2 - Redes Locais

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Curso de

TCP-IP
Básico
V.2.0

abril de 2004
AVISO IMPORTANTE
Esta apostila é parte integrante do Curso de TCP-IP Básico,
desenvolvido pela TopMaster para a Embratel.
O objetivo deste documento é apresentar uma versão textual
do conteúdo do curso online para a conveniência do aluno.
Sua leitura não substitui o estudo online, pois este oferece interações e
animações que não podem ser representadas no formato impresso.

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2 - REDES LOCAIS
2.1 – Padrão de conexão e conceitos lógicos
2.1.1 – Padrão Ethernet
Para que a comunicação possa se estabelecer entre os computadores, sabemos que há a
necessidade de um caminho através do qual os dados irão trafegar, ou seja, de meios de
transmissão.

Precisamos, então, definir um padrão para garantir esse tráfego. Isso foi pensado quando se criou
o padrão ETHERNET.

Vejamos um pouco de sua história e alguns conceitos importantes.

Histórico do Padrão Ethernet


Este padrão tem suas raízes no sistema ALOHA desenvolvido por Abramson na
Universidade do Hawai. Tinha por objetivo permitir a conexão de estações terrestres via
satélite, baseado em um esquema de contenção CSMA.

O Ethernet foi criado no final dos anos 70 por um consórcio formado pelas empresas
Digital, Intel e Xerox (DIX). Mais tarde em 1984, o IEEE especificou o padrão IEEE
802.3, baseado nas características do Ethernet.

A diferença entre os dois padrões é que, enquanto o IEEE define uma rede com
velocidade de transmissão de 10 Mbps, o padrão Ethernet descreve um conjunto de
protocolos com velocidades que variam de 1 a 20 Mbps com diferentes meios físicos,
correspondentes às camadas Física e de Enlace do modelo OSI.

Na camada física, especifica topologias em barra 10Base5 e 10Base2 ou em estrela


10BaseT, na camada de enlace, descreve um método de acesso para uma topologia lógica
em barra onde as estações de trabalho compartilham o mesmo meio físico, por meio de
um esquema de contenção CSMA/CD.

Os trabalhos do IEEE continuaram visando atender às novas necessidades do mercado,


como maior velocidade, criando, então, várias especificações para as camadas físicas.

Atualmente, o padrão define velocidades de até 10 Mbps, 100 Mbps (Fast Ethernet) e
1000 Mbps (Gigabit Ethernet).

CSMA/CD - Carrier Cense Multiple Access / Collision Detection


O CSMA/CD é o método de acesso utilizado nos padrões 802.3 (topologia lógica em
barra).

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O algoritmo do CSMA/CD funciona da seguinte forma:

Quando um dispositivo deseja transmitir um dado, ele verifica, escuta se o meio está
livre, detectando a existência de sinal no meio (carrier sense). Caso o meio esteja livre, a
estação transmitirá o dado, caso contrário, ela persistirá na escuta até que este seja
desocupado para a transmissão. Após transmitir o dado, o dispositivo deverá continuar
escutando o meio para detectar se houve colisão (colision detection).

A colisão ocorre quando sinais vindos de dispositivos diferentes se encontram no


barramento, causando um embaralhamento do sinal no meio. Se um dispositivo detecta
que, ao transmitir, houve uma colisão, ele enviará um sinal para os outros dispositivos da
rede e esperará durante um tempo aleatório para tentar a retransmissão, sendo que uma
nova colisão pode ocorrer gerando uma nova contagem.

Desse modo, os métodos baseados em contenção também são ditos não determinísticos,
pois não podemos determinar o tempo entre duas transmissões simultâneas de um mesmo
dispositivo.

O tempo durante o qual o dispositivo deve permanecer escutando o barramento é função


do tempo de propagação do sinal no meio, de forma que a observação das distâncias
máximas estabelecidas pelos padrões deve ser seguida à risca para não prejudicar a
eficiência da rede.

Tipos de Conexão
Podemos ter dois tipos de conexão numa rede: a conexão ponto a ponto e a multiponto.

Quando dois dispositivos estão conectados ponto a ponto toda a capacidade de


transmissão do meio fica reservada a eles.

As conexões multiponto permitem que um dispositivo se comunique com dois ou mais


dispositivos.

Neste tipo de conexão o meio de transmissão, e também sua capacidade de transmissão,


são compartilhados pelos dispositivos conectados.

Outro aspecto importante a ser observado é a necessidade de endereçamento dos


dispositivos conectados ao meio compartilhado.
Topologias
As topologias podem ser descritas fisicamente e logicamente.

A topologia física é a verdadeira aparência ou layout da rede. Enquanto que a lógica


descreve o fluxo dos dados através da rede, e pode ser baseada em ligações ponto a ponto
ou multiponto.

Existem vários tipos de topologias de redes, sendo que as principais são:


• Barra
A topologia em barra é composta de um meio de transmissão linear ao qual todos os
nós estão diretamente conectados. A barra deve ser terminada em ambas as pontas.

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A principal característica desta topologia é que os nós compartilham um único meio
de transmissão, de forma que todo dado transmitido é recebido por todos os nós.

• Estrela
Na topologia em estrela cada nó é conectado a um ponto central. Este ponto central é,
normalmente, chamado de hub, repetidor, multiporta ou concentrador. Desta forma,
todos os dados transmitidos devem, necessariamente, passar uma única vez pelo
ponto central alcançando, em seguida, seu

destino.

