POP FACENF Parenteral N. 061

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PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM

POP Facenf Elaborado em:


Nº. 06 05/03/2014

PREPARO E ADMINSTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARENTERAIS Revisado em:


20/08/2019

Objetivos
✓ Consiste na administração de drogas ou nutrientes pelas vias intradérmica ID, subcutânea SC,
intramuscular IM, endovenosa EV e outras.

indicações gerais para o preparo das Medicações Parenterais


1. Reúna o material apropriado junto da prescrição médica.
2. Revise as informações pertinentes relacionadas com o medicamento, incluindo ação, finalidade, dose, via,
efeitos colaterais e as implicações da enfermagem.
3. Examine a história clínica, a história de alergias e a medicamentosa do paciente.
4. Examine a constituição corporal, o tamanho do músculo e o peso quando administrar injeção subcutânea ou
intramuscular.
5. Planeje a preparação para evitar a interrupção. Não ou faça ligações telefônicas ou converse com outra
pessoa.
6. Higienizar as mãos conforme técnica padronizada ANTES e ao TÉRMINO do procedimento;
7. Realizar o sistema das 5 conferências durante preparo e administração das medicações, conferindo os
cinco certos (medicação, dose, horário, via, paciente).
8. As medicações parenterais são soluções estéreis, ou seja, todo o seu preparo deverá ser realizado com
técnica asséptica.

Preparação da ampola ou frasco ampola:


9. Percuta o ápice da ampola de maneira suave e rápida com o dedo até que o líquido saia do colo da ampola
ou realize movimentos circulares suaves.
10. Fazer desinfecção de toda a ampola com algodão embebido em álcool 70% e Figura 1: Percutir a ampola e
no frasco-ampola retirar a tampa metálica do frasco a desinfecção da borracha; mover o líquido para baixo do
11. Proteger os dedos com algodão ou gaze não estéril ao destacar o gargalo da colo
ampola ou retirar tampa metálica do frasco-ampola.
12. Colocar a agulha na seringa com cuidado para não contaminar a seringa e ou
a agulha.
13. Segure o frasco-ampola de cabeça para baixo ou coloque-a sobre uma
superfície plana com a agulha no centro da abertura da ampola, ou centro da
borracha do frasco. Não permita que a extremidade ou corpo da agulha
toquem na borda da ampola.
14. Aspirar a solução do para dentro da seringa puxando suavemente o êmbolo
para trás e introduzir o diluente no frasco ( no caso de medicações liofilizadas),
homogeneizar o pó com o liquido sem sacudir e aspirar. No momento de
aspirar o líquido, mantenha o bisel da agulha imerso para evitar entrada de ar
na seringa.
15. Quando as bolhas de ar são aspiradas, não expulse o ar dentro da ampola.
16. Para expelir o ar da ampola, retire a agulha da ampola, reencape (este é o
único momento que é permitido o reencape passivo da agulha). Segure a
seringa com a agulha reencapada apontada para cima. Percuta o lado da
Fonte: POTTER, 2018
seringa para fazer com que as bolhas subam no sentido da agulha. Puxe
ligeiramente para trás e empurre-o no sentido de ejetar o ar. Não ejete o líquido.
17. Quando a seringa tem líquido em excesso, utilize o copinho ou outra área especialmente designada para
descarte de medicamento. Ejete lentamente o excesso de líquido. Torne a conferir o nível de líquido na
seringa ao segurá-la verticalmente na altura dos olhos.
18. Usar máscara e luvas para preparar medicamentos liofilizados que sejam antimicrobianos e antinflamatórios.
19. TROCAR a agulha de preparo por agulha própria para administrar medicações parenterais, (de acordo com a
medicação a ser administrada, e VIA de administração)

