Aconselhamento 2
Aconselhamento 2
Aconselhamento 2
318-81
O PODER DA ESCUTA E DA COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL
Fga. Isa Crivellaro
Compreender a situação demanda oferecer uma escuta ATIVA: é por meio de uma escuta
ativa que conseguimos compreender mais e melhor as pessoas que estão ao nosso
redor. A escuta ativa faz com que o nosso interlocutor se sinta confortável,
compreendido, livre para expressar o que deseja e para poder se concentrar em seus
sentimentos, mais que em suas palavras.
Escutar empaticamente e de maneira ativa é sair desse senso comum, é ouvir com os
ouvidos e, de certa forma, com nosso coração:
- Atenção nos detalhes: tom de voz, olhar e entrelinhas.
Rumi (poeta e teólogo persa do século 13): Para poder falar, você primeiramente precisa
ouvir, então aprenda a falar através da escuta!”
- Quando há tensão: facilmente nosso interlocutor percebe a nossa tensão e isso cria um
ambiente desfavorável pra que aquela pessoa realmente se abra com você - esse clima
faz com que ela entenda que naquele momento existem outras coisas mais importantes
que ela pra você.
Nessa hora: é preciso que tiremos o foco dos nossos pensamentos e escutemos o outro
com serenidade, de maneira integral, sem interferir.
Escute o que ela está falando e tente decifrar o que ela está querendo te dizer.
Exercitar a empatia! Se colocar no lugar dessa mãe, tentando sentir o que ela está
sentindo, buscando compreender todas as decisões dela até aquele momento é
COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL
Observar os gestos e posturas: avaliar seu olhar, se seus gestos são contidos ou não, se
ela tem dificuldade de se aproximar, se ela está tensa. Esse comportamento por parte da
nutriz pode ser reflexo da própria postura do profissional ou pode até nos falar algo a
respeito do grau de aceitação e interesse na nossa abordagem.
Nosso corpo diz muito sobre nossa disponibilidade acessibilidade e sobre nossa
percepção com relação a sua fala.
Dedicar tempo: Uma das coisas mais preciosas hoje em dia é o nosso tempo! Dedicar
tempo a escutá-la, dedicar tempo à ajuda-la nas mais diferentes posições, na pega,
explicando alguma coisa importante. Isso permite que ela exponha suas dificuldades com
detalhes, facilita nossa compreensão permitindo que juntos encontremos soluções
efetivas.
Sinais de defesa: a pessoa fica imóvel, com os músculos contraídos, olhos voltados pro
infinito. Como evitar que isso aconteça? Sendo empático, acolhendo e apoiando essa
mãe desde o inicio da nossa intervenção. E como deve ser o toque? Firme mas ao
mesmo tempo delicado, transmitindo segurança e serenidade. Gestos rudes e abruptos
sugerem falta de cuidado, desinteresse.