2.1.2 – Padrão IEEE 802.x


Na tabela abaixo, apresentamos os principais protocolos da arquitetura dos padrões IEEE 802.x e
sua correspondência com o Modelo de Referência OSI:

Modelo OSI
Padrões IEEE 802
(camadas)
LLC IEEE 802.2
Enlace
IEEE 802.3
MAC
Físico 10Base2 10Base5 10BaseT 10BaseF

Repare que os padrões de transmissão 10Basex referem-se à velocidade de 10 Mbps, que é a


velocidade de transmissão das redes com padrão IEEE 802.3.

Veja também que temos nesse quadro duas subcamadas das camadas do modelo OSI.

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2.1.2.1 – Subcamada LLC
Na subcamada MAC vimos toda a parte física da conexão de uma rede, agora
veremos a parte lógica de como essa conexão é feita.

A subcamada LLC é a responsável por essa parte e se caracteriza por seus


serviços de conexão, ou seja, como os protocolos estão trocando as informações.
Vejamos alguns desses serviços:

• Serviços de conexão: A subcamada LLC proporciona o mecanismo para o


controle da conexão entre dois dispositivos da rede, através do controle de
seqüência, controle de fluxo e da correção de erros.

Este controle da conexão é descrito na forma serviços de conexão, que podem


ser prestados pela subcamada LLC.

• Serviços não orientados a conexão: Não proporcionam controle de


seqüência, fluxo e erro, sendo estes serviços prestados por protocolos de nível
mais elevado. Mas proporcionam grande desempenho e são utilizados
principalmente em rede LAN.

• Serviços orientados à conexão: Proporcionam controle de fluxo, erro e


seqüência através de confirmações. Apresenta grande overhead, reduzindo a
performance e aumentando a confiabilidade. São normalmente utilizados em
redes WAN.

• Serviços sem conexão com confirmação: Proporcionam controle de fluxo


por meio de confirmações e controle de erro em conexões ponto a ponto.

Controle de Fluxo na subcamada LLC

Estabelecida a conexão faz-se necessário um controle da quantidade de informações que


o receptor pode receber. Os tipos de controle existentes são:

• Controle de Fluxo com Taxa Garantida: Neste esquema, transmissor e receptor


negociam uma taxa de transmissão aceita por ambos. Uma vez estabelecida, esta taxa
é mantida durante todo o período de transmissão.

Este esquema pressupõe que o receptor processe imediatamente cada unidade de


informação recebida, podendo acarretar o uso ineficiente do meio de transmissão,
quando dispositivos mais lentos são utilizados.

• Controle de Fluxo de Janelas: Uma forma de evitar este problema seria o


armazenamento dos frames recebidos e posteriormente seu processamento. A esta
técnica chamamos buffering.

Janela é a técnica que permite ao transmissor enviar vários frames de dados, antes de

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receber uma confirmação do receptor. Os frames recebidos são armazenados no
receptor buffering, até que possam ser processados e uma confirmação ser enviada ao
transmissor.

Ao número de frames que podem ser armazenados chamamos de Janela de


Transmissão. Os frames transmitidos em cada janela devem ser seqüenciados para
que possam ser processados.

• Janela de Transmissão Estática: Neste esquema uma janela de transmissão fixa é


negociada entre o transmissor e o receptor. Esta janela, normalmente, é igual ao
número de frames que podem ser armazenados no receptor. Se uma janela de 7
frames for negociada, o transmissor só enviará o oitavo frame após o recebimento de
uma confirmação.

Se algum fator reduz a capacidade de processamento do receptor, pode ocorrer, como


a janela de transmissão é fixa, do transmissor enviar frames que o receptor não possa
processar, ou o receptor demorar um tempo maior para confirmar a recepção,
reduzindo a eficiência de utilização do meio.

• Janela de Transmissão Dinâmica: Neste esquema, os equipamentos envolvidos na


transmissão podem ajustar o tamanho da janela dinamicamente.

Esta técnica permite ao receptor enviar ao transmissor um frame de alerta sempre que
seu buffer está próximo da capacidade máxima, indicando ao transmissor que reduza
a janela de transmissão. Esta, então, será definida em um valor mínimo e aumentada
paulatinamente, até que um novo frame de alerta seja recebido. Desta forma pode-se
otimizar a eficiência do meio de transmissão.

• Controle de Erros: A sub camada LLC proporciona a possibilidade de controle de


erro, através de um mecanismo que exige que o receptor confirme a recepção de cada
frame com um frame chamado Acknowledge - ACK, avisando que a informação foi
recebida com sucesso e solicitando o próximo frame.

Caso a informação não tenha sido recebida corretamente, o receptor pode enviar uma
solicitação de retransmissão NoAcknowlegde - NACK ou aguardar até que seja
esgotado o tempo de transmissão, para que o transmissor, não recebendo um ACK,
retransmita o frame.

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2.1.2.2 – Especificações físicas do padrão 802.3
10Base2

Veremos as características do padrão de trasmissão 10 Base2 com velocidade de 10 Mbs.


Esta é a velocidade de transmissão das redes com padrão IEEE 802.3.

