

Diâmetro da esfera = (16,86 ± 0,01) mm

Altura(cm) ∆ Tempo (ms) Alcance (cm)


18,067 37,00
12,80 18,038 37,50
18,008 37,70
11,241 61,00
21,40 11,130 61,50
10,774 61,50
9,508 73,00
27,40 9,603 72,00
9,537 72,50
7,589 84,00
33,90 8,226 84,20
8,484 83,90
7,734 88,00
39,90 7,672 88,30
6,993 88,00

Tabela 1: Tabela dos resultados obtidos

Tratamento de resultados
Valor mais provável/incerteza absoluta de observação das grandezas medidas:

∆ tempo ( 1 ) + ∆tempo ( 2 ) + ∆ tempo(3)


∆ t=
n ú mero de medi çõ es

alcance ( 1 )+ alcance (2 )+ alcance ( 3 )


a=
nú mero de medi çõ es

7
d=valor medido−valor mais provável

Altura 1 (12,80 cm):


18 , 067+18 , 038+18 , 008
∆ t= =18 , 038 ms
3

d ( 1 )=18,067−18,038=0,029
d ( 2 )=18,038−18,038=0,000
d ( 3 )=18,008−18,038=−0,030

∆ t=( 18,038 ± 0,030 ) ms

37 , 00+37 ,50+ 37 ,70


a= =37 , 40 cm
3

d ( 1 )=37,00−37,40=−0,40
d ( 2 )=37,50−37,40=0,10
d ( 3 )=37,70−37,40=0,30

a=( 37,40 ±0,40 ) cm

Altura 2 (21,40 cm):


11 ,241+11 , 130+10 ,774
∆ t= =11 ,048 ms
3

d ( 1 )=11,241−11,048=0,193
d ( 2 )=11,130−11,048=0,082
d ( 3 )=10,774−11,048=−0,274

∆ t=( 11,048 ± 0,274 ) ms

61, 00+61 , 50+61 , 50


a= =61 ,33 cm
3

d ( 1 )=61,00−61,33=−0,33
d ( 2 )=61,50−61,33=0,17
d ( 3 )=61,50−61,33=0,17

8
a=( 61,33 ± 0,33 ) cm

Altura 3 (27,40 cm):


9 , 508+9 , 603+9 , 537
∆ t= =9 , 549 ms
3

d ( 1 )=9,508−9,549=−0,041
d ( 2 )=9,603−9,549=0,054
d ( 3 )=9,537−9,549=−0,012

∆ t=( 9,549± 0,054 ) ms

73 ,00+72 , 00+72 , 50
a= =72 ,50 cm
3

d ( 1 )=73,00−72,50=0,50
d ( 2 )=72,00−72,50=−0,50
d ( 3 )=72,50−72,50=0,00

a=( 72,50 ±0,50 ) cm

Altura 4 (33,90 cm):


7 , 589+8 , 226+8 , 484
∆ t= =8 , 100 ms
3

d ( 1 )=7,589−8,100=−0,511
d ( 2 )=8,226−8,100=0,126
d ( 3 )=8,484−8,100=0,384

∆ t=( 8,100 ± 0,511 ) m

84 , 00+84 ,20+ 83 , 90
a= =84 , 03 cm
3

9
d ( 1 )=84,00−84,03=−0,03
d ( 2 )=84,20−84,03=0,17
d ( 3 )=83,90−84,03=−0,13

a=( 84,03 ± 0,17 ) cm

Altura 5 (39,90 cm):


