Direito Direito Direito
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INTERNACIONAL
PÚBLICO
Domínio Público Internacional
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Domínio Público Internacional
Sumário
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Domínio Público Internacional...................................................................................................... 4
1. Introdução...................................................................................................................................... 4
2. Direito do Mar. . ............................................................................................................................. 4
2.1. Considerações Iniciais. . ............................................................................................................ 4
2.2. Águas interiores.. ...................................................................................................................... 5
2.3. Mar Territorial........................................................................................................................... 6
2.4. Zona Contígua........................................................................................................................... 9
2.5. Zona Econômica Exclusiva................................................................................................... 10
2.6. Plataforma Continental......................................................................................................... 11
2.7. Alto-mar.....................................................................................................................................13
2.8. Fundos Marinhos. . ...................................................................................................................15
2.9. Estreitos e Canais. . ..................................................................................................................15
2.10. Navegação Marítima.............................................................................................................16
3. Direito dos Rios Internacionais............................................................................................... 17
4. Direito das Zonas Polares.. ...................................................................................................... 18
5. Direito do Espaço Aéreo............................................................................................................19
5.1. A Convenção de Chicago.........................................................................................................19
5.2. As Convenções de Varsóvia e de Montreal........................................................................21
5.3. Segurança do Tráfego Aéreo................................................................................................ 22
6. Direito do Espaço Extra-Atmosférico................................................................................... 22
Resumo............................................................................................................................................. 24
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 26
Questões de Concurso.................................................................................................................. 28
Gabarito............................................................................................................................................ 43
Referências......................................................................................................................................44
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Domínio Público Internacional
Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a)! Tudo bem?
Você sabe o que o Direito Internacional Público tem a ver com as lagostas? E com o triste
acidente de avião que vitimou os jogadores da Chapecoense?
Na aula de hoje, estudaremos um capítulo do DIP que é mais relevante do que muitos ima-
ginam: o domínio público internacional.
Aqui estudamos as normas jurídicas internacionais que regem os espaços cuja utilização
é do interesse de mais de um Estado ou de toda a sociedade internacional, ainda que sujeitos
à soberania de um Estado. São eles: o mar, os rios internacionais, as zonas polares, o espaço
aéreo e o espaço extra-atmosférico.
Mas, antes de começar, vamos ao nosso Papo de Concurseiro.
Hoje quero te dar três dicas essenciais para a sua preparação, que frequentemente são
esquecidas pelos candidatos:
• 1) Descanse. Você é um ser humano e, portanto, o seu corpo tem limites. Aprenda a
prestar atenção aos sinais de cansaço. O rendimento é bem menor quando estudamos
cansados. Durma o suficiente (de 7 a 8 horas). É durante o sono que os nossos neurô-
nios vão fazendo as conexões necessárias para fixar o conteúdo em nossa memória;
• 2) Faça exercícios. Eu sei que é difícil achar tempo para praticar atividade física durante
a preparação para concurso, mas os exercícios também têm um papel importante no
funcionamento do cérebro. Se o seu tempo é muito exíguo, pesquise no YouTube por
“seven minute workout” e faça alguns exercícios em menos de 10 minutos;
• 3) Beba água. Isso dá mais energia e evita dores de cabeça desnecessárias causadas
por desidratação, especialmente nas regiões mais secas do País.
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2. Direito do Mar
2.1. Considerações Iniciais
O direito do mar regula o emprego do mar e das águas interiores pelas atividades huma-
nas, com vistas a permitir o melhor proveito possível desses espaços, mas sempre à luz da
necessidade de manter o respeito à soberania nacional e de observar as exigências do desen-
volvimento sustentável.
Não se confunde com o direito marítimo, que regula as atividades privadas de navegação.
As normas do direito do mar foram, durante muito tempo, unicamente costumeiras. Atu-
almente, essas normas encontram-se codificadas na Convenção das Nações Unidas sobre o
Direito do Mar (CNUDM, conhecida também como Convenção de Montego Bay ou UNCLOS,
sigla de United Nations Convention on the Law of the Sea), de 1982.
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O PULO DO GATO
Leia os artigos da CNUDM mais exigidos em concursos: 2º, 3º, 5º, 13, 17 a 19, 27, 33, 56 a 58,
60, 67, 69, 76, 77, 79, 81, 89, 92, 93, 97, 101, 102, 104, 105, 107, 110, 111, 125, 210 e 246.
Também merecem destaque a Convenção sobre Prevenção de Poluição Marinha por ali-
jamento de Resíduos e Outras Matérias (Convenção de Washington), de 1972, e a Conven-
ção para Prevenção de Poluição por Navios (conhecida como Marpol 73/78), criada em 1973
e alterada pelo Protocolo de 1978. Essas convenções raramente são cobradas em concur-
sos públicos.