FUNDAMENTOS E TECNOLOGIAS DO CUIDAR EM ENFERMAGEM I e II Página 1 de 10


Administração parenteral: Figura 2: Aspiração de medicamento com
20. Medicação endovenosa avaliar compatibilidade das substâncias frasco
quando houver infusão concomitante em uma única via; realizar
flushing (solução fisiológica 0,9% – flushing, administração do
medicamento, seguida de solução fisiológica – flushing) antes de
cada administração para prevenir a mistura de medicamentos
incompatíveis;
21. Fazer assepsia com álcool 70% por três vezes no dispositivo
(three-way ou ejetor lateral) antes de conectar a seringa;
22. Fazer antissepsia da pele do local a ser aplicado o medicamento
em um só sentido, com movimentos circulares do centro para as
bordas a aproximadamente 5 cm, usando um algodão embebido
em álcool a 70% para cada punção;
23. Para medicações subcutâneas e intramusculares - registrar
posteriormente na observação (registro de enfermagem) a região
onde foi aplicada a medicação parenteral.
24. Certificar se o medicamento requer monitorização de pressão
arterial, frequência cardíaca ou temperatura antes, durante e Fonte: GOOGLE
após administração;
25. Usar luvas de procedimentos; Figura 3: Apresentação de frascos e ampolas
26. Preparar a medicação prescrita para o horário e administrá-la
individualmente usando a mesa de Mayo; não fazer uso de
uma mesma bandeja para mais de um paciente.
27. Ao sair do quarto ou enfermaria, certificar-se que não deixou
nenhum material, principalmente, perfurocortante sobre a
cama do cliente. Ampola
28. Descartar seringas e materiais perfurocortantes em recipiente Frasco
próprio, copinho com algodão usado para antissepsia ou cuba Fonte: GOOGLE
rim, se houver. No expurgo, enfermaria ou sala de
medicações, o material perfurocortante deve ser descartado em dispositivo próprio (EX: descartex @,
descarpax@)
29. Fechar e vedar recipiente de material perfurocortantes ao atingir 2/3 de sua capacidade deixando-o pronto
para ser recolhido pelo profissional da limpeza, anotar na caixa a data de retirada e assinatura de quem o
fechou.
30. Lavar as bandejas utilizadas com água e sabão colocando-as nos seus devidos lugares;
31. Deixar o posto de enfermagem limpo e organizado;
32. Checar as medicações administradas e fazer observações necessárias.

OBS:
Para frascos de múltiplas doses, faça rótulo que inclua a data da abertura, a concentração do medicamento por
mililitro e suas iniciais.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA SUBCUTÂNEA

Objetivos:
✓ Administração de medicamentos por via subcutânea que se trata de uma via de liberação lenta
✓ Comum para administração de insulina, heparina, etc.
✓ Consiste na administração de solução no tecido subcutâneo ou hipoderme.
✓ Volume máximo a ser administrado é de 1,5 mL (adultos) 1 mL (crianças)
Material
• Bandeja; Medicamento prescrito
• Luva de procedimento
• Agulha 13x4,5mm; Agulha 25x8mm ou 40x12 mm
• Seringa de 1 ou 3 mL
• Algodão e Álcool 70%
Técnica:
1. Higienizar as mãos antes do início do procedimento,
2. Preparar a medicação conforme técnica preconizada, 5 conferências
3. Fazer ponto de referência.
4. Fazer etiqueta de identificação da medicação (nome, leito, medicamento, dose, via, hora)

