POP FACENF Parenteral N. 061
POP FACENF Parenteral N. 061
POP FACENF Parenteral N. 061
Objetivos
✓ Consiste na administração de drogas ou nutrientes pelas vias intradérmica ID, subcutânea SC,
intramuscular IM, endovenosa EV e outras.
OBS:
Para frascos de múltiplas doses, faça rótulo que inclua a data da abertura, a concentração do medicamento por
mililitro e suas iniciais.
Objetivos:
✓ Administração de medicamentos por via subcutânea que se trata de uma via de liberação lenta
✓ Comum para administração de insulina, heparina, etc.
✓ Consiste na administração de solução no tecido subcutâneo ou hipoderme.
✓ Volume máximo a ser administrado é de 1,5 mL (adultos) 1 mL (crianças)
Material
• Bandeja; Medicamento prescrito
• Luva de procedimento
• Agulha 13x4,5mm; Agulha 25x8mm ou 40x12 mm
• Seringa de 1 ou 3 mL
• Algodão e Álcool 70%
Técnica:
1. Higienizar as mãos antes do início do procedimento,
2. Preparar a medicação conforme técnica preconizada, 5 conferências
3. Fazer ponto de referência.
4. Fazer etiqueta de identificação da medicação (nome, leito, medicamento, dose, via, hora)
Material
• Bandeja
• Medicamento prescrito e diluente Figura 6: Tipo de agulha de acordo com o biotipo
• Etiqueta ou fita adesiva Biotipo Solução oleosa/ Solução aquosa
• Luvas de procedimento para aplicação, suspensão
máscara e luvas se necessário para o preparo
Magro 25 mm x 8 mm 25 mm x 7 mm
• Seringa de 5mL
• Agulha para aspiração ponta romba (ou Normal 30 mm x 8 mm 30 mm x 7 mm
40x12mm, 25X8mm) obeso 40 mm x 8 mm 40 mm x 7 mm
• Agulha IM de acordo com a localização, Fonte: CARMAGNANI, 2017
hipoderme e massa muscular
• Algodão e álcool 70%
Técnica:
1. Lavar as mãos conforme técnica preconizada
2. Realizar o preparo conforme técnica preconizada (5 conferências)
3. Fazer etiqueta de identificação do medicamento
4. Reunir o material na bandeja
5. Realizar a desinfecção do frasco ou ampola com algodão embebido em
álcool;
6. Faça a reconstituição, se necessário (injetar a solução diluente ao
frasco) e aspire o conteúdo do frasco
7. Retire o ar da seringa
8. Troque a agulha por outra específica para IM
9. Cole a etiqueta na seringa
10. Proteja o embolo com o invólucro na seringa
11. Explicar ao paciente o procedimento a ser realizado;
12. Exponha a área a ser administrado o medicamento
13. Realize a antissepsia da pele com algodão embebido em álcool
14. Esticar a pele, firmar o músculo do local selecionado com os dedos Fonte: POTTER, 2018
indicador e polegar da mão oposta à que segura a seringa.
15. Utilizar técnica em Z para todas as medicações ou principalmente para as mais irritantes.(puxar com a
face ulnar da mão a pele e tecidos subjacentes por 2 a 3 cm, administrar o medicamento e remover agulha
após 10 segundos, somente então liberar a pele)
16. Insira a agulha em um angulo de 90o em relação ao músculo
17. Tracione suavemente o êmbolo da seringa para certificar-se de que não atingiu nenhum vaso sanguíneo
(retorno de sangue na seringa);
18. Se positivo, retirar agulha, aplicar pressão no local (não injetar a medicação);
19. Repetir o procedimento em outro local;
20. Injete o conteúdo da seringa, empurrando o êmbolo com a mão oposta a que segura a seringa.
21. Remover a agulha no mesmo ângulo da inserção com um movimento rápido e único, aplicando pouca
pressão local, com uma bola de algodão seco, observar o local e terminar conforme o procedimento de SC.
- IM: avalie fatores como atrofia muscular, fluxo Figura 8: Angulação da agulha para medicação parenteral
sanguíneo reduzido ou choque circulatório, pois
interferem na absorção do medicamento;- utilize
marcos anatômicos na delimitação; evite áreas
com infecção, enduração e necrose (inspecionar e
palpar).
Material
• Bandeja
• Medicamento prescrito e diluente do medicamento
• Luvas de procedimento
• Agulha 40x12mm, seringa de 10 ou 20 mL
• Etiqueta e fita adesiva
• Algodão, gaze estéril e álcool 70%
Técnica:
1. Higienizar as mãos conforme técnica preconizada,
2. Preparar a medicação conforme técnica preconizada (5 conferências)
3. Fazer etiqueta de identificação da medicação
4. Reúna o material em uma bandeja
5. Usar EPIs
6. Comunicar ao paciente o procedimento a ser realizado,
7. Selecionar a área ser administrada a medicação - braço, antebraço (prega do cotovelo) e dorso das mãos,
8. Colocar o paciente em uma posição confortável e de fácil visualização da área
9. Calce as luvas de procedimento
Observações:
• Antes da administração da medicação verifique a data de inserção Escala de Avaliação de Flebite
do cateter periférico. O cateter venoso periférico não deverá
permanecer no mesmo local por mais de 96h.