CARACTERÍSTICA ESPECIFICAÇÃO

Tipo de cabo coaxial fino - RG58 A/U (Thin Ethernet)

Conectores conector "T" do tipo BNC

Tamanho máximo de 185 m.Também são permitidos, no


segmentos máximo, 5 segmentos em uma rede,
até um tamanho máximo de 585m

Número máximo de até 30 estações com uma distância


estações por segmento mínima entre dois conectores T de
0,5m

Topologia barra

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10Base5

Veremos as características do padrão de trasmissão 10 Base5 com velocidade de 10 Mbs.


Esta é a velocidade de transmissão das redes com padrão IEEE 802.3.

CARACTERÍSTICA ESPECIFICAÇÃO

Tipo de cabo cabo coaxial grosso RU8 (Thick


Ethernet)

Conectores transceiver do tipo "vampiro"

Tamanho máximo de 500m, mas para cobrir distâncias


segmentos maiores, pode-se conectar segmentos
através de repetidores até uma
distância máxima de 2500 m,
constituídos de 5 segmentos e 4
repetidores.

Número máximo de 100 estações


estações por segmento

Topologia barra

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10BaseT

Veremos as características do padrão de trasmissão 10 BaseT com velocidade de 10 Mbs.


Esta é a velocidade de transmissão das redes com padrão IEEE 802.3.

CARACTERÍSTICA ESPECIFICAÇÃO

Tipo de cabo par trançado - UTP (Unshielded


Twisted Par) 2 ou 4 pares Categoria 3
ou superior

Conectores RJ45

Tamanho máximo de 100m


segmentos

Número máximo de 1024, sendo que podemos conectar


estações por segmento vários hubs uns aos outros formando
uma topologia em forma de árvore
(EMPILHAMENTO). É importante
ressaltar que entre duas estações não
podem existir mais de quatro hubs.

Topologia barra, porém fisicamente em estrela


(necessita de um hub)

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Dica de como construir um cabo para 802.3 10 base-T

Na construção de um cabo para o padrão 802.3 10 base-T, usamos um par de conectores RJ-
45 e um cabo, que pode ser categoria 3 (CAT 3) ou categoria 5 (CAT 5).

Não são utilizados todos os pinos do conector, somente os pinos 1, 2, 3 e 6.

Confecção de um cabo Muitas vezes temos que confeccionar um cabo para ligação
máquina Hub: máquina a máquina, conhecido como cabo crossover.
Este tipo de cabo deverá ser montado da seguinte forma:

Pino 1 ao Pino 1 Pino 1 ao Pino 3


Pino 2 ao Pino 2 Pino 2 ao Pino 6
Pino 3 ao Pino 3 Pino 3 ao Pino 1
Pino 6 ao Pino 6 Pino 6 ao Pino 2

Lembre-se de que há uma estimativa de que 75% dos problemas de LAN são causados por
problema de cabeamento!

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10BaseF

Veremos as características do padrão de trasmissão 10 BaseF com velocidade de 10 Mbs.


Esta é a velocidade de transmissão das redes com padrão IEEE 802.3.

CARACTERÍSTICA ESPECIFICAÇÃO

Tipo de cabo par trançado - UTP (Unshielded


Twisted Par) 2 ou 4 pares Categoria 3
ou superior

Conectores RJ45

Tamanho máximo de 100m


segmentos

Número máximo de 1024, sendo que podemos conectar


estações por segmento vários hubs uns aos outros formando
uma topologia em forma de árvore
(EMPILHAMENTO). É importante
ressaltar que entre duas estações não
podem existir mais de quatro hubs.

Topologia estrela

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Empilhamento

Como o número de estações conectadas ao barramento está limitado ao número de


portas do hub, o aumento de estações, quando um número de portas se esgota,
passa obrigatoriamente por duas situações:

• substituição do hub por um outro com maior número de portas, ou


• cascateamento para um novo hub, o que é limitado pelo número máximo
de hubs (4) entre duas estações da rede.

Os fabricantes de equipamentos de rede tentaram minimizar este problema com a


introdução de uma nova família de equipamentos e de um novo conceito, o de
empilhamento.

O empilhamento consiste na conexão de várias unidades de hub, por meio de


uma conexão especial, de forma que teremos vários hubs empilhados,
funcionando como uma única unidade lógica.

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2.1.3 – Fast Ethernet
Para atender a demanda por velocidades de transmissão maiores, capazes de suportar aplicações
mais exigentes e arquivos maiores, os fabricantes, juntamente com o IEEE, começaram a buscar
novos padrões.

Assim, foi criado o Fast Ethernet - IEEE 802.3u, também conhecido como 100BaseT, que
eleva a velocidade de transmissão da rede para 100 Mbps, sem proporcionar uma mudança
significativa, ou até mesmo nenhuma mudança, na infra-estrutura de rede utilizada.

O padrão 802.3u foi definido para possibilitar uma rede Ethernet a 100 Mbps, mantendo-se o
mais próximo possível das definições originais do 802.3. Dessa forma ele utiliza o mesmo
método de acesso CSMA/CD das versões anteriores, tornando-o atrativo às companhias que já
utilizam o padrão tradicional.

O grande desafio deste desenvolvimento está na detecção de colisão, pois enquanto a velocidade
aumenta 10 vezes, a janela de detecção da colisão se reduz em um décimo.