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Figura 4: Locais para aplicação de
5. Aspire a medicação utilizando a agulha para aspiração ou 25x7mm ou injeção subcutânea
40 x12 mm e a seringa, sem deixar ar no interior da seringa
6. Troque a agulha por outra de 13 x 4,5mm;
7. Coloque a etiqueta de identificação;
8. Utilize o invólucro da seringa para proteger o embolo da seringa;
9. Explicar ao paciente o procedimento a ser realizado,
10. Coloque o paciente na posição mais adequada ao procedimento;
11. Selecionar a área a ser administrado o medicamento: regiões
posteriores (superior) dos braços, abdome (5 cm do umbigo), entre os
rebordos costais e as cristas ilíacas, região anterior das coxas e a
região superior do dorso. Inspecione e palpe a pele da região de
escolha, verificando existência de equimose, inflamação ou áreas de
endurecimento.
12. Calçar as luvas de procedimento;
13. Fazer antissepsia do local com algodão e álcool a 70% em um só
sentido, com movimentos circulares do centro para as bordas a
aproximadamente 5 cm Fonte: POTTER, 2018
14. Remover tampa da agulha;
15. Realizar uma prega na pele do paciente no local selecionado com os dedos indicadores e polegar da mão
oposta à que segura a seringa
16. Introduzir a agulha no local programado, num ângulo de 90º graus (agulha
própria para subcutânea); Figura 5: Prega para garantir a
punção subcutânea
17. Soltar a prega da pele;
18. NÃO tracionar o embolo para trás.
19. Injete o medicamento, empurrando o êmbolo com a mão oposta a que segura a
seringa;
20. Remover a agulha no mesmo ângulo da inserção com um movimento rápido e
único, aplicando pouca pressão local, com uma bola de algodão seco (não
massagear).
21. Verifique o local da punção, observando a formação de hematoma ou reação
alérgica;
22. Deixar o paciente numa posição confortável
23. Recolha o material e coloque-o na bandeja usar copinho com algodão ou cuba
Fonte: GOOGLE
rim para o descarte (sem reencapar a agulha)
24. Retirar a luva de procedimento
25. Encaminhar o lixo para o expurgo
26. Descartar material perfurocortante em recipiente adequado (não desconecte a agulha da seringa)
27. Lavar a bandeja com água e sabão e posterior antissepsia com álcool 70%
28. Higienizar as mãos
29. Checar a medicação prescrita
30. Realizar anotações de enfermagem
OBS:
• Evite puncionar membros paralisados/ imobilizados ou com lesões, não puncionar o membro do lado onde já
tenha ocorrido mastectomia.
• O local para realizar a medicação deverá ser alternado em casos de medicações recorrentes.
• O volume máximo a ser administrado é de 1,5 mL em adultos e 1 mL em crianças.
• Em condições especiais, como no caso de pacientes em tratamentos paliativos, idosos ou sem acessos
venosos, a via subcutânea também pode ser utilizada para hidratação venosa (hipodermóclise) ou terapia
subcutânea, sendo o volume infundido maior.
• Não se deve fazer massagem no local para não diminuir o tempo de absorção do fármaco
• Em crianças ou em pacientes adultos muito magros, pode-se se necessário, pinçar a pele e inserir a agulha a
um ângulo 45o, para evitar a aplicação intramuscular do medicamento.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA INTRAMUSCULAR


Objetivos:
✓ Administrar por via intramuscular medicamentos que não podem ser absorvidos diretamente pela mucosa
gástrica.
✓ Obter ação mais rápida que por via oral, via de escolha para introdução de substâncias irritantes.
Volume Indicado de acordo com a região a ser utilizada:
- Região Deltóide (centro do triângulo invertido desde a borda inferior do acrômio até a inserção inferior do músculo
deltoide) : até 2 mL
- EVITAR Região Dorso-glútea (quadrante superior lateral): até 5 mL (adultos) 3 mL (crianças > 2 anos)
- Região Ventro-glútea (aplicado no centro do triângulo formado pelos seguintes vértices: trocânter maior, espinha
ilíaca ântero-superior e a crista ilíaca) - volume até 4mL (adultos) 2mL (crianças, adultos caquéticos)

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- Região Vasto-lateral da coxa (terço médio do músculo, na face lateral anterior da coxa): até 4 mL . Agulha 20X5,5
para adultos e de até 1,5 cm para crianças