Os principais espaços marítimos tratados pela CNUDM são:
• águas interiores;
• mar territorial;
• zona contígua;
• zona econômica exclusiva;
• plataforma continental;
• fundos marinhos;
• estreitos e canais.
Preste bastante atenção nessas palavras, porque elas vão aparecer várias vezes na
nossa aula!
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Nas águas interiores, o Estado costeiro exerce soberania geral e exclusiva, de modo que não
há, em regra, direito de passagem inocente.
Errado.
A soberania do Estado costeiro alcança, por força da CNUDM, não apenas as águas marítimas,
mas também o espaço aéreo sobrejacente, o leito e o subsolo do mar territorial (art. 2º).
Certo.
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A grande dificuldade antes da Convenção de Montego Bay era a delimitação do mar territo-
rial, pois havia uma enorme diversidade de critérios nas opções dos países. Assim, a Conven-
ção reconhece aos Estados o direito de fixar a largura do seu mar territorial em até 12 milhas
marítimas, medidas a partir da linha de base (arts. 3º a 7º).
A linha de base, como vimos, é a linha de baixa-mar ao longo da costa, tal como indicada nas
cartas marítimas de grande escala, reconhecidas oficialmente pelo Estado costeiro (art. 5º).
Os baixios a descoberto que se encontrem, total ou parcialmente, a uma distância do con-
tinente que não exceda a largura do mar territorial podem ser utilizados como parâmetro para
medir a largura do mar territorial. Um baixio a descoberto é uma extensão natural de terra ro-
deada de água, que, na baixa-mar, fica acima do nível do mar, mas que submerge na preia-mar
(art. 13.1).
A soberania sobre o mar territorial não é absoluta, pois pode ser limitada pelo direito de
passagem inocente, oriundo de antigo direito costumeiro internacional, que consiste na na-
vegação pelo mar territorial sem prejudicar a paz, a boa ordem ou a segurança do Estado
costeiro (arts. 17 a 19).
A Convenção sobre Direito do Mar não prevê a necessidade de prévia autorização do Esta-
do costeiro para a passagem inocente de navios de outros Estados pelo seu mar territorial
(art. 17):
A passagem inocente deve ser contínua e rápida, tornando-a um ato ilícito qualquer ação
que não seja estritamente relacionada com o ato simples de passar pelas águas territoriais.
No entanto, a passagem inocente compreende o parar e o fundear, apenas na medida em
que (art. 18.2):
• constituam incidentes comuns de navegação; ou
• sejam impostos por motivos de força maior ou por dificuldade grave ou tenham por fim
prestar auxílio a pessoas, navios ou aeronaves em perigo ou em dificuldade grave.
Em regra, o Estado não pode exercer jurisdição penal sobre navio estrangeiro que passe
pelo seu mar territorial em relação a um crime praticado a bordo desse navio durante a sua
passagem. As exceções são (art. 27.1):
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O Estado costeiro também não poderá, em regra, tomar qualquer medida a bordo de um
navio estrangeiro que passe pelo seu mar territorial, para a detenção de uma pessoa ou para
proceder a investigações relacionadas com qualquer infração de caráter penal que tenha sido
cometida antes do navio ter entrado no seu mar territorial, se esse navio, procedente de um
porto estrangeiro, se encontrar só de passagem pelo mar territorial sem entrar nas águas inte-
riores (art. 27.5).
Da mesma forma, o Estado costeiro não pode exercer jurisdição civil em relação a uma pes-
soa que se encontre a bordo de navio estrangeiro que passe pelo seu mar territorial (art. 28.1).
Também não pode tomar contra esse navio medidas executórias ou medidas cautelares
em matéria civil, a não ser que essas medidas sejam tomadas por força de obrigações assumi-
das pelo navio ou de responsabilidades em que o mesmo haja incorrido, durante a navegação
ou devido a esta quando da sua passagem pelas águas do Estado costeiro (art. 28.2).
A regra, entretanto, não impede o Estado costeiro de tomar, em relação a navio estrangeiro
que se detenha no mar territorial ou por ele passe procedente das águas interiores, medidas
executórias ou medidas cautelares em matéria civil conforme o seu direito interno (art. 28.3).
Essas regras se aplicam aos navios mercantes ou navios de Estado utilizados para fins
comerciais, pois os navios de guerra ou outros navios de Estado utilizados para fins não co-
merciais ostentam imunidade de jurisdição. No caso de descumprimento, por esses navios,
do direito interno do Estado costeiro, cabe este apenas exigir a saída imediata do seu mar
territorial, ressalvada a responsabilidade do Estado da bandeira por eventual dano causado ao
Estado costeiro (arts. 30 a 32).
Em regra, o Estado não pode exercer jurisdição penal sobre navio estrangeiro que passe pelo
seu mar territorial em relação a um crime praticado a bordo desse navio durante a sua passa-
gem. As exceções são (art. 27.1):
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Errado.