Na tabela abaixo apresentamos os principais protocolos, a arquitetura dos padrões IEEE 802.x
para o Fast Ethernet e sua correspondência com o Modelo de Referência OSI:

Modelo OSI (camadas) Padrões IEEE 802


LLC IEEE 802.2
Enlace
IEEE 802.3U
MAC
Físico 100BaseTx 100BaseT4 100BaseFx

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100BaseTx

Veremos as características do padrão de trasmissão 100 BaseTx, que é um padrão


verdadeiramente derivado do 10BaseT, alcança velocidade de 100 Mbps, enviando seus
sinais a uma freqüência 10 vezes maior.

CARACTERÍSTICA ESPECIFICAÇÃO

Tipo de cabo cabo UTP Cat. 5, que oferece maior


resistência à interferência EMI/RFI
do que o cabo de Cat. 3

Conectores

Tamanho máximo de segmentos 205m

Número máximo de estações


por segmento

Topologia

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Dica de como construir um cabo para 802.3 100 base-TX

Na construção de um cabo para o padrão 802.3 100 base-TX, usamos um par de conectores
RJ-45 e um cabo categoria 5 (CAT 5). Não são usados todos os pinos do conector, somente os
pinos 1, 2, 3 e 6.

Confecção de um Muitas vezes temos que confeccionar um cabo para ligação


cabo máquina máquina a máquina, conhecido como cabo crossover. Este tipo
Hub: de cabo deverá ser montado da seguinte forma:

Pino 1 ao Pino 1 Pino 1 ao Pino 3


Pino 2 ao Pino 2 Pino 2 ao Pino 6
Pino 3 ao Pino 3 Pino 3 ao Pino 1
Pino 6 ao Pino 6 Pino 6 ao Pino 2

Lembre-se de que há uma estimativa de que 75% dos problemas de LAN são causados por
problema de cabeamento!

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100BaseT4

Veremos as características do padrão de trasmissão 100BaseT4, cuja especificação física


difere significativamente da especificação original do 10BaseT. O 100BaseT4 alcança a
velocidade de 100 Mbps, dividindo o fluxo de dados em 3 fluxos de 33 Mbps.

CARACTERÍSTICA ESPECIFICAÇÃO

Tipo de cabo cabo UTP

Conectores

Tamanho máximo de segmentos 205m

Número máximo de estações por


segmento

Topologia

Dica de como construir um cabo para 802.3 100 base-T4

Na construção de um cabo para o padrão 802.3 100 base-T4, usamos um par de conectores
RJ-45 e um cabo que pode ser de categoria 3 (CAT 3), categoria 4 (CAT 4) ou categoria 5
(CAT 5). Todos os pinos do conector são utilizados.

Confecção de um Muitas vezes temos que confeccionar um cabo para ligação


cabo máquina máquina a máquina, conhecido como cabo crossover. Este tipo
Hub: de cabo deverá ser montado da seguinte forma:

Pino 1 ao Pino 1 Pino 1 ao Pino 3


Pino 2 ao Pino 2 Pino 2 ao Pino 6
Pino 3 ao Pino 3 Pino 3 ao Pino 1
Pino 4 ao Pino 4 Pino 4 ao Pino 7
Pino 5 ao Pino 5 Pino 5 ao Pino 8
Pino 6 ao Pino 6 Pino 6 ao Pino 2
Pino 7 ao Pino 7 Pino 7 ao Pino 4
Pino 8 ao Pino 8 Pino 8 ao Pino 5

Lembre-se de que há uma estimativa de que 75% dos problemas de LAN são causados por
problema de cabeamento!

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100BaseFX

Veremos as características do padrão de trasmissão 100BaseFX, que foi desenhado para


suportar distâncias maiores que o 100BaseTX, pela utilização de cabos de fibra ótica para
a transmissão do sinal.

CARACTERÍSTICA ESPECIFICAÇÃO

fibra multimodo 62,5 x 125


Tipo de cabo
micron

Conectores O conector mais utilizado é o


conector ST, porém vem sendo
substituído rapidamente pelo
conector tipo SC.

Tamanho máximo de segmentos 412 m

Número máximo de estações por


segmento

Topologia

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2.1.4 – Giga Ethernet
Desde sua especificação inicial pela DIX em 1970, o Ethernet tem se firmado como o principal
protocolo de enlace das redes locais. Seu baixo custo e performance tem superado os outros
concorrentes.

Esta posição se consolidou com o advento de Fast Ethernet que elevou a velocidade da rede de 10
para 100 Mbps.

Esta evolução continua com o GigaBit Ethernet, que eleva a velocidade da rede de 100 para
1000 Mbps. Este protocolo pretende ser o mais utilizado nas aplicações de Backbone e conexões
com servidores.

Para chegar a essa elevação da velocidade o GibaBit Ethernet se baseou nos padrões IEEE 802.3
e ANSI X3T11 - Fiber Channel. Desta forma, uniu a grande velocidade de sinalização do
segundo com o método de acesso já consagrado do primeiro. Assim, o GigaBit Ethernet
corresponde a dois padrões: IEEE e IEEE 802.3z, que define três padrões de transmissão:

• 1000BaseLX;
• 1000BaseSX, para utilização com fibra ótica;
• 1000BaseCX, para cabos de cobre STP;

e o padrão IEEE 802.3ab, para utilização de cabos UTP - Categoria 5.