Material
• Bandeja
• Medicamento prescrito e diluente Figura 6: Tipo de agulha de acordo com o biotipo
• Etiqueta ou fita adesiva Biotipo Solução oleosa/ Solução aquosa
• Luvas de procedimento para aplicação, suspensão
máscara e luvas se necessário para o preparo
Magro 25 mm x 8 mm 25 mm x 7 mm
• Seringa de 5mL
• Agulha para aspiração ponta romba (ou Normal 30 mm x 8 mm 30 mm x 7 mm
40x12mm, 25X8mm) obeso 40 mm x 8 mm 40 mm x 7 mm
• Agulha IM de acordo com a localização, Fonte: CARMAGNANI, 2017
hipoderme e massa muscular
• Algodão e álcool 70%
Técnica:
1. Lavar as mãos conforme técnica preconizada
2. Realizar o preparo conforme técnica preconizada (5 conferências)
3. Fazer etiqueta de identificação do medicamento
4. Reunir o material na bandeja
5. Realizar a desinfecção do frasco ou ampola com algodão embebido em
álcool;
6. Faça a reconstituição, se necessário (injetar a solução diluente ao
frasco) e aspire o conteúdo do frasco
7. Retire o ar da seringa
8. Troque a agulha por outra específica para IM
9. Cole a etiqueta na seringa
10. Proteja o embolo com o invólucro na seringa
11. Explicar ao paciente o procedimento a ser realizado;
12. Exponha a área a ser administrado o medicamento
13. Realize a antissepsia da pele com algodão embebido em álcool
14. Esticar a pele, firmar o músculo do local selecionado com os dedos Fonte: POTTER, 2018
indicador e polegar da mão oposta à que segura a seringa.
15. Utilizar técnica em Z para todas as medicações ou principalmente para as mais irritantes.(puxar com a
face ulnar da mão a pele e tecidos subjacentes por 2 a 3 cm, administrar o medicamento e remover agulha
após 10 segundos, somente então liberar a pele)
16. Insira a agulha em um angulo de 90o em relação ao músculo
17. Tracione suavemente o êmbolo da seringa para certificar-se de que não atingiu nenhum vaso sanguíneo
(retorno de sangue na seringa);
18. Se positivo, retirar agulha, aplicar pressão no local (não injetar a medicação);
19. Repetir o procedimento em outro local;
20. Injete o conteúdo da seringa, empurrando o êmbolo com a mão oposta a que segura a seringa.
21. Remover a agulha no mesmo ângulo da inserção com um movimento rápido e único, aplicando pouca
pressão local, com uma bola de algodão seco, observar o local e terminar conforme o procedimento de SC.

Figura 7: Locais para injeções Intramusculares

Região ventro-glútea Região do vasto lateral da coxa

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Região dorso-glútea
Região do deltoide

Fonte: GOOGLE, 2019

- IM: avalie fatores como atrofia muscular, fluxo Figura 8: Angulação da agulha para medicação parenteral
sanguíneo reduzido ou choque circulatório, pois
interferem na absorção do medicamento;- utilize
marcos anatômicos na delimitação; evite áreas
com infecção, enduração e necrose (inspecionar e
palpar).

- Nas medicações parenterais, deve ser


respeitada a angulação da agulha para que o
tecido desejado seja atingido.

Fonte: POTTER, 2018

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA ENDOVENOSA


Objetivo:
✓ Administração intravenosa de líquidos
✓ Administrar medicações que sejam irritantes para o tecido muscular
✓ Administrar medicações para obter efeito sistêmico mais rápido

Material
• Bandeja
• Medicamento prescrito e diluente do medicamento
• Luvas de procedimento
• Agulha 40x12mm, seringa de 10 ou 20 mL
• Etiqueta e fita adesiva
• Algodão, gaze estéril e álcool 70%
Técnica:
1. Higienizar as mãos conforme técnica preconizada,
2. Preparar a medicação conforme técnica preconizada (5 conferências)
3. Fazer etiqueta de identificação da medicação
4. Reúna o material em uma bandeja
5. Usar EPIs
6. Comunicar ao paciente o procedimento a ser realizado,
7. Selecionar a área ser administrada a medicação - braço, antebraço (prega do cotovelo) e dorso das mãos,
8. Colocar o paciente em uma posição confortável e de fácil visualização da área
9. Calce as luvas de procedimento