A zona contígua é a área adjacente ao mar territorial, que tem extensão máxima de 12 milhas
marítimas. A Convenção do Direito do Mar prevê que a zona contígua não pode estender-se
além de 24 milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a
largura do mar territorial (art. 33.2).
Errado.
Dentro dessa área o Estado pode tomar as medidas de fiscalização necessárias para evitar
as infrações às leis e regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração e sanitários no seu territó-
rio ou no seu mar territorial e para reprimir as infrações às leis e regulamentos no seu território
ou no seu mar territorial em geral (art. 33).
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O Estado costeiro exerce, desse modo, três tipos de competência: (a) aduaneira e fiscal; (b)
segurança; e (c) conservação e exploração das riquezas animais e minerais.
Outros Estados têm, na zona econômica exclusiva, liberdades impossíveis no mar territorial,
como a navegação (sem as limitações da passagem inocente), o sobrevoo, a colocação de
cabos e dutos submarinos, além de outros usos compatíveis com os direitos do
Estado costeiro (art. 58).
Errado.
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Os limites exteriores da plataforma continental podem ser estendidos até o limite de 350 mi-
lhas marítimas (art. 76. 4 e 5, da Convenção de Montego Bay).
Certo.
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O Estado costeiro exerce na plataforma continental direitos de soberania para efeitos de ex-
ploração e aproveitamento dos recursos naturais, que são exclusivos, pois se o Estado cos-
teiro não explora a plataforma continental ou não aproveita os recursos nela encontrados,
ninguém pode fazê-lo sem seu consentimento explícito (art. 77).
Errado.
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2.7. Alto-mar
O alto-mar é definido por exclusão, abrangendo todas as áreas marítimas não incluídas na
zona econômica exclusiva, no mar territorial ou nas águas interiores de um Estado, nem nas
águas arquipelágicas de um Estado arquipélago. É, portanto, um conceito residual.
O alto-mar é regido pelo princípio da liberdade, segundo o qual são livres a navegação, o
sobrevoo por aviões de qualquer natureza, a colocação de cabos e dutos submarinos, a cons-
trução de ilhas artificiais e instalações congêneres, a pesca e a investigação científica, por
todos os Estados, inclusive aqueles que não têm litoral (REZEK, 2014, p. 367). Logo, o alto-mar
é res communis, não res nullius.
A liberdade do alto-mar é limitada pelo direito ambiental, assim como pelos deveres de utili-
zação do alto-mar para fins pacíficos e de levar em conta os interesses dos demais, de modo que
todos devem colaborar na repressão ao tráfico de escravos e de drogas, bem como da pirataria.
É interessante ressaltar que os Estados sem litoral têm direito de acesso ao alto-mar,
gozando de liberdade de trânsito por meio do território dos Estados de trânsito por todos os
meios de transporte. Mas os termos e condições para o exercício dessa liberdade de trânsito
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devem ser acordados entre os Estados sem litoral e os Estados de trânsito interessados por
meio de acordos bilaterais, sub-regionais ou regionais (art. 125).
Os Estados sem litoral têm direito de acesso ao alto-mar, gozando de liberdade de trânsito por
meio do território dos Estados de trânsito por todos os meios de transporte. Mas os termos e
condições para o exercício dessa liberdade de trânsito devem ser acordados entre os Estados
sem litoral e os Estados de trânsito interessados por meio de acordos bilaterais, sub-regionais
ou regionais (art. 125).
Certo.
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mesmas características: devem ser contínuas e rápidas, somente admitem o puro desloca-
mento e os Estados costeiros têm o direito de editar normas sobre o assunto. Contudo, passa-
gem em trânsito é conceito mais amplo porque diz respeito a, além de navios, aeronaves.
Os canais, por sua vez, também são corredores que facilitam o trânsito entre dois espa-
ços marítimos, mas, ao contrário dos estreitos, são construídos artificialmente. Os principais
exemplos de canais são o de Suez, entre o Mediterrâneo e o Mar Vermelho, e o do Panamá, que
une o Atlântico e o Pacífico, ambos construídos por Ferdinand de Lesseps (1805-1894).
Clique aqui e se encante com a grandiosidade do Canal do Panamá.
Até agora, estudamos os seguintes espaços marítimos:
ESPAÇO OBSERVAÇÃO
Interior da linha de base. Soberania geral
Águas interiores e exclusiva. Não há passagem inocente.
12 milhas da linha de base. Passagem
inocente. Em regra, não há jurisdição
Mar territorial penal sobre navios estrangeiros em
passagem inocente.
12 milhas do limite do mar territorial.
Zona contígua Medidas de fiscalização.
200 milhas da linha de base. Exploração,
aproveitamento, conservação e gestão
Zona economia exclusiva dos recursos naturais. Navios de outros
Estados têm liberdades.
Leito e subsolo das águas submarinas.
Plataforma continental Direitos de soberania para efeito de
exploração dos recursos naturais.