Na tabela apresentamos os principais protocolos, a arquitetura dos padrões IEEE 802.x para o
GigaBit Ethernet e sua correspondência com o Modelo OSI:

Modelo OSI
Padrões IEEE 802
(camadas)
LLC IEEE 802.2
Enlace
IEEE 802.3z IEEE 802.3ab
MAC
Físico 1000BaseLX 1000BaseSX 1000BaseCX 1000BaseTx

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1000BaseLX

Veremos as características do padrão de trasmissão 1000BaseLX, (Long Wave Laser).

CARACTERÍSTICA ESPECIFICAÇÃO

Tipo de cabo fibras óticas multimodo


50x100u ou 62.5x125u
utilizando emissor de laser de
850 nm com fibra monomodo
9u de núcleo e 1300 nm de
comprimento de onda.

Conectores conector tipo SC.

Tamanho máximo de segmentos até 5Km com fibra monomodo e


até 550m com a fibra
multimodo

Número máximo de estações por


segmento

Topologia

1000BaseSX

Veremos as características do padrão de trasmissão 1000BaseSX, que foi desenhado para


suportar distâncias maiores que o 100BaseTX, pela utilização de cabos de fibra ótica para
a transmissão do sinal.

CARACTERÍSTICA ESPECIFICAÇÃO

Tipo de cabo fibra ótica tipo multimodo


50x100u ou 62.5x125u.

Conectores conector tipo SC.

Tamanho máximo de segmentos 500 m

Número máximo de estações por


segmento

Topologia

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1000BaseCX

Veremos as características do padrão de trasmissão 1000BaseCX, que foi desenhado para


suportar distâncias maiores que o 100BaseTX, pela utilização de cabos de fibra ótica para
a transmissão do sinal.

CARACTERÍSTICA ESPECIFICAÇÃO

Tipo de cabo cabo STP (Shielded Twisted


Pair) balanceado, diferente dos
cabos IBM tipo I ou II

Conectores DB9, porém novos conectores


estão sendo desenvolvidos

Tamanho máximo de segmentos 25m

Número máximo de estações por


segmento

Topologia

1000BaseTX

Veremos as características do padrão de trasmissão 1000BaseTx, que foi desenvolvido


para possibilitar a conexão de equipamentos em rede à velocidade de 1000 Mbps
utilizando a mesma infra-estrutura utilizada para o FastEthernet.

CARACTERÍSTICA ESPECIFICAÇÃO

Tipo de cabo UTP - Categoria 5

Conectores

Tamanho máximo de segmentos diâmetro máximo de 205m,


sendo que uma estação pode
estar do Hub a uma distância de
100m, exatamente como no
100BaseTX.

Número máximo de estações por


segmento

Topologia

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2.1.5 – Diferenças entre Ethernet e IEEE 802.3

A principal diferença entre o Ethernet e o IEEE 802.3 é que no primeiro não existe a sub camada
LLC e o quadro Ethernet possui o campo Tipo no lugar do campo Tamanho.

Abaixo apresentamos o frame Ethernet, e explicaremos o campo Tipo em seguida:

7 bytes 1 6 6 2bytes 46>1500 4


Preâmbulo SFD DA SA Tipo Data CRC
Formato do Quadro Ethernet
7 bytes 1 6 6 2 bytes 46>1500 4
Preâmbulo SFD DA SA Tamanho Data CRC
Formato do Quadro IEEE 802.3

Campo Tipo

O campo Tipo indica qual protocolo da camada de Rede está sendo carregado no campo
de dados do frame Ethernet. Por exemplo, o valor 0800 Hex., indica que o protocolo de
camada de rede transportado é o IP.

Na verdade, os valores 0000 a 05DC Hex. (0 a 1500 em decimal) devem ser interpretados
como tamanho do campo de dados como no 802.3.

Duas questões devem ser examinadas a partir desta diferença:

Como o protocolo Ethernet delimita o tamanho de campo de dados quando Tipo>05DC?

Para delimitar o campo de dados, o Ethernet aguarda o fim do envio do frame. Como o frame
Ethernet terá entre 46 a 1514 bytes, será descartado se vier menos de 46 bytes, ou se for maior
que 1514 bytes.

Como o protocolo 802.3 sabe para qual entidade superior deve entregar a informação
contida no campo de dados?

O 802.3 sempre entrega seus dados ao 802.2 (subcamada LLC). O 802.2, através dos campos
LSAPs (Logical Service Address Port) - DSAP (Destination Service Address Port) e SSAP
(Source Service Address Port), indica a entidade e o protocolo que deve interpretar o campo de
dados.

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Veja seu formato no quadro abaixo:

1 byte 1 2
Quadro 802.2 DSAP SSAP Controle Dados

O problema é que não foi definido na especificação original do IEEE 802.3, um LSAP
para o protocolo IP, o que impede a utilização deste protocolo em conjunto com o 802.3.

Então, foi criada uma extensão ao 802.2 chamada 802.2 Snap, para permitir a utilização
do IP em conjunto com esta especificação a custo de um grande overhead. Desta forma, o
comum é não se utilizar as implementações de Redes IP, fazendo uso apenas do Frame
Ethernet.

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2.1.6 – Camada MAC
Já vimos as diferenças entre o Frame 802.3 e o Ethernet. Agora vamos conhecer o significado de
cada campo.

O 1º campo é o Preâmbulo, que tem a finalidade de sincronizar o receptor e o transmissor. Este


campo de 7 bytes tem o formato 10101010.