Bolus (acesso venoso com solução contínua)


10. Selecione a porta de injeção (conexão) do equipo EV mais próxima do paciente. Sempre que possível, a
porta de injeção deve aceitar uma seringa sem agulha. Utilize o filtro EV quando exigido por referência de
medicamento ou política da instituição.
11. Limpe a conexão do acesso venoso com algodão embebido em álcool 70%. Permita que seque.
12. Remova a tampinha do extensor, ou do cateter protegendo-a com uma gaze estéril (o recomendado é não
reutilizar a tampinha).
13. Realizar flushing (solução fisiológica 0,9% – flushing, administração do medicamento, seguida de solução
fisiológica – flushing) antes de cada administração para prevenir a mistura de medicamentos incompatíveis;
14. Proteger extremidade do cateter com gaze IV estéril.
15. Conecte a seringa que contém a S.F. 0,9% ao acesso venoso (cateter, three way)
16. Fechar a outra via com o clamp;
17. Aspirar para observar o retorno venoso;
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18. Desconecte a seringa com o clamp fechado e conecte a seringa com medicação, infundindo todo o
medicamento no tempo prescrito, repita a lavagem com S.F 0,9%;
19. Recoloque a tampinha de proteção da torneirinha ou restabeleça a infusão de soro e reveja o gotejamento;
20. Desprezar a seringa juntamente com a agulha em recipiente próprios para perfurocortantes,
21. Retirar as luvas,
22. Higienizar as mãos,
23. Checar e fazer observações.
Figura 9: Administração de medicamento em acesso com infusão contínua

Fonte: POTTER, 2018

Bolus (acesso salinizado)

1. Prepare duas seringas de 10 mL com 5 a 10 mL de S.F. (0,9%).


2. Realize a desinfecção dos conectores com algodão e álcool 70% e proteja com gaze estéril.
3. Introduza a seringa contendo a solução de soro fisiológico (0,9%) dentro da porta de injeção do acesso
salinizado EV.
4. Tracione gentilmente para trás o êmbolo da seringa e fique atento para o retorno do sangue.
5. Realizar flushing antes de cada administração para prevenir a mistura de medicamentos incompatíveis;
6. Na mesma porta de injeção: remova a seringa da solução de lavagem do soro fisiológico; introduza a seringa
contendo o medicamento e administre a dose em bolo no tempo prescrito; retire a seringa, acople a seringa
com solução fisiológica 0,9% e lave o cateter com 5 mL (CVP) ou 10 mL (CVC), (considerando restrição
hídrica – reduzir volume).
7. Clampear e remover seringa, tampando a conexão de forma asséptica.
8. Descarte as agulhas desencapadas e seringas em um recipiente à prova de punção ou de extravasamento.
9. Remova e descarte as luvas. Realize higiene das mãos.

Figura 10: Administração de medicamento em acesso salinizado

Fonte: POTTER, 2018

Administração de medicação por punção venosa:


1. Realize a punção venosa (consulte pop punção venosa)
2. Conecte a seringa que contem o medicamento ao cateter venoso
3. Solte o garrote
4. Tracione o embolo da seringa até que haja retorno venoso
5. Injete todo o medicamento, de acordo com o tempo determinado com a prescrição ou indicação do
medicamento (se em uso de dispositivo agulhado lave com S.F 0,9% após para introduzir toda a
medicação)
6. Observe sinais de infiltração ou hematoma no local da punção, além de queixas de dor, desconforto ou
alterações do paciente (se ocorrer, interrompa a administração)

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7. Remova a agulha com auxílio de algodão seco, pressione por 3 min e oclua com curativo no local da
punção
8. Recolha o material e coloque na bandeja
9. Retire as luvas de procedimento
10. Encaminhe os resíduos para o expurgo
11. Descarte o material perfurocortante em recipiente adequado (não desconecte a agulha da seringa)
12. Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel toalha e higienize com álcool 70%
13. Lave as mãos
14. Checar o horário da medicação
15. Fazer anotações de enfermagem