Conceito por exclusão. Princípio da
Alto-mar liberdade.
Águas subaquáticas, o leito e o subsolo
Fundos marinhos das águas internacionais. Patrimônio
comum da humanidade.
Estreitos e canais Corredores marítimos.
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sem fins militares). Por força de antiga regra costumeira, os navios públicos têm imunidade de
jurisdição onde quer que se encontrem. Já os navios privados ficam sujeitos à jurisdição do
Estado onde se encontrarem.
Todos os navios devem possuir uma nacionalidade, que é a do Estado cuja bandeira estão
autorizados a arvorar. Impõe-se, ainda, que haja um vínculo substancial entre o Estado e o
navio que arvora a sua bandeira (art. 92).
Os navios devem navegar sob a bandeira de um só Estado. Navios que estejam a serviço
das agências especializadas das Nações Unidas e da Agência Internacional de Energia Atômi-
ca podem arvorar a bandeira da ONU (art. 93).
Navios que estejam a serviço das agências especializadas das Nações Unidas e da Agência
Internacional de Energia Atômica podem arvorar a bandeira da ONU (art. 93).
Errado.
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Rezek dá notícia de que ainda não existe um tratado geral sobre os rios internacionais, de
modo que a regulamentação fica a cargo dos Estados que compartilham os cursos d’água
(REZEK, 2014, p. 275). O rio Amazonas, por exemplo, é regulado pelo Tratado de Cooperação
Amazônica, de 1978; e o Danúbio, pelo Estatuto Permanente do Danúbio, de 1921.
Em 1991, foi concluído o Protocolo ao Tratado da Antártida sobre Proteção ao Meio Ambiente.
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O PULO DO GATO
Leia os dispositivos da Convenção de Chicago mais cobrados em concursos públicos: arts. 1º
a 3º, 17 e 18 e 26.
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Esse entendimento foi afirmado no famoso Caso das Atividades Militares e Paramilitares
na Nicarágua, julgado pela Corte Internacional de Justiça, em 1986: “o princípio de respeito
pela soberania territorial também é infringido diretamente pelo sobrevoo não autorizado do
território de um Estado por uma aeronave pertencente ao governo de outro Estado ou sob o
seu controle”.
Em contrapartida, a navegação aérea, civil o militar, sobre espaços que não incide qualquer
soberania, é livre.
De acordo com a Convenção de Chicago, toda aeronave deve ter uma (única) nacionalida-
de, definida a partir de sua matrícula ou do registro em um Estado (art. 17), sendo vedado o
duplo registro (art. 18).
De acordo com a Convenção de Chicago, toda aeronave deve ter uma (única) nacionalidade,
definida a partir de sua matrícula ou do registro em um Estado (art. 17), sendo vedado o duplo
registro (art. 18).
Errado.
As aeronaves podem ser públicas ou privadas. Estas ficam sujeitas à jurisdição do Estado
em que se encontrarem. Aquelas, que podem ser civis ou de guerra, gozam de privilégios e
imunidades independentemente do local onde se encontrem.
A Convenção estabelece que, no caso em que uma aeronave de um Estado Parte sofrer
acidente, acarretando morte ou ferimentos graves, ou indicando sérios defeitos técnicos na
aeronave ou nas facilidades de navegação aérea, os Estados onde tiver ocorrido o acidente
procederão a um inquérito sobre as circunstâncias que provocaram o acidente, de confor-
midade, dentro do permissível por suas próprias leis com o procedimento que possa ser
recomendado nas circunstâncias pela Organização Internacional de Aviação Civil (art. 26,
1ª parte).
O Estado de registro da aeronave a deve ter a oportunidade de designar observadores para
assistirem as investigações, e o Estado onde se esteja processando o inquérito transmitirá ao
outro Estado as informações e conclusões apuradas (art. 26, 2ª parte).
O tráfego aéreo funciona de acordo com as cinco liberdades do ar previstas na Convenção
de Chicago, que são as seguintes:
• liberdade de sobrevoo, sem escalas, no território de um ente estatal;
• liberdade de escala técnica, sem fins comerciais ou em situações de emergência;
• liberdade de desembarcar passageiros e mercadorias procedentes do Estado de origem
da aeronave;
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Observe que as duas primeiras são técnicas e três últimas são comerciais.
Tais liberdades são concedidas por meio de acordos bilaterais entre os Estados partes da
Organização Internacional da Aviação Civil Internacional (OACI).
A Organização Internacional da Aviação Civil Internacional (OACI) foi criada pela Conven-
ção de Chicago para “desenvolver os princípios e a técnica da navegação aérea internacional e
de favorecer o estabelecimento e estimular o desenvolvimento de transportes aéreos interna-
cionais” (art. 44, caput).
No dia 29 de novembro de 2016, os brasileiros receberam a terrível notícia da queda do
avião que transportava o time da Chapecoense para disputar a primeira partida da Final da
Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. A aeronave levava 77 pessoas, das quais 71
morreram no acidente.