O 2º campo informa o término do Preâmbulo que é o SDF - Start Delimiter of Frame. Este
campo, que tem apenas um byte, é configurado com a seqüência 10101011.

O 3º campo - DA informa o endereço de destino do quadro, que é composto por 6 bytes. É


conhecido como endereço MAC. Este endereço está gravado em uma memória dentro de cada
placa, por isto é conhecido também como endereço físico.

Para garantir que não haverá repetição de endereço, existe toda uma regra para a sua
utilização.

O IEEE é o responsável pelo controle dos endereços disponíveis. É composto de 6 bytes,


sendo que os 3 bytes mais significativos indicam o ID do fabricante, ou seja, cada
fabricante terá uma identificação para fabricar as suas placas.

Funciona da seguinte maneira: você requisita do IEEE o seu identificador (ID). Uma vez
registrado, você receberá o seu ID: por exemplo 00 00 1E xx xx xx, ou seja, a
identificação 00 00 1E e o ID do fabricante. Deste modo, o fabricante poderá fazer
placas com endereços distintos.

Neste exemplo 00 00 1E 00 00 00 seria a primeira placa fabricada e o endereço 00 00 1E


FF FF FF seria a última.

Com cada ID podem ser fabricadas 16.777.216 placas. Ao utilizar todos os endereços, o
fabricante pode requisitar um novo ID.

O 4º campo informa o endereço de quem está enviando o pacote, com 6 bytes.

O 5º campo mostra a diferença entre o Ethernet e o 802.3.

O maior campo é o 6º, DA (campo de dados) e terá um tamanho máximo de 1500 bytes.
Caso tenha mais de 1500 bytes de dados, ele será descartado, pois para o protocolo houve
um erro. Do mesmo modo se houver menos de 46 bytes o frame será descartado.

Terminando o frame, um campo de 4 bytes terá informações para a verificação do


quadro. Este campo é denominado CRC (Check Redundancy Cycle).

Quando o frame é gerado, o transmissor calcula, através de um polinômio, um número de


32 bits e adiciona ao campo CRC do quadro.

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No receptor, conforme vai chegando o quadro, é calculado o CRC, com o mesmo
polinômio do transmissor.

Ao término da recepção, o CRC do receptor é comparado com o CRC transmissor. Se os


dois CRCs forem iguais o frame estará sem erros e poderá ser recebido, se não, o quadro
será descartado.

7 bytes 1 6 6 2bytes 46>1500 4


Preâmbulo SFD DA SA Tipo Data CRC
Formato do Quadro Ethernet
7 bytes 1 6 6 2 bytes 46>1500 4
Preâmbulo SFD DA SA Tamanho Data CRC
Formato do Quadro IEEE 802.3

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2.2 – Tecnologia de Implementação
Agora veremos alguns dispositivos de conectividade utilizados numa rede devido ao surgimento
de algumas situações., como, por exemplo, a existência de protocolos diferentes, os limites de
constituição dos protocolos, a quantidade de máquinas conectadas ao segmento etc.

2.2.1 – Repetidores
Em muitas ocasiões existe a necessidade de se ampliar uma determinada rede ou um segmento de
rede, sem a necessidade de um controle efetivo dos dados (pacotes) que passarão através dela.

Neste caso, utiliza-se um repetidor que é um dispositivo com finalidade de conectar segmentos
de forma a estender o comprimento de um segmento de rede.

O repetidor apenas regenera o sinal elétrico de um segmento para o outro. Ele conecta segmentos
de redes idênticas, como por exemplo, Ethernet-Ethernet.

Como os repetidores apenas repetem o sinal e não possuem capacidade de gerenciamento, o


tráfego dos segmentos conectados por eles é propagado por toda a rede.

Os repetidores atuam no nível físico do modelo OSI.

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2.2.2 – Hubs
Numa rede em topologia estrela, temos um elemento central, onde todos os nós da rede estão
conectados. Esses elementos são chamados de hubs ou concentradores.

No hub ativo cada porta funciona como um repetidor, regenerando o sinal.

Já um hub inteligente, além de repetir o sinal, também realiza outras atividades, como seleção de
caminho, particionamento de nós problemáticos e gerenciamento de rede.

Os concentradores são, geralmente, chassis modulares onde se permite uma flexibilidade muito
grande com a possibilidade de utilização de módulos. Funcionalmente são idênticos aos hubs.

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2.2.3 – Bridges
Bridges são dispositivos que trabalham no nível 2 do modelo OSI. Este equipamento aumenta a
distância entre os segmentos da rede, interligando-os. Podemos também utilizar uma bridge
para integrar redes com protocolos de segundo nível.

Uma vez que o frame chega à bridge, ele é novamente gerado. Bridges funcionam de
maneira diferente dos repetidores, que só regeneram o sinal.

A independência do protocolo de segundo nível é conseguida com a configuração de protocolos


diferentes em cada porta, normalmente, com taxas de transferência diferentes.
Por exemplo: uma ligação de uma bridge onde temos uma porta configurada com Ethernet e outra
porta com PPP.

O funcionamento da bridge é simples: quando um frame chega, é verificado o endereço


MAC do destino do frame, determinando se o endereço de destino pertence ao mesmo
segmento de onde se originou o frame, ou se está no outro segmento. Se o endereço de
destino for de outro segmento, então a bridge fará a ponte entre os dois. Esta verificação é
feita por meio de uma tabela interna da bridge.