Observações:
• Antes da administração da medicação verifique a data de inserção Escala de Avaliação de Flebite
do cateter periférico. O cateter venoso periférico não deverá
permanecer no mesmo local por mais de 96h.
• Verifique a presença dor e edema (indicam que a veia foi transfixada
e que o líquido injetado está extravasando nos tecidos), de flebite
(escala de 0 a 4) ou de obstrução. Nesses casos, interrompa a
infusão e retire o dispositivo.
• Não é recomendado a simples interrupção do medicamento para
realização de banho, exames, refeições ou transporte do paciente. A
salinização deve ser realizada, se indicada.
• Utilizar frascos de dose única ou seringas preenchidas
comercialmente disponíveis para a prática de flushing e lock do BRAGA, et, al., 2016
cateter.
• Em clientes cardíacos ou renais, fazer o controle rigoroso do gotejamento, solução infundida e eliminada,
pulso, respiração e pressão arterial.
• Injete o medicamento no intervalo de tempo recomendado pela prescrição médica, política da instituição,
farmacêutico ou manual de referência de medicamentos. Use o relógio para a administração do tempo.
• Fique atento às possíveis reações durante a administração de medicamentos EV, tais como reações
pirogênicas, anafiláticas ou outras queixas do paciente.

VENÓCLISE:
Consiste na administração de grande quantidade de líquido no organismo com a finalidade de hidratação
(soroterapia) ou reposição hidroeletrolítica

Técnica:
1. Higienizar as mãos conforme técnica preconizada,
2. Preparar a medicação conforme técnica preconizada;
3. Retirar o ar do equipo, conectar dupla via ou similar,
4. Usar luvas para manipulação à beira do leito,
5. Comunicar ao paciente o procedimento a ser realizado,
6. Puncionar veia periférica conforme técnica estabelecida da instituição, caso o paciente não possua acesso
venoso e conectar o equipo;
7. Abra o equipo e o clamp para que possa iniciar a infusão; em caso de edema, dor (interromper
imediatamente infusão).
8. Trocar o equipo conforme tempo preconizado para cada tipo de infusão, colocando data e assinatura,
9. Controlar a solução e observar o local de inserção do cateter,
10. Retirar as luvas,
11. Higienizar as mãos,
12. Checar e fazer observações.
Recomendações para troca de equipo e conectores:
• Os equipos e dispositivos complementares devem ser trocados sempre nas trocas dos cateteres venosos
(periférico ou centrais).
• Equipos de infusão contínua não devem ser trocados em intervalos inferiores a 96 horas.
• Trocar equipos de administração intermitente a cada 24 horas.
• Cobrir as entradas com tampas estéreis e de uso único (descartar após cada uso). Não utilize agulhas para
proteção.
• Trocar os conectores em intervalos não inferiores a 96 horas ou de acordo com a recomendação do
fabricante;. Em caso de desconexão do cateter ou sistema de infusão, presença de sangue ou outra
sujidade: trocar imediatamente.
• Trocar o equipo e o dispositivo complementar de administração de hemocomponente a cada bolsa.

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ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA INTRADÉRMICA
Objetivo:
✓ Realizar administração de pequena quantidade de medicamento
✓ Realizar testes imunológicos e alérgicos

OBS: para realização da BCG (vacina) é necessário que o enfermeiro receba treinamento.