O pano de fundo do acidente envolveu, além da negligência da operadora LaMia, algumas
normas de direito do espaço aéreo.
O plano original era que a equipe embarcaria para Medellín (Colômbia) em um voo fretado
partindo do aeroporto de Guarulhos. Como a LaMia era boliviana, não poderia fazer um voo do
Brasil para Colômbia, por inexistir um acordo prevendo a 5ª liberdade entre o Brasil e a Bolívia.
Foi necessário, então, que os passageiros fossem de Guarulhos para Santa Cruz de la Sier-
ra (Bolívia), em um voo comercial, e, de lá partissem para Medellin, na aeronave da LaMia. O
avião teve uma “pane seca” ao se aproximar do aeroporto de destino.
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O tratado prevê, em seu art. 11, que os Estados Partes que desenvolverem atividades no
espaço cósmico, inclusive na Lua e demais corpos celestes, devem, “na medida em que isto
seja possível e realizável”, informar ao Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas,
assim como ao público e à comunidade científica internacional, sobre a natureza da conduta
dessas atividades, o lugar onde serão exercidas e seus resultados.
Os outros tratados internacionais a respeito do assunto que merecem ser citados são:
• Acordo sobre Recolhimento de Astronautas, Devolução de Astronautas e Devolução de
Objetos Lançados no Espaço Exterior, de 1968;
• Convenção sobre Responsabilidade Internacional por Danos Causados por Objetos Es-
paciais, de 1972. Esta prevê que o Estado lançador será responsável absoluto pelo pa-
gamento de indenização por danos causados por seus objetos espaciais na superfície
da Terra ou a aeronaves em voo (art. 2º). Outra regra importante desta Convenção é que
não há necessidade de prévio esgotamento dos recursos internos para que se possa
apresentar um pedido de indenização ao Estado lançador por dano com amparo nesse
instrumento internacional (art. 11.1);
• Convenção sobre Registro Internacional de Objetos Lançados no Espaço Exterior, de
1975; e
• Convenção sobre as Atividades dos Estados na Lua e em Outros Corpos Celestes, de
1979 (Tratado da Lua).
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RESUMO
A expressão domínio público internacional designa os espaços cuja utilização é do interes-
se de mais de um Estado ou de toda a sociedade internacional, ainda que sujeitos à soberania
de um Estado.
O direito do mar regula o emprego do mar e das águas interiores pelas atividades humanas,
com vistas a permitir o melhor proveito possível desses espaços, mas sempre à luz da neces-
sidade de manter o respeito à soberania nacional e de observar as exigências do desenvolvi-
mento sustentável.
As águas interiores são as águas marítimas situadas no interior da linha de base, isto é,
entre a terra firme e o início do mar territorial. Nas águas interiores, o Estado costeiro exerce
soberania geral e exclusiva, de modo que não há, em regra, direito de passagem inocente.
O mar territorial é a zona marítima adjacente ao território do Estado, de até 12 milhas marí-
timas, medidas a partir da linha de base, sobre o qual este exerce a sua soberania. A soberania
do Estado costeiro alcança, por força da CNUDM, não apenas as águas marítimas, mas tam-
bém o espaço aéreo sobrejacente, o leito e o subsolo do mar territorial. A soberania sobre o
mar territorial não é absoluta, pois pode ser limitada pelo direito de passagem inocente, oriun-
do de antigo direito costumeiro internacional, que consiste na navegação pelo mar territorial
sem prejudicar a paz, a boa ordem ou a segurança do Estado costeiro.
A zona contígua é a área adjacente ao mar territorial, que tem extensão máxima de 12
milhas marítimas. Dentro dessa área o Estado pode tomar as medidas de fiscalização ne-
cessárias para evitar as infrações às leis e regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração e
sanitários no seu território ou no seu mar territorial e para reprimir as infrações às leis e regu-
lamentos no seu território ou no seu mar territorial em geral.
Zona econômica exclusiva é uma área adjacente ao mar territorial que pode ir até 200 mi-
lhas marítimas contadas da linha de base. O Estado somente exerce direitos de soberania para
fins de exploração, aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais existentes na
água, no leito e no subsolo, e para quanto mais signifique aproveitamento econômico.
A plataforma continental compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se es-
tendem além do mar territorial do Estado, em toda a extensão do prolongamento natural de seu
território terrestre. A plataforma continental pode ir até o bordo exterior da margem continen-
tal ou até uma distância de 200 milhas marítimas da linha de base a partir da qual se mede a
largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja
essa distância. No entanto, a Convenção estabelece que, no caso de se utilizar o bordo exterior
como limite, a extensão da plataforma não poderá ultrapassar 350 milhas marítimas da linha
de base. O Estado costeiro exerce na plataforma continental direitos de soberania para efeitos
de exploração e aproveitamento dos recursos naturais, que são exclusivos.