• Verifique a presença dor e edema (indicam que a veia foi transfixada
e que o líquido injetado está extravasando nos tecidos), de flebite
(escala de 0 a 4) ou de obstrução. Nesses casos, interrompa a
infusão e retire o dispositivo.
• Não é recomendado a simples interrupção do medicamento para
realização de banho, exames, refeições ou transporte do paciente. A
salinização deve ser realizada, se indicada.
• Utilizar frascos de dose única ou seringas preenchidas
comercialmente disponíveis para a prática de flushing e lock do BRAGA, et, al., 2016
cateter.
• Em clientes cardíacos ou renais, fazer o controle rigoroso do gotejamento, solução infundida e eliminada,
pulso, respiração e pressão arterial.
• Injete o medicamento no intervalo de tempo recomendado pela prescrição médica, política da instituição,
farmacêutico ou manual de referência de medicamentos. Use o relógio para a administração do tempo.
• Fique atento às possíveis reações durante a administração de medicamentos EV, tais como reações
pirogênicas, anafiláticas ou outras queixas do paciente.
VENÓCLISE:
Consiste na administração de grande quantidade de líquido no organismo com a finalidade de hidratação
(soroterapia) ou reposição hidroeletrolítica
Técnica:
1. Higienizar as mãos conforme técnica preconizada,
2. Preparar a medicação conforme técnica preconizada;
3. Retirar o ar do equipo, conectar dupla via ou similar,
4. Usar luvas para manipulação à beira do leito,
5. Comunicar ao paciente o procedimento a ser realizado,
6. Puncionar veia periférica conforme técnica estabelecida da instituição, caso o paciente não possua acesso
venoso e conectar o equipo;
7. Abra o equipo e o clamp para que possa iniciar a infusão; em caso de edema, dor (interromper
imediatamente infusão).
8. Trocar o equipo conforme tempo preconizado para cada tipo de infusão, colocando data e assinatura,
9. Controlar a solução e observar o local de inserção do cateter,
10. Retirar as luvas,
11. Higienizar as mãos,
12. Checar e fazer observações.
Recomendações para troca de equipo e conectores:
• Os equipos e dispositivos complementares devem ser trocados sempre nas trocas dos cateteres venosos
(periférico ou centrais).
• Equipos de infusão contínua não devem ser trocados em intervalos inferiores a 96 horas.
• Trocar equipos de administração intermitente a cada 24 horas.
• Cobrir as entradas com tampas estéreis e de uso único (descartar após cada uso). Não utilize agulhas para
proteção.
• Trocar os conectores em intervalos não inferiores a 96 horas ou de acordo com a recomendação do
fabricante;. Em caso de desconexão do cateter ou sistema de infusão, presença de sangue ou outra
sujidade: trocar imediatamente.
• Trocar o equipo e o dispositivo complementar de administração de hemocomponente a cada bolsa.
OBS: para realização da BCG (vacina) é necessário que o enfermeiro receba treinamento.
Material:
• Bandeja; medicação prescrita; luvas de procedimento
• Agulha 25x7mm para aspirar; agulha 13x4,5mm para administrar a medicação
• Seringa de 1mL
• Algodão e álcool 70%
Volume Indicado: Até 0,5 mL
Técnica:
1. Confira a prescrição médica e de enfermagem;
2. Faça e etiqueta de identificação da droga
3. Reúna todo o material
4. Higienizar as mãos,
5. Aspire o medicamento utilizando a agulha 25x7mm e seringa de 1 mL, sem deixar ar no interior da seringa
6. Troque a agulha por outra 13x4,5mm
7. Coloque a etiqueta de identificação do medicamento
8. Explicar ao cliente o procedimento a ser realizado,
9. Calçar as luvas de procedimento;
10. Selecionar a área a ser administrado o medicamento deltóide do braço direito (BCG), região escapular, face
interna do antebraço (Teste de sensibilidade)
11. Colocar o paciente em uma posição confortável e de fácil visualização da área de injeção.
12. Fazer antissepsia do local, com algodão e álcool a 70% da parte distal para proximal em um só sentido,
13. Remover tampa da agulha
14. Aplicar a injeção no local programado, esticar a pele e introduzir a agulha com bisel elevado para cima num
ângulo de 15ºgraus.