Material:
• Bandeja; medicação prescrita; luvas de procedimento
• Agulha 25x7mm para aspirar; agulha 13x4,5mm para administrar a medicação
• Seringa de 1mL
• Algodão e álcool 70%
Volume Indicado: Até 0,5 mL

Técnica:
1. Confira a prescrição médica e de enfermagem;
2. Faça e etiqueta de identificação da droga
3. Reúna todo o material
4. Higienizar as mãos,
5. Aspire o medicamento utilizando a agulha 25x7mm e seringa de 1 mL, sem deixar ar no interior da seringa
6. Troque a agulha por outra 13x4,5mm
7. Coloque a etiqueta de identificação do medicamento
8. Explicar ao cliente o procedimento a ser realizado,
9. Calçar as luvas de procedimento;
10. Selecionar a área a ser administrado o medicamento deltóide do braço direito (BCG), região escapular, face
interna do antebraço (Teste de sensibilidade)
11. Colocar o paciente em uma posição confortável e de fácil visualização da área de injeção.
12. Fazer antissepsia do local, com algodão e álcool a 70% da parte distal para proximal em um só sentido,
13. Remover tampa da agulha
14. Aplicar a injeção no local programado, esticar a pele e introduzir a agulha com bisel elevado para cima num
ângulo de 15ºgraus.
15. Injetar o medicamento, observando a formação de pápula
16. Remover a agulha no mesmo ângulo da inserção
17. Limpar, a área com o algodão seco
18. Não friccione o local da pápula, com algodão nem com outro material
19. Oriente o paciente a não coçar nem esfregar o local
20. Colocar o material na bandeja, não reencapar a agulha,
21. Deixar o paciente numa posição confortável,
22. Descartar o material usado,
23. Remover luvas,
24. Higienizar as mãos,
25. Checar e fazer as observações.

OBS:
• Os locais indicados par aplicação são a face anterior do antebraço e a região subescapular
• Não se deve fazer massagem no local, e a antissepsia não é obrigatória, para não interferir no tempo de
absorção do medicamento e/ou na reação local.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR TERAPIA SUBCUTÂNEA E HIPODERMÓCLISE


Objetivo:
✓ Infundir fluidos no tecido subcutâneo
✓ Utilização da via SC para administração de medicamentos (TERAPIA SUBCUTÂNEA)
✓ Administração de soluções de hidratação parenteral na camada subcutânea (HIPODERMÓCLISE).
Indicação
Inviabilidade da via oral, decorrente de vômitos por períodos prolongados, intolerância gástrica, disfagia, obstrução
intestinal, dispnéia severa e diarréia; Acesso venoso difícil; Desidratação leve ou moderada.
Contraindicação
Distúrbios de coagulação; Desequilíbrio hidroeletrolítico severo; Sobrecarga fluidos (Insuficiência cardíaca
congestiva, Síndrome de Veia Cava Superior – não puncionar MMSS); Edema acentuado e anasarca; Desidratação
severa.

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Materiais
• Bandeja
• Luvas de procedimento
Figura 11: Punção de hipodermóclise ou terapia SC
• Solução antisséptica
• Gaze não-estéril ou bola de algodão
• Cateter agulhado (21G a 25G) ou cateter
intravenoso flexível.
• Agulha para aspiração de medicação 40 x
12 mm
• Seringa de 1mL
• Ampola de 10 mL de soro fisiológico 0,9%
• Cobertura estéril e transparente para
punção
• Esparadrapo ou fita micropore para fixação
circuito intermediário e identificação