O alto-mar é definido por exclusão, abrangendo todas as áreas marítimas não incluídas na
zona econômica exclusiva, no mar territorial ou nas águas interiores de um Estado, nem nas
águas arquipelágicas de um Estado arquipélago. É regido pelo princípio da liberdade.
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QUESTÕES DE CONCURSO
017. (CESPE/JUIZ FEDERAL/TRF-5ª/2011/ADAPTADA) Os espaços territoriais de domínio
público internacional não se sujeitam à soberania de nenhum país.
Nas águas interiores, o Estado costeiro exerce soberania geral e exclusiva, de modo que não
há, em regra, direito de passagem inocente.
Errado.
A soberania do Estado costeiro alcança, por força da CNUDM, não apenas as águas marítimas,
mas também o espaço aéreo sobrejacente, o leito e o subsolo do mar territorial (art. 2º).
Certo.
A Convenção sobre Direito do Mar não prevê a necessidade de prévia autorização do Esta-
do costeiro para a passagem inocente de navios de outros Estados pelo seu mar territorial
(art. 17):
Errado.
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Em regra, o Estado não pode exercer jurisdição penal sobre navio estrangeiro que passe pelo
seu mar territorial em relação a um crime praticado a bordo desse navio durante a sua passa-
gem. As exceções são (art. 27.1):
• crime com consequências para o Estado costeiro;
• crime que possa perturbar a paz do Estado ou a ordem no mar territorial;
• solicitação de assistência pelo capitão do navio ou pelo representante diplomático ou
funcionário consular do Estado da bandeira; e
• repressão do tráfico ilícito de estupefacientes ou de substâncias psicotrópicas.
Errado.
A zona contígua é a área adjacente ao mar territorial, que tem extensão máxima de 12 milhas
marítimas. A Convenção do Direito do Mar prevê que a zona contígua não pode estender-se
além de 24 milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a
largura do mar territorial (art. 33.2).
Errado.
Outros Estados têm, na zona econômica exclusiva, liberdades impossíveis no mar territorial,
como a navegação (sem as limitações da passagem inocente), o sobrevoo, a colocação de ca-
bos e dutos submarinos, além de outros usos compatíveis com os direitos do Estado costeiro
(art. 58).
Errado.
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Os limites exteriores da plataforma continental podem ser estendidos até o limite de 350 mi-
lhas marítimas (art. 76. 4 e 5, da Convenção de Montego Bay).
Certo.
O Estado costeiro exerce na plataforma continental direitos de soberania para efeitos de explo-
ração e aproveitamento dos recursos naturais, que são exclusivos, pois se o Estado costeiro
não explora a plataforma continental ou não aproveita os recursos nela encontrados, ninguém
pode fazê-lo sem seu consentimento explícito (art. 77).
Errado.
Os Estados sem litoral têm direito de acesso ao alto-mar, gozando de liberdade de trânsito por
meio do território dos Estados de trânsito por todos os meios de transporte. Mas os termos e
condições para o exercício dessa liberdade de trânsito devem ser acordados entre os Estados
sem litoral e os Estados de trânsito interessados por meio de acordos bilaterais, sub-regionais
ou regionais (art. 125).
Certo.
Navios que estejam a serviço das agências especializadas das Nações Unidas e da Agência
Internacional de Energia Atômica podem arvorar a bandeira da ONU (art. 93).
Errado.
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De acordo com a Convenção de Chicago, toda aeronave deve ter uma (única) nacionalidade,
definida a partir de sua matrícula ou do registro em um Estado (art. 17), sendo vedado o duplo
registro (art. 18).
Errado.
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A soberania do Estado costeiro alcança, por força da CNUDM, não apenas as águas marítimas,
mas também o espaço aéreo sobrejacente, o leito e o subsolo do mar territorial (art. 2º).
Certo.
A soberania do Estado costeiro alcança, por força da CNUDM, não apenas as águas marítimas,
mas também o espaço aéreo sobrejacente, o leito e o subsolo (art. 2º). Essa soberania, porém,
não é absoluta, pois pode ser limitada pelo direito de passagem inocente, oriundo de antigo
direito costumeiro internacional, que consiste na navegação pelo mar territorial sem prejudicar
a paz, a boa ordem ou a segurança do Estado costeiro (arts. 17 a 19).
Certo.
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Assim dispõe o art. 18.2, da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (Convenção
de Montego Bay):
2. A passagem deverá ser contínua e rápida. No entanto, a passagem compreende o parar e o fun-
dear, mas apenas na medida em que os mesmos constituam incidentes comuns de navegação ou
sejam impostos por motivos de força maior ou por dificuldade grave ou tenham por fim prestar,
auxílio a pessoas, navios ou aeronaves em perigo ou em dificuldade grave.
Errado.