7 , 734+7 , 672+6 , 993
∆ t= =7 , 466 ms
3

d ( 1 )=7,734−7,466=0,268
d ( 2 )=7,672−7,466=0,209
d ( 3 )=6,993−7,466=−0,473

∆ t=( 7,466 ± 0,473 ) m

88 , 00+88 , 30+88 , 00
a= =88 , 10 cm
3

d ( 1 )=88,00−88,10=−0,10
d ( 2 )=88,30−88,10=0,20
d ( 3 )=88,00−88,10=−0,10

a=( 88,10 ± 0,20 ) cm

10
Tabela 2: Tabela dos resultados obtidos e respetivos valores médios

Altura(cm) ∆ Tempo (ms) ∆ Tempo médio (ms) Alcance (cm) Alcance médio (cm)
  18,067   37,00  
12,80 18,038 18,038 37,50 37,40
  18,008   37,70  
  11,241   61,00  
21,40 11,130 11,048 61,50 61,33
  10,774   61,50  
  9,508   73,00  
27,40 9,603 9,549 72,00 72,50
  9,537   72,50  
  7,589   84,00  
33,90 8,226 8,100 84,20 84,03
  8,484   83,90  
  7,734   88,00  
39,90 7,672 7,466 88,30 88,10
  6,993   88,00  
Velocidade do corpo na base da rampa:

diâmetro da esfera
v=
∆ tempo médio

11
Altura 1 (12,80 cm):

−3
16,83 ×10
v= =0,933 m/s
18,038 ×10−3

Altura 2 (21,40 cm):

−3
16,83 ×10
v= −3
=1,523 m/s
11,048 ×10

Altura 3 (27,40 cm):

16,83× 10−3
v= =1,762 m/s
9,549× 10−3
Altura 4 (33,90 cm):

−3
16,83× 10
v= −3
=2,078 m/s
8,100× 10
Altura 5 (39,90 cm):

16,83× 10−3
v= =2,254 m/ s
7,466 × 10−3

12
Alcance (m) Velocidade (m/s)

0,3740 0,9330

0,6133 1,523

0,7250 1,762

0,8403 2,078

0,8810 2,254

Tabela 3: Tabela do alcance médio e do módulo da velocidade média

𝒙(𝒎á𝒙)=𝒗𝒐(𝒙)×√(𝟐𝒉/𝒈)
1.0000

0.9000
x ( máx )=vo ( x ) × 0,3924+0,01578
0.8000

0.7000

0.6000
Alcance (m)

0.5000

0.4000

0.3000

0.2000

0.1000

0.0000
0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 2.2 2.4

Velocidade inicial (m/s)

Gráfico 1: gráfico do alcance máximo em função do módulo de velocidade

13
Análise de resultados

O cálculo da velocidade teórica, a partir da energia mecânica, foi realizado sabendo que no início
do trajeto não existia energia cinética, apenas energia potencial, no entanto, no final, acontecia
exatamente o oposto, ou seja, a energia potencial era nula havendo apenas energia cinética.

Em ( i )=Em ( f ) ⇔

Ec ( i ) + Ep (i )= Ec ( f ) + Ep ( f ) ⇔

Ep ( i )=Ec ( f ) ⇔
1 2
m× g ×h= ×m× v ⇔
2
2
v =2× g × h ⇔

v=√ 2 gh

velocidade prática (m/s) velocidade teórica (m/s)

0,933 1,600

1,523 2,069

1,762 2,341

2,078 2,604

2,254 2,285

Tabela 4: Tabela da velocidade prática e da velocidade teórica

14
Partindo das equações paramétricas do movimento é possível obter para o alcance, ou seja, a

distância máxima que o corpo percorre na horizontal, a expressão: x (máx)=


√ 2h
g
× vo( x ) .

Segundo a expressão deduzida podemos concluir que o declive da reta de ajuste será o tempo de

voo/tempo de queda (√ 2hg =t( voo)). Como h e g são constantes então podemos compreender que
para uma certa altura inicial, o alcance é diretamente proporcional ao valor da velocidade inicial
de lançamento do projétil.

{
x=vo ×t
1 2⇔
y=h− g t ( voo )
2

{
x=vo ×t
1 2⇔
0=h− g t ( voo )
2

{
x=vo × t


t ( voo )=
2h ⇔
g
x ( máx )=vo ( x ) ×t ( voo ) ⇔

x (máx)=vo( x )×
√ 2h
g

O erro relativo foi elevado devido à discrepância entre o valor teórico e o valor real, ou seja,
podemos concluir que existe atrito entre a calha e o berlinde.

15
Bibliografia
Ventura, Graça; Manuel Fiolhais; Carlos Fiolhais; José António Paixão; Rogério
Nogueira e Carlos Portela (2022), Novo 12 F, Texto Editores.
https://www.educabras.com/media/emtudo_img/upload/aula/_2055_56.gif

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