Técnica
1. Lavar as mãos conforme pop de higienização
das mãos
2. Explicar ao paciente/família sobre o
procedimento;
3. Avalie regiões anatômicas e escolha o local da
punção;
4. Se necessário, realize tricotomia com tricótomo
ou tesoura. Não use lâminas de barbear, pois
elas provocam escarificação da pele, o que
pode comprometer a avaliação da integridade
do sítio de punção, além de aumentar o risco de
infecção local.
5. Calce as luvas de procedimento;
6. Preencher o circuito intermediário do escalpe
com SF 0,9%;
7. Fazer antissepsia e a prega cutânea;
8. Tracione uma prega de pele e introduza o
cateter na prega, fazendo um ângulo de 45°
Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA,
com a pele. Pacientes emagrecidos devem ser 2016.
puncionados com uma angulação menor (cerca
de 30°). A punção deve ser sempre em direção centrípeta, voltada para a rede ganglionar local. O bisel da
agulha deve estar voltado para cima durante a punção. Para confirmação do posicionamento da punção, a
sensação de toque desejada é de que a agulha está livre e “solta” no espaço subcutâneo. Faça esse teste
ainda mantendo a prega.
9. Aspire para se certificar de que nenhum vaso foi atingido. Se houver retorno sanguíneo, retire o acesso e
repita a punção a uma distância de pelo menos 5 cm da punção original.
10. Enrole o intermediário e fixe o cateter com cobertura estéril, preferencialmente transparente, o que possibilita
a visualização e o monitoramento do sítio da punção.
11. Caso não haja disponibilidade de uso de cobertura estéril, a fixação pode ser feita com fita micropore ou
esparadrapo. Em ambiente hospitalar, recomenda-se proteger o óstio da punção com gaze estéril.
12. Administre o medicamento prescrito em bolus ou conecte o cateter ao equipo da solução. Após a
administração de cada medicamento em bolus, injete 1mL de soro fisiológico 0,9% para que todo o conteúdo
do circuito do cateter ou do intermediário seja infundido. Essa manobra também evita a interação
medicamentosa intralúmen.
13. Identificar a punção com data, horário, calibre do dispositivo, nome do medicamento administrado e o nome
do profissional que realizou o procedimento.
14. Documente em prontuário a realização do procedimento com descrição de: tipo e calibre do cateter,
localização da inserção e tipo de curativo.

Recomendações:
A parede abdominal dispõe de grande superfície de absorção, sendo a região de eleição para a infusão de
volumes maiores.
No momento da inserção do cateter, é preciso considerar a direção da drenagem linfática: o cateter deve
apontar no mesmo sentido da drenagem para reduzir o risco de edemas. Por esse motivo, a inserção costuma ser
centrípeta (voltada para o centro). A região torácica e a parede abdominal lateral são as regiões de maior
elegibilidade para a punção subcutânea.

FUNDAMENTOS E TECNOLOGIAS DO CUIDAR EM ENFERMAGEM I e II Página 9 de 10


Em pacientes com caquexia, sugere-se evitar a região anterior do tórax pelo risco de pneumotórax. Como
sítios secundários, podem ser utilizados os membros superiores, reservando os membros inferiores para situações
em que a punção não possa ser feita em outro local.

Figura 13: Locais para punção Figura 12: Ductos linfáticos e padrões de drenagem

Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E Fonte: JARVIS, 2012


GERONTOLOGIA, 2016.

Glossário:
S.F. 0,9%: Solução fisiológica 0,9% ou cloreto de sódio 0,9%
EPI: equipamento de proteção individual
mL: mililitro
h: hora
mm: mílímetro
Referências:
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência
à Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Brasília: Anvisa, 2017. Disponível em:
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/medidas-de-prevencao-de-infeccao-
relacionada-a-assistencia-a-saude-3

BRASIL. Conselho Regional de Enfermagem do distrito Federal. Lei nº 5905/73, Parecer técnico nº 17/2018.
Disponível em: http://www.coren-df.gov.br/site/parecer-tecnico-coren-df-172018/.

BRAGA, et al. Tradução e adaptação da Phlebitis Scale para a população portuguesa. Revista de
Enfermagem Referência. Série IV - n.° 11 - out./nov./dez. 2016. Pag. 101 a 109. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.12707/RIV16048

CARMAGNANI, M. I. Sampaio, F., Trevisani, C., Silva, L. M. TERERAN, N. Procedimentos de Enfermagem - Guia
Prático, 2ª edição. Guanabara Koogan, 04/2017. VitalBook file.

JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

OLIVEIRA, R. G. Blackbook Enfermagem. 1ª ed. Belo Horizonte. Blackbook editora, 2016.

POTTER, P. A., et al. Fundamentos de enfermagem. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

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