Para enviar um frame entre segmentos, a bridge utiliza a técnica store-and-forward, ou


seja, a informação será armazenada e posteriormente enviada ao segmento destino.
Devido a este procedimento teremos um atraso no envio do pacote, entre os segmentos.

Quando usamos uma bridge devemos seguir a regra 80/20. De acordo com esta regra,
devemos ter 80% do tráfego no segmento local e 20% atravessando a bridge. Seguindo
esta regra, teremos um sistema com ótimo desempenho.

Com a chegada dos switches, as bridges estão se tornando obsoletas, pois os switches têm
as mesmas funções, mas desempenham estas tarefas com maior velocidade.

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2.2.4 – Switches
O switch é um dispositivo de internet working. É uma tecnologia que, provavelmente, irá
dominar o mercado nos próximos anos.

Tem como grande vantagem o desempenho que é conseguido através de implementações


de hardwares específicos para a função.

Divide a rede em vários segmentos independentes e, deste modo, separa o tráfego dentro
da rede em pequenos domínios de colisão.

Os switches podem desempenhar as suas funções do nível 2 ao nível 7 no modelo OSI.

Atualmente no mercado, são encontrados, comumente, switches de nível 2 e nível 3, ou


seja, os switches que trabalham na camada 2 do modelo OSI e os de nível 3, que
trabalham na camada 3 do modelo OSI.

O switch trabalha de uma forma similar à da bridge: o frame chega à porta do switch e,
então, é verificado o endereço MAC em uma tabela interna, definindo para qual porta de
destino será enviado. Com esta informação, o frame é enviado para o seu destino, ou seja,
ele será chaveado de uma porta para outra.

Na implementação de switch de nível 3, também conhecido como switching routers ou


multilayer switches, o que vai ser acrescentado ao processo é a inclusão de um serviço de
roteamento, durante ao processo de chaveamento de segundo nível. Ou seja, além da

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verificação do endereço MAC, a verificação do endereço de nível 3, como exemplo o
endereço IP.

Alguns fabricantes já estão disponibilizando switches de nível 4 ou níveis superiores. Os


termos switch nível 3, nível 4 ou superior, tecnicamente, não são corretos. Todo o
processo de chaveamento de pacote é executado no segundo nível, contudo, estes termos
estão sendo amplamente difundidos por vários fabricantes.

2.2.4.1 – Técnicas
Store and Forward

Esta técnica consiste em receber todo o pacote e posteriormente enviar ao destino. Deste
modo, o switch verifica se não há colisão e se o frame não tem erro, isto é possível
através da verificação do CRC.

Uma vez que o frame não contenha nenhum erro, o switch decidirá a que porta será
enviada a informação, através de uma tabela interna. Como o frame é armazenado em um
buffer e posteriormente enviado, teremos um atraso no envio da informação.

O frame Ethernet tem um tamanho que pode variar entre 46 e 1514 bytes,
consequentemente a latência será variável. Este tipo de switch terá que ser usado
quando temos comunicação entre portas de diferentes taxas de transferência,
como por exemplo, switch com porta de 10 Mbps e 100 Mbps.

Cut-Through

Os switches Cut-Through, diferentemente dos switches Store-and-Forward, não


aguardam a chegada de todo o frame: eles só esperam a chegada dos seis primeiros bytes
de informação, que contêm o endereço de destino.

Uma vez conhecendo o endereço de destino, será consultada uma tabela de envio de
frame, na qual será encontrada a porta de saída do frame. Deste modo, o frame deixará o
switch antes de ter chegado completamente à porta de recepção. Como o switch terá que
esperar sempre seis bytes, a latência será constante e bem menor que a do switch Store-
and-Forward.

A desvantagem deste tipo de equipamento é que o erro será propagado, pois o switch não
irá verificar a integridade do frame recebido e não terá tempo de verificar se houve
colisão.

Adaptive Cut-Through

É a combinação do desempenho do Cut-Through com a segurança do Store-and-Forward.


O switch Adaptive Cut-Through inicia o processo de funcionamento no modo Cut-
Through. Se houver um aumento de erros em uma determinada porta, o switch comuta
para o modo Store-and-Forward, garantindo a integridade do envio da informação.

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A desvantagem do switch Adaptive Cut-Through está no custo maior.

2.2.4.2 – Tipos
Switch de nível 2

Este tipo de switch é o mais comum. Ele trabalha do mesmo modo que as bridges, com a
vantagem de ser muito mais rápido, devido a um hardware desenvolvido especificamente
para este tipo de serviço.

Com o switch teremos a capacidade de dividir o nosso segmento em vários pequenos


segmentos (microsegmentação).

Outra vantagem do switch é poder trabalhar no modo full-duplex, o que pode dobrar a
taxa de transferência entre um dispositivo e o switch.

Switch de nível 3

Os switches que trabalham até esta camada são conhecido como switching routers.

Este switch tem a capacidade de rotear pacote, portanto, funciona como roteadores.

2.2.4.3 – VLAN
Devido a características inerentes aos protocolos, principalmente o Ethernet, não
podemos ter um grande número de máquinas ligadas em um segmento só.

Por isso, temos que organizar a nossa rede, de modo que tenhamos poucas colisões em
um segmento.

Um outro fator que torna o tráfego na rede maior é o broadcast.

Para podermos gerenciar este dois problemas, temos que dividir um segmento em
pequenos domínios de colisão e pequenos domínios broadcast.