O item contraria o art. 27 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar:
A jurisdição penal do Estado costeiro não será exercida a bordo de navio estrangeiro que passe pelo
mar territorial com o fim de deter qualquer pessoa ou de realizar qualquer investigação, com relação
à infração criminal cometida a bordo desse navio durante a sua passagem, salvo nos seguintes
casos: (...) d) se essas medidas forem necessárias para a repressão do tráfico ilícito de estupefa-
cientes ou de substâncias psicotrópicas.
Errado.
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O art. 69 da CNUDM prevê que os Estados sem litoral têm o direito a participar, numa base
equitativa, no aproveitamento de uma parte apropriada dos excedentes dos recursos vivos das
zonas econômicas exclusivas dos Estados costeiros da mesma sub-região ou região, tendo
em conta os fatores econômicos e geográficos pertinentes de todos os Estados interessados.
Essa participação, no entanto, deverá observar os termos e condições estabelecidos pelos
Estados interessados por meio de acordos bilaterais, sub-regionais ou regionais.
Errado.
Outros Estados têm, na zona econômica exclusiva, liberdades como a navegação (sem as
limitações da passagem inocente), o sobrevoo, a colocação de cabos e dutos submarinos,
além de outros usos compatíveis com os direitos do Estado costeiro (art. 58 da Convenção
de Montego Bay).
Errado.
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1. O Estado costeiro em cujas águas espécies catádromas passem a maior parte do seu ciclo vital
deve ser responsável pela gestão dessas espécies e deve assegurar a entrada e a saída dos peixes
migratórios.
Espécies catádromas são aquelas que habitam ecossistemas de água doce durante a maior parte
de seu ciclo de vida e migram para áreas oceânicas em época de desova.
Certo.
A assertiva está em conformidade com o art. 56.1 da Convenção de Montego Bay, que dispõe:
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A plataforma continental pode ir até o bordo exterior da margem continental ou até uma dis-
tância de 200 milhas marítimas da linha de base a partir da qual se mede a largura do mar
territorial, nos casos em que a borda exterior da margem continental não atinja essa distân-
cia (art. 76). No entanto, a Convenção estabelece que, no caso de se utilizar o bordo exterior
como limite, a extensão da plataforma não poderá ultrapassar 350 milhas marítimas da linha
de base. O erro, porém, está no final do item: na plataforma continental, o Estado costeiro não
exerce soberania como no mar territorial, mas a soberania restringe-se à exploração e ao apro-
veitamento dos recursos naturais.
Errado.
O Estado costeiro exerce na plataforma continental direitos exclusivos de soberania para efei-
tos de exploração e aproveitamento dos recursos naturais.
Errado.
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O art. 79.1 da CNUDM estabelece que todos os Estados têm o direito de colocar cabos e dutos
submarinos na plataforma continental. No entanto, o art. 14, § 1º, da Lei n. 8.617/1993, prevê
que “[o] traçado da linha para a colocação de tais cabos e dutos na plataforma continental de-
penderá do consentimento do Governo brasileiro”.
Errado.
Art. 11. A plataforma continental do Brasil compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas
que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural de seu
território terrestre, até o bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de duzentas mi-
lhas marítimas das linhas de base, a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos
em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância.
Art. 12. O Brasil exerce direitos de soberania sobre a plataforma continental, para efeitos de explo-
ração dos recursos naturais.
Certo.
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Para os fins da presente Convenção, considera-se como território de um Estado, a extensão terres-
tre e as águas territoriais adjacentes, sob a soberania, jurisdição, proteção ou mandato do citado
Estado.
Errado.
A Convenção sobre a Aviação Civil Internacional aplica-se unicamente a aeronaves civis, e não
a aeronaves de propriedades do Governo, assim consideradas aquelas usadas para serviços
militares, alfandegários ou policiais (art. 3º, “a” e “b”).
Errado.
A Convenção estabelece que, no caso em que uma aeronave de um Estado Parte sofrer aciden-
te, acarretando morte ou ferimentos graves, ou indicando sérios defeitos técnicos na aeronave
ou nas facilidades de navegação aérea, os Estados onde tiver ocorrido o acidente procederão
a um inquérito sobre as circunstâncias que provocaram o acidente, de conformidade, dentro
do permissível por suas próprias leis com o procedimento que possa ser recomendado nas
circunstâncias pela Organização Internacional de Aviação Civil (art. 26, 1ª parte). O Estado de
registro da aeronave a deve ter a oportunidade de designar observadores para assistirem as
investigações, e o Estado onde se esteja processando o inquérito transmitirá ao outro Estado
as informações e conclusões apuradas (art. 26, 2ª parte).
Certo.
No célebre caso das Atividades Militares e Paramilitares na Nicarágua, de 1986, a CIJ afirmou
que “o princípio de respeito pela soberania territorial também é infringido diretamente pelo so-
brevoo não autorizado do território de um Estado por uma aeronave pertencente ao governo de
outro Estado ou sob o seu controle”.