15. Injetar o medicamento, observando a formação de pápula
16. Remover a agulha no mesmo ângulo da inserção
17. Limpar, a área com o algodão seco
18. Não friccione o local da pápula, com algodão nem com outro material
19. Oriente o paciente a não coçar nem esfregar o local
20. Colocar o material na bandeja, não reencapar a agulha,
21. Deixar o paciente numa posição confortável,
22. Descartar o material usado,
23. Remover luvas,
24. Higienizar as mãos,
25. Checar e fazer as observações.
OBS:
• Os locais indicados par aplicação são a face anterior do antebraço e a região subescapular
• Não se deve fazer massagem no local, e a antissepsia não é obrigatória, para não interferir no tempo de
absorção do medicamento e/ou na reação local.
Técnica
1. Lavar as mãos conforme pop de higienização
das mãos
2. Explicar ao paciente/família sobre o
procedimento;
3. Avalie regiões anatômicas e escolha o local da
punção;
4. Se necessário, realize tricotomia com tricótomo
ou tesoura. Não use lâminas de barbear, pois
elas provocam escarificação da pele, o que
pode comprometer a avaliação da integridade
do sítio de punção, além de aumentar o risco de
infecção local.
5. Calce as luvas de procedimento;
6. Preencher o circuito intermediário do escalpe
com SF 0,9%;
7. Fazer antissepsia e a prega cutânea;
8. Tracione uma prega de pele e introduza o
cateter na prega, fazendo um ângulo de 45°
Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA,
com a pele. Pacientes emagrecidos devem ser 2016.
puncionados com uma angulação menor (cerca
de 30°). A punção deve ser sempre em direção centrípeta, voltada para a rede ganglionar local. O bisel da
agulha deve estar voltado para cima durante a punção. Para confirmação do posicionamento da punção, a
sensação de toque desejada é de que a agulha está livre e “solta” no espaço subcutâneo. Faça esse teste
ainda mantendo a prega.
9. Aspire para se certificar de que nenhum vaso foi atingido. Se houver retorno sanguíneo, retire o acesso e
repita a punção a uma distância de pelo menos 5 cm da punção original.
10. Enrole o intermediário e fixe o cateter com cobertura estéril, preferencialmente transparente, o que possibilita
a visualização e o monitoramento do sítio da punção.
11. Caso não haja disponibilidade de uso de cobertura estéril, a fixação pode ser feita com fita micropore ou
esparadrapo. Em ambiente hospitalar, recomenda-se proteger o óstio da punção com gaze estéril.
12. Administre o medicamento prescrito em bolus ou conecte o cateter ao equipo da solução. Após a
administração de cada medicamento em bolus, injete 1mL de soro fisiológico 0,9% para que todo o conteúdo
do circuito do cateter ou do intermediário seja infundido. Essa manobra também evita a interação
medicamentosa intralúmen.
13. Identificar a punção com data, horário, calibre do dispositivo, nome do medicamento administrado e o nome
do profissional que realizou o procedimento.
14. Documente em prontuário a realização do procedimento com descrição de: tipo e calibre do cateter,
localização da inserção e tipo de curativo.
Recomendações:
A parede abdominal dispõe de grande superfície de absorção, sendo a região de eleição para a infusão de
volumes maiores.
No momento da inserção do cateter, é preciso considerar a direção da drenagem linfática: o cateter deve
apontar no mesmo sentido da drenagem para reduzir o risco de edemas. Por esse motivo, a inserção costuma ser
centrípeta (voltada para o centro). A região torácica e a parede abdominal lateral são as regiões de maior
elegibilidade para a punção subcutânea.
Figura 13: Locais para punção Figura 12: Ductos linfáticos e padrões de drenagem
Glossário:
S.F. 0,9%: Solução fisiológica 0,9% ou cloreto de sódio 0,9%
EPI: equipamento de proteção individual
mL: mililitro
h: hora
mm: mílímetro
Referências:
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência
à Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Brasília: Anvisa, 2017. Disponível em:
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/medidas-de-prevencao-de-infeccao-
relacionada-a-assistencia-a-saude-3
BRASIL. Conselho Regional de Enfermagem do distrito Federal. Lei nº 5905/73, Parecer técnico nº 17/2018.
Disponível em: http://www.coren-df.gov.br/site/parecer-tecnico-coren-df-172018/.
BRAGA, et al. Tradução e adaptação da Phlebitis Scale para a população portuguesa. Revista de
Enfermagem Referência. Série IV - n.° 11 - out./nov./dez. 2016. Pag. 101 a 109. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.12707/RIV16048
CARMAGNANI, M. I. Sampaio, F., Trevisani, C., Silva, L. M. TERERAN, N. Procedimentos de Enfermagem - Guia
Prático, 2ª edição. Guanabara Koogan, 04/2017. VitalBook file.
JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
POTTER, P. A., et al. Fundamentos de enfermagem. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.