Na solução clássica, esta quebra em pequenos domínios de colisão e domínios broadcast


são conseguidos pela da criação de sub-redes, utilizando um roteador.

Este processo é executado fisicamente, instalando um roteador e montando um


cabeamento. Muitas das vezes temos de montar um novo cabeamento, ou seja, fazer uma
reorganização demorada que absorve muita mão-de-obra e, conseqüentemente, um alto
custo.

Com a chegada dos switches, este processo se tornou muito simples com as redes
virtuais - VLAN.

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Do mesmo modo, temos que separar, quebrar os segmentos em pequenos domínios de
colisão. Só que de uma forma mais simples. Vamos ao switch e escolhemos as portas que
farão parte do novo segmento. E configuramos no switch logicamente, através de
programação no equipamento, sem ter que passar um novo cabo. E ainda temos a
vantagem de poder reconfigurar novamente quando for necessário!

Atualmente, podemos optar por um switch que separa a VLAN em rede independente, ou
seja, em domínios broadcast diferentes, ao invés de segmentos.

Podemos indicar que portas do switch terão determinado o endereço IP, ou seja,
subdividir a rede em várias outras sub redes, sem a necessidade de colocar um roteador,
simplesmente determinando qual das portas do switch irá fazer parte de uma rede e quais
serão de outra rede.

Temos a possibilidade de acrescentar novas máquinas e refazer a configuração, a troca ou


passagem de novo cabo, criando grupos lógicos e não grupos físicos. Em suma, qualquer
equipamento ligado em qualquer local poderá fazer parte de qualquer rede definida pelo
administrador de rede.

VLan1 - Dept. de Marketing


VLan2 - Dept. de Criação
VLan3 - Dept. de RH

2.2.4.4 – EtherChannel
Etherchannel é uma característica de alguns switches, que permite o aumento da
bandwidth.

Com o etherchannel podemos aumentar o canal em até 800 Mbps, em uma rede Fast
Ethernet, ou 8Gbps, em uma rede Giga-Ethernet.

Esta configuração é possível agregando grupos de dois ou quatro canais. Se o canal


estiver configurado para full-duplex chegaremos à taxa máxima de transferência de 800
Mbps ou 8Gbps para Fast Ethernet ou Giga-Ethernet, respectivamente.

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Além da posibilidade de aumento de bandwidth, temos os benefícios de tolerância
a falha, balanceamento de banda e transparência para as aplicações.

Devido à necessidade da integração de vários protocolos nas VLANs, como o Fast


Ethernet, o Giga-Ethernet ou o ATM, a Cisco desenvolveu um serviço com esta
finalidade - o VLAN Trunk Protocol (VTP).

Quando você configura uma nova VLAN em um switch com VTP, este protocolo irá
distribuir estas informações entre outro switches. Assim, a necessidade de se configurar a
mesma VLAN em todos os switches é reduzida.

Vale ressaltar que o VTP é um protocolo de propriedade da Cisco. Só encontraremos este


serviço em switches Cisco da família Catalyst.

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2.3 – Exemplo
A empresa ACME, que realiza projetos de engenharia, acaba de fechar um grande contrato para a
construção de uma usina hidroelétrica.

Com o maior volume de trabalho, perceberam a necessidade de expandir as suas operações e a


solução foi alugar mais um andar em um prédio próximo.

Além disso, por motivos de segurança dos dados, decidiu-se por separar a infraestrutura de rede
das equipes de marketing e de engenharia.

Assim surgiu o problema de infraestrutura de redes que apresentaremos aqui.

Como integrar as redes dos dois escritórios em prédios distintos? Como separar as duas redes (de
marketing e de engenharia) com o menor custo possível?

A solução do primeiro problema consiste em utilizar uma bridge para interligar os dois prédios.

Em cada prédio uma bridge será conectada à rede como qualquer outro equipamento de rede.

A função da bridge será conectar duas tecnologias de rede diferentes: a Ethernet utilizada na
rede local com alguma outra tecnologia a ser utilizada para a interligação em longa distância entre
os dois prédios.

Cada bridge sabe quais endereços MAC pertencem à sua rede local e quais pertencem à rede
local conectada na outra ponta do enlace em longa distância, e só transmite para o outro prédio os
dados que realmente precisam trafegar por este enlace.

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Solucionado o problema de interligação dos dois prédios, resta o problema de
separar as redes para a equipe de marketing e a equipe de engenharia.

Membros dessas equipes estão presentes em ambos os prédios, sem uma isolação física entre
eles.

A solução mais prática é implementarmos uma VLAN que isole os computadores


da equipe de marketing dos computadores da equipe de engenharia, incluindo
os servidores dedicados para cada equipe.

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A VLAN é implementada no switch de cada rede, que mapeia o endereço MAC de cada
computador a cada porta do switch.

Basta definir no switch, quais as portas que fazem parte de cada VLAN. Dessa forma, teremos
criado duas tabelas de mapeamento de cada VLAN, uma para a rede de marketing e outra para a
rede de engenharia.

As tabelas deverão definir também computadores presentes do outro lado da bridge que façam
parte da VLAN em questão.

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Pronto! Os escritórios estão devidamente interligados e as redes de marketing e engenharia
devidamente separadas.

Agora a empresa ACME pode se concentrar em desenvolver o projeto da hidroelétrica!

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