Errado.
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O Estado exerce soberania completa e exclusiva sobre o espaço aéreo que cobre o seu ter-
ritório (art. 1º da Convenção de Chicago), entendido este como a extensão terrestre e o mar
territorial (art. 2º).
Certo.
De acordo com a Convenção de Chicago, toda aeronave deve ter uma (única) nacionalidade,
definida a partir de sua matrícula ou do registro em um Estado (art. 17), sendo vedado o duplo
registro (art. 18).
Errado.
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A Convenção sobre Responsabilidade Internacional por Danos Causados por Objetos Espa-
ciais, de 1972, prevê que o Estado lançador será responsável absoluto pelo pagamento de inde-
nização por danos causados por seus objetos espaciais na superfície da Terra ou a aeronaves
em voo (art. 2º).
Certo.
O Tratado sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do
Espaço Cósmico, Inclusive a Lua e Demais Corpos Celestes, de 1967, adota como princípio o
uso dos corpos celestes exclusivamente para fins pacíficos. Por esse motivo, o seu art. 4º,
1ª parte, proíbe expressamente a colocação em órbita qualquer objeto portador de armas
nucleares ou de qualquer outro tipo de armas de destruição em massa, a instalação de tais
armas sobre os corpos celestes e a colocação de tais armas, de alguma maneira, no espa-
ço cósmico.
Errado.
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O Tratado sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do
Espaço Cósmico, Inclusive a Lua e Demais Corpos Celestes, de 1967, adota como princípio o
uso dos corpos celestes exclusivamente para fins pacíficos. Por esse motivo, o seu art. 4º, 2ª
parte, proíbe expressamente o estabelecimento de bases, instalações ou fortificações milita-
res, os ensaios de armas de qualquer tipo e a execução de manobras militares na Lua e nos
demais corpos celestes.
Errado.
A Convenção sobre Responsabilidade Internacional por Danos Causados por Objetos Espa-
ciais, de 1972, prevê que o Estado lançador será responsável absoluto pelo pagamento de inde-
nização por danos causados por seus objetos espaciais na superfície da Terra ou a aeronaves
em voo (art. 2º).
Errado.
Possivelmente a banca considerou o item incorreto porque o tratado prevê, em seu art. 11, que
os Estados Partes que desenvolverem atividades no espaço cósmico, devem, “na medida em
que isto seja possível e realizável”, informar ao Secretário-Geral da Organização das Nações
Unidas, assim como ao público e à comunidade científica internacional, sobre a natureza da
conduta dessas atividades, o lugar onde serão exercidas e seus resultados. O tratado não co-
loca a informação como um verdadeiro dever, mas como uma obrigação de “soft law”.
Errado.
O art. 9º, 1ª parte, do Tratado sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Estados na
Exploração e Uso do Espaço Cósmico, Inclusive a Lua e Demais Corpos Celestes, de 1967, não
inclui a efetividade entre seus princípios. Confira:
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No que concerne à exploração e ao uso do espaço cósmico, inclusive da Lua e demais corpos ce-
lestes, os Estados-Partes do Tratado deverão fundamentar-se sobre os princípios da cooperação e
de assistência mútua e exercerão as suas atividades no espaço cósmico, inclusive na Lua e demais
corpos celestes, levando devidamente em conta os interesses correspondentes dos demais Esta-
dos-Partes do Tratado.
Errado.
A Convenção sobre Responsabilidade Internacional por Danos Causados por Objetos Espa-
ciais, de 1972, prevê que não há necessidade de prévio esgotamento dos recursos internos
para que se possa apresentar um pedido de indenização ao Estado lançador por dano com
amparo nesse instrumento internacional (art. 11.1)
Certo.
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GABARITO
1. E 23. E 45. E
2. E 24. C 46. E
3. C 25. E 47. E
4. E 26. C 48. E
5. E 27. E 49. C
6. E 28. C 50. E
7. E 29. E 51. E
8. C 30. E 52. C
9. E 31. E 53. E
10. C 32. E 54. C
11. E 33. E 55. C
12. C 34. C 56. E
13. E 35. C 57. E
14. E 36. E 58. E
15. E 37. C 59. C
16. E 38. E 60. E
17. E 39. E 61. E
18. E 40. E 62. E
19. C 41. E 63. E
20. E 42. b 64. E
21. E 43. C 65. E
22. E 44. C 66. C
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REFERÊNCIAS
PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado: incluindo no-
ções de direitos humanos e direito comunitário. 6ª. ed. ver. ampl. e atual. Salvador: Juspodi-
vm, 2014.
REZEK, Francisco. Direito Internacional Público: curso elementar. 15ª. ed. rev. e atual. São
Paulo: Saraiva, 2014.
MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público. 8ª. ed. rev., atual. e
ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
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